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Transmutação da modesta essência pessoal
Transmutação da modesta essência pessoal Jefferson Lobato
Que dizer sobre a inconstância corriqueira em cotidianos previsíveis? Como adequar-se ao incerto, ao duvidoso ou até mesmo ao sombrio? - Devem confiar! Dizem eles. Depositar minha credulidade no desconhecido? Tornar-me dogmático ao estabelecer certo aquilo que vejo que está para além de mim?
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Bem disse, santa Clarice, ao definir o que é ser após sua metamorfose: “Sou o estar de pé perante um susto”. Quero comparar, mesmo que minimamente, meus sentimentos aos seus, Srta. Lispector, no entanto, com nenhuma pretensão de equipará-los. Pois, então, permita-me. A mudança é digna de cisma por ser enfadonha. Forçar o esquecimento de sensações é trivial para alternar o que sou. É o que mais temo. Contudo, quem os informou que ambiciono esquecer? Por que querem nos obrigar a desdenhar nossas experiências?
Gritos surgem bradando, negativamente, o que penso: Não. Não. Não! Que direito tens ao pedir para que eu deixe meu juízo? Basta de incógnitas. Basta de vazios. Estar farto da hipocrisia é a única verdade. Ocorre a mim que a fidúcia em mudanças inconsistentes ferem minha essência. Gentilmente peço-vos, não aspire minha mudança. Que a depressão enlouquecida seja o escape para rejeitar as intervenções negligentes em minh’alma. Refuto. Pretiro. Contraponho. Não posso permitir que a mudança altere o que nasci para ser. Singelamente ser.