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Coluna Gilson Feitosa

Empreendedor, Gestor Comercial e Consultor Organizacional Instagram: @gilsonbfeitosa

Colaborar com a concorrência? Cê tá doido?

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Você já deve estar cansado de ler sobre economia globalizada e estratégia em nível macro. Não é disso que irei tratar nesse artigo. Vamos voltar nossos olhos para o ambiente microeconômico. Nossa economia é movida em grande parte por pequenos e micro negócios, que lutam todos os dias para se manterem vivos em seus mercados de atuação.

Não importa se sua empresa é uma pequena indústria, distribuidora, atacadista ou varejista ou ainda se você é um prestador de serviços. Historicamente a visão de competição no meio empresarial foi predominante e que colaborar com a concorrência era inimaginável. E ainda haverá a dúvida entre colaborar ou competir. Entretanto, há algo de novo no “castelo” e ninguém mais pode se perceber como uma “ilha”.

As atividades empresariais por mais distintas que sejam, apresentam necessidades em comum e a principal delas é o aumento da lucratividade. Não há como manter um negócio saudável e em crescimento sem melhorá-la. Apesar de ser o desejo da maioria dos empreendedores, nem sempre esse objetivo é alcançado, normalmente por ineficiência dos processos comerciais e/ou produtivos.

Vender mais nem sempre é o suficiente para melhorar a lucratividade, há sempre uma relação entre o faturamento e o custo de produção ou comercialização. Já ouvi dezenas de vezes empresários dizer que aumentaram o faturamento, mas, não sabem onde foi parar o lucro. A resposta é simples: Não há uma boa margem de contribuição. Os custos estão corroendo a lucratividade e controla-los é imprescindível, e já que os preços são definidos pelo mercado consumidor, aumenta-los visando um maior lucro é uma estratégia arriscada e muitas vezes ineficaz.

Onde colaborar com a concorrência e onde esconder o jogo? É uma pergunta pertinente. É óbvio que você não vai entregar de bandeja suas estratégias empresariais e seus diferenciais competitivos. Todavia, é possível colaborar visando melhorar a eficiência operacional. Principalmente para reduzir custos na aquisição de insumos e serviços, com benefícios para todas as partes. É quando o lema “juntos somos mais fortes” passa a fazer sentido.

Empresas de grande porte, costumam ter acordos comerciais que lhes dão vantagem sobre os custos de produção e condições de pagamento. Essa normalmente não é a realidade para as pequenas empresas, que normalmente não consegue comprar diretamente da indústria com as mesmas condições. Seja em função do baixo volume de compras, baixa capacidade financeira ou falta de crédito. Obrigando-o a recorrer a distribuidores, atacadistas ou até mesmo varejistas, como preços maiores e condições de pagamento nem sempre atrativas.

Esse cenário não é fácil de ser modificado agindo sozinho. Mas, quando se abandona o paradigma de que colaborar com a concorrência não é viável. Muitas são as possibilidades de evolução empresarial, e não apenas para a redução de custos através de aquisição de insumos e serviços. Mas também, na melhoria da visibilidade de marca, captação de novos clientes e aumento das vendas.

Vamos exemplificar o principal aspecto dessa colaboração. Na indústria têxtil alguns insumos são largamente utilizados. Linhas, etiquetas e zíperes estão em: calças, bermudas, bolsas, mochilas entre outras tantas aplicações. Fabricantes diferentes, concorrentes ou não, apresentam as mesmas necessidades de compras, só que em volumes diferentes.

Através de uma central de negócios é possível identificar e concentrar essa demanda, permitindo comprar conjuntamente maiores volumes, equiparando as condições de preço e condições de pagamento de empresas de maior porte. Esse tipo de estratégia permite aumentar a lucratividade através da redução dos custos com a aquisição de insumos. Além de proporcionar melhorias qualitativas na seleção de fornecedores.

Se você deseja saber mais sobre, como uma central de negócios pode potencializar os resultados de sua empresa. Siga-me no Instagram: @gilsonbfeitosa e vamos bater um papo sobre o assunto.