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Nick Souza
Nicholas Souza, mais conhecido por Nick Souza é um jovem cantor brasileiro-canadiano de 22 anos. Filho único de Hélio e Vilma, cedo mostrou uma aptidão extraordinária para tocar instrumentos... pelo som, de ouvido. Nick Souza tem-se evidenciado com os estilos musicais Rap, R&B e Hip Hop, mas usa as suas raízes étnicas para se destacar das massas, com base em géneros como Baile Funk, Samba e Latin Jazz. Para perseguir com sucesso a sua paixão pela música, Nick frequentou o programa MIA (Recording Arts/Audio Engineering) da Western University e Fanshawe College em London, Ontário. Nick Souza aspira ser um produtor profissional, compositor, engenheiro de mixagem e engenheiro mestre. A carreira de Nick Souza começou no seu dormitório universitário, quando produziu o seu primeiro single e EP, All The Way e Souza Szn, Vol.1, ambos lançados em 2019. Ao promover com sucesso o Souza Szn, Vol.1, Nick foi capaz de garantir shows em clubes locais em Toronto, Hamilton e London, incluindo Modrn Night Club, Mod Club, Mustang Lounge e The Wave. Nick começou a estabelecer o seu nome, não apenas como artista, mas também como engenheiro, compositor e produtor com alguns dos novos artistas de Toronto, incluindo Kafayé, Jonah Zed e Fleedoe. Ao longo de 2020, Nick participou no Luso Life – The Beat Series, um concurso lusófono apresentado pelo MDC Media Group, em Toronto, vencendo o mesmo que lhe valeu um prémio monetário e um contrato com a MDC Music. Em novembro de 2021, lançou o seu primeiro single pela gravadora, Light Show, que venceu a Melhor Música Rap/Hip Hop nos IPMA 2022 (International Portuguese Music Awards). Nick Souza lançará brevemente o seu próximo single, Baile que é o reflexo da sua essência e das influências do meio em que cresceu. Nick Souza, um jovem que tem tanto de talentoso como de humildade, simpatia, boa disposição e vontade de aprender, encontra-se empenhado e focado na perseguição do seu sonho. Quanto a nós, Revista Amar, resta-nos apenas agradecer a disponibilidade e desejar-lhe um futuro recheado de sucesso.

Revista Amar: Estás a começar uma carreira no mundo da música… mas quem é o Nick Souza? NS: Bem, eu tenho 22 anos, nasci aqui no Canadá e morei sempre na GTA. Sou descendente de brasileiros, o meu pai, Hélio Alves de Souza, é de Minas Gerais e a minha mãe, Vilma Maria Francisco, é de São Paulo e sou filho único. A minha aptitude e paixão por música começou desde que era pequenino e os meus pais sempre me deram o maior suporte e o maior apoio para eu correr atrás e realizar o que eu quero para a minha vida. É basicamente isso.
RA: Que relação é que tu tens com o Brasil? NS: Tenho uma relação boa. Aqui, em Toronto, da minha família só tem, claro, os meus pais, os dois irmãos do meu pai e as suas famílias e uma prima por parte de mãe… o resto está lá. Então a gente vai e gostamos de tentar ir uma vez por ano - ou no fim do ano (Natal e Ano Novo) ou quando saía da escola no verão. Mas agora que acabei a escola, se quisermos ir, já podemos ir em qualquer altura. A minha família, tanto por parte de mãe como por parte de pai, é gigante. Eu ainda não conheço todos os meus primos. Nos IPMA conheci novos primos pela primeira vez, no dia seguinte do evento. O meu pai marcou um brunch com esses primos que vivem em Boston.
RA: E com a comunidade portuguesa? Já tinhas algum contacto com a comunidade antes do Luso Life - The Beat Series? Ou o teu mundo anda mais à volta dos brasileiros e canadianos? Ou uma mistura das três comunidades? NS: Era já uma mistura. Porém, até chegar ao ponto de eu estar envolvido com a Luso Life - The Beat Series, eu era mais enturmado com a comunidade brasileira. Mas sim, na minha escola, no meu High School tinha meninos portugueses e na igreja também tinha gente portuguesa. Mas até chegar ao Luso Life, eu sabia que a comunidade portuguesa aqui em Toronto era grande, mas eu não tinha noção. (risos) Eu não tinha noção que era uma indústria, uma comunidade gigante.
RA: Falas muito bem português… falas em português com os teus pais? NS: Muito obrigada. Sim, sempre desde pequeno. Os meus pais sempre falaram português dentro de casa e raramente falamos inglês… a minha mãe é formada em Português. Ela agora não exerce, porque tem um negócio com o meu pai, mas tem paixão pela língua portuguesa. Então, ela me alfabetizou muito jovem no português e no inglês também, porque ela dava aulas das duas línguas, português e inglês, no Brasil. (risos) Ainda estes dias eu falei uma palavra em inglês errada, acho que conjuguei errado o verbo, e ela me corrigiu na hora (risos). RA: Então estavas a dizer que desde muito jovem que tinhas uma aptidão para a música. Como e com que idade notaste isso? NS: Bem... o meu pai gosta de contar uma história sobre isso e sobre mim. Eu deveria ter uns 6 ou 7 anos, quando um dia, fomos ao Costco e, antigamente - eu não sei se hoje eles ainda vendem -, mas teve uma época que eles vendiam teclados e o meu pai conta, que eu desapareci de repente… e o meu pai só pensava “perdi o menino no Costco… Deus me livre, a minha mulher vai-me matar!”…(risos) então, o meu pai começou a me procurar, a perguntar às pessoas se tinham visto um menino com a minha discrição e houve alguém que disse que tinham visto um menino tocando teclado, indicando o lugar e perguntou se era o filho dele. Porém, o meu pai pensou “o meu filho, não toca teclado!” (risos) “não pode ser ele! Deve ser outro menino…” e continuou a procurar-me noutros sítios e como não me encontrava decidiu ir ver o tal lugar onde estavam os teclados e, efetivamente, encontrou-me e a tocar… nada complicado, canções básicas de Natal, como Jingle Bells porque isto aconteceu em dezembro.
RA: A tocar de ouvido? NS: Sim…
RA: … canções que tinhas aprendido na escola a cantar, mas que nunca tinhas tocado em nenhum instrumento musical? NS: Exatamente. Então eu estava só a brincar no teclado, mas ouvindo as notas. E quando o meu pai chegou e viu, perguntou “onde você aprendeu isso?” eu respondi “não sei!”. Uma outra pessoa que estava me assistindo tocar o piano perguntou “esse é o seu filho, e você não sabe que ele toca teclado? Tem a certeza que é o seu filho?”. (risos) Aí o meu pai disse que sim. Pronto. Aí acabamos de fazer a compra fomos embora… o meu pai adora contar essa história. (risos)
RA: E como é que foi o teu percurso a partir daí? Começaste a tocar música na escola ou foste para alguma escola de música? NS: Então, os meus pais me botaram numa escola muito boa. Quando eu era pequeno, eu tentei aprender o violino, mas eu era muito terrível e o violino não funcionou. Mas aí, quando tinha uns 10 anos, o meu amigo estava fazendo aulas de piano com uma professora e as nossas mães eram muito amigas também e ela abriu a casa dela, a mãe do meu amigo, para eu ir toda sexta-feira à tarde para ter aula com essa professora na casa dela. Eu fazia a aula primeiro e depois, o meu amigo, fazia a aula dele também. Então, é basicamente isso. Comecei com 10 anos, com aula de piano. Na mesma altura também comecei com aula de música na escola e toquei clarinete por um ano e depois eu passei para o saxofone. Aí cresci, quando cheguei no High School comecei a brincar com uns programas de produção - Garage Band, Frooty Loops e tal - e cantando também. E aí comecei a escrever as músicas.




RA: Eras bom em música... e as outras disciplinas? NS: Eu era terrível para matemática, terrível para ciência, terrível para tudo o resto (risos). RA: Tocas vários instrumentos, cantas… também escreves e compões as tuas próprias canções? NS: Sim.
RA: Foi nessa altura que descobriste o que querias fazer, um dia, na vida? NS: Sim, era muito claro para mim que queria fazer música e não me via fazendo outra coisa. E então, quando chegou a hora de me formar no High School, eu procurei uns programas de música moderna e achei um programa que é um programa em colaboração entre a Western University e o Fanshawe College em London e é um programa de cinco anos. E o Western University é a parte instrumental clássica que eu trabalhei muito no meu saxofone com teoria de música notação e coisas assim. No Fanshawe College, foi o lado prático da indústria mesmo, ou seja, trabalho no estúdio, aprendendo como usar aqueles sound boards gigantes, como gravar e programar bateria e tudo isso.
RA: Ou seja, a parte tecnológica - que é um nível mais evoluído, com computadores. NS: É exatamente isso!
RA: E cantar? Quando é que entra a parte vocal no meio dos estudos? NS: Eu sempre gostei de cantar dentro de casa… os meus pais queriam me “matar”, (risos) porque cantava muito quando eu estava tomando banho e demorava no banho pois eu gostava de cantar. (risos) Mas no High School, do grau 1 ao 12, também fiz parte de peças de teatro - musicais - e o teatro exige muito no vocal, porque você tem que interpretar e cantar ao mesmo tempo.
RA: Ainda te lembras qual foi o teu primeiro musical e qual a personagem que interpretaste? NS: Sim, claro… o meu primeiro musical foi o Feiticeiro de Oz (The Wizard of Oz) e fui o Homem de Lata (Tin Man) - deveria de estar com uns 14, 15 anos… a minha voz estava mudando, com aquele drama da puberdade (risos). Aí, a minha mãe, me botou em aula de vocal num centro comunitário perto de casa e toda terça-feira, depois da escola, eu ia uma hora e praticava com a professora as minhas músicas que eu tinha que cantar para o musical. E, assim, eu fui desenvolvendo um pouquinho. A professora era voluntária no centro comunitário. Não foi um negócio muito tradicional ou barra pesada. Foi mais para eu aprender e cantar bem as músicas, mas eu aprendi muito... como controlar a respiração e posicionamento da garganta e da boca. RA: Qual é o seu género de música? NS: Eu comecei muito no Hip Hop e ainda faço e adoro Hip Hop, mas eu quero muito, para o meu futuro, começar a trazer influência da minha cultura brasileira como Baile Funk. Eu tenho algumas músicas, em que eu estou brincando com o Samba… e o Brasil tem uma grande variedade de ritmos.
RA: E em que língua queres cantar? Em português, inglês ou ambas? NS: Eu tenho música em que canto em ambas. Quero misturar as duas coisas.
RA: E quando é que descobriste esse lado de escritor, de compositor? E lembras-te com que idade escreveste a primeira? NS: Eu não me lembro com que idade, mas eu sei que era muito pequeno. Eu lembro que foi quando o meu avô veio para o Canadá, do Brasil. Eu deveria ter, com certeza, menos de 10 anos. Eu escrevi, nem lembro da música, mas eu lembro de uma página… eu tinha um caderninho de papel e escrevi uma música que eu estava cantando no meu quarto, sozinho. Aí o meu avô falou “você é bom na cantoria menino” (risos)… o meu avô da roça. (risos)
RA: É assim que chamas carinhosamente o teu avô? NS: Sim, mas o nome do meu avô é Wailton. Ele trabalhou a vida inteira e nunca foi para a escola.
RA: Existem vários registos de voz, como “voz de cabeça”, “voz de peito”, “voz mista”, falsete, etc... Qual é o teu registo? NS: Eu consigo fazer “voz de cabeça” e “voz de peito”, mas acho que eu tenho mais facilidade no peito. Eu gostaria muito de desenvolver a minha voz e acho que eu ainda tenho muito para melhorar, no jeito que eu canto. RA: Tenho a certeza que é um senhor com uma sabedoria de vida, que nenhuma universidade pode ensinar… NS: … é verdade! Ele é o homem mais sábio que eu já conheci.
RA: Não duvido… e depois, continuaste a escrever? NS: Sim. Na escola primária, eu não escrevi muito. Só comecei a escrever de novo, provavelmente, quando eu estava no High School... é isso, eu estava escrevendo desde o meu primeiro ano do High School. Escrevia, escrevia, mas sabia que não era bom. Então fiquei trabalhando e finalmente, no meu último ano do High School, eu escrevi um negócio que eu achei que era bom. Aí teve um Coffee House Talent Show, um negócio no meu High School, e eu fui e cantei a música e o pessoal achou legal. Foi a primeira vez que alguém cantou uma música original e também com a produção original da música. Eu escrevi a letra e também escrevi a instrumentação que eu fiz no computador.
RA: E depois, continuaste com atuações? NS: Sim. Já na universidade, toda vez que surgia uma oportunidade de artistas para se mostrarem em comunidades diferentes dentro da universidade, eu sempre quis participar. Eu estava fazendo Rap, R&B… um monte de coisas.
RA: Eram concursos ou só apresentações? NS: Só apresentações… e depois do meu primeiro ano, eu trabalhei, gastei todo meu dinheiro em equipamento. Aí começou mesmo a sério. No meu segundo ano, eu não saia do meu quarto de jeito nenhum… durante o meu tempo na escola, eu estava com o meu estúdio, no meu dormitório, sempre fazendo música. Aí o pessoal começou a ouvir falar que tinha um cara fazendo música e pessoal estava querendo vir para o meu dormitório para gravar música e fazer música comigo… e aí o ano acabou e eu tinha sete músicas completas.
RA: Só originais? NS: Originais. E eu falei “vamos lançar, né?” e aí eu lancei. O pessoal gostou.
RA: Lançaste nas redes sociais ou CD? NS: Redes sociais, CD… em tudo. Eu botei para quebrar! Eu que fiz também a engenharia – mixing e mastering - das músicas, o que é muito difícil de fazer. Se você ouve as músicas, você vê que o som não é aquele profissional… tem alguma coisa lá, mas dá para perceber.
RA: Que estás a aprender… que é um processo. NS: É… exatamente. Dá pra ver que foi feito por um garoto de 18 anos num quartinho.
RA: Quando se tem talento, não importa onde se grava… a Billie Eilish também gravou o primeiro álbum dela no quarto dela e olha o resultado. NS: É verdade! (risos) Então eu lancei as músicas e eu tive uma resposta boa. Aí um amigo, com quem eu trabalhava na época, me passou a informação de um promotor que trabalhava num night club em Hamilton que estava procurando por talentos que queriam se expor e que estava aberto para fazer showcases, performances de artistas novos. E fomos e apostámos na oportunidade e trouxemos um monte de gente porque o promotor queria encher o espaço. Então, aquela pressão “você tem que trazer pelo menos 30 a 40 pessoas” e acabou que a lista tinha mais de 100… o clube tava uma lata de sardinha. (risos) Tocámos lá, fizemos amizade com o pessoal do clube e através deles eu fiz o meu networking e conheci gente que iria me ajudar muito em me ensinar como fazer o negócio no nível mais profissional. RA: E foste lá mais vezes? NS: Foi só aquela vez em Hamilton, mas foi a única coisa que eu precisei, porque através disso eu conquistei e consegui construir basicamente o meu network inteiro… através desse cara em Hamilton eu conheci gente em Toronto. É bem maluco como tudo aconteceu.
RA: E depois, como surge a oportunidade de participares no Luso Life - The Beat Series? NS: Pois então, essas músicas que eu tinha feito estavam circulando - o meu pai estava divulgando pra Deus e o mundo (risos) e ele mostrou para o Rob, que é um dos donos da San Remo Bakery e que é muito amigo do Reno (Silva). Então o meu pai mostrou para o Rob e, que gostou muito das minhas músicas, disse que conhecia uma pessoa que potencialmente me podia ajudar. Eu estava na escola nessa época e voltei e o Reno acho que estava na Europa com Peter (Serrado).
RA: Estamos a falar do ano 2018/2019? NS: Sim. E aí marcámos uma reuniãozinha com Reno para quando ele voltasse da Europa... só eu e ele num Tim Hortons e batemos papo durante uma hora, só falando de música, de programa que eu usava, do que eu gostava, do que fazia ou não. E foi aí que ele me contou sobre o Luso Life - The Beat Series e me perguntou se eu tinha interesse em participar e, como não estava a fazer nada de novo, disse logo que sim. Então inscrevi-me e começámos com o processo de filmar e entrevistas. Depois, em 2020, começaram as performances no Mod Club, que foi muito bom… foi um momento muito legal para mim, adorei! Mas depois veio a pandemia e o que eles (organizadores) tinham planejado para o Luso Life - The Beat Series, infelizmente, teve que ser mudado e mudaram o esquema completamente e o concurso passou a ser virtual. Mas eu mesmo assim fiz o meu melhor.
RA: E venceste o Luso Life - The Beat Series! Qual foi o prémio? NS: Eu ganhei e o prémio era um contrato de uma música com a MDC Music e 5 mil dólares de prémio em dinheiro… e gastei o dinheiro em mais equipamento para fazer música e também em alguns Uber Eats. (risos)
RA: Faz sentido, tem que se comer enquanto se trabalha (risos)… NS: (risos) Claro!
RA: Depois de assinares o contrato com a MDC Music, o que aconteceu? NS: Aí depois, no verão, voltei da universidade e a gente foi para o estúdio. Lá eu estava tocando as músicas que eu tinha feito durante o meu tempo na escola (…) e aí eu toquei um monte de música nova e o pessoal começou a babar ouvindo as músicas (riso). E o Reno falou que queria trabalhar com todas as minhas músicas e não só com uma, porque eram incríveis e tivemos que fazer um novo contrato.




RA: Mas ainda não foi lançado oficialmente, certo? Porquê? NS: Certo, mas já lançámos dois singles. A gente está querendo primeiro lançar singles, porque se não fores conhecido ninguém vai ouvir o álbum.
RA: Quais foram os singles que saíram? NS: Light Show e Cutoff, que na verdade era a primeira música que era para ser lançada naquele primeiro contrato, mas depois decidimos lançar depois do Light Show.
RA: Qual é o género destes singles? NS: É uma mistura de Hip Hop e R&B e ambas em inglês.
RA: Falemos dos IPMA (International Portuguese Music Awards). Quem é que sugeriu participares nos IPMA? NS: Então, em setembro de 2021, o Reno convidou eu e o meu pai para um evento que aconteceu na sede da MDC Media Group, para assinalar a parceria entre os IPMA e a Camões Entertainment Group e o Manuel (DaCosta) falou para eu lançar uma música para me candidatar já que o prazo final era no fim de novembro de 2021. Aí eu e o Reno, olhámos um para o outro e fomos trabalhar no single, fizemos o vídeo e lançámos o Light Show que o pessoal adorou. Enviámos o single para os IPMA e foi nomeado na categoria de Melhor Música Rap/Hip Hop.
RA: E mais uma vez, venceste! NS: É verdade.
RA: Como é que foi essa experiência? NS: Foi excelente. O Reno tinha elevado as expectativas, mas foram superadas.
RA: Esperavas ganhar? E como reagiste quando ouviste o teu nome? NS: Não, (riso) porque os outros nomeados eram caras mais velhos do que eu e têm mais tempo trabalhando e atuando no meio e era a minha primeira vez. Então, para mim, só sendo nomeado já era uma grande vitória. Depois de ouvir o meu nome, não me lembro muito como reagi (risos), eu só lembro de ter levantado, abracei a minha mãe e o meu pai que estavam do meu lado. Os nomeados recebem instruções, caso se ganhe, só podiam fazer um discurso de 20 segundos, nada mais. Eu acho que até falei muito rápido (risos)... eu estava tão nervoso! Eu agradeci a todo o mundo que eu tinha que agradecer, é claro! Mas eu estava tão nervoso e acho que eu falei muito rápido! RA: Qual vai ser o próximo single a ser lançado? NS: O nome do próximo single é Baile e canto em português e em inglês. O single é sobre a cultura do Baile Funk, a dança e o tamborzão. Eu cresci a vida inteira com os meus primos do Brasil me mostrando o Funk. Eu sempre amei o estilo da bateria. É um negócio tão diferente, tão exótico que desde pequeno me encantava… a mesma coisa com o Samba e tudo, né? Então, eu sempre tive essa paixão por esses ritmos brasileiros. O que eu sempre quis desde pequeno foi achar um meio-termo entre a música norte americana e a música brasileira. E o Baile é uma música que o público vai receber no verão agora, mas que eu já tinha há 3 anos na gaveta. Foi a primeira música que eu tentei fazer com misturas de estilos e que ouvi e pensei “tenho algo aqui”. Então pra mim faz sentido essa música ser a primeira porque eu estou brincando com os géneros musicais. Faz sentido porque foi a primeira coisa boa que eu fiz.
RA: Porque dizes isso? As outras também são boas… NS: Muito obrigado. Porque eu estava trabalhando ela no meu quarto, eu e seis amigos meus… a gente estava alugando uma casa em London e eu tinha a cave e fiz um estúdio e ficava lá sempre. Aí, todas as vezes que eles vinham, eu estava trabalhando a música e os meus amigos adoraram a música. Então eu gostava e eles também à medida que eu ia adicionando coisas - eles viram a música nascer do zero aos 100%. E cada vez que eu trabalhava na música, cada coisa que eu botava, eles gostavam mais e mais ainda. Então, essa energia está dentro da música também, porque quando eu a estava fazendo, tinha essa energia ao meu redor. É por isso que eu acho que, essa música é o melhor passo para mim, para esse próximo lançamento, mas no futuro eu planejo misturar mais estilos da música brasileira. Eu adoro o Funk, mas eu não quero ficar só no Funk. O Brasil é muito rico em estilos, então eu quero tocar tudo.
RA: Agora que estamos a entrar numa certa normalidade, tens novos projetos para um futuro próximo? Tens algum concerto agendado? NS: Eu estou morrendo de vontade de tocar um show… e eu tenho um network de artistas surgentes também daqui de Toronto, que são novos e que têm um som diferenciado. E este negócio da pandemia, todo mundo ficou dentro de casa e agora que abriu tudo, está todo mundo querendo fazer um show. Eu tenho uma visão assim de fazer um quase pequeno festival no Axis Club. Talvez um venue um pouquinho maior ou menor, não sei. Mas até agora não tenho nada agendado.
RA: Agora que acabaste os estudos na universidade pretendes, para já, continuar a estudar música ou queres dedicar-te primeiro à tua música, durante uns tempos? NS: Eu estudei durante 5 anos e agora não quero ser mais estudante, eu quero ser um profissional. Eu quero ser um adulto (risos). Neste momento, do jeito que as coisas estão acontecendo ao meu redor, não faria sentido para mim continuar com a escola, porque eu estou muito empolgado com a ideia de agora ter 100% do meu tempo para dedicar à minha carreira, ao oposto dos 40% que dedicava antes.
RA: Vencer os IPMA influenciou essa decisão? NS: Nossa, me inspirou muito e me deu muita motivação e, claro, através disso eu conheci muita gente nova, gente que quer colaborar comigo agora, novas parcerias. Então, isso também vai ajudar a divulgação do meu trabalho.
RA: O que achas de concursos como os IPMA e o Luso Life - The Beat Series? NS: Bem, começando com o Luso Life, eu devo tudo ao Luso Life - The Beat Series, né? E eu também acho muito bonito essa união do povo lusófono. Não só aqui no Canadá, mas como no mundo inteiro. Todo o mundo se conhece e todo mundo quer se ajudar e fazer coisas boas para elevar a língua portuguesa e a cultura portuguesa, que é uma missão bonita, que eu acho que também tenho o dever de participar dela. Então, eu acho maravilhoso. E também ajuda pessoas lusófonas, como eu e outros artistas, a ter uma plataforma para ter um “pé na porta”. É incrível! Os IPMA também é a mesma coisa só que a um nível internacional, maior ainda. Para você ter noção, o lugar onde foi o evento - o Providence Performing Arts Center – tinha capacidade para 3 100 pessoas e estava quase lotado. Então, com um evento destes, você consegue sentir e você consegue ter uma noção da força, da união e da parceria dentro da comunidade, que é uma coisa muito boa e que ajuda a elevar todo mundo. Numa situação assim, todos ficamos a ganhar. É excelente e eu sou infinitamente grato tanto ao Luso Life - The Beat Series, como aos IPMA.
RA: Onde é que tu te vês daqui a 5 anos? NS: Quero estar com saúde, quero estar com a minha família de sangue e de água por perto. Eu quero estar em um lugar que eu posso olhar para trás e falar que valeu a pena.
RA: Agora, para finalizar, gostava de te convidar a deixar uma mensagem aos nossos leitores. NS: Ao pessoal que queira entrar no ramo da música, do entretenimento ou outro ramo qualquer, se você tem uma “coisa” que te chama por dentro, que você realmente quer fazer, você tem que ouvir isso e agir e viver a sua vida através disso. Se é música, se é cinema, se é biologia, o que for. Você não pode ouvir as opiniões negativas dos outros. E se tem gente na sua vida te dando opinião negativa, infelizmente, você vai ter que se distanciar dessa pessoa, senão essa negatividade entra no seu ser e contamina a sua mente… aí você tem gente que fala de si mesmo “ah, eu não consigo fazer isso. Eu não posso fazer isso” e, na maioria do tempo, esses pensamentos são coisas que foram faladas para elas por outras pessoas. Você não pode fazer isso, porque as pessoas acreditam nisso. Então, se alguém fala que você não pode fazer uma coisa que você realmente quer fazer e pela qual você tem paixão, o meu conselho é não ouvir essa pessoa e fazer o oposto. Tenta sempre ser uma pessoa que pega influências de tudo e segue o seu instinto... faça o que você quer, porque você não é eles e eles não são você… seja você mesmo.

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