Revista Fato!

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Foto: Servando Lopes EDIÇÃO 80 - ANO 7 - JULHO / 2018 - UBÁ - MG / R$ 9,90

DELEGADO

RAFAEL GOMES SAIBA QUEM É O HOMEM QUE REDUZIU A CRIMINALIDADE EM UBÁ CIDADE

Com uma nova diretoria, o Industrial Esporte Clube realiza projetos e melhorias com o objetivo de resgatar o antigo clube da cidade

ESPECIAL GUIDOVAL

O projeto Cine CRAS movimenta os bairros da cidade todos os meses com sessões de cinema para os moradores

FATO ESPECIAL

Produtores locais revelam os segredos da cerveja artesanal






COM METODOLOGIA DE ENSINO AVANÇADA, ESCOLA DE IDIOMAS INAUGURA UNIDADE NA CIDADE CARINHO Por Rosiane Souza | Fotos: Pedro Roque Fotografia

O

dia 4 de julho, quando se comemora o dia da Independência dos Estados Unidos, ou o Independence Day, como dizem os Americanos, foi a data escolhida para a inauguração da mais nova escola de idiomas de Ubá: a Improve, que tem como o principal objetivo a formação de alunos bilíngues e traz para a cidade uma metodologia de ensino única e totalmente inovadora. A sócia-proprietária da unidade Improve Ubá, Paula Chieppe Parizzi, conta que a história da instituição começou na cidade de Viçosa, ainda no ano de 2015. “Foi um projeto de vida que se transformou em realidade e que hoje é um verdadeiro sucesso. Acreditamos que nos próximos anos teremos franquias espalhadas em todos os cantos do país”, destaca. Sobre inaugurar uma unidade em Ubá, a proprietária comenta que viu na cidade uma excelente oportunidade de negócio, graças ao expressivo crescimento local e à movimentação econômica promovida pelo polo moveleiro. “A ideia de expandir o negócio baseia-se também na vontade de proporcionar que mais pessoas desfrutem das nossas metodologias e aprendam um novo idioma de maneira rápida e definitiva”, explica. A unidade da Improve Ubá oferece cursos de inglês e espanhol, atendendo alunos com faixa etária a partir dos 3 anos de idade. Além disso, oferece diferentes níveis de ensino e cursos específicos, como inglês para viagens, negócios, leitura e escrita acadêmica. Os alunos da Improve Ubá

Da esquerda pra direita, a franqueada da unidade de Ubá, Paula Parizzi, o diretor executivo da unidade de Viçosa, Bruno Lopes, e a diretora técnica da unidade de Viçosa, Raiane Magalhães.

também contam com uma metodologia que os prepara para os principais exames de proficiência e suficiência nas línguas estrangeiras. De acordo com a sócia-proprietária, o grande sucesso obtido em Viçosa e os excelentes resultados alcançados, constatam que os métodos aplicados pela Improve estão levando a escola para o caminho certo. Por isso, a instituição se orgulha em poder trazer para Ubá um ensino inovador, com uma abordagem comunicativa e associada à tecnologia. Para melhor atender aos seus alunos, as aulas na Improve Ubá têm início imediato e contam com uma carga horária diferenciada, com horários flexíveis. Os alunos podem optar por aulas indivi-

duais ou em turmas reduzidas, com no máximo seis pessoas. Importante ressaltar que o material utilizado é da Editora Macmillan e possui referência mundial. Com salas de aula climatizadas, decoradas com temas de cidades estrangeiras, como forma de imersão dos alunos, a Improve possui um espaço totalmente equipado que auxilia ainda mais no processo de aprendizagem de novas línguas. Agradecimentos: Spaço Vida Academia, Buffet do Cristiano, ZOE marketing.


INGL Ê S

AP REND A D E FOR MA D EFINITIVA “O que mais me chamou a atenção na escola de inglês Improve, primeiramente, foi o material e a disponibiliRita de Cássia Lima Santana, 41 dade de aulas mais anos – Psicóloga Psicanalista. personalizadas. Os alunos recebem maior atenção e conseguem fazer a assimilação da matéria com o professor. Além de tudo, as crianças se divertem com o material interativo e atualizado. Meus filhos estão matriculados e eu já consigo ver resultados muito satisfatórios até no que tange aos conteúdos escolares.” @improve_uba

improveuba

#UBÁB

ILÍNGU

“A Improve Ubá possui uma excelente estrutura, ótima localização, salas bem distribuídas, ambiente Thaise Talma acolhedor e excepcioSartori, 35 anos Advogada. nal apresentação do espaço físico. O que mais me encantou foi a gentileza e finesse dos anfitriões, bem como a integração de todos os presentes durante o coquetel de lançamento. Só tenho a desejar sucesso à Paula e demais envolvidos.” (32) 9 9803-5642

(32) 3021-7778

E

“O que mais me chamou a atenção foi o empenho e dedicação da Paula, o método é muito bacana, desLívia perta o interesse do Nascimento aluno. A metodoloGomes, 38 anos Vendedora. gia é maravilhosa! Meu filho já fez outros cursos, mas nenhum com tanto empenho e interesse. Ele deslanchou depois que estudou na Improve.”

Rua Cônego Abreu e Silva, 22, Centro, Ubá-MG


Índice

Foto: Revista Fato!

Foto: Arquivo Pessoal

Panorama da edição

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CAPA

ESPECIAL V.R.B.

POR TODA MINHA VIDA

“Zé Roque”, conhecido e querido por várias gerações

Conheça a história de Otacilio Duarte Pacheco

Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Arquivo Pessoal

Delegado Rafael Gomes conta da sua trajetória profissional

48 UBAENSE AUSENTE

Enio Moreira Mendes revela suas experiências e as memórias da Cidade Carinho

10 – Editorial 16 – Social 20 – Falando de Negócios 23 – Contabilize – Paulo Marcos Marques Roque 24 – Cidade – Diretoria do Industrial resgata o antigo clube da cidade 26 – Papo Bucal – Dr.ª Lorena S. Queiroz 30 – Arquitetura e Design – Danielle Filgueiras 32 – Fato Especial – Produtores locais revelam os 08 Revista Fato! - Julho 2018

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Foto: Cássio Fotografias

Foto: Servando Lopes

54 ESPECIAL TOCANTINS AAMEI promove 6º Encontro de Sanfoneiros

segredos da cerveja artesanal 36 – Conectados – Rafaela Namorato 37 – Gestão e Negócios – Nathália Carvalho Costa 40 – Comportamento - Vegetarianismo X Veganismo. Você conhece as diferenças? 51 – Palavra do VET – Dr.ª Michele Marques e Dr. Ricardo Silva 52 –Economia – Michel Pires 53 – Meu dia D - O inesquecível baile de Manu

62 TREND

Confira as sugestões de presentes para os pais que cabem no seu bolso

Valente 54 – Organize-se – Jô Caciano 55 – Aconteceu - Os 161 anos de Ubá 56 – Espaço Jurídico – César Campos 58 – Abrindo o Closet - Mário Coelho 64 – Editorial de Moda - Glamour e personalidade no olhar 72 – Pisicologia – Marcela Corbelli 72 – Especial Guidoval - Projeto Cine CRAS 74 – Beleza e Estética – Fran Mendes



Editorial Arquivo Pessoal

Para se fazer um

bom JORNALISMO...

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m uma recém entrevista concedida ao portal de notícias Comuniqui-se, o mestre do jornalismo investigativo no Brasil, Zuenir Ventura, definiu o jornalismo como um instrumento fundamental da democracia e que não existe dissociado da imprensa livre. E ele disse mais: “Não viemos a Terra para julgar, nem para prender ou condenar. Viemos para olhar e depois contar”. O grande fato de todos os meses, além de uma publicação repleta de histórias fascinantes é que aguardamos ansiosos para apresentar a vocês um conteúdo de alto nível. A cada trabalho concluído, por longos e duros 20 dias, colocamos em prática um jornalismo imparcial e sempre preocupado em ouvir os dois lados. Um jornalismo de apuração, para depois contar a história. A Revista Fato! chega à sua edição de número #80 e a sensação que temos é a de que estamos cada vez mais no caminho certo. Para celebrarmos essas oito dezenas de publicações, preparamos uma novidade: a partir deste mês estaremos nas cidades que nos circundam com uma distribuição mais ativa. O projeto de expansão da nossa revista de modo gratuito tem como objetivo levar aos nossos leitores o nosso conteúdo exclusivo. E para inseri-los em nossas páginas, essas cidades terão um espaço especial todos os meses. Visconde do Rio Branco, Tocantins, Rodeiro, Guidoval e Divinésia dão as boas vindas a este projeto e o momento é de celebração. Na capa trouxemos a trajetória de coragem e amor do Delegado de Polícia Dr. Rafael Gomes. Um homem destemido e que vê em sua profissão uma oportunidade de criar uma sociedade mais segura e justa. Já em Comportamento, esclarecemos as diferenças entre o veganismo e o vegetarianismo.

Ubaenses e pessoas que residem em nossa região contaram suas experiências com a adequação deste estilo de vida. E quando o assunto é Cerveja Artesanal, em qualquer top 10, ela está lá, dividindo o pódio no que se refere às bebidas mais consumidas no mundo, aproveitamos o momento de intensa repercussão e fomos a campo para entrevistar produtores locais que revelaram o processo de confecção da bebida que se tornou a queridinha dos consumidores. Vale à pena a leitura. A editoria Por Toda Minha Vida conta os 99 anos de história do Senhor Otacílio, um homem de olhar firme, sorriso constante e andar seguro. Com fidelidade aos seus princípios e gratidão à vida, o homem de quase um século fala sobre o caminho percorrido para atingir a sua longevidade. Perceberam que não brincamos em serviço, né?! Tudo isso e muito mais, vocês poderão conferir nas próximas páginas. Vale lembrar que nossa competente equipe de colunistas trouxe um conteúdo repleto de informação e o principal, utilidade pública. Para fechar o editorial desta edição deixo uma frase do “mestre Zu” sobre a prática do jornalismo: “Nós somos testemunhas de nosso tempo, uma testemunha crítica, não necessariamente de oposição, mas implacavelmente crítica”. Como diretora deste veículo de imprensa, jornalista e uma apaixonada pelo bom e velho jornalismo, é impossível fazer jornalismo, ainda que na era digital, sem passar pela faculdade, sem ter uma visão crítica sobre tudo e principalmente, sem muita leitura. Desejo a todos uma excelente apreciação de nossas matérias! Como de costume, preparamos tudo com muito carinho!

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Direção Juliana Campos e Bráulio de Paula Edição Geral Vanessa Santos Diretora Administrativa Juliana Campos Artes Natália Meireles | Bráulio de Paula Redação Vanessa Santos | Natália Meireles Scarlett Gravina Diagramação Bráulio de Paula Comercial Juliana Campos | Rosiane Souza Fotos Cássio Fotografias | Pedro Roque Fotografia Wanderson Produções | Fotografe | Servando Lopes Colaboração Ricardo Silva | Michele Marques | Pedro Roque Paulo Marcos Marques | César Campos Lara | Scarlett Gravina | Marcela Corbelli | Fran Mendes | Nathália Carvalho Costa | Servando Lopes | Kelvin Tomaz Matheus Ivo | Vanessa Santos | Rafaela Namorato Cássio Cândido | Michel Pires | Danielle Filgueiras Natália Meireles | Dr.ª Lorena S. Queiroz | Jô Caciano Waléria Arruda | Angélica e Mateus Benatti Gráfica Olps Gráfica Redação

(32) 3531-2335

(32) 9 8868-2335

revistafato@gmail.com CNPJ: 28.105.134/0001-96 Av.Padre Arnaldo Jansen, 626, Santa Luzia, Ubá - MG @revistafatouba www.revistafato.com facebook.com/RevistaFato

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DIRETO

DIRETOR

10 Revista Fato! - Julho 2018

A FATO! DA REVIST

Nota:

Os textos escritos por colunistas, profissionais convidados e empresas que divulgam seus trabalhos em nossas páginas são de total responsabilidade de seus autores originais.



Servando Lopes





Social Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Fagoc; Sócia Diretora da Revista Fato! e do Grupo Fato! Eventos. revistafato@gmail.com

Juliana Campos

A arquiteta e designer de interiores, Danielle Filgueiras, proprietária da Empório Design, participou recentemente da 2ª etapa do Circuito Unierre de Tênis Feminino. O evento aconteceu no dia 17 de junho e concedeu à participante o troféu de campeã. A tenista registrou o momento posando toda sorridente ao lado do noivo Alexandre Firmiano. Parabéns, Dani!

Mais um congresso para a bagagem da fonoaudióloga e sócia-proprietária da Audiocentro, Renata Maciel. Entre os dias 20 e 23 de junho a empresária participou do XV Encontro Internacional de Próteses Auditivas, em São Paulo. Com o objetivo de sempre se atualizar e levar o que há mais de moderno em tecnologia auditiva aos seus pacientes, a profissional investe assiduamente em cursos e congressos.

E quem embarcou recentemente em lua de mel foi o mais novo casal do circuito, Alan Oliveira e Beatriz Candian. Os recém-casados escolheram a Embarque Viagens e Turismo para preparar tudo para o pós-enlace. O destino dos pombinhos foi a Bahia onde, de 11 a 17 de junho, puderam desfrutar das belezas do Grand Palladium Imbassai Resort, Mata de São João. O casal acertou em cheio, tanto na escolha do destino, quanto na escolha da competente agência. Felicidades neste novo ciclo.

Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Arquivo Pessoal

No dia 16 de junho aconteceu a primeira edição do Arraiá Cão KiLate Pet Shop. Cerca de 50 cãezinhos compareceram ao evento acompanhados dos seus responsáveis. Pescaria, mesa típica, cenário para fotos, animação, mostras de laços e rações fizeram parte da programação. A médica veterinária e proprietária da Cão KiLate, Drª. Tuanny Rufato, recepcionou a todos com muito carinho. Na foto, ela posa no cenário típico com a cachorrinha Bebel. Com o objetivo de ampliar sua visão empreendedora, a proprietária da Linda Decor, Letícia Trindade, participou, entre os dias 21 e 26 de maio, do EMPRETEC, promovido pelo SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais. Pelo menos 23 empresários da cidade de Ubá e região participaram do curso que aconteceu no Hotel San German. Na foto, Letícia está ladeada do empresário Antonio Alberto de Carvalho Júnior e Maria Imaculada Alvim Barbosa, Consultora do Empretec desde 1994. Foto: Arquivo Pessoal 16 Revista Fato! - Julho 2018

Parceria de sucesso! A América Models Agency realizará no dia 22 de agosto, no Braúnas Grill, um desfile conceitual PrimaveraVerão prestigiando lojas e marcas da Cidade Carinho. A convite do sócio-diretor da agência, Evan Ribeiro, a Revista Fato! será parceira deste grande evento. Em breve, mais novidades. Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Arquivo Pessoal


Foto: Wanderson Produções




Falando de Negócios Por Vanessa Santos

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omprometimento, otimismo e inovação são palavras-chave para o casal, Carlos Henrique Batista e Leila Mesquita dos Santos. Há 2 anos à frente da Accurato – Clínica especializada em Odontologia e Estética Facial, os profissionais reúnem no empreendimento serviços de saúde bucal e beleza. Com a experiência de quem está há 24 anos no mercado, o dentista uniu todo o seu conhecimento aliado as práticas de sua esposa, a qual atua como esteticista fototerapeuta. “Construímos sorrisos incríveis e por que não complementar esse tratamento? Com os procedimentos estéticos conseguimos valorizar ainda mais os serviços prestados na Odontologia, uma vez que podemos deixar a face ainda mais harmoniosa para combinar com o sorriso novo”, revela Dr. Carlos Henrique, que paralelo ao estabelecimento, ministra aulas no Brasil e no exterior. Leila conta que o desejo de aprofundar seus conhecimentos em estética surgiu a partir do sonho do marido em abrir a clínica. “Já era plano do meu esposo a criação de um empreendimento associando Odonto e Estética e, com a construção do novo espaço, as coisas foram se direcionando. Através do apoio e incentivo dele, comecei a busca por aperfeiçoamentos na área e, consequentemente, surgiu a grande paixão, afinal, desenvolver a autoestima e a alegria das pessoas é extremamente gratificante”, ressalta. Além de contar com uma equipe multidisciplinar em serviços odontológicos, oferecendo restaurações, implantes, lentes de contato dental e aparelhos ortodônticos, a Accurato também contempla a estética facial realizando procedimentos como limpeza de pele, clareamento e rejuvenescimento a laser, peeling

químico e de cristal, microagulhamento, tratamento de melasmas, botox, preenchimento e fios de sustentação. Segundo Dr. Carlos Henrique, as técnicas são desempenhadas de acordo com a especialização de cada profissional. “Alguns procedimentos só podem ser realizados por mim, como botox, preenchimento e skinbooster (método que promove a hidratação imediata da pele). Já os tratamentos estéticos faciais com laser e cosméticos, são de responsabilidade da minha esposa”, explica. Para ele, o objetivo é alcançar o melhor resultado prezando sempre pela identidade visual de cada pessoa. “Imagine você com uma pele firme, hidratada, super sedosa, sem manchas e estampando um sorriso aberto, branquinho e alinhado. Podemos chegar na melhor versão do seu próprio rosto e jeito de sorrir”, destaca. Com o apoio fundamental das secretárias Marina Franco e Taciane Silva, Leila revela que o grande diferencial da clínica está no atendimento. O espaço foi elaborado de forma com que as pessoas se sintam em casa. “Oferecemos um atendimento humanizado para que o cliente se sinta à vontade e não tenha medo de realizar os procedimentos necessários, pois nosso objetivo é realçar o sorriso como um todo, promovendo o bem-estar e melhorando a autoestima de nossos clientes”, afirma a esteticista. Colhendo os frutos da dedicação ao trabalho, o casal enxerga na empresa um motivo de

Foto: Pedro Roque Fotografia; Beleza: Alerrandro Martins.

O casal dirigente da Accurato, Leila Mesquita dos Santos e Dr. Carlos Henrique Batista.

celebração. “A Accurato é um sonho realizado que está apenas no começo. Somos um meio para concretizar desejos e o que nos fascina é ver a emoção de cada pessoa que atendemos. Tente imaginar a felicidade ao concretizar a realização do tão sonhado objetivo a ponto de estampar um largo sorriso no rosto... É o que temos testemunhado ao longo desses anos promovendo a saúde e a estética. Vivemos essa emoção junto com as pessoas, porque nossa missão é ver o brilho no olhar. E a ciência já comprovou: quem sorri mais, é mais feliz!”, encerram. @accuratodontologia (32) 3531-4820 (32) 9 8856-8474 Rua Antonina Coelho, nº 100 sala 202 - Centro. Ubá-MG.



Especial V.R.B. Por Scarlett Gravina

“Zé Roque”

Arquivo Pessoal

CONHECIDO E QUERIDO POR VÁRIAS GERAÇÕES

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m uma mesa de bar a história nunca se repete: entre uma prosa e outra, em meio a confraternizações e petiscos, sempre existe um motivo para comemorar. É diante desse cenário que José Roque de Freitas, dono do famoso “boteco do Zé Roque”, guarda na memória segredos de tudo que viu e ouviu. Do alto dos seus 80 anos, nosso primeiro personagem da série especial Visconde do Rio Branco, Zé Roque ainda administra o bar onde sempre trabalhou e construiu sua vida. Situado no mesmo endereço há cerca de 20 anos, o famoso estabelecimento reúne pessoas das mais variadas idades, mas todas com o mesmo objetivo: se distrair. Com um ambiente familiar, o local chama a atenção não pela estrutura, mas pela simplicidade, bom humor e liberdade que o simpático comerciante disponibiliza aos seus clientes. “Sou muito feliz e gosto muito do que faço. Tenho amigos que vêm aqui todos os dias e que não posso, sequer, comentar que vou fechar o bar, que logo fazem manifestações para que isso não aconteça”, conta Zé. Durante o bate-papo, o tímido entrevistado, apesar de dosar as palavras, deixou transparecer a todo momento, por meio do olhar, a satisfação e a alegria em receber seus clientes diariamente. As inseparáveis cartas de baralho na mão, seu hobby di-

conta com orgulho a filha do comerciante, Maria José de Freitas, que há 11 anos ajuda o pai no bar diariamente. “É uma alegria participar desse dia a dia”, completa. Como forma de demonstração de carinho, a festa do Zé Roque já se tornou tradição no calendário dos riobranquenses. Amigos e familiares se reúnem no bar para comemorar e alegrar ainda mais o coração do famoso comerciante, que também aproveita a festa para se divertir. Pai de três filhos, avô e bisavô, a felicidade estampada em seu semblante é motivo de celebração para todos que convivem com ele. Que o tão querido Zé Roque continue levando bom humor e risos aos seus amigos e familiares. Aos 80 anos, “Zé Roque” administra seu bar com alegria e satisfação pela relação construída com seus clientes.

ário, e o entusiasmo ao preparar o famoso pão com linguiça, fazem dos pequenos momentos a certeza de que a idade não o impede de fazer o que o deixa feliz. “Preocupo-me com meu pai pela idade, mas os olhinhos dele ficam tristes ao falar em fechar o bar. Ele se sente muito bem em poder ser útil e acho que se parar com o que faz, ele vai ficar muito triste. Ele ama cada um dos clientes do bar e sente muita falta quando algum deles não aparece. É bonito ver como ele trata todo mundo da mesma forma”,

“A AMIZADE PREVALECE E DESCE MAIS UMA DOSE” Embora não tenham sido reveladas, Zé Roque carrega consigo uma bagagem repleta de histórias e lembranças de uma vida bem vivida ao lado de pessoas do bem e gente que também pode ajudar a contar sua história. De amigos a familiares, Zé Roque recebe de seus companheiros todo o respeito e admiração.

“O boteco do Zé Roque é uma tradição em Visconde do Rio Branco, não só pelo famoso pão com linguiça e a cerveja mais gelada da região, mas também pelo fato de ser o Zé Roque a verdadeira alma e essência desse lugar!”

(Rodrigo de Freitas Franco, neto do Zé Roque e cliente do bar) 22 Revista Fato! - Julho 2018

“Zé Roque é um amigo que o bar me apresentou e, nem mesmo a tamanha diferença de idade, é capaz de atrapalhar essa amizade. Ele tem um papo agradável e um jeito encantador. Sou suspeito para falar dele, uma vez que o considero tal qual meu ‘vozão’ que perdi e amava muito”. (Alarcon Teixeira Filho, cliente do bar há mais de 15 anos).

“Quero agradecer ao Zé Roque pela maneira com que ele nos trata. Ele é meu amigo, mas é também como se fosse meu pai. Ele tem um jeito carismático, uma forma bem amiga de tratar os clientes. Todo mundo que vem ao bar fica satisfeito, o ambiente é familiar e as pessoas são do bem”. (Afonso da Silva, cliente diário do bar)


Foto: Fotografe

Divulgação

Contabilize Contador; consultor tributário; professor de graduação no curso de Ciências Contábeis. Site: www.pmrassessoria.com.br; E-mail: pm@pmrassessoria.com.br

Paulo Marcos Marques Roque

Contabilidade Pública:

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esta oportunidade vamos levantar na coluna Contabilize uma área da contabilidade de suma importância e que é uma das mais atuais, a Contabilidade Pública. E para entendermos melhor desse ambiente, conversei com a contadora e especialista em Gestão Pública, Gloria Aparecida Rodrigues dos Santos. Confira as questões deliberadas a seguir. PM: Diante do cenário político nacional, qual o perfil ideal para quem deseja atuar na área de Contabilidade Pública? GA: Apesar de um cenário político desestimulante aos novos profissionais, onde se apresentam muitos casos de corrupção, vale ressaltar que o contador é extremamente importante na transformação de um novo contexto. O perfil que se espera de um profissional na área pública não se diferencia daquele que trabalha na área privada no sentido de ser ético, comprometido e responsável. Um dos pontos marcantes é que o contador público é generalista e não específico como vimos na área privada, onde temos atuação em segmentos característicos. É um profissional pluralista, pois incorpora todos os conhecimentos relacionados à administração pública. Logo, o contador da área pública precisa se preparar para ser um profissional completo, daí a necessidade de constante aperfeiçoamento. PM: O mercado de trabalho na área pública apresenta grande expansão, uma vez que a figura do contador vem sendo peça importante para a tomada de decisão dos gestores públicos. Além do cargo de contador da instituição, em qual área o profissional formado em contabilidade pode atuar? GA: A atuação do profissional formado em contabilidade na administração pública é muito ampla, além do cargo de contador, o profissional poderá exercer suas atividades nas áreas de auditor, controlador, perito contábil, analista financeiro, agente de arrecadação, dentre outros. Ou seja, trata-se de um mercado muito promissor e com bons ganhos.

como andas?

PM: Qual a importância do contador no controle social da gestão pública? GA: A contabilidade é responsável pela geração e divulgação dos dados aos cidadãos, assim, não é somente registrar e acompanhar a entidade, mas também oferecer dados para as tomadas de decisões e prestações de contas vinculadas ao controle social. As informações geradas pela contabilidade são de grande interesse para a sociedade, haja vista que esta é a grande financiadora das ações governamentais através dos pagamentos de seus impostos. PM: Quais os desafios enfrentados pelo profissional de contabilidade à frente da administração pública? GA: A Contabilidade Pública passa por transformações decorrentes do processo de convergência dos padrões nacionais aos internacionais. Sendo assim, na medida em que essas novas práticas são introduzidas no âmbito público, algumas mudanças começam a surgir na estrutura organizacional impulsionando o contador a permanecer em constante atualização quanto a normas e leis que regem suas atividades. Isso sem falar no impacto dos avanços tecnológicos no dia a dia da profissão. PM: Qual a sua mensagem aos futuros contadores que pretendem seguir a carreira pública? GA: A profissão contábil é uma das mais promissoras no mercado de trabalho, sendo considerada quase 100% de empregabilidade no Brasil. A cada dia as organizações públicas demandam mais profissionais generalistas que contribuam para o aprimoramento e o desenvolvimento socioeconômico, político, técnico e cultural da sociedade, que sejam profissionais autodidatas, detentores de amplo portfólio de conhecimento e conscientes da contínua necessidade de aprofundamento do conhecimento da Administração Pública. Somos responsáveis pela evidenciação dos atos e fatos contábeis, além disso, desempenhamos o importante papel de proteger a sociedade, oferecendo às pessoas transparência e atuando no combate a atos de corrupção e lavagem de dinheiro. Revista Fato! - Julho 2018


Cidade Por Scarlett Gravina

Revista Fato!

NOVA DIREÇÃO REALIZA PROJETOS E MELHORIAS COM O OBJETIVO DE RESGATAR O ANTIGO CLUBE DA CIDADE

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om mais de 50 anos de história, o Industrial Esporte Clube vem colecionando uma rica trajetória na cidade de Ubá. No intuito de resgatar as origens e levar para a sociedade o incentivo a prática esportiva, há seis meses a nova diretoria vem realizando projetos para a melhoria do clube junto ao desenvolvimento de atividades sociais. “Queremos reconquistar o público que frenquentava o Industrial e trazer novas pessoas, estimular a garotada e ajudar socialmente os bairros próximos ao clube. Estamos realizando um trabalho na categoria de base com as crianças, inclusive algumas não pagam para treinar. Infelizmente não temos condições de fazer com que o treino de todos seja livre de custos, mas estamos nos empenhando em diversas iniciativas e as respostas dos pais têm sido positivas”, afirma o vice-presidente Rodrigo Teixeira Gonçalves. Segundo o presidente do clube Luciano Rufato Teixeira, os eleitos para a nova direção ocupam seus devidos cargos desde janeiro, somando assim algumas benfeitorias, como a regularização de alvará municipal e o pagamento de taxas em atraso, manutenção de lâmpadas, instalação de bebedouros e ventiladores, manuntenção de todos os portões de acesso ao estádio, poço semi-artesiano a fim de conservar o gramado no inverno, participações em campeonatos, entre outros progressos realizados. “Em pouco tempo de gestão, já conseguimos realizar algumas mudanças, nosso objetivo é trazer a sociedade para o clube. Recentemente abrimos o campo para a festa da padroeira Santa Bernadete, isso nunca havia sido feito, a nossa intenção é trazer a comunidade para dentro do espaço que é de todos”, ressalta Luciano. Acerca das atividades desenvolvidas, hoje o 24 Revista Fato! - Julho 2018

Membros da nova diretoria: o diretor social Geraldo Junior de Souza, o presidente Luciano Rufato e o vice-presidente Rodrigo Teixeira.

Categoria sub-7 com o treinador Paulinho.

Crianças da categoria sub-9 reúnidas no campo com o treinador Paulinho e o assistente Vítor.

time conta com aulas abertas ao público, como capoeira, alongamentos e campeonatos de baralho. A escolinha de futebol que também é um dos trabalhos priorizados pela direção, conta com integrantes de 4 a 15 anos, completando ao todo 80 atletas. “Os pais têm acompanhado os filhos e se dedicam a eles, eu acho que quando a criança tem a oportuni-

dade de ter um espaço que é o campo de futebol e ainda realizar uma atividade física, é muito importante apoiar, pois isso faz diferença pro crescimento dela”, afirma Rodrigo. Os treinos têm gerado resultados significativos para o clube, tal qual para os pais, que também têm correspondido de forma positiva. “O meu filho começou a treinar futebol no campo do Industrial e está bem animado. Nos dias da atividade ele acorda cedo, no pique para jogar bola. E aos sábados sempre participa dos jogos, os quais acontecem em Ubá ou em outras cidades vizinhas. Estou bem contente com o desempenho dele, acredito que o esporte é algo saudável e importante para as crianças, uma vez que além da saúde, promove a disciplina, boa convivência, saber ganhar e perder e, principalmente, a traçar objetivos na vida. Vejo que o treinador vem fazendo um bom movimento no desempenho das atividades, mostrando para eles que treinando com seriedade, podem evoluir cada dia mais”, relata Marianna Batalha, mãe de Parma Netto, de 9 anos. Otimista com o trabalho que vem realizando junto a equipe da direção, Rodrigo demonstra altas expectativas e se planeja para novos projetos dentro do time. “Procuramos conservar o que era o Industrial antigamente, percebemos que a torcida é muito grande, muita gente gosta do clube, então queremos fazer com que a comunidade volte a frenquentá-lo. Espelhamo-nos em uma pessoa que fez muito por essa instituição, o Mauricio Singullani, ele foi ‘a mão de ferro’, a gente quer manter tudo o que ele fez e tentar melhorar tudo o que for possível. Temos projetos para arrecadar fundos e já colocamos alguns em prática, estamos vendendo camisa do time e recentemente fizemos uma festa. Estamos atentos e comprometidos com o melhor que podemos fazer pelo Industrial”, finaliza o vice-presidente convicto no futuro do clube, afinal, “raiz é ser INDU!”



Foto: Servando Lopes

Dr.ª Lorena S. Queiroz

Papo Bucal Cirurgiã-Dentista especialista em Ortodontia. Pós-graduada em Endodontia Rotatória e pós-graduanda em Implantodontia. Contato: (32)9 9833-4547. Instagram: @odontologia_queiroz

VAMOS FALAR SOBRE O

mau hálito?

A

halitose, mais conhecida como mau hálito, é uma condição desagradável que costuma gerar constrangimento, principalmente quando as pessoas estão bem próximas umas das outras. Alguns tipos de alimentos, cigarro, bebidas alcoólicas e certos medicamentos, podem causar odores ruins na cavidade bucal. Em casos esporádicos, o mau hálito tem origem sistêmica, ou seja, é originário de alguma parte do organismo. Porém, a maior causa desse problema em pessoas saudáveis é o acúmulo microbiano na língua, principalmente no dorso lingual, onde se forma uma placa composta por bactérias e restos alimentares que são responsáveis pelo mau cheiro. Alimentos retidos entre os dentes, em cavidades dentárias, ao redor da gengiva e na língua, podem causar um odor desagradável. Próteses fixas e removíveis que não são higienizadas adequadamente também abrigam restos de alimentos e bactérias que provocam a halitose. Itens como cebola e alho são responsáveis por hálitos repulsivos porque contêm substâncias causadoras de odores fétidos. Quando esses compostos entram na corrente sanguínea, são transferidos para os pulmões, de onde são exalados pela boca e nariz. A periodontite, doença cujas bactérias atacam os tecidos que circundam e suportam o dente

“A maior causa da halitose em pessoas saudáveis é o acúmulo microbiano na língua, principalmente no dorso lingual, onde se forma uma placa composta por bactérias e restos alimentares que são responsáveis pelo mau cheiro”. (gengiva e osso), desempenha um papel substancial na origem do mau hálito. A boca seca ou xerostomia é outra condição que pode levar a halitose. Em circunstâncias normais, a saliva retira muitas partículas que causam odor. Alguns remédios, problemas nas glândulas salivares ou respiração bucal contínua, também podem contribuir para o aparecimento da halitose. Eliminando as causas mencionadas e se você tiver boas práticas de higiene oral, incluindo a escovação da língua, o mau hálito poderá ser resultado de infecção no trato respiratório (nariz, garganta,

traqueia, pulmões), sinusite crônica, bronquite crônica, diabete, alteração gastrointestinal, doença no fígado ou nos rins. Se sua boca é saudável você deverá procurar o seu médico ou um especialista para determinar a causa da halitose. Consulte regularmente seu dentista, conte-o sobre seus hábitos alimentares, medicamentos em uso, se fez alguma cirurgia recente ou se teve algum problema de saúde desde a sua última consulta. Escove os dentes pelo menos três vezes ao dia com pasta contendo flúor, use o fio dental corretamente e não se esqueça de limpar também a língua. Se fizer uso de próteses removíveis (dentadura, roach ou ponte móvel), retire-a durante a noite se possível. Limpe-a minuciosamente antes de colocá-la de novo. Seu dentista pode recomendar o uso de antissépticos bucais caso necessite de ajuda no controle de placa. Bochechos com enxaguantes contendo flúor podem auxiliar na prevenção de cáries, porém no combate à halitose, eles podem estar mascarando-a temporariamente. É recomendado fazer limpeza periodicamente em consultório odontológico. Vale ressaltar que as referidas instruções não substituem a avaliação clínica odontológica, cada paciente deve ser avaliado individualmente e tratado de acordo com as suas necessidades.



MULHER EMPREENDEDORA Por Scarlett Gravina; Foto: Pedro Roque Fotografia

Transformando o visual e a autoestima das pessoas

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ransformação. Esse é o lema de Graciana Fouraux (26), a jovem que encontrou na área da beleza sua verdadeira vocação. Apaixonada pelo que faz e há dez anos atuando como cabeleireira, Graciana se dedica ao seu salão na cidade de Guidoval, seu empreendimento tão sonhado e conquistado com empenho e amor. “Já trabalhei como funcionária de um salão. Na época, entrei para atuar como manicure, mas quando vi o trabalho da profissional com o visual e como a cliente ficava feliz, isso despertou em mim ainda mais o desejo de transformar alguém. Foi aí que deixei de ser manicure para me tornar cabeleireira. Transformar é maravilhoso!”, ressalta. Realizando os serviços de corte, escova, alisamento e coloração, a profissional se dedica fielmente a seus clientes, prezando a qualidade no atendimento e fazendo uso de marcas conceituadas na área da beleza. “Meu carro chefe hoje é alisamento e mechas. A procura maior é pelo tratamento orgânico, um procedimento que não leva formol e, ainda assim, alisa o cabelo. Trabalho com a Salvatore Cosméticos, uma marca extremamente conceituada, no entanto, é preciso dispor de preparação para obter o resultado que ela oferece, por esse motivo, estou sempre renovando meus conhecimentos participando de diversos cursos profissionalizantes e pesquisando a melhor maneira de satisfazer as

“Hoje sou uma cabeleireira preventiva, só faço um procedimento se eu ver que o cabelo realmente aguenta e se combina com a cliente. Ela pode esperar o melhor de mim, afinal, quando se tem amor ao que faz, não tem como dar errado”.

pessoas”, conta. Graciana acredita que seu grande diferencial está no atendimento e dedicação que disponibiliza. “Eu trabalho sozinha no intuito de oferecer uma atenção diferente para a cliente. Acredito que muitas vezes as pessoas têm o dom e não têm amor, mas quando se alia dom e amor, é tudo diferente, você consegue ver a cliente de outra forma. Tenho um carinho especial por todas, procuro respeitar o horário de cada uma e me dedico totalmente durante o atendimento”, explica. Com uma vasta cartela de clientes em Guidoval e nas cidades vizinhas, a jovem aposta no bom relacionamento e na sinceridade em relação a cada

procedimento realizado. “Eu tenho uma frase que carrego sempre comigo: ‘quem é muito ajudado é muito grato’, e eu sou muita grata a Deus. Hoje sou uma cabeleireira preventiva, só faço um procedimento se eu ver que o cabelo realmente aguenta e se combina com a cliente. Ela pode esperar o melhor de mim, afinal, quando se tem amor, não tem como dar errado”, afirma. Realizada com a profissão escolhida e com a resposta positiva de seu público, Graciana acredita ter desempenhado um bom trabalho durante sua trajetória e finaliza ressaltando sua admiração e zelo pelo que faz. “Este foi o ano das mudanças. O salão ficou do jeito que eu queria, é o que eu realmente sonhei. Todos os dias eu saio de casa com o desejo de transformar. Às vezes a pessoa está desanimada com alguma situação e é meu dever tentar fazer com ela fique bem, mostrando para a cliente que ela tem um lado bonito, um lado que precisa ser amado e admirado no espelho. É gratificante vê-la saindo do salão modificada, não só do lado de fora, mas também internamente”, finaliza.

(32) 98423-6762 Graciana Fouraux Rua Padre Baião 91, Centro - Guidoval Revista Fato! - Julho 2018

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Foto: Pedro Roque Fotografia

Danielle Filgueiras

Arquitetura e Design Designer de Interiores e Produtos, graduada pela Universidade do Estado de Minas Gerais, Pós graduada em Design de Interiores pelo IPOG BH, Especialista em Design de Interiores pelo Instituto Politécnico Di Milano na Itália, gradua Engenharia Civil e comanda o Escritório - Loja Empório Design #AmeiEssaIdeia. Contato: (32) 99912-8585

As vantagens e aplicações do

PORCELANATO

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porcelanato é um material cerâmico com alta tecnologia, baixa absorção de água e grande resistência. Normalmente é utilizado como acabamento de piso e parede, mas você sabia que ele também pode ser empregue em bancadas? Embora muita gente não saiba, o porcelanato tem diversas aplicações, podendo ser utilizado em bancadas de locais como banheiros, cozinhas, lavabos, áreas de churrasqueira e até mesmo nas chamadas cubas esculpidas, cuja pia é feita do próprio material da bancada escondendo o ralo e, consequentemente, o escoamento da água. As bancadas produzidas com porcelanato se assemelham as de pedras sintéticas como Silestone e Marmoglass. A grande diferença está no valor, tendo em vista que uma bancada de porcelanato custa bem menos do que a de pedra sintética. Com a diversificação de medidas da referida matéria-prima, é possível escolher peças que quase não apresentem emendas em suas juntas ao detalhar no projeto. Para isso, é preciso empregar o tamanho adequado de acordo

30 Revista Fato! - Julho 2018

com as medidas. A bancada de porcelanato pode ser instalada sobre uma base de alvenaria, concreto ou uma estrutura metálica. Se bem projetada, torna-se resistente e duradoura. Existem empresas capacitadas para executar esse tipo de serviço, pois o pedreiro que nunca trabalhou produzindo uma bancada desse tipo, corre o risco de não executá-la com perfeição. A dica é procurar um profissional habilitado, por ser um processo delicado de montagem. Já a instalação pode ser feita perfeitamente pelo pedreiro da obra. Estas são algumas dúvidas frequentes sobre o uso do porcelanato: - Pode apoiar panelas quentes na bancada? Sim! - É Resistente? Sim! - Se riscar? Pode ser polido novamente! - E a limpeza? É bem prático e de fácil higienização. Portanto, na hora de escolher a matéria-prima em determinados pontos de sua casa, o porcelanato pode ser uma ótima opção, dando um toque de bom gosto e praticidade ao ambiente.


MรณVEIS

pra casa toda


Fato Especial Por Vanessa Santos

OS SEGREDOS DA

ARTESANAL PRODUTORES LOCAIS REVELAM COMO É FEITA A BEBIDA QUE SE TORNOU A “QUERIDINHA” ENTRE OS CONSUMIDORES

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m qualquer top 10 que se veja ela está lá, dividindo o pódio no que se refere as bebidas mais consumidas no mundo. Aliás, se fizermos uma viagem no tempo, veremos que a cerveja ganhou fama há milhares de anos, surgindo antes mesmo da roda e até da escrita. Foi no Oriente Médio, onde se tinha o hábito de cultivar cereais, que ela nasceu. A “breja”, como costuma ser chamada em São Paulo e algumas outras regiões, espalhou-se pelo mundo ganhando cores, aromas e sabores distintos. Feita essencialmente à base de lúpulo, malte, leveduras e água – segundo a receita original – a bebida, cujo processo de fabricação leva semanas, também ganhou a adição de alguns ingredientes e conservantes, o que garante que o produto tenha um menor custo e dure por mais tempo. Foi nessa lacuna que a cerveja artesanal surgiu. De maneira despretensiosa (ou não), amantes da bebida começaram a produzi-la à sua maneira, priorizando o paladar e a qualidade ao invés da quantidade. Confeccionada a partir de ingredientes selecionados e sem aditivos químicos, a boa fama da bebida produzida em casa ou em pequenos estabelecimentos, difundiu-se de tal maneira que, segundo informações do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o número de cervejarias artesanais registradas no país cresceu 37,7% em 2017. Seja por hobby ou profissão, produtores locais compartilham a mesma paixão: confeccionar a própria receita da bebida mais querida entre os consumidores.

“TENTO PRODUZIR ESTILOS DE CERVEJAS PARA TODAS AS PESSOAS, DESDE AS 32 Revista Fato! - Julho 2018

POUCO INICIADAS NO MEIO, ATÉ PARA OS VELHOS CONSUMIDORES” Felippe Moreira (31). Químico e responsável pela Cerveja Moreira.

O gosto pela cerveja certamente vem de berço. Membro da família proprietária do famoso Bar do Moreira, o jovem Felippe de Souza Moreira, mais conhecido entre os amigos como “Buri”, é o grande responsável pela bebida que conquistou os consumidores do referido bar há mais de um ano. Apesar do contexto familiar, o desejo de confeccionar a própria cerveja surgiu durante o período universitário. “Cursei química na Universidade Federal de Juiz de fora (UFJF) de 2006 a 2011, quando conheci algumas cervejas diferentes e logo me interessei. Anos depois, vi que era possível fazer a bebida em casa e comecei a estudar compulsivamente. Em 2015 comprei os equipamentos em um site especializado, embarquei na aventura e me encantei com o processo”, conta o rapaz.

Com a primeira remessa em mãos, o químico promoveu a degustação entre os mais próximos. “Como tenho amigos que já consomem cervejas especiais há algum tempo, os próprios me encorajaram a continuar, pois, segundo eles, as minhas cervejas estavam muito boas pelo pouco tempo de experiência e valia a pena seguir produzindo e aprimorando as técnicas”, recorda acerca do sucesso de sua criação. Segundo ele, a fabricação do produto é um processo longo que demanda paciência e disposição. “A primeira fase que é conhecida como brassagem, dura em média 6 horas, as etapas de fermentação, maturação e clarificação levam em média 14 dias e, por fim, há o envase, onde é adicionada uma solução de açúcar conhecida como priming. Somente depois de cinco a sete dias que a cerveja pode ser consumida. Ou seja, o processo dura aproximadamente 21 dias”, explica o jovem que executa todo o procedimento sozinho em sua residência. Responsável pela criação de três rótulos diferentes da bebida, Felippe aconselha aqueles que desejam criar sua própria receita. “As informações necessárias para produzir cerveja são de fácil acesso, todavia, é preciso estudar muito sobre as escolas cervejeiras bem como os estilos de cerveja, conhecer sensorialmente as cervejas, ter muita atenção em cada etapa de produção, tomar nota de tudo que acontece no processo, prestar a atenção nas críticas dos consumidores e saber exatamente o que está fazendo. E uma coisa que não pode faltar é paixão pelo que faz. Não se faz cerveja boa sem amor envolvido”, conclui.

“A CERVEJA ARTESANAL É FEITA COM MAIS DEDICAÇÃO,


Fato Especial E CARINHO. A PROXIMIDADE DA PESSOA QUE PRODUZ COM O PRODUTO FINAL É MAIOR QUE EM UMA CERVEJA PRODUZIDA EM MASSA. ACREDITO SER ESSE EXCESSO DE DETALHES O MOTIVO DAS CERVEJAS ARTESANAIS TEREM CONQUISTANDO TANTOS ADEPTOS NOS ÚLTIMOS ANOS” Daniel Ferrari (28). Engenheiro civil e criador da Noé’s Beer.

Uma paixão que saia dos bares e das prateleiras do supermercado, agora sai de dentro de casa. Água, malte, leveduras e lúpulo, são os ingredientes necessários para que o engenheiro Daniel Campos Ferrari Noé confeccione a própria cerveja. Inspirado por um seriado norte-americano e movido pelo desejo de fazer um produto diferenciado, o jovem estudou e, em segredo, deu início a aventura. Mas a discrição não se manteve por muito tempo. Os familiares logo tomaram conhecimento e aprovaram

a ideia. “A primeira degustação aconteceu por acaso, pois eu estava produzindo escondido. Apenas meus pais sabiam. E em um almoço de páscoa com boa parte da família reunida, minha mãe contou para todos, inclusive para minha namorada, que não sabia e ficou muito brava. Então meu pai serviu aos presentes e todos gostaram, inclusive ela, que hoje é uma das que mais apreciam e incentivam. O nome da cerveja, Noé’s Beer, foi dado pelos meus familiares nesse mesmo dia, foi muito bacana!”, conta. Daniel afirma que tem predileção pela bebida

com um toque de sabor mais forte, no entanto, ele procura diversificar a receita a fim de agradar ao máximo possível: “eu particularmente gosto muito de cervejas lupuladas, mais amargas, com aroma cítrico e frutado, por isso sempre faço uma APA (American Pale Ale) para deixar na minha geladeira. Mas sei que muitas pessoas têm dificuldade em apreciar esse tipo de bebida, então faço algumas com toques de malte e menos amargas, afinal, todos merecem tomar uma cerveja de qualidade!”. Fabricando de maneira bem artesanal, o engenheiro ainda não pensa em comercializar o produto, mas não descarta a possibilidade: “por enquanto produzo somente para apreciação da minha família e meus amigos, pois tenho outros projetos que dependem de mim, mas quem sabe em um futuro próximo não tenhamos Noé’s Beer para o público apreciar também?!”, pontua o jovem, que enaltece a satisfação em tornar concreta uma paixão tão genuína. “O ideal, independente de estilo, é projetar uma receita pensando bem no que você almeja e acompanhar o processo produtivo que você desenvolveu para não fugir do que foi planejado... Fiquei muito surpreso na primeira leva de cerveja, não acreditei que tinha conseguido confeccioná-la em casa. Foi uma sensação muito boa que ficou ainda melhor com a aprovação de todos familiares e


Fato Especial amigos, e essa sensação sempre se renova quando experimentamos uma receita nova de Noé’s Beer”.

“O PONTO IDEAL DA CERVEJA É QUANDO ELA ESTÁ EM PERFEITO EQUILÍBRIO DE ACORDO COM O SEU ESTILO. ATUALMENTE TEMOS DIVERSOS INDICADORES, COMO O IBU, QUE CLASSIFICA O AMARGOR E O ABV, QUE DETERMINA A PORCENTAGEM DE ÁLCOOL. PORÉM, A EXPERIÊNCIA SENSORIAL NÃO PODE SER LIMITADA A ESSES INDICADORES, DIFERENTES COMBINAÇÕES NA RECEITA PODEM TRAZER BOAS SUPRESSAS PARA O CONSUMIDOR” Italo Vieira (27), Mestre-Cervejeiro e um dos fundadores da Cervejaria Arteira.

“É muito prazeroso tomar uma cerveja e falar que foi eu que fiz. A satisfação começa logo quando se idealiza a receita. Depois de pronta, pegar o resultado e ver que ficou como eu queria, é uma sensação indescritível. O que se completa ao ver a satisfação do cliente ao tomar da nossa cerveja”, declara Italo Lopes Vieira, que ainda na faculdade aprendeu o processo de fabricação da bebida. Animado com a ideia, o jovem se uniu ao seu pai, José Olívio Vieira, e juntos, eles deram origem a Cervejaria Arteira. “Começamos a reunir os amigos para degustar e tivemos uma surpresa, pois já recebemos mui-

tos elogios logo nas primeiras produções. Com isso, veio a ideia de comercializar, já que eles começaram a querer comprar para poder levar para casa ou mesmo presentear”, conta o rapaz graduado em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Com o sucesso do produto, os sabores foram se diversificando e a dupla optou pela fabricação em uma cervejaria cigana, ou seja, a receita é produzida por eles nas instalações de outra fábrica, no caso da Arteira, em Belo Horizonte-MG. Mas, embora seja confeccionada na capital mineira, o centro de distribuição fica em Ubá, cidade que inclusive foi homenageada em uma das edições que trouxe a famosa Manga Ubá como ingrediente. “Nossa intenção é valorizar a economia local. Queremos mostrar que um símbolo do município pode gerar diversos produtos e mover diferentes tipos de negócios. A Manga Ubá representa muito para a nossa cidade, e como nossas raízes estão aqui, foi um processo quase natural agregar esse produto com forte tradição à inovação do movimento cervejeiro”, comenta Italo. No entanto, vale ressaltar que os sabores da Arteira contemplam todos os gostos. “Além da SessionIpa, que possui um amargor bem pronunciado com um aroma de manga, temos cervejas mais leves, como a Pilsen, mais encorpadas, como a Red


Fato Especial Ale, que é mais adocicada, com um toque de caramelo, e a Brown Ale, que já é uma cerveja escura, com notas de castanha, café e chocolate”, diz. Para ele, o que não faltam são opções que satisfaçam o consumidor. “Procuramos fazer cervejas que agradem um público no geral, desde quem não entende de cerveja artesanal até os verdadeiros apreciadores desse líquido sagrado”, completa.

“A CERVEJA ARTESANAL LEVA INGREDIENTES NOBRES, TEM UM PROCESSO DE PRODUÇÃO ELABORADO E CRIATIVO, O QUE CONFERE A ELA UM ALTO VALOR AGREGADO. DEVIDO AO TEMPO E AOS CUIDADOS QUE O CERVEJEIRO DEDICA, POSSO DIZER QUE É UM PRODUTO ESPECIAL” José Cláudio Pierre (57). Advogado e responsável pela Pierre’s Beer

Tudo começou como um hobby. Confeccio-

nar cerveja era apenas uma diversão para o advogado José Cláudio Pierre durante as horas vagas. Contudo, o gosto e a curiosidade pelo assunto fizeram com que ele aprofundasse seus conhecimentos. O resultado deu tão certo, que comercializar o produto aconteceu de forma natural. “Em 2017 recebi um material de divulgação do Curso de Cervejeiro Artesanal do SENAI em Visconde do Rio Branco -MG. A ideia inicial era apenas fomentar um hobby, mas acabei me envolvendo com o assunto e, desde então, passei a ler, assistir vídeos e visitar lugares que pudessem me aproximar do universo cervejeiro”, revela o profissional que, diante da procura pela Pierre’s Beer, deu início a comercialização. O advogado explica que o processo de fabricação é desempenhado em sua própria residência, prezando sempre pelos métodos mais naturais possíveis. “Considerando todas as etapas, são necessários de 21 a 28 dias para a execução do produto. A minha cerveja é 100% artesanal e demora mais tempo porque não utilizo gás artificial, por exemplo. O método de gaseificação da Pierre’s Beer é natural”, afirma. Segundo ele, esse processo é determinante para garantir o diferencial no sabor da bebida. “O cuidado na produção, bem como a utilização de ingredientes seletos é que farão a diferença. Além

disso, algumas questões secundárias são importantes, como a utilização de uma taça, copo ou caneco que sejam apropriados para o tipo da cerveja em questão, a temperatura, a harmonização e, é claro, a ocasião e a companhia também farão com que a degustação seja mais prazerosa”, pontua. Falando em companhia, Pierre revela que a nova experiência trouxe-lhe além de grandes aprendizados, grandes amigos. “É algo extremamente prazeroso e especial fazer parte desse universo das cervejas artesanais. Aprendi muito e conheci pessoas que quero levar sempre comigo”, finaliza.


Foto: Fotografe

Divulgação

Conectados Jornalista, especialista em Assessoria de Comunicação, Gestão da Comunicação nas Organizações e pós-graduanda em Gestão de Pessoas e Coaching. É uma verdadeira apaixonada por internet e pelas mídias sociais. Além disso, é dona do Boteco Feminino (www.obotecofeminino.com.br).

Rafaela Namorato

inaugura uma nova era para os vídeos

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Instagram é considerado um dos maiores fenômenos das redes sociais da atualidade. Com uma marca surpreendente de 1 bilhão de usuários ativos em todo o mundo, o aplicativo está entre os cinco mais utilizados no Brasil. Hoje fazendo parte do casting do Facebook, o Instagram surgiu com o intuito de ser um aplicativo de compartilhamento de fotos, tendo sido um dos primeiros na modalidade a ser desenvolvido para dispositivos móveis. Mas, com o passar do tempo, ele passou por uma série de mudanças focadas em oferecer as melhores experiências aos seus usuários e, o compartilhamento de fotos, passou a ser apenas mais um de seus recursos. Atentos aos principais movimentos das redes sociais, seus desenvolvedores trabalham para que o aplicativo esteja sempre atualizado com as principais tendências na web, principalmente no que diz respeito aos seus concorrentes. Um exemplo disso é a criação do Story, motivada a partir do sucesso que o Snapchat vinha fazendo. E agora, quando o conteúdo em vídeo vem se transformando no queridinho entre os internautas, o Instagram se reinventa mais uma vez e lança o IGTV. Com a possibilidade de ser utilizado dentro do próprio Instagram ou através de um aplicativo específico que pode ser baixado gratuitamente tanto para Android quanto para iOS, o IGTV vem fazer frente às principais plataformas de vídeo, espe-

cialmente o Youtube. Uma das grandes vantagens que o recurso apresenta está na duração dos vídeos. No caso de contas verificadas, eles podem ter até 60 minutos de duração. As demais contas podem subir vídeos que tenham entre 15 segundos e 10 minutos (a expectativa é a de que em breve todos os usurários possam fazer uso dos 60 minutos). Além disso, todos os vídeos são gravados e compartilhados na vertical, de modo que nem o produtor, nem o espectador necessitem virar o aparelho – como acontece com o Youtube. Com isso, o Instagram espera que mudemos a forma como consumimos os vídeos e até mesmo que troquemos a TV pela rede social. O IGTV conta também com outra grande vantagem que é a segmentação do conteúdo. Nele você vai encontrar as categorias: “Pra você”, que traz sugestões considerando os temas que você curte e as contas que você segue; “Seguindo”, que é baseado no conteúdo dos canais que você segue; “Popular”, que traz os vídeos em alta entre todos os usuários; e o “Continuar assistindo”, que traz um histórico de suas visualizações. Vale destacar também que, ao contrário do que acontece com o Youtube, no IGTV você não precisa pesquisar nada para que o conteúdo seja exibido. Assim que você abre o aplicativo os vídeos começam a ser exibidos automaticamente, como na TV. Mas, assim como você muda de canal na televisão, você também pode explorar outros conteúdos no aplicativo através da ferramenta de busca.

Nela você pode segmentar a sua procura, inclusive, por meio de palavras-chave. Como cada usuário pode criar um canal no IGTV, uma dica muito bacana para quem utiliza o Instagram em suas estratégias é pensar na possibilidade de adaptar estes canais para modelos mais criativos, produzindo formatos que se adequem a essa nova onda. É possível, por exemplo, criar quadros temáticos; realizar entrevistas; tutoriais; webinar; apresentar produtos e serviços, entre outros. O que não falta é ideia para extrair o máximo dessa ferramenta que, sem sombra de dúvidas, chegou para revolucionar o modo como encaramos a produção de conteúdo. Outro ponto interessante é o fato de que o aplicativo suporta vídeos com resolução 4k. Ao oferecer esse padrão de qualidade, o IGTV aposta na entrega de vídeos com características muito mais profissionais. Porém, utilizar o aplicativo é extremamente simples e não requer nenhum tipo de conhecimento mirabolante em edições. Isso o torna democrático e bastante acessível, dando voz e vez para todo mundo. Fato é que um novo momento para o consumo de vídeos está começando. Aos poucos vamos entendendo de que forma esse recente modelo vai nos impactar e também como vamos nos adaptando a ele. Não desconsidere utilizar o IGTV para ampliar a sua audiência. Entenda o perfil do seu público no Instagram, aposte nessa novidade e destaque-se. Até a próxima!


Foto: Pedro Roque Fotografia

Gestão e Negócios Bacharel em Administração e Licenciatura em Matemática. MBA em Gestão Estratégica de Pessoas. Mestre em Economia Doméstica. Doutoranda em Educação. Sócia-Administradora da Clínica Ser Natural e Professora da FAGOC Contato: nathaliacarvalhoadm@gmail.com

Nathália Carvalho Costa

O Dia dos Pais e as oportunidades de negócio

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Dia dos Pais está entre as datas comemorativas mais importantes no Brasil e simboliza uma excelente oportunidade para alavancar as vendas e até fidelizar clientes. O varejo é quem mais espera por essa data, no entanto, qualquer negócio pode usar da criatividade e converter suas expectativas em vendas reais, combinadas e lucrativas, basta conhecer quem é o seu consumidor. O cliente, seja ele desde um filho a um amigo, pode ir além dos tradicionais presentes como: cuecas, cintos, gravatas, e homenagear o papai de forma especial, afinal, o público masculino está cada dia mais vaidoso e antenado com as tendências de moda, saúde e beleza. Ponto positivo para as empresas desses ramos, que, até então, tinham como público-alvo apenas mulheres e agora podem oferecer um leque de produtos e serviços que muitos pais adoram. A data também é uma ótima oportunidade para firmar parcerias empresariais e, com isso, oferecer aquele “algo a mais” super exclusivo. Além disso, alguns aspectos podem ser trabalhados e gerar grande êxito. Anote e faça sua experiência: Investir em ações promocionais atrativas se torna fundamental, considerando que, neste momento, o foco das vendas é comum a diversos segmentos e as ações desenvolvidas devem ser especiais; Atrair clientes não é uma tarefa fácil e exige um planejamento que pode envolver concessão de descontos, brindes, parcelamentos estendidos, etc. Não desconsidere os clientes que você já possui e trabalhe o seu banco de dados de modo a oferecer promoções diferenciadas para quem está com você e assim encantá-lo;

local com ambientação bonita, confortável e informativa sobre os produtos e serviços disponíveis para os papais, bem como pelas redes sociais e suas ferramentas para atração de clientes e marketing digital; Uma eficiente associação de serviços junto a um bom atendimento pode deixar qualquer concorrente para trás. Na verdade, o bom atendimento se apresenta como peça-chave na atração e fidelização de grande parte dos clientes, se não todos. É bem comum nessa época do ano as empresas trabalharem além da sua capacidade produtiva, principalmente no comércio, o que faz com que o atendimento não aconteça como o consumidor deseja, logo, esse cliente imediatamente pode migrar para a loja ao lado e ali efetuar suas compras. Focar no atendimento e preparar para o aumento no volume de vendas tem que ser planejado, discutido e implementado pela equipe; Além disso, esse pode ser um momento de mostrar ao seu cliente a seriedade da sua empresa no que tange a ética e profissionalismo, transmitindo confiança. Esses aspectos são sempre bem vistos por qualquer consumidor, mesmo para aqueles que um dia compraram do seu concorrente ou estão tendenciosos a comprar. Não engane o seu público, ofereça aquilo que ele realmente busca e se você não possui, deixe que ele se vá, tomando isso como um ponto a ser melhorado no seu negócio. Isso também demonstra respeito à concorrência, afinal, ela diz muito sobre o seu negócio e pode lhe ajudar a crescer, mas deixaremos para discutir isso em outra oportunidade. Boa leitura a todos e boas vendas!

A comunicação com o público pode exigir um Revista Fato! - Julho 2018




Comportamento Por Scarlett Gravina

VEGANISMO X VEGETARIANISMO Você conhece as diferenças?

VEGANOS E VEGETARIANOS FALAM DOS BENEFÍCIOS DA MUDANÇA DE HÁBITO

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consumo consciente, a paixão pelos animais e a procura por uma alimentação saudável, são os principais temas discutidos entre os adeptos do veganismo e do vegetarianismo. Cada uma dessas filosofias lideram um estilo de vida que vai além da alimentação, sendo escolhidas com base em diversas razões éticas, ambientais ou religiosas. Segundo a nutricionista Verydiana Condé, apesar dos dois gêneros seguirem um plano alimentar parecido, eles possuem suas diferenças. “Vegetarianismo é uma dieta com base nos alimentos de origem vegetal, que exclui completamente qualquer carne de origem animal. Ou seja, quem é vegetariano consome vegetais, grãos, sementes, frutas e cereais. Embora ovos e laticínios sejam de origem animal, eles também estão inclusos na dieta de alguns vegetarianos. Por essa e outras diferenças, os vegetarianos acabaram sendo categorizados em 4 grupos principais: os Ovolactovegetarianos, que não consomem carne, porém consomem ovos e laticínios além da dieta vegetariana; os Lactovegetarianos, que não consomem carne nem ovos, mas consomem laticínios; os Vegetarianos estritos, que não consomem carne, ovos ou laticínios; e os Veganos, que são antes de mais nada vegetarianos estritos, porém o conceito extrapola o campo da alimentação, se tornando uma ideologia ética e política de defesa dos animais”, explica. Assim como as pesquisas científicas, que 40 Revista Fato! - Julho 2018

Verydiana Condé (24), nutricionista.

comprovam as vantagens da substituição da carne animal, a nutricionista também explica que as dietas baseadas nestes hábitos alimentares são cercadas de benefícios. “Uma dieta vegetariana equilibrada, além de proporcionar uma oferta nutricional adequada, também promove a saúde e previne inúmeras doenças crônicas responsáveis pela perda de qualidade e expectativa de vida. Colabora também na redução dos índices de colesterol e triglicérides na circulação sanguínea. Por ser mais rica em fibras,

também ajuda a regular diversos processos do metabolismo, como o bom funcionamento do intestino”. Entretanto, segundo a nutricionista, o consumo exclusivo de vegetais pode, igualmente, trazer malefícios para a saúde. “Esse hábito pode favorecer deficiências de nutrientes específicos, como a vitamina D e a B12. A carência de vitamina D pode provocar raquitismo, cáries e descalcificação. Já a falta da vitamina B12 resulta em deficiência no crescimento, anemia e distúrbios sanguíneos”, ressalta. Abandonar os velhos hábitos e seguir novas rotinas não são tarefas fáceis para quem deseja mudar não apenas o cardápio, mas também a prática das questões sociais. Segundo Verydiana, o momento da transição, por se tratar de mudanças, requer uma atenção especial no plano alimentar. “Seja qual for o propósito, não é simplesmente parar de comer alimentos de origem animal da noite para o dia. É importante escolher boas fontes de proteína vegetal, principalmente as leguminosas, cereais, oleaginosas, porém, eles separadamente não formam uma proteína completa, ou seja, não contêm todos os aminoácidos que necessitamos para o correto funcionamento do nosso organismo. Dessa forma, é necessário saber combinar perfeitamente esses alimentos nas refeições para que assim eles formem uma proteína completa. Alimentos de origem animal são boas fontes de alguns micronutrientes, como por exemplo: ferro, vitamina B12 e zinco. Por isso que em alguns casos se faz necessário usar suplementos desses micronutrientes. É essencial fa-


Comportamento Arquivo Pessoal

zer exames de sangue pelo menos a cada seis meses. Não é porque a comida é vegetariana ou vegana que é saudável, alguns pratos podem conter uma quantidade exacerbada de carboidrato e/ou gordura. É importante saber equilibrar todos os macronutrientes das refeições”, destaca. Para adotar esse estilo de vida que envolve mudanças de hábitos, é preciso realizar pesquisas e buscar orientações com um profissional para obter uma alimentação equilibrada e com as devidas restrições. Para entendermos mais sobre o assunto, convidamos adeptos do veganismo e do vegetarianismo que escolheram essas filosofias com o objetivo de melhorar a saúde e praticar o respeito com os animais e com meio ambiente. Conheça as histórias, benefícios e dificuldades acerca do tema. Confira!

RENATA CANESCHI “ACREDITO QUE AS PESSOAS ESTÃO LENDO MAIS SOBRE O TEMA, TOMANDO CIÊNCIA DA EXPANSÃO DA VISÃO DE RESPEITO AOS ANIMAIS,

DE PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE DE UMA FORMA MAIS SISTÊMICA. ALÉM DISSO, TAMBÉM HÁ A PREOCUPAÇÃO COM A SAÚDE ATRAVÉS DE UMA ALIMENTAÇÃO MAIS ADEQUADA, MAIS SAUDÁVEL, LEVE E JUSTA.” “Quando criança, me perguntava sobre a distinção que nós, humanos, fazíamos das espécies animais. Eu queria entender por qual motivo era normal abater os ‘boizinhos’ para comer, enquanto os ‘cachorrinhos’ eram nossos amigos”, conta Renata Caneschi, uma jovem de 22 anos que desde criança já se questionava sobre os hábitos alimentares. Vegetariana há 10 anos, a estudante de medicina veterinária se viu, ainda na infância, motivada por seus ideais, na busca de um novo olhar sobre os antigos costumes. “Fui crescendo e buscando algumas informações acerca desse tema, principalmente sobre o bem-estar dos animais e degradação ambiental gerada pelo gado de corte e confesso que minhas influências foram apenas da era digital. Comecei com tais questionamentos muito nova, isso era algo

Renata Caneschi (22), vegetariana há 10 anos.

extremamente inusitado para alguém da minha idade naquela época e eu não me lembro de ter conhecido algum vegetariano ou vegano próximo a mim para me influenciar diretamente”, afirma. Embora tenha mudado seus costumes an-


Comportamento tes mesmo da escolha de seu curso, a futura médica veterinária afirma que as experiências vivenciadas através de seus estudos auxiliam na permanência do seu estilo de alimentação. A busca por hábitos saudáveis e a preocupação com o sofrimento animal, desencadeadas ainda na infância, foram responsáveis por um processo sem dificuldades no momento da adaptação. “Eu comecei como a grande maioria das pessoas que se tornam vegetarianas, fui tirando a carne da minha dieta aos pouquinhos e, de repente, já não estava mais inserindo nenhuma carne no meu prato. Como nunca fui muito fã de carne, não tive dificuldades em me distanciar delas. Converso com muitas pessoas veganas e vegetarianas, e aquelas que tiveram certa dificuldade em cortar os alimentos de origem animal usam a tática da informação, buscando conteúdos que se dirigem à exploração na produção de tais alimentos, assistindo documentários, lendo estudos acadêmicos e, basicamente, deixando que o coração supere o paladar”, conta. Apesar de não ter tido acompanhamento de um nutricionista, Renata se dispõe de montar sua própria alimentação, bem como fazer combinações necessárias em seu cardápio, equilibrando assim os grupos de alimentos que satisfaçam suas necessidades nutricionais. “Não dispenso um arroz com

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feijão, uma saladinha simples e uma batata frita. Cozinho com certa frequência lentilha e grão-de-bico, que são duas leguminosas que gosto muito. Mas é claro que a alimentação vegetariana vai muito além da salada de alface! Muitas pessoas pensam que é preciso criar ideias e receitas mirabolantes para nos atender, mas, na verdade, nos alimentamos do básico, do que é fornecido pela própria terra. Temos uma grande variedade de alimentos, sabores, nutrientes, cores, formas de preparo e técnicas culinárias, e isso tudo sem precisar prejudicar a vida de nenhum ser”, ressalta afirmando nunca ter tido problemas de saúde por conta de sua alimentação. “Costumo brincar com minha mãe que nem sei o que é uma dor de cabeça! Sou extremamente saudável, como de tudo, inclusive os alimentos que não sou muito fã, porque tenho a consciência de que eles têm nutrientes que são importantes para mim. Faço check-up periodicamente e nunca tive nenhum problema em relação aos meus exames”. Antenada e sempre em busca de pesquisas referentes ao vegetarianismo, os rótulos das embalagens não passam despercebidos por Renata, que admite ter dificuldade em encontrar produtos industrializados que não tenham traços de origem animal. “Procuro me informar sobre a cadeia produtiva daquilo que estou comprando, o que não é mui-

to fácil, porque as empresas e multinacionais estão em constante mudança e atualização. Infelizmente, não é sempre que consigo encontrar os produtos que possuem o selo de ‘cruelty free’ e, muitas vezes, alguns possuem um custo mais elevado. Mas, se eu tenho a opção de adquirir um produto que não é testado em animais e que eu possa arcar com o preço sem prejudicar meu orçamento, não vejo porque não o fazer”, ressalta. Diante das experiências e aprendizados obtidos com a escolha de um novo estilo de vida, a estudante não esconde sua satisfação em poder contribuir com suas atitudes e ainda gerar questionamentos sobre a degradação do meio ambiente. “Gosto muito de conversar sobre o tema e plantar uma sementinha nas pessoas. Penso que todas as atitudes positivas trazem grandes diferenças para o mundo em que vivemos, então eu admiro quem para um pouquinho para pensar nos atos e nas consequências, tanto na mesa quanto fora dela”, declara completando com suas concepções. “Acredito que me tornei uma pessoa mais crítica, mais questionadora e preocupada com a origem dos alimentos e outros bens que consumo. Sinto estar fazendo minha parte para a evolução do planeta, mesmo que esse seja um trabalho demorado e de formiguinha. Fazemos parte da natureza,


Comportamento pertencemos a ela e não o contrário. É importante darmos conta disso, aprender a respeitá-la e amar toda forma de vida possível”, finaliza orgulhosa.

NATÁLIA NUNES DA SILVA “O VEGANISMO É UM ESTILO DE VIDA QUE NÃO EXPLORA ANIMAIS, MAS NÃO REFLETE SÓ NO VERDADEIRO BEMESTAR DELES, REFLETE NA VIDA DOS HUMANOS TAMBÉM: A SAÚDE MELHORA, O PLANETA SOFRE BEM MENOS, ECONOMIZA-SE MUITA ÁGUA E NAS ÁREAS DESMATADAS PARA CRIAÇÃO ANIMAL PODERIA SE PLANTAR MUITO MAIS E ALIMENTAR MUITO MAIS GENTE.”

Natália Nunes da Silva (30), vegana há 4 anos.

Engajada por um mundo de consumo consciente, a assistente administrativa Natália Nunes abraça a causa do veganismo, o qual é adepta há 4 anos. Após assistir um vídeo de maus-tratos animal, a jovem logo decidiu mudar seus hábitos, tanto por conta do que assistiu quanto por influência de um amigo. “Eu estava almoçando e olhando o Fa-

cebook pelo celular quando um amigo meu, já vegano, compartilhou um vídeo de um porco sendo assassinado com uma machadada na cabeça. Naquele momento eu estava comendo bife de porco e não consegui nem engolir o que estava na boca. Foi em uma terça-feira de 2014. A partir desse momento decidi que não comeria mais carne de animal algum. Também fui influenciada por outro amigo vegano que participou da libertação de cães da raça Beagle do laboratório do Instituto Royal que fazia testes nestes animais”, conta. Embora a fase de adaptação para uma dieta vegana seja vista como um sacrifício, para Natália não foi preciso técnicas para que ela se adequasse ao seu novo estilo de vida. “A princípio fiquei um pouco perdida porque infelizmente em quase tudo que compramos tem algum derivado animal, mas depois que você conhece pessoas veganas e troca experiências fica mais fácil aprender a se virar na rua quando fica com fome”, conta. Com relação às mudanças encontradas diante de sua escolha, ela afirma ter desenvolvido um olhar mais crítico e preocupado ao sofrimento animal. “Sinto falta da despreocupação que a maioria das pessoas tem com os animais, e, quando falo animal, eu falo com relação a todos, não só cachorro e gato. As pessoas são cientes que o animal sofreu muito para virar aquele peda-


Comportamento ço de bife, mas elas simplesmente não se importam com a dor do outro. Hoje eu tenho uma visão maior de mundo, aprendi a enxergar melhor as minorias e me colocar mais no lugar do outro. O veganismo tocou minha alma”, relata. Além da alimentação, produtos de higiene pessoal e cosméticos, também podem ser livres de ingredientes de origem animal e conter menor impacto ambiental. Segundo Natália, apesar do adepto ao veganismo possuir restrições referentes ao uso de itens que são testados em animais, para ela, é preciso estar ciente sobre a afirmação de se dizer vegano por completo. “Não há como ser 100% vegano, uma vez que quase todo mundo faz uso de algum medicamento, e medicamentos são testados em animais. Além disso, a exploração animal, infelizmente, está inserida em muitas outras coisas”, afirma. Buscando sempre se atentar ao tema, a jovem procura trocar informações e compartilhar experiências através de grupos e comunidades nas redes sociais, onde encontra diversos veganos e vegetarianos dispostos a auxiliar acerca dos produtos e alimentos adequados ao hábito alimentar. Influenciada por tais costumes, Natália também acredita que conseguiu inspirar seus familiares, já que seu irmão e cunhada também aderiram ao veganismo e sua mãe ao vegetarianismo. “O veganismo é um estilo de vida que não explora animais, mas não reflete só no verdadeiro bem-estar deles, reflete na vida dos humanos também: a saúde melhora, o planeta sofre bem menos, economiza-se muita água e nas áreas desmatadas para criação animal poderia se plantar muito mais e alimentar muito mais gente. Por ano, são mortos em torno de 55 bilhões de animais, já imaginou o tanto de grãos que é necessário pra alimentar todos eles? Pratique a paz que você tanto pede começando pelo prato. Faça parte da mudança que está tornando o mundo um lugar melhor. Seja vegano”, finaliza Natália.

JÚNIOR GOMIDES “AS PESSOAS ESTÃO TENDO MAIS ACESSO À INFORMAÇÃO EM REDES SOCIAIS, ISSO FAZ COM QUE MUITAS SE SENSIBILIZEM E PASSEM A ENXERGAR O ANIMAL COMO UMA VIDA, NÃO UM PRODUTO” Considerada um tipo de vegetarianismo a dieta ovolactovegetariana, além dos alimentos vege44 Revista Fato! - Julho 2018

Júnior Gomides (36), ovolacto há 8 anos e vegetariano estrito há 9 meses.

tais, permite apenas o consumo de ovos e laticínios. Adepto a esse estilo de vida durante 7 anos, Júnior Gomides transitou para o vegetarianismo excluindo todos os produtos de origem animal. “Estamos em constante evolução ou regressão; partindo disso, passei a mudar meu ângulo de visão e comecei a olhar até onde minhas escolhas interfeririam e/ ou poderiam prejudicar o meu próximo. Meu pai era açougueiro e, na época, devido aos costumes da nossa sociedade, não conseguia enxergar tamanha crueldade. Os animais são vistos como produtos, coisas; sendo que talvez sejam até mais racionais do que nós. Em termos de cumplicidade, lealdade e amor, não me restam dúvidas de que temos muito a aprender com eles”, conta o professor de língua portuguesa. Em evolução, como ele mesmo afirma ao ser questionado sobre o veganismo, Júnior acredita que não existe meio-termo quando se está à procura de novos hábitos. “Para quem deseja ser alguém melhor a cada dia, não tem como ver um animal sofrendo e não se sensibilizar. Ou você é bom ou compactua com isso”, conta o professor e dançarino, completando com sua perspectiva relacionada à sua mudança. “Após aderir ao vegetarianismo, mudou-se minha visão de respeito e deslocamento de ponto de vista em todas as situações vivenciadas”, completa. Sobre as dificuldades no período de adaptação Júnior afirma não ter tido problemas com o processo de mudança de sua alimentação. “Eu penso no animal, não em mim. Eu eliminei a carne vermelha e, depois, a branca. A natureza é magnífica e nos presenteia, a todo momento, com uma vasta variedade de alimentos. Arroz, feijão, verduras, legumes estão no cardápio de todos os restaurantes; as pessoas que se enganam e acham que precisam comer cadáveres

para adquirem a proteína que só é sintetizada pelas plantas”, afirma. “Eu amo a tradicional combinação de arroz e feijão, que já nos dão os nutrientes necessários para o dia a dia. Não dispenso uma batata frita e sempre procuro deixar meu prato bem colorido, variando sempre os legumes e verduras ingeridos”, completa. Preocupado com o sofrimento animal, Júnior se informa através das redes sociais, buscando orientações científicas sobre o assunto, se mantendo bem informado e trocando experiências com outros adeptos ao mesmo estilo de vida. “Nós, seres humanos, estamos fazendo com os animais, a mesma coisa que os brancos fizeram com os negros há pouco mais de um século. Não somos superiores e devemos respeitar todas as vidas, pois, as mesmas não nos pertencem. Como diz um ditado: ‘Se os animais tivessem religião, os humanos seriam o diabo´. O que vale mais: poucos minutos de agrado ao seu paladar ou uma vida? Não exija respeito, se você não o pratica”, encerra.

AMANDA FONTOURA “HOJE AS PESSOAS TÊM ACESSO À INFORMAÇÃO, ISSO MUDA PARADIGMAS DE PENSAMENTO. PODEMOS SAIR DO ACHISMO E ENCONTRAR PESQUISAS CIENTÍFICAS QUE ESTABELECEM OS BENEFÍCIOS PARA O CORPO HUMANO E PARA O PLANETA COM UMA DIETA VEGETARIANA. A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE INDICA UMA DIETA SEM CARNE E SEM LEITE PARA UMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA” “Sempre tive uma resistência com carne desde a infância. Aprendi a comer, porque nossa cultura nos ensina a alimentar assim. Dessa forma, na adolescência, aprendi a consumir variados tipos de carne e com a internet, vi que o movimento vegetariano realmente existia e seria possível ficar sem esse alimento. Foi quando me casei e me mudei da casa dos meus pais que decidi que na minha cozinha eu não faria carnes. Já estava parando antes de me mudar. Mas, quando mudei, virei a chave e parei para sempre de me alimentar de animais”, conta Amanda Fontoura, vegetariana há 3 anos. Após aderir ao vegetarianismo, Amanda


Comportamento passou a criar um novo olhar para a culinária vegetariana, o que a ajudou a descobrir novos sabores e a facilitar sua adaptação ao seu estilo de vida. “Minha transição foi bem tranquila, eu já sabia cozinhar e hoje é possível encontrar receitas incríveis na internet. Como sempre comi muitos vegetais, foi fácil me adaptar aos novos sabores. Já é possível, inclusive, encontramos temperos que imitam sabores de carne, e alguns produtos para ajudar a reproduzir alimentos que seriam impensáveis serem feitos sem carne ou algum produto de origem animal”, conta. Influenciada por uma amiga, Amanda afirma que também conseguiu inspirar algumas pessoas, como seu marido, por exemplo, que passou a seguir o vegetarianismo. “Tive uma influência muito forte de uma grande amiga, a Ana Paula, ela me mostrou como o consumo de carne agride nossa natureza. E como a pecuária é a maior consumidora de água do nosso sistema. Biomas inteiros são destruídos por conta do agronegócio brasileiro. Meu marido Thobias e minha amiga Bárbara estão firmes e fortes em seus propósitos”, declara completando com sua visão sobre esses hábitos, que para muitos é considerado como tendência e para outros como necessidade. “Hoje as pessoas têm acesso à informação, isso muda paradigmas de pensamentos. Podemos

Amanda Fontoura (30), vegetariana há 3 anos.

sair do achismo e encontrar pesquisas científicas que estabeleçam os benefícios para o corpo humano e para o planeta com uma dieta vegetariana. Utilizo o YouTube como ferramenta para me atualizar e também grupos de Facebook”, relata Amanda ao comentar sobre suas pesquisas relacionadas ao regime alimentar. Além de seguir sua dieta vegetarina,

a jovem procura, igualmente, praticar o consumo consciente ficando atenta aos produtos utilizados. “Pratico a maior redução de danos que posso. Só faço uso de produtos de higiene pessoal e também de limpeza da casa, que não façam testes em animais e também que não usam nada de origem animal. Temos algumas listas na internet que mostram quais empresas respeitam os animais nestes quesitos”, explica. Ao encerrar, Amanda finliza orientando aos que pretendem mudar seus hábitos. “Antes de começar a se alimentar sem carne, faça seus exames completos. Veja como estão as suas taxas. Faça exame de vitamina B12, compre alimentos de agroecologia e produção orgânica que não fazem uso de agrotóxicos e com certeza você terá uma qualidade de vida melhor. Quando melhoramos nossa alimentação, temos menos necessidade de remédios, isso é um grande fato. Busque informações, escute os dois lados e faça dos seus hábitos escolhas que deixarão sua consciência tranquila e seu corpo limpo e pleno para uma vida feliz e coerente com o século que estamos vivendo. Um dia a libertação anormal também virá e teremos vergonha desse passado de exploração”, incentiva.

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Cao Ki Late


Por Toda a Minha Vida Por Vanessa Santos

Otacilio no quintal de sua so. residência no bairro Pelu

Com o ônibus da Viação Duarte que ligava Visconde do Rio Branco a Ubá.

O casamento com Alice em 23 de maio

de 1951.

99 ANOS DE HISTÓRIA OTACILIO DUARTE PACHECO REVELA SUAS MEMÓRIAS E A RECEITA DA LONGEVIDADE

O

olhar firme, o sorriso constante, o andar seguro e a sabedoria nas palavras fazem de Otacilio Duarte Pacheco um dos personagens mais marcantes destas páginas. Aos 99 anos, o ubaense surpreende pela vitalidade e pela clareza nas ideias. Adora sair à noite para tomar seu chopp ao som de uma boa música. Viajar também está entre os seus hobbys. (Diga-se de passagem, Otacilio é um dos mineiros mais praianos de que se tem notícia. Adora o mar!). E se for prosear sobre futebol com ele, nem pense em falar do Cruzeiro. (Ele finge que não escuta). “Sou Galo mesmo, com muito orgulho!”, comenta o atleticano. Excombatente de prontidão da 2ª Guerra Mundial, fomos ao encontro desse simpático conterrâneo, curiosos por suas experiências enquanto militar. No entanto, as histórias do período de guerra não são muitas. Mas a história de vida de Otacilio é incomparável. E vai ser difícil não se encantar por ele depois da entrevista a seguir. “Eu sou um dos ubaenses privilegiados, porque nasci aqui e criei minha família aqui trabalhando muito, mas sempre com tranquilidade. E tive a dádiva de tudo, mas tudo o que eu precisei na cidade, em qualquer setor da sociedade, eu tinha”, re46 Revista Fato! - Julho 2018

corda o homem que abriu portas por conta de seu carisma e dedicação em tudo o que se propunha a fazer. Filho do Senhor Antonio e de Dona Felisbina, Otacilio passou boa parte de sua vida no bairro Santa Edwiges, onde sua família tinha uma fazenda, a qual ele assumiu já aos 17 anos de idade, após o casamento de seu irmão mais velho. “Nós tínhamos um funcionário muito antigo na propriedade, o qual meu pai falou que iria assumir o terreno. No entanto,eu propus ao papai que me entregasse a fazenda e me ajudasse durante seis meses, depois eu tocaria sozinho. Assim aconteceu”, recorda. Na época, o fumo era o carro-chefe entre os itens cultivados e as safras davam uma boa garantia aos produtores locais. Contudo, apesar do êxito à frente do negócio familiar, Otacilio decidiu arriscar-se em uma nova empreitada. Deixou a fazenda com um de seus compadres e ingressou no exército. “Chegou o período de servir, então meu primo e uns amigos foram, me influenciaram, e eu acabei indo para Juiz de Fora com eles. Lá eu servi, fui licenciado em dezembro e no dia 03 de fevereiro fui convocado para expedicionário, cuja formação era em São João Del Rey. De lá fomos para o Rio de Janeiro”, relembra. Estava tudo pronta para seguir viagem com a turma do primeiro escalão da 2ª Guerra

Mundial. Eles embarcaram, entretanto, com o excesso de militares, o capitão ordenou que uma parte ficasse no Brasil e Otacilio estava entre eles. Sorte a dele. Muitos dos que partiram para o confronto, nunca mais voltaram. A equipe que permaneceu no país se preparava para ir no segundo escalão, porém, a guerra chegou ao fim. De volta à Cidade Carinho, Otacilio tornou a cultivar fumo, atividade que o auxiliou a juntar uma boa quantia em dinheiro. Com isso, o então rapaz, sempre destemido, apostou mais uma vez em um novo desafio. “Eu tinha um dinheiro que era muito para a época, logo, meu irmão sugeriu que investíssemos em uma linha de ônibus de Visconde do Rio Branco para Ubá, pois não havia condução nesse sentido”, conta. Então a dupla partiu com destino a São Paulo em busca do veículo, mas, ao chegar na General Motors, seria preciso financiar o restante do valor. “É aí que eu te falo, você faz as coisas do jeito certo e Deus te dá o caminho. Cheguei na GM e encontrei um amigo que serviu comigo, o que nos ajudou a conseguir fechar o negócio”. Assim nascia a Viação Duarte, primeira linha de ônibus que ligava Visconde do Rio Branco a Ubá. Embora tenha dado certo, a Viação não durou muitos anos. Ante as surpresas do destino,


Por Toda a Minha Vida Arquivo Pessoal

os planos foram se modificando. No ápice de sua juventude, Otacilio conheceu a doce Alice, aquela que se tornaria seu grande amor. O curioso é que a relação de muito carinho e respeito surgiu através da iniciativa da moça. “Fui até a residência do meu compadre para fechar um negócio quando vi suas irmãs. Passaram-se os dias, até que nos reencontramos e ele disse ‘você tem que voltar lá em casa. A Alice ficou gostando de você’. A partir daí começamos a namorar”, conta deixando transparecer a saudade de sua companheira de vida. “Foram seis anos de namoro, 38 anos de casamento e nós nunca discutimos. Mas hoje é raro o homem que sabe tratar uma mulher. Eu ia almoçar em casa, passava na beira do barranco, colhia uma florzinha simples e levava para ela. Ela pegava a flor, dava uma risada e ali já valia o nosso dia”, recorda. A união com Alice deu vida a quatro filhos, oito netos, três bisnetos e... Tataranetos? “Não vamos brincar com isso não! Está cedo ainda”, se diverte o simpático senhor. Após o casamento e com o falecimento de seu pai, em 1953 Otacilio resolveu mudar-se com a família para o bairro Ligação, onde reconstruiu grande parte de sua história. Segundo ele, na época, o local era descriminado e, por isso, muitas pessoas não entenderam a escolha. “Quando eu fui pra Ligação me disseram, ‘lá só tem bagunça, a polícia

vive lá’, mas eu insisti; ‘vocês estão enganados, eles agem assim porque não têm trabalho, eu vou levar serviço para eles’. E parece que eu falei e Deus abençoou. Cheguei na Ligação numa fase muito difícil, no entanto, nunca tive diferença com ninguém. As pessoas que causavam tumulto passaram a me respeitar. O que eu falava, valia”, afirma. Como o local ainda estava em desenvolvimento, os alunos faziam o terceiro ano lá e no quarto tinham que ir para a cidade. Insatisfeito com a situação, Otacilio foi um dos grandes responsáveis pela mudança da escola para grupo, chegando inclusive a doar dinheiro para o aumento do terreno. A comunidade também ajudava financeiramente com a quantia que podia e a prefeitura auxiliou colocando as portas e o telhado. A merenda ficava por conta de Alice, que logo começou a se familiarizar com os alunos, o que lhe rendeu um convite para trabalhar em outro colégio, que se localizava na cidade. Ela aceitou e por conta do deslocamento diário da esposa, o ubaense decidiu mudar-se para a casa onde mora até hoje no bairro Peluso. “Ainda assim continuei trabalhando na Ligação onde mexia com horta. Até que minha companheira faleceu muito cedo e eu resolvi me aposentar”, conta. Os anos se passaram e, como retrata a canção de Nelson Gonçalves, um dos cantores favoritos

de Otacilio, ficaram as boas recordações dos momentos vividos com Alice. “Lembro um sorriso e o paraíso que tive ao teu lado. Lembro a saudade que hoje invade os dias meus”. Mantendo o carinho pela mulher que mais amou, ele segue rodeado de amigos e pessoas queridas, preenchendo seu tempo com passeios, viagens e distrações. Aos 99 anos recém completos, saúde e disposição não lhe faltam. Quando perguntado sobre a receita para tamanha longevidade, ele é enfático: “como o que eu quero, bebo o que eu gosto, sou realizado, e o que me faz viver é exatamente isso: deito na minha cama e não tenho nenhuma desavença para levar para o travesseiro. Tudo isso seguindo até hoje o que meu pai me ensinou: faça as coisas certas e você verá o resultado”. Fiel aos seus princípios, o homem que “só tira coisas boas dessa existência”, como ele mesmo afirma, incorpora diariamente o poema de Shakespeare que dizia “a alegria evita mil males e prolonga a vida”. Ética, otimismo, fé, gratidão, um bom papo e um largo sorriso no rosto – uma de suas características mais marcantes – fazem de Otacilio Duarte Pacheco um grande exemplo a ser seguido. Talvez o segredo da longevidade seja, exatamente, fazer por merecer a própria vida.


Ubaense Ausente Por Scarlett Gravina e Vanessa Santos

Arquivo Pessoal

“EU SOU MESMO

EXA GER ADO

Em uma apresentação de um show realizado em Ubá.

ENIO MOREIRA MENDES: CORAÇÃO UBAENSE E ALMA DE ARTISTA

E

le é intenso. À flor da pele. Do tipo que não pensa para falar e não hesita em viver. Com alma de artista e expressão escancarada, “à lá” Cazuza. Talvez Ubá tenha ficado pequena para ele. Ainda na adolescência, Enio Moreira Mendes se viu na necessidade de escrever sua história, transformandose no personagem principal, daqueles que possuem características típicas de quem nasceu para fazer seu próprio espetáculo. Afinal, protagonizar, desde sempre, fez parte do seu show. Sem medo do futuro e contrariando padrões, Enio construiu sua identidade a partir de suas escolhas, as quais o ajudaram a se transformar no profissional que é hoje: ator, compositor e cantor. “À beira dos 40 de nervos”, como ele mesmo diz, quando perguntado sobre a sua idade, o ubaense

possui uma bagagem repleta de experiências constituídas por cada lugar que passou. “Eu sai de Ubá cedo, com 16 anos. Fui cantar na banda Esquema 4, um mito da época, depois na Banda Salamandra de Cataguases. Na sequência, morei no Rio e trabalhei para o famoso empresário Ricardo Amaral. Voltei para Ubá e montei a Banda Shumasso de Pixorra, que foi um sucesso regional. Resumindo; eu sempre cantei”, recorda. A paixão pela arte, mais especificamente pela música, deu vida a uma extensa trajetória profissional. Há 12 anos o brasileiro reside na cidade de Zurique na Suíça onde atualmente se divide entre diversas atividades, atuando como cantor e ator na companhia de teatro do diretor alemão Volker Hesse, além de realizar shows solos e projetos de clássicos e jazz. “Meus shows são como eu, uma mistura,

um grito, uma esperança. É teatral, dramático, romântico, latino com orgulho. É um afago na alma, um ataque contra a superficialidade dos valores em vigor”, declara Enio. Sedento pelo que a vida tem a lhe proporcionar, ele não se acomoda, vive no sentido mais real da palavra, se permitindo e se esforçando para conquistar tudo o que almeja. Gravar um disco e trabalhar com diretores influentes e importantes do teatro também são alguns dos desejos de nosso conterrâneo. Um pouco de Cazuza e um pouco de Enio, são doses mais que suficientes para escrever a história do Ubaense Ausente desta edição. Confira a seguir, os desafios, as saudades e os sonhos do artista que recriou seu próprio mundo.

ENTREVISTA RF: Conte-nos como foi a sua infância. Quais são as maiores recordações do tempo de criança? EM: Sou Natural de Ubá, nascido e criado na terra da manga, de Ary, das fábricas, das calças jeans e de um salário e meio (risos). Minha infância foi mágica, louca e livre. Nadar no Rio Ubá também 48 Revista Fato! - Julho 2018

era algo que eu fazia. Minhas maiores recordações dessa época são meus amigos do bairro Santa Cruz, a queimada, os piques, as novenas de Dona Rosa, mãe do “Paulinho Cocão”, um padre aventureiro, mas super gente fina e uma mulher meio insana conhecida como Teresinha, que descia da Cohab até

o centro gritando palavras um tanto quanto ousadas e eu ali, enquanto criança, bem intuitivamente, sem entender muita coisa, mas me deliciava na perplexidade estampada na cara dos adultos provocados pelos gritos daquela moça. Eu tenho amigos há mais de 32 anos frutos dessa fase, gente que eu


Ubaense Ausente amo muito. RF: E na adolescência, quais lugares mais gostava de frequentar? EM: Minha adolescência foi um misto de sonho, terror e descoberta: eu era um menino gay, escurraçado na rua, na escola, hostilizado dentro da própria família, ninguém entendia nem sabia lidar comigo, tive que criar mecanismos de sobrevivência. Era despreparo por todos os lados, falta de empatia. Sem nenhuma vitimização: só quem tem sua humanidade tirada por ser diferente sabe do que eu estou falando e ponto final. Eu me apegava nas aulas de ensino religioso de dona Ana Carneiro, que nos aplicava o “Jornal da Cidadania” do sociólogo Betinho, nas aulas de história da Professora Loreto, no teatro de Helder Carneiro recém chegado do Rio, no Madrigal Ubaense, na figura do ilustre maestro Marum Alexander. Me “protegia” na casa da minha amiga Tatiana Aleixo, lá sempre foi um refúgio. (Seus pais, Joana e Dilmar Aleixo, chegaram a incluir meu nome na lista de desejos das compras do supermercado. Que privilégio!) A vida sempre me deu caminhos e anjos, portanto, eu não tenho o direito de não acreditar em Deus. Depois vieram os bailes de debutantes do Orlando Silva no Tabajara, o Sanatório Geral ainda em frente ao Chalé, o Balet de Valéria, Rose Silva e Micas no Tabajara, a nata-

ção na Praça de Esportes com o Sargento Farias, a Turma do Lake no Raulzão, enfim. Muito close para aquela época. Eu causei. RF: Em quais escolas você estudou? EM: Estudei na Antonina Coelho, Cândido, “Raulzão” e no antigo Pitágoras. RF: Pode-se dizer que a música é sua grande paixão? EM: A música me salvou. Eu entendi muito cedo que quando cantava, recebia atenção das pessoas, eu compreendi que quando abria a boca, tocava o coração delas, recebia amor automaticamente de volta. Fazia muito sentido para mim, tanto que nunca mais parei de cantar. RF: Onde você busca inspiração para compor suas músicas? EM: Busco inspiração na vida, na dor e no prazer de ser quem eu sou, de ser humano, no ser humano. RF: O que te fez sair do país? EM: O que me fez sair do Brasil foi simplesmente a falta de perspectivas ou não poder vê-las. RF: Quais foram os maiores desafios enfrentados durante sua carreira e na sua mudança de país?

EM: O maior desafio na minha carreira foi e é convencer as pessoas que trabalham comigo das minhas ideias. O medo sempre paralisa, eu como nunca tive o direito de viver numa zona de conforto, arrisco. Às vezes me dou mal, e daí? Viver fora do Brasil é a melhor coisa para se entender o Brasil e o brasileiro, pois se vê tudo e todos por dentro e por fora. Nós não somos tão legais como pensamos... Não mesmo. Aqui, meu maior desafio foi realmente me integrar, aprender o alemão, entender essa mentalidade estranha deles de não saber lidar com as emoções e tomar os sentimentos como sinal de fraqueza. Em contrapartida, amo a maneira que eles defendem o estatal em detrimento do privado, a ideia de coletividade que há aqui, é maravilhosa. Odeio romantizar, mas perder a ternura, jamais. RF: Hoje você mora na Suíça trabalhando com o que ama. Sente-se uma pessoa realizada? Se não, o que falta para realizar? EM: Falta muita coisa, mas não sou do tipo insaciável... Quero gravar um disco, trabalhar com diretores como Marthaler e Dominik Flashka. RF: Como é a relação com sua família? Com que frequência você consegue visitá-los? EM: Meus pais vivem em Ubá e vou infelizmente menos do que deveria/gostaria. Sinto muita falta


Ubaense Ausente do meu pai Enio, o bombeiro. Muita. RF: Conte-nos um pouco sobre sua personalidade. Quais suas qualidades e defeitos mais marcantes? EM: Enio é Enio. Ninguém me ama ou me odeia mais ou menos. E que bom que é assim. Odeio meio termo e estar em cima do muro, isso não tem nada a ver com ser diplomático e flexível, sabe? Que também são coisas importantes. Gosto de gente inteira, do agora. Essa coisa de passado e futuro é conversa capitalista selvagem para tirar nosso sono em nome do ter através do consumo, que virou status de segurança ao invés de ser. Resultado: um monte de gente vazia, frustrada, sem rumo, insaciável… Viver assim é estar morto vivendo. Quero gente de verdade.

RF: Além dos seus compromissos, você encontra tempo e gosta de “turistar” na cidade onde mora? EM: Eu viajo muito, meus lugares preferidos são a ilha da Sicilia, Lisboa e Berlin (Berlin é uma perdição – se eu contar tudo o que já vivi lá… Nem Cazuza).

RF: O que a música representa pra você? EM: A música representa para mim a ligação com aquilo que a maioria das pessoas entende como Deus, independente de Ele ser ou existir. Para mim é isso.

RF: Qual experiência que mais te agregou ensinamentos durante o seu período fora do Brasil? EM: A experiência que mais me agregou fora do Brasil foi poder entender o país por outro prisma, visto de fora, é revelador. Somos um povo muito inseguro, medroso e o pior, sem motivo nenhum para tal. O Brasil é muito mais do que nós, brasileiros, imaginamos. Por isso a Europa e USA fazem de nós pequenos… Eles sabem do nosso poder, só falta agora nossa gente entender isso. Aqui às vezes preciso dar uns gritos para ser respeitado como brasileiro. Eles realmente acham que somos todos “mulheres da vida” e jogadores de futebol, duas profissões maravilhosas por sinal. Clichês não deveriam existir em 2018.

RF: Possui algum álbum ou uma música marcante na sua vida? EM: O álbum da minha vida é Ray Of Light da Madonna, uma obra prima da música contemporânea.

RF: Conte-nos o que você mais gosta de fazer em Zurique! A cidade te surpreendeu de alguma forma? EM: Zürich tem a maior e melhor qualidade de vida

UBÁ - V.R.B.

do mundo. Tudo aqui é como num cartão-postal, como num paraíso. Mas a que custo? Muito trabalho, lógico, responsabilidade e tudo, mas o dinheiro dos bancos fede, é muita sujeira fantasiada de “tudo bem” ou de “somos neutros”. Já disse antes, não romantizo nada. Apesar do capitalismo, eu amo isso aqui, não largo por nada. Adoro ir à Casa da Ópera, nadar no lago de Zürich no verão, andar pela cidade de skate com fone de ouvidos, adoro paquerar nos bares. Eu não paro. Deus me dê vida. (risos). RF: Qual seu sentimento em relação à Cidade Carinho? EM: De amor, muito amor, de agradecimento. Ubá foi laboratório. Ubá é um micro mundo. RF: Ainda tem contato com amigos conterrâneos? EM: Eu tenho muitos, muitos amigos em Ubá até hoje. Se for listar, fico até amanhã de manhã. RF: Quando se lembra da vida que levava em Ubá, do que mais sente falta? EM: O que mais me falta na verdade aqui, é a espontaneidade de não ter que marcar tudo na agenda. É poder abraçar e beijar as pessoas sem nenhuma conotação/intenção sexual. É poder expressar emoção também.


Foto: Pedro Roque Fotografia

Palavra do Vet Médica Veterinária formada pela UFV e apaixonada por Dermatologia Veterinária. Médico Veterinário formado pela UFV e especializado em Oftalmologia Veterinária pelo Instituto Qualittas.

Dra. Michele C. Marques e Dr. Ricardo Silva

Você usa

ANTIBIÓTICOS sem prescrição?

D

esde a descoberta do primeiro antibiótico em 1928, houve uma revolução no tratamento de diversas enfermidades, contudo, o uso indiscriminado do referido medicamento está nos levando a um beco sem saída. Os antibióticos são substâncias químicas que combatem bactérias. Alguns causam a morte desses microrganismos, enquanto outros apenas impedem seu crescimento e reprodução. São utilizados para o tratamento de doenças causadas por bactérias ou feridas infeccionadas. Nesses casos, eles impedem que as bactérias façam um grande estrago e facilitam que o organismo consiga combater as infecções e reparar o que for preciso. Para isso, é necessário um cálculo correto de dose e tempo de tratamento adequado. O grande problema é que nem sempre são mortas todas as bactérias, principalmente em doses baixas ou períodos de tratamento curto. Acontece que enquanto as bactérias mais sensíveis expiram, outras mais resistentes terão descendentes que irão tolerar altas doses do antibiótico ou serão totalmente resistentes a ele. Atualmente há bactérias resistentes a diversos tipos e famílias de antibióticos. Na verdade, já é possível identificar bactérias resistentes a todos os antibióticos existentes hoje em dia. Tudo isso se deve ao mau uso dessas medicações de forma geral. Quantas pessoas tomam antibiótico por estarem gripadas? A gripe é uma doença viral. Nenhum antibiótico age contra vírus. Alguns casos de doenças virais até podem exigir antibióticos para evitar infecções secundárias, mas é raro. Outro erro comum é não seguir as prescrições até o fim. Já cansei de ouvir relatos de pessoas que tomaram apenas dois dias de antibiótico, melhoraram um pouco e pararam de tomar. Isso aumenta muito a probabilidade de resistências bacterianas.

Infelizmente, a medicina veterinária também contribui bastante para esse panorama. Vários colegas de profissão fazem uso de antibióticos fortíssimos para tratar problemas usuais que um antisséptico resolveria. Ou filhotinhos com uma simples sarna de orelha são expostos a antibióticos potentes, quando um ectoparasiticida solucionaria. Depois pode ser necessário o uso desse antibiótico, porém, não será mais eficaz. Muitos proprietários compram antibióticos para seus cães sem que o medicamento tenha sido prescrito por um médico veterinário, mas simplesmente porque um tosador falou ou porque o cachorro da vizinha fez um tratamento com o mesmo medicamento e ficou ótimo. Entretanto, será que há necessidade de usar um antibiótico no caso do seu animal? Será o mesmo contexto ou só é muito parecido para o leigo? O seu cachorro pesa o mesmo que o cão da sua mãe? O seu gato pode usar esse antibiótico que passaram para o seu cão? Reflita. Alem do mais, há também a possibilidade de reações ao medicamento. Alguns animais, assim como pessoas, podem ter alergia a determinado grupo de antibiótico ou reações adversas como farmacodermias, por exemplo. Por isso, o uso deve ser feito com o acompanhamento de um profissional da saúde. Não estou dizendo que não devemos usar antibióticos, pelo contrário. Antibióticos salvam vidas! Apenas faço um alerta para que seja utilizado com moderação, com critério. Existem quadros em que eles são necessários, mas não são todos. Por isso é importante que sejam prescritos por médicos e a prescrição deve ser seguida à risca. Não use antibióticos sem a devida indicação. No final o prejudicado pode ser você ou o seu animalzinho.

Revista Fato! - Julho 2018


Foto: Servando Lopes

Michel Pires

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Divulgação

Economia Diretor da Modecor; Vice-presidente do Intersind. mhp@modecor.com.br; www.modecor.com.br

PATRIOTISMO BRASILEIRO

seleção Brasileira de Futebol Masculina foi eliminada da Copa do Mundo da Rússia 2018, perdeu o jogo por 2x1 para a Bélgica nas quartas de final e voltou para casa. O curioso é que de quatro em quatro anos as pessoas vestem a camisa do país, ornamentam as casas, colocam bandeiras nos carros, pintam a cara e enfeitam as ruas, mas basta perder um jogo que a maioria do povo arranca as bandeiras, guarda as camisas e tira tudo que possa lembrar que se é brasileiro. Entretanto, essas pessoas são brasileiras ou apenas estavam torcendo pra seleção? Vi gente rasgando bandeiras em total desrespeito a Nação. Na porta da minha empresa tenho uma bandeira do Brasil hasteada há mais de 15 anos, e não é porque perdemos a Copa que vou tirá-la. Sou brasileiro, mineiro e tocantinense-ubaense, nasci em Ubá, moro em Tocantins e tenho orgulho disso, sempre defendo as duas cidades, mostrando os pontos positivos de cada uma. Quando viajo para o exterior, principalmente para países da África ou para o lado Oriental, sempre uso camisas do Brasil. Não é surpresa voltar de lá sem as blusas, pois fornecedores e clientes costumam pedir de presente, eles adoram o Brasil e eu gosto de presentear, pois assim se cria além de laços comerciais, laços de amizade. Mas o engraçado é que quando uso camisas do Brasil nos EUA ou na Europa, onde se tem uma concentração maior de brasileiros, sofremos preconceitos, até mesmo por parte do nosso próprio povo, sempre tem uma piada de mau gosto, difícil entender o que se passa na cabeça da nossa gente. Por aqui fazem diferente do restante do mundo onde a bandeira de uma nação é respeitada e valorizada, quem já foi para os EUA pode ver isso, a maioria das casas tem bandeiras, cores, pinturas, tudo enaltecendo o país, o povo é Patriota. Sei que temos poucos motivos de orgulho por aqui, não sendo nos dias de jogos da Seleção 52 Revista Fato! - Julho 2018

“Mas o engraçado é que quando uso camisas do Brasil nos EUA ou na Europa, onde se tem uma concentração maior de brasileiros, sofremos preconceitos, até mesmo por parte do nosso próprio povo, sempre tem uma piada de mau gosto, difícil entender o que se passa na cabeça da nossa gente”. Brasileira de Futebol, que é a maior campeã de todas, por que teríamos orgulho em ter uma bandeira em nossa casa ou empresa? Orgulho da justiça? Saúde? Política? Segurança? Ética? Educação? Desenvolvimento? Infraestrutura? Orgulho de que nessas circunstâncias? De vez em quando vemos na TV milhares de pessoas pelo mundo indo às ruas para saudar alguém de seu país, um casamento de príncipe como foi recentemente a união de Harry e Meghan, o povo nas ruas chorando, ficando dias para poder pegar os melhores locais, pois são filhos e netos de reis que estão casando, que têm ética, que comandam o país, retornando a sociedade parte dos impostos pagos em qualidade de vida, são heróis para aquela nação. Infelizmente por aqui nos faltam heróis, então tentamos maquiar alguns e fazer deles, nem que seja por pouco tempo, nossos campeões do momento, que ao menor sinal de fraqueza, saem de cena, indo de heróis a vilões em poucos minutos. Logo após a queda, voltamos a nossa realidade, voltamos a ver que a economia está lenta, dólar subindo, a moeda se desvalorizando, nossos servidores estaduais e fe-

derais recebendo os salários a conta gotas e sabendo que pode piorar a forma de pagamento. Nossa saúde precária, escolas deficitárias, segurança a cada dia mais precária, pois a lei permite que bandidos fiquem soltos, rodovias em péssimo estado de conservação, além de muitos outros problemas, mas o pior deles é a corrupção que nos deixa revoltados, aborrecidos e desestimulados a tentar mudar qualquer coisa. Como pode milhões de pessoas pararem de trabalhar, ir para as ruas e combinar com amigos para torcer para a Seleção Brasileira de Futebol, mas não ir as ruas para exigir um basta de tanta roubalheira? Como o governo pode atrasar pagamentos e outros repasses de dinheiro a servidores, hospitais, escolas e muitos outros, sendo que os salários de políticos, assessores e afins são pagos regularmente e a cada dia se aumenta tanto o número de servidores quanto o salário de cada um. Realmente o total de camisas e bandeiras que vemos por aqui, sem ser em dias de Copa, são de bandeiras de outros países, pois usar a bandeira brasileira, não seria bem visto pelo mundo. Vou continuar hasteando a bandeira do Brasil na porta de minha empresa, usando uniformes com o nosso símbolo e afins, pois acredito que podemos mudar, porém, temos de começar pelas urnas. Faltam poucos meses para a eleição e lá você pode fazer a diferença, vamos vestir a camisa, balançar as bandeiras que muitos guardaram, vamos debater assim como fizemos na Copa, nos reunir, conversar e achar o melhor candidato. Vamos votar consciente, vamos fazer um país diferente, vamos ser campeões nesta eleição, pois só assim iremos daqui uns anos, ver que nossos filhos e netos vão usar camisas e ícones do Brasil, mesmo não sendo época de Copa do Mundo, pois nossos heróis estarão nos representando a cada dia no poder das cidades, estados e no comando da nação verde e amarela.


Meu Dia D Por Scarlett Gravina

Braz Júnior

Uma noite de encantos O inesquecível baile

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dia 7 de julho ficou marcado para Manuela Valente, que viveu uma noite inesquecível ao realizar seu grande sonho: a tão esperada festa de 15 anos. O local escolhido para o debut foi o Espaço de Festas Parma House, que recebeu cerca de 240 pessoas entre amigos e familiares, os quais participaram e aproveitaram junto de Manu. Ao lado dos pais, Mônica das Graças Valente e Neil Armstrong Ferreira, a princesa da noite brilhou com dois looks desenhados pela estilista Mariana Ferreira, sendo um dress no tom rosê para receber os convidados e outro na cor azul bebê para o momento da valsa. A decoração ficou por conta de Philip Costa, que abrilhantou ainda mais o local. O talentoso fotógrafo Braz Junior, além de Carlos Rocha da Pro Vídeo Produtora, registraram os melhores momentos da noite. As empresas Fama Cerimonial, Tânia Festas Buffet e a famosa Cabine Photobox também foram de suma importância para que o grande dia da adolescente fosse completo. O agito foi comandado pelo DJ Bruno Oliveira, que fez todo mundo dançar com um repertório eclético e animado. “A Manu já tinha ideia da estrutura que queria, montamos uma pista em formato X Black com globos espelhados com TVs de LED e pista de LED Gráfica. A festa ficou linda e animada, a aniversariante curtiu o tempo todo com seus convidados que fizeram a pista fervilhar! Começamos com o funk que anima a galera teen e fizemos seus familiares curtirem aquele rock que seu pai tanto gosta, até DJ ele virou por alguns minutos. Foi incrível! Agradeço a família por me escolher para participar desse momento”, ressalta. A aniversariante garante que ficou despreocupada quanto aos preparativos, no entanto, a ansiedade e o nervosismo foram inevitáveis. “Quando acordei estava bem tranquila, até estranhei, porque sou muito ansiosa, mas as horas foram passando e a inquietação tomou conta, fiquei super nervosa, mas depois deu tudo certo. Foi inesquecível! Todos os acontecimentos me marcaram de uma maneira inexplicável, recebi vários elogios e isso é muito importante, pois, apesar de ser uma festa para mim, ela também foi feita para os convidados e eu fico feliz em saber que agradei a cada um que celebrou comigo”, comenta a jovem realizada. Segundo Manu, tudo saiu do jeitinho que ela sempre sonhou. Junto de sua família, a debutante

preparou uma surpresa para suas primas, que receberam de lembrança uma boneca escolhida especialmente por ela. A valsa também despertou a emoção dos convidados e principalmente da aniversariante, que dançou com seus avós, os quais fizeram questão de acompanhar o ritmo da neta. Entre os 16 cavalheiros, seu pai estava à espera para dançar a música preferida dos dois, a canção da banda U2 With or without you. O namorado, familiares e amigos deram continuidade ao momento mais esperado da noite. Além do prazer em dançar com pessoas queridas, as homenagens fizeram o coração da adolescente se encher de alegria, quando sua mãe e suas melhores amigas tomaram conta do microfone. “O aniversário da Manu foi muito parecido com ela, simples e lindo, com participações de todos que gostam da minha filha. A homenagem que foi feita por mim e pelo pai dela também foi um momento emocionante, pois demonstramos a importância da proximidade da família e dos amigos para cultivar bons exemplos e muito amor, afinal, é dele que nasce a felicidade, que é o nosso maior desejo para Manu”, ressalta a mamãe Mônica. Feliz e realizada pela festa, a debutante aproveita para deixar seu carinho e gratidão a todos que se empenharam para tornar seus 15 anos inesquecível. “Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado a oportunidade de fazer uma festa do jeitinho que eu queria, aos meus pais e familiares, pela paciência e por terem corrido atrás de tudo, e aos fornecedores pela dedicação e carinho conosco. Só tenho a agradecer por tudo”, encerra.

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Foto: Renata Scalvim

Jô Caciano

Especial Tocantins Por Natália Meireles

Organize-se Graduada em Administração de Empresas pela Faculdade Governador Ozanam Coelho - FAGOC. Especialização em Personal Organizer incluindo Gerenciamento e Padronização de Arquivos e Organização de Mudanças. Contato: fluitapersonalorganizer @gmail.com

Arquivo Pessoal

AAMEI promove 6º Encontro de

SANFONEIROS

ORGANIZAÇÃO X PROCESSOS X ATENDIMENTO

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m minha experiência em várias empresas que trabalhei com gerenciamento de equipe, acompanhamento da produção e processo comercial, pude viver e assimilar muito sobre diversas situações. O grande aprendizado foi compreender a enorme importância que a organização, sim, essa palavra que tanto uso, ORGANIZAÇÃO, influencia diretamente no resultado de qualquer setor ou segmento. A preocupação nos detalhes de pequenos itens bem como em grandes pedidos deve ser a mesma, o processo de atendimento, o retorno para os clientes e o acompanhamento também precisa ser igual. O lead time, resumidamente falando, é o tempo total entre a solicitação do pedido e a entrega efetiva ao consumidor. Esse processo deve ser assistido e analisado diariamente a fim de entender o que pode ser melhorado e quais falhas atrapalham o resultado. Em TODO NEGÓCIO, desde um pequeno estabelecimento a uma grande empresa, ambos precisam estar com seus processos organizados, o que implica na compra de produtos, estoques, vendas, programação de produção e, principalmente, no retorno ao cliente. Entretanto, esses são somente alguns fatores que influenciam no resultado. Algumas observações sobre a organização de dados e o acompanhamento ao cliente podem ajudar você, empreendedor, a otimizar seus rendimentos. É importante perguntar-se: • Você sabe quem são seus clientes? • Sabe qual a sazonalidade de compra dele? • Sabe qual é seu perfil de compra? • Tem todos os dados pessoais e observações profissionais dele? • Analisa seu volume de compra? • Presenteia ou beneficia seu cliente com algum tipo de promoção ou bonificação? • Faz uma pesquisa buscando um feedback sobre atendimento? Essas respostas certamente irão dizer muito sobre o desempenho de seus negócios. E sua equipe, está preparada? Todas essas informações têm ligação direta com a organização da empresa bem como seus resultados atuais. 54 Revista Fato! - Julho 2018

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Público presente no 6º Encontro de Sanfoneiros de Tocantins.

undada em 2005, a Associação de Amigos da Melhor Idade (AAMEI) é responsável por realizar anualmente, na cidade de Tocantins, o Encontro de Sanfoneiros. Este ano, o evento aconteceu no dia 8 de julho, na Praça de Esporte do Clube Itararé e alcançou a sua 6ª edição. Importante destacar que a Associação foi criada para apoiar e incentivar o lazer dos idosos e, para isso, realiza um baile do grupo sempre aos domingos. Atualmente a AAMEI tem como presidente a senhora Maria Nilda Navarro, que conta com a parceria dos demais membros da diretoria e de voluntários para as realizações da instituição. O Encontro de Sanfoneiros surgiu da paixão da presidente pela música. “A senhora Maria Nilda realizava em seu sítio um encontro que já reunia alguns sanfoneiros. E foi daí que veio a ideia de juntar a turma toda para o encontro. E deu certo! Já estamos na 6ª edição e contamos com a presença de sanfoneiros de toda a região”, ressalta o contador e voluntário da AAMEI, Wanderley Seldeira. O voluntário explica que o Encontro de Sanfoneiros é também uma forma de resgatar uma cultura que já vinha sendo esquecida por muitos. “A cada edição percebemos que os sanfoneiros estão participando mais, inclusive, recebemos caravanas de diversas cidades da região”, comemora. Mais de 850 pessoas de todas as idades participaram dessa edição do Encontro; entre elas, cerca de 80 participantes eram músicos. “Com o crescimento do evento nós tivemos que escolher um lugar maior e, então, optamos pela Praça de Esportes do Clube

Itararé. Além de ser bem mais espaçoso, o que permite que a turma dance à vontade, o clube também é de mais fácil acesso”, comentou Wanderley, enfatizando em seguida que o evento é gratuito e aberto ao público. A programação do evento, que começou às 15 horas, contou com a apresentação do Grupo Raízes, que levou ao público músicas tradicionais; logo em seguida, foi a vez dos sanfoneiros darem um show. E, para encerrar com chave de ouro, o Encontro de Sanfoneiros contou com a participação do cantor Zé Carlos, ‘O baixinho’, que colocou todo mundo para dançar ao som dos seus teclados. A presidente da AAMEI, a senhora Maria Nilda, faz questão de demonstrar sua paixão pelo evento. “Eu amo todos os sanfoneiros. A habilidade, o carinho, a união, a amizade de cada um é o que mais me enche de orgulho em defender essa bandeira. Esse convívio e encontro me faz muito feliz”, ressalta. O senhor Dário Joseli de Sousa, que prestigiou o evento pela terceira vez, também elogia a iniciativa. “O que mais me chamou atenção foi a humildade dos sanfoneiros. É muito bom participar, pois nos divertimos e vemos todos alegres”, explica. Wanderley conta que a 6ª edição superou todas as expectativas. “Ficamos muito satisfeitos. Esse ano recebemos a visita de caravanas de locais bem distantes, as quais ainda não tinham participado anteriormente, como é o caso da cidade de Rosário da Limeira. E não podemos nos esquecer da participação constante dos nossos amigos das cidades vizinhas”, finaliza.


Aconteceu Por Natália Meireles

Revista Solução

Os 161 anos de

UBÁ UBAENSES CELEBRAM ANIVERSÁRIO DA CIDADE EM CINCO DIAS DE FESTA

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m comemoração aos 161 anos de Ubá, a tradicional festa de aniversário da Cidade Carinho levou centenas de ubaenses e moradores da região ao Parque de Exposições do Horto Florestal entre os dias 29 de junho a 3 de julho. Com uma ampla programação, o evento contou com diversos shows, parque de diversões, mini fazenda, barraquinhas, atrações infantis, teatro, além da feira de artesanato e um estande com artigos do Museu do Futebol. No intuito de garantir a segurança da população, mais de 30 câmeras de monitoramento foram espalhadas pelo Parque de Exposições. A presença intensiva dos policiais militares no local, junto a equipe de segurança particular e dois POV’s (Postos de Observação e Vigilância) da PM, também asseguraram a tranquilidade dos presentes. As festividades tiveram início na sexta-feira (29) com o esperado show da Alcione Marrom, que encantou ao público com seu carisma. “Sempre fui fã da Alcione, antes da apresentação iniciar, já estava com uma expectativa muito alta por finalmente poder prestigiar uma artista que gosto tanto. Foi incrível, o show ocorreu de maneira super tranquila, a interação com o público foi ótima, realmente uma experiência muito especial e única, adorei ter participado desse momento”, conta a estudante de

Marcos e Belutti fizeram o público dançar e cantar ao som dos seus maiores sucessos.

Alcione Marrom encantou os presentes no primeiro dia de festa do horto.

psicologia Yasmim Oliveira. Também se apresentaram no mesmo dia, DJ Adriel, Crizé-Nana e Nega, Banda de Garagem e o Grupo Sambassô. O sábado (30) foi marcado pelas bandas James King, Plataforma 6, Psicose, DJ Gugu, Rodrigo Leite e a atração principal da noite, o cantor Toni Garrido. “Gostei muito da estrutura, montagem dos palcos e localização das barracas, mas o que realmente me surpreendeu foi o show do Toni Garrido, que fez uma apresentação animada com um repertório nacional bastante eclético. Fiquei muito feliz por ter assistido ao show e ainda ‘tietar’ e conseguir uma foto com ele”, ressalta a jornalista Marcelle Ferreira. No domingo (1º) quem movimentou o Parque de Exposições foi o Ministério da Providência, além das bandas locais Carne Crua, Bonde dos Solteiros, Chapahalls e convidados, DJ Adriel, Dj Thiago Costa, Lexuza, Ottaband, Samba Ousado e a cantora católica Adriana Arydes. Já na segunda (2), véspera do feriado, os sertanejos Marcos e Belutti fizeram o público dançar e cantar seus maiores sucessos. A noite contou ainda com as apresentações de

Ez e Alquimia Squad, DJ Gugu, Vitinho do Cavaco, General Hook e a dupla Dennis e Cristiano. Na terça-feira (3), dia do aniversário da cidade, Rafael Bitencourt, proporcionou aos presentes uma tarde de louvor e adoração. E para garantir a diversão da criançada, a dupla Ferrugem e Pipoca promoveu uma tarde de lazer e muita animação. Como de costume, as bandas evangélicas e atrações infantis marcaram o encerramento da festa. Somado ao entretenimento, a administração municipal também se preocupou em promover o bem. Além do camarote solidário, cuja renda foi destinada à Comunidade Mãe da Divina Misericórdia, a Prefeitura de Ubá e o Grupo Sanatório inovaram em parceria com os artistas, os quais doaram objetos pessoais que serão leiloados em prol das instituições filantrópicas da cidade. A cantora Alcione disponibilizou um vestido, Toni Garrido doou um chapéu e dois óculos, e os sertanejos Marcos e Belutti forneceram um violão, sendo todos os itens autografados. Segundo a assessoria da prefeitura, as informações sobre o leilão que acontecerá online serão divulgadas em breve. Revista Fato! - Julho 2018

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Foto: Fotografe

Espaço Jurídico OAB/MG 108.555; pós-graduado em Direito Tributário, Direito Militar e pósgraduando em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Anhanguera. Advogado membro do escritório Pacheco & Sousa, Assessoria Jurídica e Empresarial. E-mail: camppss@bol.com.br

César Campos

DISSOLUÇÃO PARCIAL DE SOCIEDADE MECANISMO UTILIZADO PARA OS CASOS DE FALECIMENTO OU DESINTERESSE NA SOCIEDADE EMPRESÁRIA

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into saudade da época em que a atividade empresarial, ao nascer, nem cogitava na possibilidade de terminar, de forma que são inúmeras sociedades que passaram por décadas e existem até os dias atuais, contando com os herdeiros para o seguimento do negócio. Essa ideia de perpetuidade da atividade empresarial surte inúmeros benefícios, tais como, produção de emprego, arrecadação tributária, milhares de pessoas contribuindo com a seguridade social, entre outros. Lamentavelmente a ideia de perpetuidade deixou de ser regra para se tornar exceção, sendo que, diante dos desentendimentos entre os sócios ou do falecimento de um dos componentes, entra em cena o instituto do presente artigo, sendo necessário salientar que, para as atividades empresariais que tiverem risco de encerramento em decorrência de dificuldades econômicas, existe outro mecanismo previsto na Lei 11.101/2005 (recuperação judicial). A novidade introduzida ao código de processo civil é o procedimento especial da dissolução parcial de sociedade, que possui como objetos: a resolução da sociedade empresária contratual ou simples em relação ao sócio falecido, excluído ou

“O sócio que, por motivos diversos, não tiver a pretensão de continuar a parceria, deve fazer uso do mecanismo da dissolução parcial de sociedade, já que é constitucional o preceito de que ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado”. que exerceu o direito de retirada ou recesso, a apuração dos haveres do sócio falecido, excluído ou que exerceu o direito de retirada ou recesso ou somente a resolução ou a apuração de haveres. Sendo assim, o integrante que, por motivos diversos, não tiver a pretensão de continuar a parceira, deve fazer uso do mecanismo da dissolução parcial de sociedade, já que é constitucional o preceito de que ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado. O mesmo se

pode dizer quando tratar-se de falecimento de um dos membros. Através de referido procedimento especial, o Poder Judiciário decretará a dissolução da sociedade, apurando os haveres, ou seja, o que ficará com cada integrante da sociedade dissolvida, sendo auxiliado por peritos que serão, preferencialmente, profissionais especializados no segmento. O critério de apuração dos haveres levará em consideração, primeiramente, o contido no contrato social da empresa, sendo que, em caso de silêncio ou omissão, será critério o valor patrimonial apurado em balanço de determinação, tomando-se por referência a data da resolução e avaliando-se bens e direitos do ativo, tangíveis e intangíveis, a preço de saída, além do passivo também ser apurado de igual maneira. Conforme dito, ninguém é obrigado a associar-se, manter-se associado ou se associar com pessoa indesejada, portanto, fique por dentro dos critérios legais para dissolução parcial da sociedade para que, tal circunstância, apesar de indesejada (ninguém gosta de presenciar o encerramento de uma parceria), possa ocorrer da melhor forma possível.



Abrindo o Closet Por Scarlett Gravina

Nome: Mário Coelho Neto; Filho: Nícolas Dias Coelho; Profissão: Estilista; Signo: Gêmeos; Um ídolo: Adam Levine; Um destino de viagem: Bora Bora; Um sonho realizado: Ser pai; Uma frase: O destino a Deus pertence, mas o presente nós fazemos. 58 Revista Fato! - Julho 2018


Abrindo o Closet Fotos: Fabiano Araújo - Fotografe Beleza: Eduardo Valentim

Serenidade e voz mansa são características perceptíveis de Mário Coelho, nosso convidado especial para abrir o closet desta edição. A aparente timidez do estilista não esconde sua tamanha obstinação, atributo revelado em suas criações, assim como a dedicação e elegância. Há 10 anos atuando no universo da alta costura ele é apaixonado pela profissão, afinal, a credibilidade de sua marca foi adquirida com total empenho e perseverança. Mas, muito além das conquistas profissionais, Mário hoje tem a dádiva de viver mais um de seus maiores sonhos: a paternidade. Logo, para celebrar o mês dedicado aos pais, o stylist conta sobre a união com Thays Dias, a chegada de Nícolas – o primeiro filho do casal, os desafios da carreira e as inspirações no universo da moda. POR DENTRO DO CLOSET O estilo clássico aliado a peças básicas compõe os looks do estilista, que não dispensa a comodidade na hora de se vestir. “Gosto de uma moda mais casual, despojada e confortável, sou bem eclético, as roupas clássicas e neutras com um to-


Abrindo o Closet

que de modernidade estão presentes na maior parte das minhas combinações, assim como as camisas, tenho mais de cem”, comenta, afirmando ainda que sua profissão influencia diretamente em seu visual: “para cada ocasião escolho um tipo de roupa, para o trabalho, camisa tradicional ou polo; em eventos sociais, terno ou esporte fino e, para o lazer, nada melhor que t-shirt e bermuda”. Por conta de seu trabalho, embora esteja sempre ligado às tendências, Mário preza pela personalidade em primeiro lugar. Para ele, ter estilo e estar na moda são conceitos diferentes. “Estilo é comportamento, é a personalidade de cada pessoa, você não precisa acompanhar a moda para ter estilo. Além disso, ela tem um significado muito importante para mim, a moda é a minha vida, ela está

60 Revista Fato! - Julho 2018

em tudo o que vejo e através dela consigo criar para transformar momentos especiais”, conta.

POR DENTRO DO TRABALHO Apaixonado pelo universo da moda antes mesmo de se estabelecer como estilista, Mário acredita que já tenha nascido com talento e profissão definida. Levando consigo uma bagagem repleta de ensinamentos e realizações profissionais, ele compartilha suas vitórias com a esposa Thays Dias, sua parceira no trabalho e na vida. “Quando se fala em parceria nos empreendimentos de marido e mulher, geralmente não dá certo, mas nós nascemos para sermos companheiros em tudo e, no trabalho, em especial, nos completamos”, comenta. Acerca de suas criações, além da inspiração em figuras renomadas da alta costura, ele revela que o cliente também tem papel importante para o resultado final de uma peça. “Em primeiro lugar minhas inspirações vêm de cada cliente, através do estilo e personalidade que são características únicas. Também busco informações em revistas, redes sociais, filmes, TV e, sobretudo, desfiles. Onde tem moda, eu respiro”, declara. Dentre tantos projetos realizados, a coleção exclusiva fotografada em Paris tem espaço guardado com carinho na memória do estilista. “Foi uma realização, cada coleção é algo que não dá para explicar de tanta emoção ao ver o resultado do seu trabalho sendo alcançado em campanhas internacionais. Paris foi escolhida por ser uma cidade que exala moda, uma cidade mágica”, relembra. Orgulhoso com cada conquista em seu atelier, Mário atribui o sucesso a suas clientes e afir-

ma que sua administração não deixa que a grande demanda de serviços atrapalhe as coleções. “Todo meu crescimento eu devo as minhas clientes, pois posso realizar o sonho delas através do meu dom, meu atendimento e comprometimento. No entanto, realização profissional é algo inalcançável, afinal, todos os dias eu quero e preciso me superar”, afirma determinado.

POR DENTRO DA INTIMIDADE Aos 34 anos, o pai de Nícolas, além de trabalhar bastante em suas criações, reserva um tempinho para tirar com o filho e passar suas horas de folga escutando músicas com o pequeno, seu hobby atual. Marinheiro de primeira viagem, ele não esconde a imensa alegria de compartilhar seus momentos com seu mais novo companheiro. “Sou um pai presente, carinhoso e dedicado. A paternidade é algo indescritível, são vários sentimentos e emoções ao mesmo tempo, é uma alegria que não se define, uma responsabilidade imensa e um amor incondicional. Tenho uma boa relação com toda a minha família, minha esposa Thays e meu filho Nícolas são a minha vida”, declara. Persistente e sonhador, assim como se define, Mário segue feliz com sua trajetória e otimista com seus planos. “Meu maior defeito é ser ansioso, mas, ao mesmo tempo, isso me ajuda, pois consigo fazer meu trabalho de forma mais eficiente ao ficar na expectativa com o resultado final. Minha maior qualidade é ser carinhoso, tenho zelo com meus clientes, meu trabalho, meu lar. Com humildade e dedicação, temos certeza que vamos ainda mais longe”, finaliza.



Trend Por Vanessa Santos

Cássio Fotografias

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seu bolso O presente que cabe no

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O dia dos pais está chegando e a hora de escolher o presente também! Pensando nisso, a Revista Fato! selecionou itens de estilos variados para você fazer a alegria do seu paizão com até R$100. Confira as sugestões e presenteie quem te deu o maior presente de todos: a vida. 9

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Fotos: Cássio Fotografias; Modelos: Cássio Cândido e Isabela Souza Cândido; Make Hair: Kelvin Tomaz; Looks: Hering Ubá e Parma Kids; Produção: Revista Fato!.

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1. Cardigan – Hering – R$99,99 / Camiseta Abraço – Hering – R$49,99 2. Bermuda Moletom – Hering – R$69,99 | 3. Pijama – Hering – R$89,99 4. Gorro – Hering – R$49,99 | 5. Camisa Básica – Pier – R$29,90 cada ou R$49,90 o kit com duas | 6. Boné – Hering – R$49,99 | 7. Camisa Polo – Hering – R$69,99 | 8. Cinto – Hering – R$39,99 | 9. Calça – Pier – R$89,90 | 10. Camiseta Estampada – Hering – R$39,99 | 11. Bermuda Brim – Pier – R$99,90 | 12. Camisa Polo – Pier – R$89,90 13. Bermuda – Hering – R$99,99 / Cinto Caramelo – Hering – R$49,99



Editorial de Moda

e personalidade no olhar Por Kelvin Tomaz

Com nuances e variações de vermelho, laranja e lilás, os tons quentes representam as cores do inverno. A maquiagem sofisticada e iluminada traz a elegância da mulher, destacando também a personalidade e marcando a estação. Inspire-se.






FICHA TÉCNICA Fotos: Cássio Fotografias; Make Hair: Kelvin Tomaz; Modelos: Camila Bolais e Esthefani Assis Gravina; Acessórios: Anna’s Semijoias; Produção: Revista Fato!; Agradecimento: Nycole Lingerie.


Talento de Fato Por Scarlett Gravina

uma paixão de corpo e alma CONHEÇA O JOVEM PIANISTA RENAN SANTOS

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lguém muito célebre disse uma vez a seguinte frase: ‘Tudo que eu tenho, a música quem me deu’. Hoje essa frase resume minha vida completamente. Minhas grandes amizades, meus amores, meu trabalho, minhas oportunidades, meus sonhos, tudo em nome da música! Ter embarcado nessa louca viagem – porque acredito que todo músico tem que ter uma dose de loucura – foi uma escolha inconsciente que fiz, mas não poderia ter feito melhor”. Estas são as palavras vindas de um jovem, que entre partituras, notas e acordes, descobriu sua verdadeira paixão: a música. Com 21 anos, Renan Santos já pode dizer que encontrou o que faz seu coração vibrar, já que sua aptidão artística, desenvolvida ainda na infância, o fez perceber que o frio na barriga durante uma apresentação é a resposta de que o palco é o seu lugar. Com 6 anos Renan já cantava na igreja, onde era chamado de “garganta de ouro”. Além do canto, após ganhar um violão de presente, ele entrou no Conservatório Estadual de Música (CEM) em Visconde do Rio Branco. Embora a música já estivesse presente desde cedo em sua vida, as aulas que frequentava não o satisfaziam; para ele, faltava algo a mais. “Foi em 2010 que tudo mudou. Eu realmente não gostava de ir para o CEM, era uma tortura na época. Fazia de tudo para não ir às aulas. Como eu sempre dizia que não haveria aula, simplesmente para não ir para o conservatório, minha avó anotou o telefone de lá e começou a ligar para confirmar se não haveria mesmo. Para me convencer a continuar com as aulas ela usou o seguinte artifício: ou você vai, ou começa a trabalhar no mercado”, confessa. Foi então que Renan começou a descobrir sua verdadeira paixão. “Comecei a gostar mesmo do piano quando ganhei meu primeiro teclado: um Casio simples, com uma tecla quebrada, de segunda mão; foi ali que começou o romance. Pela manhã frequentava a escola, à tarde acompanhava os corais. E, mesmo depois de um dia todo ao piano, eu me fechava no quarto e começava a tocar. Fui perceben70 Revista Fato! - Julho 2018

do minha evolução e tudo o que eu sentia ao tocar. Foi aí que minha vida deu a primeira reviravolta: nada de ser professor ou motorista, eu queria mesmo ser pianista”, conta. Diante do seu encantamento com o instrumento musical, Renan não se acomodou e, aos poucos, durante suas aulas foi conquistando espaço, reconhecimento e aprendizados no meio musical. “De um lado, elogios inebriantes devido à boa técnica e pouca idade; de outro, críticas que aprendi a ver como construtivas, também devido à técnica e à pouca idade. Lembro bem de um comentário que chegou aos meus ouvidos certa vez: ‘O Renan toca bastante, mas não tem técnica’. No primeiro momento, embora eu sequer soubesse o que era ter técnica, foi devastador; depois disso, procurei saber para ter ‘esse negócio’ que eu precisava e hoje eu tenho”, conta orgulhoso de sua trajetória. Completando 15 anos de caminhada musical e 8 anos com conhecimentos teóricos, como gosta de dizer, hoje o jovem se dedica como professor de música da Educação Básica em duas instiui-

O pianista Renan Santos acompanhado de suas 88 teclas, como gosta de se refirir ao piano, seu instrumento favorito.

ções privadas de Ubá, ensinando crianças entre 6 e 10 anos. Em suas aulas ele utiliza a flauta doce como instrumento de trabalho e também desenvolve ensinamentos sobre a história da Música Popular Brasileira. “Hoje em dia, é necessário apresentar a essas crianças canções de verdadeira qualidade, com harmonia e letras bem-feitas e construtivas, que transmitam valores”. Renan comenta que músicas de artistas como Tim Maia, Raul Seixas, Engenheiros do Hawaii, Jorge Vercillo, Djavan, entre outros, são constantes em suas aulas. “Meus alunos recebem muito bem às canções desses ícones e, vez ou outra, comungo-as com canções da contemporaneidade. Enquanto músico e professor de Música, me vejo na obrigação de apresentar esse repertório que, infelizmente, vai sendo esquecido aos poucos, a essas crianças para que, assim como eu que sou um perpetuador de tal cultura, eles também possam ser”,


Talento de Fato Arquivo Pessoal

relata orgulho de seu trabalho. Apaixonado por tudo que envolve música, Renan afirma possuir um gênero musical para cada momento, intercalando entre MPB, músicas latinas e óperas, já que se arrisca também no canto lírico. “Eu cresci em um seio musical muito forte. Para se ter uma ideia, aos 10 anos eu ouvia Pavarotti e era apaixonado pela voz dele! Ouvia também Plácido Domingo e José Carreras. Mal sabia eu que eles eram os famosos ‘Três Tenores’! Depois comecei a ouvir Vinícius de Moraes, com o famoso álbum infantil ‘A Arca de Noé’, ainda em vinil; Tom Jobim; Raul Seixas, que me foi apresentado pelo meu pais quando eu tinha apenas 4 anos; mais velho descobri grandes nomes como o de Ana Carolina, Alcione, Almir Guineto, Zeca Pagodinho, Dona Ivone Lara! Embora apenas o “Três Tenores” seja a referência no lirismo, os outros cantores compuseram minha trajetória e corroboraram para que eu desenvolvesse, apenas escutando-os, uma técnica no modo de cantar que hoje é bastante consolidada”, conta completando ainda sobre seu hobbie. “O fato é que o canto lírico tem mais técnica. Gosto de dizer que ele é mais difícil e eu gosto disso; gosto dessa dificuldade, de ter trabalho para conseguir chegar a algum lugar, sabe?! A satisfação depois de pronto, nossa, me leva ao júbilo! É diferente de

“Amo minhas 88 teclas, amo os

desafios infinitos da música, sua renovação, sua atemporalidade. Amo os dias de estresse e o cansaço mental que me proporciona o piano depois de jornadas diárias de 4 horas ininterruptas de estudo, os mistérios, os segredos, as viagens dentro de uma obra. Tudo isso me encanta! Nada é tão completo quanto a Música! É uma arte suprema! Suprema e acessível!” uma canção de hoje em dia, por exemplo, que você canta uma vez e fica pronta; falta melodia, aquele brilho, os enfeites que uma boa canção, uma canção rica, traz! Saber fazer a respiração e “colocar” a voz para dar um agudo aveludado no limite da extensão vocal é uma coisa complicadíssima que o cancio-

neiro popular contemporâneo não traz. De todo modo, talvez isso aproxime, realmente, a população da música, mas causa uma tremenda defasagem no repertório nacional contemporâneo em si”, conta. Apresentações como solista, acompanhador e cantor também são alguns dos trabalhos realizados por Renan, que não esconde sua tamanha admiração pela música. Afinal, como ele diz, “ tudo por 88 teclas”. “Sou apaixonado pela sala de aula, mas amo minhas 88 teclas, amo os desafios infinitos da música, sua renovação, sua atemporalidade. Amo os dias de estresse e o cansaço mental que me proporciona o piano depois de jornadas diárias de 4 horas ininterruptas de estudo, os mistérios, os segredos, as viagens dentro de uma obra. Tudo isso me encanta! Nada é tão completo quanto a música! É uma arte suprema! Suprema e acessível! De uma criança que canta “Borboletinha” a uma mulher que canta uma ária nos píncaros do agudo, é arte, é música! Mais do que combinação de sons, música é sentimento, é expressão, é o registo de um povo. A música não é, senão, um passaporte para uma viagem a diversos tempos e lugares apenas com a entrega à inspiração”, finaliza o jovem pianista.


Foto: Servando Lopes

Marcela Corbelli

Especial Guidoval Por Scarlett Gravina

Pisicologia

Arquivo Pessoal

Projeto Cine

CRAS

Psicologa, Graduada pela Universidade presidente Antonio carlos. Pós graduada em gestão de pessoas. Grupo de estudos e orientação em psicanálise. Cursando psicanálise com crianças e adolescentes. CRP 04/30.453

Vamos falar de baixa tolerância

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frustração?

abemos que a vida não é um mar de rosas para ninguém. Ser capaz de controlar os contratempos que o destino nos apresenta, exige tolerância e muita paciência, caso contrário, ao primeiro sinal de frustração, podemos nos ver diante da sensação de impotência, desmotivação e abandono. Em algumas situações mais sérias, esse sentimento pode levar a agressão de outras pessoas e até mesmo a autoagressão. Mas, afinal, o que é a baixa tolerância à frustração? Quais são as causas e como é possível lidar com ela? A frustração é um sentimento que surge quando certos desejos e expectativas não são supridos. Junto com a raiva, é uma das emoções humanas mais comuns e pode ser causada por vários obstáculos que surgem ao decorrer da vida. Importante salientar que a frustração pode trazer consequências negativas se não aprendermos a geri-la. Como qualquer outra emoção, ela deve ser canalizada de forma positiva, de modo com que a pessoa seja capaz de enfrentar as dificuldades e constrangimentos que o dia a dia apresenta. Os principais aspectos que causam a baixa tolerância à frustração ocorrem quando o indivíduo tem uma percepção distorcida das situações vividas, ele demostra uma tendência a querer controlar todos os aspectos de sua vida além de se sentir incapaz de suportar o desconforto de enfrentar situações complicadas. Todas as pessoas estão sujeitas a esse sentimento, a diferença está na forma com que cada um vai lidar com ele. Algumas dicas valiosas para superar esses momentos difíceis são: • Tomar consciência dos sentimentos e analisá-los; • Aprender a assimilar o fato de que os desejos não têm que ser atendidos de imediato; • Reconhecer que perfeição não existe; • Controlar os impulsos negativos que são prejudiciais para a estabilidade emocional. Aprender a controlar as frustrações é uma virtude que precisa ser desenvolvida, pois se trata de um processo de aprendizagem que começa desde a infância e nunca termina. A ajuda de um profissional pode ser imprescindível na caminhada ao controle de emoções e sentimentos como a frustração. A sensação de conseguir superar as dificuldades sem maiores estragos, com o tempo, serão as melhores possíveis.

(32) 9 9958-4697

(agendamento de consultas pelo telefone)

Rua Cel. Carlos Brandão, 99 Sala 303, Centro, Ubá/MG 72 Revista Fato! - Julho 2018

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om o objetivo de fortalecer a convivência entre as famílias e o vínculo com a comunidade, a Prefeitura Municipal de Guidoval, por meio do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), vem desenvolvendo diversas atividades que possibilitam o acesso da população a projetos sociais, aproximando-os ainda mais de seus direitos e benefícios. Neste sentido, estão sendo realizadas palestras, eventos e campanhas educativas. E, com foco no desenvolvimento das crianças e dos jovens de Guidoval, o CRAS também vem realizando ações culturais dirigidas ao público infantojuvenil, no intuito de estimulá-lo a participar mais ativamente da vida da comunidade. Dentre as ações praticadas, destaque para o projeto Cine CRAS. O projeto consiste em sessões de cinema itinerantes, que proporcionam às crianças e aos jovens, momentos de reflexão sobre os temas sociais abordados durante os filmes exibidos, como explica o secretário de Políticas Sociais de Guidoval, Flávio Lemes Malta. “O Cine CRAS é realizado em bairros onde há alto índice de vulnerabilidade social. Exibimos filmes voltados ao público infantil, de caráter educativo ou com mensagens positivas sobre o convívio coletivo. A equipe técnica do CRAS analisa os filmes seguindo padrões de tempo e mensagens que atinjam o público-alvo”, completa o secretário. Ele pontua ainda que o sucesso do projeto entre os moradores se justifica “por ser uma proposta diferenciada e inovadora. O sucesso também pode ser comprovado pela presença volumosa dos jovens nos eventos”.

Cine CRAS na Escola Municipal Antonio Barbosa Neto.

Os filmes são exibidos por meio de um telão com imagens de alta resolução e equipamentos de som digital disponibilizados pela prefeitura da cidade. As exibições são gratuitas e abertas ao público, onde os participantes têm a chance de vivenciar a experiência de assistir à uma sessão de cinema. “Um dos objetivos a serem atingidos é integrar o acesso da população carente à sétima arte. A iniciativa também consiste em ser uma porta de entrada para tratar de outros assuntos pertinentes à realidade da comunidade”, destaca Flávio. Diante dos projetos desenvolvidos, a coordenadora do CRAS, Luciane Martins de Oliveira, acredita que atividades de incentivo à cultura cativam os jovens. “O projeto nasceu a partir de uma ideia inovadora, como um meio divertido e diferente de abordar variados temas do nosso cotidiano, utilizando uma linguagem simples, de fácil entendimento e com a finalidade de atender crianças e adolescentes. Nossa proposta é levar até esse público, arte e cultura, o que é também muito importante na formação desses cidadãos”, ressalta a coordenadora, acrescentando que durante os filmes são disponibilizadas pipocas quentinhas ao público. “O Cine CRAS é um projeto de caráter cultural e pretende alcançar a integração da comunidade. Sem dúvida, esses momentos garantem descontração e diversão, que fazem diferença na vida das pessoas. Aproveitamos também para abordar assuntos do cotidiano e levar mensagens positivas para cada um”, finaliza Flávio evidenciando a importância e a satisfação em fazer parte de ações destinadas às crianças e aos jovens de Guidoval.



Foto: Fotografe

Beleza e Estética Especialista em micropigmentação de sobrancelhas - (32) 9.9916.6806. Rua Gorasil de Castro Brandão, 54, Cibraci, Ubá/MG. Av. Raul Soares, 180, Centro, Ubá/MG. (Shalom Cabeleireiros).

Fran Mendes

SOBRANCELHA FIO A FIO: Microblanding ou Dermopigmentação? NOVAS TÉCNICAS DE MICROPIGMENTAÇÃO PERMITEM NATURALIDADE E PRECISÃO NOS TRAÇOS DOS FIOS

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microblanding é uma técnica de micropigmentação que utiliza um indutor manual conhecido como Tebori. Já o processo de dermopigmentação, é realizado por meio do dermógrafo, um aparelho elétrico que contém agulhas que permitem que o pigmento seja implantado na pele. Saiba mais sobre as diferenças e sobre os resultados obtidos a partir de cada técnica. RF: Com o avanço da tecnologia são criadas cada vez mais ferramentas que fazem com que a micropigmentação tenha um resultado mais natural possível. Levando isso em consideração, qual a diferença entre o Microblanding e a Dermopigmentação? FM: Quanto à naturalidade do trabalho, o instrumento usado (dermógrafo ou Tebori) não influencia diretamente no resultado. Ele está ligado às habilidades manuais e à precisão do profissional. RF: Cada cliente tem uma preferência e/ou sensibilidade a um determinado instrumento. Qual está sendo mais adotado? FM: Na grande maioria dos casos, o cliente está em busca de um bom trabalho e, não necessariamente, de um instrumento ou outro. Mas, hoje em dia, o mais adotado é o Tebori (micropigmenatação), pois oferece maior facilidade na construção dos fios. A caneta de Tebori é um aparelho totalmente manual e que utiliza uma lâmina para fazer os fios. Acredito que, entre os principais motivos para a preferência dos profissionais pelo Tebori, esteja a não necessidade de tantos aperfeiçoamentos e nem de muita habilidade - uma vez que os fios já saem “prontos” pela lâmina -, bem como o baixo custo dos materiais e consequente alto retorno financeiro. 74 Revista Fato! - Julho 2018

RF: É correto afirmar que o dermógrafo é menos preciso e natural do que o microblanding? Por quê isso ocorre? FM: Não, pois a precisão e a naturalidade dos fios estão ligadas à habilidade do profissional e não ao instrumento em si. Vale ressaltar, inclusive, que o dermógrafo tende a construir fios mais duradouros. RF: Existe alguma contraindicação no uso dos aparelhos para determinados tipos de peles? Quais são? FM: Não existem contraindicações relacionadas ao uso dos aparelhos. RF: Qual a duração média da aplicação de cada procedimento? Existe a necessidade de retocar a micropigmentação após um determinado período? FM: O procedimento de microblanding demora, em média, entre 1h e 1h30 dependendo da habilidade do profissional. Já o dermógrafo, demora entre 2h e 2h30, também considerando a habilidade do profissional. Depois de realizado o processo, e de acordo com a evolução de cada procedimento, alguns retoques poderão ser feitos para que o resultado seja ainda mais natural. RF: E quanto à facilidade de manuseio de cada aparelho, faz diferença para o micropigmentador? E para o cliente? FM: Entre os micropigmentadores o Tebori é geralmente a opção mais escolhida, pois ele é totalmente manual e possui uma lâmina que desenha os fios com mais facilidade. Além disso, ele possui um baixo custo de investimento e manutenção. Já para o cliente, a diferença está na questão da durabilidade de cada procedimento. O microblanding

costuma ter uma duração um pouco menor em relação à dermopigmentação. Além disso, o uso do Tebori tende a ser mais doloroso em virtude do uso da lâmina, diferente do dermógrafo que utiliza uma agulha de espessura mínima capaz de construir fios bem naturais e fininhos. RF: Os valores de cada um desses procedimentos se comparam ou são totalmente diferentes? FM: Na realidade, se considerarmos apenas o investimento financeiro, o microblanding deveria ser de valor inferior ao trabalho com dermógrafo. Mas, devido ao “modismo” do microblanding, os valores estão se equiparando, dando ao cliente a opção de escolha.




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