LiteraLivre Vl. 4 - nº 23 – Set./Out. de 2020
Cizina Célia Fernandes Pereira Resstel Marília/SP
Sozinho no amor Oh alma simbiótica! Não consegues enxergar a mulher real? Tens sentimento adesivo, Teu coração está grudado no dela, Sofres pela doença do amor, Somente tu amas, Um amar sozinho, Em silêncio, Não correspondido, Vives o ócio da dor, Ela não se importa com teu amor e nem com tua dor, Ela viveu abusivamente, o não bem-querer do bom homem, Fizeste mau uso de ti, Tu a cobriste de flores, Tu deste o amor, Mas não te deu valor, E encontraste o vazio, O não lugar, marcado pela tua inexistência, Mas em ti, tens o outro idealizado, De supetão, levaste um empurrão, Vives dores e horrores, Tua alma ficaste ferida, Entorpecido pelo trauma, Perdeste a lucidez, Agora, vives sem dignidade, Humilhado pela traição e maldade, Por uma ilusão, Surgem sentimentos amalgamados, Presos na dor, Ficaste quase sem vida, Desabrigado de potência e de desesperança, Oh separação! Que poder tens de sugar a libido da vida!? Viste desesperado,
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