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Música

TIÊ LANÇA “KUDRA” ÁLBUM CRIADO NA QUARENTENA

Acantora Tiê apresenta o álbumKudra, idealizado e gravado nos durante a pandemia. A obra esta nas plataformas digitais. Em formato enxuto, com seis faixas inéditas, Com produção musical de André Whoong, Gianni Salles, Flávio Juliano e Adriano Cintra, além das participações especiais deFilipe Cattoe deAmora, filha mais nova da Tiê. A direção geral de arte é assinada por Rita Wainer, fotografia de Rodolfo Magalhães, styling de Carol Roquete e arte de Ana Ariette.

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“‘Kudra’ nasceu de um reflexo da quarentena, desse momento de reclusão, de rever as coisas, os hábitos, faxinar a casa, a mente e os HD’s. Não é tempo de festejar, mas é importante colocar a música pra fora. Algumas letras têm essa intenção de ser como um acalanto”, comenta Tiê, que traz para o título de seu quinto álbum autoral a palavra que significa amor, além de ser um nome de uma cidade na Índia e também um sobrenome de família. “É a vivência de um ciclo, a necessidade de olhar pra dentro que o isolamento social trouxe, tentar de fato entender o interior e o que está a nossa volta”, disse

O álbum mostra algumas ideias arquivadas, revistas agora com um novo olhar, também com canções inéditas.

“Apesar de ter sido elaborado em menos tempo que o comum, foi um processo de descarrego, mas leve. Sinto que minha voz está registrada de maneira diferente a cada faixa, e isso me agrada”, conta ela, que espelha essa fase também no visual. “Estamos constantemente recriando, renascendo. É sempre um novo momento”, conta.

O álbum inicia com a faixa “Crepúsculo”, uma parceria de Tiê e Flávio Juliano, com produção dele e de Gianni Salles. Aberta pelo som de violoncelo, a cantora conta que gravou a música deitada: “a letra é mais falada, trago um jeito distinto de cantar”. Em seguida, o som“E Nasce Uma Mãe”, que explora a maternidade no sentido de cuidar, de aprender: “quando nasce um bebê, também surge uma mãe. Aqui trago a sensação do gerar, não só da gestação, mas de você olhar algo e acompanhar o crescimento e a troca”, revela.

Em“Lado Bom”, primeira faixa de trabalho do novo projeto, a cantora, em parceria com Gianni e André Whoong, que também produziu a faixa, traz a mensagem dessa situação da velocidade das informações, do celular, mas de tentar sempre ver a parte positiva dos momentos, dos diálogos. Não lutar contra e sim entender os benefícios. Ainda neste lugar de enxergar a vida de maneira leve, Tiê, André e Filipe Catto criaram “E Daí”, que em clima solto e despojado, apresenta a importância de terminar os ciclos, apesar de possibilidade da dor, sempre rir e se divertir com as histórias.

A parceria com Dani Velocett e Adriano Cintra na música“Estranhos”mostra uma letra que reflete o reencontro e readaptação, das possibilidades de estranhamentos. Para encerrar o disco, a música“Kudra”, com a participação especial de sua caçula Amora, foi também composta com Flávio Juliano, e revela uma sonoridade mais lúdica.

“Foi maravilhoso gravar com ela. Como minhas filhas passaram todo esse tempo comigo, acompanharam o processo, trouxe ainda mais significado para o disco”, revela. Com dez anos de carreira, a artista tem cinco discos autorais, um DVD comemorativo, turnês internacionais, participações em grandes festivais, dez músicas emplacadas em trilhas sonoras de novelas e diversas parcerias musicais. A artista, que já morou no Japão e em Nova York (Estados Unidos), fez turnê com o Toquinho antes de traçar os projetos solos e gravou ao lado de David Byrne, Jorge Drexler e Luan Santana, vê seu trabalho como uma maneira de externalizar as emoções.

Com passagens em diversos festivais, Tiê já se apresentou no Lollapalooza Brasil (2018), Primavera Sound, em Barcelona (2017), Rock in Rio 2017, ao lado de João Donato e Jorge Drexler (2011), Brazil SummerFest, em Nova York (2018), Rock in Rio Lisboa, SXSW (Texas, EUA), Planeta Terra (São Paulo) e Coquetel Molotov (Recife).