72º Edição Revista Interativa (Mar/2012)

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Revista Interativa, 6

anos!

Foto: Laura Lima

E

Editorial: Marcos Roberto Silvério Diretor da Revista Interativa

m março de 2006, ganhou vida o projeto Revista Interativa em Jales, um meio de comunicação que tem no seu DNA a vocação de destacar Jales, primeiro para os jalesenses e, depois, para toda a região. Seis anos de publicação mensal ininterrupta é uma vitória de mercado que precisa ser comemorada e celebrada com muito carinho e gratidão. O sucesso da Revista Interativa é solido e robusto principalmente porque foi construído com a maturação do tempo e, nesses seis anos, sofreu inúmeras adequações de mercado, sempre pautadas pela inovação, qualidade e conteúdo jornalístico. A Revista Interativa não tende para lado algum, preocupa-se em ser genuinamente de Jales e acredita na ideologia de que, maximizando as potencialidades da nossa cidade, é motivo de orgulho para o povo jalesense que é trabalhador e merecedor desse trabalho e de toda a nossa dedicação. Para finalizar, esse editorial não poderia deixar de, mais uma vez, agradecer imensamente todos indistintamente que apoiam e mantêm vivo e forte o nosso projeto Interativa, anunciando, assinando a revista e lendo-a todo mês. Muito obrigado de coração! Que essa data possa se repetir por muitos e muitos anos....se Deus quiser!

Assine a Revista Interativa! www.maisinterativa.com Dúvidas e sugestões: maisinterativa@hotmail.com Para adquirir edições anteriores, entre em contato com nosso departamento de marketing. À venda nas melhores bancas e livrarias da região A Revista Interativa é reproduzida mensalmente Av. Francisco Jalles nº 1500 - Centro - Jales/SP CEP 15703-200 Fone: 17 3621-4430 | 3632-8270 email: maisinterativa@hotmail.com twitter: @maisinterativa Representante Comercial: Fábio Henrique Silvério Celular: 17 8116-5869

Arte em 3D: 3D Romano Studio

Diretor: Marcos Roberto Silvério | Jornalista: Ana Carla Bologna - MTB 47.862/SP Publicidade/fotografia: Wendel Ribeiro Lucas de Lima / Rosiane Cerverizo Impressão e acabamento: Gráfica A Moderna | Revisão: Evany Aun

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INTERATIVA

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Ex-usuários relatam o poder devastador da droga pág. 22

Você

bebe água?

Você sabia que muitas pessoas têm problemas de saúde provocados pela falta de água no organismo e, sem saber, vivem tomando remédios, gastando dinheiro e se intoxicando com drogas sem conseguir a cura?

pág. 12

Conheça

o projeto so-

ciocultural que traz música à vida de crianças e adolescentes de jales

pág. 76

Rosa Choque Confira as fotos do tradicional encontro em comemoração ao Dia das mulheres, organizado pela AVCC de Jales

pág. 96

38 AFIANDO O VERBO Este mês, o professor Marcos Silvério entrevista o Padre Edvagner de Jales

18 ARTIGO

42 Arquitetura Tuniko Fernandes apresenta suas valiosas parcerias que deram certo

82 JOVENS DE FÉ

60 MATÉRIA DE CAPA O empreendedor, Leandro Rocca Lima, lança um extraordinário projeto para o fim do ano - O Villa Rocca

66 INAUGURAÇÃO

98 SOCIAL 100 ANIVERSARIANTES 102 ArtIGO





Você

bebe água?

Beber bastante água, todos os dias faz com que o organismo fique mais equilibrado e resistente

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ocê sabia que muitas pessoas têm problemas de saúde provocados pela falta de água no organismo e, sem saber, vivem tomando remédios, gastando dinheiro e se intoxicando com drogas, tentando curar esses problemas, sem conseguir? Na verdade, precisam de água e não de remédios. Somente tomando bastante água poderão resolver seus problemas de saúde. Será que você está entre as pessoas que bebem pouca água? O corpo é formado de 65% de água, que precisa ser renovada continuamente, a cada hora. Beber bastante água, todos os dias, faz com que o organismo fique mais equilibrado, resistente, funcionando melhor e, também, contribui para a cura de qualquer problema de saúde.

O que a falta de água no organismo pode causar? Quando falta ou existe pouca água no corpo, todo o funcionamento do organismo fica prejudicado, inclusive o sistema natural de limpeza e desintoxicação. Se a água é pouca, não é possível fazer as eliminações e a limpeza necessárias. Assim, ficam retidas dentro do corpo substâncias tóxicas e prejudiciais, que contribuem para o aparecimento das mais variadas doenças. Cansaço, indisposição, pele seca, cabelos secos, dores de cabeça, problemas digestivos, inflamações, cistites, formação de cálculos (pedras), alterações de pressão arterial, da circulação, do sistema hormonal, irritabilidade, insônia, celulite e acúmulo indesejado de gordura são alguns exemplos de problemas que podem ser causados pela falta de água no organismo.

Quantos litros devo consumir por dia? Por dia deve-se consumir de 2 a 4 litros, nunca menos de 2 litros. A quantidade a ser consumida depende da temperatura do dia, da atividade que você realiza, se faz muito ou pouco esforço físico, se trabalha exposto ao sol ou à sombra. De qualquer forma, o consumo correto não pode ser menos de 2 litros por dia.

Você sabia que...

dia 8 de março foi comemorado o Dia Mundial do Rim? E que o tema deste ano foi “Rins em defesa da vida”? E que o Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992? E, todo ano, esse dia é destinado à discussão sobre os diversos temas relacionados à água, este importante bem natural?


Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, existe uma crescente nos patamares dos doentes renais crônicos. Segundo as informações, dos 120 mil brasileiros que precisam fazer hemodiálise, apenas cerca de 70 mil estão em tratamento. Em último estudo realizado, o número de óbitos, em 2005, foi de 12.528, sendo que a taxa de mortalidade pode chegar ao patamar de 13%. Os números apontam ainda que 47% dos pacientes em diálise estão na fila do transplante renal. Estima-se que, somente em 2010, o número de pessoas em diálise no Brasil foi de 125 mil. Fonte de dados: www.sbn.org.br

Como posso saber se consumo a quantidade de água que preciso? Se o consumo de água não é coerente à necessidade do corpo, dois sinais são apresentados e podem ser visivelmente entendidos: a quantidade e a cor da urina que você elimina. Quando a quantidade de água é suficiente, a de urina eliminada é grande e de coloração clara, transparente. Se a sua urina é pouca e de cor escura, o seu corpo está avisando que precisa de mais água, mesmo que esteja bebendo 2 litros por dia. É sinal que você precisa de mais, quem sabe, 3 ou 4 litros.

Não tenho sede, o que faço? Beba água mesmo que não tenha sede, pois isso não significa que seu organismo não precisa. O ideal é não beber água junto com as refeições, pois atrapalha a digestão e, sim, consumi-la meia hora antes e uma hora após as refeições. Para não se esquecer, coloque-a ao seu alcance: na mesa do trabalho, no quarto à noite, na viagem, em lugares de fácil visibilidade, de maneira que você a veja sempre e lembre-se de tomá-la. Tem que ser água? Sim, tem que ser água, que é o liquido ideal para a hidratação do organismo e não deve ser substituída por outros líquidos, tais como refrigerantes, chás e sucos. Pois esses outros líquidos, possuem algumas moléculas em sua formação que podem contribuir para a perda de água no organismo e, ainda, podem conter conservantes, corantes, açúcares, sódio entre outros.

Recomenda-se que os homens consumam cerca de 3 litros (cerca de 13 copos) do total de bebidas por dia e as mulheres consumam 2,2 litros (cerca de 9 copos) do total de bebidas por dia 13 | REVISTA INTERATIVA | MARÇO 2012






O que é Osteopatia? Surgiu no ano de 1874, na Virginia (USA), pelo médico americano Andrew T. Still. Após anos de pesquisa e atendimentos, anunciou os princípios fundamentais pelos quais baseava-se a prática de sua medicina:

• O corpo produz suas próprias substâncias curativas • A saúde depende da integridade de estrutura • A estrutura viciosa é a causa fundamental da doença A osteopatia é uma técnica conhecida mundialmente, e, aqui no Brasil, é uma especialidade da fisioterapia, em que seu método é de diagnóstico, tratamento e cura, que são utilizados recursos e técnicas manuais para intervir nas estruturas e na função do organismo. Esta técnica é alicerçada em conhecimentos de anatomia, fisiologia, biomecânica e um aprendizado prático. Somado tudo isso, é imprescindível que o terapeuta utilizador das técnicas osteopáticas incorpore a ideia inicial de Still, que é realizar algo com um único intuito: o de ajudar pessoas. Ela vem ganhando muitos pacientes por

Técnica para correção de subluxação

Lombar 18 | REVISTA INTERATIVA | MARÇO 2012

ser uma técnica objetiva, de resultados rápidos e surpreendentes, que visa tratar o causador da dor ou até mesmo da doença.

Tipos de Lesões: LESÃO DE PARÂMETRO MAIOR: rupturas ligamentares, tendinites, hérnia de disco, artrose, osteoporose dentre outras. LESÃO DE PARÂMETRO MENOR: alterações no Dr. Valdir do Valle Junior tônus muscular, encurtamento -Fisioterapeuta da clínica CERECON; ou tensionamento dos ligamen-Especialista em Osteopatia e Terapia Manual tos, disfunções neurais quer (IDOT) seja por compressão, sensiblização ou perda da complacência, e subluxação articular. Para a Osteopatia, a lesão de pa- As consequências são as seguintes: râmetro menor é a principal responsável • O sangue arterial chegará com mais pela formação das doenças de parâmetro dificuldade ao estômago maior. Tomemos como exemplo uma lesão • O fluxo nervoso vegetativo estará Osteopática de grupo que afete as vérte- diminuído bras da coluna Torácica - nível T4-T5-T6 • O retorno linfático igualmente (subluxação vertebral). Essas Vértebras Sem sombra de dúvida, o estômago correspondem à inervação do estômago. estará doente, com mais dificuldade, a enfermidade se instala sempre em um órgão debilitado. Basta um forte estresse e o estômago não poderá responder corretamente, ocasionando, nesse caso, uma gastrite ou um princípio de úlcera do estômago. Esse é um exemplo simples da gastrite, podendo haver outros inúmeros fatores para o desencadeamento da lesão. A osteopatia trata todas as patologias de parâmetro maior já descritas acima, o resulToráxica tado do tratamento é rápido e eficaz, pois é realizado um trabalho na raiz do problema, ou seja, agindo no causador da doença, que seria a lesão de parâmetro menor.

Cervical





Tire essa pedra do seu caminho

Entre as drogas que circulam em grande quantidade no país, ele é o mais destrutivo

Nenhuma droga danifica o cérebro com tanta rapidez. O crack é mais potente que a cocaína e tem um poder maior de gerar dependência. Sua fumaça chega ao cérebro com velocidade e potência extremas, causando a chamada “brisa”: bem-estar, energia e euforia, que surgem em dez segundos e se esvaem em dez minutos. Essas reações devem-se ao cloridrato de cocaína, substância que, chegando ao cérebro, libera dopamina, responsável pela sensação do prazer. Ao intenso e efêmero, segue-se a urgência da repetição.

O vício O viciado em crack busca sempre mais sentir a sensação prazerosa que o conforta. Quando conhece a abstinência, perde completamente o senso de julgamento, o controle e a responsabilidade. Para comprar pedras, o usuário que se torna agressivo, é capaz de roubar o dinheiro de familiares, vender objetos da própria casa e, muitas vezes, cometer pequenos furtos.

Efeito do crack no organismo Intoxicação pelo metal: O usuário aquece a lata para inalar o crack. Além do vapor da droga, ele aspira o alumínio, que se desprende da lata aquecida, o metal se espalha pela corrente sanguínea e provoca danos ao cérebro, aos pulmões, rins e ossos. Fome e sono: o organismo passa a funcionar em função da droga. O dependente quase não come ou dorme, ocorre um processo rápido de emagrecimento e desnutrição. A dependência também se reflete em ausência de hábitos básicos de higiene e cuidados com a aparência. Pulmões: a fumaça do crack gera lesão nos pulmões, os dependentes ficam vulneráveis a doenças como pneumonia e tuber22 | REVISTA INTERATIVA | MARÇO 2012

culose. Também há evidências de que o crack causa problemas respiratórios agudos, incluindo tosse, falta de ar e dores fortes no peito. Coração: a liberação de dopamina faz o usuário de crack ficar mais agitado, o que leva a aumento da presença de adrenalina no organismo, causando uma aceleração da frequência cardíaca e da pressão arterial. Problemas cardiovasculares, como infarto, podem ocorrer. Ossos e músculos: o uso crônico da droga pode levar à degeneração irreversível dos músculos esqueléticos. Sistema neurológico, oscilações de humor: o crack provoca lesões no cérebro, causando deficiências de memória e de concentração, oscilações de humor, baixo limite para frustração e dificuldade de ter relacionamentos afetivos. Doenças psiquiátricas: quadros psiquiátricos graves podem ocorrer, como psicoses, paranoia, alucinações e delírios. Sexo: o desejo sexual diminui, os homens têm dificuldade para conseguir ereção. Morte: pacientes podem morrer de doenças cardiovasculares (derrame e infarto) e relacionadas ao enfraquecimento do organismo (tuberculose). O Crack no Brasil O número de usuários de crack, hoje, no Brasil, está em torno de 1,2 milhão e a idade média para início do uso da droga é 13 anos. O número é uma estimativa feita com base em dados do censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). Depoimentos As histórias contadas por ex-usuários de crack são chocantes.


Os relatos têm suas evidentes particularidades, mas se parecem ao mostrar que o usuário mergulha em total perda de contato com a realidade e em uma tamanha dependência que nada, absolutamente nada, é mais importante do que a próxima pedra a ser fumada. Emprego, amigos e família (pais, cônjuge e até os próprios filhos) desabam na escala de valor de quem está possuído pela droga.

“Tudo começa com a bebida” “Tudo começou com um copo de cerveja. Com 16 anos, eu bebi meu primeiro copo e, com 17, eu fumei maconha. Frequentava a igreja naquela época, vim de berço católico e aconselhava meus amigos a pararem de usar maconha e outras drogas. . Um dia, briguei com minha avó, ela que me criou. Estava nervoso e fui para o meu trabalho. Chegando lá, os funcionários estavam fumando maconha e foi ali o meu primeiro contato com a droga. A primeira sensação que senti foi a de alivio, parecia que estava nas nuvens, não sentia meu corpo, uma sensação úni-

Para sustentar meu vício, eu trabalhava e o dinheiro que deveria ser usado para pagar as contas e ser utilizado nas despesas da casa, eu usava para comprar “pedra”(crack). Hoje, estou limpo há 5 meses e penso que estou vivo porque Deus tem um propósito para mim. Arrependo-me de tudo o que fiz e, se eu pudesse nascer de novo, eu não colocaria um copo de cerveja em minha boca.” Agnaldo Vitori Marques, 27 anos, 12 anos de uso de drogas e 5 anos só de crack. Limpo há 5 meses.

“Com o crack foi amor a primeira vista” “Ninguém começa a usar drogas pelo crack. Comecei meu contato com a droga quando tinha 14 anos. Tudo começou pelo álcool. Nos churrascos em casa, festas de família, Natal, Ano novo, eu via meu irmão bebendo, meu cunhado e todos da minha família, então, comecei a beber também. Logo conheci a maconha. Estava indo jogar bola junto com o pessoal que usava o entorpecente, eles

pararam para fumar e eu acabei fumando também, experimentando por curiosidade e me viciei. Usei crack durante 7 anos, foi amor a Lembro-me que conseguia traprimeira vista. Não conseguia mais lebalhar, estudar, ter relacionamento pela primeira vez, desaparece uma vez que familiar, enquanto estava apenas var uma vida social ou familiar. Roubava o corpo já esta acostumado aos efeitos do usando a maconha. Depois, eu comeus irmãos e irmãs, todos se afastaram entorpecente). nheci a cocaína, isso tudo junto Quem usa droga pela pricom o álcool que sempre esteve de mim. A única pessoa de minha família meira vez, o chamado primeiro presente em minha vida. Usei coque esteve ao meu lado em todos esses “pega”(fumar), sente o “tuim” caína por três meses, depois parei (sensação de prazer provocada pela momentos foi minha mãe” e voltei a usar a maconha. primeira experiência com as drogas, que Envolvi-me com o tráfico de depois desaparece, pois o organismo se minha cidade na época, Diadema. acostuma com a substância), que é uma sensação boa demais, se eu disVoltei a consumir cocaína com muita intensidade e conseguia ser que não, vou estar mentindo. Quem fuma, busca aquela primeira de certa forma manter o trabalho e a escola, mas, a partir do sensação que nunca mais vai sentir e é aí, que você fuma cada vez momento que conheci o crack, as coisas desandaram. mais. Dos meus amigos usuários, um está preso, o outro esta aqui Usei crack durante 7 anos, e, no começo, eu larguei a cocaína, na Catarv comigo e teve um até que virou pastor, que hoje vem a maconha e o álcool. Com o crack foi amor à primeira vista. Não à comunidade e nos dá conselhos e tráz uma palavra de conforto. conseguia mais levar uma vida social ou familiar, não conseguia A minha família quando descobriu, ficou muito abalada, ainda manter emprego, relacionamento, minha família começou a dispersar, mais minha avó. Eu mesmo que contei para ela, disse que gostava as reuniões que aconteciam de domingo na casa de minha mãe, de fumar maconha e achava que estava fazendo o certo. Minha avó foram diminuindo aos poucos. Eu roubava meus irmãos, irmãs e pedia que eu parasse, eu não parava, e, às vezes, chegava na todos se afastaram de mim. A única pessoa que esteve comigo em casa dela pedindo dinheiro para fumar, se não desse, eu roubava. Uma vez, fiquei devendo para um traficante, ele colocou o revólver, na minha boca e puxou o gatilho duas vezes e o tiro não saiu, ele me deu várias pancadas na cabeça e foi embora, foi um milagre. Depois disso, entrei no mundo do crack. Eu tinha curiosidade, via os companheiros de vício fumar e, um dia, em um churrasco onde vários deles estavam fumando “meladinho” (maconha misturada com a pedra de crack, enrolado no papel), eu peguei e fumei também. Comecei a me afundar no crack, fumava em dias intercalados, mas ele vicia tão rápido que eu comecei com o “meladinho” e logo depois comecei a usar a “lata” (a pedra na cinza de cigarro. Onde a lata é perfurada, você coloca a pedra e esquenta com o isqueiro em cima e fuma). Virei escravo do crack, vivi essa vida por 5 anos e quase perdi minha família. ca. Com o passar do tempo, o vício foi aumentando e eu comecei a usar um, dois, três baseados e nada fazia “cabeça” (a sensação de prazer conhecida

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todos os momentos foi minha mãe. Em 2002, me internei em Campinas. Nessa época, minha primeira filha tinha nascido. Decidi ir para lá porque na rua estava muito complicada a minha situação com a justiça e na rua. Fiquei 3 dias lá, depois continuei usando drogas, até que, em 2006, minha esposa me deixou, eu agredi ela e minha filha de 3 anos tinha visto tudo. Ficou apenas eu e minha mãe, foi onde eu destruí a minha vida e a dela. Tudo que tinha em minha casa, eu roubei, na casa da minha irmã também. Vendia até alimento para poder usar drogas. Minha mãe, nesta época, muito difícil, foi se definhando fisica e psicologicamente e eu cheguei a um estado deplorável. Já cansada, começou a frequentar um grupo de apoio em São Bernardo, na comunidade onde em me tratei. Me disse que no dia que precisasse da ajuda que ela estava me oferecendo, já tinha um lugar a minha espera. Eu não dei bola, achei que eles estavam fazendo lavagem cerebral em minha mãe, que parou de me dar dinheiro e fechava as portas se eu não voltasse até determinado horário. A situação ficou mais complicada. Pois eu cheguei a ficar 10 dias dormindo na rua, indo para a cracolândia no centro de São Paulo. Isso dentro de mim causava uma indignação. Eu sabia que estava me definhando e sofria o preconceito da sociedade, ficava revoltado comigo, com meus familiares com todos. Um dia, depois de usar crack na madrugada, umas três e pouco da manhã, eu pensei no que estava fazendo ali, fui na casa de minha mãe e pedi ajuda. Ela me levou na comunidade Gálata São Paulo, onde eu me tratei. Fiquei 6 meses lá, fui coordenador e fiquei trabalhando nesta comunidade por 4 anos. E, agora, estou aqui, na Catarv, em Jales”. Renato Paulo Borborema, limpo há 5 anos, dois meses e 17 dias.

Depoimento de Lurdes*, mãe de Renato Paulo Borborema, ex-usuário de drogas, viciado em crack, internado de maneira voluntária e que hoje está de volta a uma vida normal.

“Sofri muito e nunca desisti da luta para salvar meu filho” “Sei que meu filho começou com a bebida e a maconha na escola. Eu era a única que sabia 24 | REVISTA INTERATIVA | MARÇO 2012

da família, porque mexia nas roupas dele e uma vez achei um papelote de maconha em um dos bolsos. Conversei com ele e, como resposta, me disse que era de um amigo. Eu relevei, disse tudo bem. Depois, passou alguns meses, ele disse que não iria estudar mais, porque na escola tinha maconheiro demais, então o colocamos em uma escola particular. Estudou um ano e depois parou. A coisa ficou mais séria, ele começou a andar com más companhias, fumava não só maconha, mas também outros entorpecentes. Estavam se destruindo e eu falava que iria interná-lo e ele dizia que não precisava, que quando quisesse, ele parava com tudo. Ele não parou e se envolveu com o crack. Emagreceu muito e me pedia muito dinheiro. As vezes, eu não tinha, mas ele dizia que precisava, eu entendi a doença e pedia um adiantamento no serviço para poder sustentar o vício dele. Voltei várias vezes a dizer que iria interná-lo, pois estava se acabando no crack e ele se recusava. Arrumei vários empregos que não duravam mais de um mês. Ele fumava tanto que quando pedia demissão, já devia mais para a empresa que trabalhava do que o salário que deveria receber. Foi uma verdadeira desgraça para a minha vida. Cansada, parei de me importar e disse a ele que no dia que realmente precisasse de ajuda, mas pra valer, que me procurasse que eu o ajudaria. Fui deixando as coisas acontecerem e as pessoas que o viam, falavam que logo iria morrer, pois sua situação estava assustadora. Muito magro, péssima aparência, nenhuma roupa servia, tudo era grande e tudo era culpa dos vícios e do crack. Em Abril, há uns 6 ou 7 anos no dia do meu aniversário, mesmo a irmã dele pedindo para que ficasse em casa, pois iriamos fazer uma comemoração, ele saiu e desapareceu por 4 dias. Voltou no 5º dia, eu estava saindo para ir à igreja, ele chegou, chorou bastante e me pediu ajuda, queria se internar. Fez um tratamento de 6 meses, foi uma verdadeira bênção. Graças a Deus, hoje ele está bem e está aqui em Jales, ajudando outros que precisam se curar dessa doença na comunidade Catarv. O que posso dizer é que sofri muito e nunca desisti da luta para salvar meu filho. Porque eu o amo e esse amor é mais forte que tudo”. *Para preservar a identidade da pessoa citada neste reportagem, seu nome foi trocado



Foto: LĂ­via Cardoso



oleção outono/inverno

Cores vibrantes, autênticas, muito dourado, couro e acessórios super descolados são as peças chaves para uma mulher que gosta de se vestir bem. Jaquetas em couro estão sendo ótimas pedidas para as fashionistas do momento. O dourado volta com tudo neste outono, trazendo luzes e brilho no look. Acessórios que dão movimento, como colares ou detalhes nas roupas e bolsas fazem sucesso. Fotos: Vilma Bio

C

Maroca Moda e Acessórios apresenta:



DISLEXIA: Porque

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dislexia é manifestada por um transtorno de aprendizagem com dificuldades na leitura, na escrita e no cálculo matemático. Esse transtorno tem se revelado com muita frequência e um número elevado de crianças tem apresentado tais dificuldades. Os transtornos de aprendizagem colocam-se como um grande desafio para a educação e profissionais da área do desenvolvimento infantil. O transtorno de aprendizagem ocorre apesar de inteligência normal e ausência de déficits auditivos e visuais. A característica principal da dislexia é a dificuldade no processamento fonológico o que faz com que a criança apresente alterações na decodificação e na correspondência entre letras e sons e dificuldades com a fluência da leitura. Muitas vezes apresentarão dificuldades em planejar e fazer redações, dificuldades em reproduzir histórias, cometem erros de ortografia e as dificuldades de compreensão de textos acontecem devido às limitações na de30 | REVISTA INTERATIVA | MARÇO 2012

codificação, porém, se o texto for apresentado oralmente, poderiam ser compreendidos. Nos casos de dislexia, as dificuldades começarão a surgir desde o início do processo de alfabetização, podendo ou não apresentar distúrbio fonológico antes da escolarização. A partir da identificação da presença dos sinais de risco para os transtornos de aprendizagem, o diagnóstico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar e o fonoaudiólogo deve realizar uma investigação das habilidades e dificuldades relacionadas com a linguagem oral e escrita, baseando-se em provas que envolvam leitura, escrita, habilidades metalinguísticas, processamento auditivo, visual e velocidade de processamento. Depois de conhecer as habilidades e as dificuldades apresentadas pela criança, o fonoaudiólogo poderá orientar os professores e os familiares para o tratamento adequado, visando as estratégias que possibilitem a melhora no uso das habilidades escolares.

Foto: Vilma Bio

ler e escrever pode se tornar tão difícil...

Joyce F. Bonfim Pereira

Fonoaudióloga (17)9745-6019 / 3631-4951 Espaço Múltiplus-Psiquiatria, Fonoaudiologia e Psicologia - Santa Fé do Sul/SP





Doutor Resolve Agora

em Jales a maior franquia do setor de serviços de reparos e reformas

O que é a Doutor Resolve? Fenômeno no mercado de franchising no Brasil, a rede de franquias Doutor Resolve oferece serviços de pintura, elétrica, alvenaria, hidráulica e jardinagem em residências e espaços comerciais e também realizamos reformas. A rede conta com mais de 450 unidades de atendimento em todo o Brasil. Qual é a filosofia de trabalho da empresa para Jales? A filosofia é a mesma da rede: oferecer serviços de qualidade, com rapidez, eficiência e segurança. Como os clientes podem contratar os serviços da empresa? Os serviços podem ser contratados via fone (17) 3621-4797, (17) 9714-5316, no Ponto Físico da Franquia – Av. Alfonso Rossafa Molina, nº 2847 Jales – SP ou através dos Sites www.negociosemjales.com.br/doutorresolve ou www.doutorresolve.com.br.

Foto: Vilma Bio

Quais são as expectativas da empresa Doutor Resolve – Reparos & Reformas para a cidade de Jales? Por que Jales foi escolhida para ter uma franquia do Doutor Resolve? Esperamos nos tornar referência em qualidade na prestação de serviços de reparos e reformas em Jales. Escolhemos a cidade porque até então Jales não contava com empresas como a Doutor Resolve, que oferece serviços com garantia de qualidade, afinal, todos os funcionários são treinados e garantimos 3 meses na qualidade de nossos serviços prestados.

Luiz Felipe Chiaparini e Jean Chiaparini Responsáveis pela franquia em Jales

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Qual o diferencial em contratar os serviços da Doutor Resolve? Eficiência, agilidade, qualidade e segurança. A Doutor Resolve oferece os melhores preços do mercado em prestação de serviços? Os preços praticados pela Doutor Resolve são compatíveis com os praticados no mercado, com o diferencial de os funcionários da rede serem treinados para agir com agilidade e eficiência. Qual o horário de atendimento? Os clientes podem contar com atendimentos em horários especiais? Atendemos no Ponto Físico das 7h às 18h, e em casos de emergência, via fone (17) 9714-5316.





Afiando o verbo Por Marcos

Silvério

| Blog: http://profmarcossilverio.blogspot.com

“O trabalho com a juventude sempre me encantou e me fez sentir a pessoa marcante de Jesus Cristo!

P

adre Edvagner Tomaz da Cruz, natural de Aspásia, foi pároco da Igreja São José do Operário de 2010 à 2011. Muito querido pela população católica jalesense, padre Edvagner já conquistou seu espaço nos corações dos fiéis, e acredita que para um jovem abraçar a vocação de padre, precisa ter coragem de enfrentar a contramão do mundo. Quando despertou a vocação para ser padre e como aconteceu? Edvagner Tomaz: Minha vocação nasceu, acredito eu, no seio de minha

família. Sempre foram participantes da Igreja, membros ativos na comunidade e me incentivaram e me ensinaram desde cedo a dar os primeiros passos na comunidade. Mas tive uma vida normal. Vivi minha juventude, estudei, tive muitos amigos na adolescência e juventude etc. Contudo, minha vocação foi se definindo, ou seja, fui sentindo a voz de Deus a me chamar no inicio de minha juventude, com meus 14 anos. Tinha terminado o Crisma e estava coordenando um grupo de jovens, cantava na Igreja e tocava violão. O trabalho com a juventude sempre me encantou e me fez sentir a pessoa marcante de Jesus Cristo, com seu modelo de vida, sua proposta de liberdade, seu amor e cuidado com os pobres, doentes e sofredores... foi aí que percebi que queria seguir esse Homem tão importante (Jesus Cristo), e queria colaborar com o anúncio do Projeto que Ele anunciara. Deste modo, com minha participação na comunidade e participação nos encontros vocacionais, que são espaços de reflexão sobre vocação, fui firmando meus propósitos e assumindo essa vocação de ser padre. Se não fosse padre, o que acha que seria profissionalmente? Edvagner Tomaz: Na verdade, não sei se posso afirmar que seria tal

Edvagner Tomaz da Cruz Idade: 33 anos Nasceu em: Aspásia Filho de: Edgard Tomaz da Cruz e Adelina Vieira Lopes da Cruz Ordenado Padre em: 11 de dezembro de 2004, em Aspásia Cargos assumidos na Igreja: Coordenador da Dimensão Missionária, Membro do Conselho de Presbíteros, Coordenador Diocesano de Pastoral (desde 2009), Vigário em Fernandópolis (Núcleo 3) de 2005 a 2009 e Pároco da Paróquia São José Operário 2010 e 2011 Atualmente é padre da: Paróquia Nossa Senhora da Assunção – Catedral de Jales Destaque uma frase forte: “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas” – Madre Tereza de Calcutá” 38 | REVISTA INTERATIVA | MARÇO 2012

coisa ou teria assumido tal profissão. A Vocação de médico eu sempre admirei, e até pensei nisto quando estava no colegial, bem como pensava em ser um advogado para defender o direito e a justiça. São profissões que têm muito a ver com minha vida de padre. A arte de cuidar das pessoas e de lutar pelo justo, o direito das pessoas. E o celibato, como administra essa realidade pessoalmente? O senhor faz parte do numeroso grupo de padres e bispos que clamam ao papa o fim do celibato? Edvagner Tomaz: Desde o ínicio da minha reflexão sobre a vocação

presbiteral, ao pensar se seria um padre, num dia, eu considerei esta questão, e outras, claro, como questões fundantes e muito sérias. Lembro-me que já no primeiro ano de encontro vocacional, tive conversas com padres sobre celibato, fiz algumas leituras sobre o assunto. Pois, na minha juventude, eu também namorei e queria pensar bem antes de assumir. Durante o período de formação, no seminário, eu me deixei questionar e me formar. Hoje acredito que vivo bem esta questão. O celibato é uma lei. O padre não pode casar. Na Igreja Católica de rito latino, esta a que nós pertencemos, é uma lei, um requisito para ser padre. Essa questão foi muito bem apresentada a mim. Consegui, no passar do tempo, colocar minha vocação de ser padre com a vocação ao celibato. Isto não me faz mal. Só me faz abraçar a causa da evangelização com mais alegria e disponibilidade. Consagrei-me totalmente ao Reino. Não defendo o fim do celibato. Na verdade, é uma questão muito séria. Eu defendo sim que a Igreja possa rever o formato em que os ministérios na Igreja são desempenhados.


O que leva um jovem escolher a vida sacerdotal? Edvagner Tomaz: Hoje, a juventude sente, acredito que de forma

mais forçada, sente uma tensão no mundo em que vivemos. As famílias, em sua maioria, já não vive sua fé de forma clara, comprometida. Como sociedade, já não resguardamos valores. O produzir, ganhar, lucrar, ser o melhor, o maior, o mais rápido, enfim, tudo isso faz o jovem ficar perdido, ou indeciso. Acredito que, hoje, o jovem, para escolher a vocação de ser padre, precisa ter coragem de enfrentar a contramão do mundo. Isso é empolgante. A juventude quer viver, quer ser livre, e ser padre é a realização destes princípios. Claro que não posso deixar de dizer que ser padre é ser solidário, é ter amor pelas pessoas, é orar sempre, uma vida de oração e trabalho. Aproveito para convidar a juventude a deixar-se questionar sobre a vocação à vida religiosa!!! Qual o seu maior medo? Tem medo da solidão? Edvagner Tomaz: Não sei dizer qual meu maior medo. Não me

acho uma pessoa medrosa, nem com medos muito à flor da pele. Não tenho medo da solidão. Essa é uma outra questão importante na vida do padre. Saber aproveitar o tempo. E mesmo a solidão, o silêncio, o vazio precisa ser bem trabalhado. Nestes momentos precisamos também sentir Deus. Deus não A sociedade atual vive profundas mudanças culturais e inversão de valores, principalmente a liberalidade sexual e o consumismo material. Como a Igreja local se posiciona e atua diante dessa realidade? Edvagner Tomaz: A Igreja tem em

O senhor acha que a Igreja Católica passa a seus fiéis a espiritualidade necessária para a vivência no dia a dia? Como analisa a crítica de que a Igreja Católica tem ritos mecanizados e pouca espiritualidade? Edvagner Tomaz: Eu acredito que estamos pregando e anunciando

o Reino. Na verdade, a pregação que a Igreja deve fazer é baseada no Evangelho. E vemos que a lógica do Evangelho não pode ser colocada na mesma lógica do mundo. Anunciamos o Cristo, nossa lógica cristã é a cruz de Cristo, uma vida doada e transformada. Infelizmente, o mundo possui uma lógica diferente baseada no ter, no lucro, na cura imediata de suas dores e resolução dos seus problemas. Não é bem isso que o evangelho nos ensina. Agora, sobre nossos ritos, precisamos entender o que é rito. Rito está ligado a ritual, cerimonial, aquilo que foi sendo feito e, com o passar do tempo, tornou-se rito para todos. O que eu vejo que falta para nossos católicos é entender o rito que se faz. Nossa igreja, na América Latina, de modo especial, tem um rosto muito próprio com músicas, danças, símbolos, algo que não vemos em outros lugares. Na verdade, é a inculturação da liturgia. Mas isso não pode fazer perder o essencial. O central, para nós, é a Celebração do Mistério Pascal de Cristo. Aqui está nossa espiritualidade! O nosso jeito de fazer. Espiritualidade não é só cantoria, gritaria, ou cultos excêntricos. Precisamos também condena recuperar o sentido da espiritualidade.

ninguém, mas, sim, nos salva por meio de seu Filho”

seu modo de ser, guardar a Tradição. Isso não significa que é ser tradicionalista, mas guardar os valores. Valores que foram apresentados, na sua maioria pela Sagrada Escritura. Outros valores que a história foi ensinando. Hoje as mudanças acontecem muito rápido. Digo sempre que vivemos no mundo do descartável. Isto traz consequências. Na natureza, já estamos sentindo. E na vida também. Hoje descartam-se valores e substituem situações com muita facilidade. A Igreja, como mestra e mãe, tenta anunciar seus preceitos, seu conhecimento. Acima de tudo, são valores que resguardam a pessoa, sua dignidade como filho de Deus e o respeito pela obra da criação. Nas missas, tem pregado a necessidade da confissão pessoal, na contramão da sociedade, que prega o fim do pecado. Não é suficiente confessar os pecados diretamente a Deus? Precisa confessar para o padre? Edvagner Tomaz: Não, não é bem assim.... Nós confessamos sim

nossos pecados a Deus. É nosso gesto de humilhação, de sentir nossa pobreza, nossos pecados e ajoelharmos diante da grandeza de Deus. Sentir que somos abraçados com sua infinita misericórdia. Deus não condena ninguém, mas, sim, nos salva por meio de seu Filho, pela graça do Espírito. A confissão individual, quando vamos procurar o sacramento da reconciliação, ou confissão, é o momento oportuno de vivermos e celebrarmos o amor de Deus por nós, pecadores. Quando, na presença do padre nós confessamos nossos pecados estamos diante do ministro da Igreja, que nos acolhe em nome da comunidade cristã e nos faz voltar ao convívio dos irmãos purificados. O padre, ao ouvir o penitente e dar a absolvição, invoca a misericórdia de Deus para limpar a vida do penitente e lhe da força para voltar à vida e procurar não mais pecar. O padre não é só para ouvir o pecado, nem é essa nossa missão. Mas, sim, para acolher o gesto do penitente que vem arrependido; depois para invocar a misericórdia de Deus; e ainda, o padre, em nome da comunidade, colocar o penitente de volta ao seio da Igreja. Jesus disse aos apóstolos: “Todos os pecados que vocês perdoarem serão perdoados...” (João 20, 23)

Se tivesse o poder de mudar o mundo, o que mudaria? Edvagner Tomaz: O que me entristece

muito no mundo é a morte dos inocentes. Quantas guerras desnecessárias. Quantos gastos com armamentos bélicos, quantas pesquisas descabidas. A tristeza maior é ver as pessoas morrendo de fome, de sede, de doenças. Acredito que tentaria mudar a mentalidade da humanidade sobre a dominação do mundo. Dominar o mundo não é acabar com ele. Precisamos de políticas fortes em prol do povo, governantes que saibam governar não em benefícios próprios ou ideais particularistas demais. Governar pelo bem do povo. Muitos falam que vida de padre é vida boa, afinal como é sua vida? E suas rotinas? Edvagner Tomaz: Posso dizer que sou muito feliz em ser Padre. Vida

boa, como dizem na linguagem popular, nós não temos, pois este jeito de dizer significa ter uma vida tranquila, sem preocupações, comer, beber e passear... Sei lá.... Nossa vida não é assim, não! Nossas preocupações são as preocupações de nosso povo. Minha vida, por exemplo, nem tem muito rotina, pois ao mesmo tempo que estou aqui, sou chamado para estar ali. Eu tenho muitas reuniões para participar e preparar. Gosto muito de fazer visitas para as famílias, visitas aos doentes, ir aos hospitais. Dou atendimento no escritório paroquial 3 dias da semana. Sem contar as missas, confissões, aconselhamentos que não têm muito horário programado, pois é muito do momento da pessoa... Como podem ver, nossa vida é agitada e bastante corrida... Mas dá tempo para estar com a família, para cuidar da saúde, fazer algum exercício físico, visitar amigos, entre outras coisas.

Para finalizar, agradeço a sincera entrevista concedida para a Revista Interativa. Edvagner Tomaz: Eu é que agradeço esta conceituada revista por

essa visita e por abrir suas páginas para esta nossa conversa. Obrigado por este espaço de comunicação. Invoco a Deus, em sua bondade que abençoe a todos os leitores, anunciantes, assinantes e equipe da Revista Interativa. Continuem fazendo um bom trabalho de anunciar e comunicar. Deus comunicador, que se Fez Palavra Encarnada, em Jesus Cristo, abençoe e inspire uma comunicação honesta, firme e comprometida com a ética. Desejo um abraço a todos. Agradeço, também, ao povo de Jales pela acolhida que tive nesta cidade e espero fazer um bom trabalho aqui. Estou a serviço! 39 | REVISTA INTERATIVA | MARÇO 2012


Gasolina Simples ou Aditivada? Qual a diferença? Uma dúvida muito comum aos muitos motoristas é sobre o que é a gasolina aditivada? Para responder essa questão, a Mais Interativa entrevistou a equipe do Espacial Auto Posto de Jales. No caso do Espacial, que é bandeira BR/Petrobras, o motorista encontra a Gasolina Supra. O diferencial deste combustível é a adição de dispersantes e detergentes em sua composição. Quando o aditivo é misturado na dose certa, as válvulas de admissão ficam mais limpas, diminuindo o consumo e adiando as manutenções do motor. Para chegar a esse resultado, a BR Petrobras realizou mais de 300 mil km de teste com a Supra, hoje a supra é testada em um motor rodando 100 horas em

laboratório, podendo acumular, no máximo, 120mg de carbono por válvula. Com isso, na queima do combustível na câmara de combustão, os resíduos de carbono do combustível são em sua grande maioria expelidos para o sistema de exaustão, que é preparado para filtra-los e dispersá-los da melhor maneira. Ou seja, enquanto o veículo queima o combustível ao mesmo tempo limpa o sistema. O resultado disso é que quando as válvulas estão limpas o carro recebe a quantidade correta de combustível gerenciada pela injeção eletrônica, evitando a injeção de combustível desnecessário e proporcionando assim maior economia e melhor rendimento ao usuário.

Equipe especializada, atendimento especial e o melhor preço! Espacial Auto Posto, Tecnologia e Qualidade em Abastecimento!


Foto: Laura Lima


R

esponsável por grandes projetos sofisticados e futuristas, Tuniko Fernandes é regionalmente conhecido por seu trabalho impecável. Sempre junto com grandes empresas, o arquiteto encontra base para dar início aos trabalhos e garantir toda qualidade, beleza e requinte necessários em suas construções. Uma paixão que começou desde pequeno e fez do jovem Tuniko Fernandes, um arquiteto de sucesso. Como surgiu a arquitetura na sua vida? Tuniko Fernandes: Aos 11 anos de idade, a minha professora de educação artística pediu para os alunos fazerem um desenho livre e eu fiz uma casa e, segundo minha professora, posteriormente meus pais e amigos, o desenho ficou muito bom e de excelente qualidade. Isso me motivou a exercitar esse hobby com frequência e, aos poucos, fui ganhando técnica que despertou o interesse em fazer a faculdade de arquitetura e trabalhar nessa área. Gosto do que faço e me sinto realizado. Começou atuando em Jales? Há quanto tempo? Tuniko Fernandes: Não, comecei trabalhando em São José do Rio Preto, onde tive a oportunidade de desenvolver projetos residênciais em condomínios, concessionárias de veículos importados, shoppings e, o mais desafiante de todos, o projeto de uma fábrica, de um laboratório de remédios e cosméticos. Em Jales, comecei em 2009 com projetos de residências, apartamentos, salões de festas, postos de combustível, boutiques, hotéis entre outros.

Foto: Laura Lima

Para executar bem uma construção ou reforma, o que mais precisa? Tuniko Fernandes: Mão de obra qualificada e empresas de confiança e qualidade, que destaco nas próximas páginas parcerias que deram certo, onde trabalho com empresas que me dão o respaldo necessário para o projeto sair do papel e se tornar realidade. Nossa parceria é pautada pela amizade, porém a competência e a qualidade são indispensáveis para o sucesso.

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Quais são as empresas parceiras de Tuniko Fernandes? Tuniko Fernandes: Almeida Materiais para Construção, Jales Tintas, Vidrospel Decorações, Worktech, Toldos Europeu, Show Box, Serralheria Rodrigues, Styllo Designer Favorita, Marmoraria Jalesgran, Comercial Já.


Foto: Mardônio

“ O atendimento e a alegria da equipe Comercial Já, sem dúvida, é o grande diferencial dessa empresa e, claro, a enorme variedade de materiais elétricos e hidráulicos com a entrega rápida e gratuita”. Tuniko Fernandes 43 | REVISTA INTERATIVA | MARÇO 2012


Foto: Mardônio

“A Jalesgran tem experiência no ramo de revestimentos, mármores e granito. Além da qualidade, oferece um atendimento personalizado e a entrega é imediata”. Tuniko Fernandes 42 | REVISTA INTERATIVA | MARÇO 2012


Foto: Mardônio

“Trabalham com o que há de melhor em matéria prima para fachadas e toldos em geral, em especial, destaco o ACM e Policarbonato”. Tuniko Fernandes 45 | REVISTA INTERATIVA | MARÇO 2012


Foto: Mardônio

“ A Worktech demonstra competência de venda, oferecendo o melhor custo x benefício do mercado e agilidade na assistência técnica para empresas de pequeno, médio e grande porte”. Tuniko Fernandes 46 | REVISTA INTERATIVA | MARÇO 2012


Foto: Mardônio

“A Serralheria Rodrigues faz obras de arte com portões basculantes, estruturas metálicas e esquadrias em geral, além de serem muito bons de negócio”. Tuniko Fernandes 47 | REVISTA INTERATIVA | MARÇO 2012


Foto: Laura Lima

“ Toda casa merece as luminárias, persianas, papéis de parede, piso laminado e os artigos de decoração que a Vidrospel Decorações oferece. A variedade, o requinte e a exclusividade das peças fazem a diferença”. Tuniko Fernandes 48 | REVISTA INTERATIVA | MARÇO 2012


Foto: Laura Lima

“É especialista em móveis planejados e o cliente tem a possibilidade de ver o projeto em 3D com total respaldo técnico da fabricante Favorita, que tem 27 anos no mercado”. Tuniko Fernandes 49 | REVISTA INTERATIVA | MARÇO 2012


Foto: Mardônio

“ No Almeida, você encontra tudo do básico ao mais fino acabamento, com variedade de preços, marcas e modelos. Destaco a simplicidade das pessoas, o atendimento familiar e a rapidez na entrega”. Tuniko Fernandes 50 | REVISTA INTERATIVA | MARÇO 2012


Foto: Mardônio

“ As melhores marcas de tintas imobiliárias do Brasil e do mundo encontram-se na Jales Tintas, que tem ainda texturas diferenciadas e grafiatos variados”. Tuniko Fernandes 51 | REVISTA INTERATIVA | MARÇO 2012


Foto: Laura Lima

“A Show Box é inovadora e eficiente, além de vidros temperados, atua também com piso laminado, fechamento de sacadas, forro acústico, PVC e, agora, com o exclusivo sistema de esquadrias em alumínio”. Tuniko Fernandes 52 | REVISTA INTERATIVA | MARÇO 2012



Desculpe, não ouvi! Manter a saúde da audição é essencial para ouvir bem

A

audição é o principal sentido para a comunicação humana. Ouvir bem é fundamental para um relacionamento social saudável. Muitas pessoas têm perda auditiva e não sabem do problema que sofrem, muitas vezes, aparentando ser “distraídas”. Para entender mais sobre o funcionamento auditivo, e também seus problemas, procuramos um especialista na área. O médico otorrinolaringologista, Dr. Carlos Eduardo Cervantes dos Santos, formado pela Faculdade de Medicina de Valença, Rio de Janeiro, atuante na área há 16 anos, esclarece as principais dúvidas sobre a saúde auditiva.

Quais são os problemas de audição mais comuns? O que causa esses problemas? Dr. Carlos Eduardo: Entre os problemas de audição mais comuns estão a perda de audição do tipo condutiva, que é o resultado de dano ou bloqueio das partes móveis do ouvido. Os ossos saudáveis de uma orelha média, os ossículos: martelo, bigorna e estribo vibram em resposta a sons. Certas doenças ou lesões podem levar à incapacidade destes ossos vibrarem adequadamente, impedindo a detecção das informações sonoras. Existem várias causas como, por exemplo, a obstrução de conduto auditivo externo por cerúmen, que é completamente reversível, acúmulo de secreção na orelha média, impedindo a movimentação dos ossículos, por hipertrofia adenoideana ou

Atualmente, cerca de 1,5 milhões de pessoas utilizam aparelhos auditivos no Brasil

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rinopatia alérgica, e até doenças familiares e hereditárias como a otosclerose, que é o enrijecimento das articulações entre os ossículos. Também é bastante comum a perda de audição do tipo neurossensorial que ocorre quando o nervo auditivo está danificado, impedindo, assim, a obtenção de informações auditivas pelo cérebro. Os ossos da orelha média podem vibrar corretamente, mas os nervos são incapazes de transmitir essa informação adequadamente para o cérebro. Isto é muito comum com o passar dos anos, devido a desgaste natural do nervo auditivo, comum por lesão traumática do nervo, principalmente nas fraturas de crâneo. O nervo pode reduzir sua função também por infecções por vírus de gripe, caxumba, sarampo, varicela, rubéola e outros. Como o paciente pode detectar que está perdendo a audição? Dr. Carlos Eduardo: No adulto é geralmente a própria pessoa que percebe a redução na audição e com consulta otorrinolaringológica e exames como audiometria e timpanometria consegue-se detectar o tipo de perda auditiva e de-


terminar qual o melhor tratamento. Já na criança, geralmente são os pais ou responsáveis que percebem e têm dúvidas quanto à audição que é detectada através de consulta e exames complementares. Após ser diagnosticada a perda de audição, o que deve ser feito? Dr. Carlos Eduardo: Para cada tipo de perda auditiva existe um tratamento ou não. A partir disto é que se determina o tipo de tratamento, como por exemplo, as perdas de audição condutiva por acúmulo de secreção na orelha média, devido à hipertrofia adenoideana na criança: deve–se retirar a adenoide cirurgicamente e aspirar a secreção. Perda de audição neurossensorial senil: deve-se usar prótese auditiva para melhora na audição. A perda auditiva é mais comum em criança, jovem, adulto ou idoso? Dr. Carlos Eduardo: È mais comum no idoso, principalmente em épocas atuais em que o número de idosos no Brasil aumenta a cada ano. Os fones de ouvido, muito apreciados pelos jovens, podem prejudicar a audição? Dr. Carlos Eduardo: Os fones de ouvido podem sim prejudicar a audição, levando a desgaste precoce no nervo auditivo e redução na audição, principalmente se usado em volume alto e por tempo prolongado. Os jovens são os principais afetados com o uso dos fones. Qual a altura adequada para se ouvir música?

Dr. Carlos Eduardo: A medida de intensidade de som é determinada pelo decibel e, para compreensão, são exemplos: - quase silêncio total – 0 dB - sussurro - 15 dB - conversa normal – 60 dB - buzina de automóvel – 110 dB - show de rock – 120 dB - tiro ou rojão – 140 dB A exposição a um som com intensidade de 90 dB por mais de 7 horas pode causar algum dano à audição, mas basta um segundo para que um som com 140 dB cause danos irreversíveis à audição, chegando a Dr. Carlos Eduardo Cervantes dos Santos causar dor. Médico otorrinolaringologista Nossos ouvidos aguentam uma intensidade até 75 dB sem sofrer dano algum, acima disso a audição já começa a ser preExistem cirurgias para auxijudicada. Portanto, a altura adequada para liar pessoas com problemas ause ouvir música deve se aproximar com a ditivos e talvez substituir o apaaltura de uma conversa normal. relho? Dr. Carlos Eduardo: Sim, na doença chamada otosclerose, onde ocorre Quando há a necessidade de um enrijecimento e redução no movimento usar aparelho auditivo? entre bigorna e estribo. Neste caso, pode Dr. Carlos Eduardo: O aparelho ser realizada a estapedectomia, cirurgia auditivo, ou prótese auditiva, corretamente que substitui o estribo por uma prótechamada, deve ser indicado para o pase metálica com recuperação, de forma ciente de qualquer idade que tenha perda importante na audição. Esta cirurgia só auditiva neurossensorial ou mista de grau está indicada para pacientes que tenham compatível com a prótese, embora não funcionamento adequado do nervo auditiestá indicado para surdez total, pois se vo. Hoje em dia, pacientes que nasceram trata de equipamento de amplificação sosurdos, ou seja, surdez congênita por inanora, portanto, necessita existir um mínimo tividade do nervo, podem ser beneficiados de audição para que tenha benefício com com o implante coclear. A cirurgia já é este tipo de tratamento. muito realizada no Brasil. Quais as dicas para manter a saúde da audição? Dr. Carlos Eduardo: Não ficar exposto a sons de alta intensidade, principalmente por tempo prolongado. Pessoas que trabalham em ambientes ruidosos (acima de 75 dB ) necessitam do uso do protetor auricular e, a qualquer sensação de estar escutando menos ou compreendendo menos, procurar consulta otorrinolaringológica o mais breve possível para confirmação diagnóstica e tratamento. Nossos ouvidos aguentam uma intensidade até 75 dB sem sofrer dano algum

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Pós-Graduação Unijales:

ensino comprometido com a valorização do futuro profissional Diante da competitividade do mercado de trabalho, destaca-se quem tem mais qualificação profissional. Hoje, especializar-se é fundamental. Atualmente, a Unijales oferece 44 cursos de Pós-Graduação, “Lato Sensu” nas áreas de Ciências e Tecnologia, Educação, Gestão e Saúde. Esses cursos têm como marca, a mesma qualidade de ensino dos cursos de graduação que a Instituição oferece. “Investimos em novas tecnologias e no aperfeiçoamento do corpo docente, sempre buscando proporcionar aos cursistas a segurança de um ensino comprometido com o crescimento profissional de cada um. Fazer um curso de especialização significa abrir um leque de possibilidades que apenas o diploma de graduação não permite vislumbrar no horizonte profissional”, afirmou o Diretor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, Prof. Dr Silvio Luiz Lofego, que acrescentou: “Temos também o curso de Educação Especial: Deficiência Intelectual, aprovado pelo Conselho Estadual de Educação, habilitando educadores para a respectiva função”, ressaltou. A Unijales disponibiliza para o período 2012/2013 novos cursos, procurando atender às exigências da comunidade e região e às demandas do mercado atual. Unijales oferece curso de PósGraduação em Oncologia Multiprofissional com a colaboração do Hospital de Câncer de Barretos A Unijales está com matrículas abertas para todos os cursos de Pós-Graduação “Lato Sensu”. Para 2012, a grande novidade é a especialização em Oncologia Mul-

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A reitora Maria Christina Fuster Soler Bernardo fez questão de ir pessoalmente agradecer a colaboração da enfermeira média gerente do HC de Jales, Ana Carolina de Vasconcelos Rusa

tiprofissional, oferecida com a colaboração do Hospital de Câncer de Barretos Unidade Jales. O curso buscará o diálogo multidisciplinar entre os profissionais envolvidos, visando à melhoria do desempenho profissional, além de desenvolver habilidades e competências para atuar junto ao paciente oncológico em níveis de assistência em todos os estágios da doença, além de propor a análise, gerenciamento, planejamento e avaliação das atividades pertinentes à área.

A Oncologia Multiprofissional está direcionada a profissionais graduados nas áreas de Enfermagem, Biologia, Biomedicina, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Nutrição, Odontologia, Pedagogia, Psicologia, Serviço Social, Terapia Ocupacional e áreas afins. A carga horária é de 450 horas e contará com aulas ministradas por profissionais do Hospital de Câncer de Barretos. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (17) 3622-1620 ou pelo site www.unijales.edu.br .



Villa Rocca,

neste espaço, seu evento marca presença!

E

mpreendedor de sucesso e visionário, Leandro Rocca Lima, proprietário das renomadas Casas Americanas e Gelatoshow, traz para Jales, novo empreendimento que vai mudar os conceitos de eventos da região. O salão de festas “Villa Rocca” é o mais novo projeto do empresário, que vê em Jales um potencial para instalar um espaço para festas e eventos de alto padrão e com grande infraestrutura. Com um alto investimento em tecnologia e sofisticação, as construções do Villa Rocca já começaram e, em 60 | REVISTA INTERATIVA | MARÇO 2012

Arte em 3D: 3D Romano Studio

poucos meses, Jales contará com o melhor salão para recepcionar festas, casamentos, formaturas etc. O empresário, Leandro Rocca Lima, em entrevista, fala de sua expectativa quanto ao novo empreendimento, das parcerias que tem lhe proporcionado grandes conquistas e das novidades da Gelatoshow para a Facip 2012. Como surgiu a ideia do salão “Villa Rocca”? Leandro: Percebemos a necessidade de a cidade ter um salão com alto padrão. Muitas pessoas falavam-nos desta necessidade, de um sa-

lão que tivesse uma capacidade maior e com boa infraestrutura. Além desta necessidade, também vimos a oportunidade de inovação e investimentos na cidade, pensando sempre em proporcionar um maior conforto à população que necessita destes serviços. Quais serão os serviços oferecidos pelo salão? O que você pode nos adiantar quanto à estrutura e ao requinte do lugar? Leandro: O Villa Rocca é um salão para cerca de 4.000 pessoas em pé e 1.200 pessoas sentadas em


trutura? Leandro: Eu tenho certeza que sim, se não tivesse, nem teria iniciado este projeto. O investimento é alto e, com toda a certeza, acredito no potencial da cidade. Jales precisa de um salão para festas, casamentos, formaturas e até eventos de cantores em que as pessoas possam ficar acomodadas em mesas, com segurança e conforto. Uma das nossas intenções é fazer festas e eventos com shows, proporcionar comodidade para que o nosso cliente possa comer, ser bem atendido por garçons, enfim, ser um diferencial. E, é claro, proporcionar o mesmo em outros eventos que acontecerão no salão “Villa Rocca”. Quem tiver interesse, já pode reservar uma data para alugar o salão? Leandro: Para 2013, já estamos reservando datas sim, é só entrar em contato comigo, ligando na Casas Americanas, no fone (17) 36321531 ou pelo meu celular (17) 8130-2900. Os interessados em alugar o salão poderão ver o projeto em 3D e saber como ele realmente vai ficar. Quanto à construção, estamos bem avançados e nos preparando para que as pessoas já possam alugar o salão para o próximo ano.

mesas de buffet, muito bem acomodadas e com bastante espaço entre uma mesa e outra. A grande inovação no local será a divisão acústica, (uma parede que impede que o som de um evento chegue ao outro lado da divisão). Como o salão é muito grande, podemos dividi-lo ao meio e, através desta divisão, realizar ao mesmo tempo, duas festas. Pensamos em uma estrutura em que nenhum dos dois eventos fique prejudicado. Serão construídos, então, dois palcos para shows separados, vários banheiros masculinos e femininos, fraldários, camarins, cozinhas industriais e bares totalmente separados. Assim, mesmo dividindo o

salão, os clientes poderão contar com as mesmas estruturas em ambos os lados. Quando pretende inaugurar o Villa Rocca? Leandro: Uma obra desta magnitude geralmente demora dois anos para ser concluída, mas como contratamos uma empresa especializada no ramo, nossa expectativa é de terminar a obra ainda este ano. Jales comporta um salão deste tamanho e com esta es-

Você, sendo um empreendedor de sucesso, visionário, além do salão Villa Rocca, Casas Americanas e Gelatoshow, pensa em abrir mais empresas em Jales? Leandro: Nunca devemos dar certeza, mas acho que não vou abrir mais empresas. Pretendo investir bastante e crescer muito com a Gelatoshow, mas gosto de dar o passo de acordo com minhas possibilidades. A procura para abrir franquias da Gelatoshow é muito grande, mas não gosto de ir rápido demais, gosto de pensar bem e não me aventurar. A Casas Americanas é uma empresa de família, temos grande amor por ela, e não tenho pretensão de expandi-la para outras cidades, assim como o Villa Rocca. 61 | REVISTA INTERATIVA | MARÇO 2012


Quais são as novidades que a Gelato Show e Casas Americanas prepararam para a Facip 2012? Leandro: A Gelatoshow traz uma novidade bem legal este ano. Vamos abrir a Gelatoshow Itinerante, próxima ao parque, onde as pessoas poderão degustar até 28 sabores diferentes, em cascão ou copinhos. Ano passado, apenas os camarotes e as mesas tinham os potinhos da Gelatoshow prontos, mas, com a Gelatoshow Itinerante, as pessoas poderão degustar o sabor que gostam e, também, experimentar. Sobre a Casas Americanas, a estratégia é praticamen-

te a mesma. A loja é referencial em moda masculina em Jales e região, que realmente veste o homem e tem essa identidade masculina. Sempre digo que quando um homem entra na Casas Americanas, ele sai completamente vestido, faltando apenas o sapato, que nós não temos. Quais as marcas que a Casas Americanas oferecem para o público country? Leandro: A marca mais solicitada, hoje, no meio country é a Wrangler, uma grande parceira da Casas Americanas, detentora das marcas 20X e PBR no Brasil, que são as mais direcionadas especialmente para este público. Temos também, várias outras grifes de renome no mercado nacional, com modelos e cores atuais, além de camisas xadrez e camisetas gola polo, que estão em alta. As melhores marcas, o homem só encontra na Casas Americanas. A loja vai patrocinar novamente um carro zero para a festa? Leandro: Em negociação com o Oswaldo Costa Junior (Bixiga), tivemos a oportunidade novamente de patrocinar e oferecer o primeiro prêmio ao campeão de montaria em touros, um carro 0Km. Eu só tenho a agradecer a BX Eventos, empresa responsável pela organização da festa, e agradecer principalmente aos meus colaboradores. Tenho muitas marcas em minha loja, que se não fosse por estes parceiros, eu não conseguiria dar esse prêmio tão grandioso. Minha principal parceira é a empresa VF do Brasil, detentora no mundo da marca Wrangler, 20X e PBR. Além desta grande parceria, todas as outras marcas que temos na Casas Americanas contribuíram para oferecer o primeiro prêmio, são elas: Aleatory, e a Fisher men, uma nova polo que está surgindo na Casas Americanas. Tenho muito a agradecer a essas marcas, que estão me ajudando a realizar meu objetivo: ter a Facip como uma das melhores festas do Brasil. Que a festa seja novamente um grande evento como foi no ano passado.

Foto: Laura Lima

Como é este amor à cidade de Jales? Leandro: Eu gosto de Jales, eu vivo O empreendedor Leandro Rocca Lima sempre conta com o apoio da esposa Juliana Prudente de Moraes Lima 60 | REVISTA INTERATIVA | MARÇO 2012


desta cidade, tudo o que eu tenho vem dela. Estou há anos com a Casas Americanas, há dois anos fiz mais um investimento, a Gelatoshow, e agora, mais um grande investimento, que é o Villa Rocca. Eu tenho um grande amor por Jales e quero vê-la realmente crescer mais, por isso, sempre invisto na cidade. Quanto ao marketing das suas empresas, você sempre investe em publicidade e na forte divulgação. Você acha que a “propaganda é a alma do negócio”? Leandro: Para os meus amigos, eu sou um cara muito arrojado, eu gosto muito de marketing, apesar de não ser formado ou entendê-lo bem, mas realmente acredito que, através do marketing, você está presente na vida das pessoas. Ter sua marca nos eventos, palestras, na tv, faz as pessoas lembrarem do seu produto. Então, acho que a propaganda é a alma do negócio. Assim, é preciso estar sempre presente, gosto muito de acompanhar todo o processo de produção publicitária e, também, invisto em divulgação. Vamos sempre de acordo com nossas possibilidades e parcerias, pois sem elas não conseguimos fazer nada.

A construção do empreendimento já se encontra a todo vapor com a finalização da fundação

Tuniko Fernandes

Foto: Mardônio

O responsável pelo projeto

T

uniko Fernandes está mais uma vez a frente da arquitetura de um grande projeto na cidade de Jales. O arquiteto explica a dimensão do projeto, que será um novo conceito em eventos, em Jales e região. “O Villa Rocca, a pedido do proprietário é um salão flexível para receber festas de pequeno, médio e grande porte. A ideia era executar um projeto onde fosse possível dividi-lo com paredes internas móveis, o maior problema que aconteceu no projeto seria executa-lo. O pedido era que o salão fosse dividido e o som de duas bandas tocando ao mesmo tempo, não atrapalhasse um ao outro. Descobrimos que tinha um salão em Uberlândia que seguia estes moldes, fomos até lá para encontrar esta solução. Foi então que conhecemos a parede móvel acústica, que dá condições de realizar em um só salão dois eventos. Dois shows ao mesmo tempo, podendo ser um casamento e um show, que

nenhum sente a interferência do outro. Hoje, temos essa parede central que vai dividir o salão da direita e o da esquerda. Tivemos que espelhar todo o prédio. Tudo que tem do lado direito, tem do lado esquerdo. Por exemplo: temos duas recepções, duas chapelarias, conjuntos de banheiros masculino e feminino, fraldário. O salão consegue abrigar 1.200 pessoas sentadas, ou 4.000 pessoas em pé, podendo ser dividido para duas festas de até 600 pessoas por lado. O palco tem capacidade para duas bandas de médio ou grande porte. A área de serviço também é toda espelhada. Temos quatro cozinhas industriais, duas cozinhas de parte fria e duas para parte quente, temos dois camarins com ligação interna, dois bares e tudo isso na parte posterior do prédio. A entrada de serviço é separada da entrada principal e, no projeto em 3D, desenvolvemos com materiais de alta qualidade, demonstrando o luxo, requinte e muita beleza, que o salão oferece a quem quiser alugá-lo”. 63 | REVISTA INTERATIVA | MARÇO 2012




ARTIGO

Jales ganha loja no estilo “Plus Size”:

“JEITO DE SER“

L

Foto: Vilma Bio

arissa Vassan, morou muitos anos na cidade de Urânia. Depois de seu casamento, mudou-se para São Paulo, onde foi descoberta por um produtor, que viu em Larissa o perfil de uma modelo “plus size”. Durante o tempo em que morou em São Paulo, Larissa foi muito requisitada no meio da moda como modelo. Estampou vários catálogos, revistas, desfilou em eventos importantes como o Mulheres Reais Fashion Show e SP Market e, aos poucos, foi mostrando seu talento. Em São Paulo, Larissa formou-se em Gestão de Recursos Humanos. A empresária lembra da época em que morava na nossa região e sempre tinha muita dificuldade em encontrar a modelagem correta para seu corpo. Unindo esta dificuldade por parte de Larissa, com sua formação em Gestão e o conhecimento em moda, sentiu-se preparada para trazer para a cidade de Jales uma loja especializada em moda plus size. Sempre com o apoio da família, a irmã Amanda, o padrasto Ivo, a mãe Sônia e o esposo Alecir Fassi, Larissa pôde concretizar seu sonho, inaugurando, no dia 1º de março, a loja “Jeito de Ser”, onde mulheres com manequins que não seguem os estereótipos podem encontrar roupas adequadas e que valorizam suas curvas. A loja possui uma diversidade em roupas, cores e estampas, seguindo tendências da moda nacional e internacional com numeração que vai do 44 ao 60. A loja “Jeito de Ser” está localizada na Rua 11, nº 2425 – Centro (ao lado da Ponto e Nó). Fone para contato: (17) 3632-2812. “Porque toda mulher é linda do seu jeito”.

Larissa Vassan e sua mãe Sônia 66 | REVISTA INTERATIVA | MARÇO 2012


Fotos: Luiza Elizabeth

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Começar A

té 1988, ano em que entrou em vigor a nossa atual Constituição Federal (CF), toda legislação infraconstitucional priorizava o patrimônio. Tínhamos o que a doutrina jurídica chama de legislação patrimonialista. Com a Constituição Federal de 1988 o Brasil elegeu o ser humano como a prioridade do Direito, de modo que toda legislação teria de se preocupar com a dignidade do ser humano. Portanto, sempre que houver o confronto entre dois princípios de natureza constitucional, prevalecerá o que atende à dignidade da pessoa humana. Nenhum outro princípio jurídico se sobreporá àquele. Nem mesmo o tão proclamado interesse público pode preferir o de natureza privada quando ele, o interesse público, não observar a dignidade da pessoa humana. Por isso é que o Supremo Tribunal Federal (STF), em atendimento ao art. 1º, III, da CF/1988, reconheceu em 2011, em histórico julgamento, que a união civil de pessoas do mesmo sexo tem a mesma natureza jurídica da união estável formada entre um homem e uma mulher. Ou seja, reconheceu que, sob o ponto de vista jurídico, duas pessoas do mesmo sexo podem formar um casal, uma entidade familiar. Essa decisão é da mais alta Corte Judiciária brasileira, a que decide em última instância as matérias recursais de natureza constitucional, a qual, ao que tudo indica, só não reconheceu a possibilidade de casamento entre homossexuais porque o pedido era somente para reconhecer a união estável. No entanto, com base no mesmo princípio da dignidade da pessoa humana, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), a nossa penúltima instância recursal judiciária (a última é o STF), acolhendo um recurso de pessoas do

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de novo mesmo sexo que tiveram indeferida a habilitação delas para casamento, decidiu que não haveria mais nenhum óbice jurídico para o citado casamento. Trata de uma decisão isolada, é verdade, em especial porque não se tem notícia de outros casos que tenham chegado aos nossos Tribunais Superiores envolvendo a possibilidade de casamento entre homossexuais, mas, de qualquer forma, já há uma decisão judicial de importante Tribunal Superior a respeito do tema. Como já escrevi em artigos anteriores, o princípio da dignidade da pessoa humana visa criar condições para que as pessoas sejam felizes. E como não há uma solução linear para a felicidade, cada qual a terá de uma maneira. É essa maneira de ser feliz, desde que ninguém seja prejudicado, que nós temos de compreender e respeitar. Essa maneira de ser feliz leva em consideração o indivíduo e não qualquer outro bem. Deus nos livre dos pensamentos e costumes unânimes e nos proteja quando a maioria sufoca a minoria. A convivência pacífica entre a maioria e a minoria é que pode nos levar à felicidade. Respeitemos, assim, o direito das pessoas serem diferentes umas das outras, concordemos ou não com a forma de pensar e agir delas. Nunca é tarde para recomeçar. Só os corajosos recomeçam. Por isso é que, encerrando, lembramos aqui um dos preciosos ensinamentos do humanista CHICO XAVIER, no sentido de que embora ninguém possa reiniciar sua vida e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.

Embora ninguém possa reiniciar sua vida e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim

Pedro Manoel Callado Moraes Juiz de Direito aposentado - Professor de Direito Civil em Cursos de Graduação e Pós-Graduação e Advogado



Rotary Internacional comemora

107

anos

Rotary Club é o primeiro clube de prestação do mundo, formado em 1905

E

m um dia no outono de 1900, Paul P. Harris encontrou com o advogado Bob Frank para jantar em um luxuoso bairro no norte de Chicago. Eles saíram para uma caminhada parando em algumas lojas no caminho. Harris ficou impressionado com a maneira como Frank tinha feito amizade com muitos dos vendedores. Desde que se mudara para Chicago para abrir seu escritório de advocacia, Harris não havia encontrado a mesma camaradagem que Frank tinha com seus colegas empresários e, naquele momento, começou a pensar em como encontrar esse tipo de companheirismo. Assim, surgiu o Rotary International. O primeiro clube de prestação de serviços do mundo, o Rotary Club de Chicago, foi formado em 23 de fevereiro de 1905 por Paul P. Harris, um advogado que queria reproduzir em um grupo profissional o mesmo espírito de amizade que caracterizava as cidades pequenas de sua juventude. O nome “Rotary” surgiu devido ao sistema inicial de rodízio das reuniões, que eram alternadas entre os escritórios dos integrantes do grupo. O Rotary tornou-se cada vez mais popular e, dentro de uma década, clubes foram fundados em diversas cidades dos Estados Unidos, como São Francisco e Nova York, e em Winnipeg, no Canadá. Em 1921, o Rotary contava com clubes nos seis continentes e um ano mais tarde, adotou o nome Rotary International. Atualmente, 1,2 milhão de rotarianos integram cerca de 33.000 clubes de serviço Rotary em mais de 200 países e áreas geográficas. Fundação Rotária A missão da Fundação Rotária do Rotary International é capacitar os rotarianos para que possam promover a boa vontade, paz e compreensão mundial por meio de apoio a iniciativas de melhoria da saúde,

da educação e do combate à pobreza. Por não ter fins lucrativos, a Fundação Rotária não pode prescindir das contribuições de pessoas que acreditam em seu trabalho em prol de um mundo melhor. Programas do Rotary International Pólio Plus, programa de erradicação da poliomielite no mundo, Bolsas Educacionais, Intercâmbio Internacional de Jovens, Intercâmbio Rotário da Amizade, Intercâmbio de Grupos de Estudo, Programas de Subsídios Humanitários etc. Distrito 4480 O Rotary no Brasil é dividido em distritos, assim como os estados da República Federativa do Brasil. Hoje em nosso país, existem 38 distritos rotários, 2361 clubes, 55293 rotarianos, 11109 rotarianas, 687 Rotaract Clubes, 15686 rotaractianos, 768 Interact Clubes, 17664 interactianos. Jales Na cidade de Jales existem dois Rotary Clubes. O primeiro foi denominado Rotary Club de Jales, que foi fundado no dia 29/06/1962 e o segundo foi denominado Rotary Club de Jales “Grandes Lagos”, que foi fundado no dia 08/04/1998. O primeiro club é patrocinador e responsável pelas ações do Interact Club de Jales, e o segundo é o patrocinador e responsável pelo Rotaract Club de Jales “Grandes Lagos”. Dentre as várias ações desenvolvidas pelo Rotary Club de Jales durante todos estes anos, podemos destacar a fundação do Lar dos Velhinhos, o Projeto de Subsídios Equivalentes em favor da AACAJ – Associação de Apoio à Criança e ao Adolescente de Jales, a Festa dos Ca-

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Paul P. Harris Fundador do Rotary

minhoneiros etc. Neste ano, o club está completando 50 anos de fundação. Já o Rotary Club de Jales “Grandes Lagos” desenvolveu ações em nossa comunidade, auxiliando através de vários eventos, muitas entidades assistenciais de nossa cidade, tais como: SACRA, AACAJ, Lar Transitório São Francisco de Assis, Casa da Sopa, AVCC, entre outras. Este clube participou de eventos, como a Festa da Uva, Festa das Nações, FACIP, Cavalgada Ecológica, entre outros. O Rotary International tem muito o que comemorar, pois este clube de serviço tem procurado, desde a sua fundação, promover a paz mundial, aproximando as nações e seus povos. Há muito ainda a ser realizado e é por esta razão que o Rotary International precisa de você. Você faz a diferença! Por Weber Kitawama



Carnaval

Folia das Cores A Aquarela Coc promoveu no dia 16 de fevereiro um animado carnaval para seus alunos e pais que se divertiram no embalo das “Folia da Cores”. A festa aconteceu na sede da escola, no Jardim do Bosque, em Jales, e contou com a presença de várias crianças com fantasias caprichadas e muito criativas. Com este tipo de evento, a Aquarela promove a interação dos pais na escola e a amizade entre as crianças, além de estimular a socialização e criatividade dos alunos.



Projeto Guri Benefícios e educação através da música

Em Jales, o Projeto Guri atende mais de 158 jovens, entre 8 e 18 anos

C

O Projeto Guri veio para Jales em 2006. Hoje, atende mais de 158 alunos matriculados, frequentando o polo, que ocupam 190 vagas das 208 vagas que o Projeto Guri oferece na cidade de Jales. Os alunos não podem estudar em 2 cursos de instrumentos, mas podem optar pelo coral, ocupando, assim, no polo, duas vagas. Em Jales, o projeto conta com a ajuda de duas empresas que auxiliam no lanche oferecido aos alunos, Keleck e Saboraki. Com cursos de coral infantil, coral infantojuvenil, cordas agudas (violino e viola erudita, cordas graves (violoncelo e contrabaixo acústico), madeiras (clarinete, flauta transversal,

Foto: Mardônio

om mais de 51 mil alunos distribuídos por todo o Estado de São Paulo, o Projeto Guri é considerado o maior programa sociocultural brasileiro. Desde 1995, oferece continuamente, nos períodos de contraturno escolar, cursos de iniciação e teoria musical, coral e instrumentos de cordas, madeiras, sopro e percussão. É a principal ação coordenada pela Associação Amigos do Projeto Guri (AAPG), cuja missão é promover, com excelência, a educação musical e a prática coletiva de música, tendo em vista o desenvolvimento humano de gerações em formação.

Os professores do projeto Guri de Jales

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Leonardo Pablo Origuela (flauta transversal), Franciele Aparecida da Costa (sax alto) Danilo Henrique de Lima (clarinete)


saxofone alto e saxofone tenor), metais (eufônio, trombone e trompete), percussão e bateria, violão. Segundo Leandro Augusto Pedroso, coordenador do Polo Jales, os cursos mais procurados durante o período de inscrições são o de violão e percussão (bateria). Os responsáveis pelo aprendizado musical dos alunos em Jales são os professores: Francismir Soares Gomes da Silva, coral infantil e juvenil; Danilo Campagnoli, cordas agudas; Gutemberg de Oliveira, cordas graves; Luciana Regonha, madeiras; Luciano Dourado, metais; Emerson Botton, percussão e Otoniel Viana, violão. Além do grande domínio musical, os docentes procuram não apenas ensinar, mas também suprir as dificuldades musicais e sociais de seus alunos: Otoniel Viana, professor de cordas dedilhadas (violão) do Projeto Guri Jales, há 4 anos. “Quando o aluno se matricula no curso, ele já está realmente interessado em aprender a tocar aquele determinado instrumento. Em minhas aulas, os alunos aprendem tanto o violão clássico, que executa melodia, quanto o violão popular, que é o tocado por cifras. Para mim, é um grande prazer ensinar, as minhas turmas são ótimas e com bom comportamento. O que acontece às vezes é a dificuldade de um aluno e outro, do nível deles não ser o mesmo e, resolvemos isso com exercícios e músicas mais facilitadas. O projeto Guri é uma organização social de cultura que, além de desenvolver durante as aulas a parte técnica e educacional, contempla também outras partes, como por exemplo, social Nós nos preocupamos com a questão comportamental do aluno, que, às vezes, no início das aulas, não se demonstra tão brilhante com o instrumento, mas ao longo do tempo, percebemos que ele vai melhorando não

O Polo Jales do Projeto Guri, já se apresentou em diversos eventos em Jales e também em municípios vizinhos, como Santa Fé do Sul. No final de 2011, também tiveram uma apresentação em São Sebastião do Pontal, em Minas Gerais.

Otoniel Viana, professor de cordas dedilhadas (violão) do Projeto Guri Jales, há 4 anos

apenas sua performance, mas também seu comportamento em aspectos gerais”.

José Henrique Barrientos e seu parceiro inseperável, o violão

Para os alunos, o projeto é uma grande oportunidade de aprendizado, até para os momentos de lazer com amigos e família, como explica o aluno José Henrique Barrientos, 14 anos, estudante da E.E. Dom Artur Horsthuis, que estuda violão no Projeto Guri há 3 anos. “Minha vida mudou depois que eu comecei o curso no Projeto Guri. Agora, todas as festas que tem em minha casa ou até em outros lugares, pego o violão e sempre rola a festa. Gosto muito de música raiz e rock, principalmente Raul Seixas, então, acaba sendo um sucesso nas festas em família e com amigos. Aqui, aprendemos muitas coisas. O professor Otoniel nos ensina a ler partituras e, também, a prestar atenção no som que o instrumento produz. Aprendi aqui, que, muitas vezes, as pessoas não são tão boas para se expressar com palavras, mas se você entrega algum instrumento na mão delas, elas conseguem se expressar muito bem. Para mim, o curso é realmente muito bom e compensa fazê-lo”. 77 | REVISTA INTERATIVA | MARÇO 2012





P

Agroatta agora no programa “ roteção A Agroatta, que atua na área de desinsetização e controle integrado de pragas, obteve mais uma importante conquista: “Proteção Bayer”, programa integrado desenvolvido pela Bayer CropScience, com o objetivo de promover a melhoria contínua do serviço de controle de pragas urbanas. As empresas participantes do programa foram criteriosamente escolhidas por meio dos requisitos de qualidade Bayer CropScience e podem ser identificadas pelo selo PROTEÇÃO BAYER, o qual a Agroatta agora já está apta a utilizar. Para o consumidor, contratar uma empresa que tenha o selo “PROTEÇÃO BAYER” é ter a certeza de que sua residência ou estabelecimento comercial está sendo tratado com toda a tecnologia e qualidade dos produtos Bayer CropScience, além da garantia de tranquilidade em relação ao crônico problema das pragas urbanas. Segundo Francisco Tobal, sócio proprietário da Agroatta, participar deste programa significa trabalhar com o respaldo de uma grande empresa: “A Bayer é uma das empresas líderes no seg-

Bayer”

mento de produtos domissanitários, possuindo vários tipos de produtos de alta qualidade e tecnologia de ponta. Além disso, trabalha comprometida com a sustentabilidade, desenvolvendo produtos mais amigáveis, tendo a preocupação com o meio ambiente e com a saúde das pessoas”. De acordo com Cassi Tobal, as pessoas devem estar cientes de que não basta matar o inseto, pois há a preocupação com a questão de mantê-lo afastado e, ainda, o mais importante, utilizando produtos que não representem um risco a saúde: “hoje, a empresa desinsetizadora deve se comportar como um agente de saúde, pois na medida em que controla as pragas com a responsabilidade de saber manusear os produtos corretos, mantém os estabelecimentos livres de várias doenças trazidas pelas mais diversas pragas, sem riscos de intoxicação”.


Jovens

de fé

Os jovens de hoje ainda têm fé?

O

s jovens de hoje ainda têm fé? O Instituto de Estudos da Religião (Iser) fez essa pergunta a 800 brasileiros com idade entre 15 e 24 anos e 98% deles responderam sim. Os jovens de hoje elegem sua própria fé. Entre os que seguem alguma religião, 33% escolheram por decisão pessoal, independentemente da preferência familiar. Tanto é assim, que dois em cada dez jovens mudaram de religião ao menos uma vez. Metade dos frequentadores dos cultos evangélicos tem menos de 24 anos. Missas católicas são agora animadas em ritmo de rock, tecno e rap. Há igrejas

criadas especialmente para fiéis mais jovens, com linguagem e abordagem diferentes. Uma das características da religião é promover a integração social. Rapazes e moças vão à igreja ou ao templo e lá conhecem outros adolescentes que pensam como eles. Assim, formam-se os grupos. Assistem aos cultos juntos, saem à noite, viajam. O lazer fica associado à religiosidade. A Revista Interativa entrou em contato com jovens jalesenses de diferentes religiões, que expressaram através de depoimentos o que acham da fé e da religião em suas vidas.

Evangélico “Acho que a religião tem a sua importância sim, mas, o mais importante de tudo é o Senhor Jesus em nossas vidas, em nosso coração e, também, aprender com ele através de sua palavra, a bíblia, pois são os melhores ensinamentos que podemos obter. Minha fé é o motivo pelo qual me faz caminhar confiante, é o motivo pelo qual sou feliz e, principalmente, é a certeza de que Senhor Jesus tem o melhor para minha vida. Hoje, a cultura entre o jovem e a religião é totalmente diferente. Antigamente, havia uma pressão da família, social e uma tradição também para que ele estivesse inserido em uma igreja. Hoje, para os jovens, a religião e a fé são questões de escolha pessoal, eles são mais livres nas suas escolhas. Lógico que acho que o jovem tem a sua fé, ele crê no Senhor Jesus. Recentemente, tem uma pesquisa do O Instituto de Estudos da Religião (Iser) em que entrevistaram jovens de 15 a 24 anos, 98% responderam crer em Deus. Agora quanto à religião, acho que os jovens ainda experimentam muitas igrejas, visitam para conhecer, para, assim, decidir em qual realmente se sentem mais à vontade e realmente venham ao encontro do que eles acreditam e esperam de uma igreja”. Hilton Marques, 27 anos, cristão/protestante, Vide – Igreja Batista da Comunidade liderada pelo Pastor Honório Amadeu Junior

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Espiríta “Tive criação católica, fiz comunhão e crisma. Na infância, tive um contato indireto com o espiritismo, através de uma amiga que me contava o que aprendia nas aulas de evangelização. Sempre me encantei, mas nunca fui atrás de conhecer mais sobre o assunto. Na adolescência, discordava de alguns pontos que a igreja defendia e, após a crisma, me afastei, inclusive do grupo de vicentinos do qual participei por um tempo. Até então, tinha o catolicismo como uma obrigação e não como uma escolha. Alguns anos depois, através da minha mãe, conheci o centro que frequento até hoje. Sinto-me feliz e realizada com minha religião. Minha visão sobre a vida, em todos os aspectos, mudou para melhor. Penso que, independente de religião, a pessoa tem que viver aquilo que prega e acredita. Conheço

Católica “A religião faz com que nós acreditemos em algo superior, que nada é impossível, nos dá de certa forma um conforto espiritual. Sua importância está no significado que ela tem para cada um. Para mim é, importante no sentido de ter uma referência, algo a seguir, não fervorosamente, mas como um norte. Sempre fui uma pessoa de muita fé, e entendo como fé, confiança em si mesmo, porém colocamos esse “em si” em Deus, depositamos Nele, nossas vontades, desejos, medos para que nos afastemos, pelo menos um pouco, desses

algumas pessoas que não frequentam nenhum centro, igreja ou templo, mas creem em Deus acima de tudo, procuram não prejudicar os demais e são felizes, mais do que muitos que possuem alguma religião. Hoje, defino minha fé como inabalável. Passei por dificuldades que me provam isso. Os jovens praticantes de alguma religião, com quem tenho contato, a veem como algo importante em suas vidas, buscam nela as diretrizes para tomar decisões importantes ou não. Também, tem aqueles que possuem uma religião apenas por se sentirem completos com ela, não sendo parâmetro para decisões em suas vidas. Quanto à fé, penso que ela é basicamente a mesma, mas, pela religião, a enxergam e interpretam de forma diferente”. Mariana Lopes Martins, 27 anos, espírita kardecista - Grupo Espírita Beneficente Maria Dolores

nossos conteúdos que ás vezes nos confundem, machucam e que também não nos levam para frente. Os jovens têm sua religião e sua fé, isso pode ser visto pelos grupos de jovens que realizam suas ações para a sociedade de uma forma geral. O que às vezes, ocorre, é que eles possuem sua própria religião, acreditam no que querem acreditar, como uma forma de mostrarem sua individualidade e ser respeitado por isso, ou seja, por suas escolhas”. Jéssica Amadeu de Freitas, 21 anos, católica, frequenta a Igreja Catedral

Católico “A religião é parte da minha vida, desde o meu batismo sou chamado a ser cristão em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. É de fundamental importância ter uma religião, pois, a partir dela, conseguiremos fortalecer a nossa fé e perseverar em Jesus Cristo: “Caminho, Verdade e Vida”. A fé é essencial em minha vida, é através dela que me faz viver o amor ao próximo, a humildade e a caridade. A juventude em geral, talvez não tem conhecimento do que é ser um verdadeiro Cristão, com isso, não valoriza sua religião e a sua fé. Para enteder melhor o que é fé deixo como jovem, a seguinte frase: ‘Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser’, de Santo Agostinho” João Donizeti Pascui Junior, 19 anos, católico, Comunidade São Judas Tadeu - Paróquia Santo Antônio 84 | REVISTA INTERATIVA | MARÇO 2012





A melhor declaração de amor

O

site intercabana.com lançou em janeiro deste ano, um concurso cultural que está mexendo com o coração dos apaixonados. “A melhor declaração de amor” é uma prova de aptidão e criatividade em redação, que premiará a frase mais bonita, criativa e original e também que receber o maior número de votos dos internautas. No dia 30 de abril, o vencedor será revelado, e levará para casa um midget Tablet Titan com Sistema Operacional Android. Até o momento 30 internautas se inscreveram no concurso, e os destaques ficam para os criadores das duas frases mais votadas: Priscila Aline e Mateus Augusto Lopes. “Inspiração para escrever minha frase, vem toda do meu namorado, da minha família, dos meus animais e dos meus amigos. Minhas palavras são dedicadas a cada uma das pessoas que amo e que contribuíram para a formação da pessoa que sou hoje. Para participar do concurso, fiz uma seleção de vários trechos de depoimentos que enviei para o meu namorado em uma rede social, o Orkut, e postei o resultado na página do intercabana.com . Para ganhar votos, estou enviando o link do Concurso Cultural do intercabana.com para todos os meus amigos do facebook, Orkut, twitter e Hotmail. Gostaria muito de vencer, mas acho que o mais importante é saber que eu tenho amigos que lutam pela minha vitória. A todos, o meu ‘Muito obrigada’. Além disso, o foco do concurso é promover a Loja Intercabana Virtual, que teve essa iniciativa maravilhosa. Acompanho o trabalho do grupo desde a criação da loja e torço muito pelo seu crescimento e sucesso. Queria pedir para que as pessoas votem na frase, dediquem-na a uma pessoa especial. A vida é curta demais e muitas vezes nos tira pessoas importantes sem que tenhamos a chance de dizer o quanto as amamos”. Priscila Aline Rodrigues Silva, 20 anos, estudante de Letras na Universidade Federal de Mato Grosso, em Rondonópolis. “FELIZ É AQUELE QUE DESCOBRE O AMOR. QUE SENTE UMA ESTRANHA VERTIGEM AO ENCONTRAR O SER AMADO. FELIZ AQUELE QUE DESISTIRIA DO MUNDO EM NOME DE SUA OUTRA METADE. FELIZ SOU EU, QUE TE TENHO EM MINHA VIDA” 88 | REVISTA INTERATIVA | MARÇO 2012

“TEMOS A CABEÇA EM CIMA DO CORAÇÃO PARA QUE O SENTIMENTO NÃO ULTRAPASSE A RAZÃO!“ “Através de exemplos da vida, tirei inspiração para escrever a frase. Não vivi muitas coisas, mais pelo pouco que vivi, senti, e presenciei, sei que o sentimento não deve ultrapassar a razão na vida! Para conseguir votos estou contando com a ajuda de meus amigos, primos e membros da família, também divulguei muito nas redes sociais e para os membros que fazem parte do meu site. Tenho vontade de ganhar este concurso. Ganhar um tablet, pela própria imaginação é sempre muito bom. Mas, ganhando ou perdendo, o importante é que eu estou participando. Eu sempre tive a vontade de trabalhar e mexer com coisas eletrônicas do tipo. Não tenho condições de comprar um tablet, que hoje, no mercado é muito caro, e acho que a promoção do Intercabana.com, pode me dar essa oportunidade. Por favor, o seu voto é muito importante para mim, e ele daria mais oportunidades para eu poder evoluir com os meus sonhos e objetivos”. Matheus Augusto Lopes Alves, 15 anos, morador de Jales, estudante.





crise na itália A crise se vê e se sente por todo país

R

ealmente ela existe e, há muito tempo, não era assim tão evidente e quando digo muito tempo, digo do tempo de guerra e pós-guerra, pois nestes últimos 50 e 60 anos, os italianos estavam habituados com a bela vida e a palavra “crise” não tinha qualquer ligação com a economia, que, aqui, sempre foi forte, devido às suas grandes multinacionais, tais como Pirelli, Fiat, Ferrero, Telecom, Tim, Fininvest dentre outras. A crise se vê e se sente por toda parte, pois o governo está cortando gastos e criando taxas e, mais taxas e assim, o poder de compra dos cidadãos está diminuindo a cada dia. Quem só comia em restaurantes já não pode dar mais a este luxo. Viver está a cada dia mais difícil, tudo é caro, tudo se paga e tudo tem aumento de taxa. No Brasil, costumamos reclamar do preço do combustível que é caro, e realmente é, mas aqui está muito caro. Exemplo: a gasolina € 1,95 e o diesel € 1,75. Um outro dado interessante foi do aumento do transporte público. Exemplo: o preço do bilhete do metro em Milão que, desde a criação do euro, sempre foi de € 1. No ano passado, passou a custar € 1,50. Estes pequenos aumentos parecem ser pouco, mas quando vemos no final do mês e do

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ano, chega-se a um belo montante de dinheiro perdido. (Valor do euro hoje, aproximadamente, R$ 2,30) Algumas comparações entre Brasil/ Itália, enquanto que, em 2010 a Itália cresceu 1,3%, o Brasil cresceu quase 8%, já, em 2011, Itália 0,4%, Brasil 2,7%, e, para 2012, as expectativas não são das melhores. E taxa de desemprego, então, nem se fala. Trabalho está a cada dia mais difícil e se vê em jornais e tv que o índice de desemprego entre os jovens é de 1 em cada 3. Mas a crise não veio de um dia para o outro. Além de ser um problema que não atinge apenas a Itália. No caso italiano, a crise veio em decorrência de anos de problemas políticos, corrupção e toda aquela farra a que estamos acostumados no Brasil e, assim, 2011, depois de 16 anos no poder o então premier italiano, Silvio Berlusconi, deixa o poder dando lugar por tempo provisório ao economista Mario Monti. E, assim, segue a nossa velha Itália, entre altos e baixos, seguindo um momento um pouco complicado. Espero ter colaborado em algo, pois é esta a Itália que vejo hoje, olhando para o futuro sem perder a esperança.

João Paulo Scarin Diretamente da Itália para a Revista Interativa

A crise não veio de um dia para o outro. No caso da Itália, veio em decorrência de anos de problemas políticos e corrupção“





FOI UM CHOQUE! FOI ROSA CHOQUE

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oi um sucesso a III Festa da AVCC (Associação de Voluntários de Combate ao Câncer) de Jales. Solidariedade dos empresários da cidade que participaram na decoração , no Buffet e em todos os setores necessários, juntamente com a alegria, fizeram a “ festa das mulheres” ” um evento imperdível .Mulheres irreverentes, soltas ( homem não entra) e completamente descontraídas, vararam a noite com um visual caprichado, dançando de forró às músicas da Jovem Guarda e as sertanejas. Nessa festa vale “ mulher com mulher” e elas não abriram mão disso.

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Foto: Laura Lima

Foto: Lívia Cardoso

Vilma Rossafa Mendes 01/03

Foto: Lívia Cardoso

Foto: Laura Lima

Débora Polleto Valente 23/03

Cassia H.J. Tanios 24/03

Carlos Eduardo Callado Moraes 05/03 Amatiele L. Fernandes Silva 22/03 Tatiana A. P. Fiorani 19/03

Altair Ramos Leon 22/03

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André Sellis 20/03

Willian barbosa 17/02 Bruno domingos da costa 18/02


Foto: Lívia Cardoso

Andrea Mandarini Viana 19/03

Ana Campos 26/03

Foto: Vilma Bio

Yasmin Moraes Romero 12/03

Dhovana André do Prado 24/02

Zenaide Cândida Ribeiro de Lima 29/03

Deise do Prado Souza 24/03

Lara Pêgolo Buso 31/03

José Ricardo Rodrigues Silva 07/03 Lara Alonso 12/03

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Porque ficamos em pé

O

estudo da clássica resistência dos materiais, entre outros, ensina porque tudo no mundo fica em pé. Basicamente qualquer material fica em pé porque sua força resistente é maior do que as forças que o solicitam, salvos conceitos de segurança. Uma edificação fica em pé porque seus elementos estruturais têm uma resistência maior que todas as tensões providas de carregamentos. Estes elementos poderiam ser metálicos, geralmente são de concreto, poderiam ser de madeira. Não importa, estes elementos poderiam ser de plástico, desde que sua força resistente fosse maior que as forças que o solicitassem. Nossos ossos não quebram porque estão submetidos a forças menores que suas respectivas resistências. A força de um chute do Roberto Carlos na tíbia pode ser maior que a força resistente deste osso; e, neste caso, o efeito inevitável: fratura. Materiais frágeis também têm resistência: plástico, algodão, papel, giz. Pode ser baixa, mas têm. Pura ciência, pura tecnologia. O giz tem uma baixa resistência, mas este material tão frágil tem uma incalculável força: - a de educar, a de

formar opiniões. “Se plantarmos para um ano, devemos plantar cereais. Se plantarmos para uma década, devemos plantar árvores. Se planejarmos, entretanto, para uma existência, devemos educar os homens”. Um material tão frágil e tão forte pode educar o homem e, ao mesmo tempo, pode destruí-lo. A responsabilidade de quem tem o giz às mãos é tão grande que quando o está em a postos deveria pensar somente em ensinar, em educar, em formar opiniões. Quem tem o privilégio de segurar um giz, por natureza, tem um idealismo a cada instante anterior a cada pensamento. Formadores de opinião e, às vezes, o retorno é lento, às vezes, o retorno atrasa, talvez por culpa da tecnologia, por culpa dos homens. Corre sangue em nossas veias, que não estouram, pois as resistências das paredes dos vasos sanguíneos são maiores que a pressão exercida pelo sangue sobre elas. A arte está em educar e por isso ficamos em pé. A resistência do giz é o que menos importa.

Nossos ossos não quebram porque estão submetidos a forças menores que suas respectivas resistências

Foto: Marcos Oliveira

Um breve estudo da ciência e da tecnologia pode nos revelar valiosas lições que se aplicam em nossas vidas

Roberto Racanicchi Engenheiro Civil Presidente da AEAF (Fernandópolis) – Mestre em Engenharia Civil, Coordenador do Curso de Engenharia Civil da Unicastelo, Consultor de Desenvolvimento de Projetos de Estruturas de Concreto Armado e Aço






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