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Mario Gayer do Amaral

Mario Gayer do Amaral

Striptease:

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Cai a noite Um convite ao prazer Sento-me na mesa bebericando minha cerveja Esperando aparecer a dama do espetáculo

A música começa a tocar Ela surge com sua indumentária Chapéu, paletó, gravata, camisa e saia E um cigarro na mão a fumar

Ela anda a passos largos E começa a dançar E é nesse momento sublime Que começo neste baile a viajar

A dança continua É o prelúdio da transformação O paletó é aberto A saia cai no chão

O show prossegue O chapéu é arrancado Com seus longos cabelos caindo como cascata E o corpo de uma mulher aos poucos é revelado

A excitação aumenta A transformação contínua O paletó é tirado O público delira A música segue com mais intensidade A gravata é afrouxada

Vem a felicidade A gravata é arrancada

Fico com inveja da gravata Quando esta toca em seu corpo Não é nenhuma bravata E segue sua dança fascinante

Pra minha surpresa Ela enlaça a gravata em mim Sou sua presa E gostaria de ficar assim

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Vejo seu sorriso maroto Quando seu rosto encosta no meu Me sinto feliz igual a um garoto A gravata é jogada

O clímax se aproxima Na sua passarela a deusa pisa Sinto o momento sublime Agora só resta a camisa

Os botões são abertos A camisa é arrancada Surge um corpo feminino É completa a transformação A multidão grita seu nome como a uma deusa O tributo é pago com satisfação E de peito aberto ela se despede Deixando-me com lembranças no coração

O sol aparece É hora de voltar a rotina Esperando a noite cair Para ver novamente aquela menina Com seu bailado de Salomé Que me fascina