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10. MONOGRAFIA

DE OLHO NA PESQUISA

MONOGRAFIA: AS VACINAÇÕES E A HOMEOPROFILAXIA: POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO 3 Olga Teruyo Kobayashi

RESUMO O presente trabalho busca, a partir de uma revisão bibliográfica, perceber como as vacinações atuam no corpo humano e podem deixar sequelas que nem sempre são consideradas pela medicina alopática. Propomos, ainda, tratamentos homeopáticos para a desintoxicação do organismo já vacinado e para a prevenção e tratamento de doenças que as vacinas buscam prevenir. A vacinação é um grande sucesso da medicina alopática e foi capaz de auxiliar muitas pessoas. No entanto, a forma como historicamente se introduz em nosso país e a forma como é administrada atualmente na população é desumana. A reumanização da medicina perpassa entender o corpo como único e a saúde como um bem extremamente precioso que precisa ser cuidado com cautela. A saúde de um indivíduo não pode ser compartimentalizada e, por isso, as consequências das vacinações acometem tanto aqueles que desenvolvem grandes mazelas quanto aqueles que se intoxicam de forma mais leve. Todos esses elementos de saúde não são considerados pela medicina alopática quando esta desvincula as doenças do indivíduo, e tentamos mostrar aqui como esse processo de entender o corpo a partir de uma visão holística, como a homeopatia, é importante para atingir a cura e o equilíbrio dos corpos.

Palavras-chave: Vacinas; Homeoprofilaxia; Vacinoses.

ABSTRACT The present work seeks, from a bibliographical review, to understand how vaccinations work in the human body and may leave sequelae that are not always considered by allopathic medicine. We also propose homeopathic treatments for the detoxification of the already vaccinated organism and for the prevention and treatment of diseases that the vaccines seek to prevent. Vaccination is a great success in allopathic medicine and has been able to assist many people. However, the way it has historically introduced itself in our country and the way it is currently administered in the population is inhumane. The reumanization of medicine involves understanding the body as unique and health as an extremely precious commodity that needs to be taken care of with caution. The health of an individual cannot be compartmentalized and therefore the consequences of vaccinations affect both those who develop major problems and those who become intoxicated more lightly. All these elements of health are not considered by allopathic medicine when it dissociates the diseases of the individual, and we try to show here how this process of understanding the body from a holistic view, such as homeopathy, is important to achieve healing and balance of the bodies.

Keywords: Vaccines; homeoprophylaxis; Vaccinations.

3 Monografia apresentada requisito para obtenção do título de Especialista do Instituto Tecnológico Hahnemann chancelado pela Faculdade Inspirar. Professoras Orientadoras: Dra. Eliete M. M. Fagundes; Ma. Leonor Natividade de Medeiros

Campos. São Paulo – SP Dezembro/2017. 34

INTRODUÇÃO Atualmente, se verificam grandes epidemias de doenças que não são transmitidas entre as pessoas, como o autismo e doenças autoimunes. De onde essas doenças derivam é um mistério para a medicina alopática, porém não o é para a homeopatia e outros tratamentos alternativos. Muitas vezes, entende-se o tratamento alternativo como menor ou menos legítimo dentro da área da cura, como se a medicina alopática fosse o único discurso e a alternativa algo menor e inferior. No entanto, ao se pensar que a palavra alternativa vem da escolha entre as possibilidades, podemos reconfigurar nossa forma de pensar e abordar as alternativas à alopatia.

A fim de se colocar como uma prática reconhecida, a homeopatia deve evitar atritos desnecessários com outras práticas já instituídas na sociedade e demonstrar a sua veracidade e a sua eficácia a partir de meios que possam ser compreendidos pela população e pelas autoridades de saúde. O atrito somente eleva o medo de sair de uma zona de conforto, que é a medicina alopática, e afasta as pessoas da homeopatia.

Problema: incluímos nossa contribuição com este trabalho. O Problema desta pesquisa é entender como a homeopatia se posiciona sobre as vacinas atuais e como pode auxiliar na prevenção de doenças a fim de ser uma alternativa viável e segura para as mesmas.

Objetivo Geral: O objetivo geral deste trabalho é demonstrar como a homeopatia entende as doenças e pode atuar sobre os corpos saudáveis e doentes a fim de deixá-los em equilíbrio.

Objetivos específicos: Para isso, buscamos: a) demonstrar como as vacinas atuam em nosso organismo e em nossa sociedade; b) demonstrar como a homeopatia pode limpar os maus efeitos das vacinas; c) demonstrar como a homeopatia já atuou em experiências concretas de prevenção, a partir da homeoprofilaxia. mente devido ao grande número de efeitos colaterais que atingem as pessoas vacinadas, quase a totalidade das pessoas de nossa nação e os efeitos colaterais que serão transmitidos para as próximas gerações se não forem desintoxicados e limpos os corpos dessas mesmas pessoas.

Método, Referencial Teórico e Metodologia: A fim de realizar esta pesquisa, buscou-se a pesquisa bibliográfica em diferentes fontes. E procuramos entender os efeitos das vacinações a partir das contribuições de George Vithoulkas, Edson V. Credidio e Kate Birch & CilaWhatcott, principalmente. Dessa forma, podemos construir um pensamento que demonstra como as vacinas vêm sendo aplicadas em larga escala, sem controle exato de suas consequências, com sérias diferenças para cada país. E podemos perceber como 10 outros experimentos homeopáticos foram realizados a fim de demonstrar que existem formas mais seguras e mais humanas que a vacinação em massa.

Resultados: Os resultados aos quais chegamos são dois. Primeiro, que a vacina, apesar de muito estudada até sua formulação, não é bem controlada quanto às suas consequências na população a longo prazo (entendendo longo prazo como mais de dez anos), o que leva a diversas moléstias derivadas da intoxicação da vacina. Moléstias, porém, que são passíveis de tratamento com a homeopatia. O segundo resultado é que a homeopatia pode agir da mesma maneira que as vacinas, com índices de proteção da população mais altos e sem os maus efeitos das vacinas.

Estrutura do trabalho: Na seção 1, "O que é homeopatia: um passeio sobre a teoria homeopática", aborda-se brevemente a história da homeopatia, com seu surgimento dentro dos estudos de Sammuel Hanehmann no século XVIII.

Na seção 2, "A doença na visão homeopática", trabalha-se como a homeopatia compreende as noções de corpo e de doença bem como a sua atuação enquanto sistema de cura.

pática", optamos por individualizar o estudo da febre, por ser este um sintoma polêmico e que divide muitas opiniões. Este tema ganha uma seção especial por ser uma questão muito angustiante, principalmente para pais, que sofrem a pressão do Estado, da mídia e da indústria farmacêutica. Hoje muitos profissionais estão empenhados em mostrar aos pais que a febre não é inimiga, mas, sim, aliada. Embora ainda seja tímido este movimento, já que por muito tempo se entende a febre enquanto sintoma a ser combatido e como efeito perverso de doenças e, não, mecanismo de cura e defesa do organismo.

Na seção 4, "O que é a vacina e como a vacina atua", será abordado o tema vacinação onde exporemos o efeito das vacinas no organismo humano. Busca-se apresentar o que fazem as vacinas e um histórico da mesma no nosso país, trazendo episódios como a Revolta da Vacina e seu processo de higienização forçada da cidade do Rio de Janeiro e, ainda, os decretos que instituem a obrigatoriedade da mesma no Brasil a partir de 1975.

Na seção 5, "Qual o posicionamento da homeopatia em relação às vacinas", situaremos no debate sobre essa técnica, a visão homeopática e os estudos que se fazem no sentido de verificar os maus efeitos da vacinação, como o aparecimento de diferentes doenças. As vacinas são compostas de agentes patológicos enfraquecidos (sendo vírus ou bactérias mortos, enfraquecidos ou apenas 11 parte de seus organismos) e outros elementos, como mercúrio, alumínio, óleos transgênicos etc. Esses coadjuvantes são as substâncias que causam as reações no organismo humano e que são alvo de críticas.

Na seção 6, "Homeoprofilaxia ou Como a homeopatia atua em relação à prevenção de doenças", abordaremos a posição da Homeopatia em relação a estas vacinas e as alternativas oferecidas. Serão trazidos diversos casos onde o governo local usou a homeopatia como contenção de epidemias, inclusive na cidade de Macaé, RJ. E as alternativas homeopáticas para algumas doenças. Na seção 7, "Iatrogenia e como limpar os maus efeitos das vacinações, vamos abordar algumas doenças causadas pela vacinação e a tentativa homeopática de minimizar esses efeitos negativos, pois a iatrogenia se especializa em lidar com os efeitos colaterais, tanto de medicações quanto de vacinações.

Na seção 8, "Homeoprofilaxia", realizaremos um levantamento bibliográfico sobre doenças comumente prevenidas pelas vacinas e quais medicamentos homeopáticos podem ser utilizados nas mesmas, a fim de demonstrar uma alternativa à vacinação.

Acreditamos que com trabalhos que discutam esses temas de interesse da saúde pública, podemos melhorar a saúde em nosso país e as taxas de doenças diminuirão quando os corpos das pessoas forem respeitados por práticas menos agressivas.

Seção 1 – O que é homeopatia: Um passeio pela teoria homeopática

A homeopatia, assim como qualquer sistema de pensamento, não surgiu da noite para o dia por trabalho de uma só pessoa. Seu surgimento deriva de vários estudos que deram base para que Samuel Hahnemann conseguisse fundá-la enquanto corpo científico e tornar-se, assim, o pai da Homeopatia. Samuel Cristian Hahnemann foi um médico alemão incomodado com a forma como a medicina se aplicava em seu país. Nascido em 10 de abril de 1755 em Meissen, Hahnemann estudou em boas escolas devido a bolsas de estudo. E, durante o curso de medicina, sentia falta da prática médica, pois o curso era bastante teórico. Com isso, estudava sozinho os assuntos que lhe interessavam e, a partir destes estudos, já começava a desenvolver seu próprio olhar para a medicina. No século XVIII, acontece o surgimento do hospital, primeiramente um local para afastar da sociedade aqueles considerados inválidos e "anormais" (fora das normas sociais), regido por entidades religiosas e de caridade (FOUCAULT, 1963), e, posteriormente, um local controlado pelos médicos, que se propunham a normalizar estas pessoas. Os estudos dos corpos 36

vivos e mortos, para a medicina, foram fundamentais para desenvolver essa ciência e reinserir os que eram afastados da sociedade, a partir das normas sociais, a fim de produzir indivíduos mais produtivos. O controle de doenças, e daquilo que é considerado doença e desviante, é importante nesse processo de surgimento dos trabalhos industriais e de maior controle da população pelos Estados (FOUCAULT, 1963). A medicina, por fim, debruçando-se sobre uma imensa população carente, doente, desqualificada, amontoada em cidades despreparadas para tal, encontrou estímulos ao seu próprio desenvolvimento, como à sua capacidade de controlar epidemias, detectar e agir sobre as doenças, adquirir base segura para o estudo do corpo como sistema funcional, curar, higienizar o meio ambiente e o próprio organismo social. (CREDI-

DIO, 1987, p. 15). Neste momento, ainda, a figura do médico se desenvolveu para além daquele que busca curar os corpos físicos do indivíduo. Por serem estes que entram em contato com populações e classes mais diversas dentro da cidade, também são responsáveis por transmitir suas observações para gestores públicos e trazer propostas de organização da cidade. Dessa forma, se forma a figura do médico, o "doutor", como indivíduo capaz de resolver outros males sociais, além de trazer a cura para enfermidades físicas (CREDIDIO, 1987).

Nesse contexto, a medicina em seu desenvolvimento entenderá que a doença é aquilo que afeta o corpo e se origina externamente, por vírus e bactérias. Esta forma de pensar é a mesma que Hahnemann aprenderia em seus cursos de medicina na

Alemanha. No entanto, após clinicar esta prática e trabalhar em hospitais, ele ficaria incomodado pela pequena amplitude da cura pela medicina alopática, além de se assustar com o tratamento desumano ministrado em hospitais psiquiátricos, os ditos "manicômios" da época. Com isso, buscou se aprofundar em seus próprios estudos e temas de interesse que acreditava que trariam outros elementos para sua clínica. Debruçou-se, então, no estudo de temas como harmonia e equilíbrio, com base em Paracelso, doença como desequilíbrio do organismo, com base em Sthal, e remédio em altas diluições, com base em Van Helment. A sua epifania dentro de uma gênese da homeopatia, 37

no entanto, aconteceu com os trabalhos de Cullen, médico escocês que fazia uso da Quina no Peru, uma substância para tratar febres. A partir daí, faz a sua síntese de uma teoria homeopática e chega à noção de que é necessário se testar o medicamento em uma pessoa sadia para verificar o que o mesmo causa para que, assim, possa se perceber o que aquela substância pode curar. Tal ideia fundamental, percebida através de Cullen, é a de que para se conhecer o efeito preciso de um medicamento no organismo, deve-se aplicá-lo a uma pessoa sadia (e não doente), já que, se aplicado a um doente, seus efeitos se confundiriam com as reações orgânicas anteriores, do próprio desequilíbrio orgânico. (CREDIDIO, 1987 p. 19). Esta será a base metodológica de Hahnemann para seus estudos. A partir da noção de que uma substância pode curar aquilo que pode causar e que pode gerar os sintomas daquilo que se pretende curar, o médico experimentará em si e em voluntários, familiares e discípulos, diferentes substâncias para perceber seu princípio ativo e os sintomas a elas associados para perceber como poderiam ser utilizadas na cura de doenças com sintomas semelhantes. Esse método, após aperfeiçoamento durante o tempo, ainda é utilizado atualmente dentro das pesquisas homeopáticas.

Dos princípios da Homeopatia

A partir de suas pesquisas, Hahnemann pode cunhar a sua teoria e experimentá-la em diversos momentos. Isto, ao longo de sua vida, lhe trouxe renome positivo e negativo. Devido a sua maneira de entender a doença e o medicamento, como abordaremos adiante, ser diferente e, muitas vezes diametralmente oposta àquilo que era pregado pela medicina, perdeu muitos empregos e foi perseguido por seus colegas de profissão. Ao mesmo tempo, auxiliou a muitos e ensinou sobre essa nova vertente a grande número de discípulos. Ao mesmo tempo em que foi perseguido, foi protegido por diferentes pessoas que viam em suas ideias uma opção viável de cura e de medicina. A sua teoria homeopática se encontra disseminada por toda obra de Hahnemann, mas tem sua fundação com a obra Organon da arte de curar, de 1810, em que discorre sobre a teoria da homeopatia em forma de

aforismos e notas sobre os mesmos. A teoria homeopática contida no Organon se baseia em quatro princípios: a) princípio da semelhança ou lei dos semelhantes; b) Experimentação; c) Microdose ou dose mínima; d) Remédio único.

A) A Lei dos Semelhantes: Aquilo que pode provocar uma doença ou um sintoma é aquilo que tem a potencialidade da cura. A lei dos semelhantes é extraída dos estudos que Hahnemann realiza sobre Hipócrates, considerado o pai da medicina e que viveu entre 460 a 350 a.C. Para ele, as substâncias se dividiriam em semelhantes e contrários no momento da cura. A doença é produzida por aquilo que lhe é semelhante e este mesmo semelhante poderia curá-la. Um de seus seguidores, Galeno, que viveu no século II a.C., se interessará mais pela teoria dos contrários e pela visão de que aquilo que é doença é contrário à saúde, então a cura deveria vir daquilo que se opõe aos sintomas. Essa visão ainda é muito comum na medicina alopática atualmente. Galeno cunhará a medicina baseada nos "ANTIS", o antiinflamatório, antialérgico etc., por se basear no entendimento de que aquilo que é contrário ao sintoma que o corpo apresenta pode desaparecer com o sintoma. Quem retomará a teoria dos semelhantes de Hipócrates será Paracelso, que vive entre 1493 e 1541. Buscará um estudo mais experimental e dedutivo de associação entre formas e cores e algumas doenças. Para exemplificar, em tratamento de reumatismo, Paracelso utilizava a casca do Salgueiro, cujos troncos eram semelhantes às nodosidades e alterações produzidas no ser humano por esta enfermidade. Coincidência ou não, até hoje se utiliza este tratamento, pois do Salgueiro é que se retira a Salicina, produto utilizado no Ácido Acetil-Salicílico (A.A.S.). (CREDIDIO, 1987, p. 24). Apesar de o princípio de semelhança utilizado por Paracelso ser diferente da forma de semelhança utilizadas por Hahnemann, será ele que retomará as teorias de Hipócrates e agregará a ela um método de experimentação mais atualizado a seu próprio tempo. O princípio de semelhança, porém, se concretiza com os estudos de Hahnemann. Esses estudos se relacionavam, como já dissemos anteriormente, com as publicações de William Cullen, médico que tratou a malária com a Quina, planta nativa das américas. Hahnemann traduziu seus escritos e se interessou pelo tratamento realizado, mas discordou das conclusões. A partir do que estudou e da Lei dos Semelhantes, começou a aplicar em si mesmo doses da Quina e, após certo tempo, percebeu que se desenvolveram os sintomas da malária. "[...] deduziu, então, que o remédio era capaz de reproduzir experimentalmente os sintomas similares, "semelhantes" àqueles que esse medicamento propunha combates." (CREDIDIO, 1987, p. 25). Com isto, o autor cunhará a principal base da homeopatia, que é a semelhança. E, associada a ela, a noção de patogenia, que será a substância capaz de gerar a doença ou os sintomas associados à determinada doença. Com a ingestão regularmente crescente de princípios ativos em indivíduo sadio obtém-se um sintoma ou um conjunto de sintomas produzidos artificialmente. Existe então a semelhança ou similitude destes sintomas artificiais ou patogenéticos com as manifestações clínicas de uma doença. (CREDIDIO, 1987, p.25).

B) Experimentação: A partir da Lei de Semelhança, o princípio da experimentação logo se desenvolve. A experimentação se baseia em administrar doses controladas em grupos de pessoas saudáveis a fim de verificar quais os sintomas que apresentarão e procurar a cura para uma doença que lhe sejam semelhantes. Os grupos são selecionados de forma rigorosa, sendo grupos étnicos, por divisão sexual, de classe, alimentação etc.. Esse tipo de procedimento permite ao homeopata compreender a totalidade dos sintomas e sensações que os medicamentos podem gerar bem como cruzar com os dados que os pacientes apresentam quando enfermos, o que possibilita uma escolha mais adequada e individualizada do tratamento. Essa abordagem experimental permite um maior controle do homeopata sobre o tratamento e evitar o surgimento de sintomas patogenéticos e colaterais.

C) Micro dose ou dose mínima: Dentro desse princípio se encontram as dinamizações e diluições características da homeopatia. Através da experiência com diluições, chega a um grau onde concretamente toda a matéria-prima original utilizada havia desaparecido na solução, permanecen38

do uma concentração energética do produto original: o dinamismo do átomo, cujo poder e ação permitiriam desencadear uma reação potente pelo organismo até seu reequilíbrio. Para a homeopatia, quanto maior a diluição (e menor a quantidade de matéria), maior é o seu poder curativo, por ser maior o seu dinamismo atômico. A partir de uma medição bem feita do desequilíbrio orgânico, colocando-se o fluido vital em harmonia com o organismo, este é capaz de apoiá-lo em sua recuperação, estabelecendo-se a cura. Diferentemente do medicamento alopata, onde grandes doses de remédio tóxico são introduzidas como "bombas" na destruição dos corpos "inimigos", tendo-se pouco controle sobre seus efeitos no organismo propriamente dito e nas possibilidades de desequilíbrio. (CREDIDIO, 1987, pp. 19-20) A base para a diluição é o entendimento de que não é propriamente a matéria do medicamento que pode estabelecer a cura do indivíduo, mas sim de que a carga vibracional imposta aos átomos pode guardar a informação do medicamento e produzir a cura a partir da interação com esta informação. Apesar de alguns argumentarem que com a ausência de matéria, o efeito da homeopatia seria psicológico, os métodos da experimentação anteriormente citados e da própria noção de armazenamento de informações nos átomos permite constatar o contrário.

D) Remédio único: O remédio é tão único, para

Hahnemann, quanto o próprio paciente. Como se baseia em Hipócrates, e este entende que não existem doenças e sim, doentes, não seria possível, dentro de sua teoria, a administração de múltiplos medicamentos de uma vez. Para ele, deve-se buscar o similimum do paciente, a partir de sua constituição física, familiar, moral, psíquica, social etc. O similimum é um “sósia” do paciente e é ele que possibilitaria o retorno ao equilíbrio total do indivíduo. Com o indivíduo em equilíbrio total, não haverá possibilidade de doenças; já que estas são entendidas não como uma agressão externa ao indivíduo, mas como um momento de fragilidade e de desarmonia do paciente, como veremos adiante. FAGUNDES (2012) atualiza a ideia do remédio único lembrando das inúmeras facetas de nossa mente e emoções, já que somos uma mistura 39

de interferências sociais, biológicas, químicas dificultando o encontro deste simillimum e trazendo ao homeopata contemporâneo a dificuldade de descascar a cebola de um ser humano atual tão contaminado e marcado por patogenesias diversas. Estarmos com a mente limpa e os pensamentos livres é mais do que não seguirmos o que nos impõe a mídia impressa ou falada, é estarmos com nossa colcha de retalhos e níveis ótimos de equilíbrio para podermos deixar aflorar quem realmente somos, sem a influência de todos os padrões que nos foram repassados pelos antepassados. (FAGUNDES, 2012, p. 19). Dessa forma, buscamos trazer os primeiros momentos e as partes fundamentais da ciência homeopática e do seu fundador. A partir desses entendimentos, de onde se origina a homeopatia, como um discurso opositor a medicina alopática convencional ao Ocidente, tanto por seu surgimento como pela forma como lida com a doença e o medicamento, pode-se perceber de onde derivam os conflitos entre estas duas. A medicina alopática possui grandes conquistas dentro de seu entendimento de corpo e doença, assim como a homeopatia. No entanto, a forma hegemônica como o discurso da medicina alopática se coloca em nossa sociedade traz complicações para as demais formas de saber sobre cura, doença e indivíduo.

Dentro de nosso tema proposto para este trabalho, a vacinação, reconhecemos que a medicina alopática teve grande êxito no controle de grandes epidemias no passado e no presente. No entanto, a homeopatia também possui grandes feitos dentro dos espaços em que é aceita e aplicada de forma séria.

Seção 2 – A doença na visão homeopática

Para Moreno, um sintoma é um processo de tratamento natural do corpo (MORENO, 2013). A chamada doença é uma tentativa do organismo de eliminar a noxa adoecedora, ou seja, aquilo que desencadeia o sintoma. Seria um processo eliminatório de toxinas físicas, mentais e emocionais, o que, mais uma vez, nos remonta a Hahnemann, quando afirma que não existem doentes e sim

doenças. Para que possamos compreender o que a homeopatia sustenta como conceito de cura, é necessária uma revisão do conceito de enfermidade. O primeiro postulado da medicina alopática é crer que a enfermidade é um processo patológico localizado em um órgão, sistema ou tecido do organismo e que a ele se deve o processo de adoecimento e que, portanto, ao se extirpar este órgão ou invasor, se cura a enfermidade. Outra concepção é que ela desconsidera o fator tempo ou continuidade dos sinais/sintomas como se eles fossem sempre isolados ou independentes, não vendo a continuidade de um mesmo evento em diversas épocas do mesmo indivíduo vestindo diversas roupagens, mas mantendo sua origem. No livro Homeopatia, Pablo Paschero traz a seguinte colocação:

Não existe nenhuma dificuldade, para o médico com imaginação, em compreender que a vida está regida por um princípio de unidade sintética que coordena e organiza todas as partes do organismo em uma sinergia funcional perfeitamente correlacionada entre os elementos histológicos, humorais, hormonais e psíquicos do indivíduo, de tal maneira que não se pode separar nenhuma parte do conjunto. Se bem cada átomo, cada molécula, cada célula ou cada órgão do corpo mantenha em sua forma e função uma certa autonomia como unidades analíticas com propriedades específicas, cada uma delas, o sentido de sua existência está dado pelo agrupamento, concorrência, organização coletiva, subordinação recíproca, que determina a realização de uma unidade sintética. (PABLO PASCHERO, 1983, p. 40). A pessoa humana se forma a partir desta união encadeada, regulada pelo nosso sistema nervoso, que funciona como um sistema regulador. Tudo na natureza funciona como um sistema perfeito, união entre o todo e as partes. Um exemplo desta união inteligente e encadeada é o próprio sistema nervoso. Ele funciona como uma unidade, mas é sua função é exercida por células livres, como os fagócitos, que não têm conexão anatômica como o sistema nervoso, mas conseguem enviar mensagens para que a central dispare elementos que protegerão o organismo de alguma invasão externa. Essa ação coordenada e inteligente demonstra a existência de uma força vital que anima e coordena as ações. A separação entre psicológico e fisiológico deveria ser didática e não conceitual, já que todo o psicológico é biológico e vice-versa. A energia vital se entrelaça com o sentido psicológico da vida e, é afetada e afeta o ser de pela maneira como este vivencia sua existência. Este estado primário de enfermidade total, esta alteração dinâmica da energia vital em seu plano de organização e harmonização entre as diversas partes do indivíduo e do indivíduo com o cosmos, este desiquilíbrio puramente funcional do indivíduo como pessoa deu origem a muitas teorias sobre a constituição, as diáteses e o temperamento. Pablo Paschero traz a seguinte citação:

A falta de uma visão integral e total do enfermo fez com que se desenvolvesse um verdadeiro virtuosismo no diagnóstico analítico e se construísse uma portentosa nosografia patológica em que se descrevem entidades clínicas como enfermidades dos rins, do coração, dos pulmões, do aparelho digestivo ou das artérias, como se os órgãos pudessem estar afetados sem que o resto da economia não participasse em sua totalidade do mesmo processo mórbido e como se estas entidades clínicas fossem enfermidades distintas, desconectadas portanto, como acidentes fortuitos, não somente do contexto geral do organismo senão da vida inteira do enfermo como pessoa humana. (Ibidem, 1983) 40

O que se relaciona com a colocação de Hahnemann (aforismo 9):

En el estado de salud, la fuerza vital (autocrática) que dinámicamente anima el cuerpo material (organismo), gobierna con poder ilimitado y conserva todas las partes del organismo en admirable y armoniosa operación vital, tanto respecto a las sensaciones como a las funciones, de modo que el espíritu dotado de razón que reside en nosotros, puede emplear libremente estos instrumentos vivos y sanos para los más altos fines de nuestra existencia. (HAHNEMANN, 1995, 77-80, versão kindle).

Podemos depreender, do exposto acima, a visão de unicidade que permeia a Homeopatia. A energia vital é o elo encadeador de todos os processos que ocorrem no organismo. Também na visão psicológica se afirma a existência de um elo que une o mundo subjetivo ou o inconsciente, com as situações que o indivíduo vivencia em seu dia a dia, já que as escolhas individuais na verdade são norteadas por aquilo que existe em nosso mundo interno. Em oposição ao pensamento homeopático, de síntese, temos o pensamento alopático, focado na análise. A Medicina analítico-patológica entende que a localização mórbida manifestada se constitui como a enfermidade a ser tratada, diferentemente da homeopatia, que entende o sintoma como um elemento da enfermidade, mas não a enfermidade em si. E, ainda, que a aparição de uma enfermidade aguda implica sempre uma extensa preparação latente. De forma que poderíamos dizer que todo processo mórbido tem incubação, que existe um estado pré-tuberculoso ou pré-cancerígeno, estados estes que Hahnemann foi o primeiro a decodificar após anos de intensa procura e pesquisa, e que são os chamados Miasmas.

Há uma forte resistência a aceitação de que as enfermidades infecciosas não aparecem pelo ataque de um micro-organismo, os quais enxameiam a nossa volta, de todos os tipos, espécies e mutações e sim, quando se formam as condições necessárias. A homeopatia busca entender a doença a partir desta última análise, do surgimento da mesma a partir de elementos que constituem o indivíduo, física, mental e energeticamente. A resistência a que nos referimos, aqui, refere-se à hegemonia da medicina alopática em sua explicação sobre o que é a doença, como elemento externo ao corpo a ser combatido. Devido a essa resistência, muitas vezes, é dificultoso explicar como a homeopatia atua e como entende a doença como elemento de desequilíbrio do indivíduo, e que sua cura virá a partir do reequilíbrio das forças vitais do indivíduo mesmo. Esse processo de reequilíbrio necessita muitas vezes de ajuda externa, não para combater apenas os agentes patológicos externos e, sim, para permitir ao corpo retomar suas forças para combater estes agentes e se fortalecer a fim de não mais adoecer. Hahnemann cunhará o termo miasmas para tratar dos sintomas desta disposição vital latente, padrão energético que determina características físicas, reacionais, psicológicas e mesmo sintomáticas. É uma entidade dinâmica que pode ser transmutada em várias facetas de acordo com o estilo de vida do indivíduo e as interferências do meio onde ele se encontra E a doença é, então, entendida como um sinal de que algo vai mal com a energia vital. Isto, não necessariamente, terá uma origem fisiológica. Pelo contrário, em sua grande maioria as chamadas doenças têm origem em algum evento traumático que desestrutura a homeostase psíquica do indivíduo.

Ahora bien, como en una enfermedad, de la cual no haya causa excitante o sostenedora evidente, que remover (causa ocasional), no podemos percibir nada más que los síntomas, deben (teniendo en cuenta la posibilidad d un miasma y las circunstancias accesorias) ser sólo ellos el medio por el cual la enfermedad pide e indica el remedio conveniente para aliviar; y aun más, la totalidad de los síntomas de esta imagen reflejada al exterior de la esencia interior de la enfermedad, es decir, de la afección de la fuerza vital, debe ser el principal y único medio por el cual la enfermedad da a conocer el remedio que necesita, la sola cosa que determina la elección del remedio más apropiado, y así, en una palabra, la totalidad de los síntomas debe ser la principal y verdaderamente única cosa de que el médico debe ocuparse en cada caso de enfermedad y removerla por medio de su arte, de modo que transforme en salud la enfermedad. (HAHNEMANN, 1995, 66-74, versão kindle).

Como a medicina alopática não pode vincular, a partir de seu entendimento do corpo e da doença, a lesão aparente com uma dinâmica interior latente, considera que a patologia em questão é um fenômeno negativo, desprovido de sentido ao que será necessário eliminar, algo estranho à vida, algo que se opõe à fisiologia normal, que será necessário suprimir. Diferentemente, para a homeopatia, a enfermidade é intensificação do processo vital para fixar, materializar e resolver um desequilíbrio da energia vital. E este processo se materializa nas áreas periféricas do corpo, a fim de que a cura se faça em camadas e que se afaste de órgãos vitais as enfermidades. Com as terapias supressivas, a doença se interioriza e passa a atingir os centros da energia vital (VITHOULKAS,1981). A supressão da lesão patológica ou uma correção parcial do processo mórbido determina a aparição de metástases em outro setor, sob outras formas, com outra forma de enfermidade. Por exemplo: a asma depois da supressão de um eczema; cardiopatias que aparecem após uma cura aparente de enfermidades reumáticas. E, o mais grave, por atingir outras instâncias do indivíduo, é que muitas supressões aparentemente físicas deixam suas marcas nas metástases mentais, desde as neuroses fóbicas até as psicoses irreversíveis, que são produzidas por supressões de manifestações somáticas. (PABLO PASCHERO, 1983, p. 78) Moreno afirma que o ser humano alcançou um estágio lastimável de desorganização mental e emocional devido aos anseios da vida moderna. O número de crianças com distúrbios emocionais cresce assustadoramente, enquanto os adultos com suas ansiedades e conflitos com temor de serem enquadrados em sintomas de estado maníaco-depressivos, esquizofrenias, neurose obsessiva compulsiva, paranóia, etc. (MORENO, 2013, p 101). 22 Assim, como Hahnemann coloca:

El organismo humano demuestra la aptitud de ser mucho más poderosamente afectado en el estado de salud, por las medicinas (en cierto modo porque tenemos la facultad de regular las dosis), que por las influencias morbíficas naturales; pues las enfermedades naturales se curan y vencen con medicamentos apropiados. (HAHNEMANN, 1995, 187-190, versão kindle)

Com uma visão mecanicista sobre a base de uma estruturação fisico-química das mudanças humorais, não se pode compreender o sentido dos fenômenos de substituição mórbida com manifestações tão distintas como é o caso da transformação de um eczema em asma ou uma neurose de angústia em úlcera de estômago. Não existe dentro desta visão uma correlação fisiológica explicável, como existiria, por exemplo, dentro da Medicina Tradicional Chinesa ou na Medicina Ayur-Védica, que possui uma concepção vitalista da saúde e doença, o que explicaria as transformações dos sintomas. Somente se explica e compreende estas migrações sintomáticas quando se tem por fundamento cognitivo a Energia 42

Vital, que segue as leis que regem a conservação de energia cósmica em todos os seus aspectos, tanto telúricos quanto vitais, fixando e derivando por indução o processo vital do centro até a periferia, como ocorre com os átomos e as estrelas. No Organon, parágrafo 23, Hahnemann explica:

23- Todas las experiencias puras, y todas las investigaciones cuidadosas nos demuestran que los síntomas persistentes de las enfermedades lejos de ser removidos y destruidos por los síntomas opuestos de las medicinas (como en los métodos antipático, enantiopático o paliativo) reaparecen, por el contrario, después de un alivio transitorio y aparente, con mayor intensidad y manifiestamente agravados. (HAHNEMANN, 1995, 151-154, versão kindle)

Os movimentos da energia do ser humano, como unidade vital, são regidos pelas mesmas leis que regem a atividade da energia de todas as criaturas e criações do universo. A isto se denomina Lei de Cura, que é uma parcela da lei universal de conservação de energia. É a Vix

Medicatrix hipocrática, ou a capacidade do organismo de curar a si mesmo, de preservar o equilíbrio psíquico homeostático do organismo, uma corrente eferente de energia que emerge do primeiro instinto de vida, da vontade de amar e ser amado, da integração com o mundo. Deriva do aparato muscular até a superfície da pele, uma vontade de harmonia como os elétrons em um átomo. Toda vez que esta corrente excêntrica é interferida, se produz um bloqueio da energia em um órgão ou setor da economia corporal e se desenvolve como lesão patológica. O indivíduo tem então uma patologia aparente, uma manifestação física, em última instância, uma perda da liberdade. A restauração da circulação livre da energia vital na superfície, na mente, na ação muscular, ou seja, em todo o organismo, é o grande objetivo homeopático, é a vigência da Lei de Cura para que o ser consiga atingir os altos fins de sua existência. 43

En el estado de salud, la fuerza vital (autocrática) que dinámicamente anima el cuerpo material (organismo), gobierna con poder ilimitado y conserva todas las partes del organismo en admirable y armoniosa operación vital, tanto respecto a las sensaciones como a las funciones, de modo que el espíritu dotado de razón que reside en nosotros, puede emplear libremente estos instrumentos vivos y sanos para los más altos fines de nuestra existencia. (HAHNEMANN, 1995, 77-80, versão kindle).

Tudo o que terapeuticamente se faça para resolver um problema local, sem que o sentido do sintoma seja compreendido não passa de uma interferência ao esforço da força vital em sua atividade curativa. Hahnnemann chamou “Psora latente” a esta perturbação da força vital, que implica uma ruptura do equilíbrio interno em sua relação com o ambiente externo. O medicamento homeopático não faz senão estimular a força vital para restaurar a vix medicatrix sob a influência das leis universais de cura, ou seja, solucionar a perturbação psórica, e que de preferência isto seja feito através do simillimum do paciente. Curar, no sentido homeopático, tem o significado de retificar a vix medicatrix em sua dinâmica vibratória e conseguir com que o enfermo em estado de homeostase que lhe permita cumprir o que Hahnemann chamava de “altos fins da existência”. Suprimir os sintomas com medicamentos locais focados no momento patológico, sendo estes alopáticos ou homeopáticos, sem que se haja alcançado em profundidade o que é digno de cura, é considerado pelos homeopatas como uma transgressão. Por isso, a anamnese homeopática é considerada uma arte, que precisa ser refinada e arduamente treinada, para que possamos atingir a essência do ser e levar até ele o estímulo que lhe está faltando. Diferentemente da medicina alopática, é fundamental que o homeopata tenha uma profunda formação filosófica a respeito dos pilares que embasam a Homeopatia.

Muitos homeopatas falham ao se focarem apenas na clínica e seus sintomas, esquecendo que, através da compreensão do que é digno de cura no paciente, é que verdadeiramente atingiremos o cerne da questão: aquilo que o paciente traz no mais profundo de sua alma, e que originou o bloqueio na energia vital. Sem esta visão profunda, nos concentraremos apenas nos sintomas e sua cura, trazendo um alívio superficial e efêmero que tanto sucesso faz nos indivíduos apressados que buscam um analgésico, um antitérmico, sem se preocuparem com os excessos em todos os níveis que causam o desgaste do sistema imunológico. Sem a visão de profundidade continuaremos nos baseando em remédios para a superfície do corpo. A escola galênica, apoiada pelo dogma pasteuriano com o reinado do mundo dos micróbios como causa essencial da enfermidade, criou gerações de médicos materialistas cuja preocupação é achar o vírus, bactéria ou agente patológico responsável pelo adoecimento, minimizando a importância do dinamismo que põe em jogo o organismo para solucionar o processo mórbido, e ignorando o vitalismo que embasa o ser.

Um dos mais importantes momentos na visão e consulta homeopática é a individualização, pois neste momento se faz mais uma importante diferenciação com a medicina alopática. Na mente do homeopata deve estar a ideia de que o quadro sintomático que o enfermo traz precisa ser integrado com um contexto muito mais amplo, com sua história, seus gostos e aversões, seu tom de voz ao narrar essa história. Isto se faz necessário pelo entendimento do indivíduo em três níveis: mental, físico e energético, o que leva a uma maior complexidade da homeopatia e de seu tratamento. Ao entender o ser humano como ser multidimensional, e que estas dimensões são intrinsecamente conectadas, a homeopatia precisa cruzar referências para aplicar a medicação correta para aquele indivíduo específico. Daí a busca do similimum, a fim de reequilibrar este paciente para que o mesmo atinja a cura em todas as suas dimensões. Faremos agora uma abordagem mais aprofundada do mecanismo da febre com o intuito de desmistifica-la enquanto algo negativo, como costuma se pensar cotidianamente, e o faremos em quatro etapas: conceitos gerais; a visão homeopática da febre; quando interrompê-la; convulsão febril.

Conceitos gerais: A Febre, também conhecida como Pirexia, é um aumento na temperatura corporal basal para níveis acima de 37º C, sendo é uma reação do corpo para indicar um contato com algum tipo de agente agressivo. Este é um mecanismo adaptativo, e a sensação ruim que o indivíduo sente faz com que ele descanse, poupando a energia que será usada em sua luta contra este agente. Ela está presente em vários tipos de distúrbios, mas, principalmente, entre as infecções e processos inflamatórios, que podem ser independentes de infecções. Até certo ponto, é considerada um mecanismo benéfico, que auxilia na monitoração do estado de um paciente. É um sinal de que alterações na homeostasia dos processos de liberação de calor corporal estão se intensificando e se desajustando. Mais comumente, quando falamos de febre, falamos de inflamação, não só pela manifestação do aumento da temperatura corporal, mas também, pela presença de substâncias importantes que são o gatilho inicial e a amplificação do estado inflamatório.

Existe um grupo de moléculas, proteínas, chamadas citosinas, que estão envolvidas no mecanismo de transmissão de sinais entre os neurônios durante o desencadeamento das respostas imunes, e também fazem ligações entre células não relacionadas ao sistema imunológico. Algumas citosinas são produzidas por leucócitos, mas não exclusivamente, liberadas na circulação sanguínea e se espalham pelo organismo. Ambas produzem febre ao interagirem com seus respectivos receptores vasculares no centro termorregulador do hipotálamo, popularmente faz-se analogia, denominando-o termostato. Este é um 44

mecanismo bem complexo, onde uma citosina chamada IL-1 pode também ser induzida por outra citosina, chamada IL-6, o que leva à fase aguda da inflamação e isto leva a transmitir a informação ao hipotálamo anterior, passa pelo hipotálamo posterior, até o centro vasomotor. Isto resulta em estimulação simpática e vasoconstrição cutânea e, por conseguinte, redução da dissipação do calor, ou seja, febre.

Nesta imagem, vemos com detalhes o Hipotálamo. Esta área é extremamente irrigada (vários capilares próximos) e é muito sensível a certas proteínas que são precursoras da febre. Essas proteínas são os chamados Pirogênios, que podem ser exógenos ou endógenos. Os pirogênios são proteínas derivadas dos lipídios (polissacarídeos e peptídeos) associadas às células de defesa, os leucócitos, direta (endógeno) ou indiretamente (exógeno).

Os Pirogênios Endógenos são proteínas chamadas termolábeis, ou seja, não resistentes a temperatura, produzidas por uma classe de leucócitos denominada monócitos. São liberadas na corrente sanguínea, onde vão atuar diretamente na área pré-óptica do hipotálamo, estimulando-a para a liberação de novas proteínas que serão responsáveis por um conjunto de modificações fisiológicas para aumentar a temperatura corporal.

Já os Pirogênios Exógenos são proteínas de alto peso molecular e termorresistentes, associadas a bactérias gram negativas geralmente, porém também associadas a outros microrganismos. São conhecidas também como citocinas. Estas duas proteínas podem, então, estimular a área pré-óptica do hipotálamo (APO) quando são produzidas e liberadas na corrente sanguínea. O pirogênio exógeno não estimula diretamente a APO, mas estimula os leucócitos, e estes em seguida produzem os pirogênios endógenos que atuam na APO.

Chegando à APO, as células sensíveis aos pirogênios estimulam uma rede de neurônios, que se concentram também nesta região, e, assim, iniciam a produção de novas moléculas que serão liberadas no sangue. Estas novas moléculas (IL-1, IL-6, TNF) são produtos do Ácido araquidônico (AA), um importante ácido que está presente nas membranas das células corporais. E o que são as IL-1 e IL-6? Ambas são interleucinas, proteínas produzidas pelos leucócitos. A IL-1 é produzida pelo macrófago, sendo capaz de produzir defensinas, moléculas produzidas por leucócitos e por células epiteliais, ricas em cisteína, e que possuem atividade antimicrobiana. São também capazes de ativar novos linfócitos para produzirem também novas interleucinas, além de estarem estritamente relacionadas com a febre. As defensinas funcionam como um antibiótico natural. Já a IL-6, também produzida pelo macrófago, tem a função principal de aumentar a produção de leucócitos na medula óssea, atuando no hipotálamo também quando relacionada com o estado febril, estimulando a produção de citocinas. A TNF, por sua vez, é uma proteína expressa nas membranas das células de defesa associada a inflamações.

Todas essas células vão atuar, neste caso, no aumento da atividade do sistema imunológico, bem como diretamente no hipotálamo para ativar os mecanismos secundários que irão ocasionar a febre. Chama-se o ponto de equilíbrio da temperatura corpórea de Set Point. Depois da ativação desta região, mecanismos secundários serão envolvidos, atuando então no Set Point, provocando modificações diversas na corrente sanguínea, como a vasoconstrição para conservação do calor, além do aumento da atividade do sistema imune estimulando a produção de citocinas derivadas da ação exercida pelo pirogênio exógeno (vindo de uma infecção bacteriana, por exemplo) ativando os leucócitos e produzindo os pirogênios endógenos.

Em resumo, o calor da febre é provocado, principalmente, porque ocorre a vasoconstrição, ou seja, a diminuição do calibre dos vasos sanguíneos, e o fluxo sanguíneo constante num espaço menor aumenta o calor. Assim, o calor corpóreo fica retido no organismo e é muito mais difícil de ser perdido, porque na vasoconstrição os capilares se distanciam da pele, o que diminui o fluxo de calor para o meio externo. Conservando o calor, aumenta-se a temperatura corpórea e os organismos patogênicos tendem a morrer. O "abaixar" febre representa diminuir em "plena batalha" e na iminência da vitória, os anticorpos responsáveis pela defesa do organismo. Representa um rebote falso, uma agressão contra a homeostasia, que segundo o fisiologista norte-americano Walter Bradford Cannon, criador do conceito de homeostase - é a "propriedade hereditária do ser vivo de perdurar no tempo, mantendo o equilíbrio morfológico e funcional das suas células e tecidos" (apud BATTELLO, 1994).

A homeostasia, por sua vez, é mantida por outra propriedade hereditária: a autorregulação, que se manifesta, por exemplo, quando a temperatura do ambiente é elevada, provocando uma dilatação dos capilares a fim de se eliminar calor do organismo. A homeostasia e a autorregulação constituem os mecanismos de adaptação de um organismo aos diversos agentes externos, influindo, assim, não só na época da manifestação de uma moléstia, como também na forma como essa moléstia irá evoluir e de que forma este organismo deverá ser tratado.

A febre, bem como os sinais que a caracterizam, tais como sudorese, calafrios etc., fazem parte da tentativa do organismo de manter a sua homeostasia e autorregulação frente à agressão e alteração que está sofrendo. Dos sinais que caracterizam a febre, a sudorese se processa através do mecanismo de vasodilatação, quando o organismo não necessita mais da febre para vencer o agente agressor. O calafrio, pelo contrário, representa uma tentativa do organismo, através da sua autorregulação, de manter o calor, pela vasoconstrição. Este mecanismo é de fundamental importância na defesa contra uma infecção viral, por ser um dos únicos mecanismos próprios de que o organismo dispõe contra a ação dos diferentes vírus que acometem o ser humano.

A visão homeopática da febre: É atribuído a Parmênides o seguinte aforisma: "Dá-me uma febre, que curarei qualquer doença" (DAHLKE, 2000, p.99). Costuma-se dizer, em Medicina Organicista, que ninguém fica doente do que quer e, sim, do que pode, isto é, em função de quais sejam os seus órgãos de menor resistência, ou seja, aqueles que nasceram mais fracos. Batello cita os casos do Prof. Maffei (apud BATELLO, 1994, p. 43), quando provocava febre artificial em pacientes "desenganados", principalmente os desnutridos, alcoolistas e crianças portadoras de moléstias infecciosas que cursam sem febre. Nestes casos, quando a febre ocorre, aumenta a chance de sobrevivência desses pacientes, caso contrário, evoluem sempre de forma fatal. Celso Batello explana sobre a febre:

A febre, porém, constitui a reação dos mecanismos do organismo ao agente mórbido, pois o aumento da temperatura estimula a atividade fagocitária dos leucócitos e a produção de anticorpos, atestado pelo aumento das gamaglobulinas. O que está em relação com o aumento da destruição das toxinas bacterianas. De fato, nos indivíduos desnutridos, como acontece nos alcoolistas, as moléstias infecciosas evoluem sem febre e até com hipotermia e, por isso mesmo, são sempre fatais. São também graves as moléstias que em certos indivíduos evoluem com febre baixa, quando habitualmente deveriam ter febre elevada, demonstrando a precariedade dos seus mecanismos defensivos. Por isso mesmo, diversas moléstias são tratadas provocando-se febre artificial, pela injeção de substâncias dotadas destas propriedades. Não obstante, se a febre for excessivamente elevada, acima de 40ºC, já passa a ser patológica, pois está indicando que os centros termorreguladores não conseguem mais controlar a temperatura do organismo, e então resultam alterações graves dos diversos órgãos e até a morte. Como a febre representa o descontrole do centro termorregulador do hipotálamo, não se deve dar banho no doente, principalmente quando se trata de criança, pois, devido à labilidade dos mecanismos da adaptação, nesses casos, pode resultar colapso e morte. (BATELLO, 1994 p. 43).

Ainda segundo Maffei,

[...] as crises se manifestam por ocasião de uma moléstia infecciosa ou intoxicação, fato este que se verifica em certas crianças, sendo então atribuídas à febre e, por isso, comumente designadas convulsões febris, conforme se vê, as convulsões, nesses casos, são consideradas como sintoma da moléstia, mas, na realidade, trata-se de heterozigotos epilépticos e a infecção é apenas o desencadeante das crises. (apud BATELLO, 1994, P. 43)

Portanto, para a Ciência Homeopática a febre não é o grande inimigo, embora muitas vezes ela possa ser desconfortável. É de fundamental importância que os homeopatas saibam com detalhes como se processa o mecanismo da febre para que possamos com segurança orientar os pacientes. Ainda, é preciso preparar os pais para entenderem os mecanismos de autocura do corpo de seu filho, para que, amparados pelo terapeuta homeopata, possam minimizar os desconfortos e permitir que o corpo se beneficie desse processo. O nível de sofrimento é o indicativo de quanto se pode tolerar a febre. Dor intensa, vômitos, delírios, ou letargia intensa indicam que é hora de procurar auxílio para que se possa manter controle de como se apresentam os efeitos da febre, a fim de causar menos desconforto no corpo e produzir a cura almejada.

Quando interromper a febre: A febre até 37,5º C, também chamada subfebril, significa que estão em atividade apenas algumas defesas humorais que nem sempre conseguirão sanar o problema, o que pode resultar em temperaturas mais altas, para que a reação de defesa possa ser executada com sucesso. Febre até 38,5º C estará indicando que houve uma mobilização celular mais intensa, ou seja, os mastócitos entraram em ação liberando mensagens químicas que aumentarão em até 20 vezes a capacidade de defesa. Quando o organismo atinge uma temperatura até 39,5º C ou 40º C estará indicando que os linfócitos já foram acionados. Quando a febre estiver acima de 40,5º C, aí já é preciso cautela, pois algo está

atingindo o centro regulador de temperatura interna – o hipotálamo. Geralmente são infecções mais graves e nestes casos poderá ser utilizado um antitérmico. É muito importante que o Homeopata prepare seu paciente para lidar com sabedoria com este instrumento tão delicado e fundamental do processo de cura, pois o corpo humano é plenamente capaz de lidar com temperaturas até 40,5ºC. Mas, e a convulsão febril? Um dos grandes medos dos pais em relação à febre em crianças é a possibilidade de a criança convulsionar, mas isso só ocorre em quem possui tendência à mesma, e diminui à medida que o sistema nervoso central atinge a sua maturidade, principalmente através da mielinização do sistema nervoso como um todo. Geralmente, a convulsão febril ocorre em crianças de 6 meses a 6 anos de idade, nas primeiras 24 horas da febre e não deixa sequelas. Assim, a convulsão febril se instala em crianças predispostas, pois existe um pequeno local da superfície do cérebro que dispara quando a temperatura corporal aumenta muito rapidamente, por exemplo, de 36,5C a 38,5C em poucos minutos. Se a criança não tiver essa debilidade, não desenvolverá uma convulsão febril. Atualmente, mesmo a convulsão febril é considerada uma afecção benigna e sinal de que existe essa característica, que poderá ser facilmente contornada pelo medicamento homeopático que tenha similitude com a unidade psicofísica, isto é, o ser humano (MELO, 2016). Dessa forma, percebemos que a febre, como tratada muitas vezes pela alopatia, não se caracteriza como elemento perverso da doença e, sim, como um mecanismo de defesa do organismo humano a fim de combater e de se restabelecer a saúde frente ao contato do sistema imunológico com agentes patológicos. Ao mesmo tempo que deve ser controlado, tal mecanismo de defesa deve ser instrumentalizado para a cura do paciente. Essa cura deriva do respeito ao tempo de reação do organismo e do monitoramento, por pessoas capacitadas, do aumento da temperatura. O estudo dos mecanismos da febre é importante maneira de se compreender sua ação para que se evitem desgastes desnecessários ao corpo, seja com a supressão da febre, seja com o avanço indiscriminado da temperatura. A vacinação é um processo muito conhecido da sociedade atual e se relaciona com o fato de como a medicina alopática entende o corpo e como este funciona. Dentro desse pensamento, o processo de vacinação tem sentido e embasamento. No entanto, ao concebermos o corpo a partir da homeopatia, muda de figura esse procedimento, e a vacinação pode ser um processo que poderia ser substituído por outros menos agressivos. Nesta seção, buscaremos apresentar como a medicina alopática entende a vacina e o funcionamento do corpo, em particular de seu sistema imunológico, local onde a vacina atua, bem como a opinião homeopática sobre esse processo.

A vacina foi descoberta a partir das observações de Edward Jenner, médico britânico que viveu entre 1749 e 1823. Ao observar que pessoas que ordenhavam vacas não contraíam a varíola, desde que tivessem adquirido a forma animal da doença, Jenner extraiu o pus da mão de uma ordenhadora que havia contraído a varíola bovina e o inoculou em um menino saudável, James Phipps, de oito anos, em 04 de maio de 1796. O menino contraiu a doença de forma branda e logo ficou curado. Em 1º de julho, Jenner inoculou no mesmo menino líquido extraído de uma pústula de varíola humana. James não contraiu a doença, o que significava que estava imune à varíola. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001). A partir de suas observações, o médico cunharia a ideia de se imunizar indivíduos previamente à própria doença. Dessa forma os surtos epidêmicos seriam controlados, e de fato o foram, ao longo da história. A varíola e outras doenças possuem seu controle epidêmico a partir da utilização da vacina. No entanto, os efeitos colaterais dessa prática médica são graves e podem gerar consequências que acompanham o indivíduo e sua família por toda a vida, como veremos posteriormente. A vacinação tem por função estimular a ação do sistema imunológico contra um agente específico e gerar células de memória que saberão reagir quando este mesmo agente se apresentar em outro momento, não permitin48

do o desenvolvimento da doença. Os anticorpos são glicoproteínas de defesa com a função de reagir a agentes considerados estranhos ou anormais em nosso corpo, podendo, estes agentes, serem externos ou internos. O sistema produz respostas imunitárias primárias quando entra em contato, pela primeira vez, com o agente considerado nocivo. Essa resposta se caracteriza em uma adequação das células de defesa a fim de reconhecerem e agirem em defesa do organismo, buscando mantê-lo saudável. Após a extinção da doença, os linfócitos B e T que atuaram nesta defesa transformam-se em células de memória. A função de tais células é lembrar-se de como reagir a certos elementos. A intenção da vacina é estimular a produção dessas células e dessas memórias de defesa a fim de que o indivíduo, se infectado novamente por um germe (vírus ou bactéria) ativo, saiba como se proteger do mesmo. Apesar de sua boa intenção, a vacinação carrega em si a forma como a medicina alopática compreende o corpo e a cura. O ideal em que se apoia a teoria das vacinações seria a imunização total desde o nascimento a fim de evitar as doenças no organismo, o que não é possível por dois fatores. O primeiro que é necessário um sistema imunológico com certos graus de maturidade para a produção de tais células de memória, daí as vacinas terem datas e épocas específicas para serem aplicadas (PINHEIRO, 2017), como colocado a seguir. O segundo é que, para esta medicina, o foco é a doença e a causa da doença são os agentes infecciosos externos, o que difere da homeopatia, que percebe doentes e não doenças. Assim, apesar de buscar fortalecer o sistema imunológico de certa forma, a vacina acaba por forçar um sistema imunológico prematuro a reagir contra elementos que são de relativa fácil resolução a partir da homeopatia. Apesar deste adiantamento, uma seção específica do trabalho tratará este tema.

As vacinas podem ser feitas de diferentes elementos. O foco central, ao se falar de uma vacina, é a forma como o agente patológico está inserido, mas este não é o único componente da vacina, também temos adjuvantes, conservantes e antibióticos. Pode-se encontrar este agente em 49

quatro formas principais: Vacinas inativas, toxóides, imunoglobulinas e atenuados.

Vacinas inativas são aquelas que apresentam germes (vírus ou bactérias) mortos ou partes de seus organismos. Desta forma, não haveria possibilidade de contaminação com a doença, sendo considerada pela medicina alopática um tipo mais seguro de vacina. No entanto, a imunização, ou a memória da imunização, é mais baixa, necessitando de reforço, ou seja, de novas doses periódicas a fim de que o corpo se lembre de como combater os agentes infecciosos quando e se entrarem em contato com o indivíduo. Para o caso das vacinas que apresentam parte do germe, escolhe-se algum dos componentes do agente infeccioso que possibilite ao organismo o reconhecimento da ameaça e estimule o sistema imunológico a agir. Exemplos de vacinas com germes mortos: Polio; Cólera; Raiva; Influenza; Tifo; Hepatite A. Exemplos de vacinas com partes de germes: Hepatite B; Meningite; Pneumococo; HPV; Haemophilus Influenzae.

As vacinas do tipo toxóide são aquelas elaboradas a partir de toxinas produzidas pelas bactérias. Algumas reações do sistema imunológico decorrem não da bactéria em si, mas das toxinas que esta produz. A vacina é feita com estas toxinas modificadas. Porém, também possuem imunização mais baixa, necessitando, dentro desta corrente de saber, de reforço. Exemplos de vacinas com toxóides: Tétano e difteria. Já as vacinas do tipo imunoglobulina são as de imunização passiva, diferentemente das demais de imunização ativa, em que a vacina estimula a produção de anticorpos. Na imunização passiva, a vacina já é em si a própria proteção. São inoculadas células de defesa de outras pessoas ou animais com compatibilidade genética com a humana, que agem contra certas doenças específicas. Isto se faz em casos extremos em que a espera de resposta do próprio sistema imunológico do indivíduo caracteriza um risco à vida ou à saúde. A imunização deste tipo de vacina é curta, agindo somente para a infecção ou possível contaminação em curso, devendo o paciente, posteriormente, tomar a vacina adequada para

controle de novos casos. Exemplos de vacina com imunoglobulinas: Hepatite B; Raiva; Botulismo; Difteria; Tétano; Catapora – varicela; Sarampo.

As vacinas com vírus atenuado são o quarto tipo de vacina. Nesta categoria, os germes estão vivos a ponto de causar estímulos ao sistema imunológico, mas não a ponto de causarem sintomas relevantes, ou seja, sintomas graves que as doenças podem gerar. Essas vacinas, porém, devem ser ministradas em pacientes saudáveis, aqueles que não apresentem debilidade no sistema imune, como transplantados, pessoas que possuem HIV/AIDS, que utilizam drogas imunodepressoras ou que fazem quimioterapia, devido ao risco de desenvolverem a doença por falta de resposta do sistema imunológico. Costumam ter poucas doses, entre uma e duas, pois é bastante semelhante à doença e a resposta imunitária é longa. Exemplos de vacinas com vírus atenuados: Catapora; Rubéola; Caxumba; Varíola; Sarampo; Febre Amarela. (PINHEIRO, 2017).

No Brasil, são ofertadas gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) 19 tipos de vacinas que combatem 20 doenças. Anualmente, é disponibilizado o calendário de vacinas para que a população tome conhecimento do mesmo e compareça para ser imunizada. Somente em 2016, foram investidos, pelo Ministério da Saúde, R$ 3,6 bilhões de reais em programas de imunização gratuita da população (COELHO, 2017). As vacinas gratuitas podem ser visualizadas na imagem abaixo:

O calendário de vacinação de 2017 em que são relacionadas as vacinas e as idades apropriadas para que sejam administradas está abaixo:

Imagem 2 - Calendário de vacinação 2017 – Disponibilizado pela Universidade de São Paulo

No Brasil, a vacinação obrigatória teve dois momentos na história. A primeira, no famoso episódio da Revolta da Vacina, e posteriormente, com o decreto 78.231/1976, de 12 de agosto de 1976, relacionado à lei 6.259, de 30 de outubro de 1975, ambos legislando sobre as ações de Vigilância Epidemiológica. Segundo o decreto de 1976:

Art. 27. Serão obrigatórias, em todo o território nacional, as vacinações, como tal definidas pelo Ministério da Saúde, contra as doenças controláveis por essa técnica de prevenção, consideradas relevantes no quadro nosológico nacional. Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo o Ministério Saúde elaborará relações dos tipos de vacina cuja aplicação será obrigatória em todo o território nacional e em determinadas regiões do País, de acordo com comportamento epidemiológico das doenças. [...]

meter-se e os menores dos quais tenha a guarda ou responsabilidade, à vacinação obrigatória. Parágrafo único. Só será dispensada da vacinação obrigatória, a pessoa que apresentar Atestado Médico de contraindicação explícita da aplicação da vacina. (BRASIL, 1976)

A Revolta da Vacina foi iniciada já no século XIX, com a vinda da família real portuguesa para as terras ultramar do Brasil, fugindo dos ataques de Napoleão, a urbanização e modernização brasileiras se desenrolam a fim de imitar as metrópoles europeias. Com a proclamação da república, a modernização do Brasil e o ideal de criação de um novo país persistem. Essas modificações se darão em diversos setores, desde a construção de obras públicas e ampliação de obras para facilitar o comércio, como a necessidade de se criarem cidades que atendessem ao público internacional, afastando as epidemias, a população empobrecida e o antigo. Dentro desse ideal, aparece a Revolta da Vacina como um dos episódios da Primeira República. Este movimento, que ganha seu nome por ter seu estopim na obrigatoriedade da vacinação, se estende para além da vacinação em si, e se coloca contra um processo higienizador da cidade do Rio de Janeiro. Concentra-se em acontecimentos durante uma semana, mas suas consequências e conflitos a elevam ao ponto de grande acontecimento. Em 9 de novembro do ano de 1904, na então capital federal, no Rio de Janeiro, é sancionada a lei de vacinação obrigatória contra a varíola. Esta obrigatoriedade já era discutida calorosamente no legislativo e na sociedade civil antes de sua aprovação (SEVCENKO, 1984).

O argumento do governo era de que a vacinação era de inegável e imprescindível interesse para a saúde pública. E não havia como duvidar dessa afirmação, visto existirem inúmeros focos endêmicos da varíola no Brasil, o maior deles justamente na cidade do Rio de Janeiro. Esse mesmo ano de 1904 atestou um amplo surto epidêmico: até o mês de junho haviam sido contabilizados oficialmente mais de 1800 casos de internações no Hospital de São Sebastião, no Distrito Federal, e o total anual de óbitos devido à varíola seria de 4201. A medida, além do mais, insistiam as fontes do governo, fora adotada com pleno sucesso na Alemanha em 1875, na Itália em 1888 e na França, em 1902; por que não o seria no Brasil, onde sua incidência era muito mais grave? Por isso, e chamando-a de “humana lei”, o governo assume a responsabilidade da sua implantação em caráter obrigatório também no Brasil [...]. (SEVCENKO, 1984, p. 14).

A Revolta da Vacina se coloca não apenas com os setores políticos, mas também com os setores da população em suas variadas classes e profissões. O caráter autoritário da vacina indignava e assustava a uns e outros, ainda mais se observando os costumes de privacidade corporal da época. Em diversos episódios, pessoas seriam vacinadas a força. A revolta da vacina tem seu ápice na semana do dia 15 de novembro, com conflitos armados nas ruas do Rio de Janeiro, decretação de estado de sítio na capital, prisões e mortes de civis e militares. As forças armadas da marinha e do exército patrulhavam a cidade e auxiliavam a força policial para conter as movimentações populares. A vacinação em massa contra a varíola, no entanto, não se coloca como uma medida “humana” como propunha a própria lei, mas como medida de higienizar

a cidade do Rio de Janeiro e de transformar a capital a fim de que investimentos e turistas estrangeiros frequentassem a cidade. Um dos medos dos estrangeiros e comerciantes eram as epidemias, que davam à cidade má fama internacional. A modernização das ruas, avenidas e porto também se colocam como medidas para melhorarem a cidade e, com isso, aprimorar o comércio internacional do país. No entanto, a forma como são conduzidas as mudanças não se aproximam dos ideais de humanidade, e sim, da exclusão de certa população considerada nociva, por suas doenças ou pela pobreza que assolava a cidade. Essa população que tenderá a ser vacinada e normalizada (FOUCAULT, 1963), será também afastada do centro urbano para a periferia, a fim de dar lugar a uma nova capital dentro dos padrões da burguesia internacional. A revolta se coloca, então, como movimento popular que nega a vacinação obrigatória e nega também a higienização e a construção de uma cidade para poucos (SEVCENKO, 1984). Encabeçada por Oswaldo Cruz, a medida da vacinação obrigatória é colocada a fim de erradicar as epidemias que assolavam a cidade nessa época. No entanto, o médico exige e lhe são garantidos plenos poderes para resolver a questão da saúde pública. A vacinação obrigatória é criticada por diversos segmentos que não confiavam no método da vacinação e não compreendiam como a inoculação de um vírus poderia trazer a cura e não a própria infecção da varíola. E o que é notável, mesmo um elemento conservador, culto e bem informado como Rui Barbosa, político de grande envergadura [...], denotava uma enorme insegurança quanto às características, à qualidade e à aplicação da vacina antivariólica prevista pela lei: “Não tem nome, na categoria dos crimes de poder, a temeridade, a violência, a tirania a que ele se aventura, expondo-se, voluntariamente, obstinadamente, a me envenenar, com a introdução no meu sangue, de um vírus cuja influência existem os mais bem fundados receios de que seja condutos da moléstia ou da morte.” [...] sem quaisquer embaraços e fulminante: o mais amplo sucesso, no mais curto prazo. Não havia qualquer preocupação com a preparação psicológica da população, de quem só se exigia a submissão incondicional. (SEVCENKO, 1984, pp.15-16). Assim, a vacinação obrigatória teve uma repercussão extremamente negativa e já denotava a supremacia da decisão médica sobre a decisão individual. Phillip Ariès já colocava que, com o passar do século XVIII para o XIX, a medicina se institui como detentora do saber sobre os corpos, sejam estes vivos ou mortos (ARIÈS, 2003). E a normatização dos corpos imposta pela ciência médica é uma das formas de atender a interesses políticos e econômicos dentro da sociedade (FOUCAULT, 1963). Esse atendimento de interesses não costuma permitir, como o que ocorreu no início do século XX, à decisão individual de não se sujeitar a determinados tratamentos terapêuticos. Durante a revolta, e a fim de aplacar os ânimos da população, a lei da vacinação obrigatória é revogada. E aqueles que se revoltaram, ou que apoiaram tal revolta, são presos e enviados para regiões distantes da capital, como o Acre, local em que se colocava o ciclo da borracha e que carecia de mão-de-obra. A cidade do Rio de Janeiro foi urbanizada e modernizada, seus casarões e cortiços demolidos e a varíola controlada. Tudo realizado com violência por parte dos governos federal e municipal e das forças armadas. Assim, vale a pena notar que o processo de implementação da vacinação, no Brasil, acontece em dois momentos em que a força é utilizada amplamente. Seja no início do século XX, quando os Direitos Humanos ainda não existiam e os Direitos Civis brasileiros apenas engatinhavam; seja na época da ditadura civil-militar, no governo de Geisel, notadamente um dos governos mais violentos dentro deste período da história nacional. No trabalho de HABAKUS & HOLLAND, encontramos o seguinte comentário:

Mandatory vaccination represents a limitation on human rights. Any limitation of fundamental rights, such as the rights to liberty and security of person, is serious, regardless of the supposed public good involved. The distinguished health and human rights professor Jonathan M. Mann, MD, MPH, assumed that a government must justify any restriction on human rights in the name of public health. He wrote, Unfortunately, public health decisions to restrict human rights have frequently been made in an uncritical, unsystematic, and unscientific manner. Therefore, the prevailing assumption that public health. .. is an unalloyed public good that does not require consideration of human rights norms must be challenged. For the present, it may be useful to adopt the maxim that health policies and programs should be considered discriminatory and burdensome on human rights until proven otherwise. (HABAKUS & HOLLAND, 2012, 576-579, versão kindle). 4 “Pediatrics, the journal of the American Academy of Pediatrics, admitted in 2000 that “vaccination does not account for the impressive declines in mortality seen in the first half of the century.” Em continuação, o artigo afirma: 10 Infectious diseases were on their way out before vaccination became commonplace. Some diseases for which vaccines were never developed or routinely administered—such as typhoid fever, scarlet fever, and the bubonic plague—have almost completely disappeared. Public health officials simply do not know what would have happened in the absence of widespread vaccination. They cannot assert with certainty that vaccines are responsible for disease eradication or that vaccines are required to maintain herd immunity. (HABAKUS & HOLLAND, 2012, 653-658, versão kindle). combater. Para Birch & Whatcott (2012), “This experiment is driven by fear of disease rather than any understanding of the purpose of disease.” (p. 69).

Seção 5 Posicionamento da Homeopatia em relação às vacinas

Neste momento traremos os estudos de George Vithoulkas, estudioso expressivo da homeopatia e dos tratamentos homeopáticos. Para Vithoulkas (1981), a relação que o ser humano Também neste livro encontramos a seguinte ci- desenvolve com o meio ambiente é chave para tação: entender as enfermidades pelas quais o indivíduo passa. E, ainda, a forma como se entende e, assim, "produz" a doença é significativo da maneira como se relaciona com ela. A "produção" da doença é entendida, aqui, como o discurso que define o que é a doença e como encará-la. 4 Em tradução livre: A vacinação obrigatória representa uma limitação aos direitos humanos. Qualquer limitação dos direitos fundamentais, como o direito à liberdade e à segurança, é séria, independente do bem público envolvido. O distinto professor de saúde e direitos humanos Jonathan M. Mann, MD, MPH, declarou que o governo deve justificar qualquer restrição a estes direitos básicos em nome da saúde pública. Ele escreveu, "Infelizmente, as decisões de saúde pública para restringir os direitos humanos tem sido frequentemente feitas de forma acrítica, não sistemática e não científica. Portanto o pressuposto prevalecente sobre saúde pública ...é um bem público que não merece consideração das normas reguladoras .

Para Vithoulkas (1981), existem duas formas de entender a doença, uma forma racionalista, que busca a causa da doença para precavê-la e foca na enfermidade, e uma forma empirista, que busca o que faz a pessoa ser saudável apesar do ambiente e foca na defesa do organismo. Essas duas maneiras de entender o processo da doença se encontram tanto na diferença entre a alopatia e a homeopatia, mas também nas diferentes abordagens dos homeopatas em seus trabalhos. Algumas pessoas parecem não ser relativamente afetadas pelas perturbações internas ou externas, seus organismos estão num estado de relativo equilíbrio, que é mantido com um mínimo de esforço. A maior parte das pessoas, por outro lado, experimenta graus de desequilíbrio que vão desde o ligeiro até o mais grave, estes são os indivíduos que consideramos enfermos no sentido mais amplo do termo. (VITHOULKAS, 1981, p.39)

A doença e a saúde para este autor, mas também para a tradição homeopática, se relacionam mais com o organismo e seu equilíbrio, do que com agentes infecciosos ou patológicos. A saúde é um sinal de equilíbrio do organismo, enquanto a doença, seja em qual nível ela se manifeste, é um sinal de desequilíbrio do organismo, " [...] desequilíbrio para enfrentar as influências internas e externas." (VITHOULKAS, 1981, p.39). Assim, podemos começar a entender como a homeopatia se relaciona com as vacinas. A vacina é um elemento da medicina ocidental que entende a doença como causada pelo agente patológico externo. A homeopatia, entendendo que a doença vem de um desequilíbrio do corpo do paciente, entende a importância da vacina historicamente, mas percebe que existem outros elementos que podem auxiliar o corpo a retornar a uma situação de equilíbrio. O que deve ser entendido, no entanto, é que as práticas terapêuticas têm como fim o restabelecimento da saúde e procuram auxiliar o corpo nos momentos em que este não consegue retornar ao equilíbrio por si mesmo. mental, emocional e físico. Cada um destes níveis do organismo se relaciona com o ambiente externo e com a conduta que o indivíduo leva neste meio. O desequilíbrio pode afetar a um nível ou a todos, dependendo da 42 constituição da pessoa. O desequilíbrio que se pode perceber é o sintoma que se manifesta e precisa ser identificado bem como a sua causa, a fim de se realizar um tratamento coerente. Muitas vezes, percebe-se dentro de alguns tratamentos, alopáticos principalmente, mas também homeopáticos, o entendimento do sintoma como a doença em si, sendo que este é o mecanismo de defesa de um organismo que está em desequilíbrio. A interação do indivíduo com o meio é capaz de agir sobre um indivíduo em desequilíbrio, pois toda substância possui um campo eletromagnético. Esse campo é capaz de agir na força vital, que é por sua vez um campo eletromagnético dinâmico. A forma da ressonância do campo da força vital pode aproximar ou afastar a sensibilidade a doenças de uma pessoa, ou mudar o espectro de doenças a que esta pessoa é suscetível. Assim, o tratamento deve estar relacionado à doença e ao campo magnético do paciente. Os medicamentos homeopáticos podem possuir resultados duradouros devido ao aumento da intensidade do campo da substância de que são feitos pelo processo de potencialização, através da sucussão e da diluição.

Mesmo na ausência de matéria, que é o caso da homeopatia, o tratamento se apresenta com resultados devido a forma de ação de seu campo eletromagnético que imprime no solvente as características potencializadas da substância. Dessa forma, se sem a matéria pode-se obter resultados expressivos na cura de doenças ou se poderia criar outras doenças a partir da alteração e interação do campo magnético das substâncias, a utilização de elementos excessivamente agressivos contra o corpo se torna facultativo, além de nocivo, ao se pensar em todo o leque de ações que as substâncias e seus campos magnéticos causam no organismo, desenvolvendo ou deixando o indivíduo suscetível ao aparecimento de outras doenças. O caso mais significa54

tivo são as vacinas. Como dito acima, as vacinas são a inoculação de substâncias dentro de um indivíduo, quando bebê e quando adulto, que envolvem os germes, inteiros ou em partes, que podem causar doenças, além de outras substâncias que podem causar danos à saúde, devido à falta de entendimento, pela medicina tradicional alopática, de seus efeitos a longo prazo. Esses efeitos envolvem uma série de doenças como abordaremos na seção sobre Iatrogenia. Para Vithoulkas, [...] algumas das influências mais poderosas que podem, de maneira profunda e crônica, alterar a saúde de um indivíduo. Pela experiência homeopática, três dessas poderosas influências, que devem ser levadas em conta na história de um paciente, são as poderosas enfermidades agudas, as terapias supressivas e as vacinas. (VITHOULKAS, 1981, p. 161), o que elucidaremos nas próximas páginas.

Das doenças agudas Para o autor, as doenças não se dividem de modo tão distinto em graus, no entanto, a doença aguda pode ser um ponto de inflexão e de mudança na própria constituição de um ser, se este for acometido por ela em um momento de grande debilidade. Para ele, os pequenos males não são problemáticos quando se está com a saúde mais vigorosa, mas podem ser determinantes quando não, pois a pessoa se torna incapaz de voltar à saúde sem auxílio quando se juntam diferentes doenças. E quando se percebe esse quadro, é aí que a homeopatia pode agir e produzir "resultados extraordinários" (p. 163).

O corpo tem um mecanismo de ação que foca em aniquilar as doenças conforme o grau de periculosidade da mesma. Dessa forma, se existe uma doença mais fraca em curso com seus sintomas, e uma mais forte acomete o paciente, as estratégias de ação do sistema imunológico são para a neutralização e combate da mazela mais forte. Inclusive, com o cessar dos sintomas daquela mais fraca. Essa ideia deriva das pesquisas de Hahnemann. E este colocava que a patologia mais forte suplantará a mais fraca até ser curada, momento em que virão os sintomas da enfermi55

dade mais amena. Isto se forem moléstias de natureza muito desiguais. Se, no entanto, forem de natureza semelhante, com a cura da mais forte, também se curará a mais fraca. A doença mais intensa destrói a mais fraca e seus sintomas pela semelhança de ação e de órgãos afetados. "Se influências de doenças suficientemente poderosas ocorrem na vida de um indivíduo, o mecanismo de defesa irá se enfraquecendo de maneira progressiva em camadas. Essas camadas de predisposição são chamadas, na homeopatia, de miasmas." (VITHOULKAS, 1981, p. 166). A partir disso, pode-se pensar na influência da doença aguda para o agravamento e a combinação de sintomas em um único paciente, tornando seu quadro mais complexo para a cura.

Das terapias supressivas Credidio nota ainda que existe a diferença da cura e da falsa cura. O aniquilamento do sintoma, como pode acontecer com alguns medicamentos e com algumas doenças como dito, 44 não representa a cura em si, pois para o autor a cura não é o silenciamento do organismo, mas sim, " [...] a cura de sua inteira idiossincrasia ou perturbação vital." (CREDIDIO, 1987, p. 42). A falsa cura seria não se respeitar essas exonerações e buscar o silêncio do corpo, aniquilando seus sintomas, o que ocasiona uma supressão da doença, o que pode levar ao seu aparecimento em outra forma e em outro órgão. Por exemplo, a eczema que pode vir a se tornar asma. Ainda o mesmo autor coloca: "As enfermidades não são mais que metástases de um mesmo processo mórbido cujo substrato é a natureza puramente dinâmica e seu sentido vital é a exoneração ou a superficialização do centro do indivíduo para a periferia." (CREDIDIO, 1987, p. 41). Dessa forma, completa-se o entendimento sobre o que é doença e sintoma para a homeopatia. São desequilíbrios de um ser, vinculados a sua força vital e a sua ressonância, a partir de seus miasmas, manifestados em um de seus níveis (mental, emocional e físico).

Vithoulkas aborda as terapias supressivas como um malefício à saúde do paciente e associa as mesmas a medicina alopática, mas não somen-

te. Devido à diferença de entendimento entre o que é doença e como se deve tratá-la, entre a homeopatia e a alopatia, a última busca combater os sintomas, enquanto a primeira se esforça pela manutenção e retorno do equilíbrio dentro da constituição do indivíduo. Assim, para o autor, pode-se encarar o efeito colateral como um tipo de doença, pois esta é a resposta que o corpo e o sistema imunológico são capazes de dar naquele momento, naquelas circunstâncias e para aquela droga. As terapias supressivas são capazes, sim, de aliviar o paciente, pois muitos sintomas são desagradáveis e podem ser um transtorno para algumas pessoas. No entanto, esta abordagem de curto prazo pode levar ao desenvolvimento de doenças mais graves no organismo, que podem ter resultado mais desconfortáveis que podem se estender por anos até terem o tratamento adequado. Com o excesso de drogas supressivas, o organismo se torna incapaz de reestabelecer o equilíbrio por si só. Esses medicamentos, que apenas cortam a parte sintomática da doença podem, sim, serem destruidores se a pessoa que tomá-los lhes for sensível. Daí podem desencadear uma doença medicamentosa após aquela mazela que se pretendia curar com eles (VITHOULKAS, 1981). Com o tempo e uso de certos medicamentos, as pessoas se tornam menos suscetíveis a determinadas doenças. No entanto, o que pode acontecer, principalmente quando se trata de não curar e sim de mascarar sintomas, é que o organismo já está tão debilitado que não pode mais produzir os sintomas. O sintoma é a doença manifesta na periferia do organismo e com a sua supressão, ela retorna para os centros vitais e atuará ali. A não manifestação de sintomas, para a homeopatia, ao invés de ser positiva e exitosa, é uma problemática terrível e de grande apreensão.

Da vacinação As vacinas são administradas em populações inteiras sem qualquer consideração para com a individualidade. “[...] Por conseguinte, o conceito de vacina é quase o oposto dos princípios da homeopatia, é a administração indiscriminada a todas as pessoas de uma substância estranha, sem levar em consideração o estado de saúde ou a sensibilidade individual.” (VITHOULKAS, 1981, p. 170). A preocupação dos homeopatas, no que concerne às vacinas, é a forma prematura que se aplicam muitas destas em bebês, ou seja, indivíduos que ainda estão formando o seu sistema imune e que, desta forma, são forçados a agir de forma drástica muito cedo, se conseguirem. Ao mesmo tempo que compreendemos a necessidade de se prevenir certas doenças em algumas localidades e de se prevenir os bebês de doenças que podem ser fatais na primeira infância, ou que, não sendo fatais, podem afetar o desenvolvimento individual; é necessário pontuar que muitas vacinas são ministradas para doenças já erradicadas, que poderiam, assim, não serem ministradas em bebês. Pois, a forma invasiva em que se apresentam as vacinas geram efeitos colaterais que vão acompanhar a todos que as tomaram.

Para algumas pessoas, as doenças medicamentosas relacionadas às vacinas serão mais suaves, como febres e diarreia ou afecções de pele, mas para outras já suscetíveis, o desenvolvimento de autismo e o TDAH. Para Vithoulkas, as vacinas atuam no sentido de perturbar a saúde do indivíduo no mesmo sentido que de desenvolver doenças crônicas, pois essas substâncias são capazes de alterar a vibração eletromagnética desse indivíduo, o que gera uma maior sensibilidade a diversas patologias, que poderiam não ser, destarte, próprias do indivíduo. Quanto às reações colaterais das vacinas, Vithoulkas pontua que pode ser profunda ou não, ou seja, não dar reações ou proporcioná-las. No caso do não aparecimento de sintomas, o autor pontua que pode acontecer de o organismo estar debilitado e não conseguir reagir a este tipo de influência. "Naturalmente, os dois indivíduos que não demonstram nenhuma reação, também não iriam contrair nenhuma doença se fossem expostos à epidemia para a qual a vacina é projetada, pois ambos os organismos estão vibrando em níveis muito distantes da vibração da doença." (VITHOULKAS, 1981, p. 174). Quando existe alguma reação à vacina, signifi ca que existe ressonância entre a mesma e o paciente. São três as possíveis reações e efeitos das vacinas:

1) Reação amena com inflamação local, prurido ou dor, pus. Mostra um mecanismo de defesa que não está forte o suficiente para desviar 56

do efeito da vacina. Nesse caso, a vacina altera significativamente a taxa de vibração desse organismo e isto se confirma na incapacidade de reagir às administrações da mesma vacina posteriormente.

2) Reação forte com febre e outros sintomas demonstram um bom sistema imune e uma boa resposta a essa ação. A defesa do organismo está forte e se contrapõe à vacina. É uma reação percebida em crianças. Neste caso, a esperança é que a vacina seja descartada pelo organismo e dessa forma, se tornaria desprotegida da doença a ser prevenida, o que não se torna um problema, visto que existe a possibilidade de não existir vibração para que a doença se aloje.

3) Reação muito forte com complicações demonstra uma altíssima sensibilidade à doença e um mecanismo de defesa muito fraco. Nestes casos é comum que se gerem moléstias profundas. Se o paciente sobreviver às complicações, sua saúde ainda será afetada por muito tempo. E a chance de desenvolver doenças crônicas que o acompanharam a vida toda é muito grande (VITHOULKAS, 1981).

Com isso, podemos concluir que, apesar da importância da vacinação, seus efeitos colaterais são muitos e ocorrem em todos os indivíduos vacinados, não apenas naqueles que, infelizmente, são acometidos por complicações. Cada indivíduo, a seu modo e dentro de sua própria constituição, verá seu corpo tentando reverter os efeitos da vacinação e muitas vezes, este organismo não conseguirá realizar isto por si só.

A homeopatia, quando se trata das vacinações, é deveras importante para conseguir auxiliar este ser a reencontrar o equilíbrio a partir das diferentes limpezas que é capaz de proporcionar.

A vacinação em massa tem seus benefícios na história quando pensamos em controle de epidemias. No entanto, não seria de se pensar que embora algumas doenças estejam controladas e extintas, outras mais fortes tenham surgido? É um elemento de reflexão que não nos deteremos aqui, mas que deve nortear a discussão da vacina. Não seriam as novas doenças, elementos derivados das vacinas para doenças antigas? "Dessa maneira, até mesmo uma coisa tão popular 57

quanto a muito difundida vacinação - um dos assim denominados "sucessos" mais importantes da moderna medicina – pode ser um fator de degeneração em grande escala da saúde de nossas populações." (VITHOULKAS, 1981, p. 175).

Seção 6 – Homeoprofilaxia

A homeoprofilaxia poderia ser entendida, para a homeopatia, como um processo com equivalência do que a vacina representa para a medicina alopática. No entanto, não é como a vacinação, pois não envolve o desenvolvimento de anticorpos específicos com o contato com o germe, sendo um método de imunização natural e de educação do corpo de como adoecer e de como se curar. Segundo CAIXEIRO, (201-?)

[A homeoprofilaxia] funciona educando o sistema imunitário da criança de uma forma lógica. O objectivo é fornecer informação ao sistema imunitário antes de este ficar exposto, podendo assim responder mais rápido e eficazmente. Ao contrário da técnica da vacinação, a homeoprofilaxia não se baseia nem na Teoria dos Germes nem na formação de anticorpos mas sim na mudança da predisposição ou da susceptibilidade da criança ou do adulto a uma doença específica. A fi losofia na qual a homeopatia se fundamenta é muito diferente da técnica convencional de vacinação. Na filosofia homeopática os micro-organismos não são vistos como a única causa da doença mas sim a interacção entre micro-organismo e a susceptibilidade da criança ou do adulto: quanto mais saudável for a pessoa menos susceptível é à doença. O objectivo da homeoprofi laxia é introduzir no sistema imunitário versões não tóxicas de uma doença específica para estimular ou "educar" o sistema imunitário. Está documentado como resultado que a predisposição às doenças visadas diminui em cerca de 90%. (CAIXEIRO, 201-?)

A homeoprofilaxia surgiu como uma reação à obrigatoriedade da vacinação. É muito importante ressaltar que isso não é o mesmo que dinamizar uma vacina, pois as vacinas não contêm apenas os antígenos, conforme já vimos. Para usar este método, é preciso identificar o nosódio e saber em que idade usá-lo, sendo o nosódio a preparação de um remédio a partir de um agente patogênico, seja este vírus ou bactéria. Todas as vacinas utilizadas atualmente têm o seu nosódio, que pode ser usado como homeoprofilaxia. Um exemplo disso é o medicamento homeopático Febre Amarela, que pode ser usado como prevenção ou tratamento. A utilização da homeoprofilaxia é variável, podendo ser realizada desde o primeiro mês, mas alguns homeopatas preferem inicia-la aos 6 meses ou 1 ano, devido à imunização proporcionada pelo leite materno.

Outra forma é a combinação de Homeoprofi laxia com vacinas tradicionais. Quando o paciente ou responsável escolhe esta forma, todo o tratamento de homeoprofilaxia é utilizado e, junto a ele, as vacinas tradicionais. E, ainda, os medicamentos homeopáticos individualizados para reduzir os efeitos colaterais causados pelas vacinas, como vimos na seção 5.

As origens da homeoprofilaxia Samuel Hahnemann introduziu as bases da homeoprofilaxia ao identificar que o medicamento Belladona que estava sendo usado para tratar uma criança de artrite a protegeu da epidemia de escarlatina. Em outra família, de oito filhos em que três já estavam contaminados com escarlatina, Hahnemann prescreveu Belladona para os cinco restantes e nenhum foi contaminado. A homeoprofilaxia surgiu em 1799, durante uma epidemia de escarlatina, em que Hahnemann, com sucesso, conseguiu com que diversos indivíduos não se contaminassem. Ele utilizou Belladona para curar alguns pacientes com sintomas de outras doenças e reparou que esses pacientes não contraiam a doença epidêmica. Daí passou a usar Belladona com sucesso contra a escarlatina e sua rápida expansão. Os efeitos deste fato foram rapidamente observados e absorvidos por Homeopatas do mundo inteiro que passaram a usar os remédios homeopáticos adequados para debelar epidemias, o que ainda se coloca para a atualidade como uma possibilidade, infelizmente, pouco explorada.

Métodos de Aplicação Birch & Whatcott (2012) discutem que Vacinas são tipicamente administradas através de uma injeção intramuscular. Isso ultrapassa a via natural de contágio, ou seja, a exposição à mucosa das vias respiratórias ou gastrointestinais. Como resultado, a resposta imune não está sendo envolvida da mesma forma que com a exposição natural. As respostas febris e a posterior resposta de anticorpos requerem estimulação inicial das células do sistema imunológico localizadas nas membranas. A injeção importa material potencialmente patogênico diretamente no sistema sem qualquer aviso prévio. O resultado é uma resposta retardada do sistema imunológico, se for o caso, e a confusão do sistema imunológico sobre se isso é, de fato, material estranho, e se for, o que fazer com isso. Se o sistema é capaz de interagir com um vírus ou bactéria e responder com uma resposta imune completamente orquestrada, ainda será capaz de reconhecer adequadamente os agentes ofensivos quando se encontrarem através de meios mais naturais? (BIRCH & WHATCOTT, 2012, p. 51, versão Kindle. Em tradução livre).

Exemplos da homeoprofilaxia Nos estudos de Birch & Whatcott (2012), as autoras trazem diversos casos de vacinações homeopática empregadas em alguns países. Para ilustrar a eficácia deste método, foram escolhidos dois deles. Um acontecido no Brasil, na cidade de Macaé, tendo por agente mórbido o vírus da dengue e outro, acontecido em Cuba, cujo agente foi a bactéria Leptospira, causadora da lepstopirose, doença transmitida pela urina e fezes de ratos contaminados.

Casos no Brasil Há décadas, o Brasil luta com a proliferação da dengue. Milhões de reais são gastos com pro58

gramas de governo, com tratamentos paliativos, com a utilização de sistema de dispersão de veneno por caminhões adaptados, os “fumacês”. Mas parece que os resultados sempre ficam aquém dos investimentos. Na imagem abaixo, verifica-se uma comparação entre as duas formas de dengue.

No entanto, já foram realizadas investidas alternativas e com muito sucesso. No ano de 2008, o estado do Rio de Janeiro foi vítima de uma terrível epidemia de dengue, com 250.000 casos confirmados, um aumento de 315% de casos em comparação com o ano de 2007. Curiosamente a cidade de Macaé, há apenas 60 km de distância, teve seus índices reduzidos em 60% após o uso de medicamentos homeopáticos distribuídos à população. Os medicamentos foram utilizados em fórmula ou manipulados individualmente: Euphatorium perforatum, Phosphorus, Crotallus horridus, Natrum muriaticum e Arsenicum. A dinamização utilizada foi 30ch. Durante a primeira fase da campanha homeoprofi lática em 2007, 156.00 doses foram distribuídas gratuitamente à população. A população da cidade, na época, era estimada em 50.188.000 habitantes. Durante a segunda fase, nos meses novembro-dezembro, foram distribuídas 60.000 doses. Na terceira etapa, em 2008, nos meses de março-abril, foram aplicadas 200.000 doses. Na quarta etapa, em novembro-dezembro foram distribuídas 26.000 doses. E em 2009 foram distribuídas 98.708. O resultado desta campanha 59 de vacinação homeopática foi a queda dos índices de infecção pela doença. Queda de 63% nos primeiros meses de 2008, enquanto que no restante do estado houve um aumento de 163% de casos confirmados.

Fran Sheffield (2014) traz alguns exemplos de aplicação da homeoprofilaxia no Brasil. Em 2001, durante uma epidemia de dengue na cidade de São Paulo, com sucesso. Em 2007, também durante uma epidemia de dengue foi ministrado um composto homeopático, mas o intervenção foi abortada pela política do estado. Já em 2008, na cidade de Macaé, 156.000 indivíduos assintomáticos, receberam doses de um complexo profilático. E 129 doses do genius epidemicus foram oferecidas para pacientes afetados pela dengue. O resultado foi que, nos primeiros três meses, a incidência da doença caiu 93% em relação ao mesmo período de 2007, enquanto que no restante do estado cresceu em 128%. Genius epidemicus é um remédio desenvolvido para quando o conjunto principal de sintomas de uma epidemia é estudado e se chega a conclusão, através da repertorização, de qual medicamento mais se aproxima dos sintomas patogênicos. Este medicamento homeopático poderá ser utilizado na maioria dos casos e também se tornar profilático. Hoje em dia, também se usa o nosódio específico da doença.

Um caso em Cuba A Leptospirose é uma infecção bacteriana causada pela Leptospira, também chamada Doença de Weil. Afeta seres humanos e animais e em seu quadro mais grave pode levar à morte. Identifi cada desde 2017, é uma zoonose, ou seja, uma doença transmitida pelos animais ao homem, e vice-versa. Nos seres humanos causa uma gama de sintomas tais como: febre alta, calafrios, dores musculares, dores abdominais, olhos congestionados, coceira, diarreia, vômitos. Nos quadros mais graves da doença o paciente apresenta falência renal, dificuldades respiratórias, falência hepática, meningite.

áreas de risco, em função das enchentes. E é através das águas da enchente que a urina do rato infectado entra em contato com a pele e mucosas do ser humano e animais domésticos. Os desastres naturais causam uma forte incidência de lepstopirose e são um grande desafio para a contenção da doença, principalmente nessas áreas epidêmicas.

As vacinações convencionais são efetivas, mas o processo de confecção da vacina é longo, demorando um ano para ser realizado, e em períodos epidêmicos este não é um tempo viável para a realização da única forma de prevenção. Já a vacina homeopática pode ser feita em um curto espaço de tempo.

No caso em estudo foram preparadas 2.500.000 doses em duas semanas. Não precisam ser refrigeradas e podem ser administradas oralmente. Os Drs. Gustavo Bracho e Concepcion Campa Huergo, do Instituto Findlay, conduziram o primeiro evento de intervenção homeoprofilática em larga escala para a prevenção da Leptospirose em duas cidades de Cuba, nos anos de 2007 e 2008. 2.3 milhões de doses da vacinação homeoprofilática foram distribuídas ao custo de 200.000 pesos cubanos, em contrapartida aos 3 bilhões de dólares do programa oficial em andamento. Este dado mostra a incrível vantagem financeira para a economia de um país. (BRACHO; FERNANDEZ; et al, 2010). No caso acima, o nosódio da Leptospirose foi administrado oralmente na potência 200 ch no ano de 2007 e no ano de 2008 foi repetido na 10M. O taxa de incidência anual foi reduzida em 84%. Portanto, mais uma vez a homeoprofilaxia se torna a alternativa inteligente e viável. Então, porque não usar a Homeoprofilaxia? Um problema apresentado é a falta de unicidade de opiniões entre os homeopatas, pois as doses e intervalos ficam muito variáveis e a critério de cada profissional. Tornando-se uma dificuldade de apresentação e utilização padronizada como é feito com a vacinação comum. Existem vários pontos favoráveis à homeoprofilaxia, no entanto: baixo custo; pouca possibilidade de efeitos negativos, e todos contornáveis; respeito ao sistema imunológico, já que a Homeopatia estimula a energia vital; a resposta do organismo como um todo; ausência de metais pesados e de substâncias sabidamente tóxicas.

Os nosódios também podem ser produzidos a partir de outros componentes orgânicos patogênicos, como secreções, células cancerígenas, etc. Assim, como todo medicamento homeopático, são dinamizados até que permaneça apenas o tom vibratório/energético da substância. O uso do nosódio homeopático Variolinum é o primeiro exemplo de homeoprofilaxia. Comparações entre a Homeoprofilaxia e a Vacina

Similaridades: • Ambas intentam prevenir doenças • Ambos introduzem um agente morbífico no organismo com a intenção de promover a imunidade antes que este corpo seja exposto a doença. Diferença na homeoprofilaxia: • As doses são energéticas. As substâncias são potencializadas/ diluídas para reduzir as doses de material, mas mantém a memória da doença. 53 • Os nosódios são derivados de material recolhido de descargas humanas em resposta aos ataques dos vírus/bactérias. • Não há adjuvantes, conservantes ou contaminantes. • São administrados oralmente por pastilhas de açúcar ou diluídos em álcool/ glicerina. • Respeita-se a maturidade do sistema imunológico.

Características da Homeoprofilaxia: • Estimula inicialmente a resposta geral do sistema imune antes da resposta específica. O que resulta uma resposta bem semelhante a que o organismo manifestaria se tivesse entrado em contato com a doença. • Não existe nenhum material patogênico a ser enxertado no organismo, mas os órgãos de afinidade da doença são estimulados a reagir em função da frequência do antígeno homeopático. • Não existem coadjuvantes, conservantes ou contaminantes que possam produzir reações alérgicas ou doenças secundárias. • Torna a pessoa sensível a doença específica, fazendo com que seu sistema imune fique responsivo ao contato com o agente patogênico. • Por ser um estimulante natural do Sistema Imu60

nológico, torna o indivíduo menos propenso a contrair doenças agudas e crônicas.

Características da Vacinação: • Objetiva a estimulação específica de anticorpos sem estimular o Sistema Imunológico geral, isso causa atraso na resposta imune e confusão no sistema, • O material patogênico é enxertado no indivíduo. Neste caso a doença não é expressa de forma aguda, mas gravita para o órgão de afinidade, desta forma vai manifestar sintomas crônicos. • A resposta alérgica provocada pelos adjuvantes resulta em resposta imune T1/T2 distorcida. • O mercúrio presente por ser altamente tóxico, afeta o sistema neurológico resultando em mudanças de comportamento, déficits de atenção, etc. • Ocorre o aumento da susceptibilidade a doenças agudas e crônicas, já que o organismo se torna muito reativo aos estímulos ambientais, levando a doenças frequentes que provocam atrasos de desenvolvimento generalizados, não só por questões fisiológicas, mas porque em geral tais doenças serão tratadas com antibióticos e/ou corticoides, afetando sobremaneira o sistema imune e os demais, assim como, em função do depauperamento constante, o indivíduo perde bastante da interação social/acadêmica. Pesquisas atuais estão buscando alternativas de compreensão sobre a imunidade ao afirmar que não são os anticorpos os responsáveis pela formação do sistema imune.

Efeitos das intensas vacinações no ser humano: O homeopata contemporâneo James Burnett foi o primeiro médico a se posicionar fortemente contra o uso das vacinas por acreditar que elas por si só causariam um estado de doença próprio. Ele afirmava que, caso o sistema imunológico não estivesse desenvolvido, a inoculação de agentes patogênicos poderia poluir o organismo causando um estado de doença chamado vacinose. Afirmava também que a vacinação, da forma como estava sendo orientada por Pasteur e por Edward Jenner, só produziam resultados em um espaço de tempo curto, e, mais ainda, que ao longo do tempo poderiam causar consequências crônicas. Ele propôs a preparação homeopática do antígeno, que seria uma maneira mais segura 61

do organismo entrar em contato com a doença sem a necessidade de inocular o material contaminado na corrente sanguínea.

É fundamental que o olhar dos pesquisadores se volte para o fato de os organismos jovens estarem despreparados para a quantidade de antígenos que são inoculados em função de sua imaturidade. Muitas vacinas são aplicadas ao mesmo tempo ou em um curto espaço de tempo, sobrecarregando de informações um corpo que não tem condições de responder adequadamente. O resultado é um estado de inflamação constante que não é devidamente descarregado. Ou, quando é, assusta os familiares, principalmente em casos de crianças pequenas, cujos responsáveis se voltam novamente para a medicina supressiva desconstruindo o processo de cura. Por exemplo, como expomos acima, as recorrentes infecções de ouvido tratadas com antibióticos. O caminho saudável da descarga do excesso de inflamações seria permitir que os ouvidos funcionassem como meio de exoneração. Embora extremamente dolorosa para uma criança pequena, poderiam ser utilizadas alternativas naturais para facilitar o processo de abertura dos canais auditivos e consequente exoneração. O bloqueio crônico dos canais auditivos por consequência de tratamentos pós-vacinação atrasa a inibição de reflexos auditivos primários, o que dificultará a aquisição de comportamentos verbais compatíveis com o amadurecimento, obscurecendo a audição e trazendo atrasos para a fala. Quando estes reflexos auditivos primários não são adequadamente inibidos, as funções cerebrais superiores ficam retardadas e, como consequência, temos um atraso na inteligência interpessoal ou social, tão intrincadamente relacionada com o desenvolvimento do sistema imunológico, do sistema vestibular e do sistema digestivo.

Vacinações múltiplas confundem o sistema imunológico. Vacinações intensas têm como resultado um estado de inflamação crônico. Quanto ao fato de as vacinas serem diluídas, existem outros agravantes. Dependendo do meio de incubação, os DNAs dos meios de cultura podem ser trans-

mitidos ao organismo humano se combinando com o nosso. A cepa bacteriana ou viral ainda está presente no produto final, ou seja, a própria vacina. À medida que esta é injetada na criança, as rotas de excreção normais – pele, ouvidos, fezes – do organismo devem ser utilizadas para remover os antígenos. Quando não totalmente excretado, este material ficará gravitando até encontrar seu órgão de afinidade, ou seja, o vírus do sarampo migrará para as meninges ou trato gastrointestinal; as neurotoxinas do DTap irão para o sistema nervoso; a Hepatite B para o fígado, etc. Outro ponto a ser considerado é que algumas vacinas são preparadas em tecido de feto humano abortado, podendo provocar uma reação do DNA humano, possivelmente levando a doenças autoimunes, como a artrite reumatoide.

Tetyana Obhukanech, phD, que prefacia o livro de Birch & Whatcott (2012), (ainda sem tradução no Brasil) fala de suas experiências em vários laboratórios, onde os colegas não se sentiam seguros para entrarem em linhas de pesquisa contra as vacinas, pois não havia financiamentos para estes projetos. A falta de investimentos é um grande impeditivo para o estudo dentro dessas áreas devido à necessidade de os pesquisadores se manterem e utilizarem equipamentos muito específicos em seus projetos, o que acaba por diminuir a quantidade de estudos que poderiam aprimorar as próprias vacinas e diminuir seus efeitos colaterais. Ainda em Birch & Whatcott (2012), no capítulo em que abordam a interação entre os humanos e os agentes patogênicos, as autoras discorrem sobre as complicações das doenças infecciosas.

While it is not the bacteria or virus that directly causes the complication, it is the reaction, or lack of reaction of the human body that dictates the course the disease process will follow. How high the fever goes, how violent the purgative process is, and so on, governs how an individual will fare through an illness. (BIRCH & WHATCOTT, 2012, p. 5, versão Kindle) As autoras reafirmam a ideia tão antiga de que, quando o corpo entra em contato com agentes patogênicos de uma maneira natural e saudável, irá conseguir reagir a eles. E, obviamente, sem que sejam obstruídos os processos febris, este corpo irá se tornar forte diante da infecção e terá seu sistema imune desenvolvido. Alertam igualmente para o fato de que não se sabe se o nosso sistema imune é sofisticado o suficiente para criar anticorpos para patógenos produzidos em laboratório, e se não, quais seriam os resultados destes novos patógenos ao entrarem em contato com o nosso código genético, o que torna preocupante o fato de não se desenvolverem estudos expressivos nessa área.

Um dos elementos importantes abordado pelas autoras, quando falam sobre a vacinação, é o seu processo de exoneração. Muitas vacinas são limpas através do direcionamento do antígeno/anticorpo para ouvidos. Isto gera infecção de ouvido que, por sua vez, costuma ser tratada com antibióticos. Os antibióticos, ao agirem, não matam apenas as bactérias relacionadas a doenças, mas, concomitantemente, aniquilam as bactérias simbióticas com o ser humano, principalmente do intestino. No entanto, esses medicamentos não matam as leveduras, que proliferam. Tais leveduras são, por sua vez, simbióticas com as bactérias e, em sua ausência, se desequilibram e aumentam sua população, o que leva todo o corpo a um desequilíbrio. Nesta situação, se queremos nos limpar dos excessos de levedura, precisamos deixar o corpo criar febre, o que provavelmente levará às infecções, novamente, para os ouvidos, criando novas dores de ouvido, ou exonerações pela pele ou fezes. Isso mostra o quanto estamos longe de conhecer os processos depurativos do corpo, o que afeta diretamente a saúde do indivíduo e a relação que o mesmo estabelecerá com os diferentes agentes e medicamentos a sua volta.

Seção 7 – Iatrogenia, ou como limpar os maus efeitos das vacinações

é uma questão que traz uma divisão de opiniões entre os homeopatas. Campo difícil de atuar e opinar, já que é de extrema delicadeza alguém se posicionar frontalmente contra algo que, há séculos, tem sido incrustrado no imaginário coletivo como responsável por salvar nossas crianças de enfermidades deformantes ou fatais. Entretanto, existem alguns caminhos alternativos para aqueles que querem escapar dos maus efeitos das vacinações. Um dos caminhos é utilizar todas as vacinas tradicionais e, concomitantemente, utilizar medicamentos homeopáticos que reduzem seus efeitos adversos. Neste caso, as homeopatias mais utilizadas são: Thuya, Silícea, Malandrinum e Sulphur, embora também se possa utilizar o simillimum, já que este irá atuar diretamente na energia vital do paciente, assim como também se poderá utilizar o medicamento que melhor for repertorizado para o quadro específico apresentado. No caso de prevenção dos maus efeitos, uma sugestão de utilização dos medicamentos homeopáticos é a tomada três dias antes das vacinas, no dia, e três dias após. Extremamente importante também que não se corte a febre pós-vacina, pois esta atitude reduziria a formação dos anticorpos. Outro caminho alternativo seria a Homeoprofilaxia, ou seja, algo semelhante à utilização das vacinas homeopáticas, que consistiria no uso de micro-organismos (vírus e bactérias) dinamizados segundo a dinamização hahnemanniana, os chamados nosódios. No site da Homeobras, encontramos uma descrição detalhada do processo de limpeza dos maus efeitos das vacinações abaixo transcrito:

Se a pessoa escolheu ser vacinada, poderemos trabalhar no sentido de ajudá-la a diminuir a sicotização, que é um processo de reação do sistema imunológico individualizado, de facilidade ou dificuldade de reagir perante substâncias estranhas ao organismo e liberá-las ou não. A Sicose poderá gerar vários transtornos a curto, médio ou longo prazo, dependendo da constituição e do grau que a pessoa herdou dos seus antepassados. Para tanto, segundo Hahnemann, indicar Thuya occ. CH5, 5 gotas na água, 2 vezes ao dia, durante 20 dias para adultos e crianças 10 dias. É necessário ir subindo gradativamente a dinamização, CH6, 7, 8, 9, 10, 12, 15, 18, 20, 25, e CH30. À medida que sobe a potência, diminuir o número de dias tomados. Se a Thuya occ. não for suficiente para retirar os maus efeitos, pode-se tomar, segundo Burnett, Cupressus las. da mesma forma que Thuya occ., pois este também trabalha no sentido de reequilibrar rapidamente a energia vital e de fortalecer o organismo como um todo. Se, apesar das referidas homeopatias, a pessoa quiser realmente complementar o tratamento para retirar os possíveis maus efeitos que o vírus causou, pois ele possui identidade individualizada, faz-se necessário o próprio agente homeopatizado, como por exemplo Bordetella pertussis CH5 até CH6, 7, 8, 9 58 e 12, dependendo do caso. Somente ela, a Bordetella, é capaz de retirar do organismo o que ela mesmo causou de interferência na mente, no emocional e no sistema imunológico da pessoa. Sendo assim, ela é uma homeopatia de um agente específico, como seria de uma abelha, Apis mell., o diferencial é que um ser é macroscópico e o outro é microscópico, por isso se inicia ambas na dinamização CH5. (HOMEOBRAS, 2017)

Iatrogenia: Outro aspecto importante a ser considerado neste estudo é a maneira como as vacinas são produzidas e administradas. Como, para serem preparadas, as vacinas precisam de meios biológicos e de atenuações de micro-organismos, estes podem estar carregando para o organismo receptor muitas informações necessitadas de maior atenção. As vacinas podem ser desenvolvidas usando sistemas vivos e, geralmente, são cultivadas em material retirado de animais – em culturas celulares ou no sangue de animais infectados. Os tecidos utilizados in-

cluem tecido cerebral de coelhos; tecido renal de cachorros, coelhos e macacos; proteínas de ovos de galinhas ou de patos e sangue de cavalos e porcos, além de fetos humanos abortados. Há uma série de problemas potenciais com a criação de vacinas desta forma, uma vez que as culturas de células podem estar contaminadas (como foi o caso da vacina contra a poliomielite feita com tecido de macaco). Mais recentemente, algumas vacinas foram preparadas usando soro bovino e existem informações que, no início da década de 1990, um número desconhecido de crianças britânicas recebeu vacinas que poderia ter sido infectado com BSE. As vacinas podem conter todos os tipos de substâncias além dos restos da infecção contra a qual eles deveriam fornecer proteção. Outras substâncias encontradas nas vacinas incluem: albumina, formaldeído, vários aminoácidos, resíduos de DNA, proteína de ovo, gelatina, surfactantes, glutamato monossódico e diversos antibióticos. Além disso, os fabricantes de vacinas agora usam adjuvantes - produtos químicos incluídos para aumentar a resposta imune, de modo que menos material viral pode ser usado em cada dose de vacina. O benefício alegado é que isso permite que o fabrico faça a vacina disponível ir mais longe. Quando foram introduzidos, os adjuvantes não foram aprovados no EUA porque eles não haviam sido testados.

Muitas vacinas contêm timerosal, o qual que contém mercúrio, uma das substâncias mais tóxicas conhecidas pelo homem. Isso significa que, quando as crianças são 59 vacinadas, são injetadas com mercúrio. Foram feitas vacinas que superam mais de 50 vezes a quantidade segura. As vacinas utilizadas na América não continham mercúrio desde 2001, porque é sabido que o mercúrio pode causar danos neurológicos. A Organização Mundial de Saúde declarou que não existe um nível seguro de mercúrio no corpo humano. As vacinas também podem conter alumínio - o que pode causar danos cerebrais. Curiosamente, a União Europeia exige uma proibição de barômetros que contenham mercúrio (por serem perigosos), mas permite que as empresas farmacêuticas vendam vacinas que contenham mercúrio. No Brasil, as vacinas não contém timerosal desde 2001. Inevitavelmente, não é incomum que as vacinas contenham material que não deveria estar lá e que não fosse colocado deliberadamente. Os contaminantes que foram encontrados em vacinas incluem: vírus de galinha, acanthamoeba, citomegalovírus de simian, vírus espumoso simiano, vírus de câncer de aves, inibidores de enzimas (traremos um tópico específico para este item mais adiante), vírus de pato, vírus de cães, vírus de coelho, vírus da leucose aviária e pestivírus. Kate Birch & Cila Whatcott afirmam que:

Research is showing that as viral vaccines are incubated in animal host cell cultures, bits of the host cell DNA and viral DNA in the host cell culture are recombining with the vaccine material. These viral particles and animal DNA are then injected, via the vaccines, into humans, creating a whole new kind of pathogenic material and subsequent disease process. (BIRCH & WHATCOTT, 2012).

Todo o exposto acima abre caminho para vários efeitos adversos, a curto, médio e longo prazo. Estes podem ser divididos em três categorias (BIRSCH, 2012):

1. Efeitos tóxicos: podem ser provocados pela liberação de toxinas pelos microrganismos atenuados, como por efeito direto dos aditivos. Como exemplo podemos citar linfadenites reativas à vacina BCG.

2. Infecção direta: muitas vezes a pessoa desenvolve o tipo de infecção a que a vacina se propunha a prevenir. É mais comum ocorrer em vacinas de vírus vivos atenuados (sarampo, rubéola, caxumba, varicela, Sabin – pólio oral, febre amarela), porém, também ocorrem casos em vacinas feitas com microrganismos mortos, como a vacina da coqueluche, feita com bac-64

térias Borderela pertussis mortas, ou mesmo a vacina da gripe. Nestes casos a pessoa toma a vacina na maior das boas intenções, porém alguns dias depois desenvolve a própria doença como consequência da vacina. A gravidade da infecção vacinal depende da gravidade da própria infecção natural, por exemplo: a poliomielite vacinal tende a ser mais branda, como a própria poliomielite natural, em que a maioria dos casos é assintomática e apenas 3 a 5% evoluem de maneira desfavorável, podendo permanecer com sequelas motoras. Por outro lado, a febre amarela vacinal, assim como a doença natural, é potencialmente mais grave, apesar de ser pouco frequente (cerca de 1 caso para cada 200.000 doses de vacina), ocorrem óbitos em 50% das pessoas que desenvolvem a febre amarela vacinal.

3. Distúrbios da imunidade: o ideal é que tenhamos uma imunidade equilibrada, que não funcione nem abaixo (imunodeficiência) e nem acima (alergia e autoimunidade) do ideal.

As vacinas podem funcionar como gatilho na alteração deste equilíbrio fino. Um dos efeitos mais notáveis em curto prazo é a diminuição proporcional das IgA (Imunoglobulinas A), responsáveis pela imunidade ao nível das mucosas, após a vacinação. Isto ocorre pois as vacinas intramusculares não passam pelas mucosas e não estimulam a imunidade local, ao contrário da imensa maioria das infecções naturais, em que a via de entrada dos microorganismos se dá pelas mucosas dos tratos digestivo, genital ou respiratório. A diminuição proporcional de IgA torna o indivíduo mais suscetível a inúmeras infecções, como enteroviroses e infecções de vias aéreas. Além dessa questão relacionada à diminuição das IgA, temos também o crescente número de doenças autoimunes e doenças alérgicas, as quais podem estar relacionadas ao excesso de vacinação. Muitas situações de doenças autoimunes pós-vacinação estão bem documentadas, como a ocorrência de Síndrome de Guillan Barret após diversos tipos de vacinas, como tríplice viral, varicela e influenza. Alergias e doenças autoimunes têm 65

mecanismos complexos e muitas vezes é difícil de estabelecer relação de causa e efeito, pois os efeitos podem aparecer após muitos anos. No blog Estão te envenenando (2015), a autora conta seu caso pessoal de lutar com uma febre de 39 graus de sua filha após a vacinação, onde a criança gritava e desmaiava. O interessante, neste caso, é que todas essas reações foram anuladas com o emprego da vitamina C. Além das propriedades de antitoxinas dessa vitamina (por exemplo, a sua capacidade de "neutralizar a natureza tóxica do mercúrio em todas as suas formas químicas"), Dr. Thomas E. Levy, diz que há uma outra razão convincente para tornar a vitamina C uma parte integrante de qualquer protocolo de vacinação:

A vitamina C tem sido documentada por aumentar a resposta dos anticorpos do sistema imunitário. Como o objetivo de qualquer vacinação é o de estimular uma resposta máxima dos anticorpos aos antígenos da vacina e, ao mesmo tempo, fazer com que haja o mínimo ou nenhum dano tóxico às pessoas mais sensíveis vacinadas, não parece haver nenhuma razão medicamente plausível para não tornar o uso da vitamina C uma parte de todos os protocolos de vacinação. (ESTÃO TE ENVENENANDO, 2015).

Além do exposto acima, também há uma discussão sobre a presença da proteína nagalase nas vacinas, o que segundo alguns pesquisadores está associada ao aumento do câncer na população e também ao autismo. Esta proteína se une a outra chamada GcMaf e destroem a vitamina D, que atua na imunidade. Em Stella (2016) para o Jornal da USP, encontramos a notícia de que o timerosal foi associado a problemas nos rins e também ao autismo. Os países pobres são mais sujeitos a terem problemas com o timerosal porque este é usado como conservante. Os vidros de vacinas são multido-

ses para reduzir custos, portanto, várias vezes as agulhas são introduzidas no mesmo frasco, podendo gerar contaminação por fungos e bactérias, daí a visão alopática de ser necessária uma substância que não permita o crescimento deles.

Nos países ricos, os frascos são monodoses, invalidando a necessidade de conservante. Ainda no site da USP, a pesquisadora afirma que todos as alternativas ao timerosal são tóxicas e que o ideal seriam vidros monodoses. “Acredito que precisamos vacinar para aquelas doenças graves que matariam num tempo muito menor.” Ela confia que a imunização nesses locais seja realizada com o maior bom senso possível. Mas não acredita que a população esteja isenta de “eventos de toxicidade”. A pesquisadora alerta para os indivíduos mais expostos, como os doentes renais, os recém-nascidos, gestantes e idosos, que têm um maior comprometimento potencial do tecido renal ou outro tecido ainda em formação “porque o mercúrio é tóxico”. http://jornal.usp.br/ciencias/conservante-utilizado-em-vacinas-tem-potencial-toxico-aos-rinsmostram-analises/

A pesquisadora lembra ainda que a toxicidade depende da quantidade de vacinas, mas considerando-se que no Brasil as vacinas que um bebê recebe no primeiro semestre de vida tenham mercúrio, o que segundo ela não ocorre em 100% dos casos, a exposição desse indivíduo poderia chegar a aproximadamente 320 microgramas de mercúrio, e que ainda faltam estudos para se ter certeza se é muito ou não, mas que bom não seria.

Seção 8 – Homeoprofilaxia

Os casos que abordaremos a seguir se relacionam com a maioria das vacinas obrigatórias no Brasil e algumas outras indicadas pelo Ministério da Saúde. Abordando as vacinas e as formas homeopáticas de tratar cada uma das doenças a elas associadas, pode-se perceber que o método da vacinação é um entre tantos para a busca da cura e da prevenção. Com o adendo, porém, que os efeitos colaterais das vacinas são de difícil reversão, enquanto o tratamento homeopático adequado apresenta-se sem os mesmos efeitos e com grande eficácia. As informações e tratamentos presentes nas próximas páginas foram retiradas do livro The Solution: Homeoprophylaxis: The Vaccine Alternative, de Kate Birch (2012).

CATAPORA é uma doença viral causada pelo Varicella-zoster, uma variante do vírus da Herpes. É altamente infecciosa e se caracteriza por ser uma doença aguda, causando erupções vesiculares na pele. O contágio se dá com o contato com as bolhas que se formam e a pessoa permanece contagiosa enquanto as mesmas persistirem. Em alguns casos, pode-se desenvolver pneumonia. Sintomas: Febre ligeira, corrimento nasal, dor de cabeça, dor nas costas, perda de apetite e fraqueza geral. Dentro de um ou dois dias, as manchas vermelhas aparecem geralmente nas costas e no peito primeiro. As manchas aumentam e se desenvolvem em vesículas com base vermelha que se tornam cheios de um líquido claro. As erupções podem causar muita coceira. Depois de um dia ou dois, o fluido fica amarelo e uma crosta se desenvolve, depois seca e cai. (BIRCH, 2012, p.77. em tradução livre) Principais remédios: Antimonium crudum; Mercurius; Rhus toxicodendron; Stramonium

SARAMPO é uma doença suave, mas extremamente contagiosa e também se caracteriza por erupções cutâneas. No entanto, é causada pelo vírus Morbilivírus. Sintomas: Os primeiros sintomas são olhos aquosos, corrimento nasal e febre. A febre aumenta após o qual pequenos pontos brancos aparecem nas gengivas e no interior das bochechas. Durante a febre aparece uma erupção cutânea na linha do cabelo, que se espalha para baixo eventualmente cobrindo a corpo e coalescente em manchas maiores. A febre desaparece e a erupção seca e forma uma escala fina e descamação. (BIRCH, 2012, p.78, em tradução livre). 66

RUBÉOLA é uma doença viral, semelhante ao sarampo e possui o mesmo tratamento. Causada pelo Rubella vírus, se apresenta como uma versão mais suave do sarampo e também pode ser contraída por gotículas eliminada por pessoas com a doença que ficam suspensas no ar. A grande preocupação desta doença é a possibilidade de se instalar no feto, atrapalhando seu desenvolvimento, podendo causar problemas congênitos, como retardo no crescimento e surdez. Sintomas: Sintomas semelhantes a um resfriado comum acompanhado de glândulas cervicais aumentadas causando dor ao mover o pescoço. Febre leve. Erupção cutânea fina e acidentada que começa no rosto e se espalha pelo corpo. (BIRCH, 2012, p. 79, em tradução livre). Principais remédios para ambas: Belladonna; Euphrasia; Gelsemium; Pulsatilla; Apis; Stramonium; Zinc.

HAEMOPHILUS INFLUENZAE B (HIB) é uma bactéria que se coloca como responsável por diferentes doenças e síndromes graves em crianças, apesar de ser uma bactéria comum no corpo humano, residindo em mucosas. O aleitamento materno e a imunidade passiva que vem com o mesmo podem proteger a criança. A doença se espalha e agrava se bactéria se deslocar do nariz ou garganta, seu habitat, para os pulmões ou corrente sanguínea (FIOCRUZ, 2014). [https://www.bio.fiocruz.br/index.php/ hib-haemophilus-influenzae-tipo-b-sintomastransmissao-e-prevencao-163] Sintomas: Existem três possíveis expressões da doença: a epiglotite começa com inchaço entre a base da língua e febre muito alta. O inchaço da epiglote resulta em uma voz semelhante ao coaxar seco, dificuldade de inspirar ou expirar e bloqueio das vias aéreas, resultando em sufocação. A celulite infecciosa é uma infecção cutânea que progride rapidamente e potencialmente fatal que costuma envolver o rosto, a cabeça ou o pescoço.

MENINGITE é uma infecção das meninges cerebrais e espinhal, sendo a meninge a membra67

na que envolve o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por vírus ou bactéria ou reação sistêmica em reação a outra doença, como a listada acima. Devido a possibilidade de dano cerebral é considerada emergencial e os remédios a seguir devem ser dados no caminho para o hospital, em caso de suspeita de meningite. Sintomas: Dor de cabeça, rigidez do pescoço, arqueamento das costas, com febre alta, confusão ou consciência alterada e, possivelmente, convulsões, incapacidade de tolerar ruídos leves ou intensos, náuseas, vômitos e cansaço. Se de causa bacteriana, pode haver manchas da pele (pequenas áreas dos vasos sanguíneos quebrados). A condição pode tornar-se séptica, com frequência cardíaca e respiração rápidas. (BIRCH, 2012, pp.79-80, em tradução livre). Principais Remédios: Acônito, Apis; Belladonna; Bryonia.

INFLUENZA é uma infecção aguda viral do trato respiratório. O vírus muda de ano para ano e é relacionado com a espécie da gripe aviária. O vírus é difundido pela tosse e coriza e nos chega através de objetos contaminados pelo muco e também através das pessoas contaminadas. Conforme dito o virus entra pelo trato respiratório. A incubação é de um a três dias. A pessoa se torna mais fortemente contagiante um dia antes do aparecimento dos sintomas até sete dias depois dos sintomas surgirem. Fadiga e tosse podem perdurar por várias semanas. Sinais e sintomas: início repentino de febre e calafrio, dor de cabeça, malestar, dores musculares, dor de garganta, congestão nasal e tosse. Também podem ocorrer distúrbios gastrointestinais e dores generalizadas. Complicações incluem infecções secundárias dos ouvidos, seios nasais e pulmões. Remédios principais: Bryonia, Eupatorium perforatum, Ferrum phosphoricum, Gelsemiun, Rhus toxicodendrum.

CAXUMBA A caxumba é causada por vírus da família do vírus da influenza. A caxumba é uma doença relativamente suave causando inflamação de uma ou das duas glândulas parótidas. E é transmitida de pessoa a pessoa por gotículas de

saliva. O período de incubação é de dezoito dias e a doença geralmente dura de três a dez dias. A doença pode migrar para o peito ou gônadas e podem causar infertilidade se não for tratada por um profissional. Sinais e sintomas: Febre de alta a moderada, dor de cabeça e fatiga. Em vinte e quatro horas o paciente apresenta dor de ouvido e inchaço de uma ou ambas as glândulas parótidas. Dor e sensibilidade ao engolir. Comidas salgadas e bebidas aumentam a dor pois fazem com que as glândulas sejam estimuladas. Remédios principais: jaborandi, Phytolacca, Pulsatilla, Trifolium repens.

PNEUMONIA é classificada como uma doença infecciosa, mas não uma doença contagiosa. O Streptococcus pneumoniae, que normalmente reside no pulmão é responsável por 90% de toda pneumonia por bactéria. A pneumonia também pode ter uma base viral ou resultar de uma aspiração de comida ou outras partículas. Pode ser uma doença primária mas também frequentemente é uma complicação de outras doenças. A pneumonia acontece quando a resistência está diminuída por gripes frequentes, tosse convulsiva, saúde depauperada, ou perda de energia vital. Quando o excesso de fluidos se acumula nos pulmões, isso propicia um solo fértil para a doença se desenvolver. A inflamação resultante dos pulmões e a consolidação dos tecidos podem trazer riscos de vida. T=Sinais e sintomas: Febre alta com calafrios, fraqueza com dor ou queimação no peito. Tosse fraca com respiração opressa; resiração rápida ou superficial com pulso rápido. Traços de sangue ou fluido marrom na secreção da tosse. Remédios principais: Apis, Bryonia, Ferrum metallicum, Phosphorus.

TÉTANO é uma condição neurológica causada por uma neurotoxina produzida pela bactéria Clostridium tetani em uma ferida contaminada. Esta bactéria é encontrada em áreas rurais, especificamente no solo e poeira, e disseminada por fezes humanas e de animais. O sangramento livre e a lavagem da ferida minimizam a infecção pelo tétano. O período de incubação da bactéria é de oito dias desde o momento da contaminação. Sinais e Sintomas: finas linhas radiais partindo da ferida demonstrando a infecção e inflamação dos nervos superficiais. Dores radiais e espasmos dos músculos onde os nervos afetados percorrem. Em menos de quarenta e oito horas o paciente demonstra dificuldade de abrir a boca. Espasmos musculares progressivos causam rigidez dos músculos das costas e espasmos no rosto. Luz, barulho, e movimentos de carro podem desencadear os espasmos que podem se tornar constantes. Remédios principais: Hypericum, Ledum.

COQUELUCHE é o resultado de uma infecção no trato respiratório pela bactéria Bordetella pertussis. Esta bactéria é disseminada por tosse e espirro. O período de incubação é geralmente de sete dias. Depois disso, desenvolve-se a fase catarral aguda que é acompanhada por muco viscoso. A tosse se torna violenta e espasmódica na fase aguda. Sem tratamento, a tosse pode durar até cem dias. É uma doença relativamente inofensiva, exceto em criança, onde o muco durante a fase catarral pode sufocar ou o sufocamento pode ocorrer na fase espasmódica. Sinais e Sintomas: Febre suave na fase aguda com muco claro no trato respiratório superior. Inflamação das mucosas acompanhada de muco excessivo excretado pelo garganta e vias aéreas superiores. Fase prolongada de tosse espasmódica terminando em chiado ou respiração chiada. Remédios pricipais: Coccus cacti, Corallium rubrum, Drosera

POLIOMIELITE é uma doença viral aguda causada pelo Poliovirus. Esse virus pode atacar o Sistema Nervoso Central, afetando ou destruindo as células nervosas que controlam os músculos causando paralisia ou atrofia destes. É uma doença severa, mas geralmente não fatal. O período de incubação é de três semanas. O vírus é disseminado por gotículas de saliva ou por via fecaloral. A maioria dos casos se resolve em dez dias sem tratamento, 5% dos casos resultam em paralisia permanente. Sinais e Sintomas: Semelhante a influenza. Febre alta, dor 68

de cabeça, vômitos, dor de garganta, dor e rigidez no pescoço e costas e sonolência. Paralisia também pode atingir as pernas e envolver outros músculos, incluindo a garganta, e afetando a respiração, bexiga e intestino. Os casos mais graves causam paralisia dos pulmões, o que pode resultar em morte mesmo quando a ventilação mecânica é usada. Remédios principais: Gelsemiun, Lathyrus sativus.

CONCLUSÃO

O que buscamos trazer neste trabalho foi a discussão de como as vacinas estão colocadas dentro do nosso dia-a-dia, e quais as opções homeopáticas para lidar com elas. Ao longo da história do nosso país e da medicina alopática, foi-nos apresentado uma forma de entender o nosso corpo e as doenças a ele associadas e, com isso, a vacina se colocou como uma possibilidade e uma imposição legal. Essa imposição quase não encontra resistências, devido a como esse discurso oficial é apresentado. A vacina, dentro do ideário da medicina alopática, faz sentido e tem uma função importante, a saber: a de prevenir doenças graves que acometem as pessoas desde a tenra infância. O próprio discurso médico argumenta que os efeitos colaterais que as vacinas podem gerar em algumas pessoas não são expressivos como os benefícios gerados pelas vacinas, pensados esses benefícios como a prevenção das doenças citadas. Porém, quando se toma o referencial da homeopatia, vemos algumas distinções fundamentais.

A primeira é a base do entendimento homeopático de que não há doenças e, sim, doentes. A partir daí, a utilização da vacinação em massa se torna complicada, pois os indivíduos são diferentes e, assim, muitos não seriam suscetíveis a certos adoecimentos por vibrarem de forma diferente da enfermidade. O que a homeopatia também percebe são elementos em cadeia que a alopatia ignora. Ao mesmo tempo que a alopatia, baseada nos estudos genéticos, coloca possibilidades de doenças dentro das famílias, ela acaba por não correlacionar todo o espectro de doenças possíveis. 69

Assim, a possibilidade de diabetes e doenças do coração aparecem, mas a vulnerabilidade para gripes ou a relação eczema e asma e suas supressões nas famílias não são apresentadas como ligadas. Estes últimos, dentro da homeopatia, apresentam uma série de dados tão importantes quanto a existência de doenças genéticas nas famílias, pois as doenças periféricas são a primeira manifestação do desequilíbrio corporal e podem ser tratadas antes de atingirem um órgão importante no corpo e, assim, podem parar de ser transmitidas para as próximas gerações, como nos explica a teoria dos miasmas. Dessa forma, o que procuramos concluir com esse trabalho é a possibilidade de a homeopatia prevenir doenças e gerar menos efeitos colaterais que as próprias vacinas.

Sabe-se que as vacinas, atualmente, são grandes compostos de elementos que vão muito além do agente patológico, e são esses coadjuvantes que geram grandes intoxicações e desencadeiam diferentes moléstias nas pessoas vacinadas. Essas moléstias nem sempre são identificadas pela medicina alopática como desencadeadas pelas vacinas, no entanto, trouxemos diferentes exemplos na literatura que já contestam e colocam esses efeitos. A fim de evitar estes problemas relacionados à intoxicação, a homeopatia pode se tornar um tratamento extremamente viável, além de barato. Já foram feitas experiências em massa na população que comprovam a eficácia da homeopatia equiparada à vacina e de forma mais segura. Esperamos que esse debate se torne mais profícuo no futuro a ponto de podermos escolher como e o que utilizar e inserir em nossos corpos. Falar hoje de alimentos orgânicos já é uma realidade em diversos países e, no Brasil, vem ganhando espaço. E porque não questionar o que fazemos com as demais substâncias com que entramos em contato, como as vacinas?

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Homeopatia em Rede

Os links a seguir contém informações importantes para os estudos homeopáticos. Vamos apreciar?

https://www.vithoulkas.com

O site do homeopata e escritor George Vithoulkas, com informações sobre sua carreira acadêmica, suas instituições, cursos a distância e conteúdo multimídia.

• https://health.economictimes.indiatimes.com/news/industry/for-the-first-time-in-the-world-we-are-using-homeopathy-for-genetics-dr-mukesh-batra/64657541

Esclarecimentos muito importantes a respeito de Homeopatia Genética.

• http://www.dailymail.co.uk/health/article-5884541/Were-proof-homeopathy-works-NHS-scrapped-it.html

Artigo em resposta ao NHS England, que decidiu retirar o apoio financeiro para a Homeopatia.