Como será a Salvação Daqueles que - nunca ouviram - o Evangelho

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A palavra árabe para designar Deus é Alá ou Allah. Segundo estudiosos, trata-se, portanto, da mesma divindade monoteística de cristãos e judeus. O árabe cristão, utiliza a forma Allãh al-‘Ab (Alá, o Pai) para diferenciar-se do uso feito pelos muçulmanos. Esse termo é utilizado por judeus e cristãos de fala árabe para se referir ao Deus Verdadeiro Na parte centro-sul da Etiópia vivem milhões de cafeicultores divididos em várias tribos, mas unidos em torno da fé comum num ser benévolo chamado Magano – Criador onipotente de tudo quanto existe. Uma dessas tribos, chamada Darassa também cria em Magano, mas bem poucos desses etíopes oravam a Magano. Consideravam-no (aparentemente) com tanta reverência que recusavam-se aproximar dele. Na verdade ofertavam à um outro ser, este maligno, à quem procuravam apaziguar com seus sacrifícios. Por quê? “Sacrificamos a Sheit’an, não porque o amemos, mas simplesmente por não termos comunhão suficiente com Magano para que nos afastemos de Sheit’an”. Warrasa Wange, membro da família real de sua tribo, fez uma oração simples à Magano, a fim de por fim à servidão ao maligno Sheit’an: “Magano, revele-se a nós”. Wange começou então a ter visões com dois homens brancos e ouvia uma voz que lhe dizia: Esses homens trarão a você uma mensagem de Magano, O Deus que você procura. Espere por eles. Warrasa Wange esperou. Enfim, em 1948, branquíssimos missionários canadenses chegaram para dar início ao trabalho entre o povo gedeo. Em 1978 já eram mais de 200 igrejas (somente entre os Gedeo) com média acima de 200 membros cada! "Foi um perfeito casamento entre demanda e oferta celebrado pelo criador onipotente de tudo quanto existe: Magano" (Don Richardson). O Criador é chamado de Koro em várias línguas banto da África. E uma das tribos Banto, os Mbaka chegaram a prever não apenas a vinda de uma mensagem de Koro, mas até mesmo de parte de seu conteúdo. O missionário batista Ferdinand Rossenau espantou-se com a pronta acolhida ao evangelho da parte dos Mbaka, o início da década de 20. Diziam-lhe: “Koro, o Criador, enviou uma mensagem a nossos antepassados há muito tempo atrás, dizendo que Ele já mandou seu Filho para realizar uma coisa maravilhosa em favor de toda a humanidade. Mais tarde, porém, nossos ancestrais afastaram-se da verdade sobre o Filho de Koro. Mas tudo o que pudemos saber foi que mensageiros finalmente viriam para repetir esse conhecimento esquecido. De alguma forma, saíamos também que os mensageiros seriam provavelmente brancos... Em qualquer caso, resolvemos que, à chegada dos mensageiros de Koro, todos nós lhe daríamos as boas-vindas e creríamos na sua mensagem!” Alguns destes povos oferecem sacrifícios a outras divindades que segundo eles seriam deuses maus, para apaziguar sua ira. No entanto, também reconhecem que há no céu somente um Deus, Criador de todas as coisas. A visão que esses povos têm de Deus é parecida com a idéia judaico-cristã a respeito de Deus. Para se ter uma idéia os Karen da Birmânia possuem composições de hinos que exaltam e anunciam sobre o único Deus verdadeiro, que eles chamam de Y’wa.


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