LiteraLivre Vl. 4 - nº 23 – Set./Out. de 2020
Luís Amorim Oeiras, Portugal
O ritual I «Vamos dar início À peça do ofício Teatral dos actores Acrescentada pelos valores Que na audiência Darão sua sequência Ao ritual de improviso Mas sem feitiço Peço-vos por favor Tenham tento e fervor Da senhora Decência E do ilustre Paciência.» A peça começava E nela se observava Um vistoso bonitão Da internet por função Chamado à presença De mulheres em licença Provisoriamente tirada Da internet privada De sua companhia Apenas por um dia. Mas muitas eram Que bem encheram O palco com objecto Adicional em concreto: Caldeirão identificado No centro colocado. Da assistência vinha Apelação-rainha Gritada sem sensatez
Mas sempre à vez Por quem coroada Se sentia condecorada Com real título Para definir capítulo Ou mesmo completa Peça a ser directa Em atestada representação Do recinto na opção Por autorizada interferência De toda a assistência. Mas esta composta Era por gente disposta A interceder em amizade Que tinha na verdade Com o internet mulherio No palco vazio Em fazer não sabendo A receita mexendo Para ritual de seguimento Incógnito no momento. Mas ajuda havia E a plateia referia As partes que se ouviam Pertencentes às que diziam: «Metam-no ao caldeirão E do bolo em confecção Fatia uma partam E nela escrevam Vosso nome de mulher Fazendo-o comer Fatias todas por bem.»
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