Revista Condomínios | Edição 86

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A rotina transformada pela pandemia O que aprendemos e devemos preservar depois de passarmos pelo novo coronavírus Condomínios reforçam a segurança durante a pandemia Há sistemas para todos os tipos e bolsos

Cases da pandemia A CIPA convidou três síndicos para um bate-papo sobre suas experiências durante o isolamento social




Editorial

O mundo mudou em poucos meses… Inacreditável! A pandemia fez com que tudo mudasse na atividade humana de forma radical. Negócios fecharam, pessoas ficaram desempregadas, sem renda e até sem comida, surgindo uma onda de solidariedade nunca vista no mundo. O isolamento trouxe as famílias para dentro de casa, gerando efeitos diretos sobre o meio ambiente – foram efeitos positivos que apareceram imediatamente na natureza. Nunca conseguiríamos isso se não fosse por meio de um evento aparentemente “catastrófico”. O mundo já mudou e vai mudar mais ainda. Nós temos que nos transformar também e aproveitar o que ficou de melhor. As mortes são insubstituíveis, mas naturais em quaisquer circunstâncias, o luto tem o seu preço e o seu tempo. O mundo digital nos foi empurrado como uma freada brusca num ônibus lotado de passageiros… Esse mundo digital entrou pra valer. As crianças nascidas nos últimos 15 anos estão completamente inseridas nessa era. Nós, os demais,

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NEWTON MENDONÇA Presidente da CIPA

também vamos viver e aproveitá-la no que for possível, com a ajuda e a disposição que tivermos e com a felicidade que merecemos e a que temos o direito. E a nossa querida Cipa, como se inseriu neste inesperado e rápido contexto? Nos últimos quatro anos, prevíamos que uma “freada” iria acontecer, porém, não tão brusca e com tamanha intensidade. Isso fez com que começássemos a construção de um

“ônibus” com lugar para todos os tipos de passageiros, fazendo com que ninguém se machucasse e pudesse trocar de lugar na hora que quisesse. Com isso, estamos trafegando bem com todos os nossos queridos passageiros clientes desde o início dessa crise e fazendo os ajustes necessários no ônibus Cipa para dar o melhor atendimento, consignando aqui nossos elogios e reconhecimento à nossa equipe, colaboradores e fornecedores externos que muito contribuíram. Reabrimos em julho com todos os serviços em funcionamento e com melhorias operacionais. As pessoas começaram a olhar as outras que estavam em seu caminho e que antes nem enxergavam. A solidariedade humana se tornou uma atitude presente. Na minha opinião, mudamos para melhor. A Cipa agradece o apoio e a compreensão de todos e acredita que, ainda durante este ano, o mundo terá os meios necessários para erradicar esse vírus. Estamos juntos!


Sumário

Uma publicação:

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Presidente: Newton Mendonça

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2196-5176

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14 mil exemplares

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Design: CLEBER SOARES

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Fotografia: Ariel Subirá istockphoto FREEPIK Colaboraram neste número: Isabela Masi Leticia Rio Branco Lia Rangel Conceitos e opiniões em artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta publicação é permitida desde que seja citada a fonte e previamente autorizada, por escrito, pela editora. A empresa reserva-se ao direito de não aceitar publicidade sem fundamentar motivação de recusa.

• Não atesta, verifica ou inspeciona os serviços e produtos dos anunciantes, nem é responsável por qualquer dano, direto ou indireto, que o contratante possa sofrer ao realizar uma negociação com os anunciantes. Esta publicação está em conformidade com o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, aprovado pelo Decreto Legislativo nº 54, de 18 de abril de 1995, e em vigor desde 1º de janeiro de 2009.

Jardim colorido

[Sustentabilidade]

Energia solar sem investimento

[Manutenção]

Limpeza de reservatórios de água em tempos de pandemia O serviço é essencial e não pode parar. Nem mesmo durante a pandemia. Saiba mais sobre o assunto com as orientações desta matéria.

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[Economia]

Hidrômetros individuais sem complicação e com economia Sistema inovador pode ser instalado sem quebra-quebra. Leia a matéria e entenda como fazer.

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[Segurança]

Condomínios reforçam a segurança durante a pandemia Há sistemas para todos os tipos e bolsos. É preciso fazer um bom planejamento para garantir a segurança do condomínio. Veja algumas opções nesta reportagem.

A Revista Condomínio etc. esclarece que: • Não se responsabiliza por qualquer dano, direto ou indireto, sofrido por usuários ou terceiros, advindos da exibição e/ou conteúdo dos anúncios publicados pelos anunciantes, incluindo a divulgação de dados, preços e imagens.

[Paisagismo]

Essa opção existe e está esperando pelo seu condomínio! Estações remotas também são uma realidade. Saiba mais lendo este artigo.

Marketing: DANIEL QUAGLIANI marketing@cipa.com.br Revisão: Andrea Bivar andreabivar@gmail.com

Cases da pandemia

Um jardim não necessariamente precisa de flores para ser colorido, a mãe natureza nos oferece uma gama de folhagens coloridas que encantam qualquer espaço. Leia a matéria e invista em mais cor!

www.condominioetc.com.br revista@condominioetc.com.br

Redação e Edição: VIVIEN BEZERRA DE MELLO Tao da Comunicação Ltda. taodacomunicacao@gmail.com

[Condomínio]

A CIPA convidou três síndicos para um bate-papo sobre suas experiências durante o isolamento social.

Vice-presidente: MARIA TERESA MENDONÇA DIAS

PARA ANUNCIAR LIGUE

A rotina transformada pela pandemia O que aprendemos e devemos preservar depois de passarmos pelo novo coronavírus. Nesta matéria especial, você vai se inteirar dos vários aspectos.

Rua México, 41 – 2o andar – Centro CEP 20031-905 – Rio de Janeiro – RJ Tel.: [21] 2196-5000 Fax: [21] 2533-2449 DIRETORIA

[Capa]

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[Condomínio]

Obras: não deixe para amanhã o que deve ser feito hoje O momento inspira cuidados com gastos, mas os síndicos não podem deixar responsabilidades urgentes para depois. Saiba como agir lendo esta matéria.

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informe

O ano de 2020 está sendo de grandes desafios para o mundo, mas também um período de muitas soluções inovadoras. Nunca antes se pensou tanto em qualidade de vida, sustentabilidade, saúde e bem-estar. Como a missão da Cipa sempre foi oferecer bem-estar a seus clientes – além de serviços de excelência –, esses meses de isolamento social foram providenciais para a empresa elaborar tanto mudanças físicas quanto de padrões de serviços digitais que privilegiam clientes e funcionários. Entendemos que este momento que estamos passando pode ser também uma oportunidade de melhoria e investimentos! Nossa sede teve seu layout amplamente reestruturado para que nossos clientes tenham, à disposição, espaços de atendimento e coworking planejados especialmente para eles. Isso inclui estrutura tecnológica de ponta com o conforto e a privacidade que precisam para resolver suas demandas. Além disso, abriremos em breve uma nova estrutura na Barra da Tijuca, onde nossos clientes também contarão com nosso atendimento especializado e um espaço de coworking dedicado só para eles. E o melhor: sem

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Cipa 2020: um mundo de soluções

Um mundo melhor pede novos padrões de serviços

custos extras e com total segurança. A excelente estrutura com dois andares da Barra também será utilizada como coworking por nossos funcionários. As novidades não param. De olho no bem-estar de nossos funcionários e com o intuito de oferecer a eles mais qualidade de vida, decidimos que 60% de nossa equipe permanecerá definitivamente com suas atividades em sistema de home office. Montamos a estrutura de que cada funcionário necessita em sua residência para essa finalidade – sabemos que o tempo é um bem precioso e que estar com quem gostamos e ter mais tempo para nós é um grande privilégio. O mundo mudou e a Cipa também!

O mundo está mudando a cada dia, e a Cipa tem trabalhado para que todas essas transformações sejam positivas. Temos participado de muitas ações solidárias e de preservação do meio ambiente. As pessoas estão percebendo a importância da empatia e, dessa forma, estamos caminhando para um mundo melhor. O isolamento social nos mostrou que nosso tempo é precioso e que ficar mais tempo com quem gostamos é muito bom. Durante esse período difícil, os recursos digitais foram a solução para muitas necessidades do dia a dia, além de terem reforçado a ideia de que ser sustentável é viável e representa vantagens não só para o planeta, mas para todos nós.


Na Cipa não poderia ser diferente e, como empresa também digital, já estávamos preparados para atender nossos clientes dessa forma. Em maio, atestamos, por meio de pesquisa, que o percentual de satisfação com nossos serviços digitais foi de 75%, índice bem elevado diante do momento que enfrentamos. Estamos todos lidando com muitas mudanças, mas a Cipa acredita que elas são positivas, um bom exemplo são as novas formas de obter e pagar boletos de cotas condominiais.

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Boletos digitais Atualmente, a Cipa oferece seis formas para que seus clientes obtenham seus boletos, cinco delas são digitais e mais sustentáveis. Veja as opções que os condôminos têm de obter seu boleto: • e-mail; • Cipa Fácil; • app Cipa Condomínios; • telefone Cipa – 2196-5000; • Débito Digital Autorizado (DDA). Agradecemos a parceria neste momento e afirmamos que estamos ainda mais preparados para atender você, proporcionando ainda mais satisfação e bem-estar.

AME e PicPay Além do banco, os clientes Cipa agora podem pagar seus boletos de

forma digital e com cartão de crédito por meio das plataformas AME Digital e Picpay.

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O Combo Bem-estar Condomínios ganhou mais dois grandes parceiros O que já era bom ficou ainda melhor! Soluções e mais soluções. É o que a Cipa está trazendo para seus clientes e para o mercado. Já iniciamos o Combo Bem-estar Condomínios com grandes parceiros: iFood Box, Onii, Smart Snacks & Coffee, Barbearia Texana e Purilimp Purificador de Ar. Conheça nossos dois novos parceiros:

OMO Lavanderia Compartilhada Só a Cipa para trazer todo o cuidado e expertise OMO para dentro de seu condomínio! Já pensou em disponibilizar uma estrutura interna de lavanderia para os condôminos, com agendamento de uso e pagamento por meio de aplicativo e ainda por cima com o que há de mais moderno em produtos? E o melhor: o morador ainda ganha muitos outros benefícios. • Economia de até 65% de água e energia do condomínio. • Suporte técnico especializado

com custo zero para o condomínio. • Tudo na palma da mão, com o app OMO Lavanderia, com controle e histórico de uso para cada morador. • Dosagem automática da marca de sabão mais amada do Brasil e do amaciante que dá vida longa às roupas em suas versões profissionais.

Condgel Totens para desinfecção das mãos acionados com o pé Condgel é a solução para que as pessoas desinfectem as mãos com álcool gel sem tocar em nada. O sistema é acionado com o pé, o que garante ainda mais segurança para todos. Condgel é inovador, e muitos condomínios já estão solicitando. Peça já você também! Clientes Cipa têm exclusividade e podem solicitar uma “degustação” do sistema por 15 dias, com opção de aquisição em comodato e com preço promocional. Veja as vantagens de optar pelo Condgel: • degustação – 15 dias grátis no condomínio; • ao adquirir o produto após a degustação, o primeiro vencimento só ocorre em 30 dias; • preço: até cinco unidades: R$ 99,90; acima de cinco unidades: R$ 89,90 (gel não incluso).

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Capa | Rotina transformada Por Isabela Masi

A rotina transformada pela pandemia O que aprendemos e devemos preservar depois de passarmos pelo novo coronavírus De um dia para o outro, a vida virou de cabeça pra baixo. Um organismo microscópico se espalhou pelo mundo e chegou ao Brasil para tirar a paz de todos. Foram vários dias em casa sem saber ao certo o que fazer. Informações contraditórias ainda geram medo e insegurança. De repente, vimos pessoas próximas ficando doentes, outras morrendo. Como um tsunami, o novo coronavírus veio para sacudir a rotina de todo mundo.

Quem pôde seguiu as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e ficou em isolamento social. Foi obrigado a conciliar as demandas do emprego com os afazeres domésticos e as necessidades dos filhos. O trabalho remoto e as reuniões virtuais passaram a ser comuns. Tivemos que construir uma relação diferente com nossa casa, adotar hábitos disciplinares e ter ainda mais cuidado com a higiene e a limpeza. Sem contar

ter que suportar a saudade da família e dos amigos. Mas nesse período também houve descobertas incríveis que mudaram conceitos e quebraram paradigmas. Uma nova organização surgiu no dia a dia de cada um, principalmente dos que vivem dentro dos prédios e condomínios. A convivência entre vizinhos ficou mais próxima, gerando momentos agradáveis, mas também alguns momentos de tensão. Se indi-

APP E CIPA DIGITAL

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vidualmente foi difícil, imagina para os síndicos dos condomínios, que tiveram que administrar todas essas transformações repentinas. Eles cumpriram um papel fundamental de liderança e negociação. Para Fernando Canejo a tarefa foi bastante complexa. Canejo é síndico do Condomínio Carioca Residencial, na zona oeste da cidade. São mais de 3 mil pessoas que vivem nos 732 apartamentos, divididos em três blocos. Segundo ele, com o isolamento social, algumas reclamações aumentaram: “Todos ficaram mais sensíveis a ruídos antes desconhecidos. Descobriu-se que aquele cãozinho bonitinho do vizinho late bastante. As crianças, sem poderem descer, tiveram que fazer os pais terem criatividade para contê-las. Pois criança em casa quer brincar”, conta. A comunicação foi essencial para manter a harmonia dentro do condomínio. Foram mais de 60 comunicados só nos dois primeiros meses da pandemia. A solidariedade também foi muito importante para ajudar a passar os dias de confinamento. Houve assistência, principalmente para os moradores

Síndico Fernando Canejo: “A Cipa é muito antenada com as demandas tecnológicas, o que foi um facilitador por ter os módulos de boletos on-line, extratos, balancetes. Com parte da equipe do condomínio e administradora trabalhando em home office, as reuniões virtuais trouxeram dinamismo e praticidade nas ações e demandas da administração”

idosos ou aqueles com algum tipo de impedimento que não podiam sair na rua de jeito nenhum. “Montamos uma comissão de moradores voluntários, com espírito de servir e ajudar o próximo – a Comissão Acolher. Tivemos a campanha Vizinhos Solidários, em que criamos uma lista de moradores que se

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Capa | Rotina transformada

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Reuniões e assembleias tiveram que ser realizadas em ambiente virtual. O pagamento de muitas contas também sofreu transformações, já que, com o atraso das entregas dos Correios, tiveram que ser feitas on-line. Síndicos foram forçados a se adaptar à tecnologia e, acredite, muitos gostaram e querem manter do jeito que está. Com um sistema 100% digital, a Cipa dá total apoio a seus clientes de forma remota

ofereciam para ajudar os idosos e as pessoas com comorbidades com compras no supermercado, padaria, farmácia etc. ou na busca de encomendas na portaria.” O síndico também estruturou ações para arrecadar cestas básicas para uma comunidade carente, com o auxílio de uma paróquia local e uma pastoral evangélica. Houve também campanha de coleta de sangue dentro do condomínio. Além disso, para dar um pouco mais de tranquilidade e lazer, Canejo organizou shows solidários para os moradores, que assistiam às apresentações das varandas de casa. Os músicos se apresentaram de forma voluntária. Sem dúvida, o isolamento social tem exigido criatividade. A internet foi uma grande aliada nesse momento.

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Cipa Digital A Cipa saiu na frente de muitas empresas. Com um sistema 100% digital, deu total apoio a seus clientes de forma remota. Na empresa, 90% dos funcionários trabalharam em home office, o que diminuiu as chances de contaminação e manteve as recomendações de isolamento social. Na geração e no pagamento de boletos, ninguém teve dor de cabeça. Grande parte das empresas, que têm contratos ou prestam serviços aos condomínios, também fizeram cobranças pela internet. Canejo se diz um amante da tecnologia. “Nossa administradora, Cipa, é muito antenada com as demandas tecnológicas, o que foi um facilitador por ter os módulos de boletos on-line, extratos, balancetes. Com parte da equipe do condomínio e administradora trabalhando em home office, as reuniões virtuais trouxeram dinamismo e praticidade nas ações e demandas da administração.”

Limpeza intensificada Mas não teve jeito, outros trabalhos continuaram a ser feitos de modo presencial. A limpeza, por exemplo, teve que ser redobrada. Como todos sabem, a boa higiene previne a proliferação do vírus. Muitos síndicos optaram por fazer a sanitização nas áreas comuns do condomínio. Com produtos de alta qualidade e técnicos especializados, a Unitec Controle de Pragas e Sanitização precisou até contratar mais funcionários para dar conta dos pedidos. Marcos Moraes é diretor comercial da empresa. Ele explica que essa “sanitização é a utilização de um superdesinfetante (quaternário de amônio quinta geração) que você aplica nas superfícies e o produto é capaz de matar 99,9% de vírus, bactérias, fungos e ácaros”. Há quase 30 anos no mercado, a empresa faz um trabalho de controle de pragas e sanitização em condomínios, no comércio e em indústrias. É bom lembrar que não existe um sanitizante específico para combater a Covid-19. As pesquisas de vacinas e remédios para acabar com a doença estão a todo vapor pelo mundo inteiro, mas ainda não deu tempo de os cientistas conseguirem a cura ou a prevenção da doença. Mas esse superdesinfetante é o indicado para ser


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usado neste momento, para criar um ambiente seguro para os moradores. A CNS Nacional de Serviços, empresa de prestação de serviços terceirizados de facilities, também recebeu mais chamados do que o normal. Segundo o diretor executivo, Mauricio Eisenberg, “com a permanência dos moradores em suas residências, houve um aumento significativo na geração de resíduos e, consequentemente, maior necessidade de coleta, higienização e desinfecção dessas áreas. Superfícies em que as mãos tocam com mais frequência, como maçanetas, corrimãos, interruptores de luz, telefones, botões de elevador, bebedouros e torneiras, precisam ser limpas pelo menos quatro vezes ao dia”. A CNS trabalha há mais de 80 anos em higienização hospitalar, então, pode oferecer com segurança o serviço de desinfecção de ambientes contra a Covid-19. “Com a supervisão de enfermeiros, essa higienização é executada por profissionais treinados, equipamentos modernos e produtos registrados pela Anvisa. Nossa solução cria uma camada protetora nas superfícies, fundamental para a destruição de microrganismos como vírus, bactérias e outros patógenos”, explica Mauricio Eisenberg. Por isso, antes de você fechar algum contrato, medidas de precau-

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Divulgação UNITEC.

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Os brinquedos podem e devem ser sanitizados por empresas especializadas periodicamente

ção devem ser tomadas, como orienta o diretor comercial da Unitec: “O importante é o síndico contratar uma empresa especializada nesse tipo de trabalho, que já tenha uma história, buscar indicações de outras pessoas. Para você não abrir a porta para qualquer um, é essencial checar qual o produto que vai ser usado, ver o frasco, a validade e a ficha técnica dele. Tem muitas empresas se aproveitando do momento e fazendo o trabalho apenas com uma mistura de álcool 70%, água sanitária e água, o que não resolve. As pessoas estão sendo enganadas.”. Além desses mecanismos de prevenção, para diminuir os riscos de contaminação, Mauricio, da CNS, diz

que é importante manter o ambiente em que moramos arejado o máximo de tempo possível, evitando a utilização de ar-condicionado. É fundamental limpar as superfícies com água e sabão comum (como detergente) ou álcool a 70%, no mínimo, uma vez ao dia. “Em maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que não é possível prever quando e se o novo coronavírus vai desaparecer, afirmando ainda que ele pode se tornar endêmico. Se esse cenário se concretizar, não teremos outra opção a não ser mantermos toda essa rotina de limpeza, higienização e desinfecção durante um bom tempo, obedecendo a uma rigorosa periodicidade.”


Em relação aos funcionários, as duas empresas foram bem firmes para garantir a segurança da equipe e dos clientes. Tiveram que se adaptar às novas recomendações da OMS. Muitos colaboradores deixaram o escritório e foram trabalhar de casa. Os encontros passaram a ser por aplicativos de reuniões ou por troca de mensagens. Os executivos das empresas perceberam que essa organização virtual várias vezes ajudou em tomadas de decisões mais rápidas e assertivas. Já para quem trabalha nas ruas, houve um treinamento específico, e os trabalhadores passaram a seguir uma série de orientações. Os técnicos que aplicam os produtos já são obrigados a usar o equipamentos de proteção individual (EPI). O que foi reforçado foram as orientações de distanciamento e a convivência social.

Eles também foram aconselhados a lavar sempre as mãos e usar álcool gel 70%. Quem tinha algum sintoma, era afastado do trabalho. Essa preocupação constante com a higiene pessoal e do local onde moramos e trabalhamos também gerou uma grande procura por produtos de limpeza. “Principalmente álcool gel 70%, dispensers para álcool e produtos à base de hipoclorito de sódio. Também foi grande a solicitação de material de limpeza por parte dos moradores de condomínios. Consequentemente, nosso trabalho aumentou e tivemos que promover algumas mudanças para conseguir atender nossos clientes e minimizar o risco de contaminação de todos”, afirma Marcelo Ribeiro, administrador da Maxfort, empresa especializada na revenda de produtos de limpeza.

A CNS recomenda que a limpeza reforçada deve permanecer mesmo depois da pandemia

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No condomínio administrado por Canejo, a rotina de limpeza foi reorganizada. As escalas de trabalho foram alteradas e as ações de higienização aumentaram. “Um turno especial, com atenção às pessoas com suspeita e/ou confirmação de Covid-19, também foi providenciado, assim como a fiscalização da utilização de EPIs ficou mais rigorosa. Para manter os funcionários em segurança, antes mesmo de ser obrigatório pela legislação, disponibilizamos álcool gel e líquido em todos os acessos do condomínio e distribuímos máscaras de tecido para todos os prestadores de serviços.” Os funcionários da Maxfort também tiveram que se adaptar à nova rotina de trabalho. Para quem ficou dentro da empresa, foram disponibilizados álcool gel nas áreas comuns e nas mesas de cada um deles e máscaras. “Os colaboradores da expedição passaram a usar máscara e óculos de proteção, além de outros equipamentos de proteção individual. Nossa atenção com a limpeza em geral e a higiene pessoal foi redobrada, incluindo também os veículos de entrega”, explica Ribeiro. O sistema foi adaptado, e as pessoas que estavam em home office conseguiam concluir o processo de

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Rotinas readaptadas

Marcelo Ribeiro, da Maxfort, acredita que “No pós-pandemia, ficarão as novas formas de trabalho, os novos hábitos de higiene e a maior valorização dos profissionais que sempre foram essenciais”

venda até a entrega. O administrador da Maxfort conta que, como em outras áreas, o envio de notas fiscais e boletos para pagamento passou a ser por e-mail e WhatsApp. “Isso é bem legal, foi uma novidade para nós e está funcionando muito bem. Agora nos falamos mais pelos ramais internos do que pessoalmente e já deixamos de comemorar alguns aniversários de colaboradores por conta do afastamento que devemos manter.”

Obras e dedetizações Outros serviços essenciais ao condomínio – como as obras emergenciais e a dedetização – também foram mantidos, com autorização de

decretos municipais e estaduais. A forma como passaram a ser feitos é que mudou. Mesmo em tempos estranhos, o condomínio precisou seguir a legislação e manter a manutenção em ordem. “Tivemos que ajustar alguns cronogramas e cancelar algumas obras residenciais para não expor nem os moradores, nem nossos funcionários. Mas as obras emergenciais não puderam parar. É uma questão de segurança”, esclarece Caio Cernigoi, sócio e gerente de Marketing da Construtora Cernigoi. A construtora chegou a suspender seus serviços por duas semanas logo no início da pandemia. De acordo com o sócio da Cernigoi, “primeiro a gente passou pela etapa do susto,

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sem saber o que deveria fazer. Tivemos várias reuniões de crise e decidimos que, com segurança e responsabilidade, poderíamos retomar os trabalhos mais urgentes. Os decretos não interrompiam as obras da construção civil no Rio de Janeiro. Para isso, aplicamos uma série de medidas para proteger os funcionários da empresa e os moradores”. Assim como as empresas citadas anteriormente, a Cernigoi também manteve os colaboradores do escritório em trabalho remoto. Para quem tinha necessidade de atuar nas obras, foi necessário seguir um rígido protocolo de segurança. Foi feito um rodízio entre os operários e todos tiveram que usar máscara, álcool gel e cumprir as medidas de distanciamento social. Além disso, era feito um controle de todos os funcionários, que tinham a

A construtora Cernigoi avisa que obras de fachada são emergenciais e não podem parar

temperatura medida todos os dias antes do início do trabalho. Para que não pegassem transporte público, a empresa criou um sistema de carona amiga, ressarcindo o combustível de quem usava o próprio veículo. Durante esse período de pandemia, a relação entre os administradores da empresa, funcionários, síndicos e moradores foi muito importante. Teve que haver muita resiliência e com-

preensão de todas as partes para que tudo funcionasse corretamente. Caio, da Cernigoi, afirma que “nesse sentido, o síndico teve um papel central: trabalhou em conjunto com o engenheiro, renegociou prazos de obras, teve jogo de cintura com os moradores que reclamavam do barulho, administrou a verba do condomínio…” O mundo digital colaborou e muito para que essas relações se tor-

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Capa | Rotina transformada

nassem mais fáceis. “A gente chegou a ter várias reuniões por aplicativos entre a empresa e o síndico. As pessoas tiveram que ser mais flexíveis e conscientes da situação pela qual estávamos passando. Surgiu, nesse momento, uma troca mais ativa por meio da comunicação digital, que trouxe mais agilidade para o trabalho”, completa o sócio da Cernigoi.

Segurança A segurança dentro dos condomínios também teve que ser repensada. O grande número de moradores dentro de casa fez com que as entregas – não só de comida, mas de todos os tipos de produtos – aumentassem consideravelmente. De acordo com a Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), nos dois primeiros meses de pandemia, os pedidos de entrega em casa aumentaram 85%.

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A moradora Valdea Melo, mais conhecida como avó Deinha, recebe sua entrega pelas mãos da vizinha Suelllen Canejo, que faz parte do grupo Corrente do Bem, que ajuda moradores de grupo de risco a receber encomendas na porta de casa

Segundo Aline Marino, diretora comercial da ABC Telecom – empresa especializada em sistemas de segurança eletrônica, automação, comunicação e tecnologia –, “com o afastamento ou a redução de porteiros, zeladores e funcionários, a contratação de siste-

mas de segurança eletrônica, como a instalação ou ampliação do número de câmeras, alarmes e controle de acesso, também aumentou em pelo menos 30% nos últimos três meses de 2020”. Ainda de acordo com a diretora comercial da ABC Telecom, as portarias virtuais também ajudaram muito nesse período de pandemia, dando mais segurança aos moradores. “Trata-se de um conjunto de sistemas tecnológicos interligados, monitorados por uma central a distância, com pessoas capacitadas e treinadas para controlar e vigiar o condomínio, sem a presença de um porteiro físico alocado no prédio. Basicamente, funciona assim: ao ser acionado o interfone, ele toca na central de vigilância e monitoramento, que liga para o morador que foi requisitado, confirmando o pedido de acesso. Este, por sua vez, libera ou não a entrada.”


Condomínio Carioca Residencial: o porteiro William Gonzaga tira a temperatura de todos os que entram no prédio

Canejo afirma que, com o aumento desse tipo de serviço, várias mudanças foram feitas. Os entregadores foram inseridos no cadastro de prestadores de serviços do aplicativo da portaria. “Se ele não tivesse com máscara, nem entrava no condomínio. Alteramos a rotina de controle da administração em todos os acessos e áreas comuns e intensificamos os ajustes de câmeras de segurança com reposicionamento e instalação de novas câmeras nas portarias, inclusive com gravação de audiovisual.” A ABC Telecom tomou todas as medidas de segurança para os funcionários, de acordo com a OMS. “Realizamos testes quinzenalmente para identificar possíveis infectados, fornecemos luvas e máscaras, álcool gel e cartilhas sobre higiene, além de solicitar a todos que nos informem caso alguém da família esteja com suspeita de Covid-19, para o imediato afastamento do funcionário de suas funções por 14 dias. Estamos realizando rodízio dos colaboradores internos para que não ocorra aglomeração dentro da empresa. Fizemos uma mudança também na carga horária para que eles não precisem pegar condução em horários de maior aglomeração nas ruas. Essa alteração não afetou

o atendimento ao cliente, mas atingiu o cronograma diário da empresa”, afirma Aline. Essa pandemia demonstrou, na prática, o quanto é complexa a engrenagem da administração de um condomínio. Foi necessário que cada um mudasse um pouco sua rotina e se adaptasse ao que ficou sendo chamado de “o novo normal”. E o novo muitas vezes não é visto com bons olhos. Mas para essas empresas e os síndicos que uniram esforços para continuar mantendo tudo em ordem muita coisa vai ser levada como experiência para o resto da vida. Caio, sócio da Cernigoi, acredita que uma das melhores transformações foi “a abertura dos funcionários para novas informações e a capacidade de adaptação para um novo momento, o que fez com que as pessoas ficassem mais resilientes. Houve muita troca e colaboração em todos os processos, na empresa e nos condomínios”. “Com a ajuda da tecnologia, conseguimos aprimorar nosso trabalho em equipe e tomar decisões importantes de forma muito mais ágil do que de costume, inclusive implantando, com sucesso, novas frentes de negócios em poucos dias. Nossos funcionários entenderam a

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importância de mantermos sempre uma comunicação clara e transparente com todos os clientes e não medirmos esforços para customizar nosso serviço de acordo com as necessidades específicas de cada contratante”, observa Mauricio Eisenberg, da CNS. “Não é possível prever o que vai acontecer, mas algumas mudanças, principalmente de hábitos de higiene, chegaram para ficar. Acredito que o álcool 70% nunca mais vai deixar nossa lista de compras. No pós-pandemia, ficarão as novas formas de trabalho, os novos hábitos de higiene, a maior valorização dos profissionais que sempre foram essenciais”, analisa Marcelo Ribeiro, da Maxfort. As relações sociais, as relações com o corpo, vão ser diferentes depois do novo coronavírus. Marcos, da Unitec, acredita que “o mundo nunca

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Divulgação UNITEC

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Os veículos também podem ser sanitizados de forma segura

mais vai ser o mesmo e vai haver uma mudança em nossa cultura. Não tínhamos o hábito de chegar em casa e tirar os sapatos, como os orientais. Agora precisamos fazer isso, vai ter que lavar sempre as mãos, usar máscara, tirar a roupa quando chegar da rua. Vamos estar preparados para pestes piores. A vida vai retornar de forma diferente”.

Depois de tantas mudanças, em meio a tantos momentos ruins, conseguimos perceber que deu para tirar boas lições dessa pandemia. Podemos conhecer melhor aquele vizinho gente boa, ter compaixão por quem estava passando por necessidade. No fim de tudo, mesmo com toda a tristeza e dificuldade, os condomínios ficaram mais humanizados e podemos acreditar em dias melhores. “O legado que ficará para a sociedade, sem sombra de dúvida, será o encurtamento das distâncias para o trabalho e da família por meio de apenas um clique. O espírito de solidariedade e empatia aumentou. Todos nós, seres humanos, aprendemos o que é ser mais humano. Até nossa ‘mãe natureza’ mudou. O tempo mudou. Tudo mudou. Nossa forma de olhar o mundo mudou. Mudou para melhor”, avalia Canejo.


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Capa | Rotina transformada

Novos tempos são sinônimo de praticidade e segurança. Nesse caminho, surgiram muitas alternativas para que os moradores de condomínios tivessem a vida facilitada. Uma delas é a possibilidade de ter um minimercado automatizado dentro do condomínio. A interação do cliente com o sistema é toda automatizada, por meio de um totem, no qual o usuário é identificado, a cesta de produtos é registrada e o pagamento é efetuado. Rodolfo Reis Nunes, diretor de Operações da Smart Café, empresa que atua há 15 no mercado e tem milhares de máquinas de café e snacks instaladas no Brasil, conta que, há cerca de 18 meses, lançou o Micromarket Residencial Smart 247. Em função da pandemia, os minimercados se tornaram ainda mais necessários “para levar a mesma conveniência para quem precisa ficar em casa. Já temos cerca de 50 micromarkets instalados no Rio de Janeiro. Nos últimos meses, estamos recebendo pedidos para a instalação de dezenas de novos pontos por mês”. O diretor explica que “o micromarket cobre uma lacuna que sempre existiu, mas que ficou mais evidente com a pandemia. Com ele é possível

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divulgação smart café

Minimercado automatizado em casa

encurtar enormemente a distância entre a necessidade, ou o desejo, do condômino e a disponibilidade da solução, levando para dentro de seu domicílio uma solução que era, até então, inexistente”. Para ter o próprio minimercado, o condomínio deve disponibilizar uma área mínima de 4 a 5 metros lineares para a montagem do ambiente. “Cada Micromarket Smart 247 é feito sob medida, portanto, o tamanho e a necessidade de espaço podem variar bastante”, explica Nunes, detalhando o processo: “Agenda-se uma visita ini-

cial; um consultor da Smart Café vai até o condomínio para avaliar o local e a infraestrutura disponíveis. São feitas fotografias e tiradas medidas do espaço à disposição. Esse material é então encaminhado para o departamento de design de produto, que vai preparar um projeto 3D fotorrealista. O projeto é enviado para o cliente visualizar como ficará o ambiente, inclusive com a possibilidade de apresentar o projeto para avaliação e aprovação prévia dos condôminos. É possível que, nessa fase, sejam pedidos ajustes e adaptações para aprimorar a planta.


eletrônicas. Aceitamos diversos meios de pagamento, como cartões de crédito, débito, vale-alimentação e refeição. Para os usuários pré-cadastrados, os pagamentos também poderão ser feitos por meio de biometria (digital ou por reconhecimento facial)”, detalha Nunes. O diretor explica que o sistema é inteligente: “O serviço é acompanhando por sistema de telemetria, de modo que sabemos remotamente o que está sendo consumido em cada local, antecipando a necessidade de reposição e evitando a falta de produtos.”. Sobre os cuidados dos funcionários que fazem a reposição e a limpeza do local, a empresa exige que todos higienizem constantemente as mãos, trabalhem 100% do tempo com máscara protetora e manipulem os produtos com luvas.

divulgação

Uma vez aprovado o esboço, a peça é criada. No fim desse processo, agendamos a melhor data para a montagem e o início dos serviços.”. Em geral, a construção do micromarket leva de 7 a 14 dias. Sua instalação é feita em algumas horas, e a empresa dispõe de um cardápio básico com mais de 150 produtos, entre eles farinhas, massas, óleos, azeites, molhos, carnes, produtos congelados e produtos de limpeza. “Mas é possível adicionar outros itens a pedido dos usuários, de modo que existe certa flexibilidade para a incorporação de novos produtos”, diz Nunes. Em relação ao pagamento, o Micromarket Smart 247 não trabalha com dinheiro em espécie para evitar que haja qualquer risco de acúmulo monetário no local. “Todas as transações são

Serviço Smart Café (21) 2507-3337 www.smartcafe.com.br ABC Telecom (21) 3312-4400/3342-6000/98200-0407 www.abctelecomrio.com.br CNS Nacional de Serviços Ltda. (21) 3278-9000 https://cns.com.br/ Construtora Cernigoi (21) 2502-9007/98592-1916 http://www.construtoracernigoi.com.br/ Maxfort (21) 2467-8888 http://maxfortlimpeza.com.br Unitec Controle de Pragas e Sanitização (21) 2452-1773/3437-1367 www.unitec.emp.br

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| Atualidade

Assembleias virtuais, uma realidade nos condomínios Novidade tão esperada já é realidade Tudo começou no dia 14 de agosto de 2019, quando a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou o Projeto de Lei (PL) 548/2019, que permite o uso do voto eletrônico nas assembleias de condomínios. O projeto foi apresentado pela senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) e oferece uma alternativa à dificuldade em se obter a presença mínima de votantes nas reuniões de condomínios. Segundo o projeto, a coleta eletrônica de votos poderá ocorrer pela internet ou outro meio idôneo que permita a contagem individualizada dos votos

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dos ausentes, sempre que o Código Civil ou a lei dos condomínios estabelecer quórum especial para deliberação. O PL ainda não virou lei, mas a pandemia deu uma acelerada nas coisas e mostrou para muitas pessoas que o mundo digital tem vantagens. Com a impossibilidade de fazer reuniões, as assembleias de condomínios foram suspensas e começaram a ser realizadas de forma digital – a modalidade, inovadora, está sendo muito bem recebida pela maioria das pessoas. Tais assembleias estão autorizadas pela Lei Federal nº 14.010 de 2020

(Projeto de Lei do Senado nº 1.179). Após a sanção da Presidência da República com alguns vetos, o Projeto de Lei do Senado nº 1.179 se tornou lei e está em vigor. Esse projeto cria o Regime Jurídico Emergencial de Relações Privadas, que abrange também os condomínios. Também autoriza expressamente a realização de assembleias remotas. “A lei é positiva, especialmente o artigo que prorroga os mandatos de síndicos até o final de outubro”, assinala André Junqueira, advogado. As assembleias virtuais podem ser realizadas por meio de diversas


plataformas digitais. As reuniões transcorrem da mesma forma: há convocação, apresentação de procurações, assinatura de presença, eleição de presidente e secretário e deliberação dos itens da pauta, com votações. Depois há expedição, registro em cartório e distribuição da ata aos condôminos. Com um detalhe importante: a assembleia digital fica gravada.

Assembleias digitais são realidade na Cipa A Cipa está realizando assembleias digitais para seus clientes, e a adesão tem sido bastante expressiva. Como empresa digital, se ajustar ao novo sistema foi algo bastante natural. Bruno Gouveia, coordenador do setor Cipa Síndica, conta que o Condomínio Vivendas do Araxá, na zona norte, foi um dos pioneiros na realização da assembleia digital na Cipa: “Esse prédio tem apenas 10 unidades e realizou uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para a ratificação de uma obra e aprovação do reparo de um exaustor. A maioria dos moradores é idosa, mas a adesão foi muito boa.”. A Cipa desenvolveu um edital de convocação bem completo para informações gerais, encaminhou-o para todas as unidades de forma digital e também física, garantindo que todos fossem convocados, obedecendo ao tempo hábil conforme previsto na con-

venção. “Elaboramos um passo a passo, fizemos algo bem explicativo, com regras e todos os detalhes necessários, como, por exemplo, como as procurações devem ser feitas e apresentadas. Para nossa surpresa, o quórum dessa assembleia foi maior do que as habituais, que eram presenciais. Isso é uma realidade que estamos percebendo. Essa tendência veio para ficar”, enfatiza Gouveia, lembrando que todos os itens da pauta foram tratados e votados com segurança e agilidade. Bruno Gouveia é um otimista em relação ao mundo digital: “Acredito que há uma tendência forte para a utilização dessa modalidade de assembleia no Rio de Janeiro. Aqui era pouco praticada, mas em outros estados já era usada com mais frequência. Em um primeiro momento, creio que as assembleias ocorrerão de forma híbrida, para atender aos dois públicos, os que gostam do contato presencial e aqueles que preferem tratar pela web. Certamente, não será como antes, haja vista o aumento de quórum nas assembleias virtuais, bem como a otimização do tempo que ela trouxe”, finaliza. O subsíndico do Condomínio Vivendas do Araxá, José Luiz Oliveira de Aguiar, 68 anos, é aposentado e, por demandas de trabalho, já era adepto da tecnologia. “Não tive dificuldades em participar, e todos no prédio receberam bem a ideia. Gostei muito da

Bruno Gouveia, coordenador do setor Cipa Síndica tem percebido grande adesão às assembleias digitais

modalidade, e tivemos mais presença com a AGE virtual. Contamos, inclusive, com a participação de um morador que há muito tempo não ia às assembleias presenciais, mas dessa forma ele gostou. A assembleia foi mais rápida do que a presencial”, ressalta ele, que sempre participou de todas as reuniões de condomínio. “Quem não participa, depois não pode cobrar nada, é preciso discutir os assuntos.” Segundo o subsíndico, que torce para que a lei seja aprovada definitivamente, “a opção das assembleias virtuais seria mais prática para todos. Em caso de viagem, facilita bastante. Não é necessário deixar procuração com ninguém. Posso votar de qualquer lugar no mundo”, finaliza. Vantagens das assembleias digitais Agilidade Não há conversas paralelas Votação clara e transparente Não é preciso estar no prédio para participar

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| Condomínio por Lia Rangel

Cases da pandemia A CIPA convidou três síndicos para um bate-papo sobre suas experiências durante O ISOLAMENTO SOCIAL No dia 2 de julho, três síndicos, mediados por representantes da Cipa, se reuniram em uma videochamada para trocar experiências e falar sobre as mudanças impostas pela pandemia e sobre como estão lidando com condôminos, funcionários, empresas parceiras e outros assuntos referentes à crise do novo coronavírus, além da retomada das atividades nas áreas comuns de seus respectivos condomínios. As dicas mais valiosas você confere a

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seguir. Lembramos que a situação das áreas comuns às quais eles se referem são do início de julho.

Pedro Cantisano “Nesse período, fizemos manutenção nos equipamentos e nas paredes da academia. Também trocamos todos os dutos de exaustão e a serpentina. Temos uma academia nova, agora. Além disso, fizemos os cálculos, baseados no decreto da Prefeitura, para saber quantas pessoas poderiam

usar a academia simultaneamente, e o número foi superior ao número de moradores que costumam usar a academia ao mesmo tempo, então, interditamos um equipamento a cada dois e deixamos o controle por conta dos professores. Nossa academia fica no subsolo e o acesso às salas se dá por um corredor, onde colocamos três barreiras de higienização com três tapetes cada uma. O primeiro tapete tira o pó, o segundo tem uma solução higienizadora e o terceiro seca os sa-


patos. Todas as salas contêm álcool gel e, logo na entrada de cada uma, há um banner explicando todas as regras que garantem o uso dos espaços. A piscina do clube foi aberta, mas só pode ser utilizada com hora marcada. Dividimos essa piscina em três raias e cada raia só pode ser usada por uma pessoa ou, no máximo, duas que morem na mesma unidade. A piscina de lazer só será liberada na quarta fase mesmo. As quadras de esportes foram liberadas para uso individual, mas já serão liberadas para uso em dupla. É importante lembrar que todos os espaços contam com banner informativo e álcool gel. Outra ação interessante realizada no condomínio é a apresentação de músicos na praça principal para que os moradores possam ver de suas varandas. Não temos nenhuma despe-

sa porque os músicos se apresentam e, geralmente, pedem cachê solidário, aí o morador que quer ajudar faz as doações on-line. Em duas dessas apresentações, conseguimos patrocínio de cervejarias e distribuímos cerca de 4 mil latas entre todas as unidades. Foram ótimas parcerias! Para evitar a inadimplência, o valor da cota condominial foi reduzido em 10% no boleto de maio e em 15% nos boletos de junho e julho. Caso o morador que tenha parcelas atrasadas queira efetuar o pagamento, tiramos os juros e as correções das parcelas vencidas no período da pandemia, ou seja, aquelas de março a julho, até o presente momento. Condomínio Le Parc Residential Resort Síndico: Pedro Cantisano Bairro: Barra da Tijuca

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Condomínio | Cases da pandemia

Também paramos de cobrar o fundo de reserva porque o saldo superava o limite definido na convenção. Nesse período, a Cipa nos ajudou em várias questões legais e isso foi imprescindível.”

Vander Fernandes Botelho “O Liberty Place é um residencial com serviços de arrumação, restaurante, academia, parque aquático com duas piscinas aquecidas, salão de festas, lavanderia, salão de beleza, espaço kids, sala de vídeo, sala de jogos, quadra polivalente voltada para tênis e saunas. Quando tivemos que fechar a academia, muitos moradores quiseram continuar se exercitando sozinhos ou com o personal, em suas unidades, então, liberamos alguns equipamentos como colchonetes e pesos, com a assinatura de um termo de responsabilidade. A academia só deve ser liberada na segunda quinzena de julho, mesmo assim com apenas três usuários por vez e com álcool gel exposto, além de recomendações afixadas. Liberei a piscina para, no máximo, cinco pessoas por vez, e elas têm que ser moradoras, não podem trazer convidados – o controle é feito pelo piscineiro. Nas mesas, que já estão mais afastadas, só podem ficar pessoas da mesma unidade. Como temos muitos idosos no condomínio, achei melhor liberar as áreas externas primeiro. A churrasqueira e o salão de festas não pretendo liberar tão cedo, embora a gente perca receita, já que os espaços são alugados. Sauna, sala de vídeo e brinquedoteca também estão fechados. Havia uma pressão muito grande para abrir o salão de beleza, e abrimos, mas limitado ao uso de três clientes por vez e todos precisam 30

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Condomínio Liberty Place Residence Síndico: Vander Fernandes Botelho Bairro: Barra da Tijuca

seguir as recomendações, tanto os funcionários quanto os clientes. Uma situação chata foi que tínhamos cerca de 120 unidades que faziam arrumação e limpeza semanalmente. Esse número caiu para 30. Hoje, temos apenas quatro funcionárias na arrumação, mas já pré-selecionamos algumas para recontratarmos assim que essa demanda aumentar. Também disponibilizamos máscaras e álcool gel para os entregadores que não tinham e fizemos um trabalho de conscientização com moradores e os funcionários desses moradores que não seguiam as recomendações.


Nossos funcionários pulverizam pisos, garagens, lixeiras, maçanetas, serviço que foi incorporado aos procedimentos de limpeza que já existiam. Por fim, realizamos a vacinação de 200 idosos contra a H1N1, em domicílio, por meio de uma parceria com médicos residentes e reservamos dois elevadores sociais só para uso dos idosos.”

Armando Smiths “Na academia, reposicionamos todos os equipamentos com a distância estabelecida no decreto da Prefeitura. Os equipamentos de exercícios aeróbios ficaram perto das janelas e portas, por conta da ventilação. Por lá, disponibilizamos um totem com álcool gel. Para utilizar a academia, o morador precisa

agendar horário por meio eletrônico e permanecer no espaço por, no máximo, uma hora. O professor recebe uma listagem diária com os nomes dos moradores que farão uso da academia e verificamos a temperatura deles para conceder o acesso ao espaço. Entre um usuário e outro uma funcionária entra e faz a higienização dos equipamentos. Uma vez por semana, fazemos a sanitização das áreas comuns com hipoclorito e quaternário de amônia. As quadras já serão reabertas, mas o auditório e o salão de festas só reabrirão nas fases quatro e cinco, respectivamente. O importante é que o morador saiba que ele tem que obedecer às regras. Aqui obedecem ou recebem multas. As multas que aplicaremos (se for necessário) são as que já estão estipuladas no regimento interno para as violações de cada local, especificamente. Para amenizar um pouco o estresse causado pela pandemia, também fizemos eventos musicais no condomínio, para que os moradores pudessem acompanhar de suas varandas, sempre com cachê solidário para o músico e sem custo para o condomínio. Aqui, incentivamos a pontualidade no pagamento da cota condominial e oferecemos descontos de 15%, em maio, e 7%, em junho e julho, para quem pagasse em dia. A Cipa foi sensacional durante a pandemia, eu só tenho a agradecer e parabenizar a administradora pelo suporte que recebemos.”

Máximo Recreio Condomínio Resort Síndico: Armando Smiths Bairro: Barra da Tijuca

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informe

Cipa Solidária Confira o resultado das doações do aniversário da Cipa e do Dia do Síndico Como já divulgado, a Cipa reverteu a verba da campanha de comemoração de seu aniversário de 66 anos e do Dia do Síndico em prol de um bem maior. Em mais uma ação solidária, a Cipa, consciente de sua responsabilidade social, doou 972 kits de higiene,10 pias móveis e 800 cobertores para moradores de rua. A ONG Porto ComVida, que foi nossa parceira nessa ação, já distribuiu os itens. O momento pede solidariedade. Doe e incentive doações você também!

Retorno do atendimento presencial na Cipa A Cipa retornou suas atividades presenciais a partir da segunda quinzena de julho, gradualmente. Nosso objetivo é garantir a proteção de clientes e colaboradores Nossa decisão se baseia na responsabilidade de manter a segurança e assegurar o bem-estar de todos diante das incertezas das consequências da reabertura de alguns serviços. É importante frisar que, desde que voltamos a atuar de forma presencial, tomamos todas as precauções, seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). À medida que as autoridades determinarem novas regras, informaremos nossas decisões rapidamente a todos. Temos muitas novidades positivas chegando, mas, por hora, podemos dizer que voltaremos muito melhores do que antes.

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| Paisagismo

Jardim colorido O mundo está precisando de mais cor, de mais alegria. Muitas ações se fazem necessárias ainda para que a vida vá retomando o colorido que nos faz nos sentirmos vivos e partes integrantes do todo. Em meio ao isolamento social, a natureza evidenciou sua beleza, e passamos a vê-la com outros olhos. Talvez até com mais respeito e admiração. Na verdade, estamos todos precisando de um pouco mais de alegria neste momento conturbado pelo qual estamos passando. Uma pequena ação que faz muita diferença é um jardim colorido para dar mais ânimo ao dia a dia. Um jardim não necessariamente precisa de flores para ser colorido: a mãe natureza nos oferece uma gama de folhagens multicores que encantam qualquer espaço. Segundo Adriana Mattos, paisagista responsável pela Equipe Garden-Paisagismo, há diversos tipos de plantas nas quais podemos investir: “Folhagens que proporcionam contraste com o entorno, não somente com o jardim, mas com o ambiente ao redor como

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divulgação

Mais cor, por favor!

Um jardim não necessariamente precisa de flores para ser colorido: a mãe natureza nos oferece uma gama de folhagens multicores que encantam qualquer espaço

um todo: Pleomele variegata, dracena baby, Leea rubra, Alpinia zerumbet, Ligustrum sinense, Cordyline terminalis, crótons de modo geral, pois são bem coloridos, alguns tipos de dracena; para sombra e meia sombra temos as diversas variedades de marantas e as peperômias para clarear e alegrar ambientes escuros.”.

Segundo Adriana, há plantas que florescem e resistem o ano todo e são excelentes opções para se ter num condomínio: “Camarão amarelo (Pachystachys lutea), alpínia vermelha (Alpinea purpurata), maria-sem-vergonha (Impatiens walleriana), cambará-de-cheiro (Lantana camara) e as famosas ixoras, das quais todas as variedades existentes (mais de cinco), as campeãs em flores são as mini-ixoras (Ixora coccinea compacta) e as ixoras midi (Ixora coccinea), estas normalmente utilizadas juntas, nas cores vermelha com amarela, proporcionando grande colorido ao canteiro.”. Mas não basta gostar de tais plantas. É preciso levar outras coisas em consideração na hora de elaborar um projeto de paisagismo: “É necessário traçar o perfil do cliente, ao ponto de atender e entender exatamente o que ele espera do paisagista, para, depois, levar em conta questões técnicas como clima, correntes de vento, luminosidade incidente sobre o local e tipo de solo”, ressalta a especialista. A Equipe Garden-Paisagismo elabora projetos de paisagismo, rea-


divulgação

liza toda a execução dele e depois da “obra” concluída e entregue ao cliente presta, periodicamente, de acordo com o espaço, o serviço de manutenção. A especialista ressalta que um projeto desses deve ser mantido pelo paisagista: “Nada melhor do que ‘pai e mãe’ para cuidar de um filho, afinal de contas, os pais conhecem seus filhos como ninguém mais e só eles sabem, com detalhes, exatamente o que é melhor para os seus. Fazendo um breve comparativo, o mesmo ocorre com o jardim, pois, uma vez tendo sido gerado um projeto pelo paisagista, somente o próprio tem o profundo conhecimento e a capacidade técnica para acompanhar o crescimento, o desenvolvimento, a saúde e a vitalidade das espécies e iniciar, muita vezes, uma poda de formação para educar o crescimento da planta conforme a volumetria planejada dentro do projeto.”. A recomendação de Adriana é que, uma vez constatada a preocupação de se ter investido em um projeto de paisagismo, o ideal e mais sensato é que o autor do projeto, após sua implantação, faça o acompanhamento necessário para que se tenha, no futuro, a qualidade e o resultado esperado, tanto no que diz respeito à saúde das espécies quanto ao design, à estética e à vida útil do jardim.

Como harmonizar cores num jardim? Com as dicas da paisagista da Equipe Garden-Paisagismo parece tudo muito fácil. Mas não se engane, certas coisas devemos deixar para quem realmente entende do negócio. “Eu costumo dizer que a harmonia das cores parte do princípio de qual sentimento ou sensação você deseja expressar: impacto, surpresa, euforia, alegria, aconchego, calma, paz… É necessário saber trabalhar as cores de acordo com o círculo cromático e estudar a composição e o efeito causado entre cores frias e cores quentes, entre cores complementares ou cores análogas.” Adriana vai além e explica: “Se eu quero um ambiente que me coloque para cima, que me transmita alto-astral, que me passe alegria, devo harmonizar as cores desse jardim pre-

ferencialmente equilibrando as cores complementares, em que o contraste é mais intenso: vermelho × verde; roxo × amarelo; azul × laranja. Porém, no caso de se querer transmitir o efeito inverso, como paz, calma e aconchego, devo utilizar as cores frias e as análogas, ou seja, um tipo de dégradê que quase não apresenta contraste: verde-claro × verde-escuro; laranja × amarelo × verde-claro; azul × violeta × roxo.”. Se seu condomínio está precisando de um pouco mais de alegria, talvez seja a hora de investir num novo projeto paisagístico!

Serviço Equipe Garden-Paisagismo (21) 99621-5916 / 97204-1964 www.equipegarden.com.br

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| Cipa Solidária

Instituições recebem doações de condomínios O momento de pandemia pede solidariedade em vários sentidos. Muitas famílias vêm passando sérias dificuldades até para se alimentarem. Mas o lado bom da história é que uma grande onda de amparo surgiu, e cada vez mais pessoas estão envolvidas em atividades para ajudar o próximo. Uma das ações que a Cipa promoveu e incentivou a participação dos condomínios foi uma campanha de doação de alimentos para diversas instituições. Caixas foram alocadas em 10 condomínios, e os donativos dos moradores superaram as expectativas iniciais, motivando cada vez mais pessoas a iniciarem o próprio projeto caridoso. O síndico Amauri Solon Ribeiro, do Condomínio Victor Konder, localizado na zona oeste do Rio, abraçou a campanha e o prédio deu um show de

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solidariedade. Ele que é psicólogo e trabalha com crianças com necessidades especiais há muitos anos sabe da importância de ajudar o próximo. “Vejo e admiro o sacrifício de muitos pais para manter uma criança com atrasos cognitivos. Em um dos trabalhos que desenvolvo, a ecoterapia (ecoarte), para cada criança que pode pagar atendemos uma que não pode. Se cada pessoa fizer o que está a seu alcance teremos um mundo muito melhor”, avalia o síndico. Amauri ainda afirma que se cada morador de condomínio doar um quilo de alimento certamente vai fazer muita diferença para alguém. No prédio dele, que é pequeno, tem apenas seis unidades, a ação foi muito bem-sucedida: “Todos aqui confiam em mim, então, cada um doou R$ 100. Com esse dinheiro, fui ao mercado e

comprei alimentos destinados à Creche Recanto da Criança Feliz, que abriga cerca de 80 crianças que têm entre 2 e 4 anos. Ficamos muito felizes com a ação e pretendo visitar a creche quando a pandemia acabar”, diz ele, que também doou brinquedos praticamente novos que eram de sua neta. O síndico conta que a grande maioria dos moradores está ali há muitos anos e que já tem o hábito de contribuir para alguma instituição. Ponto para eles! A Cipa agradece aos síndicos e moradores de todos os condomínios participantes dessa ação e avisa que, em breve, vai promover novas ações beneficentes. Seja a diferença na vida de alguém! Consulte seu assessor de condomínio para mais informações sobre as possibilidades de participar.


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| Sustentabilidade

Energia solar sem investimento Essa opção existe e está esperando pelo seu condomínio A energia solar existe desde que o mundo é mundo, mas só começou a ser efetivamente estudada para ser usada pelo homem em 1839, com a descoberta do efeito fotovoltaico por Alexandre Edmond Becquerel. A era moderna da energia solar iniciou-se com o processo de dopagem do silício, criado por Calvin Fuller, e com a criação da célula solar moderna, por Russell Shoemaker Ohl, em 1954. Porém, é importante ressaltar que essa conquista não teria acontecido sem o auxílio de outros grandes cientistas, como Calvin Fuller e Gerald Pearson. Por possuir um alto custo inicial, acreditava-se que a energia prove-

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niente dos raios solares não chegaria a ser utilizada em larga escala. Entretanto, ocorreram muitos avanços responsáveis pela concretização da energia solar como uma maneira real de se produzir energia limpa. O mundo vem mudando muito rapidamente, a tecnologia avançando a passos largos e hoje o uso da energia solar é algo totalmente acessível. Mesmo em tempos de pandemia. Daniel Jesus, diretor comercial da start-up Insole Energia Solar, afirma que a hora é de investimento, sim. “O primeiro ponto seria adquirir uma energia mais barata, de forma que melhore os custos, pois o momento


é de incertezas para muitos setores, mas há uma tendência de aumento de consumo para o ambiente residencial. O segundo ponto seria a sustentabilidade, contribuir para a preservação do meio ambiente e a geração de uma energia limpa.”

Custo zero O melhor ponto, entretanto, é quando se fala em baixos custos. Aqui no caso, zero de investimento e zero de entrada. Ao optar pela Insole, o condomínio não precisa investir nada. “A Insole se diferencia no mercado pelo seu poder de ser um clean fintech. Possuímos nossa matriz de financiabilidade, de modo que não há necessidade de investimento por parte do condomínio, o que evita a indesejável taxa extra. A Insole se propõe a ser a investidora do sistema, e o condomínio passa a pagar o

sistema de energia solar para a Insole com a economia gerada, fazendo, assim, a substituição de um gasto por um investimento, num ativo que tem previsão de vida útil de mais de 25 anos gerando a própria energia. Além do mais, a Insole traz uma solução completa, denominada Turn Key, por meio da qual atuamos em várias etapas: dimensionamento do projeto; financiabilidade; aquisição dos materiais; instalação; relacionamento com a distribuidora de energia local; monitoramento e manutenção.” Engana-se quem pensa que somente condomínios de casas podem instalar o sistema de energia solar. Segundo o especialista da Insole, os benefícios são os mesmos para os condomínios verticais ou horizontais. “A diferença é que, normalmente, o vertical possui uma área disponível menor do que um condomínio horizontal”, diz

ele, lembrando que, normalmente, a energia gerada pelas placas solares em condomínios serve para custear a conta de suas áreas comuns.

Espaço para placas não é problema E no caso de não haver espaço para a instalação de alguma placa, a Insole também tem a solução: há a opção de instalar o sistema em um terreno remoto. “Dessa forma, a energia produzida remotamente será compensada por meio de créditos energéticos, que são transferidos para o condomínio”, conclui Daniel Jesus.

Serviço Insole www.insole.com.br barradatijuca@insole.com.br (21) 3030-3712

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Condomínio | Incêndio Por Isabela Masi

Os riscos de ter todo mundo em casa Durante a pandemia, as famílias tiveram de passar o dia inteiro dentro de casa. O trabalho, a escola, o lazer, tudo ficou resumido ao ambiente do lar. Armando Smiths é sindico do Máximo Recreio Condomínio Resort, na zona oeste do Rio de Janeiro. Ele conta que a academia de ginástica e a quadra de esportes tiveram de ficar fechadas ao longo desse período, diminuindo mais ainda as atividades das pessoas do lado de fora dos apartamentos. “Concentramos nossos esforços nos grupos de WhatsApp e em lives para nos comunicarmos com os moradores. Algumas atrações ao vivo como violino, cavaquinho e sax foram realizadas na área comum ao redor do condomínio. Uma opção para alegrar quem estava em casa.” Essa movimentação de pessoas dentro dos apartamentos não teve só momentos bons. Não foi o caso do condomínio administrado por Armando, mas em outros imóveis acabou

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A manutenção diminui o perigo de incêndios e outros acidentes domésticos

gerando um aumento do risco de acidentes domésticos. O álcool gel e o álcool líquido, ambos 70%, usados para prevenção contra o novo coronavírus, abasteceram as prateleiras de todos. Esses produtos, indicados para a higienização, podem ser perigosos se mal utilizados, causando graves queimaduras e até mesmo incêndios. Como todos sabem, por ser inflamável, o álcool pode explodir se entrar em contato com objetos como fogão, forno e micro-ondas; por isso,

não deve ser utilizado para limpar a pia da cozinha, por exemplo. O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro não faz a contabilidade sobre acidentes dentro de casa, então, oficialmente, não temos como saber se houve aumento de casos durante o período de isolamento social. Mas, em São Paulo, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar fazem esse tipo de levantamento. Lá, os casos de incêndio aumentaram 60%. De acordo com as instituições, isso ocorreu principalmente por causa de acidentes domésticos relacionados com o uso do fogão, álcool gel e sobrecarga em tomadas. O sargento Edvaldo Jr., do Corpo de Bombeiros do Rio, faz um alerta sobre esse tipo de perigo. “As pessoas têm de ter atenção redobrada ao utilizarem álcool gel ou líquido. É importante prevenir acidentes e deixar esses produtos longe das crianças. Há risco não só de queimaduras, mas também


de ingestão, além de contaminação dos olhos. Atenção também na cozinha. Em casa, dê preferência sempre a lavar as mãos com água e sabão.” A grande concentração de pessoas em casa também pode causar outros tipos de acidente. Colocar várias tomadas em um único benjamim, por exemplo, aumenta as chances de um curto-circuito. Se possível, ligue na tomada apenas um equipamento por vez. Incensos, cigarros e velas acesas também são perigosos. Se for acender velas, deixe-as longe de cortinas e tecidos inflamáveis. O síndico tem um papel fundamental na conscientização dos condôminos quanto às medidas a serem adotadas para prevenção e controle de incêndio.

Sistema de combate a incêndio deve estar em dia Armando afirma que, neste momento de pandemia, orientou todos os moradores sobre atitudes que eles deviam ter para evitar acidentes. O condomínio tem oito prédios, cada um com 32 apartamentos. No total, são mais de 190 famílias. “Primeiramente, efetuamos um trabalho de conscientização colocando o bem coletivo acima do interesse individual”, explica. Atento a esses imprevistos, o síndico também deve estar alerta ao funcionamento do sistema de combate a incêndio do condomínio. Jefferson

A manutenção de equipamentos de incêndio deve ser feita anualmente

Fernandes Leal, gestor da Hidratec – empresa especializada em instalação de sistema de prevenção contra incêndio e manutenção –, alerta que “em tempos de pandemia, os moradores precisam ficar ligados a equipamentos elétricos e panelas no fogo. Isso pode ajudar a evitar acidentes. Cozinhar perto do álcool é proibido porque pode causar grandes problemas”. Para Moises Cukier, diretor comercial da JJM – Equipamentos de Combate a Incêndio, é muito importante que todo o sistema de combate a incêndio esteja funcionando perfeitamente. “Além de atender à legislação, é uma proteção para todos os moradores não só fisicamente, mas também em relação ao imóvel. Estando tudo em ordem, não haverá compli-

cação para o ressarcimento do seguro do condomínio, além de evitar dor de cabeça com possíveis ações criminais.” O gestor da Hidratec acrescenta que “isso engloba os sistemas fixos (casa de máquinas de incêndio, caixas de hidrantes, sprinklers e hidrantes de recalque) e móveis (extintores e mangueiras de incêndio). Isso pode evitar que pequenos focos de incêndio possam tomar grandes proporções”. Para ele, muitos condomínios não avaliam o perigo que correm ao ter sistemas de bombas de incêndio inoperantes, tubulação com vazamento e até mesmo entupida. Em relação às leis, o documento que atesta o cumprimento das normas de segurança contra incêndio nos condomínios residenciais é o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). Quem não estiver com todos os equipamentos funcionando perfeitamente pode ser multado. O valor pode chegar a R$ 265 mil, dependendo da gravidade. A fiscalização é feita pelo próprio Corpo de Bombeiros, que pode chegar ao imóvel para fazer a vistoria sem aviso prévio. Armando Smiths segue todas as orientações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e está com toda a documentação em dia. “É fundamental estar atento às inspeções e manutenções. Além disso, nossos supervisores e alguns funcionários da manutenção (o objetivo, este ano, serão todos), bem como

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Condomínio | Incêndio

alguns moradores, receberam o curso de combate a incêndio, formando então nossa Brigada de Incêndio. Esse treinamento capacitou cada um para efetuar vistorias de prevenção e combate a incêndio, orientar a evacuação de ambientes e a prestar os primeiros socorros a prováveis vítimas.” Outro ponto importante é verificar o funcionamento de todos os equipamentos dos prédios. Não há uma legislação que determine a periodicidade da manutenção desse sistema. Jefferson, da Hidratec, explica que “a revisão do sistema de combate a incêndio depende da idade da edificação, ou seja, quanto mais antiga for, menores serão os intervalos de uma revisão para outra. A manutenção preventiva é fundamental, pois evitam-se gastos excessivos com a correção do problema”. Para o diretor comercial da JJM, em geral, a porta corta-fogo, a sinalização e a iluminação de emergência são os sistemas mais negligenciados pelos condomínios. Moises afirma que se as portas corta-fogo não estiverem devidamente fechadas, a fumaça vai invadir as escadas, dificultando, assim, a passagem de moradores em caso de incêndio, o que aumenta o pânico e o desespero das pessoas. As escadas também precisam estar livres, pois são rotas de fuga. Caso contrário, pode trazer grande risco para os moradores. “Não deve faltar absolutamente

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nada quando falamos em segurança contra incêndio. É de suma importância que os equipamentos fixos, como a casa de máquinas de incêndio (CMI) e o Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA), mais conhecido como para-raios, estejam sempre com suas revisões preventivas ou corretivas em dia, lembrando que esses cuidados só poderão ser feitos por empresa credenciada pelo Corpo de Bombeiros e pelo CREA. A manutenção deve ser anual”, afirma Moises, da JJM. Nesse sentido, muitos acidentes podem ser evitados com medidas preventivas. Em geral, incêndios em condomínios ocorrem em razão da falta da manutenção, principalmente da instalação elétrica ou do sistema de gás. Fazer o trabalho com uma empresa especializada é essencial. Smiths realiza uma ampla pesquisa para decidir a melhor empresa. “A melhor escolha é sempre uma indicação de condomínios e pessoas conhecidas. Daí você efetua uma pesquisa a fundo sobre a empresa. Para quais empresas e condomínios ela presta serviço, qual o tempo de existência? Se já houve alguma falha na prestação de serviço e, o mais importante, se ela está cumprindo com todas as etapas da legislação em vigor, inclusive sua saúde financeira.” Para Jefferson, da Hidratec, “é fundamental que síndicos e moradores se conscientizem de que os sis-

Armando Smiths: manutenção em dia pode salvar vidas

temas contra incêndio podem salvar vidas e bens, portanto, faz-se necessário que eles estejam funcionando e em perfeito estado de conservação”. O síndico Armando também acredita que o melhor é sempre pensar e agir em benefício de todos. “Vivemos em uma sociedade, então, temos que entender que aquilo que fazemos para nós atinge o outro. Devemos estar atentos a nossas atitudes: ao tomar conta de nós, estamos protegendo toda a coletividade.” Serviço Hidratec (21) 3161-1943/98288-4714 www.hidratecc.com.br JJM – Equipamentos de Combate a Incêndio (21) 98621-8409/2560-5396 jjm.incendio@gmail.com


| Manutenção

Limpeza de reservatórios de água em tempos de pandemia O ano de 2020 começou com grandes problemas de contaminação na água da Cedae. A triste realidade de um país que ainda não conseguiu tratar seu esgoto com o devido cuidado entrou na casa de todo mundo sem distinção de classe social. Joelma dos Santos Azevedo, bióloga e sócia da Tekmot, empresa especializada em limpeza e higienização de reservatórios de água potável e controle de vetores e pragas urbanas há 18 anos, diz que “como a Cedae informou que estava providenciando a resolução da problemática, orientamos nossos clientes a consumir água mineral e aguardar a normalização do abastecimento da água e, assim que voltasse à normalidade, fazer, o quanto antes, a limpeza e a higienização dos reservatórios e proceder à análise da água”. Jorgineia Severiano, diretora da Klaimex, empresa especializada em limpeza de caixa-d’água; troca de coluna de água; barrilete; impermeabilização; manutenção e

conserto de bombas e quadro de comando e instalação elétrica e hidráulica, diz que, após a contaminação, observou que “os reservatórios têm estado muito sujos e com muita lama no interior. É importante fazer a limpeza regular para retirar as impurezas que estão no fundo dos reservatórios”. Sergio Pitanga, síndico há 10 anos do Condomínio Sunshine, na zona oeste, havia feito a limpeza de seus reservatórios com a Tekmot um pouco antes da pandemia e, durante o problema da contaminação da água, ofereceu a seus funcionários água mineral para consumo. O Sunshine tem dois blocos e 60 apartamentos em cada um. “Já faço a limpeza com a mesma empresa há muito tempo. Confio no trabalho deles, pois envolve muita segurança”, diz. Pitanga afirma que o chefe da manutenção do condomínio sempre acompanha o procedimento de limpeza dos reservatórios: “Ela é fundamental, mesmo em tempos de pan

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demia. Afinal, a qualidade da água é de vital importância para os moradores e funcionários”, conclui ele.

Limpeza na pandemia A bióloga da Tekmot conta que, no início da pandemia, muitos clientes que deveriam ter feito a limpeza dos reservatórios não a fizeram, apesar de a lei obrigar a limpeza de seis em seis meses. “Como nossa prestação de serviço é de interesse de saúde pública, somos considerados, pelos órgãos responsáveis, um serviço essencial. Então, sempre estivemos disponíveis e autorizados a prestar nossos serviços. Mas, mesmo assim, a redução de contrato foi significativa nesse período, pois muitos clientes preferiram aguardar por causa da insegurança financeira, mesmo sendo orientados sobre a importância da limpeza.” Para dar continuidade aos serviços nos condomínios, a Tekmot envia previamente um aviso com a data em que o procedimento deve ser realizado para ser anexado nas áreas comuns do condomínio, para que os moradores fiquem por dentro. “No dia da limpeza, antes de sair da empresa, temos o cuidado de verificar se o funcionário está sem nenhum sintoma da Covid-19 e todos recebem o treinamento adequado com os cri-

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Sergio Pitanga: “A limpeza é fundamental, mesmo em tempos de pandemia. Afinal, a qualidade da água é de vital importância para os moradores e funcionários”

térios de orientação do Ministério da Saúde. Nossos colaboradores fazem todo o procedimento com o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) e máscara, higienizam as mãos antes e depois de cada atividade com água e sabão líquido ou, quando não for possível lavá-las, usam álcool gel 70%, obedecem ao distanciamento social de no mínimo dois metros por pessoa e evitam levar as mãos ao rosto”, explica Joelma. A Tekmot está sempre atenta às estruturas dos reservatórios também. “Se percebermos alguma estru-

tura avariada, solicitamos a presença de um responsável do condomínio e mostramos. Também usamos o recurso de fotografar para mostrar aos demais interessados o problema e documentamos essas informações no campo Medidas Preventivas e Corretivas da CES.” A Tekmot é devidamente licenciada pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e pela Vigilância Sanitária, oferece à sua equipe sempre treinamentos e cursos, além de ser vinculada à Associação Brasileira de Controladores de Vetores e Pragas (ABCVP). “Temos o compromisso com a saúde pública”, afirma Joelma, dizendo que a análise da água no fim da limpeza é obrigatória: “Nosso orçamento já inclui a análise da água e o procedimento é realizado por laboratório de nossa confiança, devidamente credenciado perante o INEA.”.

Como escolher uma empresa A diretora da Klaimex, Jorgineia, diz que os condomínios devem ser cautelosos ao decidirem por uma empresa para limpar seus reservatórios de água, já que toda a atenção com os laboratórios que fazem a análise da água é necessária: “Há várias empresas no mercado, mas é preciso verificar quais são as credenciadas pelo


INEA. E detalhe: todas têm a obrigação de fornecer certificado e análise bacteriológica sempre que realizarem a limpeza dos reservatórios. E os laboratórios que emitem o laudo bacteriológico, que é obrigatório, também devem ser credenciados ao INEA”, avisa. Durante a pandemia, a Klaimex deu continuidade a seus serviços. “Precisamos preservar a limpeza para termos uma água de qualidade; não adianta colocar uma água em um recipiente sujo, pois continuaremos bebendo água suja. Temos um caso em que os índices de coliformes eram de 50%! A limpeza dos reservatórios junto com a análise deixa o condomínio tranquilo para usar a água.” Jorgineia lembra que o serviço de limpeza de reservatórios é essencial por se tratar de questão de higiene: “Estamos falando da água que tomamos e usamos para tudo. As pessoas estão

muito aflitas, mas estamos informando que a limpeza é feita por dois funcionários que usam o equipamento recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), todos estão saudáveis, pois temos o cuidado de verificar se estão bem. Diante de qualquer sintoma de febre ou mesmo coriza, eles são afastados. Tomamos todos os cuidados para manter o serviço para levar a nossos clientes qualidade de vida.”. A equipe da Klaimex é muito detalhista e atenta: “Eu costumo colocar em meus orçamentos o passo a passo da limpeza, e sempre pedimos que o trabalho seja acompanhado por algum responsável do prédio. No dia do serviço, os reservatórios têm que estar com o nível de água baixo para evitar desperdício, e os funcionários esfregam todas as paredes com escovão de nylon, enxáguam retirando toda a água suja, colocam cloro nas paredes, fazem

a medição e informam, em relatório, o estado dos reservatórios, inclusive dizendo se precisa ou não impermeabilizar e se está com algum vazamento, entre outras observações”, explica Jorgineia, que, no final do serviço, ainda pede o ok do responsável. Falando em responsabilidade, é sempre bom lembrar que o síndico, como responsável legal do condomínio, deve estar atento ao cumprimento da lei, mesmo durante a pandemia, afinal, em caso de negligência comprovada por falta de limpeza dos reservatórios, ele responde legalmente por eventuais questões com a saúde de moradores e funcionários. Serviço Tekmot www.tekmot.com.br (21) 3867-0934 / 3869-7916 e 99605-0504 Klaimex www.klaimex.com.br/ (21) 2570 3786

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Serviรงo Infolev (21) 2210-6325 www.infolev.com.br Villar Elevadores (21) 3860-8877 www.villarelevadores.com.br

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Condomínio | Elevadores

Dando aquela repaginada Para mudar o visual do elevador, é preciso coerência com a decoração da portaria e do hall de entrada De vez em quando percebemos que está na hora de dar uma repaginada no visual, não é mesmo? Pode ser um corte novo de cabelo, uma dieta, exercícios físicos ou até mesmo renovar o guarda-roupas. É normal e saudável estar em busca de saúde e bem-estar. O mesmo princípio se enquadra num condomínio. Claro que ele precisa estar saudável em sua estrutura e equipamentos, mas o visual elegante conta muito e valoriza o patrimônio. No quesito elevador, qualquer hora pode ser a hora certa para uma intervenção. Essa é a opinião de Denilson dos Santos, sócio e gerente comercial e operacional do Shopping dos Elevadores, empresa especializada em deixar os elevadores supermodernos e requintados. A empresa atua desde 1999 reformando elevadores com alto padrão de qualidade e com preços e formas de pagamento bem acessíveis. Para o empresário, a reforma pode ser total ou parcial: “Basta nos depararmos com um piso danificado,

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Janise Gomes, síndica do Condomínio do Edifício Charleroi, repaginou os dois elevadores, social e de serviço

peças ou o subteto amassados, iluminação precária ou um espelho quebrado, entre outras coisas”, isso justificaria um pequeno ajuste. O que não pode é ir deixando os problemas se acumularem, pois aí chega uma hora em que o elevador já está tão desgastado que só uma reforma abrangente resolve.

Você deve estar se perguntando por que um condomínio só faria uma reforma no visual e não mexeria nas máquinas. Santos explica: “De forma geral, a máquina de um elevador tem um tempo de vida útil muito grande. Isso, claro, com manutenção preventiva e corretiva constante feita por empresas responsáveis pela conservação e manutenção de elevadores. Porém, seus componentes elétricos e eletrônicos e certamente o interior da cabine, por desgaste natural ou, na maioria das vezes, por atos de vandalismo, vão se tornar obsoletos ao longo dos anos.”.

Tem que saber limpar Vários fatores podem causar um aspecto ruim num elevador. Entre eles atos de vandalismo, iluminação deficiente e/ou inadequada. E algo que ficou muito em voga com a pandemia que ainda estamos enfrentando: a limpeza incorreta das cabines. Elas podem causar manchas, ferrugem e danificar espelhos, por exemplo.


Segundo o especialista do Shopping dos Elevadores, o uso indiscriminado de álcool, álcool gel ou mesmo água sanitária pode ser muito prejudicial, por isso, a empresa está oferecendo a seus clientes uma capa plástica para colocar em cima dos painéis eletrônicos, tanto dentro da cabine quanto nos botões do lado de fora, em cada andar. Santos avisa: “O uso indiscriminado do álcool gel pode até incendiar uma cabine. Se sair alguma faísca interna nos circuitos pode deflagrar um incêndio, e a chama do álcool gel é praticamente invisível”, avisa. Saber limpar as cabines do elevador pode parecer fácil, mas não é bem assim. O especialista do Shopping dos Elevadores relata: “Já tivemos casos em que o cliente nos questionou, após dez dias de um trabalho concluído, sobre algo que estaria errado com o material utilizado. Fomos até lá e constatamos erros graves na limpeza do elevador, com a utilização de produtos inadequados para cada item em questão. Realizamos a assistência e, depois de nossa orientação aos funcionários responsáveis pela limpeza do elevador, o problema foi totalmente resolvido. Depois desse episódio, ensinar como efetuar a limpeza do elevador passou a fazer parte de nosso protocolo de entrega dos serviços realizados a nossos clientes. Pois cada material utilizado deve ser tratado de forma específica e com os produtos certos para trata-

mento e limpeza de determinado item do interior da cabine.”.

O que não pode faltar em um elevador Na hora de reformar um elevador, a primeira preocupação é conseguir aprovar a alteração perante os condôminos. A outra questão é o que fazer, que tipo de decoração escolher. Denilson, do Shopping dos Elevadores, é enfático: “Ao longo desses 21 anos, já constatamos, por meio de pesquisas realizadas com nossos clientes, quais são os dois acessórios mais solicitados. Em se tratando do elevador social, sem dúvida, é o espelho com suporte/corrimão, que deve ser instalado de forma segura e de acordo com os padrões de segurança para evitar acidentes no interior da cabine. Já no elevador de serviço, não pode faltar o protetor acolchoado para ocasiões como mudanças e obras no condomínio. Esse item, inclusive, se torna ainda mais necessário em prédios que possuem somente um elevador.”. Quanto ao material que vem sendo mais utilizado, o empresário afirma: “Sem dúvida, o aço inox escovado e/ou polido é o material mais utilizado em reformas na atualidade, certamente acompanhando a modernidade, que remete ao futurismo. Porém, não é pelo fato de ser o mais utilizado que será a melhor escolha na reforma do elevador. Essa decisão faz

parte de um conjunto harmônico com a realidade visual do condomínio em questão. O profissional tem que, por experiência, salientar esses aspectos para o cliente. Até porque o resultado pode não atender às expectativas de todos no condomínio por causa de escolhas malsucedidas. No entanto, a decisão final sempre ficará a critério do cliente”, avisa.

Detalhes que fazem a diferença Na hora de escolher os detalhes da nova cabine, muitas pessoas podem ficar indecisas, afinal, opção é o que não falta. Que tipo de piso, material da cabine ou botoeira selecionar? Por essas e outras, é sempre bom contratar uma empresa que tenha experiência para indicar o que for mais adequado dentro das necessidades e possibilidades do cliente. Santos diz que, em termos de piso, “atualmente, a melhor opção é, sem dúvida, o granito. Até porque, além de ser um material com maior resistência e variedade de modelos, ele pode ser rebaixado em sua espessura. Isso porque, para pisos de elevadores mais antigos, o mais indicado é o granito de menor espessura (até 15mm), para reduzir o aumento do peso, que pode acarretar desgaste excessivo em alguns componentes responsáveis por seu funcionamento, paradas desniveladas em alguns pavimentos etc. Por

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isso, é necessário que se faça um rebalanceamento do equipamento depois de a reforma estética ser realizada”, detalha. Outros elementos estéticos devem ser pensados levando em consideração as dimensões da cabine. “Umas são pequenas, outras, grandes; algumas são estreitas; umas têm pouca altura interna, já as mais novas são bem altas, com cerca de 2,40m. Por esse motivo, devemos avaliar e apresentar ao cliente opções quanto ao estilo e ao formato de subtetos, pisos e espelhos, entre outros itens. Mas, sem dúvida, um componente que faz diferença é a iluminação de uma cabine. O interior de um elevador é um ambiente que, por diversas circunstâncias, pode causar medo, ansiedade ou até pânico nas pessoas que o utilizam no dia a dia. Por esse motivo, quanto mais bem iluminado, ventilado e limpo for, maior a sensação de segurança dos usuários. Tais afirmativas também já foram constatadas em nossas pesquisas de opinião com nossos clientes.” Ponto para o Shopping do Elevador que vem pensando em tudo para oferecer o melhor serviço possível! Aliás, quem testou e aprovou o serviço do Shopping do Elevador foi a síndica do Condomínio do Edifício Charleroi, Janise Gomes, na zona sul carioca. Há quase dois anos como síndica, ela deu uma super-repaginada nos dois elevadores: “As máquinas eram novas, mas, esteticamente, estavam muito ruins. Demos uma modernizada no visual e todos aqui ficaram muito felizes e satisfeitos”, diz a síndica, que já tinha caixa para a reforma e não teve dificuldade para aprová-la com os moradores. Ela conta que o elevador de serviço estava em pior estado, e a escolha do visual novo foi feita exclusivamente por ela; já a reforma do social ela abriu para a opinião dos moradores: 52

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O Shopping dos Elevadores está oferecendo uma proteção plástica para ser afixada por cima dos painéis dos elevadores. Em tempos de Covid-19, tem sido comum a limpeza equivocada dos equipamentos, o que pode danificá-los

“Democracia é isso!”, lembra ela em tom divertido, ressaltando que a reforma valorizou bastante o prédio. A restauração dos dois demorou um mês e meio. “O Shopping do Elevador tem muito bom gosto; o Denilson é um profissional responsável e sabe exatamente o que fazer, além de seguir rigorosamente a lei, e, mesmo assim, a estética não fica comprometida. Ele é incansável, gentil até para dizer se alguma opinião funcionaria ou não. Ficamos encantados”, finaliza ela, destacando que tudo o que foi combinado foi feito. “Isso não tem preço!”

Equilíbrio é a palavra-chave Segundo o especialista do Shopping do Elevador, os erros mais comuns em termos de redesign de uma cabine são as escolhas erradas ou mal orientadas. “Num processo de redesign e embelezamento de cabines de elevadores, o cliente deve escolher uma empresa que tenha experiência suficiente para orientá-lo sobre os riscos da má escolha estética. Por exemplo, em um condomínio com o hall e a portaria com características rústicas e conservadoras, seria um equívoco optar por uma cabine de aço inox. Seria um contraste à realidade do local. É preciso buscar o equilíbrio, mesmo a cabine do elevador sendo um ambiente único e isolado”, conclui. Serviço Shopping do Elevador (21) 3593-5791 shoppingdoelevador.oficial@gmail.com


| Economia

Hidrômetros individuais sem complicação e com economia

divulgação

Sistema inovador pode ser instalado sem quebra-quebra A individualização de hidrômetros é um tema que vem ganhando adeptos muito rápido. Afinal, chega de desperdício e de pagar a conta para os outros. Por isso já existe lei para os novos empreendimentos. Aprovada em julho de 2016, a Lei Federal 13.312 determina que o uso de medidores individuais de água seja obrigatório em todos os imóveis entregues a partir de 2021. Mas mesmo antes disso as construtoras já começaram a planejar seus empreendimentos dessa forma. O que já era bom ficou ainda melhor. A Fortekk Soluções Prediais, empresa que está há 27 anos no mercado

e atua nos segmentos de individualização e gestão do consumo de água, impermeabilização de reservatórios com revestimento de Geostank e serviços de hidráulica, agora é representante e distribuidora, no estado do Rio de Janeiro, do sistema desenvolvido pela LGR Indústria Eletrônica Ltda., sediada no Rio Grande do Sul, o Install HIDRO. O sistema favorece os prédios antigos para que, sem quebra-quebra, possam se beneficiar do sistema individual de conta de água. José Lima, gerente Comercial da Fortekk, vai além: “Com o kit da LGR de individualização, posso afirmar que deixou de

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Parceria que deu certo “Por alguns anos, tive certa dificuldade em atender alguns condomínios antigos, pelo fato de não terem condições de executar grandes adequações hidráulicas, com retirada de móveis, quebra de paredes e alteração de revestimentos, ou por simples desconhecimento”, observa Lima. “Em busca de um projeto viável e por ser amigo do José Roberto, proprietário da empresa LGR Indústria Eletrônica, estabelecida em Porto Alegre, RS, que, desde 1980, atua na fabricação de equipamentos eletrônicos, hidráulicos e pneumáti54

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existir obra de individualização impossível. O kit é o único no mercado que traz várias benesses para o condomínio e seus moradores. Seguem as principais vantagens: é um sistema instalável nos registros gerais de entrada de cada unidade de consumo; sua instalação é rápida, com o mínimo de tempo de permanência de técnicos em cada unidade; não é necessário fazer obras de alvenaria ou hidráulica; não é preciso realizar alterações no sistema hidráulico existente; todo o serviço é executado sem resíduos ou sujeira; permite a instalação em condomínios antigos com tubulação galvanizada e possui um sistema com carenagem em ABS de alto acabamento.”. Segundo Lima, a economia prevista com a individualização, “segundo o histórico de diversas individualizações realizadas no Brasil, chega a ser de, aproximadamente, 25% e, em alguns casos, de até 60%”. Em relação ao retorno do investimento, o especialista da Fortekk explica: “É importante saber que qualquer investimento é de curto e longo prazos. Porém, considerando que o valor aplicado na redução da cobrança da conta de água é de até 40%, além da economia dos recursos hídricos, podemos, então, considerar que é um retorno imediato.”.

Poupar água é bom para o bolso e para o planeta. Com hidrômetros individualizados, a economia é evidente

cos diversos para a indústria, aeronáutica, área médica, condomínios e companhias de saneamento, entre outras áreas, essa parceria se tornou possível. Sua empresa desenvolveu, há dez anos, a patente direcionada para uso em individualização de consumo de água em condomínios residenciais e comerciais. Assim, nasceu a associação entre a Fortekk e a LGR. O resultado: a Fortekk se tornou a distribuidora da LGR em todo o estado do Rio de Janeiro.". O Rio de Janeiro está recebendo a novidade de braços abertos, e com certeza quem não investiu na individualização por medo do quebra-quebra interminável já pode comemorar: “No Rio de Janeiro, estamos lançando o Install HIDRO como a grande solução de individualização. Nas cidades do Rio Grande do Sul é lançado pela LGR Indústria (fabricante) e, em São Paulo, pela Marsan Engenharia. Em todos os locais citados já existem condomínios em fase de implementação”, comemora Lima.

Leitura remota A leitura do consumo de água de cada unidade é feita de forma individual e remota. Depois disso, a administradora inclui nos boletos os valores de cada unidade, bem como o consumo das áreas comuns – que é rateado entre os moradores. “No sistema Install HIDRO, existe um hidrômetro com radiofrequência. A medição feita nos hidrômetros de


cada unidade é sem fio, e as informações de consumo são passadas para uma central, por meio de radiofrequência. A tecnologia é segura e dispensa a instalação de cabos ou a necessidade de obras, mesmo em edifícios muito antigos. Por isso, é o sistema mais recomendado para condomínios com diversas prumadas. Com a tecnologia, um leiturista não precisa ir até as unidades, já que os dados são enviados automaticamente para o palm (computador de mão), que, posteriormente, é carregado ao sistema central, que fará o cálculo. Logo, o consumo é determinado pela diferença entre duas datas de leitura, de períodos diferentes”, explica Lima. O especialista detalha onde ficam os novos hidrômetros: “O sistema Install HIDRO, equipado com hidrômetro, fica dentro de cada unidade e é instalado no ponto onde está o registro.”.

Como escolher uma boa empresa para o serviço Essa escolha deve ser feita com muita cautela. Lima explica: “O síndico deve saber que esse tipo de trabalho envolve diferentes serviços, e o principal é o projeto hidráulico executivo. Caberá ao projeto em questão apresentar todas as modificações a serem executadas, bem como toda a tecnologia envolvida e o suporte necessário após sua instalação. A empresa também deve ter um engenheiro responsável e oferecer a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) da obra, além de contar com seguro de responsabilidade civil para qualquer eventualidade que ocorra. Afinal, ninguém quer ter prejuízo, ainda mais neste momento pelo qual estamos passando. Por ser um investimento considerável, é importante que o síndico não pense somente no preço cobrado,

mas na qualidade do serviço oferecido. E justamente por esse motivo, a empresa deve ser muito bem escolhida e mostrar todas as suas credenciais no tipo de serviço oferecido, pois a ideia é que ela se torne uma parceira do condomínio, deixando o gestor livre para focar em outros temas de relevância em sua administração. A empresa deve possuir qualidades em seu histórico empresarial para a realização do serviço e, sobretudo, idoneidade. Também é importante perceber que a empresa não seja somente apenas uma instaladora de equipamentos, mas ofereça excelência no atendimento e suporte. Isso, com certeza, faz toda a diferença no pós-venda”, conclui o gerente Comercial da Fortekk. Serviço Fortekk Soluções Prediais (21) 2221-0801/3583-6235/3232-2628 www.fortekk.com.br

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| Segurança Por Lia Rangel

Condomínios reforçam a segurança durante a pandemia Durante a pandemia bandidos têm se aproveitado desse período para “reciclar” um golpe antigo: eles se fingem de entregadores e assaltam apartamentos ou roubam itens soltos pelo condomínio, como bicicletas e patinetes. Em muitos casos, o criminoso rende o entregador e se passa por ele. Em outros, se utiliza da facilidade em se cadastrar para exercer entregas e aplicar o golpe. Mas com um sistema de controle de acesso eficiente, equipamentos de segurança instalados, funcionários bem treinados e a colaboração dos moradores isso pode ser evitado. Eduardo Furtado, sócio-diretor da Rentel, empresa especializada em segurança digital, interfonia e automação de portarias, explica que “as câmeras inibem as ações de assaltantes. Há algum tempo, detectamos o aumento na procura de equipamentos de acesso rápido. Uma boa opção é a instalação de um controle de acesso interno automatizado, que é composto por tags de acesso, biometria e leitura facial, e as câmeras. A principal dica para

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A síndica Maria Auxiliadora já tinha um rígido controle de segurança mas agora o intensificou

esse período é solicitar que os moradores desçam para pegar o pedido na portaria. Se não for possível, que haja controle de identificação do entregador, com foto do documento de identidade para ser anexado ao sistema de controle de acesso. Isso evita que o falso entregador avalie a estrutura e a segurança do condomínio e dificulta o acesso de pessoas mal-intencionadas. Outro conselho importante é que o

síndico não deve confundir os porteiros com o profissional que monitora a segurança, pois são atividades distintas com obrigações específicas. Os monitores de segurança são especializados em verificar o que acontece no prédio e identificar atitudes suspeitas”, explica. A síndica Maria Auxiliadora, que está à frente do Condomínio do Edifício Bandeirante Capitão Domingos


Rodrigues, localizado na zona norte da cidade, composto por dois blocos, 144 unidades e cerca de 500 moradores, conta que já tinha um rígido controle de acesso ao condomínio e que o intensificou: “Além da ampliação do número de entregas, percebemos que, antigamente, os moradores recebiam pedidos até 1 hora da manhã, mais ou menos; hoje, os pedidos chegam a passar das 3 horas da madrugada. O que me incomoda é que os comerciantes não se preocupam em saber quem são os entregadores. Também seria importante que eles estivessem uniformizados, mas isso quase nunca acontece. Para aumentar a segurança, mandei fechar o portão de pedestres – que é muito estreito e poderia causar pequenas aglomerações com entregadores aguardando a liberação e moradores querendo entrar e sair; agora, todos

passam pelo portão da garagem, que é mais largo e evita tumulto. Também reativei uma ficha de controle de acesso ao condomínio, então, quando recebemos visitas de prestadores de serviço, os porteiros são avisados e o prestador tem que apresentar sua identidade, deixar o número do RG, nome completo, nome da empresa, telefone, a hora que chegou e a hora de saída. Os entregadores e prestadores de serviço para os moradores também preenchem esse formulário e, além de todos os dados citados acima, colocamos o número do apartamento para onde ele vai e o nome do estabelecimento para o qual trabalha. Tudo isso só acontece depois da confirmação do morador pelo interfone. Aqui os entregadores podem entregar na porta do apartamento – temos muitos idosos e não podemos barrar isso.”.

Mais segurança e tecnologia Maria Auxiliadora conta que tem planos para tornar a segurança do condomínio ainda mais eficiente. “Atualmente, tenho 32 câmeras que monitoram e gravam imagens por determinado tempo. Pretendo realizar a automação dos portões, para controlar o acesso dos carros por meio da identificação das placas e de fotos dos moradores. Também quero atualizar o acesso de pessoas pela portaria, com controle de imagem e voz do morador, além das tags de acesso, que contêm as informações de cada condômino”, conta. Aline Marino, que é diretora comercial da ABC Telecom, empresa especializada em todos os tipos de sistema de segurança eletrônica, con-

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| Segurança

ta que notou um aumento no pedido de orçamentos de segurança neste período de pandemia. “A maioria dos orçamentos foi para prédios residenciais, pois como muitos deles tiveram que reduzir o quadro de funcionários, estão investindo em sistemas de segurança para suprir essa defasagem. Os serviços mais procurados são de instalação de sistemas de CFTV com acesso remoto pelo celular, controle de acesso de veículos com tag e controle de acesso de pedestre com biometria, cartão de proximidade ou senha”, explica. Além dessas opções, Aline conta que existem soluções e sistemas integrados de segurança eletrônica que podem complementar a proteção dos condomínios, como a automação de portas e cancelas com abertura por controle remoto ou controle de acesso; sistema de comunicação com abertura de porta por senha ou chaveiro de acesso; sistema de alarme; controle de acesso; monitoramento 24 horas; reconhecimento facial e biométrico; liberação de acesso de visitantes ou entregadores por QRCode e portaria remota. Ainda segundo Aline, algumas dicas podem fazer com que o síndico tenha mais segurança no condomínio. “Primeiramente, procure profissionais qualificados e capacitados para assessorar, indicar e sugerir os melho-

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res sistemas ou os mais adequados. Depois, escolha uma empresa qualificada para instalar e manter os sistemas de segurança funcionando. Para isso, contrate empresas que trabalhem com contratos de manutenção mensais para prevenção e correção de possíveis defeitos ou problemas nos sistemas instalados e modernização e adequação, quando necessário. Uma empresa qualificada deve manter os sistemas ativos 24 horas por dia, com conservação periódica preventiva e corretiva, e ainda deve

sugerir modernização ou instalação de outros sistemas quando for detectada alguma falha na segurança do local. A manutenção preventiva deve ser realizada pelo menos uma vez ao mês, dependendo do porte do condomínio ou da quantidade de equipamento instalado. Já a manutenção corretiva pode ser agendada semanalmente, quinzenalmente ou até ser realizada sem agendamento predefinido. Saliento ainda que existe a opção do contrato de locação, por meio do qual, inicialmente, o cliente só arca com o valor da instalação e, em alguns casos, com o custo dos cabos e paga, mensalmente, uma quantia relativamente baixa pelo aluguel. O período desses contratos varia normalmente entre 24 e 36 meses, e o cliente ainda tem a opção de fazer um upgrade caso o sistema instalado fique obsoleto ou descontinuado durante esse período. Ao fim do contrato, caso não tenha a intenção de renová-lo, o síndico pode comprar o sistema com um desconto de até 70% do valor real dos equipamentos”, finaliza. Serviço ABC Telecom (21) 3342-6000 www.abctelecomrio.com Rentel (21) 2547-2728 www.rentel.com.br


| Condomínio por Leticia Rio Branco

Obras

não deixe para amanhã o que deve ser feito hoje Durante a pandemia o Rio de Janeiro decretou a Lei 8.808/2020 que prevê a proibição de obras realizadas em áreas comuns e também dentro dos apartamentos, permitindo que sejam feitos apenas serviços que não interrompam o fornecimento de água, não causem perturbação ou transtorno aos vizinhos e não aumentem o deslocamento de pessoas nas áreas de circulação dos prédios. Obras emergenciais poderão ser realizadas, mesmo que cessem temporariamente o fornecimento de água, desde que a interrupção seja comunicada com antecedência aos condôminos. Isso inclui somente obras relacionadas com encanamento, parte elétrica, vazamento de gás e obras estruturais. O resto, cartão vermelho! A síndica Sandra Maria Granha Costas Salles teve que fazer uma obra em plena pandemia. Ela, que comanda o Condomínio General Ayrosa, de 44 unidades, na zona norte carioca, conta que começou uma obra na fachada em dezembro do ano passado. “Não tinha como eu parar a obra, pois

A síndica Sandra Maria Granha Costas Salles: “Não tinha como eu parar a obra, pois o isolamento social foi decretado em março. A fachada estava com vários pedaços caindo, com a ferragem exposta”

o isolamento social foi decretado em março. A fachada estava com vários pedaços caindo, com a ferragem exposta. Entendo o lado do morador que não queria a obra, principalmente por ter pessoas estranhas circulando pelo condomínio ou por conta do barulho causado. Mas tomamos

todos os cuidados possíveis”, diz ela, que orientou todos os funcionários a lavar o rosto e as mãos até os cotovelos com frequência, além de cada um ter o próprio álcool gel. “Pensando no bem comum, ainda disponibilizamos álcool gel na portaria e colocamos um comunicado no elevador, que é higienizado duas vezes por dia”, completa. Outra dificuldade enfrentada pela síndica foi o fato de ter de entrar na varanda de cada apartamento para fazer a vistoria necessária para a realização da obra. Das 44 unidades, nove não autorizaram a entrada do engenheiro responsável para fazer o procedimento. “Não podemos obrigar os moradores. Mas precisamos entrar na varanda para que eu receba a garantia do serviço. Entra somente uma pessoa, de máscara, descalça e com álcool na mão. Tem de tirar o toldo para verificar tudo direitinho, ver se está ou não em bom estado. Isso não leva mais de um minuto e meio. Para que a obra seja concluída, dependemos da colaboração de todos”, afirma ela, que ainda tenta negociar a entrada do

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profissional em nove apartamentos. Eduardo Fanurio Mataranga Teixeira, engenheiro civil e sócio da Matarangas Engenharia, é responsável pela obra do condomínio de Sandra. Ele diz ser a favor de executar obras emergenciais. “Estamos trabalhando normalmente e adotando medidas como o uso de máscara durante a jornada de trabalho, material de limpeza e álcool gel para os funcionários, para que não haja a disseminação do vírus”, diz. Mesmo com uma obra em andamento, a síndica foi obrigada a adiar outra, que também deveria ter começado no fim de 2019. “Essa era referente à prevenção de incêndio, seria autorizada em março, mas como não teve assembleia não consegui incluir no fundo de reserva. Espero em breve incluir. O problema é que se acontecer algum acidente, se um incêndio ocorrer, por exemplo, vão querer saber por que a

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mangueira estava furada, por que a obra não foi feita antes. Entretanto, ao mesmo tempo, questionam por que tem de fazer obra na pandemia. A resposta é: algumas obras simplesmente não podem esperar”, afirma a síndica, que em um ano de gestão ainda não conseguiu fazer nenhum tipo de embelezamento no condomínio. Para Carlos Vinicius, engenheiro civil da Kor Construção e Manutenção Predial, não é o governo quem deve decidir se a obra poderá ou não ser realizada. “Quem deveria dar o aval ou parecer técnico é o engenheiro da área; deveria ser como na medicina, às vezes, o cliente não sabe se é uma situação de emergência: pode ter um reboco caindo, uma pequena infiltração que está sobre uma casa de máquinas, por exemplo, o que pode afetar os circuitos elétricos e eletrônicos dos equipamentos. Em momento nenhum

o governo poderia estipular o que é emergencial ou não; o síndico deveria decidir isso em comum acordo com um engenheiro, porque é um parecer técnico que deve ser dado de acordo com o dano encontrado”, opina. Para a síndica Renata Barreto Dourado, que há dez anos está à frente do Condomínio Edifício Coronel Picanço da Costa, um residencial de 48 unidades na zona sul carioca, o momento não é de fazer obras. “Não podemos expor o prédio a funcionários que moram em comunidades e usam transporte público lotado para chegar ao condomínio. Não sabemos como está o controle do novo coronavírus nesses locais. No momento, não vou fazer nenhuma obra. E com todo mundo em casa o orçamento aumenta, né? Temos de parar tudo. E o governo deve fazer a sua parte. Temos de ter paciência e nos ajudar”, opina a síndica.


Finanças em tempos de pandemia Outro problema enfrentado pelos síndicos durante a pandemia são as finanças. Sandra afirma que a inadimplência aconteceu no condomínio no qual é síndica. “Logo que isso começou, a maioria atrasou sim, mas depois pagou. Só fechei o mês com uma unidade que não pagou. É um momento delicado, temos que apertar o cinto, e já estou usando o fundo de reserva. Em breve terei também que aumentar a cota condominial, visto que, por conta disso, ainda não teve reajuste”, afirma Sandra, que ainda está pagando a parcela da obra referente à fachada. “São oito parcelas, estou na terceira ainda e usando o valor que entra no fundo de reserva do mês, que varia de acordo com os atrasos das mensalidades do condomínio.” Para o engenheiro da Kor, o período de crise é um bom momento para se adaptar. “O fato é que tem condomínio que tem fundo de reserva, outros não. Na minha opinião, todos os condomínios deveriam ter um fundo de reserva para, numa situação de emergência, não ter de emitir cota extra. Isso seria fundamental para também lidar com a inadimplência habitual de alguns condôminos”, completa. O engenheiro civil da Matarangas diz que possui um bom relacionamento com os síndicos e, por isso, está sempre aberto a negociações em caso de dificuldade financeira de caixa: “Todos nós estamos no mesmo barco. Assim, cada caso é estudado para que seja viabilizada uma renegociação do saldo devedor. Desse modo, todos os lados se beneficiam. Neste exato momento, as obras emergenciais devem estar em evidência, como as que caíram em exigência no laudo de autovis-

toria, por exemplo. Somente em um próximo momento o síndico deve pensar na revitalização de portarias, corredores, demarcação de vagas”, diz Eduardo, acrescentando que a Matarangas Engenharia facilita o parcelamento em até 36 meses. E nem mesmo a crise causada pelo problema sanitário influi em mudanças como a substituição de material mais barato, por exemplo. O engenheiro Carlos Vinícius, da Kor Construção e Manutenção Predial, é categórico: “Especifico todo o material que vai ser usado. Gosto de trabalhar com segurança e o barato sai caro, principalmente nessa área de tintas. Para você dar garantia de um trabalho, tem que usar bons produtos. É um grande erro utilizar material de segunda e correr o risco de ter de refazer o trabalho”, dispara ele, que está satisfeito com o resultado alcançado. “Nunca nenhum síndico pediu substituição de material. E se tomassem essa atitude, eu não estaria de acordo. Minha empresa trabalha com seriedade, por isso não perdemos nenhum condomínio até hoje. Cobramos um preço justo e, sem dúvida, a melhor maneira de cultivar o cliente é construir uma relação de transparência”, adiciona. Eduardo Mataranga, engenheiro civil da Matarangas Engenharia, concorda: “Sempre trabalhamos com os melhores produtos do mercado. Sabemos que, em razão do momento atual, devemos procurar formas de nos reinventar. Em relação aos materiais, sugerimos buscar os que estejam de acordo com as NBRs e com o Inmetro”, finaliza. Serviço Matarangas Engenharia (21) 2436-6799 https://www.matarangasengenharia.com.br/ Kor Construção e Manutenção Predial (21) 2225-2591 contato@korengenharia.com.br

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