Fábio, É hora do Kampai [Fevereiro/2017]

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Foto: Letícia Sicsú

Edição 103 Ano 10 Fevereiro/Março 2017

FÁBIO

+SAÚDE

Dependências não químicas e compulsões modernas

+DIREITO

Desmistificando as sociedades anônimas fechadas

+ARQUITETURA Restauração: o resgate da memória

CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017 I

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Para o seu pequenino crescer sem limites.

Crianças crescem rápido, isso é fato, mas o que a gente tem feito para acompanhar? Crescemos junto! A Materna investiu igual gente grande, para oferecer a melhor estrutura aos pequeninos, afinal de contas uma mãe sempre prioriza os filhos.

Materna, a mãe dos berçários. 2

I CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017


CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017 I

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EDITORIAL 2017 começou e já sentimos os ares de coisas boas! Nossa colaboradora, Kátia Kuratone, que faz nosso editorial, realizou o sonho da maternidade e no dia 13 de fevereiro deu à luz ao Arthur Gabriel em Dourados/MS, cidade onde moram seus pais. Sendo assim, agora assumo, por tempo determinado, o editorial. Nossa primeira edição de 2017 está com novidades, assim como esse ano que começou sorrindo para nós. Estreamos duas novas editorias, a primeira é a “Curiosidades dos vinhos”, com Patrícia Lemos, que acabou de desembarcar em Campo Grande vinda do nosso vizinho Cuiabá. Patrícia chegou cheia de sede, já está à frente das aulas na Uniderp Anhanguera e cedeu seu conhecimento à Cinco+, para enriquecer nossa Revista sobre o mundo dos vinhos. Descubram que vinho também pode ser tomado no calor, basta identificar o seu paladar. Nessa atmosfera de vinho, que remete a brindes e festas, nossa próxima novidade é a coluna “+Eventos”, com a – pasmem! – ninguém menos que Patrícia Faracco, consultora de eventos, e que eventos! Patrícia comanda o cenário de festas no Estado com o glamour e a eficiência que geraram discípulos no mercado, uma verdadeira inspiração. E ela traz muito mais: dicas de como receber amigos, etiqueta à mesa, na empresa e nas próprias festas. Tem muita coisa bacana… aproveitem bem nossas Patrícias! O especial de capa vem de São Paulo. Como a missão da Revista é levar a você o melhor conteúdo, embarcamos numa aventura na grande São Paulo, na Rua Pinheiros, para entrevistar Fábio Koyama, que criou um novo conceito na culinária oriental e despertou a atenção de grandes chefs, como Alex Atala, por exemplo. Seus estabelecimentos são frequentados por formadores de opinião e globais, que não economizam elogios ao falar de Fabinho Minato, como é conhecido. Estamos dividindo essa viagem e a experiência gastronômica com você, e anote na agenda que Minato Izakaya, Minato Robato e o Karaokê Minato precisam estar na lista de coisas para serem feitas em 2017. Lançamos a proposta “Arquitetura - A arte de projetar sonhos”. A cada edição vamos trazer a história, projetos e conceitos dos mais renomados arquitetos de Campo Grande. Quem dá o start é Perla Larsen, que atua na área de restauração de obras de arte e patrimônios históricos, e para próxima edição Bia Meneghini já confirmou seu espaço. Aguardem! São novidades que não acabam e o espaço é curto, mas a Revista é longa! Nossa capa de dezembro, Ana Luiza Bittencourt, proprietária da Escola Materna, vai ficar conosco esse ano inteiro, e quantos ela quiser, falando sobre a educação dos bebês. Para o bebês pet, a Dra Ariany, proprietária do Animadoux, o pet que se destacou por seus serviços em nossa Capital, também trará todas as informações para melhorar o bem-estar de seus gatos e cachorros… e as duas concordam que carinho e atenção é o que esses bebês precisam. E a Kakô Ferraz, ela mesma, estilista e estilosa… campo-grandense que ganhou São Paulo e hoje desenvolve as coleções da marca Ratier, que são assinados pelo próprio Renato – isso mesmo, do Renato Ratier que conhecemos bem das casas noturnas do Brasil e do mundo, mas iniciou em Campo Grande, com a D-EDGE – ela conta todo seu processo de crescimento no mundo da moda e mostra que investimentos e grandes ideias são sempre bem-vindos. Parei por aqui, e o que estava bom está muito melhor! Leia, divirta-se, faça seus planos e compartilhe com a gente suas experiências. Um 2017 sensacional para você! 6

I CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017


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10 | SAÚDE PROFESSOR CARLÃO 12 | SAÚDE AUDIÇÃO 14 | SAÚDE MASCAR FUMO É PREJUDICIAL À SAÚDE 16 | SAÚDE GASTRONOMIA FUNCIONAL 18 | SAÚDE DEPENDÊNCIAS NÃO QUÍMICAS E COMPULSÕES MODERNAS 22 | SAÚDE TRATAMENTOS INOVADORES NA FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL 24 | COMPORTAMENTO A IMPORTÂNCIA DE FAZER AMIZADES NA TERCEIRA IDADE 28 | SAÚDE CLORETO DE MAGNÉSIO 30 | SAÚDE I FÓRUM FENAM DE COOPERATIVISMO DE SAÚDE SUPLEMENTAR 32 | DIREITO DESMISTIFICANDO AS SOCIEDADES ANÔNIMAS FECHADAS 36 | PET ANIMADOUX 38 | ESPORTE EXEMPLOS DE DETERMINAÇÃO 8

I CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017

40 | COMPORTAMENTO ETIQUETA PROFISSIONAL EM TEMPOS DE REDES SOCIAIS

44 | ESPECIAL CAPA É HORA DO KAMPAI

48 | GASTRONOMIA 30º BOCUSE D’OR

50 | GASTRONOMIA “Ô, LÁ EM CASA!”

52 | GASTRONOMIA AGORA É HORA DAS CERVEJAS ARTESANAIS

56 | GASTRONOMIA

DA PRODUÇÃO À MESA

58 | MODA

KAKÔ FERRAZ

61 | MODA

LIBERDADE DE DENTRO PARA FORA

62 | CULTURA

DE PILOTO A ARTISTA

64 | ASTROLOGIA ASCENDENTE

66 | CIDADANIA

SISTEMA REGRESSIVO DE IMPOSTOS COMPROMETE CRESCIMENTO DO BRASIL


Diretor: HENRIQUE ATTILIO Diretor Administrativo: LUIZ HENRIQUE PEREIRA REDAÇÃO Editor-chefe: HENRIQUE ATTILIO

Edição 103 Ano 10 Fevereiro/Março 2017

Foto: Letícia Sicsú

CONSELHO EDITORIAL HENRIQUE ATTILIO, LUIZ HENRIQUE E KÁTIA KURATONE ARTE Editor de Arte: GUSTA CABRAL REVISÃO SORAYA VITAL ESTRATÉGIAS DIGITAIS LUIZ HENRIQUE PEREIRA

FÁBIO KOYAMA

+SAÚDE

Dependências não químicas e compulsões modernas

+DIREITO

Desmistificando as sociedades anônimas fechadas

SITE e MÍDIAS SOCIAIS ATP COMUNICAÇÃO

+ARQUITETURA Restauração: o resgate da memória

MARKETING ATP COMUNICAÇÃO

CAPA Foto: Letícia Sicsú Arte: Gusta Cabral

SUMÁRIO Edição 103

Ano 10 Fevereiro/Março 2017

CONSULTORIA JURÍDICA ROSEANY MENEZES JORNALISTAS Marina Bastos (marinabastos@gmail.com), Elci Holsback 081/2005 (elciholsback@hotmail.com), Clarissa de Faria (clarissafaria@gmail. com), Caroline Maldonado (maldonadoreis@gmail.com), Tarsilla Ferreira (tarmariaf@gmail.com), Guilherme Henri (guijornalismo@hotmail.com), Jéssica Benitez (jessica-benitez@hotmail.com) e Evelise Couto (evelise@contextomidia.com.br). COLUNISTAS Ariadne Cantú (ariadne.cantu@gmail.com), Daiana Capuci (daiana@itdecor.com.br), Edu Rejala (edurejala@hotmail.com), Adriano de Oliveira (adrianoao@gmail.com), Patrícia Faracco (patriciafaracco@uol.com.br), Patrícia Lemos (patriciagastrosomm@ gmail.com), Nicole Zeghbi (zeghbi@gmail.com) e André Salineiro (andresalineiro@hotmail.com).

68 | EVENTOS FESTA É COMIGO 70 | CURIOSIDADES DO VINHO NÉCTAR CURIOSO 72 | DECORAÇÃO TENDÊNCIAS NA FEIRA ABIMAD 2017 76 | ARQUITETURA RESTAURAÇÃO: O RESGATE DA MEMÓRIA 78 | COMPORTAMENTO JÁ TEVE VONTADE DE MORAR NA LUA? 80 | VIAJE BEM BAGAGEM PAGA??? 82 | VIAJE BEM AIRBNB - A SIGLA DA ECONOMIA 84 | AGROPECUÁRIA EXPOGRANDE 2017: PALCO PARA SEMANA MAIS IMPORTANTE DA RAÇA SENEPOL EM MS 86 | COLUNA SOCIAL MATERNA - BERÇÁRIO E EDUCAÇÃO INFANTIL 87 | COLUNA SOCIAL BYOFISIO 88 | COLUNA SOCIAL LEILÃO DO BEM 90 | COLUNA SOCIAL A CLÍNICA SOT

PARTICIPARAM NESTA EDIÇÃO Tatiane Savarese Attilio (CRN 3-12175), Dr. Estevon Molica (CRO-MS 2010), Nelson Lan Kowai Fook, Dra. Márcia Lessonier (CRO-MS 4072), Dr. Rafael Medeiros (CRO-MS 4073), Dr. Marcelo Noel (CRM-SP 97875) e Rodolfo Bertin (OAB-MS 9.468). Artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião da revista. Cinco+ é uma publicação da ATP Comunicação com periodicidade bimestral e distribuição gratuita dirigida. ATENDIMENTO AO LEITOR Email: contato@revistacincomais.com.br Carta: Rua Calarge, 37 - 791000-000 - Campo Grande-MS Telefone: 67 99985-8737 - 67 98145-7705 PARTICIPE DA REVISTA O que você gostaria de ler na próxima edição? Escreva-nos! contato@revistacincomais.com.br

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revistacincomais.com.br DISTRIBUIÇÃO A Revista Cinco+ é distribuída gratuitamente de forma dirigida em Campo Grande - MS. REVISTA IMPRESSA NA GRÁFICA E EDITORA ALVORADA LTDA A Cinco+ tem sua devida proteção e registro exclusivo da marca, concedido pelo órgão federal INPI, com assessoria da Remat Marcas e Patentes. CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017 I

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SAÚDE

PROFESSOR CARLÃO A história de luta é superação contra a aplasia medular. por TARSILLA FERREIRA

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professor Carlos Alberto Rezende, mais conhecido carinhosamente entre os alunos como Carlão, está na cidade de Jaú, interior de São Paulo, realizando o tratamento após transplante de medula óssea pelo qual passou em novembro do ano passado. Carlão encontrou um doador chamado de ‘10x10’, o que significa que a medula óssea é 100% compatível e não parental. Professor de Biologia há 32 anos, já lecionou nos colégios Dom Bosco, Avant Garde, Latino Americano e Paulo Freire, tanto no Ensino Médio quanto em cursinhos pré-vestibulares. Sua luta começou em agosto de 2015. Inicialmente, ele foi diagnosticado com leucemia, sendo internado em seguida no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul. Após o resultado de outros exames, chegou-se ao diagnóstico de aplasia medular. “A princípio, uma notícia impactante, pois eu sabia que não seria nada fácil. Necessitaria de transplante de medula óssea para a cura, mas,

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mesmo assim, ainda no hospital, aos poucos fui me acalmando e, resignado como sou, concluí que iria enfrentar de frente esse desafio. Se tenho que passar por isso, vou passar, vou lutar e vou vencer!”, relatou. Sua família e amigos ficaram chocados ao saber, porém logo assimilaram a notícia e o apoio que ele recebeu o fortaleceu ainda mais. “A minha família, em Campo Grande, resume-se a uma pessoa: minha mãe, a dona Nena. Contudo, a minha grande família são os amigos e amigas que estiveram comigo desde o início. O apoio que recebi não foi apenas com carinho, orações e pensamentos positivos, mas com ações concretas, visitas e mensagens recebidas pelas redes sociais. O ponto alto dessa corrente foi o imensurável número de doações de sangue em meu nome, pois, naquele momento, eu precisava de sangue no hospital”, contou. Carlão encarou sua internação com muito bom humor e foi duran-

te esse período, com a convivência com outros doentes, que viu a necessidade de cada um deles, bem como a sua. Foi então que teve a inspiração de criar o Projeto Sangue Bom. Ideia que foi compartilhada com sua namorada, Tatiana Amorim, e amigos. Assim que recebeu alta do hospital, iniciou as atividades do Projeto. O Sangue Bom tem o objetivo de incentivar a adesão a uma grande rede de solidariedade, para aumentar o número de doares de sangue e de medula óssea e se mantém com recursos próprios, oriundos de apoio e parcerias estabelecidas com instituições públicas e privadas. Durante o tratamento, professor Carlão ministrou palestras sobre a doença e realizou, com o Projeto, 40 campanhas de doação de sangue e medula. Todo esse trabalho rendeu ótimos resultados para o Hemosul em Campo Grande, que registrou nesse período um aumento de 85% no número de cadastro de doadores


Professor Carlão com sua namorada, Tatiana Amorim.

de medula óssea, 83 pedidos de confirmação de compatibilidade e mais de 149 mil doadores cadastrados em Mato Grosso do Sul. Um ano após o diagnóstico, veio a confirmação de que um doador era compatível. A ótima notícia foi recebida com muita emoção. “Apesar da gratidão por ter encontrado um doador não aparentado, possibilidade de 1 a cada 100 mil, confesso que fiquei apreensivo com as questões práticas que eu deveria resolver em poucos dias. Segundo o protocolo, eu teria que ficar, pelo menos, 90 dias fora de Campo Grande, então tinha que deixar tudo organizado em relação ao Projeto Sangue Bom, bem como minha vida particular. Mesmo no meio desse turbilhão de sentimentos e ações, eu vibrava por

dentro com esse grande presente de Deus. A vida? A vida ficou muito mais linda e leve.” De acordo com o professor, boas ações geram outras boas ações. “Acredito na força da fé e do pensamento positivo. Tudo tem um propósito na vida. E a minha doença foi o ponta pé inicial para eu trabalhar a favor de outras vidas. Nunca deixei de acreditar na minha cura, porque tenho certeza que Deus tem um propósito para mim e eu serei eternamente grato por Ele ter me dado essa possibilidade de ajudar a salvar outras vidas”, declarou. Para Carlão, mesmo sem saber se teria a bênção de encontrar um doador compatível, começar o Projeto Sangue Bom foi sua maior missão. “Voltei minhas energias

para ajudar aos meus semelhantes, segui firme na minha fé em prol da minha cura e nunca deixei de acreditar em dias melhores. A mensagem que eu deixo para você que está passando por essa provação é: não se deixe abater, confie na vontade de Deus e lute pela sua vida! Seja otimista e mantenha o bom humor, pois nenhuma folha cai de uma árvore sem a permissão dele!”, finalizou com um grande sorriso e sua alegria contagiante. Quando retornar a Campo Grande, professor Carlão dará continuidade a suas atividades, para incentivar as doações de sangue e medula. E o que antes era um sonho, passou a ser um projeto e hoje é o Instituto Sangue Bom, que será lançado oficialmente após sua chegada à Capital.

Para ser doador de sangue é preciso ter entre 16 e 68 anos, estar bem de saúde, pesar mais que 55 kg, ter se alimentado e não ter consumido algum tipo de bebida alcoólica nas últimas 12 horas. E para doar medula não tem peso mínimo e são colhidos 4 ml de sangue do braço, e a idade mínima é 18 anos e a máxima é 55. A pessoa deve ir até o banco de sangue com um documento com foto (carteira de identidade, trabalho ou habilitação). Mais informações acesse http://www.hemosul.ms.gov.br/

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SAÚDE

AUDIÇÃO Escuto, mas não entendo...

por LUCY DUARTE

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NELSON LAM KOWAI FOOK Fonoaudiólogo CRF_6 2818

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uvir e entender o que está sendo dito são situações diferentes. Para OUVIR precisamos da integridade de nosso sistema auditivo, já para ENTENDER precisamos do auxílio maior de nosso cérebro, para que o processamento da palavra possa ser realizado com maior precisão. Precisamos OUVIR bem para enviar ao cérebro o estímulo necessário à compreensão da palavra! A fala é composta pelo conjunto de sons das vogais (a, e, i, o, u) e das consoantes (s, ss, f, ch, c, t, v…). As vogais têm sons de frequência mais grave e volume mais alto, enquanto as consoantes tendem a ter frequências mais altas e volumes mais baixos, especialmente em vozes femininas e muito finas. Grande parte das perdas auditivas costumam causar uma perda mais séria nos sons agudos (os das consoantes) do que nos graves (os das vogais). Assim, nesse cenário de uma perda auditiva nos agudos, as pessoas acabam ouvindo as palavras apenas em parte, mais as vogais e menos as consoantes. Para exemplificar, na palavra dita “TAXA” a pessoa, conforme sua perda auditiva, talvez somente consiga ouvir “TAA”, e o significado se perde entre “TAXA”, “TAPA”, “TAÇA”... Assim começa todo o problema.... Uma perda auditiva pequena pode fazer perder

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apenas uma letra, mas aí corre-se o risco de perder a palavra, a frase e, por fim, o sentido. Assim, o “ouvir, mas não entender” surge do que não se ouviu, sendo, portanto, sinal de algum grau de surdez. São sinais de uma possível perda de audição: conseguir ouvir, mas não entender, dificuldade de ouvir em restaurantes ou outros ambientes ruidosos, pedir com frequência para as pessoas repetirem o que disseram, depender de olhar para as pessoas para entender o que dizem, aumentar com frequência o volume da TV, achar que todo mundo sussurra ou “fala para dentro.” ALÉM DA PERDA DE AUDIÇÃO... Embora com frequência a dificuldade de compreender a fala venha de uma perda de audição, existem outras causas menos comuns. Alguns pacientes podem ter dificuldade de discriminar os sons por doenças que podem acometer os nervos auditivos. Outras vezes, o processamento auditivo da fala e da linguagem pode estar alterado no nível cerebral.

“Diante de qualquer suspeita, procure atendimento especializado”.


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SAÚDE

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MASCAR FUMO


É PREJUDICIAL À SAÚDE scolhi este assunto porque fiquei espantado com a quantidade de jovens do meu estado que fazem uso do fumo de mascar… e como esta prática não é muito conhecida, achei o tema pertinente. Mascar fumo ou tabaco não é uma alternativa inofensiva. Muito pelo contrário, diga-se de passagem. É verdade que assim você não aspira monóxido de carbono, mas os níveis de nicotina são igualmente elevados, aumentando o risco de desenvolver pressão alta e doenças cardiovasculares. Sem falar, é claro, do risco do temido câncer bucal, na laringe, na faringe, no esôfago e até no cérebro, que pode chegar a um nível 50 vezes maior do que uma pessoa que não faz uso do fumo. O tabaco pode diminuir os sentidos do olfato e paladar, aumento da mortalidade infantil, quando a mãe o utiliza, doenças ateroscleróticas e doenças vasculares periféricas, como aneurismas, coágulos sanguíneos e derrames cerebrais. Mais do que isso, o fumo de mascar pode causar gengivites gravíssimas, escurecimento dos dentes a níveis muito altos e a terrível halitose. Como tabaco é tabaco, independente se você fuma, aspira ou mastiga, a nicotina está presente nas três formas e ela é viciante, ficando apenas a um passo de fazer uso do cigarro. Só para ilustrar, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o fumo de mascar causa 90 % de todos os casos por câncer na Índia, onde esta prática é mais usual. Relatos de meus clientes no consultório me deixaram mais perplexo ainda. Como o fumo de mascar não é ingerido por quem faz uso dele, depois que se masca,

ele é colocado entre a bochecha e os dentes, ficando neste local por um grande período. E como ele faz o usuário salivar com mais abundância, esta saliva recheada de tabaco é descartada em qualquer lugar que o consumidor esteja. Universitários, dos cursos de Agronomia e Medicina Veterinária, que foram citados como maiores usuários, consomem o fumo de mascar dentro das salas de aula e para não cuspir no chão, levam copos para descartar esta saliva ou se utilizam de recipientes comunitários feitos de garrafas pets cortadas, como se fosse uma cuspideira coletiva. Podem acreditar, isso é real!!! Para ser ameno nas minhas considerações, acho difícil de se acreditar que isso possa acontecer dentro de uma sala de aula universitária com professores compactuando com o uso do fumo. Mas como eu tive acesso direto a pessoas que presenciam tal cena ou que fazem parte dela, acredito. Já que o assunto é fumo, vou abrir um parêntese aqui, para falar do cachimbo de água ou narguilé, que está muito em moda agora e que também tem um poder nocivo altíssimo a saúde. Ao contrário da crença popular, esses cachimbos de água têm nicotina suficiente para criar dependência, mas por estar menos concentrada, reduz as náuseas e permite que o consumidor consiga ficar mais tempo exposto às substâncias cancerígenas do tabaco e a gases perigosos, como o monóxido de carbono. Voltando ao fumo de mascar, caso a vontade de exercitar os músculos da face seja grande, opte por mascar chiclete sem açúçar, é menos perigoso para sua saúde, sem sombra de dúvidas!

Dr. Estevom Molica

1ª Clínica de Prevenção e Diagnóstico em Odontologia do MS Prevenção é a Odontologia do Futuro Rua Brasil, 444 - Centro - Campo Grande - MS 67 3026.6506 | 67 99880.7006 CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017 I

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SAÚDE

GASTRONOMIA FUNCIONAL A diferença na reeducação alimentar. por DRA. TATIANE ATTILIO

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NUTRICIONISTA CLÍNICA CRN 3-12175 (67) 99932-8381 tatianeattilio@gmail.com

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ão é novidade que o paladar não é o único sentido envolvido no ato de comer. A visão e o olfato também participam ativamente do processo de seleção do que é escolhido para compor a refeição que será realizada. Podemos citar algumas características que normalmente são notadas na escolha dos alimentos: Temperatura - Algumas pessoas preferem alimentos “quentes” ao acordar e, sendo assim, não adianta seguir um plano alimentar onde são orientadas a comer frutas e iogurte no café da manhã. Textura - Alimentos muito cozidos, sopas e preparações com molho, também são preferência de alguns, porém causam aversão em outros. O mesmo acontece com alimentos mais “duros”, como castanhas, sementes e cereais em geral. Cor - Preparações coloridas tendem a ser mais atrativas aos olhos, um exemplo clássico são as saladas. Saladas bem elaboradas, com ingredientes coloridos e molhos diferentes, são preferência em relação à salada de alface com tomate. Paladar - Sem atender esse requisito, jamais uma pessoa conseguirá seguir um plano alimentar. A preferência entre o doce e o salgado, o agridoce, o amargo, o azedo... Cada pessoa possui

um paladar e é necessário atender suas preferências adequando suas necessidades nutricionais. Bom, o que quero deixar como dica aqui é que a mudança do hábito alimentar precisa atender às preferências do seu hábito anterior, porém modificando os alimentos que serão introduzidos. Eu chamo esse processo de Gastronomia Funcional, ou seja, trata-se da prescrição de um plano alimentar contendo alimentos saudáveis, mais nutritivos, e que serão consumidos com prazer. Quer um exemplo? Vamos lá: hambúrguer. A mudança aqui seria de um hambúrguer industrializado por um hambúrguer caseiro, feito com carne magra, especiarias e farinha de arroz ou farinha de aveia. A mudança da receita deve ser feita de forma a manter o alimento preferido, porém torná-lo saudável, nutritivo e que um aliado ao processo de mudança do hábito alimentar. A Gastronomia Funcional é de grande valia para auxiliar não somente na manutenção da saúde e vitalidade, mas como tratar diversas doenças, como alteração de colesterol, diabetes, pressão alta, obesidade, magreza, inapetência seletiva, carência nutricional, problemas intestinais e gástricos, entre outros. Sendo assim, convido você a experimentar a Gastronomia Funcional e finalmente conseguir atingir seus objetivos.


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SAÚDE

DEPENDÊNCIAS NÃO QUÍMICAS E COMPULSÕES MODERNAS por MARCELO NIEL - CRM 97875

S Médico Psiquiatra, Psicoterapeuta Junguiano, Mestre em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo, Doutorando do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal de São Paulo, Supervisor Clínico-Institucional na Área de Psiquiatria e Psicoterapia. Junto com os psiquiatras Dartiu Xavier da Silveira e Alessandra Maria Julião, organizou a Série “Dilemas Modernos”, composta por livros de apoio a pais, educadores e familiares, com linguagem simples, estruturada em perguntas e respostas, publicada pela Editora Atheneu (Livro 1 - Drogas, Família e Adolescência; Livro 2 - Uso de Abuso de Álcool; Livro 3 Dependências Não Químicas e Compulsões Modernas)

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exo, compras, jogos, internet, alimentação, preocupação com a forma física. Comportamentos aparentemente tão diferentes, mas que, em excesso, podem se tornar uma doença e causar bastante sofrimento à pessoa e a quem convive com ela. Mas que doenças são essas? As chamadas dependências não químicas, como a dependência de sexo, o comprar compulsivo, a dependência de jogo e de internet e outros comportamentos compulsivos, como a anorexia nervosa, a bulimia nervosa e o dismorfismo corporal. Doenças do comportamento, que, por se iniciarem com comportamentos muito próximos aos normais e, pouco a pouco, se transformando em graves patologias que provocam sofrimento à pessoa e em seu entorno. Com exceção da dependência de internet, por se tratar de um fenômeno mais moderno, as outras dependências existem há muito mais tempo do que se imagina. Entretanto, um conhecimento mais técnico e os tratamentos específicos para esses males são muito recentes em nossa sociedade. Alguns estudiosos na área propuseram critérios diagnósticos para as dependências não-químicas, espelhados nos critérios da dependência química.


O COMPORTAMENTO COMPULSIVO OCORRE QUANDO APRESENTAMOS UM COMPORTAMENTO MUITO FREQUENTE E PELO MENOS MAIS TRÊS DOS SEGUINTES ASPECTOS, NOS ÚLTIMOS 12 MESES (GOODMAN,2001) 1 TOLERÂNCIA: nos entregamos a práticas mais intensas e frequentes para obter a mesma satisfação que havia no início do quadro; 2 ABSTINÊNCIA: mal estar físico e/ou psicológico, quando tentamos diminuir ou evitar o comportamento; 3 ocupamos mais tempo e com maior intensidade com o comportamento do que antes; 4 fracassamos quando tentamos controlar o comportamento; 5 gastamos muito tempo e energia buscando o comportamento; 6 começamos a nos ocupar do comportamento, quando deveríamos estar trabalhando ou com nossos entes queridos;

Diferentemente do uso de álcool e outras drogas, cujo tratamento muitas vezes deve implicar a suspensão do uso, que chamamos de abstinência, as dependências não químicas e as compulsões modernas apresentam a particularidade de que abstinência não é a solução, uma vez que estamos lidando com comportamentos fisiológicos, como sexo e alimentação, e com comportamentos que fazem parte do nosso cotidiano, como comprar, utilizar a internet e praticar atividade física.

7 continuamos com o comportamento mesmo percebendo que está nos prejudicando. CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017 I

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COMO RECONHECER O PROBLEMA? O primeiro passo, em todas essas compulsões, é diferenciar o comportamento “normal” do “patológico”, que pode ir desde um quadro abusivo/excessivo, até situações mais graves, em que, de fato, se configura uma dependência. O primeiro elemento sugestivo do problema é a perda de controle. Aquele indivíduo que não consegue parar, fica mais tempo que o programado naquele mesmo comportamento, geralmente acompanhado de mentiras para ocultar seus excessos, são sinais de que algo está errado. No dia a dia do tratamento de dependentes, muitos familiares, cônjuges e amigos já percebem, antes mesmo da própria pessoa, que o seu comportamento está excessivo, mas geralmente ela segue negando o problema, até se deparar com um momento de total perda de controle ou de uma ausência de prazer para aquela atividade que antes era prazeirosa. DEPENDÊNCIA DE SEXO Ao contrário do que se pensa, nem sempre um dependente de sexo pratica sexo em demasia. Muitas vezes ele gasta seu tempo buscando parceiros (por internet, aplicativos), pensando em sexo, admirando situações, pessoas, ambientes e até mesmo praticando com parceiros(as) ou se masturbando. A pessoa sente dificuldade em controlar o pensamento ou a atitude, apresentando prejuízo na rotina, com sintomas de abstinência e fissura, como insônia e irritabilidade.

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I CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017

COMPRAR COMPULSIVO Vivemos em uma sociedade de consumo, que estimula o consumo exagerado e menos criterioso. As pessoas que têm uma tendência a desenvolver o problema começam das formas mais variadas, podendo comprar itens específicos da sua preferência ou do tipo de coisa que encontram. Geralmente, gastam dinheiro além do programado, fazem dívidas e empréstimos, ocultam de familiares as compras realizadas. DEPENDÊNCIA DE JOGO Os dependentes de jogo podem atuar de diversas formas: máquinas de jogos, jogos de cartas, loterias, jogo do bicho, apostas em cavalos, entre outros. Mesmo com o caráter ilícito de muitos jogos em nosso país, a pessoa que apresenta o problema é muitas vezes capaz de frequentar lugares clandestinos, correr riscos, pedir empréstimos e se endividar para continuar jogando. Muitas vezes a busca pelo tratamento ocorre quando se comprometeu em uma grande dívida ou perdeu algum bem de grande valor. DEPENDÊNCIA DE INTERNET A internet hoje faz parte da vida da maioria das pessoas no mundo. Seu uso se torna cada vez maior em vários setores, como lazer, trabalhos, estudos. Entretanto, muitas pessoas vão se tornando cada vez mais dependentes dessa tecnologia, sem conseguirem controlar seu uso. Já existem estudos sobre diversos problemas para a saúde e para a segurança pública, decorrentes do uso inadequado da internet: problemas de visão, ortopédico, lesões de esforço repetitivo (LER), sedentarismo em

crianças e adultos, acidentes, como quedas na rua, acidentes de trânsito, entre outros, além da possibilidade de desenvolver a dependência, com total descontrole de uso, prejuízos em outras atividades e isolamento social importante. Além disso, a internet é o veículo de acesso a outras dependências, como sexo, compras e jogo. TRANSTORNOS ALIMENTARES Comer compulsivo, anorexia nervosa e bulimia nervosa são os chamados Transtornos Alimentares. No comer compulsivo, a pessoa ingere grandes quantidades de alimentos, com valor calórico muito acima das necessidades diárias e apresenta episódios agudos de ingestão alimentar, o chamado binge eating. Na anorexia nervosa, é comum a pessoa afetada ter sido obesa no passado, sobretudo infância e adolescência, passar por uma dieta rigorosa, geralmente sem assistência profissional e desenvolver uma preocupação excessiva em perder peso, mesmo que esteja excessivamente magra. É uma patologia grave, que muitas vezes requer internação clínica para repor nutrientes, uma vez que há risco de morte por inanição. Na bulimia, a pessoa geralmente é obesa ou tem sobrepeso, sente-se culpada com o excesso de alimento ingerido e provoca vômitos para expulsar o alimento. Ela pode estar associada também à anorexia. O dismorfismo corporal é uma patologia caracterizada pela preocupação excessiva com a forma corporal, levando a comportamentos exagerados, como atividade física, procedimentos estéticos e medicações para alterar a forma física.


E COMO PROCURAR AJUDA? A partir do momento que a pessoa reconhece o seu problema, ela está apta a buscar ajuda. Não existe um caminho específico a seguir, então pode procurar um psicólogo, um psiquiatra e até mesmo os grupos de autoajuda / ajuda mútua, inspirados no modelo dos Alcoólicos Anônimos (AA), como o DASA (Dependentes de Amor e Sexo), o CC (Comedores Compulsivos) e o JA (Jogadores Anônimos), entre outros. Mesmo que a pessoa ainda não tenha reconhecido o seu problema e não aceite tratamento, pais, cônjuges e familiares podem procurar ajuda nesses grupos ou com profissionais especializados, para receberem orientação e apoio e modificar suas atitudes. Muitos familiares questionam quando são encaminhados para esse tipo de tratamento e costumam dizer: “eu não preciso de ajuda, é ele quem está doente”. Muitas vezes, a relação está desgastada e adoecida pela dependência. Pais e cônjuges estão sofrendo, sem saber o que fazer. Quando procuram orientação, apoio e tratamento encontram força para mudar e ajudar a pessoa doente. Com essas mudanças, é bastante frequente que, passado algum tempo, a própria pessoa busque ajuda também. MAS SE A PESSOA FOR SE TRATAR, ELA TERÁ QUE TOMAR REMÉDIOS? ELA NÃO PODE FICAR DEPENDENTE DE MEDICAMENTOS? Nem sempre os medicamentos psicotrópicos serão necessários no tratamento. Há casos em que o tratamento psicológico e os grupos de ajuda mútua são suficientes. Entretanto, em alguns casos, a pessoa

em tratamento vai necessitar de medicamentos para controlar a ansiedade e os sintomas de abstinência. Deve-se evitar fazer uso de medicações por conta própria e sem prescrição médica, porque isso aumenta o risco de uso abusivo e de efeitos colaterais indesejados. Além do controle da abstinência, muitas pessoas que sofrem de compulsões podem apresentar quadros depressivos e ansiosos que necessitem de tratamento com medicamentos. Muitas pessoas que sofrem do problema acabam se envolvendo com uso abusivo de álcool e outras drogas, como forma de conter a ansiedade decorrente da abstinência. Esse é um outro importante motivo para que a pessoa busque uma avaliação médica adequada. Quando os medicamentos são usados de madeira correta, após uma avaliação médica, o risco de dependência é baixo. E eles devem ser suspensos assim que o quadro se estabilizar. HÁ NECESSIDADE DE INTERNAÇÃO? Em geral, os tratamentos para dependências não químicas não necessitam de internação, mas há casos mais graves em que a internação é necessária, sobretudo quando há risco de suicídio ou sintomas depressivos e ansiosos graves. Nos casos dos transtornos alimentares, sobretudo nos casos graves de anorexia, a pessoa pode necessitar de internações em hospital clínico, para nutrição e hidratação por via parenteral. Muitas vezes a família coloca muitas expectativas na internação, mas é importante ressaltar que ela tem apenas a função de contenção daquele comportamento excessivo ou de garantir a vida da pessoa em casos de risco de suicídio e de com-

plicações clinicas, e na maioria das vezes não é curativa. Infelizmente, muitas clínicas privadas fazem propagandas enganosas, com resultados excepcionais, e o doente e seus familiares, que estão desesperados, acreditam nessas falsas promessas, aumentando ainda mais a frustração durante o processo. E É POSSÍVEL ENCONTRAR A CURA? Dependência e comportamentos compulsivos são fenômenos complexos e que não aparecem do dia para a noite. Geralmente, um indivíduo demora de meses a anos desenvolvendo um comportamento patológico, até se transformar numa doença. Quanto mais tempo se demora para iniciar o tratamento, mais grave fica e mais difícil é o tratamento. Uma vez iniciado, deve-se ter em mente que se trata de um processo demorado, que pode contar com altos e baixos, com recaídas, desistências e abandonos. Todo esse processo exige paciência e perseverança. Geralmente, quando a pessoa resolve procurar ajuda, tanto ela quanto seus familiares já estão cansados e sem esperança. Mas o médico, o terapeuta e os grupos de ajuda mútua serão auxílio apra manterem firmes e fortes no tratamento, promovendo um melhor controle e melhora da qualidade de vida.

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SAÚDE

TRATAMENTOS INOVADORES NA FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL por CLARISSA DE FARIA

Tammy Aisawa

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entir-se bem está atrelado, quase sempre, à estética. Mesmo que as pessoas adotem novos estilos de vida, cada vez mais saudáveis, a consequência mais notada ainda será a perda de medidas e uma aparência que aguce os seus e demais olhos. Dessa forma, cresce o número de clínicas especializadas em tratamentos menos invasivos que garantem um resultado eficaz e com um custo-benefício que tem conquistado os adeptos. Em Campo Grande, a Fisioterapeuta Tammy Aisawa encontrou na área de Dermato Funcional soluções para seus clientes que buscam esses tratamentos menos invasivos e que possam protelar a necessidade de uma cirurgia plástica. Especialista em Ortopedia e Reabilitação, há dois anos ela se debruça em uma nova área e busca trazer procedimentos inovadores, como é o caso da Criolipólise e do Microagulhamento, campeões de procura na Força do Corpo, espaço que ela divide com outras parceiras da área. “É uma necessidade que o mercado nos apontou e vimos nisso uma oportunidade para atender melhor nossos pacientes e oferecer procedimentos que realmente funcionem e que sejam executados por profissionais especializados”, diz.

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CRIOLIPÓLISE O tratamento usa baixas temperaturas para tratar gordura localizada. É utilizada uma membrana protetora na pele, própria para o procedimento, acopla-se o aparelho e inicia-se o resfriamento da gordura. As células congeladas têm suas estruturas alteradas e o corpo passa a não reconhecê-las mais, iniciando então o processo de eliminação, que ocorre lentamente. Tammy explica que é necessário o paciente passar por uma avaliação, onde será indicado o número de sessões necessárias e se realmente o procedimento é o mais indicado para determinada pessoa. “É muito comum recebermos pessoas que passaram pelo mesmo tratamento em outros locais e chegam aqui com queimaduras ocasionadas pelo uso do aparelho de forma inadequada”, alerta. Ela informa que há contraindicações e que a temperatura e a duração de cada sessão varia de acordo com os dados coletados na avaliação, o que garante um tratamento personalizado, adaptado às necessidades e expectativas de cada cliente. Além disso, o paciente precisa se ater a alguns detalhes como, por exemplo, confirmar se o aparelho tem certificação da ANVISA e se a manutenção está em dia. Sobre os resultados, ela garante: “Após 90 dias do tratamento é possível vermos diminuição na camada de gordura em até 30%”. MICROAGULHAMENTO A indução percutânea de colágeno, conhecida também como microagulhamento, é uma técnica utilizada para rejuvenescimento, tratamento da flacidez da pele, cicatrizes de acne, estrias, rugas e linhas de expressão, clareamento de manchas e melasmas, além de aumentar a permeação de cosméticos. Essa técnica atrai pessoas que buscam melhorar o aspecto geral da pele. O procedimento é realizado com um rolo (“roller”) encravado por várias microagulhas estéreis que causam microperfurações. “Estas perfurações liberam fatores de crescimento que estimulam a formação de colágeno. Uma sessão de microagulhamento aumenta o colágeno da pele em 100%”, explica a Fisioterapeuta. Tammy frisa que o roller deve estar acondicionado em embalagem estéril e deve ser descartado após cada aplicação, não podendo ser reutilizado nem na mesma pessoa. “O procedimento deve ser realizado por profissionais especializados e qualificados, pois é um tratamento que pode causar complicações se realizado de forma inadequada”. “Assim como na criolipólise, é necessária uma avaliação e um acompanhamento pós procedimento. São tratamentos individualizados, personalizados de acordo com a necessidade de cada paciente, portanto, o número de sessões e o intervalo entre elas são particulares a cada um. Dessa forma conseguimos trabalhar com segurança e proporcionar melhores resultados aos pacientes”, alerta.


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COMPORTAMENTO

A IMPORTÂNCIA DE FAZER AMIZADES NA TERCEIRA IDADE por MARINA BASTOS

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ual foi a última vez que você fez um amigo? Faz tempo que não conhece uma

“Estudos indicam que atividades em grupo melhoram a qualidade de vida do idoso e mandam a solidão para bem longe.”

Fotos: Márcio Ferreira

pessoa nova? Na infância e juventude, as amizades são feitas facilmente: na escola, faculdade, condomínio… já mais maduros, as fazemos em instituições das quais participamos, no trabalho, por meio de outros amigos e de redes sociais. Mas e quanto à velhice? Vemos hoje um movimento muito forte com relação aos espaços dedicados à terceira idade: Centros Dia, Centros de Convivência, Centros de Referência, Universidades da Terceira Idade, entre outros. Estes espaços promovem atividades em grupo direcionadas aos idosos, com diferentes objetivos cada uma. Porém, a interação promovida nas atividades gera um retorno extremamente significativo às pessoas. Muitas instituições religiosas e sociais têm projetos voltados para a terceira idade, como palestras, dicas de saúde, promoção de bailes, passeios em parques e excursões, sendo essas excelentes oportunidades para se divertir e conhecer outras pessoas. Essas iniciativas são de extrema importância para que não se perca o hábito de interagir. O idoso, muitas vezes, deixa-se levar pelas dificuldades naturais do desgaste físico, e não se permite buscar a companhia do outro. A escritora Anabela Sabido, autora do livro “Amadurecendo com sabedoria”, indica que já que a passagem do tempo e o envelhecimento são inevitáveis, é preciso lidar com as questões ligadas à velhice sem medo e aceitar a maturidade sem lamentar o passado. “As pessoas têm a tendência a adiar decisões importantes. As justificativas mais parecem desculpas. Se forem jovens, dizem que não precisam se apressar. Se forem idosos, dizem que é tarde demais. Minha dica é: não postergue as viagens, a dieta alimentar, as visitas, a reforma da casa, as caminhadas, aprender um

novo idioma, o livro que pretende escrever, etc. Cuidado para não se ver dizendo: ‘Só depois que me aposentar’ ou ‘Agora não dá mais, já estou aposentado’, apontou a autora. Para Anabela, os amigos são um presente que enriquece a existência das criaturas em todas as idades. “Por que deveria ser diferente na velhice? É preciso sair do isolamento e buscar oportunidades para o cultivo da amizade. Assim, será possível encontrar novos estímulos para a vida”, destacou. “Ter amigos faz com que todas as mudanças trazidas com a chegada da idade, desde as alterações físicas até o sentimento de solidão.” CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017 I

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FIM DA SOLIDÃO Moradora do litoral paulista e considerada umas das últimas caiçaras tradicionais da cidade onde mora, Dona Julieta Maria de Mattos, 76 anos, foi jovem numa época e numa região em que a cultura era muito machista. Mulheres trabalhavam apenas em casa e cuidavam dos filhos, enquanto os homens eram os provedores. O tempo passou, os dois filhos de Julieta, ou Dona Ju, como gosta de ser chamada, casaram-se, e ela ficou viúva. Sozinha, passou por um tempo de adaptação e muita solidão. “Vivia esperando o fim de semana, quando meus filhos vêm à minha casa com as minhas noras, se não viessem eram o fim.” As coisas começaram a mudar quando a igreja frequentada por Dona Ju organizou uma excursão 26

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Fotos: Márcio Ferreira

ESTUDOS INDICAM UM AUMENTO NA QUALIDADE DE VIDA E NA LONGEVIDADE EM IDOSOS QUE APRESENTAM UMA VIDA SOCIAL INTENSA. A vida social do idoso não se resume apenas a participação dele nos grupos de terceira idade, mas também à boa relação com sua família, o envolvimento em grupos de sua comunidade, como um grupo religioso, por exemplo. Vale lembrar que a qualidade dos contatos sociais é mais importante do que a quantidade. A capacidade de interação social varia de pessoa para pessoa, por isso não significa que aquele que tenha menos contatos possua uma qualidade de vida pior do que aquele que possui mais contatos. De acordo com Mariana Almeida, Gerontóloga da UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos), as relações sociais promovem o bem-estar mental na velhice. “A ausência de convívio social pode causar severos efeitos negativos na capacidade cognitiva geral, além de depressão. As pessoas que estão em contato com as outras podem ser mais inclinadas a ter hábitos saudáveis.”

para uma cidade do interior de São Paulo. Os filhos incentivaram e lá foi ela. Na viagem teve baile, visita a igrejas, saída para compras… Voltou da experiência renovada. Principalmente por ter feito novas amizades com pessoas que moram próximo a ela e também de cidades vizinhas. Agora as viagens se tornaram constantes, acontecem uma vez a cada dois meses. Mas Dona Ju não parou por aí, passou a integrar o coral da igreja e um grupo de costura. “Olha, acho que hoje saio mais do que quando era mocinha. Faço coisas que nunca pude, como dançar e conversar com estranhos. Meus filhos estão animados com minha atividades e me incentivam muito”, contou ela. Portanto, a amizade é de inestimável valor, é a prática de um sentimento maravilhoso de paz e integração fundamental para todos, mas especialmente para quem se encontra nesta fase da vida, a velhice. É por meio da amizade que o indivíduo encontrará suporte emocional, apoio, carinho, parceria, fortalecimento de identidade, elevação de autoestima, e o reconhecimento que certamente lhe proporcionarão viver mais tempo com mais amor e mais felicidade.


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SAÚDE

CLORETO DE MAGNÉSIO Conheça os benefícios desse mineral. por TARSILLA FERREIRA

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ocê tem conhecimento sobre a importância do magnésio para a saúde? O magnésio é um mineral essencial para qualquer espécie viva e para os seres humanos é responsável por mais de 350 reações químicas no corpo. Inúmeros são os benefícios que se pode ter ao introduzir esse mineral à dieta diária, por meio de alimentos ou mesmo com a suplementação, se necessária. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil é um dos países que apresenta déficit de magnésio. Para melhor falar do assunto, entrevistamos a Dra. Glaci Vieira Dutra, ginecologista, acupunturista e pós-graduada em nutriendocrinologia.

3 O que é cloreto de magnésio? Dra. Glaci: Cloreto de magnésio é um composto químico que aumenta a produção de Hcl (ácido gástrico), facilitando assim a absorção e assimilação desse mineral, melhorando a eficiência digestiva, especialmente à medida que envelhecemos. 4 Quais as indicações para uso? Dra. Glaci: É indicado para pessoas com sinais e sintomas de deficiência desse mineral, podendo também ser dosado no sangue. Algumas alterações que podem ser detectadas: dores musculares, espasmos, fraqueza, dores articulares, insônia, ansiedade, stress, depressão, arritmia cardíaca, TPM, cólicas menstruais, hipertermia. Convém ressaltar que com o suor perdemos muito magnésio e com a idade (envelhecimento) não temos mais reserva desse mineral no corpo, necessitando de suplementação. 5 É preciso acompanhamento médico para o uso contínuo? Dra. Glaci: Sim, para evitar determinadas reações que, embora raras, podem acontecer, como urticária, tonturas, dificuldade respiratória, edema de face, lábios e garganta. Lembrando que o uso de dose alta também pode dar arritmia cardíaca e até parada cardíaca. 6 Existem restrições de uso? Quais? Dra Glaci: Para pessoas com insuficiência renal o cloreto de magnésio é contraindicado.

1 Onde podemos encontrar o magnésio? Dra. Glaci: Solo e água ricos em magnésio precisam de terra vulcânica e água magnesiana, o que só existe na presença de vulcões e, como sabemos, não existem vulcões no Brasil. Além disso, temos excesso de agrotóxicos, sendo assim apenas com alimentação muitas vezes não conseguimos suprir a necessidade de magnésio em nosso corpo. 2 Quais as formas de magnésio encontradas? Dra. Glaci: O magnésio é um sal mineral e está presente na natureza sempre associado a outras moléculas orgânicas ou inorgânicas, como minerais e aminoácidos. Encontramos sobre várias formas, como cloreto, aspartato, carbonato, sulfato, citrato, óxido, orotato, gluconato. São vários tipos de apresentação, sendo que a forma mais conhecida e usada é o cloreto. 28

I CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017

7 Quais alimentos apresentam maiores quantidades desse mineral em sua composição? Dra. Glaci: Podemos encontrar em feijões, principalmente o branco, aveia, avelãs, espinafre, salsinha, quinoa, amêndoas, castanha de caju, nozes. 8 Como tomar o cloreto? Dra. Glaci: Geralmente apresenta-se sob a forma de sal que é diluído em água. Também existe na forma tópica de creme ou óleo para uso corporal. Porém, não se esqueça de conversar com seu médico para avaliar a sua necessidade do mineral, assim como a dosagem.

Agora você sabe mais sobre os benefícios que o cloreto de magnésio proporciona para a saúde. Se consumido com moderação e acompanhamento médico, ajuda a manter o corpo jovem e viçoso, além de combater e prevenir muitas infecções. Esse mineral é útil para todas as idades.


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SAÚDE

I FÓRUM FENAM DE COOPERATIVISMO DE SAÚDE SUPLEMENTAR

Fórum FENAM reuniu participantes de todo o País.

por ELCI HOLSBACK • fotos CARLOS OKIDA E WESLEY ORTIZ OU DIVULGAÇÃO SINMED-MS

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importância do cooperativismo e da atuação conjunta entre entidades representativas da classe em busca da valorização médica foram os principais pontos debatidos durante o I Fórum FENAM de Cooperativismo de Saúde Suplementar, evento de âmbito nacional, realizado em 20 de janeiro em Campo Grande. Em três mesas de debates, o evento abordou os temas: Mercado de Saúde Suplementar e Legislação ANS; Plano de Saúde Acessível e Sistema Unimed – Panorama atual: “desafios e perspectivas” – Custo assistencial e remuneração médica no cooperativismo. O objetivo do evento, organizado pela FENAM (Federação Nacional dos Médicos), em parceria com o SinMed-MS (Sindicato dos Médicos de MS) e Federação das Unimed’s do Brasil, foi promover debates e troca de experiências entre representantes de todo o País, com foco nas ações que promovam melhorias na saúde, tanto para o público em geral, quanto para a classe médica, por meio de um atendimento melhor estruturado. Assunto de amplo interesse, a saúde suplementar, que envolve a operação de planos e seguros privados de assistência médica à saúde, foi amplamente debatida. “É preciso que se faça um processo de análise para enxergarmos as dificuldades do sistema cooperativista, a judicialização da medicina, a implantação de novas tec-

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nologias, os recursos finitos e a situação econômica do País, situações que dificultam o acesso e a aquisição dos planos de saúde e interferem diretamente no melhor resultado ao paciente e na remuneração do médico”, alerta o diretor de Mercado da Unimed Campo Grande, doutor André Luis Alonso Domingos, que participou do evento. COOPERATIVISMO MÉDICO EM DEBATE O cooperativismo, prática que envolve a colaboração e a associação de pessoas com objetivos em comum, para o exercício das atividades econômicas afins, foi o eixo central do debate. As cooperativas médicas existem em todo o Brasil e colaboram para o fortalecimento da classe, como ressaltou o deputado estadual por Mato Grosso do Sul e médico, Luiz Henrique Mandetta, debatedor de uma das mesas. “Esse fórum é importante, principalmente porque o cooperativismo ainda é mal utilizado, senão esquecido, e o desafio é aproximar a classe desse tema”, ponderou o parlamentar. Entidade que representa o cooperativismo no Estado, a OCB-MS (Organização das Cooperativas do Brasil) integrou o evento, e o presidente, Celso Régis, destacou que este modelo de organização é a melhor defesa da classe. “Não temos dúvida quanto a importância da preparação cooperativista dos gestores da


Cooperativismo médico e saúde suplementar foram os principais assuntos do evento.

Presidente da Federação das Unimed´s, Dr. Fernando Abdul.

Presidente da SINMED MS, Dr. Flávio Freitas Barbosa.

Fórum FENAM reuniu participantes de todo o País.

saúde, essa é a melhor forma de organização da classe médica”, destacou. O presidente da FENAM, Dr. Otto Baptista, exaltou a realização do Fórum e adiantou que novas edições serão realizadas. “É uma honra estar aqui, na casa do médico. Esse evento é um passo marcante, com a chancela da FENAM. A aproximação com as Unimed’s é algo histórico, a discussão do cooperativismo na saúde é algo que pulsa, palpita no dia a dia em temas relevantes, como a remuneração e a qualificação médica. Essa trca de experiências é essencial e já estamos abrindo a agenda para novos fóruns pelo País”, comentou Baptista. A iniciativa foi a ação de despedida do então presidente do sindicato, Dr. Valdir Siroma, que geriu a entidade entre 2014 e 2017. Durante o encerramento do Fórum, o presidente do SinMed-MS, Dr. Flávio Freitas Barbosa, avaliou o resultado da ação inédita. “Grandes ideias surgiram aqui e agora é preciso avaliar qual o resultado de tudo o que foi debatido, lembrando sempre que o cooperativismo é um modelo de gestão. Muito se fala em reforma política e previdenciária, mas é preciso pensar também na reforma da saúde. Não se transforma um país apenas com a reforma da previdência. Precisamos de acesso na ANS, no Ministério da Saúde, para levarmos as propostas do setor”, pontuou.

NOVA GESTÃO Além do I Fórum FENAM de Cooperativismo de Saúde Suplementar, o SinMed-MS realizou ainda, no dia 20 de janeiro, a posse de sua nova diretoria. O triênio 2017-2010 tem o médico Flávio Freitas Barbosa na presidência, Dr. Marcelo Santana Silveira na vice-presidência, Dr. Maurício Agapito Ortiz Ocariz na Diretoria Administrativa, Dr. Leandro Tortoza Rodrigues de Farias na Diretoria de Finanças e Dr. Lincoln Barbosa Guimarães na Diretoria Jurídica. A Diretoria de Relações Institucionais ficará sob a responsabilidade do Dr. Marco Antônio Leite e a Diretoria de Formação e Relações Sindicais terá à frente o Dr. Paulo Fabrício Stanke. A Diretoria de Comunicação Social, Jornalismo e Marketing será de responsabilidade do Dr. Renato Loureiro de Figueiredo Filho. Integram ainda o corpo administrativo, os suplentes: Dr. Daniel Rocha do Carmo, Dra. Lilian de Oliveira Miranda, Dra. Melina Gará de Oliveira Quintella, Dr. Leandro Silva de Britto, Dr. Quelpes Iuri Torres Chalegre Lalucci e Dra. Ingrid de Jesus Fernandes.

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DIREITO

DESMISTIFICANDO AS SOCIEDADES ANÔNIMAS FECHADAS por RODOLFO SOUZA BERTIN • foto STUDIO VOLLKOPF

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pesar de a Lei 6.404/76, que trata das Sociedades Anônimas, já ter mais de quatro décadas, ainda é comum encontrar no meio do empresariado e dos profissionais da contabilidade reações adversas à adoção deste tipo de sociedade. A falta de conhecimento e de atuação prática podem justificar a origem desse preconceito, porém trata-se de um tipo de sociedade muito útil, capaz de trazer diversas vantagens competitivas, inclusive garantir um grau eficaz e seguro de flexibilidade que pode atrair tanto investidor nacional quanto estrangeiro. As Sociedades Anônimas do tipo fechadas, que não têm suas ações negociadas em bolsa, têm se demonstrado uma modalidade de empresa cada vez mais interessante do ponto de vista jurídico–financeiro, pois permitem facilitar o ingresso de recursos na empresa - para a expansão de negócios, por exemplo, de modo seguro e rentável para os envolvidos. Porém, mesmo que já transcorridos quase 41 anos de sua promulgação, a Lei das Sociedades Anônimas ainda é objeto de diversas dúvidas e cercada de mitos, sendo muito comum ouvir-se as seguintes afirmações: “elas são caras para se manter”, “sua escrituração é complexa”, “elas só podem adotar o regime tributário do Lucro Real”, “não possuo a quantidade de sócios necessários para compor todo o quadro de diretoria e conselhos”, entre outros. Por isso, a adoção deste tipo societário é ínfima diante da quantidade de Sociedades Limitadas (LTDAs), Empresas de Responsabilidade Limitadas (EIRELIs), e Empresários Individuais (EI e MEI) registrados perante as Juntas Comerciais. Para se ter uma ideia, na Junta Comercial de Mato Grosso do Sul, até o mês de fevereiro de 2017, do total das 195.905 empresas ativas e

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com Matriz no MS, 46.435 são LTDA (23,70%), 7.792 são EIRELI (3,97%), 140.709 são EI e MEI (71,82%), e apenas 285 são S/A (279 fechadas e 6 abertas), ou seja, representam menos que 0,15% das empresas registradas, ativas e com Matriz no Estado. Apesar desses receios injustificados, as S/As fechadas podem se tornar muito úteis e práticas no quotidiano empresarial, pois além de resguardarem uma certa semelhança com as LTDAs, possuem diversos instrumentos e ferramentas jurídicas que, se muito bem explorados, podem traduzir em vantagens competitivas e estratégicas. O medo da onerosidade não se sustenta, haja vista que o que diferencia uma S/A fechada de uma Sociedade Limitada, no quesito despesa de manutenção, é apenas a obrigatoriedade de publicação anual de balanço, somente para aquelas que têm o Patrimônio Líquido (PL) superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), que, quando aplicável, não se demonstra tão dispendioso frente aos benefícios gerados por esse tipo de sociedade. Com relação à suposta dificuldade de escrituração e obrigatoriedade de adoção do Lucro Real, resta esclarecer que não depende do tipo societário para a escolha do Regime Tributário, podendo tranquilamente a S/A fechada estar no Lucro Presumido, vedada apenas a opção pelo Simples Nacional, conforme a Lei Complementar 123/2006. A respeito da necessidade de vários acionistas para supostamente se compor uma Diretoria (mínimo 2 membros), um Conselho de Administração (3 integrantes), e um Conselho Fiscal (3 conselheiros), tal assertiva só é válida para as S/As abertas (com as ações negociadas em bolsa), já que as fechadas necessitam apenas de 2 acionistas, com diretoria composta por 2 membros (que podem coincidir com os próprios acionistas – se pessoas físicas), o que se assemelha, em muito, às sociedades limitadas.


Além do mais, nas S/As fechadas o fato de se poder praticar atos societários por meio de Assembleias Gerais, auxilia sobremaneira a dinâmica jurídica, pois são simplificados através de AGOs e AGEs, instrumentos sem complexidades para elaboração e de fácil organização, bem diferente das burocráticas e cerimoniosas alterações e consolidações de Contrato Sociais das LTDAs. Também é interessante ressaltar que, dependendo da intenção dos acionistas majoritários em atrair investidores, há a possibilidade de se manter o poder de controle mesmo que detendo pouco mais de 25% do capital social, desde que metade seja em ações ordinárias (ON), e a outra metade em ações preferenciais sem direito a voto (PN). Isso visa facilitar o ingresso de possíveis acionistas investidores sem a perda do poder de controle, desde que obedecidos alguns requisitos legais. Enquanto isso, nas limitadas, para se ter o poder de controle deve-se ter mais de 3/4 das quotas, ou seja, 75%. Essa situação nas LTDAs é fonte inesgotável de conflitos societários, haja vista que a grande maioria das sociedades são formadas por sócios com participação idênticas, e isso pode ser muito prejudicial, pois algumas deliberações só podem ser tomadas por unanimidade, acarretando impasses quando o sócio dissidente detém 25% ou 33,33%, bloqueando os demais. Já nas S/As, é possível estabelecer quóruns específicos para deliberação de certas matérias, o que nem sempre é viável em uma LTDA. Outra vantagem que se pode observar nas S/As é com relação às transferências das ações, que podem ser feitas diretamente no livro de registros, de âmbito interno e restrito, sem que haja a necessidade de arquivamento em

Junta Comercial, ou de dar publicidade ao ato. Isto facilita e agiliza o dia a dia das empresas, pois nas LTDAs os sócios ficam sujeitos à aprovação da Alteração de Contrato Social pela Junta Comercial, o que convalida e torna pública a titularidade das quotas. Além disso, mesmo a S/A sendo fechada, é possível, e em alguns casos até recomendável, fazer a emissão de debêntures, bônus de subscrição, partes beneficiárias, entre outras classes de ações, o que facilita a definição de dividendos mínimos e obrigatórios, inclusive para acionistas minoritários, e remuneração adequada a investidores com garantias de recebimento do capital investido. Portanto, desmistificando as Sociedades Anônimas fechadas, é possível se obter um excelente resultado empresarial através de uma S/A, desde que a mesma seja estruturada e mantida de maneira adequada, dentro das especificações legais, e acompanhada por profissionais capacitados, para que se possa aproveitar efetivamente todos os benefícios constantes na Lei 6.404 de 1976.

RODOLFO SOUZA BERTIN - OAB 9.468 Sócio do escritório Bertin, Coimbra, d´Ornellas, Palhano & Zatorre Advogados Associados. Advogado, graduado em Direito pela UNIDERP (2002), especializado em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Direito Tributário – IBET (2006), especializado em Estratégias Societárias, Planejamento Tributário e Sucessório pela Fundação Getúlio Vargas (2011). Pós-graduando em Direito Societário pelo INSPER (2015 – 2016).

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DRº FÁBIO AUGUSTO MORON DE ANDRADE CRM/MS 3309 Especialidades: angiologia e cirurgia vascular, angiorradiologia e cirurgia endovascular, ecografia vascular com doppler

DRº GIULIANO RODRIGO PAIVA CRM/MS 3533 Especialidades: cirurgia vascular, angiorradiologia e cirurgia endovascular, ecografia vascular com doppler

DRº GUILHERME MALDONADO FILHO CRM/MS 1969 Especialidades: angiologia e cirurgia vascular, ecografia vascular com doppler


DR. MAURÍCIO DE BARROS JAFAR Responsável Técnico CRM/MS 2073

R. ANTONIO MARIA COELHO, 2.728 JD. DOS ESTADOS CAMPO GRANDE/MS

DRº MARCOS ROGÉRIO COVRE CRM/MS 3206 Especialidades: angiologia e cirurgia vascular, angiorradiologia e cirurgia endovascular, ecografia vascular com doppler

DRº MAURÍCIO DE BARROS JAFAR CRM/MS 2073 Especialidades: angiologia e cirurgia vascular, angiorradiologia e cirurgia endovascular, ecografia vascular com doppler

DRº MAURI LUIZ COMPARIN CRM/MS 1975 Especialidades: angiologia e cirurgia vascular, angiorradiologia e cirurgia endovascular, ecografia vascular com doppler

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3027.1900 CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017 I

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PET

ANIMA DOUX

Referência em Clínica Veterinária, é pioneira em serviços de creche e hotel para pets. por TARSILA FERREIRA Foto: Studio Vollkopf

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ARIANY BRAGA LANZARINI CRMV/MS 4375 Veterinária formada pela UCDB em 2009, pós-graduada em Oncologia, curso de emergência cirúrgica e análise laboratorial pelo Instituto Qualittas.

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s cuidados e carinho com os bichos de estimação são extremamente importantes para saúde desses animais. Foi com esse objetivo que a Clínica Anima Doux, desde sua inauguração em 2015, apresentou o diferencial ao oferecer um espaço de hotel e creche, onde cachorros e gatos podem ficar à vontade em um ambiente externo e confortável para socialização dos animais e praticar exercícios. Além desse espaço, o pet conta com uma equipe de veterinários para atendimento 24 horas. Ariany Braga Lanzarini é veterinária e proprietária da Anima Doux junto com seu marido, o veterinário Thiago Lucena de Souza. Ela ressalta o conceito da clínica, que é conhecida pela excelência em trabalho clínico, mas conta com banho e tosa, pet shop, day care e hotel. “A proposta da clínica é incentivar os animais a terem um bom convívio com outras raças e usufruir desse espaço para brincar. Além dos quartos climatizados com ar condicionado e acompanhamento veterinário, eles contam com um tratamento vip, que inclui piscina com prainha, espaço verde com diversos atrativos, atividade monitorada por profissionais e muito carinho”, informou. Com pós-graduação em Oncologia, cursos de aperfeiçoamento em emergência e urgência cirúrgica e análise laboratorial, Ariany destaca a importância de estar sempre estudando e se especializando na área. “Hoje a expectativa de vida do cachorro aumentou e o estilo de vida e os problemas desses

animais estão cada vez mais parecidos com a dos seus donos.” A felicidade que os bichos de estimação proporcionam aos seus donos é inestimável. “Agora as pessoas perguntam mais e querem conhecer antes o local que vai cuidar dos seus cães e gatos, se preocupam onde e com quem vão deixá-los. Pensando nesse cuidado e segurança, postamos nas redes sociais da Anima Doux imagens e vídeos dos animais enquanto estão aqui. Inclusive donos deixam seus bichinhos com a gente por 10, 15 dias”, acrescentou. Hoje em dia, os pets são como filhos e requerem muito mais do que água e comida. A relação entre eles e seus donos é de carinho e companheirismo. Foi com essa dedicação que o day care da Anima Doux foi projetado. Os animais que vão para passar um período no espaço da creche e hotel são submetidos a uma triagem para ficarem sempre soltos, não é aceito que fiquem o tempo todo presos no canil. “Vamos oferecer um ambiente onde os pets se sintam em casa e o dono possa deixá-los em tranquilidade. A intenção é ofertar um ambiente super acolhedor, garantir diversão, bem-estar, entretenimento aos pets e, principalmente, muita tranquilidade aos donos”, conta Dra. Ariany. Uma novidade que a Anima Doux trará em breve para nossos leitores, serão dicas de cuidados e inovação do mundo pet para todos aqueles que querem agradar e amam muito seus bichinhos.


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SAÚDE

EXEMPLOS DE DETERMINAÇÃO Mãe e filho dividem o amor pelo esporte e orgulham MS com medalhas e recordes superados. por ELCI HOLSBACK • fotos STUDIO VOLLKOPF

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oco, força e superação, união e determinação são mais que palavras e, sim, verdadeiros mantras da família da empresária Caroline Ribeiro, que encontrou na natação motivação e um modo de unir ainda mais a família. Casada e mãe de três filhos, aos 36 anos Caroline mantinha uma rotina dividida entre as atividades da empresa que dirige com o marido e o cuidado com o filho de 12 anos e as filhas, de 10 e 6 anos. Na adolescência, a empresária manteve uma rotina de atleta, que se perdeu em meio às atribuições diárias. Ao perceber o interesse do filho Luiz Felipe Loureiro pelo mesmo esporte que a encantou quando tinha a mesma idade, Caroline mudou sua rotina e, há três anos retomou os treinos. Hoje, dividem juntos a paixão pelas braçadas nas piscinas e as conquistas de títulos. “Nadei dos 10 aos 16 anos e parei na faculdade. Foi por causa dele (filho) que começou a treinar em uma rotina mais puxada para competições que também animei a voltar,

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e foi a melhor coisa que fiz por mim. Perdi 14 quilos, melhorei minha autoestima e reduzo a carga de estresse. Nadar é o meu momento e não abro mão disso”, conta a empresária que treina todos os dias. Luiz Felipe teve a mãe como primeira professora, foi Caroline quem ensinou as primeiras braçadas ao filho, que se manteve no esporte por recomendação médica, para amenizar pequenos problemas de saúde. O que seria mais uma atividade, se tornou a grande paixão do adolescente, que aos 12 anos sabe que o esporte é sua meta de vida e onde pretende se profissionalizar. “Minha mãe me ensinou e comecei a competir quando realmente passei a gostar de nadar. É preciso ter muito foco, já que, enquanto meus amigos estão no shopping ou em alguma atividade de lazer, preciso manter uma rotina regrada de treinos”, revela o jovem nadador que, além da escola e das aulas de inglês, treina em média duas horas por dia nas piscinas e ainda participa de treinos funcionais.


“É preciso ter muito foco, já que, enquanto meus amigos estão no shopping ou em alguma atividade de lazer, preciso manter uma rotina regrada de treinos.” Luiz Felipe

CONQUISTAS “Para quem foi atleta é difícil nadar por nadar e a paixão vem à tona, por isso passamos a nos cobrar mais”. Essa afirmação de Caroline define a superação da jovem mãe que, após mais de 15 anos longe das piscinas, retornou há pouco mais de três anos e hoje coleciona títulos, como o de campeã brasileira e recordista sul-americana na categoria Master, voltada às atletas com mais de 35 anos. ”Não penso no depois, mas agora sei que não vou parar, ainda quero quebrar recordes e superar meu próprio limite”, relata a atleta, lembrando que a natação é um esporte democrático, abrangente e sem limite de idade. Já Luiz Felipe, que compete pela categoria Infantil 1, detém os títulos de campeão do Centro-Oeste e estadual e pontua como 1º colocado na prova de longa distância (1.500 mt2). Fã do recordista olímpico e mito da natação, o norte-americano Michael Phelps, o jovem

atleta, que já se destaca em Mato Grosso do Sul, revela que seu principal objetivo é representar o Brasil nas Olimpíadas de 2020. “Quero me profissionalizar, tornar a natação meu trabalho e ir para as Olimpíadas”. Nestes pouco mais de três anos competindo, mãe e filho já participaram de cerca de 30 torneios em todo o País. Como mãe, Caroline conta orgulhosa sobre a dedicação do filho. “A natação proporcionou mais noção de responsabilidade, ele cuida de seus horários e da alimentação sem eu precisar falar nada. Ele tem suas metas e por isso cumpre as regras, mas eu sei que é criança e às vezes precisa liberar um lanche diferente e essas guloseimas. Mas ele mesmo dispensa”, relata a mãe, que torce para que as outras duas filhas se interessem pelo esporte, mas que não interfere nas escolhas. “A caçula já demonstra interesse pelo esporte, mas a do meio acredito que vai seguir outro caminho. Toda a família torce e participa. Meu marido é nosso maior fã”, conta. CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017 I

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COMPORTAMENTO

ETIQUETA PROFISSIONAL EM TEMPOS DE REDES SOCIAIS As pessoas podem abusar das praticidades oferecidas pelas redes sociais e prejudicar relações de trabalho, saiba como dosar. por MARINA BASTOS

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permitido desmarcar reunião por whatsapp? E adicionar o chefe no Facebook na primeira semana de trabalho? Conversar com clientes por inbox? E colocar foto de casal no perfil no e-mail corporativo, vale? As redes sociais criaram uma porção de atalhos nas relações pessoais, mas até que ponto podemos transferir o comportamento que temos nas redes para o ambiente de trabalho, principalmente em setores mais formais? Para Douglas Gonçalves, consultor em mídias sociais, o profissional que recebe um pedido de amizade do chefe nas redes sociais não tem muita escolha, senão a de aceitá-lo. “Você sente uma obrigação social em adicionar. Em algum momento ele vai perceber que você não aceitou e isso acaba criando uma situação desconfortável”, comentou. Porém, de acordo com o especialista, é preciso ter cautela com a relação que vai se estabelecer por ali. “É preciso ter bom senso, se você trabalha num ambiente informal ou, ainda, é home office [trabalha em casa], é de esperar que conversas importantes aconteçam pelas redes. Mas se não, é melhor mandar um e-mail ou fazer uma ligação.”

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A mesma dica vale para o uso de whatsapp e mensagens privadas no Facebook para assuntos profissionais. “É preciso conversar antes com a equipe da empresa para saber se a prática é aceita. E não queira ser você a inaugurá-la, a não ser que você seja o chefe”, alertou Douglas. Não existe uma cartilha, portanto é necessário uma boa dose de sensibilidade para perceber se o seu ambiente de trabalho permite que alguns assuntos sejam tratados por meio de redes sociais, mas uma coisa vale para todos: “Não importa se a empresa que você trabalha permite certas informalidades na comunicação entre os funcionários, preste atenção na linguagem utilizada”, destacou Douglas Gonçalves ao especificar: “Não abrevie palavras como: vc, tb, pq, hj e outras.” Outro conselho do consultor, também, é não usar emoticons [aquelas carinhas indicando uma reação] em conversas profissionais e evitar fotos de perfil – tanto em redes quanto em e-mails corporativos – usando roupas de banho ou dando beijos na boca. “Imagine um assunto super sério sendo tratado e a foto do profissional é ele de sunga, segurando uma cerveja. Não é apropriado.”

CUIDADO COM O EXCESSO DE EXPOSIÇÃO É preciso, também, ter muito cuidado com o que se posta quando for algo relacionado à empresa. Comentar informações estratégicas põe em risco o emprego do profissional e também algum projeto no qual a companhia esteja trabalhando. Postagens como “Estou trabalhando em um novo projeto da empresa que vai ser lançado na segunda-feira”, podem não parecer reveladores para seus familiares ou amigos que trabalhem em outras áreas, no entanto alguém de uma empresa concorrente pode repassar esta informação e a situação pode se complicar. Em alguns casos, o profissional assina um termo de sigilo ao entrar na companhia, justamente para que ele não vaze assuntos confidenciais para concorrentes. Aliás, caso o trabalho não esteja diretamente relacionado às redes sociais, o ideal é que nada seja postado durante o expediente. Isso pode passar a impressão de que o funcionário está se divertindo em vez de trabalhar. Não publique fotos de eventos para os quais apenas alguns colegas de trabalho foram convidados. “Tem problema de tribo e disputa de poder. Eu já ouvi comentários do tipo: ‘Olha, tal pessoa frequenta a casa daquele diretor, que intimidade. Que coisa absurda!”, comentou o analista de redes sociais Felipe Bonfim, que atua num jornal em São Paulo. Ainda sobre intimidade, Felipe comentou que ao adicionar o seu chefe em redes sociais, tenha certeza de que vocês têm uma relação próxima o suficiente para compartilharem informações de fora do ambiente profissional. Caso contrário, pode-se forçar uma intimidade que não existe. “Tem que ter percepção. Se ninguém na rede tem chefia em grupo de amigos, não é por acaso. Você tem que avaliar o tipo de empresa em que você está.” Para finalizar, o uso moderado das redes sociais não pode significar a perda total da sua identidade nas ferramentas. Usar sabiamente o Facebook, Twitter ou outras redes pode até beneficiar as relações profissionais. “Quando usadas com sabedoria, as redes podem estreitar contatos profissionais”, afirmou Felipe Bonfin. Basta, então, nunca perder de vista os valores da empresa em que você atua e prestar atenção ao seu comportamento, sem que isso signifique perder sua identidade, mas, sim, saber se adequar com maturidade aos diferentes ambientes que frequentamos na vida. CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017 I

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ESPECIAL CAPA

É HORA DO por CLARISSA DE FARIA • fotos LETÍCIA SICSÚ

Três casas que arrebatam pessoas, sentimentos e usam a amizade como ingrediente principal. Ao redor de tudo isso: muitos brindes e comida japonesa, por fim e não menos importante, a diversão é garantida.

Fabinho Koyama.

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Foto: Pino Gomes

“Fabinho é um anfitrião incrível, carinhoso e um chef absolutamente criativo. Uma pessoa que gosta de celebrar.” MARIANA XIMENES

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abinho Koyama, 42 anos, como todos o chamam dentro das suas casas e fora, também é o protagonista de uma roda gigante que envolve muita gente formadora de opinião em São Paulo. Título esse que rendeu não só muitos clientes, mas amizades verdadeiras e o sucesso dos seus empreendimentos. Os locais se tornaram redutos, um ao lado do outro, dos amantes da culinária japonesa e suas fusões atraem artistas do eixo Rio-São Paulo, como Cléo Pires, Mariana Ximenes, Fábio Porchat, Miá Melo, Reinaldo Gianecchini, entre outros.

À frente do Minato Izakaya, um boteco japonês no coração de Pinheiros, que suas iguarias começaram a se tornar conhecidas e desejadas por todos. Uma mistura de sabores e toque do chef que fazem toda a diferença. O cardápio é reinventado sempre e as novidades são testadas dia a dia, enquanto a mãe ainda serve de cobaia no apartamento que moram próximo ao restaurante. Nossa equipe saiu de Campo Grande e foi direto para São Paulo desvendar esses segredos e provar, de uma vez por todas, o que o campo-grandense que já foi executivo da FEMSA, na Capital Morena, estava aprontando por Pinheiros, Zona Oeste de Sampa. Não só testamos, como aprovamos e CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017 I

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ESPECIAL CAPA

nos certificamos do que significa uma verdadeira experiência gastronômica. As portas de aço se enrolam quando a noite chega, e permitem adentrarmos em um espaço minimalista e pequeno, tomado por um balcão em formato de U. Ali as invenções criam forma e os amigos vão chegando e ocupando cada um dos 20 lugares disponíveis. Assim, todos ficam lado a lado e frente a frente. Enquanto você degusta, desde as entradas até os pratos principais e os famosos Shots que roubam a cena, é possível notar as caras e bocas de quem por ali passa. “Aqui é assim, tamo junto, sempre avante. Somos uma família e a intenção é essa, de promover uma troca de sensações e experiências”, afirma Fabinho. Depois de quase três anos, com direito a muito kampai (brinde em japonês) com saquê, Fabinho ampliou os balcões e, ao lado, vizinho de porta do Minato Izakaya, abre o Robata Minato, uma casa de espetinhos japoneses. Sim, espetos japoneses, expostos ainda fresquinhos em uma vitrine. Desde cogumelos dos mais variados tipos, frutos do mar e até a carne de porco, eles são assados em uma grelha elétrica. Os planos de crescimento não pararam por aí. Nesse meio tempo, um outro imóvel ao lado ficou disponível e mais reformas e adaptações para receber os amigos e clientes das duas casas. Trata-se de um karaokê, com mais dois andares que acomodam quem deseja encerrar a noite depois de passar por uma das duas casas. “Ali a gente canta, grita, brinda e fecha com chave de ouro a noite”, comemora Fabinho e acrescenta: “Fazemos a diferença e atraímos as pessoas pelo ser humano que somos e não o profissional que nos tornamos, desses tem milhares por ai.” Assim, Fabinho se divide entre os três estabelecimentos e os eventos particulares, quando é chamado para comandar a cozinha. Ele não demonstra, mas garante que o corpo e a mente começam a dar os primeiros sinais de que a correria não é mais incansável. Em contrapartida, os pedidos e

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O M A *T

O T N JU


“Adoro o ambiente, me sinto em casa, além da comida que é espetacular. Fabinho sou sua fã.” CLÉO PIRES

SEMPR EA VA N “Aliar criatividade, comprometimento e dedicação com a personalidade carismática como a do nosso querido Fabinho, transformou o Minato em referência na noite paulistana. Fabinho criou a assinatura dele na culinária oriental, comida perfeita. É como na música, depois de um certo critério, você só quer o melhor. É só ir e ver!” SAMUEL ROSA

TE .

propostas para que o Minato Izakaya alce outros voos não param de chegar e alguns projetos ainda podem se concretizar no litoral brasileiro. É ele quem madruga vários dias durante a semana, para escolher a dedo as matérias-primas do que é servido nas casas. “Quando não saímos de mês em mês, em parceria com outros amigos para pescar com arpão e trazer para os restaurantes o que iremos servir. Compensa muito mais e, claro, é muito prazeroso. É uma forma também de descansar, mesmo que não possa não parecer”, garante. Sobre sua fonte de inspiração e todo gás que dispõe para realizar todas as tarefas, Fabinho não nega que exista um grande amor por trás disso tudo. “Minha filha é minha fonte. Por ela que adquiro e recarrego minhas energias, todos os dias”. Isabela Koyama, tem 8 anos e reside em Campo Grande (MS) com a mãe. Fabinho assume uma fama de casca grossa, em querer sempre que tudo saia 100% e, ás vezes, se esquentar quando algo não sai conforme previsto. Ainda assim, a busca pelo equilíbrio é diário e as várias tatuagens espalhadas pelo corpo, passam essa mensagem. Afinal, TJSA* também estampa a pele e não só o coração, o seu lema é esse e “isso nunca vai mudar”.

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GASTRONOMIA

30º BOCUSE D’OR Nossa brasileira, de nome italiano, Giovanna Grossi, se destacou em Lyon, na França.

Equipe brasileira: Nicholas Santos, Victor Vasconcellos, Giovanna Grossi e Andrews Valentim.

por EDU REJALA e PAULO MACHADO

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COCINA DE FRONTERA Chef, consultor e professor, Edu é um entusiasta dos sabores e colunista em nossa revista.

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m janeiro de 2017 aconteceu o 30º Bocuse D’Or, competição mais importante do mundo de gastronomia, que acontece a cada dois anos em Lyon, na França. Em pleno inverno francês, 24 candidatos de diversos países se esforçaram durante os dois dias de competição para produzir um prato vegetariano e uma bandeja contendo uma proteína e acompanhamentos. O tema deste ano era uma homenagem à própria Lyon, “Poulard de Bresse au ecrevisse” (Frango da cidade de Bresse com lagostins), estimulando uma releitura deste clássico prato. Os candidatos da final 2017 tiveram como tema base, um prato 100% de criação vegetal, feito inteiramente de frutas, legumes, grãos e sementes. A preparação podia ser quente, fria ou ambos. Eles deviam escolher os seus ingredientes entre os 146 produtos oferecidas pelo mercado Metro, fornecedor Oficial do concurso. Os participantes tinham a opção de usar dois produtos adicionais, representativos do seu país que não são oferecidos pelo mercado Metro. Eles podiam representar o seu patrimônio cultural. Para recordar, a especificidade e originalidade do tema geográfico na base representa 20% da nota. Óleos virgens naturais de frutas prensadas eram permitidos, assim como especiarias e gelificação vegetal. Os candidatos não podiam utilizar na sua preparação: óleos perfumados, manteiga, queijo e outros produtos lácteos. Com o prazo de um mês para criar e enviar a receita ao Comitê Internacio-

nal da Organização antes de 30 de dezembro de 2016. Entre os competidores estava Giovanna Grossi, apesar do nome italiano e de ter nascido em Jaú, no interior de SP, Giovanna se considera alagoana, tendo passado toda sua vida em Maceió. Em plenos 25 anos a alagoana está a dois anos se dedicando arduamente para esta competição. Desde a vitória nas preliminares do Brasil e do México, Giovanna encantou com um trabalho surpreendente de criatividade ímpar e muita dedicação. Para isso, contou com fiéis escudeiros, como seu commis (chef assistente) Nicholas Santos, seu treinador Victor Vasconcellos, e o responsável por logística Andrews Valentim, que treinavam de segunda a segunda as receitas completas durante 8 horas, antes de retornarem aos seus respectivos trabalhos. Giovanna, por sua vez, voltava para os estudos, em busca de novas ideias ou técnicas. Os treinamentos aconteceram em São Paulo, na escola Laurent Suaudeau, do chef Laurent, também presidente do time brasileiro do Bocuse D’Or. As receitas apresentadas por Giovanna foram inspiradas em momentos artísticos brasileiros. Além disso, as viagens que fez pelo Brasil contribuíram, e muito, na concepção das receitas. Em julho de 2016, Giovanna esteve no Pantanal a convite do Instituto Paulo Machado e depois foi para Belém aprender mais sobre a cultura amazônica. O prato de vegetais criado por ela tinha como nome Aquarela de Vegetais do Brasil, e trazia toda a diversidade brasileira,


imortalizada na música Aquarela do Brasil, de Ary Barroso (1939). O prato era composto por mandioquinha confitada e purê de jiló, jiló chips, compota de maçã e beterraba, royale de cogumelos e bombom de leite de coco defumado, recheado de creme de abóbora. A bandeja, por sua vez, inovou ao ser de cobre e acrílico, tradicionalmente as bandejas são de prata ou inox, e trazia como prato o mosaico de frango de Bresse e lagosta Homard, com fígado de frango pochê e molho de estragão, royale de foie gras e cenoura, brioche de trufa, tuille de tapioca com creme de abóbora e pimentão e patas de lagosta, palmito pupunha, vegetais crocantes e molho de cambuci (fruta popular na Mata Atlântica). O Mosaico era inspirado no artista cubista Hélio Oiticica, seguidor do modernista Piet Mondrian e seus quadros de formas geométricas e paletas de cores fortes. Este prato não só agradou o júri, mas o presidente de honra do concurso, Joel Robuchön. A torcida brasileira também compareceu em peso ao auditório do campeonato, impulsionando a competidora da forma que era possível. Comandados por Luiz Grossi, pai de Giovanna, buzinas, gritos, coros e vuvuzelas ecoaram da arquibancada, mostrando aos jurados que Giovanna não estava só. Fica então o legado de Giovanna para o próximo que irá seguir seus passos e dedicação, junto com Laurent Suaudeau e sua equipe.

“Um sonho que foi incrivelmente realizado! Obrigada a todos que fizeram parte dessa história! Obrigada aos envolvidos, principalmente a equipe sensacional que me abraçou e fizeram com que tudo isso acontecesse... vocês são os melhores! Obrigada ao que estiveram presentes e aos que ficaram de longe torcendo. Foi uma experiência muita linda representar nosso país em uma das maiores competições de gastronomia do mundo. Só quem viveu um momento parecido consegue entender o trabalho e a emoção.” (GIOVANNA GROSSI)

Ao final da disputa o Juri confirmou: 1º lugar – Mathew Peters, dos Estados Unidos 2º lugar – Christopher William Davidsen, da Noroega 3º lugar – Viktor Andrésson, da Islândia A chef alagoana Giovanna Grossi, de apenas 24 anos, obteve a 15ª colocação. Em seu Facebook, a jovem cozinheira comemorou a atuação. “O nosso trabalho terminou! Estamos felizes com o resultado, foi tudo como planejado! Quero agradecer a todos que nos ajudaram, que contribuíram e que torceram!!!”, publicou. CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017 I

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GASTRONOMIA

“Ô, LÁ EM CASA!” Que tal o próximo happy hour rolar na sua casa! Confira dicas para montar um bar para chamar de seu. por EVELISE COUTO • fotos ELIS REGINA

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eceber em casa é uma arte. Não tem nada mais gostoso que uma boa reunião entre amigos para colocar a conversa em dia e se divertir. Mas, se puder ser regada a bons drinks, melhor ainda! O mixologista Fabio Kojak Eckert tem 15 anos de experiência internacional na área de bar, viajando e enchendo copos por mais de 50 países mundo afora, e afirma: “montar um bar em casa é mais fácil do que você imagina.” É claro que o ideal é que você tenha as ferramentas necessárias para poder preparar os coquetéis, mas alguns podem ser substituídos. “O dosador de 50 ml, por exemplo, pode ser substituído por um copo desses de cachaça. A tábua para cortar frutas, não precisa ser uma específica de bar, pode usar a que você tem em casa. Até a coqueteleira pode ser improvisada com um pote que feche bem”, explica. Em sua Master Class Drinks de Verão, que acontece na Sacramento Cervejaria, Fábio ensina que a arte dos drinks está longe de ser uma tarefa difícil. Segundo ele, conhecendo algumas opções de coquetéis é possível trabalhar diversas variações. “Para a Pinã Colada, que é feita originalmente com rum, leite de coco e abacaxi, podemos substituir o abacaxi por outros tipos de frutas, como a manga. Para o Daiquiri, que leva rum e suco de limão, podemos acrescentar outras frutas como uvas, morangos e o que a criatividade permitir”, conta. Outra dica importante na hora de montar os drinks são os copos. Tenha vários de diferentes tamanhos. Eles fazem toda a diferença na apresentação. Para ter um bar em casa é necessário investir um pouco. A boa notícia é que na Internet é possível encontrar opções de qualidade e com ótimos preços. “Além disso, todos esses itens são bastante resistentes e duram vários anos. É um ótimo investimento”, explica Fernanda Marques, proprietária do Sacramento Cervejaria.

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GASTRONOMIA

AGORA É HORA DAS CERVEJAS ARTESANAIS Conheça as opções de atuação neste mercado, os tipos de bebidas e seu processo de fabricação. por MARINA BASTOS

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s cervejas especiais sem dúvida vieram para ficar. O mercado cresce de 20% a 30% ao ano e conquista cada vez mais um público qualificado, gerando novas oportunidades de negócios e mudanças de hábitos de consumo da bebida. A cerveja é a segunda bebida mais consumida no mundo e a número um no Brasil, presença indispensável em qualquer evento, independente de classe social. O brasileiro consome em média 62 litros por ano, ocupando a 17ª posição no ranking mundial, que tem a República Tcheca em primeiro lugar, com 143 litros per capita, seguida da Áustria, Alemanha e Irlanda.

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O Brasil é o 3º maior produtor de cerveja do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e China, com fabricação anual, entre grandes, pequenas e microcervejarias, de 13,4 bilhões de litros, um mercado que cresceu 64% em uma década, de acordo com dados do SICOBE (Sistema de Controle de Produção de Bebidas da Receita Federal). De acordo com Carlo Enrico Bressiani, diretor geral do Grupo IADE e da Escola Superior de Cerveja e Malte, as cervejarias artesanais representam 0,8% deste mercado em volume de produção. Quanto ao faturamento, elas correspondem a cerca de 2,5%. O mercado de cervejas artesanais realmente deslanchou nos últimos

dez anos e se firmou como tendência há mais ou menos quatro anos, com um crescimento de 20% a 30% ao ano e faturamento anual de aproximadamente R$ 2 bilhões, segundo a Abracerva (Associação Brasileira de Microcervejarias). O sucesso das microcervejarias é tanto, que a poderosa Ambev, líder do segmento, agitou as rodas de conversa dos amantes de cerveja quando anunciou um acordo de produção com a Wals, microcervejaria brasileira fundada em 1999 que faturou títulos de melhor cerveja do mundo. E não só isso, de olho na onda das especiais, a gigante das cervejas adquiriu também a paulistana Colorado.


“A vontade de beber uma cerveja especial com preços menores uniu os três amigos paulistas que formaram a Tríade Profana.”

AMOR PELA GELADA Para quem aprecia uma boa cerveja, o chiado da latinha se abrindo, ou da tampa da garrafa saindo e liberando a fumaça gelada é música para os ouvidos. Mas algumas pessoas vão além, não se contentam com o produto pronto. O “amor” pela bebida as fez mergulhar numa pesquisa sobre a produção artesanal de cerveja. É o caso de três amigos, os paulistas Pablo Nabarrete, Adriano Mariscal e Gustavo Landgreen. Juntos, eles criaram a marca Tríade Profana de cerveja artesanal, que surgiu da vontade comum de fazer e beber cerveja de qualidade a um preço menor do que é praticado nesse mercado. “O nome Tríade Profana se deve ao fato de fazermos cerveja em três pessoas e aos três tradicionais componentes da cerveja segundo a lei de pureza alemã: água, malte e lúpulo. Nós já gostávamos muito de cervejas artesanais, que são muito superiores em qualidade às cervejas tradicionalmente vendidas pelas grandes marcas, que costumam adicionar cereal não maltado à fórmula, que geralmente é milho transgênico, produto de qualidade inferior e de riscos à saúde ainda desconhecidos”, contou Pablo. Os três cervejeiros não chegaram a fazer nenhum curso específico, munidos de curiosidade e amor pela gelada, reuniram informações colhidas na internet. “O importante é ter um espaço para as panelas e seguir à risca a receita, que podem ser encontradas na internet, pagas ou não. Nosso estilo preferido é a IPA, que é a sigla para India Pale Ale. Diz a história ou lenda que os ingleses precisavam de cervejas com mais lúpulo e álcool, para que ela aguentasse viagens mais longas, para a ainda colônia Índia no período, pois o lúpulo é um conservante natural. Até o momento fizemos duas brassagens, o nome dado ao processo de cozinhar o malte, e as duas deram certo. A nossa cerveja se chama ComunIPA”” contou Pablo. É importante ressaltar que a Tríade Profana fabrica cerveja apenas para consumo.

CERVEJA GOURMET De acordo com o mestre cervejeiro Bruno Wolf, que trabalha com cervejas especiais há anos, o público que aprecia esse tipo de bebida busca novas sensações. “Quem consome cervejas convencionais quer o porto seguro do sabor conhecido, já quem busca cervejas caseiras e especiais quer o desafio, quer novas experiências.” A cerveja artesanal se difere da comum pelo grande cuidado em todo o processo produtivo, com uma preocupação maior na hora da fabricação por parte do cervejeiro, desde a escolha das diversas possibilidades de estilos, sabores e aromas até do nome e rótulo. Uma das formas de se classificar a cerveja é pelo seu tipo de fermentação. Há três grandes grupos: Lager – baixa fermentação, Ale – alta fermentação e híbridas – de fermentação espontânea ou com mais de um tipo de levedura. A cerveja mais conhecida dos botecos brasileiros é a Lager, mas os consumidores estão começando se render à Ale e a India Pale Ale.

BR A S I L

MAIOR PRODUTOR DE CERVEJA DO MUNDO

13,4 bilhões de litros por ano. Fonte: SICOBE

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DE OLHO NOS NEGÓCIOS Há diferentes frentes de atuação no mercado de cervejas artesanais: microcervejaria, Beer Pub, bares especializados e franquia de lojas revendedoras, ou atuar como sommelier prestando consultoria para cervejarias, bares e restaurantes. Para qualquer que seja o objetivo, além dos aspectos gerenciais do negócio, é necessário conhecer bem o produto, buscar associações, produtores da região, eventos setorizados, clubes de cervejas, etc. Também deve levar em conta o aporte disponível e a expectativa de retorno. BARBA BIER: CERVEJA ESPECIAL DE PAI PARA FILHO Em Campo Grande, a Barba Biers construiu tradição investindo em cerveja artesanal. Com Rafael Sauer à frente da distribuidora de cervejas especiais no MS, a empresa é resultado de um amor que atravessou gerações. “Sempre fui um apreciador de cervejas, sou a terceira geração da família a produzir cerveja em casa. Meu bisavô tinha uma pequena fábrica no interior do Rio Grande do Sul e meu avô fazia cerveja na panela, mas meu interesse aumentou quando experimentei a cerveja Coruja viva, em Santa Catarina, e adorei. Tanto que tentei ter a distribuição dela no MS, mas, devido a problemas logísticos, o negócio não andou”, contou Rafael, que tempos depois da primeira experiência com as cervejas artesanais fez um curso em Porto Alegre de fabricação de cervejas e desde então produz caseiramente suas cervejas. Rafael vê o mercado das cervejas especiais em pleno crescimento, com ótimas cervejas fabricadas no Brasil e cada vez com mais aceitação em pontos de vendas. Ainda assim, o empresário acredita que este é um mercado distinto das grandes cervejarias. “Enquanto as grandes indústrias têm uma rede de distribuição gigantesca e fábricas com alta tecnologia, capaz de produzir cervejas a baixo custo e atingindo 54

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a grande massa, as pequenas têm um custo muito maior de produção, tanto fabril como produtos mais elaborados, além da grande carga tributária federal, e principalmente estadual, incidente em seus produtos, bem como uma logística precária, o que dificulta a sua distribuição. Acredito no crescimento das cervejas especiais e no seu mercado como regionais, assim como acontece na Europa e EUA”, afirmou o empresário.


CONHEÇA O PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE CERVEJA: O processo de produção da cerveja envolve algumas etapas: a definição do estilo, a elaboração da receita, a seleção dos insumos e a moagem do malte, mosturação, clarificação, fervura, resfriamento, fermentação, maturação e envase. Veja:

>>> O primeiro passo é a produção do malte, a partir dos grãos de cereais como cevada, trigo

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e centeio. Para germinar os grãos, eles são umedecidos, e assim que o processo inicia, são secos e torrados. Quanto mais tostado, mais escura será a cerveja. Além da cor da cerveja, é o malte que também define os aromas e sabores. O gosto de café ou chocolate, por exemplo, é proveniente do malte mais tostado, mesmo sem a adição de essência. A segunda etapa consiste em fazer a moagem do malte, quando é retirada sua casca. Em seguida, é feita a brassagem ou mosturação, que é o cozimento do malte para extrair os açúcares necessários à fermentação da cerveja. Este é colocado em uma panela de mostura, a temperatura controlada, para melhor quebrar o amido dos açúcares. Na clarificação, o objetivo é acelerar a sedimentação do fermento e outros resíduos sólidos, através de várias técnicas, a afim de tirar a opacidade e deixar o líquido cristalino. Depois do mosto clarificado e sem cascas, ele é fervido, quando evaporam substâncias indesejadas, e é adicionado o lúpulo, para eliminar qualquer bactéria ou microorganismo. O lúpulo confere o amargor, equilibrando o doce do malte, e funciona como conservante natural. Na sequência, o líquido é resfriado para adicionar a levedura, que irá consumir os açúcares e produzir álcool e gás carbônico. É necessário pelo menos uma semana para fermentar. A cerveja é maturada, resfriada e transferida para tanques onde é mantida por até 30 dias. Esta etapa é opcional e nela ocorre o amadurecimento dos compostos responsáveis pelo aroma e sabor, além de auxiliar na clarificação. Durante a maturação pode ser colocado mais lúpulo, aumentando o amargor. Na pausterização, que também é opcional, a cerveja é aquecida até determinada temperatura, bem lentamente, matando microorganismos ainda presentes, para a cerveja durar mais tempo. Geralmente, é necessária em caso de engarrafamento, pois tira um pouco do frescor da cerveja.

Conforme explicou Pablo Nabarrete, é preciso ter um grande cuidado com a sanitização do equipamento, em que se pode utilizar álcool 70%, iodo ou sanitizantes específicos, para não contaminar a cerveja. É preciso ter muito cuidado também com o controle de temperatura, processo de fermentação e maturação da cerveja. “A sensação de beber a própria cerveja é maravilhosa, ainda mais quando o resultado é até melhor do que o esperado. Nossa última cerveja ficou melhor do que muitas do mesmo estilo disponíveis no mercado. E é muito bacana também ver a reação dos amigos, esposa e família ao beber nossa cerveja”, contou. CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017 I

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GASTRONOMIA

DA PRODUÇÃO À MESA Q

uem senta em uma mesa do Madero e pede por um cheeseburger nem imagina que a história daquele pedido começa a cerca de 1.000 quilômetros de Campo Grande, na cidade de Ponta Grossa, no Paraná. É lá que está a fábrica do Madero, um empreendimento localizado em uma área de 27 mil metros quadrados, sendo seis mil de área construída. Nela são fabricados grande parte dos pratos oferecidos no cardápio dos mais de 84 restaurantes da rede espalhados por 11 estados no País, no Distrito Federal e em Miami, nos Estados Unidos. Para instalar a fábrica, foram investidos cerca de R$ 28 milhões e com ela o Madero produz ao mês aproximadamente 700 mil unidades de hambúrguer, 800 mil unidades de pão e 50 mil unidades de embutidos. A maior parte dos investimentos foram feitos em equipamentos: “Buscamos o melhor em termos de tecnologia disponível no mundo para garantir a qualidade e a padronização dos nossos produtos, bem como a agilidade e a precisão de todos os nossos processos”, afirma o chef Junior Durski, presidente do Madero. Somente a máquina de produção de hambúrgueres, uma masterformer com esteira retrátil, da holandesa Marel, custou 1,2 milhão de Euros. “Levamos dois anos para desenvolver essa máquina junto com a fabricante, pois queríamos que ela reproduzisse o movimento das mãos no processamento da carne, para garantir maciez e suculência ao hambúrguer, sem comprimir a carne”, explica Durski. Hoje, a rede Madero produz e consome 700 mil hambúrgueres por mês.

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Conheça mais sobre a fábrica do Madero que produz 700 mil hambúrgueres por mês. por EVELISE COUTO • foto DIVULGAÇÃO

PRODUÇÃO E ENTREGA Os pães, massas, molhos e sobremesas servidos na rede de restaurantes também são fabricados em Ponta Grossa. A entrega de todos os produtos é feita por meio de frota própria, que conta com 19 caminhões frigoríficos. Este é um ponto que recebe atenção especial do chef Junior Durski, que não abre mão de transportar seus produtos para garantir o controle da qualidade desde o início da produção até a ponta, ao servir o cliente. Esses caminhões atravessam o Brasil, sendo que a operação mais distante é em Salvador, na Bahia, em uma logística minuciosamente estudada. Outro diferencial do processo de fabricação do Madero, é o cuidado especial com o Planeta. Pensando em proteger o meio ambiente, foi construída na fábrica uma moderna estação de tratamento de efluentes, com vazão de 50 mil litros por dia, devolvendo à natureza água pura e tratada. Para 2017, o Madero iniciou a ampliação da fábrica em Ponta Grossa, que deverá ter um investimento de R$ 40 milhões. Parte deste valor será destinada para uma máquina francesa totalmente automatizada, para fabricar os famosos pães crocantes do Madero, orçada em 5 milhões de euros, e uma câmara congelada robotizada, avaliada em 7 milhões.


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MODA

KAKÔ FERRAZ Uma trajetória muito bem colocada na cena da moda e que foi muito além de MS. por CLARISSA DE FARIA fotos WILSON JR. FOTOGRAFIA agradecimentos DRAMA BAR

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glamour, costumeiramente presente no hall das grandes marcas e seus respectivos estilistas, não é termo usual para quem realmente vive e respira (quase que) 24 horas por dia, a moda. Claúdia Ferraz Gomes, sempre foi reconhecida como Kakô, e é a prova viva de que para vencer uma longa caminhada é preciso muito mais que disposição, mas aprimoramento e uma boa dose de muita sorte. Sorte essa que só acompanha os competentes e bons de serviço. Aos 17 anos, a vontade em ser estilista já pulsava nas veias. Primeiro, formou-se em Jornalismo, e em seguida em Moda pela Escola de São Paulo. De Campo Grande fez seu berço profissional, e embalou muitos projetos primários, para, enfim, ser reconhecida e ter seu trabalho desfilando por muitos lugares do País. O contato e o apreço pela área vêm de família, ainda na década de 80, na loja de calçados finos que a avó fundou em meados de 1950, na Capital sul-mato-grossense. E o atendimento personalizado que Kakô sempre dispensou aos seus amigos e clientes, foi herdado desde essa época, em contato com o dia a dia da loja de calçados da avó.

A influência artística vem da mãe, Zila, que é artista plástica, e o tino para os negócios, do pai, Marcelo Ferraz. O aprimoramento profissional começou em 2000, quando iniciou no varejo de lojas de grife em São Paulo, depois no atacado. Quando decidiu voltar a Campo Grande e criar sua marca homônima, em 2005, ela se viu em um novo e maior desafio: empreender. De lá para cá, foram criadas mais de 10 coleções com temáticas diferentes, além de uma linha de joias folheadas, chamada de Kakô Jewelry. Durante toda essa trajetória, ela contou com o apoio de figuras tarimbadas em outros mercados, como o amigo e chefe Renato Ratier, com o qual divide o dia a dia criando as coleções da marca do empresário, a Ratier, desde 2015, que já teve estreia nas passarelas do São Paulo Fashion Weeck. Em um encontro descontraído no Drama, em Campo Grande, Kakô destacou seus novos desafios, a emoção em ver a Ratier entrando na passarela da SPFW e o coração que está pulsando mais forte agora, ao lado do noivo.

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Quando você decidiu, de fato, empreender no mercado de Campo Grande? Kakô Ferraz: Empreender em Campo Grande foi algo natural. Vem de família, pela minha vó que foi a primeira mulher a ter empresa aberta na Junta Comercial em Campo Grande. Com o apoio de amigos, como o empresário e DJ Renato Ratier, o maquiador Lau Neves e patrocínio do Senac, pude executar desfiles na Capital para apresentar minhas coleções. Assim como, do meu primeiro investidor, o artista plástico Ary Correia, que me auxiliou a iniciar meu negócio e ajudou a vencer os primeiros desafios de ter uma marca. Ao me especializar em aulas particulares de modelagem e costura, pude gerenciar melhor o desenvolvimento e a criação das coleções e, com o tempo, fui ganhando credibilidade da clientela, que passou a me procurar para fazer roupas sob medida. Nada foi fácil, passei por muitas provas e desafios, mas sempre persisti e procurei me aprimorar. Quais as dificuldades que você enfrentou no tempo que ficou em Campo Grande investindo em mais conhecimento? Kakô Ferraz: A maior dificuldade foi principalmente com relação à mão de obra, mas com o tempo encontrei boas parceiras modelistas e costureiras para executar com qualidade as minhas peças, que eram praticamente todas exclusivas. Além do desafio de oferecer um produto diferenciado em meio a uma massa que prefere consumir o mesmo padrão de estilo, o que também era um ponto positivo a meu favor, já que a exclusividade atraía mulheres que prezam por um estilo único.

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O que Campo Grande representa para você, hoje? Kakô Ferraz: Campo Grande é minha cidade natal e tenho um carinho enorme, além da paixão por minha família e clientes. É onde cresci apreciando a natureza, o Pantanal, a fazenda, a lida com o gado, caminhando no parque e cercada de amigos e eventos. Cada uma das características do nosso Estado construiu meu DNA, minha bagagem e fomenta minha inspiração.

Como foi desenvolver sua primeira coleção para o SPFW? Kakô Ferraz: Foi a realização de um sonho, como se eu já tivesse vivido aquele momento antes. Foi um desafio enorme criar peças impactantes com tecidos nobres, novos shapes e texturas. É a emoção de ver as peças em movimento na passarela traduzidas através do olhar do stylist que faz a montagem dos looks e transforma a coleção em arte.

Como é o dia a dia como estilista da Ratier? Kakô Ferraz: Na Ratier gerencio a equipe de desenvolvimento das coleções, modelista, cortador e piloteiros. Realizo desde a pesquisa, a criação dos croquis e fichas-técnicas, atendimento aos fornecedores, compra de materiais, escolha das estampas até o gerenciamento do produto durante a produção da primeira peça produzida, ajustes, prova de roupa e aprovação da peça final. Depois disso, enviamos as peças para o showroom ou para desfiles, campanhas, lookbook e editoriais.

Quais são os planos na esfera pessoal e profissional? Kakô Ferraz: Recentemente, iniciei a parceria com outra marca, chamada ÂME, da minha prima Daniela Lenzi, que inaugura este mês, na qual sou estilista. Vamos juntas para Nova Iorque fazer uma pesquisa de tendências na semana de moda de fevereiro. Outro projeto é retomar com minha marca pessoal e fazer uma parceria com minha mãe, emprestando o colorido conceitual e sofisticado de suas obras para as estampas exclusivas que serão traduzidas em lenços e roupas.

A marca ainda tem uma produção muito personalizada, um diferencial. Você acredita que seja possível seguir nesse modelo? Kakô Ferraz: A Ratier tem um conceito ligado à acuidade artesã, ao feito à mão. São coleções com grande número de peças, mas a produção ainda é reduzida, tornando o produto exclusivo e com aspecto mais personalizado e menos industrial. São coleções que oferecem ao cliente a possibilidade de obter peças diferenciadas com matérias primas sofisticadas, assimetrias, recortes e detalhes únicos que constituem a identidade da marca. Dessa forma, o custo acaba sendo bem mais elevado.

Como será agora conciliar a vida profissional com a pessoal (que está a flor da pele, mais do que antes)? Kakô Ferraz: Tenho planos de morar com meu noivo Pedro Lombardi, em breve. E em novembro vamos fazer uma cerimônia de casamento na França, estamos definindo se será em Paris ou na Bretanha, no interior do país. Conciliar a vida pessoal com profissional é uma arte de quase todos os artistas, já que nossa profissão é uma paixão que está totalmente ligada ao nosso estilo de vida.


MODA

LIBERDADE DE DENTRO PARA FORA Democrática e sem rótulos. Essa é a moda sem gênero.

por CLARISSA DE FARIA foto STUDIO VOLLKOPF agradecimentos DRAMA BAR

A

indústria da moda, era até um tempo atrás, tachada de cruel ao apresentar tendências limitadas, formatos e preços impraticáveis. De uns anos para cá, as passarelas já apresentam, por meio de novas marcas e nomes, uma moda mais acessível e sem padrões, sendo usada até como vetor social por muitos estilistas, como é o caso de Ronaldo Fraga, ao quebrar tabus com algumas de suas coleções. A busca por essa pluralidade ganhou novos sinônimos, dessa vez, sendo chamada de agender ou ungerdered, que ao pé da letra significa alguém que não se enquadra visualmente em um gênero sexual, e isso inclui no como escolhe se vestir. Algumas grifes já apostam nesse nicho e já desenvolvem coleções, de fato, unissex. Em Campo Grande, Fabiano Siqueira, ousou ao lançar em uma Capital ainda com ares interioranos, uma marca de saias que tem como público alvo, os homens. Cresceu rodeados por mulheres que o inspiraram e na apresentação do seu trabalho de conclusão de curso, apresentou a temática. “Não pretendo trabalhar com coleções. Meu produto não segue tendências, é atemporal e você pode usar quando e como quiser”, destaca. Sobre como tudo começou, Fabiano explica que os primeiros modelos foram inspirados nos tradicionais kilts escoceses, tanto na modelagem quanto nas estampas. “Hoje, as saias masculinas possuem uma modelagem mais reta”, diz. Quanto ao processo criativo, ele não abre mão de ir ao encontro do seu gosto pessoal, além de videoclipes e tudo que o observa durante suas andanças pelas ruas. Em São Paulo, os adeptos da peça são mais comuns e mudam conceitos até mesmo em quem é da área. “Eu comecei usando túnicas, para ser sincero não me sentia confortável com saias, mas fizemos uma coleção de Inverno inspirada na Escócia e eu fiquei apaixonado por kilt. Comprei minha primeira saia ano passado, agora me sinto superbem”, conta Marco Aurélio Gonçalves, estilista que integra a equipe da consagrada Glória Coelho. “Pode ser que agora nossa cultura entenda melhor que a vestimenta não tem sexo. Nossa geração é provocativa e tem sede em discussões que quebram regras do século passado, e a de gênero não será só discutida na moda, mas na política, nas ruas, em casa, no trabalho. Precisamos acabar com padrões que só servem para excluir ou prejudicar as pessoas”, pontua. Ainda que seja preciso olhar para os dias de hoje e notar a evolução que o assunto teve, podemos voltar umas décadas e relembrar grifes que foram destaque com coleções e peças que desconstruíram o universo feminino. É exemplo Coco Chanel e Yves Saint Laurent que incluíram peças masculinas emblemáticas no guarda-roupa das mulheres, como o famoso terninho. CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017 I

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CULTURA

Exposição Desconstruções e Articulações no MARCO.

DE PILOTO A ARTISTA Marcos Amaro transforma amor pelo pai e aviação em esculturas. por GUILHERME HENRI • fotos NÍCOLAS CARRELO

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as mãos do artista Marcos Amaro peças de avião, colchões e até tecidos ganham nova utilidade e significado. A combinação parece pouco provável, no entanto, o amor pelo pai, o fundador da TAM, o comandante Rolim Amaro e a paixão pela aviação entram em cena e os objetos se transforam em esculturas que levam as mentes de quem as aprecia literalmente ao céu. Ele e mais três artistas Katia Canton, Alessandra Rehder e Ana Ruas abriram a temporada 2017 de exposições no MARCO (Museu de Arte Contemporânea) em Campo Grande. Marcos apresentou ao público sua exposição “Desconstruções e Articulações” por meio de 12 obras de arte de seu acervo, que segundo ele foram feitas de 2012 até o ano passado.

Marcos Amaro durante abertura da exposição.

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Fábio Magalhães (curador da exposição Desconstruções e Articulações) e Marcos Amaro.

Para o artista de 32 anos, a contemplação das artes visuais despertam diferentes emoções em cada pessoa, pois suas experiências de vida é que irão direcionar o caminho do significado de cada peça. “Já fui piloto de avião. Paralelo a isso estudei literatura, filosofia e arte e digo que todas essas experiências e conhecimento contribuem para que eu faça minha arte, principalmente o amor que sinto pelo meu pai, em memória”, revela Marcos. E a combinação de experiência e amor não poderia ter dado mais certo. Além, de ter se consagrado um grande artista no Brasil, Marcos aos poucos tem ganhado o mundo. Ele já expôs suas peças em países como

Fábio Magalhães (curador da exposição Desconstruções e Articulações), Andrea Rehder (galerista do Marcos) e Marcos Amaro.

Estados Unidos e Suíça. “Em cada lugar procuro absorver expressões e reações das pessoas que contemplam minha arte isso agrega e me inspira para novas obras”, conta. Entretanto, mesmo conquistando seu espaço mundo afora é aqui no Brasil que a mágica acontece. Seu ateliê está localizado em Itu (SP), em uma antiga fábrica de tecido, o que conforme o artista contribui para que o estilo de sua arte seja mais industrial. “Minhas peças são de médias e grandes proporções e uma das mais expressivas que expus em Campo Grande é a que batizei como `Fechado pra Balanço´”, diz. Marcos aproveita ainda para lembrar que possuí uma ligação

muito forte com Mato Grosso do Sul, pois passou parte de sua infância em uma fazenda em Ponta Porã. “Não poderia ter ficado mais satisfeito e agradecido em pela primeira vez expor minha arte no Estado que me proporciona tantas boas memórias”, afirma. E além de um grande artista, Marcos ainda criou a FMA (Fundação Marcos Amaro), que tem o objetivo de difundir a arte no país. “A fundação possui um acervo de cerca de 500 obras e agrega artistas antigos e da atualidade. Organizamos inúmeras exposições em diferentes Estados e cidades para que todos tenham conhecimento e acesso à arte”, explica.

Marcos Amaro e equipe da Fundação Marcos Amaro.

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ASTROLOGIA

ASCENDENTE ‘A nau – dos impulsos e dos mares navegados. por NICOLE ZEGHBI

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Nicole é de Curitiba. Para acessar outros textos seus visite no Facebook a página Tecidura das Moiras. Agende a leitura de seu mapa astral pelo email zeghbi@gmail.com

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Ascendente é o signo que se ergue no horizonte no momento do nascimento. É o leme da embarcação, a bússola que guia sem ser notada, a motivação do navegar. Assim, a embarcação se movimenta seguindo as ordens do seu regente, navega para onde possa fazer aquilo que lhe cabe e que satisfaz seus objetivos. Imagine que fará uma caminhada floresta adentro. Observe como caminha, a velocidade, o ritmo. Atente para que parte desse Universo seu olhar é atraído, o que da paisagem lhe conforta ou agita. Relembre a forma como escolheu as rotas, o que tratou como prioridade para decidir entre este ou aquele caminho. Pense que o peso da mochila que carrega nas trilhas é o preço do que lhe é imprescindível. Astrologicamente essas motivações – que determinam escolhas, lugares e bagagem – se definem pelos elementos Fogo, Terra, Ar e Água. Áries, Leão e Sagitário são de Fogo e agem motivados pelo desejo de poder. Touro, Virgem e Capricórnio são de Terra e caminham em busca de segurança material. Gêmeos, Libra e Aquário são de Ar e o desejo que lhes move é o das relações, das trocas e do conhecimento. Câncer, Escorpião e Peixes são de Água e buscam segurança emocional. Mas não se apresse nas conclusões, pois os signos da mesma triplicidade diferem na forma em que escutam e interpretam suas motivações. Por exemplo, para Touro a segurança material se faz em bens duráveis e conforto, acumula o que ganha e tem nas grandes mudanças e movimentações o limite de sua ambição. Já para Capricórnio, a vida é uma grande escalada, pois ainda que se sirva dos mesmos prazeres, sua ambição está na matéria impalpável: o status e as hierarquias. Ou seja, o elemento ao qual o signo Ascendente pertence fornece o porquê e o como se caminha, mas é a Casa ocupada pelo seu regente que determinará onde sua ação se faz trajeto.

REGÊNCIAS Áries

Marte

Touro

Vênus

Gêmeos

Mercúrio

Câncer

Lua

Leão

Sol

Virgem

Mercúrio

Libra

Vênus

Escorpião

Marte

Sagitário

Júpiter

Capricórnio

Saturno

Aquário

Saturno

Peixes

Júpiter


Lembra das regências que citei no último artigo?

Cada signo tem um planeta regente e cada uma das 12 casas do mapa representa questões onde o planeta que ali estiver atuará. Ou seja, é a casa em que o regente do Ascendente estiver que dará direção ao navegar, será o meio em que atuará em busca da satisfação que lhe motiva. Visualizando esses conceitos diretamente no mapa, a mecânica fica clara. Ressalto que a interpretação que se segue serve apenas como exemplo da delineação do Ascendente a partir de seu elemento. Para uma interpretação mais profunda e criteriosa, outros pontos devem ser levados em consideração, como, por exemplo, o signo em que o regente do Ascendente se encontra, que é o seu dispositor, já que um Ascendente em Áries no qual Marte está em Aquário é bem diferente de um Ascendente em Áries com Marte em Leão.

JAMES DEAN 08/02/1931 9:00:00 AM - CST+06:00:00 MARION IN USA 85w39’33 / 40n33’30

JAMES DEAN

O Ascendente de James Dean é Áries, signo de fogo regido por Marte, que leva seu nativo a agir em nome do desejo de poder, e aqui poder é liberdade. A independência não é negociável. A rapidez nas tomadas de decisão traz a liderança naturalmente, mas a velocidade traz consigo a impaciência e a precipitação. Como regente de Áries, Marte direciona sua agressividade para competições e lutas. E a guerra é sempre declarada, ainda que travada no campo das palavras. O dispositor de Marte é quem determinará suas armas. A coragem é um ímpeto que se define conforme a casa que Marte ocupar. Áries no Ascendente pode revelar ações que não pesam perigos nem hierarquias quando Marte está em Áries, ou uma grande dificuldade de agir em nome de seus desejos, se colocado no signo de Libra. No mapa de James Dean a motivação primária – a busca pelo poder – está na satisfação de seus desejos através dos assuntos onde Marte age, ou seja, a Casa V: a das atividades artísticas e de lazer, onde Leão, signo que é dono dessa casa, recebe Marte. Agora pense em James Dean, ícone da rebeldia e independência: fazia questão de atuar nas cenas de perigo, dispensando dublês. Explosivo, batia e depois ponderava. A velocidade das competições automobilísticas era sua paixão e selou seu destino.

NO PRÓXIMO ENCONTRO O TEMA SERÁ A LUA: SUAS INFLUÊNCIAS E IMPORTÂNCIA. ENQUANTO ISSO, PONHA ATENÇÃO NO MURMULHAR DAS ONDAS DO MAR QUE NAVEGA.

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CIDADANIA

SISTEMA REGRESSIVO DE IMPOSTOS COMPROMETE CRESCIMENTO DO BRASIL

Mais pobres pagam mais e, no fim das contas, todos sofrem com política retrógrada.

Foto: Luciano Muta

por CAROLINE MALDONADO

ANDRÉ SALINEIRO andresalineiro@hotmail.com

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e modo geral, os tributos cobrados no Brasil não retornam à população em acesso a serviços públicos de qualidade, mas esse não é o único problema do sistema tributário no País. As consequências negativas afetam a todos os setores e comprometem o crescimento econômico. O detalhamento de cada um dos entraves desse sistema é assunto do capítulo 3 do livro “Colapso Econômico – A Política de Impostos no Brasil”, lançado em 2015 pela Editora Novo Mundo. O autor, André Salineiro, destaca que qualquer política de impostos deve ser voltada, primeiramente, para o bem-estar social do povo e traz questionamentos que apontam para uma reforma. Antes de propor mudanças, o autor detalha cada um dos fatores que emperram o sucesso dessa política e explica porque outros países alcançaram um sistema eficaz, enquanto o Brasil ainda está patinando nessa área, que afeta de maneira desastrosa toda a economia do país. “O sistema tributário que se pauta fielmente pelo princípio da progressividade é, como o leitor deve antecipar, um sistema progressivo. O sistema brasileiro é, pois, o oposto: um sistema regressivo, o que significa que a

base da nossa pirâmide populacional é também a base da nossa pirâmide contribuinte, ou seja, os mais pobres têm, proporcionalmente, maior participação na arrecadação tributária do Estado”, explica Salineiro. Desigualdade, “incentivo” à sonegação, falta de transparência e complexidade são aspectos pontuados. Entre eles, está a tributação em cascata, ou seja, a soma de diversos impostos sobre o mesmo produto ou serviço, que alimenta guerra fiscal, como no caso clássico do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), disputado por entes da Federação. O texto é leitura recomendada para quem quer entender a fundo o sistema tributário do País e descobrir como uma reformulação mudaria os rumos da economia brasileira. André Salineiro é Agente da Polícia Federal e Vereador em Campo Grande. Bacharel em Direito e Fisioterapia; pós-graduado em Gestão Empresarial, em Direito Penal e Direito Processual Penal. Especialista em Segurança Pública e Análise Criminal. Conselheiro comunitário de prevenção ao uso de drogas. Também é autor dos livros “Gestão Estratégica em Segurança Pública” e “Políticas Públicas em Segurança Pública e Defesa Social”.


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EVENTOS

FESTA

É COMIGO” 10 Passos para Celebrar Sempre.

por PATRÍCIA FARACCO

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CONSULTORA DE EVENTOS patriciafaracco@uol.com.br

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á mais de vinte anos realizo sonhos e celebro a vida! A partir de agora, estarei aqui para dar dicas e passar um pouco da minha experiência, estou muito feliz em compartilhar com vocês! A cada edição falarei sobre festas, etiqueta e comportamento. Comemorar é sempre muito bom e vivemos para celebrar a vida: nascimento, aniversário, formatura, casamento, bodas, despedidas... Fazem parte da nossa história! Por isso, celebrar SEMPRE! Pensando nisso, preparei os 10 passos para celebrar de maneira simples e elegante.

1 - PARA QUEM? O primeiro passo é definir a lista de convidados. A partir dessa relação, é possível estabelecer o perfil da comemoração, levando em consideração as idades dos participantes e outros itens que mereçam destaque, como estilo de vida (se são vegetarianos, por exemplo). Não se esqueça: é necessário elaborar uma lista coerente, isto é, de maneira que nenhuma pessoa se sinta isolada. O ideal é deixar todos à vontade. Caso alguns dos convidados tenham filhos pequenos, indique um cômodo para troca de fraldas e/ou um local para os pequenos brincarem, com alguns brinquedos e livros. Se o orçamento permitir, não descarte a possibilidade de contratar um monitor para deixar os pais mais envolvidos com a recepção.


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6 7 8 9 5 10 2 - SUPORTE Cada celebração deve ter seu fio condutor. É através dele que serão elaborados os demais itens. Uma festa pode ser temática, clássica ou contemporânea, basta saber se essa base terá afinidade com todos os convidados. Importante: fazer um evento temático do começo ao fim não é indicado, pois pode saturar o paladar e o visual. Um bom exemplo de equilíbrio é a escolha de um buffet mexicano que traz também opções gastronômicas sem pimenta em seu cardápio.

3 - MENU DE RECEBER As entradas são importantes. Prepare uma mesa de antepastos, de fingerfoods ou um cocktail. Essa refeição segura o ritmo da festa até que a maioria dos convidados chegue e, assim, possa ser servido o prato principal.

4 - DECORAÇÃO A produção precisa ser bela e suave. Tenha em mente a necessidade de surpreender – e isso não significa gastos grandiosos ou composições exuberantes. Invista em detalhes elaborados com carinho e seus convidados se sentirão ainda mais especiais. Cuidado para não descaracterizar a recepção, quem estiver na festa precisa ter a todo o momento a consciência de que está em uma casa. Para isso, uma ótima ideia é usar louças e copos da casa (mesmo que sejam de coleções diferentes). O aconchego sempre é bem-vindo!

5 - TRILHA SONORA Música é um item fundamental. O volume precisa estar de acordo com a acústica e não atrapalhar ninguém, independentemente dos ambientes que estão disponíveis. Caso queira que a música tenha um destaque, prepare uma pista de dança em um dos espaços e abra-o após a última refeição.

6 - INCLUSÃO + PRATO PRINCIPAL Para uma festa grandiosa, é fundamental ter integração entre os convidados. Assim, evite a disponibilização de uma única mesa para toda a comemoração (a não ser que esta seja a intenção). Distribua mesas e deixe o buffet separado. Isso faz com que as pessoas circulem pelos espaços. Os serviços ao vivo (tapiocas, yakissoba, crepes, etc.) são ótimas opções, pois ao manter a alimentação sempre disponível os convidados terão refeição fresca durante toda a celebração.

7 - HORÁRIO De acordo com o grupo que irá receber, defina o horário. Caso sejam idosos, opte por almoço; pessoas até 30 anos invista em recepções à noite e que possam começar com um happy hour. O restante é opcional. Mas, caso você tenha alguma dúvida, opte por almoço.

8 - SOBREMESAS Uma linda mesa de doces é sucesso na certa. Ao escolher o cardápio, nunca se esqueça que algumas pessoas podem estar de dieta ou ter restrição ao açúcar. Por isso, é sempre bom ter uma opção diet e outra com frutas frescas.

9 - DESPEDIR-SE COM CARINHO PARA SER SEMPRE LEMBRADO Ofereça chás saborosos (hortelã é uma ótima pedida), café e várias delicadezas na mesa de saída, que pode ser simples, mas deve ter muito sabor. A produção vai fazer diferença, portanto escolha peças de cristal ou louças brancas.

10 - RECORDAÇÃO Lembrancinhas são fundamentais para festas de casamento, debutante e infantil. Para os demais eventos, é interessante, mas são dispensáveis. Para recepção em casa uma ótima ideia é oferecer balas de ovos, chocolates apresentados de uma forma diferente, enfim, alguma guloseima que o convidado possa levar para casa. CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017 I

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CURIOSIDADES DO VINHO

NÉCTAR CURIOSO Diversifiquem! Permita-se o novo.

Foto: Studio Vollkopf

por PATRÍCIA LEMOS

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SOMMELIER E JUIZA INTERNACIONAL Certificada pela UCS Universidade de Caxias do Sul e FISAR - Federazione Italiana Sommelier Albergatori Ristoratori patriciagastrosomm@ gmail.com

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este início de atividades junto à Revista Cinco +, registro minha satisfação pela oportunidade em dividir com os leitores informações do assunto que move minha paixão, o mundo do vinho. Paixão regida não somente pelo fascínio que a bebida desenvolveu em diferentes culturas e épocas, como também relacionada a grandes momentos e celebrações, mas principalmente pela bagagem cultural que nos agrega e benefícios terapêuticos que nos proporciona, conquistando a atenção do mundo em geral. Os objetivos desta coluna são apresentar curiosidades encontradas neste néctar de Baco, que ainda nos provém de mistérios e peculiaridades, e despertar o interesse e identificar nesta bebida as preferências diante de um universo repleto de possibilidades e características. Por isso, minha dica é: Diversifiquem. Não favoreçam sempre do mesmo tipo de vinho, permitam-se conhecer o novo, existem vários tipos e que se assemelham a ocasiões distintas. Estar aberto a experimentar novos rótulos quer dizer buscar informações sobre os países, regiões, técnicas e castas diferentes, significa uma viagem imaginária desde a produção até o conteúdo presente na taça. E neste contexto de diversificação, o acervo mundial está estimado em 5.000 tipos de uvas catalogadas no Planeta, em sua grande maioria ainda inusitada. Evidentemente, as que recebem maiores destaques são as que tiveram melhor capacidade de

adaptação a diversos climas e regiões, produzindo vinhos que conquistaram o gosto de muitos consumidores, sendo denominadas por variedades internacionais. A Cabernet Sauvignon, por exemplo, é de origem francesa mais precisamente da região de Bordeaux, mas há vinhos feitos com ela em qualquer país vinícola, o mesmo acontece com a Merlot, Chardonnay e com tantas outras também muito conhecidas, que tiveram boa adaptação em diversos países. A curiosidade se dá sobre as uvas autóctones, recebem esta terminologia as que simbolizam determinado país ou região produtora, sendo chamadas também de uvas nativas. São mais discretas em termos de mercado, geralmente ofuscadas pelas internacionais, que são mais conhecidas e estão espalhadas pelo mundo, mas isso não significa que para degustarmos um grande vinho, é necessário que ele seja produzido a partir de uma casta famosa. Existe um forte movimento de valorização em alguns países das uvas nativas, elas são cultivadas e cultuadas em regiões que enaltecem suas peculiaridades, a exemplo disso temos a Itália. Único país do mundo a produzir vinhos em todo seu território, oferecendo grande variedade de cepas que vão de norte a sul, incluindo o arquipélago da Sicília e a ilha da Sardenha. A casta Refosco dal Pedunculo Rosso é encontrada na região do Friuli; a Teroldego no vale do Trentino; a Corvina no Vêneto, mestra na produção dos famosos Amarones; a Moscato Rosa


é uma uva da família Moscato, encontrada no Alto Adige; a Inzolia, Grillo e a Nero D’Ávila na Sicília, entre outras. É impressionante como elas são únicas e como denotam sua tipicidade. Portugal também possui uma diversidade muito marcante, são muitas as autóctones, entre elas a Trincadeira e Aragonez no Alentejo; a Encruzado no Dão; a deliciosa e encantadora Touriga Nacional, talvez a grande mola mestra dos vinhos do Douro. Na terra de Cabral existem muitas outras cepas interessantes, a maioria dos vinhos de gamas superiores é elaborada por estas uvas. A Espanha se coloca no cenário mundial com produtos diferentes, alegres e com muito estilo. Destacam-se verdadeiros fenômenos: a Monastrell, que é especialmente cultivada em Alicante e Yecla; a Mencia, em Bierzo, e a Callet, nativa da ilha de Palma de Mallorca. Na França, mais precisamente em Provence, reside a Mourvèdre que se faz presente no famoso vinho Châteauneuf-du-Pape; a Carignan, uma das mais plantadas no Languedoc Roussillon; a Savagnin é a uva do famoso Vin Jaune, uma verdadeira joia da França, na região de Jura, que é fonte de vinhos com estilos e sabores únicos. São apenas alguns exemplos citados da imensa gama de possibilidades, para assim desenvolver a curiosidade e diversificação. Porém, o grande propósito é que, sejam os

rótulos de castas internacionais ou autóctones, fique a convite para o despertar deste mundo instigante e repleto de aromas e sabores, pois é, sem dúvida, uma bebida diferente de todas as outras. Sua elaboração exige do enólogo um grande conhecimento da ciência e a sensibilidade de um artista. Podemos dizer que os vinhos são como pessoas únicas. Não existem dois iguais, mesmo os que têm a mesma origem, vêm da mesma casa, recebem os mesmos cuidados de criação, crescem, amadurecem e envelhecem de formas diferentes, mas isso já se torna pauta para a próxima edição. CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017 I

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DECORAÇÃO

O assento recortado cria um interessante efeito visual e é o grande destaque da poltrona Ego, lançamento da Doimo, com design de Marcelo Ligier.

Os estofados com veludo, como o da poltrona Bob, foram a grande aposta dos lançamentos da 6F Decorações.

TENDÊNCIAS NA FEIRA

ABIMAD2017

Foto: Studio Vollkopf

por DAIANA CAPUCI

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DESIGN DE INTERIORES Studio It Decor daiana@itdecor.com.br

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os dias 7 a 10 de fevereiro em SP, aconteceu a 23ª FEIRA Brasileira de Móveis e Acessórios de Alta Decoração (ABIMAD). O evento é realizado duas vezes ao ano, organizada pela Associação Brasileira das Indústrias de Móveis, completamente voltado para lojistas e profissionais do setor. A ABIMAD reúne os maiores nomes do setor mobiliário, totalizando uma área de 31m² de estandes e mais de 150 expositores. Durante o evento são apresentadas as tendências do setor para o ano de 2017, e é sobre essas tendências lançadas na feira que vamos falar. Observamos que “morar” com conforto está em alta. A força artesanal e materiais como madeira, crochê e costuras aparentes do matelassê, ganham força no mobiliário. As aplicações que personalizam almofadas estão incríveis.

Cadeiras em corda náutica e madeira cumaru, com design super moderno fizeram a vez para móveis de área externa.


Luminárias em vidros lapidados.

A REVSITA CASA VOGUE DEU DESTAQUE ÀS POLTRONAS E SOFÁS REDONDOS, LANCADOS NA FEIRA.

Cheaise em corda náutica e madeira cumaru. Mesas em acrílico e latão.

Banquetas em x com tachas. Elas vieram para ficar e podem ser colocadas naquele cantinho para trazer um charme especial.

Almofadas com apliques em couro.

Os móveis, apesar da busca pelo natural e clean, apresentam-se com uma forma de glamour, ricos em detalhes no dourado e bronze, os tecidos nobres, como veludo são a bola da vez, fazendo esse contraste do natural com revestimentos nobres. O latão voltou com força total nos móveis, muitos detalhes trazem a elegância e sofisticação nas peças. Na parte de iluminação, muitas novidades com misturas de materiais, como madrepérola nos lustres, um releitura do passado que não pode faltar. Para as paredes, os quadros estão encantadores. Com a nova tecnologia de impressão em vidros, as fotografias ganham nitidez e brilho, proporcionando um resultado incrível. As imagens que são destaques são uma releitura dos rostos dos nossos bisavós com um toque moderno. Os sofás, em redondo, continuam em alta desde ano passado. As poltronas estão com um ar vintage. Amei cada uma apresentada na Feira. Não podem faltar os clássicos, como as tradicionais e super usadas poltronas Luiz XV e Luiz Felipe. Elas também vêm com uma nova forma, para trazer mais leveza a peça. Percebemos na Feira que o grande destaque esta nas cadeiras e poltronas. Elas realmente foram a bola da vez. Apareceram com pontos focais nos stands, as estrelas da casa. O Studio It DECOR foi conferir as novidades, para oferecer aos clientes o melhor da alta decoração. Esse é o diferencial do nosso trabalho, acompanhar as tendências do setor. CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017 I

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ARQUITETURA

RESTAURAÇÃO: O RESGATE DA MEMÓRIA por ASSESSORIA

Foto: Studio Vollkopf I CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017

Usina de Itaicy - MT

Patrimônio é tudo aquilo que nos pertence.

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Casa 1 - MS

uidar da nossa cidade para as gerações futuras quer dizer preservar também a história que já temos, seja aquela história contada de geração a geração ou a permissão de que a cidade conte sua história através de suas edificações. Para garantir a preservação do patrimônio histórico de uma cidade, além do esforço dos apaixonados por História e Arquitetura, existe o tombamento, que é uma medida para impedir juridicamente a destruição desses bens. O tombamento não desapropria o bem ou causa qualquer impedimento de compra, venda ou restrição de uso, como muitas pessoas acham, ele apenas impede que o proprietário faça demolição ou descaracterize o imóvel, que passa a ser considerado de importância coletiva. O termo restauração é utilizado para denominar qualquer obra executada em edifícios históricos, sejam tombados ou não. Na maioria dos casos, o custo de uma obra de conservação é semelhante a qualquer obra convencional, utilizando-se inclusive a mesma mão de obra. Obras de conservação e restauração tornam-se onerosas quando um imóvel encontra-se em péssimo estado de conservação. Outra situação é a dos edifícios que contêm muitos elementos decorativos e artísticos e técnicas construtivas excepcionais, o que requer mão de obra especializada, elevando o custo dos serviços. Contudo, estes exemplares são poucos e constituem, geralmente, prédios públicos. Para a arquiteta especialista em restauração de patrimônio histórico, Perla Larsen, as pessoas ainda não têm a consciência do real valor da restauração, que nada mais é do que o resgate e manutenção da história do seu povo. Os proprietários de edificações históricas precisam descobrir seu bem não como um problema, mas como uma oportunidade, e saber que é possível morar


com charme ou ter uma atividade lucrativa no local. “Restauro é uma intervenção feita sobre um bem histórico, visando manter sua identidade, seus aspectos característicos de época e sua autenticidade. No entanto, não significa que o prédio não poderá abrigar qualquer uso que se pretenda. É possível unir a história e o novo uso de qualquer edificação com muita tecnologia e obter resultados impressionantes.”, explica. Perla iniciou sua carreira como restauradora de obras de arte, se especializou na Europa e se graduou em Arquitetura, a fim de ampliar seus conhecimentos na área. Apaixonada pelo trabalho, sorri ao dizer que já atua ha quase 20 anos restaurando por todo o País e que não poderia ter escolhido profissão melhor. Prova disso, são os trabalhos realizados dentro e fora do Estado. Em São Paulo, onde morou muitos anos, trabalhou em obras importantes, como o Palácio dos Campos Elísios, o Palacete Teresa Lara e mais de 50 monumentos públicos. Em Campo Grande, esteve diretamente envolvida com a restauração da Casa 1, localizada na esquina da Rua Calógeras com Av. Mato Grosso; com a fachada do Rádio Clube Cidade em parceria com o Arquiteto Angelo Arruda, a qual rendeu à dupla um prêmio em Milão, no ano de 2013. Em Corumbá, com tanta história, a arquiteta até morou por temporadas para participar de obras, como na Casa da Alfandega, na Casa Tamandaré, no Hotel Galileu, no Wanderley Baís, entre outros. “Todos estes lugares que passaram por obras de restauração estão em uso e contribuem para a memória coletiva das cidades. A cidade é constituída basicamente pela arquitetura e pela população que vive nesse local.” Já notou que quando falamos de prédio histórico em Campo Grande, o primeiro a ser lembrado é a Morada dos Baís? Preservar faz com que as pessoas identifiquem o local e se identifiquem com ele, isso é a identidade cultural. Nossas cidades não podem ser locais apenas para ganhar dinheiro ou servir de dormitório para seus habitantes, nela vivem seres humanos que possuem memória e são parte integrante da história. Precisamos interagir com a cidade, ter paixão por ela, com a certeza de que se o coletivo não for preservado pelo indivíduo, o valor do todo também se perde. Ter sua casa ou negócio em um patrimônio histórico, construído ou utilizando-se de ruínas já existentes,

Trabalho de restauro - Ed. Sudaméris Casa do Artesão - MS

Restauro de pintura mural - Corumbá - MS

vai deixá-la única e um charme. É possível que se tenha todo o conforto e tecnologia que desejar com muita personalidade. É fácil ver cidades onde a convivência entre patrimônio histórico edificado e população são absolutamente harmônicas. Podemos citar Parati, Ouro Preto, Olinda ou mesmo grandes cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo, onde existe muito desenvolvimento urbano unindo à preservação da história existente em suas edificações. A confeitaria Colombo, no Rio, faz sucesso entre seus clientes não apenas pelo seu cardápio, mas pela exuberância de sua arquitetura preservada. A Fazenda do Pinhal, em São Carlos – SP, transformou a antiga fazenda em hotel e oferece hospedagem com muito conforto e estilo. Só a preservação é capaz de garantir a identidade local e humana, transmitir referência urbana e arquitetônica às gerações posteriores, para que possamos sentir saudades de quando o homem tinha mais tempo para refletir sobre seu destino, tornando–o parte de sua própria história. CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017 I

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COMPORTAMENTO

JÁ TEVE VONTADE DE MORAR NA LUA?

Foto: Studio Vollkopf

por ARIADNE CANTÚ

ESCRITORA ariadne.cantu@gmail.com

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omo boa pisciana, sou sempre apontada como aquela que eventualmente tem um lugar cativo no mundo da lua. Acho isso muito discriminatório, quase um bullying com os pobres piscianos, abençoados por aquela verve meio temperamental desconectada da realidade. Na verdade, o mundo da lua pode ser um lugar bastante privilegiado. Um refúgio que me abrigo às vezes, quando preciso escrever um novo livro ou quando tudo fica confuso e algumas coisas parecem não fazer muito sentido. Passando o olhar rápido hoje cedo pelas notícias, tomei conhecimento de pessoas saqueando lojas e imagens de corpos de pessoas mortas em crimes, devido à greve dos policiais militares no estado do Espírito Santo. Em outras notícias, vi indivíduos perdendo valores essenciais de humanidade com o cometimento de crimes bestiais, como o caso do rapaz que teve o intestino danificado, porque alguém introduziu uma mangueira de compressor de ar em seu ânus em uma brincadeira. Avanço um pouco para o âmbito internacional, já que o doméstico está difícil, e vejo o presidente de um país expoente de economia mundial, amedrontando várias nações, por transvergir valores e direitos humanos essenciais de imigrantes que são impedidos de permanecer no lar que ajudaram a construir. Nem cheguei no setor de política nacional, pois era logo após o café da manhã, e fiquei com medo de passar mal do estômago, já que ninguém mais aguenta tantas delações, nem tem mais paciência de calcular quanto dinheiro foi desviado da saúde e da educação para o bolso dos corruptos. Um circo grotesco de informações que parecem instigar nossos sentidos sempre em busca de uma rota de fuga. Nesses momentos, não consigo deixar de pensar em um lugar mágico, distante da realidade, imenso e cheio de paz, como imagino o mundo da lua. Tem gente que viaja na maionese, uns que se trancam no armário, a os que armam barraca na casa do terapeuta e outros que sobem no telhado... Brincadeiras à parte, a verdade é que todos precisamos de um lugar para nos abrigar quando tudo parece confuso. Não precisa ser uma viagem cara a um lugar distante, ou ter uma casa no mundo da lua, afinal as coisas mais importantes e essenciais da vida continuam sendo grátis!! Vento no rosto, beijo de boa noite, pôr do sol, abraços, sorrisos, olhos nos olhos, carinho nos cabelos, gentilezas e pequenas ternuras continuam grátis!! E porque são totalmente gratuitas, há uma tendência natural a não darmos o devido valor. A felicidade é grátis! É acessível a todos que desejam vê-la e vivê-la, independente do momento e da situação de cada um.


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VIAJE BEM

BAGAGEM PAGA???

Foto: Studio Vollkopf

por ADRIANO DE OLIVEIRA

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m recente decisão, a ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil – baixou uma norma que regulamenta a cobrança de bagagem em separado na compra da passagem aérea, dentre outras alterações.

CONSULTOR DE VIAGENS adrianoao@gmail.com

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Diversos órgãos de representação da sociedade se manifestaram, quase que em sua totalidade, em posição contraria às novas regras. No auge da empolgação/indignação popular, com a imprensa matando a pau toda e qualquer tentativa de regulamentação deste serviço, o órgão oficial decidiu recuar, cancelando, por enquanto, as medidas. Certamente, posturas demagógicas de congressistas, e posicionamentos engessados dos órgãos de defesa do consumidor contribuíram para este recuo, impedindo que o tema fosse discutido e esclarecido. Na verdade, não houve um debate,

um preparo, no sentido de envolver o consumidor em uma campanha prévia de esclarecimento. O tema convoca uma reflexão. Antes de tomarmos partido, visando apenas o resultado final e unilateral, convém questionarmos: é vantajoso eu pagar por um serviço que não utilizarei? É lícito ratearem um serviço em partes iguais mesmo com aqueles que não irão utilizá-lo? Segundo levantamento feito pelas companhias aéreas, em média 50% dos passageiros embarcados, levam consigo somente bagagem de mão. Hoje, a franquia de bagagem despachada ofertada pelas companhias


EM MÉDIA

50%

DOS PASSAGEIROS embarcados, levam consigo somente bagagem de mão.

aéreas brasileiras, em voos domésticos, tem o limite de 23 quilos. Excessos são cobrados de acordo com as regras de cada companhia aérea, que pode ser por quilo ou por volume extra. Longe de argumentar “direitos adquiridos”, é necessário saber que o despacho de toda bagagem é cobrado, e é pago por todos os usuários dos transportes aéreos. Apesar de levar o nome de franquia, este serviço não é gratuito nem tampouco barato. Tudo é embutido em seu ticket. Segundo a ABEAR – Associação Brasileira das Empresas Aéreas – o Brasil detém o 3º maior mercado doméstico de aviação do mundo, é notória a dificuldade que as companhias aéreas enfrentam desde o ano de 2013, com a grande redução de passageiros e aumento dos custos. O passageiro e as companhias brasileiras precisam se adequar às regras praticadas na maioria dos países que contam com uma rede de transporte aéreo acessível e eficaz. Além da regulamentação da cobrança de bagagem despachada, as normas reavaliaram vários direitos e deveres dos passageiros e das empresas aéreas,

ora beneficiando um ou outro, de uma maneira mais justa. A ANAC obrigaria as empresas a admitir a desistência da compra da passagem sem ônus ao passageiro em até 24 horas, reduziria os longos prazos para reembolso, permitiria a correção de nomes na passagem e alteraria a forma e os valores da cobrança das multas, hoje exorbitantes. É notória a necessidade de readequação do passageiro brasileiro. A transformação deve ser cultural. Transitar com o necessário, levar somente o que será utilizado, evitando o desperdício de espaço e de dinheiro. Segundo especialistas no ramo aéreo “as novas regras se somariam e certamente reduziriam o valor das passagens aéreas, garantindo o crescimento da indústria.” Aguardemos a reação por parte das empresas aéreas no atual ambiente de acirrada concorrência, onde poderá haver novas e atraentes propostas, como venda de tickets com isenções, descontos especiais para passageiros sem bagagem ou mesmo promoções de bagagens incluídas. O mercado brasileiro precisa respirar com mudanças modernas e justas para os dois lados. Que ambas as partes estejam abertas às transformações. CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017 I

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VIAJE BEM

A SIGLA DA ECONOMIA por JÉSSICA BENITEZ

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ue o Brasil enfrenta crise político-econômica todo mundo já sabe, mas como explicar ao coração que o lazer corre o risco de ficar em segundo plano? E aquela viagem planejada há meses, quiçá anos, vai novamente ficar só no papel? Calma, nem tudo está perdido. Algumas medidas para economizar podem amenizar os gastos, sem comprometer a diversão. No caso dos hotéis, por exemplo, que toma boa parte do orçamento, existem hospedagens alternativas que podem reduzir pela metade o custo da estadia. Além dos hostels também há redes como o Airbnb, site dedicado aos que querem ganhar um dinheirinho a mais ofertando acomodação, bem como aos viajantes que procuram férias tranquilas e que cabem no bolso. A página funciona da seguinte maneira: o interessado faz um cadastro com dados pessoais e envia cópia de documento que comprove a veracidade das informações. A direção do Airbnb aprova e ‘voilà’ tudo pronto para começar a saga em busca de conforto e economia. No espaço para busca, o viajante pode procurar o destino, que abrange praia, campo, centros urbanos, vilarejos e metrópoles, e estipular o valor que quer pagar por dia. Também pode escolher se quer quarto compartilhado ou quarto particular na casa onde o anfitrião mora ou se deseja alugar casa/apartamento inteiro. Ao todo são 190 países conectados.

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O casal Aliny Mary Dias e Hélder Rafael curtindo os EUA.

Grande parte dos imóveis são completamente equipados com televisão, geladeira, fogão, micro-ondas, aquecedor/ar-condicionado, chuveiro elétrico e até mesmo máquina de lavar roupas, para quem pretende passar período maior fora de casa. No perfil de cada anfitrião há descrição da vizinhança, distância de mercados, padarias, farmácias e quais as opções mais rápidas de meio de transportes aos principais pontos turísticos da cidade. No Brasil são mais de 70 mil imóveis. As regras do local, horário de check-in e check-out, taxas de limpeza ou cancelamento e capacidade de pessoas varia de um lugar para o outro. Os valores seguem o mesmo molde de hospedagens tradicionais, quanto mais perto do centro, mais caro. Outra vantagem é a possibilidade de se sentir um nativo em qualquer lugar do mundo. Isso porque este tipo de hospedagem abre espaço para que o hóspede chegue a qualquer momento do dia e cozinhe para a família, amigos, namorado. Permite que o turista se insira no cotidiano local, como foi o caso do casal de jornalistas Aliny Mary Dias e Hélder Rafael. Eles se casaram no final de abril e foram curtir a tão sonhada lua de mel em Nova Iorque. Planejando há meses a viagem e de passagens compradas, eles se assustaram quando o dólar disparou e, por consequência, tudo ficou mais caro aos brasileiros. Aliny conta que uma das maiores preocupações era


Nas nossas próximas viagens, dentro ou fora do Brasil, com certeza escolheremos o site porque a oportunidade de ter um contato tão próximo e intenso com outra cultura não tem preço. Aliny - cliente Airbnb

justamente com a hospedagem. “O susto veio mesmo quando comecei a pesquisar preços de hotéis. Era tudo extremamente fora do que a gente podia pagar naquele momento. Fiz muita pesquisa e estava quase desistindo da viagem quando descobri o Airbnb”, contou. Sem conhecer o aplicativo, o casal pesquisou tudo sobre este tipo de acomodação, viu vídeos, leu matérias e avaliou se era mesmo confiável para evitar uma possível ‘cilada’. Além disso, todos os usuários do site podem deixar avaliações das casas, dos anfitriões e observações sobre se tudo que foi informado no perfil é realmente verdadeiro. Tudo para dar base aos interessados nos imóveis. “Quando, enfim, decidimos que seria uma boa, nos jogamos nas pesquisas e nos comentários de pessoas que já tinham se hospedado. Achamos um apartamento super legal no bairro Hamilton Heighs, extremamente residencial e a menos de 5 minutos de caminhada de várias estações de metrô. O valor? Só R$ 1,4 mil para 8 dias. Em comparação com hotéis e até hostels, a gente gastaria até quatro vezes mais”, se lembra. Aliny conta que o anfitrião, Jhonatan, foi atencioso desde o início. Geralmente, o dono do lugar instrui o turista com mapas, dicas de pontos turísticos legais, mercados mais baratos e locomoção mais rápida. Alguns chegam a receber as pessoas com lanches, vinhos

e boa conversa. As chaves são entregues conforme o horário de chegada do hóspede. Tudo é combinado via bate-papo do próprio aplicativo. A conversa é enviada para o e-mail cadastrado, assim como os comprovantes de pagamentos e avisos. “Quando chegamos na rua do condomínio, Jhonatan e a mãe dele já estavam lá nos esperando. Foram extremamente receptivos e nos sentimos literalmente em casa. Ele nos apresentou toda a casa, nos passou as regras do lugar e pronto, tínhamos uma casa em Nova York”, diz Aliny reforçando que a escolha deste tipo de hospedagem foi uma das decisões mais acertadas da viagem. “Nas nossas próximas viagens, dentro ou fora do Brasil, com certeza escolheremos o site, porque a oportunidade de ter um contato tão próximo e intenso com outra cultura não tem preço.” Vale lembrar que o usuário também é avaliado pelo dono da casa, por isso deve haver bom senso de ambos os lados, já que o anfitrião tem o direito de não aceitar o viajante. CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017 I

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AGROPECUÁRIA

EXPOGRANDE 2017: PALCO PARA SEMANA MAIS IMPORTANTE DA RAÇA SENEPOL EM MS

Foto: Roberto Mattos

por ASSESSORIA

Movimento que gerou cerca de R$ 5 milhões em leilões nos últimos três anos terá três estandes e criatórios unidos em prol da raça que mais cresce no país.

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raça Senepol terá mais uma história escrita dentro do agronegócio brasileiro em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, durante a “Semana Sou Senepol”, que será realizada entre 30 de março e 6 de abril, durante a 79ª edição da Expogrande, considerada a maior feira agropecuária do estado. A semana contará com cursos, encontros, dia de campo, provas de avaliação de desempenho, além de leilões e o aguardado lançamento da carne de Senepol para o mercado local.

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A Semana Sou Senepol, que tem o apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos Senepol (ABCB Senepol), nasceu em 2015 com objetivo de fomentar a raça, gerar negócios e divulgar o Senepol como excelente opção de ferramenta lucrativa para produtores de genética e também carne bovina. O evento está com dois anos e já é sucesso, pois traz possibilidades de bons negócios, comercialização de animais, relacionamento entre criadores, eventos e leilões que, até hoje, movimentaram cerca de R$ 5 milhões.


Foto: Flávio Venâncio

Foto: Roberto Mattos

SEMANA SOU SENEPOL A Semana Sou Senepol terá uma vasta programação começando no dia 30 de março, às 19h, com abertura dos pavilhões na Associação de Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul). No sábado (1º) e domingo (2), a partir das 17h, os pavilhões Sou Senepol realizam degustação de carne de Senepol. No dia 3 de abril, o dia será movimentado. A partir das 9h acontecerá o Dia de Campo PADS Senepol na Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande/MS, com a entrega dos resultados dos campões da 6ª edição da prova, além de palestras e visita aos animais particpantes do CAR (Consumo Alimentar Residual) Senepol. Ainda no dia 3, às 14h30, acontecerá a 1ª reunião presencial da Diretoria da ABCB Senepol no auditório da Acrissul, dentro do Parque de Exposições Laucídio Coelho e à noite, às 20h, acontecerá o 6º Leilão Elite Senepol San e Convidados, com belos exemplares da raça, no Tatersal Hélio Coelho na Acrissul. No dia 4 de abril, o dia começa com a Assembleia ABCB Senepol no auditório da Acrissul. Uma oportunidade para que os criadores de Senepol e quem pretende entrar na raça, conhecer mais sobre o trabalho da entidade que representa a raça no Brasil e no exterior.

Às 20h, acontecerá o Leilão Deusas Senepol CMI e Convidados, no Tatersal da Acrissul, ofertando doadoras consagradas de alto valor genético. As “Divas do Senepol” terão uma reunião especial no Encontro Divas do Senepol, que será realizado no Espaço Gourmet do Canal do Boi, dia 5 de abril, às 9h. O objetivo do encontro é reunir as pecuaristas e simpatizantes da raça, trocar experiências, confraternizar e claro, fomentar novos negócios. Para quem quiser se aprofundar em informações sobre a raça e conhecer melhor sobre as vantagens do animal, durante todo o dia, acontecerá o Curso para Criadores ABCB Senepol no auditório da Acrissul, em Campo Grande. O curso é gratuito. Ainda no dia 5 de abril, às 20h, o Leilão Pérolas do Senepol vai movimentar a noite com as belas doadoras Senepol PO, no Tatersal Hélio Coelho, na Acrissul. No dia 6 de abril, no encerramento da Semana Sou Senepol, o Curso para Criadores ABCB Senepol continua durante todo o dia, gratuitamente, no auditório da Acrissul e logo em seguida, às 20h, o Leilão Reprodutores Senepol MS que disponibiliza ao mercado touros Senepol PO de alto valor genético.

Para quem se interessou, outras informações estão no site www.sousenepol.com.br e nas mídias sociais: www.facebook.com/sousenepol (Facebook) e @sousenepol (Instagram).

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COLUNA SOCIAL

Reginaldo Mazzaro, Camila, Luís Paulo, André Castro, João Pedro, Ana Luisa e Alcione Quinhones.

Marilena Bittencourt, Olga Siufi e Ana Luisa.

Professora Jeanne e Isadora.

Jamile, Bárbara, José Rogério e Luiz Carlos.

Fernanda, Moisés Araújo, Ana Karina e Fabiana.

Bruno, Soraida Chaves e Daniel.

César Roos e Igor.

MATERNA

BERÇÁRIO E EDUCAÇÃO INFANTIL Cristiane Nogueira, Eduardo Rizkallah e os pequenos Pedro e Luísa.

Jamile Caldart, Gabriela Crepaldi, Luiza Maria e Ana Beatriz.

Stefânia Dionisi, Fuad e Ronaldo Mourão.

Seloí e Odorico Mesquita com o pequeno Matheus; Flávio e Karina Macedo com Júlia.

Gabriel Lima e equipe.

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naugurada em janeiro, a nova unidade da Materna Berçário e Educação Infantil reuniu pais, filhos e colaboradores para apresentar seu novo projeto. Um sonho idealizado pela pedagoga Ana Luisa Bittencourt para oferecer a melhor educação infantil aliada aos melhores cuidados às crianças. Nesta nova sede, são ofertados amplos espaços, ambientes arejados e naturalmente iluminados, além do conforto, da segurança e do excelente trabalho pedagógico já realizado.

Carla, Haroldson Zatorre e a pequena Marcela.

Ana Luisa e seus pais Luiz Antonio e Marilena Bittencourt.

Camila Guenka e Gabriel.

Anna Cecília, Valentina e Pietra.

Fernanda Torres, Caroline Cabral, Andressa Martins, Soraida Chaves com as crianças Isabella, Isabela, Helena e Bruno.

Fernanda Buono e Beatriz.

Graciela e Davi Luís.

João Alexandre Cardadeiro e Kassilene com a pequena Sofia.

Mirella, Simone, Raquel, Ana Luisa, Jamily e Carolina.

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Graciela, Davi Luís, Aline e Norma Alice, Paula e Isadora e Mariana.

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Ângelo Smaniotto com seu sobrinho.

Tomaz, Miriam, Ana Clara, Moisés e Ana Karina.


COLUNA SOCIAL

Equipe Byofisio.

BYOFISIO O

Vítor Gustavo e Gabriel Bogalho.

Juliano Arakaki e Regina Almeidinha.

Carlos Tavares, Gabriel Bogalho, Filipe Abdalla, Juliano Arakaki e Marcio Maruyama.

Irene Barros, Liliane e Adalberto Miranda.

Priscila Gianini, Lígia Leme e Juliano Arakaki.

Juliano Arakaki, Túlia Bertone e Maria Estela Corrêa da Costa.

Geany Ibanez, Tania Tozzi, Cristiane Rodrigues e Camila Palombo.

sucesso da inauguração da nova sede da BYOFISIO – Fisioterapia Especializada, confirma o respeito e confiança que a equipe de Fisioterapeutas adquiriram ao longo dos anos. No último sábado, dia 18 de fevereiro, o grupo foi prestigiado por médicos, fisioterapeutas, amigos e pacientes durante um café da manhã realizado na nova clínica. A BYOFISIO que sempre contou com profissionais altamente qualificados e atualizados, agora com nova estrutura ampla e de muito bom gosto para melhor atendimento aos pacientes. Além da Fisioterapia Ortopédica e Esportiva, a BYOFISIO possui Pilates, Laboratório de Biomecânica, Fisioterapia na Saúde da Mulher e o novo setor de Recovery. por ASSESSORIA • fotos MÁRCIA SPÍNOLA

Henrique Attilio, Priscila Gianini e Luiz Henrique.

Bruno Matoso, Sra. Therezinha Samways, Karin e Lívia Martini.

Irene Barros, Loanda Crudis, Adriana Pimentel e Cristina Finamore.

Mariana Bernardy e Mariana Dibo.

Jaceguara Passos e Priscila Gianini.

Priscila Gianini, Alex Spengler, Camila Spengler e Sandro Pinho.

Irene Barros e Sra. Lacy Barbosa.

Irene Barros, Priscila Gianini e a corredora Cristina Katayama.

Henrique Attilio, Juliano Arakaki, Sandro Pinho e Luiz Henrique.

CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017 I

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Juliano Arakaki, Gerson Gatass, Alex Morimoto e Priscila Gianini.


COLUNA SOCIAL

Sergio e Daiana Capuci e Rose e Marcelo Gerson.

Daniel e Claudio Machado e Fernando Baruta.

André Salineiro e Isabel Salineiro.

Carina e Sadi com Bruna e Guilherme Reich.

Adriana e Luiz Paulo Correa da Costa.

Célia Abrão, Tuba e Patricia Mendonça.

Carmen e Toninho Morais.

LEILÃO DO BEM por EVELISE COUTO • fotos STUDIO VOLLKOPF

Danilo Costa e Rosana.

Dr. Albino Coimbra, Marize Boranga, Sr. Arany, Marina, Daniela Coimbra e filhos.

Mara Dolzan e Paulo Dolzan.

88

Dr. Luiz Fernando e esposa.

Eduardo Riedel e esposa.

Dr. Pedro Pegolo e esposa.

I CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017

Mirian e Ivanildo Miranda e Giu.

Norberto Leite, Carlos, Patrícia e Claudio Machado.

Prefeito Marquinhos Trad.


Claudio Machado, Luiz Killing, Roberta Killing e esposo.

Organizadores e patrocinadores Leilão do Bem 2017.

Carlos Alberto Coimbra, Patrícia Leite e Claudio Machado.

Pedro Pedrossian Neto e esposa.

Carlos Magno, Eliete e José Rodrigues.

E

m prol do Hospital de Câncer Alfredo Abrão, de Campo Grande, foi realizado no dia 25 de janeiro, o Leilão do Bem. Uma iniciativa que movimenta a sociedade campo-grandense com a finalidade de angariar fundos que são revertidos para o Hospital. O evento foi realizado no Golden Class e ainda contou com a apresentação da dupla sertaneja Jads e Jadson. Os criatórios Senepol +, Senepol Luar, Goud Senepol, ABCB Senepol e Fazenda Gruta Azul ofertaram 15 animais Quarto de Milha e 23 novilhas Senepol - PO. Para o diretor do Hospital, Carlos Alberto Coimbra, a iniciativa é um privilégio e uma grande responsabilidade. “Vivenciamos uma rotina repleta de dificuldades e de batalha em prol da vida. Trabalhamos voluntariamente pelos pacientes, que em sua maioria (98%) são carentes, oriundos do Sistema Único de Saúde (SUS)”, ressalta.

Bruna e Guilherme Reich.

Rachel Magrini e Coraldino Sanches Filho.

Tete Zahran e Évia Guaritá.

Claudio Machado, Marilene Coimbra e Barclay Best.

Guilherme Boumlai e família.

CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017 I

Rita de Cássia e Dr. Nelson Tavares.

89

Maria Pedrossina, Gati e Dacio Correa.


COLUNA SOCIAL

Dr. Nestor Muzzi e Nelson Tavares (Secretário Estadual de Saúde).

Fátima Muzzi, Dr. Nestor Muzzi e Marquinhos Trad.

Dr. Fábio Helmer e Dra. Laura Furlani.

Maria Regina e Dr. Luiz Primo Laraya.

A CLÍNICA SOT

S

erviço de ortopedia e traumatologia, foi inaugurada em janeiro por um grupo de médicos ortopedistas altamente qualificados e capacitados. Cerca de 200 pessoas estiveram presentes, dentre eles representantes de convênios médicos e autoridades que coordenam a saúde em Mato Grosso do Sul. Localizada na Rua Cacildo Arantes, 43, no bairro Chácara Cachoeira, a clínica é de fácil acesso e conta com dezenas de consultórios, salas para exames com alta tecnologia para atender às necessidades específicas de cada paciente.

Dr. Bruno Petinari e Milena Rúbio, Dr. Fernando Carpejani e Dra. Rudiana, Dr. Rodolfo Zambolin e Karina Zambolin.

Dr. Rodrigo Laraya e Ricardo Ayache (Presidente da CASSEMS).

Dra. Paula Laraya e Dr. Rodrigo Laraya.

Equipe SOT e prefeito Marquinhos Trad.

Dra. Rafaela Siufi, Marquinhos Trad, Dr. Fabrício Colacino e filho.

Dr. Nelson Barbosa Tavares Filho e família.

Nelson Tavares e Dr. Nestor Muzzi.

João Vicente Muzzi, Mariana Coli, Fátima Muzzi, Dr. Nestor Muzzi e Dr. Nestor Neto.

90 I Colacino, C I N C O + I Dr. F E VFábio E R E I RHelmer O/MARÇO Dr. Fabrício e Dr. Francisco Ilgenfritz.

2017

Dr. Adriano de Souza e Francine, Dra. Paula Laraya e Dr. Rodrigo Laraya, Dr. Bruno Insfran e Dra. Tainá, Dr. Nestor Muzzi e Fátima Muzzi, Dr. Diogo Barbosa e Stéphanie Guedes.

SOT - Serviço de Ortopedia e Traumatologia.


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I CINCO+ I FEVEREIRO/MARÇO 2017


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