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Coluna Celebrar nossa cultura, by Ricardo Câmara

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by Ricardo Câmara

El Portunhol Selvage de Douglas Diegues

En la poesia sul-mato-grossense hay um movimiento que oxigena e despierta en la linguagem un frescor y una esperanza. Trata-se del Portunhol Selvage. Este movimento, que es liderado pelo poeta Douglas Diegues y tem representantes em vários países da América do Sul, resgata una sonoridade y um ritmo que ao mesmo tiempo em que se vee una inovación em las construcciones gramaticales, livres de las amarras que definen uma lengua, sentimos la ancestralidade do modo de falar fronteiriço. O Portunhol Selvage se concentra desta manera en una transfrontera, que avança nos territórios divididos y chegam nas periferias de las grandes metrópoles latino-americanas. Diegues é filho de una brasiguaia de Ponta Porã com um fotógrafo carioca. A pesar de haber nascido em el Rio de Janeiro, foi nas bordas do Paraguay que ele cresceu y foi letrado. Sua primera impressión del lengage de sus vecinos y amigos foi de uma língua feia y mesclada. Ninguém tinha un completo controle de sus reglas. Foi después de ler Manoel de Barros, que percebió el tesoro que tenía em las manos, ou mejor, em los ouvidos. A fala que el poeta identificou como nueva en la literatura ainda permanecia en la oralidade. Além del Português y del Castelhano, se soma la bela língua Guaraní. Diegues decidió estudar esa prosódia y em 2006 fez uma de las más importantes publicaciones sobre poesia primitiva no Brasil, la organización y tradución de la antologia de poesia indígena Kosmofonia mbya guarani, junto al antropólogo y musicólogo Guillermo Sequera. O poeta Manoel de Barros disse que los cantos reunidos en la obra de Diegues o transportaram para los ancestrales, para los fósseis lingüísticos, donde se misturam las primeras formas, las primeras vozes. La voz de las águas, del sol, de las crianças, de los pássaros, de las árvores, de las rãs. O gran poeta concluió: “Passei quase duas horas deitado nos meus inícios, nos inícios dos cantos do homem". Assumindo la correlación de su poesia com la de Barros, Douglas Diegues classifica a duas obras como Vanguarda Primitiva. Después da Kosmofonia, Diegues fundou en 2007 la editora Yiyi Jambo, en Assunción. Dava início a una vasta publicação em edições artesanales com autores del Brasil e do Paraguay. O movimento del Portunhol Selvage ultrapassou la literatura e passou também para las artes visuales, nombrada Arte Cartonera. Novamente, as bordas de las grandes ciudades deram matéria-prima para o movimento. Las pinturas são feitas em los papelões jogados nos lixos de las ciudades. Tendo como referência el pintor indígena Ogwa Flores Baubuena, de la etnia IshirChamacoco del Chaco Paraguayo. Los temas de Ogwa, assim como do grupo de Diegues, são los mitos y la vida dos indígenas. Sus desenhos serviram para estudos antropológicos de várias partes del mundo. Entre Campo Grande- Ponta Porã- Asunción, cidades onde Douglas Diegues circula com intimidad y produz sus poemas e sua arte cartonera, el artista ensina a producion de livros, com capas de papelão, pintadas a mano y folhas fotocopiadas. Ele prega que a arte tem de ser para todos. Um garçon ou uma doméstica podem comprar sus livros y suas pinturas. Com su trabalho, Diegues insere el Mato Grosso do Sul en uma cena importante de la poesia nacionale. Los críticos a acolhem com entusiasmo y a consideram inovadora. Em um país tão sufocado pela aspereza e falta de ternura, com governantes que tratam la cultura com ódio y afagam la violência, a poesia do Portunhol Selvage traz esperanza de que um día poderemos conviver a beleza y a arte serão para todos.

DRUMMOND REESCRITO OU DESTRADUZIDO EN LA FRONTERA SELVAGEM

Kuando naci non había ningum anjo tuerto nim recto nim de la luz nim de la sombra que me disesse: Avanti, Douglas Diegues, vai ser feliz, porque esse es el sentido de la vida. (...) Frontera frontera delirante frontera Se yo me llamasse Carlos Drummond de Andrade non seria nem uma rima nem uma soluzión. Frontera frontera delirante frontera mais delirante es mio korazón.

Yo non debía dizer pero hoy non hay luna nim nada para beber y quase nadie se comueve mais com puerra ninguma.

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