Revista Empoderar Você: Edição #2

Page 1

EMPODERARVoce v

discutindo questões de gênero

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA É SÓ AGRESSÃO?

Como entender o ciclo do relacionamento abusivo.

EDIÇÃO #2

Imagem: Ana Carolina Bonnassis/ Agência AL



Edit Ori al

Finalmente chegamos a segunda edição da revista, trazendo conteúdos relevantes para que vocês leiam e se informem. 18 músicas feministas para ouvir na rua, na chuva, ou numa casinha de sapê; Uma indicação do que assistir no fim de semana e muitas discussões importantes para que nos empoderemos cada vez mais. A revista Empoderar Você, a cada edição, busca trazer assuntos atuais para que todas as nossas leitoras possam compreender e aprender sobre o “ser mulher nos dias atuais”.Seja bem-vinda e volte sempre.


Quem somos? Raquel Duarte

Nathália Cruz

- Jornalista; - 21 anos; - Canceriana; - Paraibana arretada; - Viciada em Grey’s Anatomy; - Muito dançarina de funk; - Feminista; - Ovolactovegetariana; - Tentando finalizar todos os livros de Dan Brown; - Fã da DC e da Marvel.

- Jornalista; - 21 anos; - Ariana; - Paraibana; - Fanática pelo Twitter; - Katycat; - Feminista; - Blink; - Cultura Pop; - Humilde nem se fala, transparece no meu rosto.

EXPEDIENTE

- Mãe feminista socialista; - Militante do coletivo Pagú Paraíba e da JSB Feminista Paraíba; - Quase jornalista; - Viciada em vídeos de receitas; - Fã de litrão barato e espetinho; - 25 anos.

COLABORADORA

Juliana Lima

IdealizadorAs

Nathália Cruz Raquel Duarte

COLABORADORA Juliana Lima EDITOR GRÁFICO Lucas Campos


SUMÁRIO

A 2A EDIÇÃO DO EMPODERAR VOCÊ

6

“Para se empoderar”

“Absorvendo o Tabu”

10

Violência Doméstica é só agressão?

Mais que compartilhar

14

7

Você sabe o que é Mansplaining?

12


Imagem: Mandah Gotsfritz

“Para se empoderar”

Uma playlist feminista feita de mulheres fortes para mulheres fortes, já disponível no Spotify!

100% feminista

Flawless

MC Carol feat. Karol Conká Léo Justi e Tropkilla

Beyoncé

Dona de Mim

Power

Iza

Katy Perry

Triste, Louca ou Má

God is a Woman

Francisco el Hombre, Labaq, Helena Maria, Salma Jô

Ariana Grande

e Renata Éssis

Run the World (Girls)

Desconstruindo Amélia Pitty

Dona da Minha Vida Rouge

Pesadão

Woman Kesha

Independent Woman Destiny’s Child

Iza

Bad Girls

Todxs Putsx

M.I.A

Ekena

Joan of Arc Little Mix

Power

6

Beyoncé

Little Mix

Bo$$ Fifth Harmony

Can’t pin me down Marina and The Diamonds


ABSORVENDO O TABU:

“Por que ainda sentimos vergonha em falar sobre menstruação?”

Foto: Reprodução/Netflix

7


8

Imagem: Reprodução/Netflix

V

encedor do Oscar de melhor documentário curta-metragem de 2018, Absorvendo o tabu, da cineasta Rayka Zehtabchi, fala sobre como as indianas lidam com a menstruação e os homens não sabem ou fingem não saber do que se trata. O documentário de 26 minutos, aborda o modo como mulheres de várias idades enxergam o período menstrual. Sentindo vergonha desde quando eram crianças, as mulheres largam seus empregos e deixam de estudar por causa da menstruação. Além de ser visto como um “sangue ruim”, no período menstrual, as mulheres não podem frequentar os templos nem rezar para nenhum Deus, pois são consideradas sujas. Boa parte das indianas não usam absorvente higiênico. Segundo o documentário, apenas 10% das mulheres na Índia tem acesso aos absorventes, o que dificulta o período para as outras 90% por terem que usar panos e depois terem que enterrá-los, além da vergonha que sentem em fazer isso na frente de um homem. Em meio disso, surge Arunachalam Muruganantham, o homem que inventou a máquina de absorventes higiênicos de baixo custo. Ele ensina as mulheres a produzirem seu próprio absorvente e, a partir disso, alcançarem uma independência financeira. Após criarem o absorvente “Fly” essas mulheres correm pela cidade tentando distribuir o produto em mercados, mas a venda é difícil por conta da vergonha que elas sentem em ir comprar o absorvente. Até que elas decidem ir de casa em casa oferecer o produto e tornar a vida dessas mulheres mais fácil. O melhor de tudo é ver as mulheres com pensamentos empodera-

dores e, impulsionando outras mulheres a trabalharem e se sustentarem sozinhas, além da autoestima que é criada entre elas. Toda essa situação, nos mostra o quão privilegiadas somos, por termos acesso a tantas marcas de absorventes e condições para comprarmos o que acharmos melhor. A menstruação está longe de ser desconstruída 100%, ainda é um tabu em todos os lugares do mundo, mas, se nós mulheres começarmos a enxergar como um ciclo natural do nosso corpo, estaremos prontas pra ignorar qualquer obstáculo, desde ir comprar o absorvente, falar com alguém sobre o assunto e lidar com os vazamentos quando se está em grande fluxo. Lembrando também que o sangue que desce do nosso corpo não é sujo e faz parte de quem somos. FICHA TÉCNICA

Título original Period. End of Sentence Ano produção 2018 Direção Rayka Zehtabchi Produção Melissa Berton, Garrett K. Schiff, Lisa Taback e Rayka Zehtabchi Estreia 2018 (Mundial) Duração 26 minutos Gênero Documentário educativo Países de Origem USA Classificação Indicativa +10

“QUEBRANDO O TABU” ESTÁ DISPONÍVEL NO SERVIÇO DE STREAMING NETFLIX!


9


VIOLÊNCIA DOMÉSTICA É SÓ AGRESSÃO? Como entender o ciclo do relacionamento abusivo.

Texto: Raquel Duarte

É

muito comum que as pessoas, principalmente as mulheres, acreditem que a violência doméstica, ou o relacionamento abusivo, se dá por conta somente de agressões físicas. Mas precisamos entender que existem outros casos em que também é configurada a violência doméstica. A Lei Maria da Penha estipula cinco tipos: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. - Violência física: é qualquer ato contra a integridade ou saúde corporal da vítima. - Violência psicológica: é qualquer ação que cause prejuízo psicológico, como humilhação, chantagem, insultos, isolamento, ridicularização. São também considerados dano emocional e controle de comportamento da mulher. - Violência sexual: é aquela que força a mulher presenciar, manter ou participar de relação sexual indesejada. Impedir o uso de método contraceptivo ou forçá-la à gravidez, aborto ou prostituição mediante força ou ameaça, também se enquadram neste tipo.

alguém melhor do que eu”, ou fazer censura das suas amizades. Já a violência patrimonial tende a ir para o lado dos bens pessoais. Quebrar um celular, uma chapinha de cabelo para que você não a use mais, ou perda de algum documento pessoal de forma proposital a fim de prejudicar. Todas essas atitudes são errôneas e podem ser consideradas violência. Esses comportamentos iniciais e que por muitas vezes perpetuam por todo o relacionamento, são ponta pés para que haja agressões maiores, como as físicas e até a morte. A Lei Maria da Penha (Lei 1134/06 e Lei n° 11.340) foi sancionada em 7 de agosto de 2006 e visa dar suporte para prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Art. 1o: “Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do arWt. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar

- Violência patrimonial: são situações quando o agressor destrói bens, documentos pessoais e instrumentos de trabalho. - Violência moral: Caluniar, difamar ou cometer injúria contra a mulher. É preciso que a vítima esteja atenta a todos os sinais e consiga observar quando o relacionamento estiver tomando proporções fora do normal. Uma violência psicológica, por exemplo, está ligada a atitudes como proibição do uso de alguma roupa, chantagens emocionais do tipo “Você não encontrará

10

Imagem: Artista Desconhecido


a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.” Art. 2o: “Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.” Esses artigos são apenas uma porcentagem da garantia que a lei traz para as mulheres. Mesmo existindo falha no sistema, e nem todo mundo estando do nosso lado, é preciso que haja a denúncia para que a policia, junto a delegacia da mulher venha interver diretamente nessa relação, a fim de dar segurança à vítima de agressão. Se você nunca sofreu alguma agressão física, mas passa por algumas dessas práticas, e não tem coragem de denunciar, procure a família e/ou um amigo próximo para que tenha suporte e força para sair desse relacionamento abusivo, garantido que essas atitudes não se estendam para um ato mais grave. ONDE BUSCAR APOIO? - Centro da Mulher 8 de Março: cm8marco@hotmail.com - Secretaria de Políticas para as Mulheres: 180 - Central de Polícia Civil (JP): (83) 3218.5307 - Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher: (83) 3218.5317 - Mulheres por Direito: @mulherespordireito - Empoderar Você: @empoderarvoce

Imagem: Sherrie Thai

11


Mais que compartilhar: O ciberativismo feminista H

Lola Aronovich Foto: The Intercept

á pouco dizíamos que a internet era terra de ninguém, felizmente houve uma brusca mudança e estamos marcando nosso espaço de discussão e engajamento para nossas pautas. Assim, vemos a principal característica do ciberativismo feminista: utilizar a rede mundial de computadores para compartilhar nossas lutas, opiniões, conquistas e necessidades enquanto mulheres que se rebelaram contra o status patriarcal da sociedade na qual ainda vivemos, um movimento que revela a modernização da militância de rua e a chance para que diversas vozes possam ser disseminadas e ouvidas para além das telas. A professora Lola Aronovich foi à precursora com seu blog “Escreva Lola Escreva”, ainda na ativa e atualizada diariamente. Nele, além de comentar casos de machismo, desserviços à educação, entre outros retrocessos característicos da onda conservadora que caminha com rapidez no país, ela denuncia espaços digitais nos quais criam e difamam militantes de esquerda com a criação e divulgação de fake News – sim, aquelas que muitos recebem nos grupos de família e que alimentaram a vitória

12

do atual presidente da República. Com o passar dos anos, novas plataformas foram surgindo e com elas novas vozes com campanhas que nacionalizaram movimentos e importantes dados para a nossa segurança, como no “Chega de fiu fiu” do projeto coletivo Think Olga, inicializado pelo facebook com o mapa da violência contra a mulher junto à uma ferramenta que mapeia os locais de alto risco para nós. Seu amplo compartilhamento gerou o impacto planejado: conscientizar sobre as reincidentes violências às quais estamos diariamente condicionadas a sermos vítimas. Outro exemplo da popularização das ativistas das redes é Maria Clara Araújo ou, para seus seguidores no instagram, a @afrotranscendente. Em 2015, quando se tornou pauta de destaque na imprensa por ser a primeira mulher trans aprovada em pedagogia na Universidade Federal de Pernambuco, não cessou em usar sua voz para mostrar a necessidade da discussão do afrotransfeminismo e a importância de “afrontar” (até mesmo algumas feministas) com o espaço de fala e vivência tão necessário sobre as pautas identitárias das mulheres negras e trans, por isso, os caracteres não foram suficientes para seu discurso e sua presença se tornou recorrente em diversos

Maria Clara Araújo Foto: @afrotranscendente

Texto: Juliana Lima


Foto: Alexandre Brum/Agência O Dia

temente, eram defendidos por Marielle Franco, vereadora do PSOL executada dia 14 de março de 2018 no Rio de Janeiro, por isso ela teve sua reputação atacada na internet logo após seu assassinato ser noticiado. Além da tentativa de atribuir sua morte à ampla defesa das pautas minoritárias, a colocaram como única culpada pelo ocorrido: “ela pediu”, “ela tinha relação com traficantes”, “ela foi vítima dos bandidos que defendia”. Hoje, sabemos que suas últimas publicações no Twitter eram evidências que levavam aos seus assassinos, a milícia que toma o poder para si e faz de tudo para se manter como líderes nas favelas, até mesmo transformando-se em inimigos piores do que os chefes do tráfico carioca. Mesmo assim, em um percurso com diversas coincidências de ligações, nas redes e em todos nós, ainda ecoa uma única pergunta: quem mandou matar Marielle?

Imagem: Portal T5

eventos de discussão acerca do tema. As paraibanas também têm lugar de destaque quando falamos sobre ativismo cibernético, principalmente quando um apresentador machista desqualifica as mulheres por não usar esmalte, em um comentário que nada adicionava à pauta abordada – sim, isso aconteceu em um daqueles programas policialescos na hora do almoço. Kalyne Lima, jornalista e rapper do Sinta a Liga Crew, repudiou a fala em sua página pessoal, em sete de junho do ano passado, mas não imaginou que geraria a resposta do apresentador e sua legião de seguidores adestrados (seria sikeraminions o melhor nome para defini-los?).

Entre comentários debochados e violentos, a misoginia estava cada vez mais evidente, uma clara perseguição à jornalista por continuar não se calando diante do comportamento incitador do apresentador que refletia nas ações de seus “fãs”. O movimento de mulheres se reuniu em frente à emissora local, conseguindo conversar com os representantes do canal; O Ministério Público da Paraíba foi acionado, houve a assinatura de um Termo de Ajuste de Compromisso (TAC), campanha em vídeo contra os diversos tipos de preconceitos, mas, mesmo assim, ligar a televisão na hora do almoço ainda é assistir um derramamento de sangue misturado com frases feitas que reforçam os discursos de violência contra as mulheres, os negros, os LGBTQ+ e os pobres. Esses segmentos, não coinciden-

Hashtags estão além das nossas mãos. Das ruas, fomos às redes e delas fortaleceram os movimentos para as ruas. É um ciclo contínuo que só tende a se expandir, principalmente quando temos um importante serviço à sociedade: desmentir fake news e alertar sobre a influência delas nas decisões populares. Nossa obrigação, não só como militantes, mas como pessoas privilegiadas em obter-verificar-compartilhar informações, é permanecer atentos e vigilantes para que a verdade, somente ela, prevaleça nesse momento no qual tentam regredir todas as nossas conquistas sociais.

13


Imagem: Cultura930

VOCÊ SABE O QUE É MANSPLAINING? Texto: Raquel Duarte

Na edição passada, trouxemos uma explicação e exemplos sobre o termo sexista, manterrupting, que nada mais é quando um homem interrompe uma mulher quando ela está falando. O termo mansplaining, palavra derivada da junção de man (homem) e explaining (explicar), é uma prática muito parecida e bem mais presente do que imaginamos na sociedade. Comentar ou explicar algo a uma mulher de maneira condescendente, excessivamente confiante e, muitas vezes, imprecisa ou simplista. Sabe quando o homem tenta explicar a uma mulher algo que ela já sabe? Ou quando o homem se acha muito mais inteligente simplesmente por ser do sexo masculino? Essas práticas são consideradas mansplaining, que surgiu em meados de 2010, através da escritora norte-americana, Rebecca Solnit. Apesar de recente, o assunto é antigo e se torna constrangedor para

14

as mulheres. De início algumas pessoas podem até achar normal – eles só querem ajudar na explicação – mas, analisando todo o contexto em que essa prática é inserida, é extremamente problemático, pois ela ocorre em momentos no qual a explicação do homem não foi solicitada. Por exemplo, um homem tentando explicar sobre menstruação ou feminismo. É até engraçado que situações como essas venham acontecer, mas de fato acontece. Para as mulheres, é preciso ter pulso forte e saber entender seu local de fala. Não permitir que qualquer homem venha tomar o poder do assunto que você entende bem. É difícil quando essas práticas ocorrem em ambientes onde há mais pessoas, como trabalho, ou dentro da sala de aula, mas, é necessário que haja um posicionamento para que os homens possam enxergar o exagero em se colocar dentro de as-


do terminei, ele me explicou exatamente a mesma coisa que eu tinha acabado de ler.” – Thamires Ferreira. “Uma vez eu pedi uma cerveja IPA em um restaurante, o garçom voltou e perguntou se ela pra mim, quando eu disse que sim, ele começou a explicar que tipo de cerveja era – sendo que no menu já tinha a descrição das cervejas – e que talvez eu não fosse gostar porque era muito forte pro paladar feminino. Eu ainda tentei falar para ele que eu entendia de cerveja e tinha pedido aquela porque era o estilo que eu gostava, mas ele foi até o fim me explicando que tinham outras que talvez eu fosse gostar mais.” – Lígia Pereira Claro, é possível que os dois possam discutir abertamente a respeito de algum tema, sem precisar mostrar que ali existe alguém mais inteligente que o outro. Discussões de igual para igual.

Imagem: Reprodução/Autor Desconheido

suntos que muitas vezes não cabem a ele. O site Buzzfeed perguntou as suas leitoras quais as coisas mais obvias ditas pelos homens para elas. Selecionamos algumas respostas, que mostram como esse ato acontece na realidade: “Um namorado tentou me explicar a importância do homem no dia-a-dia de uma mulher. Ele usou como o exemplo abrir um vidro de palmito. Liguei o fogo, coloquei a panela com água até esquentar, botei o vidro e mostrei pra ele que ele era dispensável. Ele terminou comigo e quem saiu ganhando? Eu.” – Camilla Catão. “Um cara tentou me explicar como as mulheres se sentem em relação a cantadas. Isso foi pra justificar uma cantadinha infame e a minha reação a ela.” – Alline Miller. “Uma vez fui assistir um filme com meu namorado e antes ele me deu a sinopse pra ler e eu li em voz alta. Quan-

15



Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.