PasseiopelaSavassi
SUMÁRIO
Cenário Minas cenariominas.com.br Siga a no instagram: Cenário's @revistacenariominas
Diretor Geral/Editor: Geraldo Félix de Almeida Júnior
Editores Colaboradores:
Daniel Rosa
Renato Simão
Colunistas:
Felipe Jesus (MG)
Leonardo Tinti (MG)
Luciana Morais (RJ)
Maria Pericás (RJ)
Nayara Zanetti (MG)
Priscila Silvestre (SP)
Robhson Abreu (MG) Sérgio Steiner (BA) Sil Pimentel (MG) Simone Assunção (MG)
Capa: Foto/Internet Google
Foto: Divulgação/Rogério Argolo
Departamento Comercial: Anunciar: (31) 9.9126-5236
redacao@cenariominas.com.br comercial@cenariominas.com.br
Os textos publicados não re etem necessariamente a opinião da CENÁRIO’S.
A Cenário’s é um meio de convergência de ideias e está aberta para receber as mais diversas vertentes. As opiniões contidas nesta publicação são de exclusiva responsabilidade de seus autores A Cenário Minas, também não se responsabiliza pelo uso de suas informações no portal e na revista. As fotos das matérias são enviadas por assessorias e ou divulgação, sempre com o crédito informado.
Redação e Administração:
Av. Prof. Cândido de Holanda, 70/405 São Bento – Belo Horizonte – MG – Cep: 30.350-340 – www.cenariominas.com.br
Tel.: +55 (31) 9.9126-5236
E-mail.: cenarionegocios@gmail.com
14 27
Impacientes? Instáveis? Intolerantes? Quando o assunto é mercado de trabalho, não é incomum ouvir adjetivos como esses direcionados a jovens da Geração Z — formada por pessoas nascidas após 1996. E, muito provavelmente, essas palavras saem
MUNDO PET
As festas de nal de ano estão chegando e para muitos, as férias também. Talvez você esteja se perguntando se deixa o pet em casa enquanto aproveita seu Reveillon e também se leva ou não seuamigãojuntocomvocêemalgumaviagem Por Simone Assunção - @meuamigosherpa
ESPECIAL CAPA
Quem passa pela região da Savassi cotidianamente, não imagina que ali, bem nos arredores do MacDonalds e no deslumbrante ponto comercial, existe muita, mas muita história que se mistura com os primeiros anos de Belo Horizonte.
Redação Cenário Minas - @revistacenariominas
DIGITAL
A rede social criada na Índia, foi catapultada após uma série de polêmicas de que o atual CEO doTwitter acabaria comaredesocialrecémadquirida.
Redação Cenário Minas - @revistacenariominas
Banda carioca-alagoana aclamada pela crítica e público, o Fino Coletivo volta ao palco e estúdio em dezembro,emLisboa,novasededogrupo
Redação Cenário Minas - @revistacenariominas
Entenda o que é e por que job hopping jovens aderem mais ao movimento
Impacientes? Instáveis? Intolerantes? Quando o assunto é mercado de trabalho, não é incomum ouvir adjetivos como esses direcionados a jovens da Geração Z — formada por pessoas nascidas após 1996. E, muito provavelmente, essas palavrassaemdabocadepessoasbemmaisexperientes.
Os números con rmam esse cenário. Dados do Ministério do Trabalho e Previdência coletados em 2020 apontam essa discrepância geracional no Brasil: quase um quarto dos jovens entre 18 a 24 anos permanece dentro de uma empresa por pouco menos de três meses (veja no grá co). Esse grupo, conforme o levantamento, chega a 2,47 milhões de pessoas nessa faixa etária. Em seguida, 2,40 milhões (24,1%) cam de umapoucomenosdedoisanos.
Dos trabalhadores de 50 a 64 anos, 41,67% (o equivalente a 4,26 milhões de pessoas) cam 10 anos ou mais num mesmo emprego.
A questão é: em vez de fazer carreira e buscar a vocação para o resto da vida, jovens pro ssionais tendem a desejar uma carreiraumpoucomaismovimentada.
Esse movimento não é visto só no Brasil, e ganhou até nome: “job hopping”(pular de emprego, na tradução do inglês). Nos Estados Unidos, dados da CareerBuilder, plataforma americana de recrutamento e seleção, mostram que a Geração Z ca, em média, 2 anos e 3 meses em um mesmo local de trabalho Nos Baby Boomers, essa média é de 8 anos e 3meses
Qual a explicação para os dados? Segundo especialistas consultados pela Revista Cenário Minas, existem razões sociais, econômicas e comportamentais para que o número dejob-hopperscrescessenopaís.
Diferenças econômicas
Marco Tulio Zanini, professor da FGV, explica que as gerações têm experiências históricas diferentes. Especialmente para a Geração Y do Brasil, ou seja, aqueles nascidos nos anos 80 e primeira metade dos anos 90, tiveram uma vivência marcada pela escassez de recursosedeperspectivas.
Esses acabaram seguindo um curso mais tradicional de ação, em linhas de: procurar uma carreira para seguir durante toda a vida, buscarumempregoestávelepermanecerneleatéseaposentar.
Naúltimageração,ascoisasmudamdeperspectiva.
“Você olha para um país que, hoje, tem uma economia mais estável e uma melhor oferta de emprego, além de empregos melhores para quem se preparou. Os indivíduos podem empreender e criar seu próprio negócio, até construir uma carreira olhando para o exterior”, dizZanini.
Busca por qualidade de vida
Alexandre Pellaes, professor e palestrante TedX explica que, tradicionalmente, existem 5 passos em uma carreira. Um indivíduo adentra uma empresa ou toma determinadadecisãopro ssionalnaintençãode:
Aprendizado, para começar a navegar o mundo pro ssional; Dinheiro, por vezes mais relevante que o aprendizado; Status, na busca por um cargo de nível diferenciadoeporliderarpessoas; Qualidade de vida, pois, após conseguir o prestígio, o pro ssional começa a se perguntar como equilibrar as responsabilidades com a vidaforadotrabalho; Impacto, pensando no legado e na relevância que aquele trabalho terá para o mundo e sociedade.
Essa “escadinha”, seguida em grande parte pelos Baby Boomers e pela Geração X, é questionada pelas novas gerações, que estão preocupadas com qualidade de vida e impactodotrabalhodesdeocomeçodacarreira.
“Gerações mais antigas são focadas em delidade, solidez de carreira Era tudo muito quadrado Hoje, com ambientes e estruturas mais exíveis, temos um convite constante para questionarmos nossas próprias carreiras”, complementaPellaes
Essas diferenças acabam levando a um inevitável con ito de gerações. Segundo o professor, as gerações mais velhas acham que as mais novas precisam“pagar pedágio” para atingir felicidade e realização pro ssional. Esses comportamentos (e con itos) transpassam todas as barreiras da vida desses jovens, tão empenhados na busca porsigni cado
Essas mudanças comportamentais e econômicas, catalisadas pela pandemia, são precursoras na hora de pensar um novo modelo de trabalho
Remodelação do trabalho já é realidade
Ficar muito tempo em uma empresa nãoénecessariamenteumindicativo positivo na hora de contratar um funcionário. “A questão é que ninguém entrega nada em um ano. É preciso de um tempo para entender um lugar, produzir valor, gerar entregasconsistentes”,explica.
Sandra Gioffi, CEO do Trampo é Seu, startup que opera como um Hub para conectar talentos da periferia e as principais empresas do país, a rma que, ao mesmo tempo em que um pro ssional cou pouco tempo na mesma empresa, esse currículo picotado permitiu que ele vivesse mais experiências em culturas e realidadesdiferentes.
“O mais importante é o talento de cada um, independente da geração e o engajamento que ele coloca naquilo que faz. Sendo objetiva, temos que ver esse movimento como natural, ou até saudável para todasasgerações”, naliza.
Novas propostas já estão pipocando por aí — cada vez mais especialistas e empresas estão defendendo menos dias de trabalho e menos horas trabalhadas Em relação à jornada de trabalho de 4 dias, por e x e m p l o , 8 0 % d a s p e s s o a s entrevistadas.
Com essa insatisfação do modelo atual, as pessoas terão novos modelos mais exíveis, mais humanizados, menos rígidos, que permitem com que se sintam mais realizadasnoscargosqueocupam.
O comportamento das gerações que ainda não adentraram o mercado de trabalho depende da estabilidade econômicadopaís.
“Teremos uma di culdade muito grande de reter mão de obra quali cada, porque nossa economia não apresenta nenhum sinal de recuperaçãoerobustez”,diz.