LiteraLivre Vl. 5 - nº 26 – Mar./Abr. de 2021
Por ironia do destino, o tal rei foi sacrificado, e entre quatro cavalos despedaçado Dionísio apareceu em cortejo triunfal, num carro puxado por panteras a andar Ia também com ele, Sileno, Bacantes, Sátiros, e divindades menores entrelaçado Sugiram em nome dele as bacanais festas, Onde todo povo era tomado de delírio místico Percorriam campos, aos gritos e aos pulos, nestas Vinha e vinho em seu nome e imagem artístico. Aquele rei Penteu, que se opôs aos estranhos ritos Vingou-se dele e tornou loucas as suas filhas. E quando em Naxo, junto aos piratas tirrenos, e mitos Esses fingiram aceitar e a ele construir armadilhas Quiseram vender o passageiro como escravo, Mas, Dionísio percebeu o ato bravo Transformou os remos em serpentes Paralisou o navio, enlouqueceu os tripulantes vigentes. Com som agudo das flautas celestes invisíveis, Eles se atiraram no mar, transformaram-se em delfins. Terminada a missão na terra, Dionísio subiu aos céus passiveis. Figura na luta dos deuses contra os gigantes e afins. Matou Eurito com um golpe do tirso memorável. As procissões desse deus sempre tumultuosas, Festas de uso de máscara vulnerável. É dele a tragédia e comédia grega conflituosas. Sempre a Dionísio: o touro, o bode, o burro, o cabrito, o pavão, a corsa, o tigre, o lince, o pêga e a fênix descrito Cortejo a ele o vinho, a hera, o carvalho, o mirto a figueira, e pinheiro. Tocam-se a ele, a flauta, a sirige, os tambores e címbalos, companheiro.
46