TRANSPARÊNCIA, QUALIDADE E CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL NO ADN EMPRESARIAL
Olga Konovalova, CEO Multi Windows
TRANSPARÊNCIA, QUALIDADE E CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL NO ADN EMPRESARIAL
Olga Konovalova, CEO Multi Windows
Competitividade é um conjunto de ações cujo objetivo é potencializar os resultados dos negócios e tornar a empresa um dos players mais importantes do setor onde atua.
A competitividade de uma empresa depende da sua capacidade para colocar no mercado produtos e serviços que atendam aos padrões de qualidade dos mercados locais e mundiais a preços competitivos e proporcionam rendimentos face aos recursos utilizados ou consumidos na sua produção. Cada vez mais, as empresas necessitam de ter uma visão abrangente do mercado, estando dispostas a apostar numa presença global, na criação e desenvolvimento de produtos e serviços inovadores, na criação de marcas credíveis, em canais de distribuição adequados e com elevada presença digital.
Seguindo esta lógica, nesta edição, a Revista Business Portugal reafirma a sua identidade e essência, levando até si exemplos inspiradores de empresários e empreendedores que continuam a investir numa cultura orientada para a qualidade, inovação e competitividade. A Revista Business Portugal estará aqui para continuar a dar voz aos exemplos que nos têm inspirado a fazer cada vez mais e melhor!
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Na indústria de janelas e portas em PVC, a Multi Windows, liderada por Olga Konovalova, é um exemplo de sucesso. Nesta entrevista, com a CEO da empresa, mergulhamos nas conquistas da Multi Windows, líder no mercado de janelas PVC e alumínio. Olga compartilha como a Multi Windows enfrentou desafios internos em 2020, resultando na modernização da empresa e uma nova visão. Com foco na qualidade e inovação, a Multi Windows utiliza tecnologia de ponta para fabricar produtos de alta qualidade e personalizados. A tecnologia V-Perfect destaca-se pela estética e resistência. A preocupação com a sustentabilidade é evidente nas iniciativas da empresa, já a sua cultura organizacional é pautada pela transparência e honestidade, valores que permeiam o atendimento ao cliente. A liderança inspiradora de Olga Konovalova guia o caminho da Multi Windows, demonstrando que a determinação e a procura constante pela aprendizagem podem transformar desafios em oportunidades excecionais.
A Multi Windows é reconhecida pela sua história de sucesso no mercado de janelas PVC e alumínio. Poderia partilhar um momento-chave ou decisão estratégica que contribuiu significativamente para o crescimento da empresa ao longo dos anos?
Penso que o momento-chave que define o crescimento da empresa nos últimos anos foi a decisão de ir à luta. Como sócia investidora da Multi Windows, ao “auditar” a empresa em 2020 apercebi-me que um dos gerentes de então estava com práticas desonestas e fraudulentas para com os seus pares, colocando em risco esse investimento. Após as devidas diligências legais tornei-me a única proprietária da Multi Windows no final de 2020, procedemos à consolidação de processos, investimos na modernização da maquinaria e sistemas de controlo desenvolvidos de raiz e adaptados à minha visão, aliados à construção de uma equipa totalmente
nova desde a direção de departamentos aos operacionais. Lutar foi o momento-chave.
Uma das razões para trabalhar com a Multi Windows é o compromisso com a qualidade e inovação. Quais são algumas das tecnologias e métodos de produção que a empresa utiliza para garantir essa qualidade? Quais os benefícios que os clientes podem esperar?
Utilizamos a mais recente tecnologia de fabrico de caixilharia em PVC e Alumínio, para produtos retos e curvos, com centros automatizados que permitem o rigor das dimensões, maquinaria de soldagem em PVC que permite um produto diferenciado da concorrência tanto na resistência estrutural bem como estética. A inovação também está presente nos produtos curvos, devido ao nosso
investimento em maquinaria que permite curvar PVC e Alumínio com maior velocidade e qualidade face aos métodos tradicionais. Os benefícios deste investimento tecnológico são evidentes maioritariamente na redução de prazos de entrega e qualidade do produto final.
A Multi Windows destaca a importância de ser uma empresa com produção própria. Como o controlo total do processo de fabricação influencia a capacidade da empresa de atender e satisfazer as necessidades dos clientes e manter altos padrões de qualidade?
O facto de sermos produtores permite que os clientes empresariais e particulares tenham o produto que procuram. Raramente os pedidos são standard, e ter produção própria permite-nos criar a solução que os clientes pretendem, à medida. O controlo total do abastecimento da matéria-prima ao fabrico, permite garantir que os prazos são cumpridos sem perder qualidade. Seria efetivamente mais simples se fosse fabricar produtos padronizados em série «risos», mas a realidade é que não fazemos duas obras iguais nas suas dimensões e particularidades.
A empresa é conhecida pela sua atenção à funcionalidade e aparência dos seus produtos. A tecnologia V-Perfect é um diferencial importante para a Multi Windows. Como essa tecnologia impacta o desempenho das janelas tanto em termos de estética como funcional? Como as janelas da Multi Windows se diferenciam das outras opções no mercado?
Visualmente, são muito diferentes das janelas PVC tradicionais. Uma esquadria limpa, invisível nos perfis em cor, que outro tipo de maquinaria não permite. Funcionalmente, existem vantagens na consistência das soldaduras que lhes confere uma maior resistência. Aliado à ferragem alemã de alta qualidade, as estruturas que produzimos simplesmente funcionam como se pretende.
Sabemos que a Multi Windows tem um compromisso com a sustentabilidade e o meio ambiente. Quais iniciativas ou práticas a empresa adota para minimizar o seu impacto ambiental ao longo do ciclo de vida dos seus produtos?
Temos tomado medidas de economia circular junto dos nossos fornecedores de matéria-prima, com o objetivo de reciclar material que de outra forma seria desperdiçado para o meio ambiente. Temos também alterado processos para a redução máxima do consumo energético, gasto de papel, e outros consumíveis recicláveis.
A Olga é uma líder inspiradora no campo empresarial. Poderia compartilhar algumas das suas próprias experiências e desafios como CEO da Multi Windows, e como inspira a sua equipa a alcançar os objetivos da empresa?
Pela minha maneira de ser e experiência acumulada, tenho muita vontade de aprender novas coisas e manter uma aprendizagem contínua, e isto permite-me sempre pensar na solução para um desafio, eu não vejo problemas. Esta é a minha visão. Fundamentalmente, é importante que todos estejam alinhados com a nossa visão e objetivo. Existe um propósito na cultura empresarial que sublinha o crescimento de cada um e de todos, e as medidas organizacionais que têm sido tomadas tornam esse crescimento orgânico, e um colaborador sente que está a contribuir para o seu próprio crescimento e para o crescimento de todos
A Multi Windows tem uma forte ênfase no serviço sincero e na proximidade com os clientes. Como a empresa mantém essa cultura e quais são os principais princípios que orientam o relacionamento com os clientes?
Transparência e honestidade. São soft skills importantes, no fundo são valores basilares para uma convivência em sociedade, não apenas nos negócios. Prezamos por recrutar pessoas com este perfil. Ao recrutar com base nos valores humanos o atendimento ao cliente está resolvido à partida.
Considerando os 12 anos de experiência da Multi Windows e o seu papel como líder de mercado, quais são os principais desafios que a empresa enfrenta atualmente e como planeia superá-los?
Atualmente temos dores de crescimento!! «risos» - Mas faz parte, o foco neste momento está no investimento, e a certeza de que esse investimento irá suportar a expansão. É um exercício delicado, saber quando é que um passo é maior que a perna, mas acredito que com a equipa que temos iremos superar os desafios que nos irão permitir crescer, sem perder a essência que nos define atualmente.
Sendo engenheira e líder na CONSULGAL, pode partilhar um pouco sobre o seu percurso profissional ao longo dos anos? Quais foram os desafios e realizações mais significativos que moldaram a sua carreira até ao momento?
Após concluir a minha formação na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, iniciei a minha carreira na indústria farmacêutica em Portugal, que me permitiu desenvolver competências técnicas e um conhecimento profundo dos desafios associados à produção e regulamentação dos produtos farmacêuticos. No entanto, há cerca de 13 anos que estou em Moçambique a explorar novas oportunidades no mercado de engenharia. Esta mudança foi sem dúvida um desafio significativo, envolvendo a adaptação a novos ambientes de trabalho e cultura diferente. Os maiores desafios foram a necessidade de compreender e lidar com as particularidades do mercado, relacionado essencialmente com as infraestruturas, os recursos disponíveis bem como regulamentações locais e estabelecer relações sólidas com as partes interessadas locais, incluindo clientes, autoridades governamentais e parceiros de negócio. A responsabilidade de liderar a delegação da CONSULGAL em Moçambique é um desafio gratificante, pois envolve a coordenação e a motivação de uma equipa técnica local, com o propósito de alcançarmos objetivos comuns, conjugando sempre empatia, resiliência e compromisso.
A CONSULGAL é uma empresa com uma presença internacional diversificada. Quais os principais serviços e áreas de atuação da CONSULGAL, e como a empresa contribui para o desenvolvimento de projetos em diferentes geografias?
A CONSULGAL oferece uma ampla gama de serviços e atua em várias geografias – Angola, Brasil, Bulgária, Cabo Verde, Líbia, Macau, Moçambique, Peru e Roménia. Contribui para o desenvolvimento de projetos em diferentes áreas, fornecendo serviços de engenharia civil, que abrange o projeto e gestão de infraestruturas como estradas, pontes, portos, aeroportos, edifícios, desde o planeamento até
Da indústria farmacêutica em Portugal à liderança na CONSULGAL em Moçambique, Vera Rodrigues guianos pela sua trajetória profissional, repleta de desafios superados e conquistas notáveis. Com uma presença diversificada em várias geografias, a CONSULGAL destaca-se pelo compromisso com a qualidade, ética e transparência, valores que se refletem na liderança inspiradora de Vera Rodrigues.
à execução e supervisão. A CONSULGAL adapta as suas soluções às necessidades específicas de cada região e colabora de perto com as partes interessadas locais. Promovemos a capacitação local, transferindo o conhecimento técnico para as comunidades onde operamos, contribuindo para um desenvolvimento sustentável global.
Os valores e a missão da CONSULGAL destacam a importância da confiança, ética e responsabilidade social. Como estes princípios orientam as operações da empresa e a relação com os clientes num mercado global?
A CONSULGAL estabelece e mantém a confiança com os seus clientes através da entrega consistente de serviços de alta qualidade, do cumprimento de prazos e orçamentos, e da transparência em todas as etapas do projeto. A ética é um princípio fundamental que guia as ações da CONSULGAL, que atua com integridade, respeitando padrões éticos rigorosos. A responsabilidade social é uma parte essencial da cultura da CONSULGAL, que inclui práticas sustentáveis, minimização do impacto ambiental dos projetos e adoção de práticas comerciais socialmente responsáveis. No mercado global, estes
valores são essenciais para construir relacionamentos duradouros e bem-sucedidos com clientes de diversas culturas e origens.
A indústria da engenharia está em constante evolução. Quais são algumas das inovações e tendências que acredita que moldarão o futuro do setor, e como a CONSULGAL se está a preparar para essas mudanças?
A CONSULGAL está a adaptar as tendências e inovações, investindo em capacitação e tecnologia, estabelecendo parcerias estratégicas para desenvolver às crescentes necessidades do mercado. O uso de tecnologias avançadas de modelagem e simulação, como o BIM, na qual a CONSULGAL tem investido ao longo da última década, revela-se agora fundamental com a publicação da Lei n.º 50/2023, de 28 de agosto. Além disso, a CONSULGAL tem já um historial relevante de participação em projetos de investigação, inovação e desenvolvimento nos últimos 20 anos, financiados pela
Comissão Europeia, no âmbito dos quais teve a oportunidade de desenvolver várias soluções que visam a digitalização da indústria da construção. O mais recente desses projetos foi o Zero Defects Manufacturing Plataform, um marketplace de aplicações para a indústria onde figuram aplicações concebidas pela CONSULGAL para a Construção e que se constituem como um cluster integrador das soluções desenvolvidas ao longo destes anos. A CONSULGAL trabalha agora para juntar a estas soluções baseadas em realidade aumentada e realidade virtual, apoiadas quando justificável por inteligência artificial. Aliás, o uso de ferramentas de inteligência artificial já faz parte do dia a dia da empresa.
O tema da liderança no feminino é cada vez mais relevante. Como avalia o papel das mulheres em posições de liderança na atualidade e qual é a importância de destacar histórias de sucesso de mulheres empresárias e empreendedoras?
Nos últimos anos, tem-se verificado avanços significativos na promoção da igualdade do género nos locais de trabalho e na sociedade em geral. A presença de mulheres em posições de liderança é importante não apenas para as próprias mulheres, mas também para a sociedade em geral. A representação feminina pode inspirar outras mulheres e jovens a prosseguir em carreiras ambiciosas e acreditar que podem alcançar o sucesso independente do seu género. As mulheres trazem ao mercado experiência e pontos de vista únicos para a liderança, o que pode levar a soluções mais criativas e abrangentes para os desafios empresariais e sociais. Ao destacar histórias de sucesso femininas podem-se criar redes de apoio que promovem o desenvolvimento de líderes femininas e ajudam a enfrentar a escassez de modelos e mentoras a seguir. É fundamental para inspirar, capacitar e promover a mudança em direção a uma liderança mais inclusiva e diversificada.
Joana Monteiro transformou medos em coragem e encontrou a sua paixão no empreendedorismo. Com uma carreira marcada por passagens em algumas multinacionais, decidiu dar um passo ousado, assumindo a gestão da Hexa People, uma empresa de recrutamento especializada em tecnologia, focada na missão “Make it Personal”.
Joana Monteiro, apesar de desempenhar um cargo de liderança, não olha para si como alguém influente no setor, mas sim como alguém que conseguiu traçar um caminho que a fez chegar onde está hoje. A decisão de se aventurar como empreendedora, assumindo o comando da Hexa People, não foi tomada de ânimo leve. Depois de ter desempenhado funções na área de Recrutamento na L'Oréal e no Lidl Portugal, a transição para a gestão da sua própria empresa parecia distante. O medo do fracasso e a estabilidade financeira oferecida pelo emprego convencional eram fatores que pesavam na sua mente. No entanto, o ano de 2020, com a pandemia do Covid-19, trouxe reflexões profundas. A vida remota permitiu-lhe uma harmonização mais eficaz entre a sua vida pessoal e profissional, incentivando-a a repensar o seu caminho. Com dois filhos pequenos e um desejo de dedicar mais tempo à família, Joana tomou a decisão de fazer uma pausa na sua carreira durante 2022
e, finalmente, abraçou o empreendedorismo ao unir-se ao Hexa Group para criar a Hexa People.
“Após muita ponderação e algumas conversas em casa, decidi então que o melhor era fazer uma pausa na carreira, dedicar-me 100% aos filhos, à família, pensar qual é que poderia ser o próximo passo a dar e é nessa altura que volta outra vez a afigurar-se uma possibilidade cada vez mais exequível de poder ter a minha própria empresa”, explica Joana.
A Hexa People nasceu da necessidade de fornecer serviços de recrutamento e seleção especializados na área da tecnologia, dentro do Hexa Group. Joana aponta que o que diferencia a empresa é a sua especialização em tecnologia da informação, apoiada por uma equipa exclusivamente especializada na área, e isso garante uma resposta mais rápida e precisa às necessidades dos clientes. Para a Diretora-Geral, o balanço da empresa até agora tem sido positivo com a conquista
de importantes clientes em diversos setores como bancos e serviços, farmacêutico e automóvel. O seu crescimento sustentável, trabalhando com parceiros que partilham os mesmos valores, destaca a importância de uma estratégia sólida e de parcerias significativas no setor do recrutamento.
“Temos apostado num crescimento sustentável, trabalhando com parceiros que também eles partilham dos nossos valores, […] prevemos aqui conseguir terminar o ano alcançando o objetivo de faturação ao qual nos propusemos perante o grupo e, portanto, o balanço é positivo até agora”, clarifica.
Um dos compromissos da Hexa People tem por base o claim “Make it Personal”, que procura tornar cada relação mais pessoal e significativa. Outro dos pilares está assente nas pessoas, combinando tecnologia com a experiência da equipa, para encontrar os candidatos ideais para os seus parceiros. O objetivo é encontrar o equilíbrio certo, garantindo que os talentos se encaixem não apenas nas competências técnicas, mas também na cultura empresarial. A visão de futuro da Hexa People é ser significativa e ter impacto na vida dos seus colaboradores, candidatos e parceiros.
“Eu acredito que enquanto empresa de recrutamento, temos o dever de utilizar a nossa posição de mercado para promover estratégias de contratação apoiadas em princípios de diversidade e inclusão”, salienta a Diretora-Geral.
Joana, tendo por base a sua experiência na área, partilha estratégias que considera importantes para liderar na área do recrutamento. Essas estratégias podem ser aplicadas a qualquer líder, independentemente do género e são aplicáveis a todos os níveis hierárquicos; são elas a crença no propósito do negócio, o rodear-se de equipas confiáveis e a transparência. Além disso, salienta a importância de se livrar da “síndrome do impostor”, um desafio que muitas pessoas enfrentam. Acreditar em si mesmo e procurar apoio através do coaching ou terapia pode ajudar a superar esse obstáculo e a alcançar os seus objetivos profissionais. “Eu diria que atuo aqui muito numa lógica de partilha, de transparência e de honestidade para com as minhas equipas e creio que estas três características são ou têm sido transversais ao longo do meu percurso”, confessa.
Joana, embora nunca tenha sentido algum tipo de discriminação, afirma que as mulheres desempenham um papel fundamental na promoção da diversidade e inclusão nas organizações. Destacando que, ainda que as mulheres tenham progredido em muitos aspetos, ainda há desafios a superar, especialmente em setores onde a igualdade não é alcançada; afinal, há fatores biológicos que não se podem ultrapassar (e.g. maternidade) e também fatores sociais que ainda estão vincados em algumas áreas. Contudo, observa um aumento na conscientização das empresas sobre a importância de dar suporte às diferentes necessidades das mulheres nas suas carreiras. Joana incentiva as mulheres a projetar carreiras que levem em consideração as experiências que enfrentaram e a criar oportunidades para outras mulheres. “Acho que os desafios são efetivamente o tempo, a capacidade de escolha, de decisão, o suporte que há para isso e as oportunidades vêm efetivamente do próprio mercado e de aproveitar no fundo esta tendência que nós temos ou que nós observamos mais, digamos, desperta para estas questões”, afirma. Joana Monteiro sente-se privilegiada por ter o apoio familiar necessário para equilibrar a sua vida pessoal e profissional. A mãe e empresária acredita que encontrou o modelo de trabalho ideal ao criar uma empresa “remote-friendly”, que permite a autonomia na gestão do tempo.
“Eu diria que atuo aqui muito numa lógica de partilha, de transparência e de honestidade para com as minhas equipas e creio que estas três características são ou têm sido transversais ao longo do meu percurso”
A Wine Crush, fundada por Cláudia Paiva há cerca de um ano, surgiu como uma resposta à necessidade de transformar e energizar o setor do vinho. Com 18 anos de experiência no setor vitivinícola, Cláudia Paiva percebeu a urgência de profissionalizar o setor e de oferecer um serviço de consultoria de negócio e comunicação especializado.
Assim, de uma oportunidade de negócio, nasceu a Wine Crush, uma empresa especializada em soluções integradas que vão da estratégia à comunicação, para produtores, adegas cooperativas e demais stakeholders
“A Wine Crush nasce de uma vontade muito grande de energizar o setor do vinho e do turismo. Procuramos ajudar as empresas a criar valor para o seu negócio, trabalhando em duas áreas distintas: a consultoria estratégica e a comunicação. O nosso trabalho passa por ajudar a construir novos caminhos,
Há um ano, Cláudia Paiva dá inicio a um projeto que veio revolucionar o setor do vinho. Assim nasce a Wine Crush. Com uma equipa especializada, criativa e com muita vontade de fazer acontecer, que oferece ao setor do vinho um serviço integrado 360! Numa entrevista exclusiva, a CEO partilhou a sua visão sobre liderança feminina, os desafios da sua jornada e os planos futuros da empresa.
quer desenvolvendo planos de negócio ou planos de marketing, quer trabalhando os planos de comunicação das marcas. Nesta área de atuação o nosso trabalho passa pelo branding, packaging, marketing digital, eventos e assessoria mediática”.
Questionada sobre quais foram os principais desafios, aquando da criação da Wine Crush, a nossa entrevistada foi perentória em afirmar que a principal dificuldade foi entrar num setor tradicional e com raízes tão vincadas como é o setor do vinho, de uma forma tão disruptiva: “Para termos sucesso, tivemos de criar uma linha de comunicação que transmitisse aquilo que é a Wine Crush: Experiência aliada à inovação e à vontade de fazer acontecer”.
A liderança no feminino e o papel das mulheres nas organizações
Cláudia Paiva acredita que a ascensão das mulheres a cargos de liderança é o resultado do empenho e da vontade demonstrados, bem como da aposta constante, que as mulheres têm feito, na sua formação profissional e pessoal.
“Felizmente para as organizações, temos cada vez mais mulheres a ascender a cargos de liderança. Acredito que as mulheres pelas suas características inatas e pela sua reconhecida capacidade de trabalho fazem a diferença em qualquer organização”.
A aposta na internacionalização e no turismo
Com planos ambiciosos para o futuro, a Wine Crush já deu o seu primeiro passo na internacionalização, com a abertura da Wine Crush Angola. O próximo objetivo, passa por expandir a presença em mais mercados e explorar novas áreas de atuação dentro do setor agroalimentar e do turismo.
No final da entrevista, Cláudia Paiva assume que o primeiro ano de atividade da Wine Crush foi bastante positivo: “No final do dia, o nosso sucesso mede-se pelo sucesso do nosso cliente e pelo impacto que o nosso trabalho teve no seu negócio. Nada é mais gratificante que receber o reconhecimento de quem já trabalhou connosco”.
Carina Vicente Correia, Fundadora da CVC Advogados, partilha em entrevista à Revista Business Portugal, a sua visão de liderança no feminino, ressalvando a importância do espírito de equipa no sucesso alcançado, ao longo do seu percurso.
Como fundadora da CVC Advogados, pode partilhar a sua visão e inspiração por detrás da criação deste escritório de advogados?
Começando por explicar o motivo para abrir um escritório de advogados, a decisão foi muito simples, estar próxima dos meus filhos, porque pretendia ter a possibilidade de os levar à escola, acompanhar o seu dia a dia e por isso decidi deixar de trabalhar no centro de Lisboa e abrir um pequeno escritório na vila onde resido. E assim começou tudo.
Abri o escritório, inicialmente, sozinha tendo vindo acompanhar-me o meu antigo patrono de estágio o Dr. José Perez, a quem deixo desde já o meu grande agradecimento, porque tudo o que hoje sei a nível do Direito devo a ele e, hoje em dia, é um grande amigo.
Comecei com pouquíssimos clientes e isso assustou-me bastante, porque tinha contraído na altura um empréstimo para a abertura do escritório. Foi um início bastante difícil, o tempo que queria ter para a família acabei por não ter, para conseguir construir uma carteira de clientes suficiente para manter o escritório sozinha. Chegava a entrar bastante cedo e a sair tardíssimo já os meus filhos estavam a dormir e, assim, foi durante bastante tempo, tendo feito bastantes sacrifícios pessoais (que apenas foram possíveis pela ajuda que tive a nível de estrutura familiar). O início foi de facto muito duro, com bastante sacrifício tanto da minha parte como da minha família que são o pilar da minha vida, sem eles nada teria sido possível. Atualmente, o escritório está em crescimento e temos uma equipa extraordinária a quem devo agradecer sempre, porque sem eles não seria possível. Acredito que este espírito de equipa é o que nos define.
Considerando a interseção da sua identidade como mulher, advogada, empresária e líder, gostaria de saber como é que articula as diferentes facetas da sua vida, equilibrando os requisitos da esfera pessoal, social e profissional para alcançar um padrão eficaz de liderança num ambiente profissional dinâmico e desafiador?
Creio que enquanto mulher advogada o momento mais difícil do meu percurso foi quando, conjugando com a Advocacia, decidi candidatar-me ao TAD (Tribunal Arbitral do Desporto) que é um
mundo predominantemente de homens, até porque a maior parte dos processos no TAD são do futebol e a estatística aqui é muito matemática. A percentagem de mulheres no TAD no primeiro mandato pelo menos era uma percentagem muito menor. Tendo conseguido entrar e permanecer pelo primeiro mandato foi um privilégio, sempre conjugando esta parte da minha vida com a gestão do escritório de Advocacia e da minha vida pessoal, até porque nesta fase já tinha dois filhos (hoje em dia tenho três que são a minha vida). Nesta altura, saía muitos dias de casa para o escritório, organizava o dia e seguia para o TAD em Lisboa e do TAD novamente para o escritório, porque tinha de compensar as horas que tinha estado fora.
Dado que o cenário em que a liderança no mundo corporativo está em constante evolução, como é que vê o papel da liderança feminina na transformação desses paradigmas e na promoção da igualdade de género no ambiente empresarial?
Sinceramente, creio que hoje em dia já existe um equilíbrio muito maior em termos de igualdade de género e quero acreditar que isso se mantém para o futuro. Tenho duas filhas e um filho e acredito que eles irão ter um futuro com as mesmas oportunidades. Acredito num futuro promissor e com esperança.
Neste momento, quais são as áreas do Direito a que o vosso escritório mais se dedica?
Nos primeiros anos, praticávamos uma advocacia mais generalista e, apesar de hoje em dia, mantermos este padrão, todas as profissões têm áreas privilegiadas e nichos da atividade profissional a que dão mais atenção e a Advocacia não é diferente. Neste momento, trabalhamos mais em dois nichos de mercado, o da nacionalidade e do registo civil, o Direito Imobiliário, representando os clientes de vários países nos seus investimentos em Portugal porque, cada vez mais, existe uma grande demanda na procura de investimentos imobiliários em Portugal, e o Direito Comercial.
A representatividade é um elemento crucial para inspirar outras mulheres a ingressarem em posições de liderança. Com a sua experiência, como é que lida com os desafios da representatividade e quais são as estratégias que acredita serem eficazes para motivar e orientar outras mulheres a destacarem-se nas suas carreiras?
Acredito que qualquer mulher consegue alcançar o sucesso profissional. O que vai determinar esse sucesso são na minha opinião alguns fatores que, necessariamente, têm de ser em conjunto: o espírito de sacrifício e a determinação, a resiliência e, acima de tudo, o espírito de equipa. Quando falo de espírito de equipa, refiro-me no sentido mais amplo, tanto na equipa com quem trabalhamos diariamente, como os nossos clientes. Trabalho diariamente de pessoas para pessoas, enfrentando todos os dias os desafios e superando-os a cada segundo, envolvendo a equipa num projeto comum. Por outro lado, tendo os nossos clientes como parceiros e, essencialmente, estar sempre à distância de um telefonema com a mesma disponibilidade e transparência como no primeiro dia. Acredito que com estes fatores, todos alcançamos os nossos objetivos e sucesso profissional.
carina.perezlawyer@gmail.com
Depois de vários cargos executados em empresas, como o El Corte Inglés Portugal e o Grupo Manuel Champalimaud, a Joana decidiu assumir o cargo de Diretora de Recursos Humanos na GS1 Portugal. Quais foram os motivos que a levaram a aceitar este novo desafio?
Contextualizando esta questão, considero importante mencionar que trabalhei durante quase 17 anos no El Corte Inglés, uma grande empresa de retalho que creio ser conhecida por todos e que moldou o meu perfil profissional. Sou licenciada em Direito e cheguei a trabalhar como advogada durante dois anos, mas rapidamente percebi que o meu caminho não iria passar pela advocacia. Quando entrei no El Corte Inglés, já ingressei como Técnica de Recursos Humanos, passei por várias etapas e, com foco, dedicação e compromisso, alcancei a posição de Chefe de Pessoal da Loja de Lisboa.
A decisão de sair foi muito difícil e ponderada. Estava num impasse considerável, sair da “minha casa” que me permitiu crescer, evoluir e desenvolver, mas, por outro lado, sentia que queria mais, no sentido de conhecer outras realidades, outros métodos de trabalho, outras pessoas e evoluir tanto em conhecimento como enquanto pessoa. Todos sabemos que muitas vezes é mais desafiante sair da zona de conforto. Surgiu então uma oportunidade, e decidi aceitá-la, ingressando no Grupo Manuel Champalimaud como responsável pelo Desenvolvimento e Comunicação.
Não vou dizer que foi fácil. Foi extremamente difícil e desafiante sair de um ambiente onde dominava praticamente tudo para integrar um grupo como o Grupo Manuel Champalimaud, que engloba várias empresas, essencialmente ligadas à Indústria. Por outro lado, entrei precisamente numa fase de expansão, mudança e reorganização. É um grande grupo com uma excelente reputação, pessoas extraordinárias e um incrível potencial. Acabei por permanecer apenas quatro meses,
Joana Alves, atual Diretora de Recursos Humanos na GS1 Portugal, foi nossa entrevistada para esta edição da Revista Business. Além do seu inspirador percurso profissional, foi abordada a sua visão sobre Liderança e perspetivado o seu futuro dentro e fora do mundo corporativo.
uma vez que, por ironia do destino e de forma totalmente contrária à minha natureza, uma vez que sou uma pessoa que preza a estabilidade, recebi um convite de alguém conhecido para abraçar um projeto na GS1 Portugal Codipor. Inicialmente, estava muito hesitante em aceitar, pois sentia que estava a abandonar um projeto a meio, após 17 anos no mesmo local. No entanto, decidi, pelo menos, conhecer a GS1 e o projeto. Assim que conheci o Eng. João de Castro Guimarães, Diretor Executivo da GS1, que me apresentou o projeto, percebi que estava a entrar num ambiente verdadeiramente inspirador e, por isso, decidi aceitar. Senti que a organização se alinhava perfeitamente com o meu perfil, e, claro, foi impossível recusar a oportunidade de trabalhar num local que é uma verdadeira obra de arte concebida por Vihls. Se ainda não conhecem, convido-vos a descobrir.
Mais de 15 anos de carreira fazem de si uma atual líder influente. Quais são as características e qualidades que acredita serem essenciais para uma liderança eficaz no ambiente empresarial? Como é que as aplica na sua própria trajetória profissional?
Creio que estou em constante evolução, numa jornada de aprendizagem contínua que nos desafia a sair da zona de conforto e questionar a nossa perspetiva, sentindo constantemente uma responsabilidade imensa. Ao longo dos últimos 15 anos, participei de diversos cursos de Liderança, incluindo o curso de Gestão e Liderança da AESE, que é excelente. No entanto, quero destacar um curso que em particular teve um impacto significativo na minha jornada como líder: o Curso de Liderança Positiva na Pick Up a Star, intitulado ‘Encantar, Concretizar e Influenciar’.
Acredito que as características essenciais de um líder devem ser fundamentadas nos seguintes princípios: compartilhar informações e fornecer feedback construtivo; construir relacionamentos e estabelecer
conexões próximas; manter uma mentalidade evolutiva; delegar responsabilidades; desenvolver equipas e criar um sentido de propósito e pertença; além disso, acredito na importância da liderança situacional, conforme descrita por Blanchard. Muitas vezes, é necessário adaptar o nosso estilo de liderança de acordo com o nível de habilidade e a situação de cada colaborador.
Embora tudo isso possa soar teoricamente sólido, a prática é desafiadora. No El Corte Inglés, liderar uma grande equipa com a qual trabalhei por um longo período resultou numa sintonia quase natural. Agora, na GS1 Portugal e com uma equipa menor, enfrento o desafio de aplicar esses valores e princípios a pessoas completamente diferentes sobre as quais não tenho histórico. No entanto, acredito que os princípios fundamentais são aplicáveis: construir confiança e proximidade, delegar, supervisionar, promover o crescimento, fornecer feedback, motivar e, acima de tudo, comunicar - a comunicação eficaz é uma ferramenta poderosa.
Na GS1 Portugal Codipor, uma organização que atribui grande importância à partilha de conhecimento, estou a construir o meu percurso com base nestes alicerces. No entanto, reconheço que ainda há um longo caminho a percorrer. Compreendo que as conquistas não surgem instantaneamente e um dos valores fundamentais que um colaborador pode ter é a constância.
A GS1 Portugal realça a importância de promover uma cultura empresarial inclusiva. Como é que vê, por exemplo, o papel das mulheres na promoção da diversidade e inclusão dentro das organizações e nas empresas onde trabalham? Quais são os desafios e as oportunidades que as líderes femininas enfrentam nesse contexto?
Aqui, acredito que a GS1 Portugal é um verdadeiro exemplo. Apesar de ser uma organização pequena, destaca-se pela sua excelente estrutura e organização. Os processos estão claramente definidos, implementados e assimilados pelos colaboradores. Além disso, a organização possui um Código de Conduta e Ética profundamente enraizado. Mesmo sem obrigatoriedade, a GS1 Portugal criou um Plano de Igualdade, no qual já tive a oportunidade de participar. É interessante notar que a Direção da organização é composta por 50% de homens e 50% de mulheres, alcançando um equilíbrio notável. Atualmente, as mulheres representam a maioria dos colaboradores, com 56%.
Gostaria de destacar também a cultura de meritocracia promovida através de um bom sistema de avaliação de desempenho e de definição de objetivos. Este sistema visa principalmente reconhecer e recompensar o mérito, o cumprimento de objetivos, a identificação de talentos e o desenvolvimento de todos os colaboradores, independentemente do género.
Saliento, ainda, o sistema de equilíbrio entre a vida profissional e pessoal implementado pela GS1 Portugal Codipor, que efetivamente possibilita uma verdadeira conciliação entre a vida familiar e a profissional, um aspeto tão crucial e valorizado nos dias de hoje. A organização adotou um modelo de trabalho híbrido que permite até dois dias de teletrabalho e oferece flexibilidade na gestão dos horários, desde que se cumpram determinadas regras fundamentais para assegurar o bom funcionamento e organização do trabalho.
Neste momento, acredito que as empresas em geral estão a dedicar mais atenção a esta questão e a adotar medidas para combater as barreiras culturais e estruturais que ainda persistem.
É urgente que assumam nas suas estratégias de gestão, políticas de igualdade de género que contribuam de forma significativa para uma maior igualdade de oportunidades entre homens e mulheres.
Como é que acredita que a GS1 Portugal pode incentivar e apoiar outras mulheres a tornarem-se líderes e empreendedoras? E que conselhos daria para as mulheres que desejam destacar-se como líderes nas suas áreas de atuação?
Como mencionei anteriormente, neste contexto, acredito que a GS1 Portugal pode servir como um exemplo. Reforçamos a cultura da meritocracia, onde as pessoas são avaliadas, reconhecidas e promovidas com base no seu trabalho e dedicação, sem qualquer influência de género. A nossa preocupação em ter um plano de igualdade visa fortalecer esta filosofia que está intrinsecamente enraizada na nossa cultura e na forma como trabalhamos.
A todas as mulheres, com humildade, pois ainda tenho muito a aprender e estou a consolidar o meu papel, aconselho a serem resilientes, seguras de si mesmas, a demonstrar foco no seu desenvolvimento profissional e pessoal, serenidade, inteligência emocional e equilíbrio, e, acima de tudo, a terem muita vontade. Fico feliz por ver cada vez mais mulheres confiantes e empoderadas.
A Joana trabalha para as pessoas e pelas pessoas. O que a motiva? O que a inspira? E qual a sua perspetiva de futuro, dentro e fora da GS1 (pessoal e profissionalmente)?
O que verdadeiramente me motiva são as pessoas. Continuo a acreditar que elas são o ativo mais valioso, o maior desafio e responsabilidade de qualquer empresa ou organização. Nada me dá mais prazer do que ver as pessoas evoluírem, desenvolverem-se e progredirem nas suas carreiras. Isso não implica necessariamente ascenderem a cargos de chefia, mas sim buscarem conhecimento e melhoria contínua.
O que me inspira? Acredito que será necessário integrar e descobrir novas formas de trabalho e novos perfis profissionais. Devemos criar equipas multidisciplinares e multigeracionais, promovendo a diversidade e a igualdade, sempre com o objetivo final de alcançar resultados.
A minha visão de futuro concentra-se, sobretudo, em auxiliar o desenvolvimento de pessoas talentosas, ágeis, motivadas e comprometidas. Também estou determinada a acompanhar este mundo VUCA (Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo), que apresenta desafios imprevisíveis tanto a nível profissional como pessoal.
A GS1 Portugal é uma organização que me motiva profundamente. Possui uma estratégia muito bem definida, antecipando as mudanças com uma equipa altamente preparada e valorizando a inovação, a transição digital e a sustentabilidade. Acredito que esta organização partilha da minha convicção de que, no centro de tudo, estão sempre as pessoas: “Pessoas, sempre Pessoas”.
217 520 751
info@gs1pt.org gs1pt.org
Isabel Eufrásio, Partner da High Value, em entrevista à Revista Business Portugal, sublinha que a missão da organização está alinhada com a sua visão mais ampla de ser um fornecedor líder de soluções empresariais integradas em Portugal.
O SAP Business One é um investimento estratégico que apoia a missão e suporta a nossa visão, oferecendo ferramentas e recursos que aumentam a eficiência, a relação custo-benefício, a integração de dados, a escalabilidade e a competitividade para os nossos clientes. Vemos a parceria com a SAP como um facilitador fundamental para ajudar as empresas a atingir os seus objetivos e prosperarem num cenário de negócios em rápida mudança, permitindo-nos focar no cliente e nos seus processos de negócio. Suportados pela solução do maior líder mundial do software empresarial, podemos assim concentrar o nosso foco nos processos do cliente e gerar real valor acrescentado às suas empresas. A visão da HighValue de se tornar uma referência qualitativa no mercado português tem sido alcançada através de uma combinação de experiência, personalização, formação ao cliente, suporte excecional, melhoria contínua, especialização da indústria e práticas comerciais éticas. Ao entregar valor de forma consistente e
Conduzida por Cláudia Oliveira e Sandra Baião, a BRAVA Properties destaca-se pela abordagem humanizada e empática no mercado imobiliário, refletindo-se nas interações com clientes e colegas, assim como nos serviços suplementares que contribuem para “negócios felizes”.
A BRAVA Properties destaca-se pela sua abordagem humanizada e empática no mercado imobiliário. Como esta filosofia se reflete nas interações com os seus clientes e colegas?
Para nós não há outra abordagem possível, porque o nosso trabalho envolve áreas muito importantes da vida das pessoas. Sabemos que se trata de um negócio, mas é um negócio de pessoas para pessoas, por isso consideramos que a fórmula para o sucesso é procurar a felicidade de todos os envolvidos: equipa, parceiros e clientes. Esta abordagem tem-nos trazido muito feedback positivo tanto de clientes, como de colegas de outras agências com quem fazemos parcerias. Apesar de termos pouco mais de um ano, temos conseguido criar uma notoriedade muito positiva na nossa área de atuação que vai de Vila Real de Santo António a Lagoa com especial relevância nas zonas de Vilamoura, Loulé, Albufeira, Armação de Pêra e Olhão.
Além da mediação imobiliária, a BRAVA Properties oferece serviços suplementares aos clientes. Como esses serviços contribuem para a realização de “negócios felizes”?
Acreditamos que para a mediação imobiliária acontecer é necessário conhecer cada cliente, perceber as suas necessidades e motivações. Por isso, não deixamos uma chamada por devolver, um email por responder nem nenhuma questão sem solução. Este serviço completo e personalizado é possível, porque garantimos que os clientes na BRAVA Properties não têm de ser preocupar com nenhum processo formal - a nossa equipa juntamente com parceiros, facilita toda a logística da mediação, apoia na obtenção de crédito à habitação, bem como proporciona apoio jurídico
sempre que necessário. Desta forma, aliviamos os clientes e todo o processo se torna mais leve e fácil para eles, e por isso, mais feliz para todos!
A BRAVA Properties valoriza o empoderamento feminino e o apoio a comunidades diversas. Como a empresa implementa esses valores na sua cultura organizacional e práticas de negócios?
A própria BRAVA Properties é fruto do empoderamento de duas mulheres! A BRAVA nasceu da nossa perseverança e vontade de fazer algo diferente.... Acreditamos na diversidade e pluralidade dos ambientes como uma força para a nossa equipa. A nossa cultura é de total inclusão de todas as pessoas, porque todas são especiais e importantes, independentemente, das particularidades de cada um, para nós, todos merecemos o mesmo respeito, atenção e empatia desde o primeiro momento. Estes valores são a raiz da BRAVA, tanto na dinâmica da equipa como no tratamento dos clientes e parceiros, é algo que faz parte da nossa génese e faz parte do nosso dia a dia de forma natural.
A visão da BRAVA Properties é fazer parte de uma nova geração de agências imobiliárias mais humanizadas e sustentáveis. Quais são os principais desafios e oportunidades que a empresa antevê nesse caminho e como planeia alcançar essa visão ambiciosa?
A grande oportunidade da nossa visão é acreditarmos que podemos, de facto, contribuir para uma nova abordagem no mercado imobiliário que se preocupe mais com a felicidade de todos os envolvidos, do que apenas com a rentabilidade de cada negócio. A felicidade deveria ser o nosso principal indicador de sucesso nas várias áreas da nossa vida, por isso, para nós, no trabalho não podia ser diferente. É desafiante sim, porque este mercado é, principalmente, movido por interesses monetários, que nem sempre se alinham com os nossos valores. Ainda assim, mantemos a nossa convicção e tentamos praticar a nossa visão no dia a dia, com cada cliente, colega ou parceiro, mantendo os nossos valores evidentes e coerentes na nossa conduta. Não se trata, portanto, de uma visão aspiracional, mas sim, o que nos guia e praticamos todos os dias!
Nas próximas semanas, o Parlamento deverá iniciar a discussão da alteração dos Estatutos das Ordens Profissionais. Estas alterações, a concretizarem-se, não contribuirão em nada para a melhoria das condições de vida das pessoas e para o desenvolvimento do país. Era uma alteração desnecessária e incompreensível.
A revisão estatutária da Ordem dos Médicos (OM) decorre da Lei-Quadro das Ordens Profissionais, aprovada em dezembro de 2022 pela Assembleia da República, que prevê mudanças sem precedentes para o funcionamento das Ordens. Este preceito legal introduz elementos gravosos para a OM, uma vez que interfere com sua capacidade de regular a profissão e impede o desenvolvimento da sua missão primordial: a defesa da qualidade dos cuidados de saúde, a segurança dos doentes, a formação médica, a autorregulação da profissão e o estabelecimento regulamentar de normas de atuação.
Na perspetiva da OM, a Lei-Quadro compreende três aspetos problemáticos, que importa sublinhar.
Primeiro, a criação do Conselho de Supervisão e a obrigatoriedade de 60% dos seus membros serem não-Médicos. O Conselho de Supervisão terá poderes sobre as direções nacional e regionais, e sobre os órgãos técnicos e disciplinares da OM. Trata-se, claro, de uma intrusão inadmissível do poder político na atividade técnico-científica e de regulação da profissão que o próprio Estado delegou na Ordem dos Médicos. É fundamental a Ordem dos Médicos manter a sua independência e autonomia face a qualquer pressão externa, política, económica, financeira, ou outras, para poder contribuir para o desenvolvimento e melhoria dos cuidados de saúde. A intenção da Lei-Quadro é prejudicar, e até eliminar esta independência absolutamente fundamental.
Em segundo lugar, a Lei-Quadro prevê a criação de um Provedor do Doente da Ordem dos Médicos, o que, à partida, pareceria uma decisão acertada. Mas, e inexplicavelmente, o cargo pode ser desempenhado por qualquer pessoa, com uma exceção: ser médico! Ora, se existe a intenção de instituir a figura do Provedor do Doente da Ordem dos Médicos, este terá de ter conhecimentos aprofundados na área da medicina, uma vez que será ele a intervir,
precisamente, em matérias de atividade médica ao nível técnico e científico. O Estado confere à OM o poder de defender a qualidade dos cuidados de saúde, por outro lado impede que o Provedor seja Médico, é que é uma manifesta incongruência.
Por último, a Lei-Quadro impõe a presença de não-Médicos nos Conselhos Disciplinares da OM. Estes órgãos, dotados de autonomia e funções próprias, analisam matérias muito sensíveis e de uma grande diferenciação técnica. A introdução de pessoas externas à profissão médica no seu seio é irracional. Como é que uma pessoa não-médica, terá competência para analisar e decidir sobre matérias diretamente ligadas ao exercício da profissão e às leges artis? Não exercendo medicina será muito difícil analisar ou tomar decisões sobre processos que exigem um conhecimento pericial aprofundado.
Estes três pontos, entre outros, merecem a nossa total oposição.
A alteração do Estatuto da OM preocupa-nos e deve preocupar toda a população. Ela abre porta a uma intromissão desproporcional, numa atividade de regulação que devia continuar a ser independente de intervenção ou pressões externas. Não encontramos nenhum benefício neste novo enquadramento estatutário.
No entanto, fruto da intervenção da OM foram, foram introduzidos alguns aspetos relevantes. A consagração da Lei do Ato Médico, resultado de longa negociação entre a OM e o Governo, era uma reivindicação há muito reclamada pelos médicos. Trata-se de um instrumento muito importante para oferecer mais segurança às pessoas, impedir o charlatanismo, proibir a prática de atos a profissionais não diferenciados e que não estejam devidamente habilitados.
Esta direção desenhou um caminho claro: modernizar a Ordem, unir os médicos e defender a qualidade dos cuidados de saúde. Mesmo com as tentativas de instrumentalização política, não nos desviaremos do rumo traçado. A qualidade da prestação de cuidados de saúde, a segurança dos utentes e o respeito pela dignidade dos Médicos assim o exigem.
O farmacêutico é um profissional especializado no medicamento e desempenha as mais variadas funções dentro do circuito medicamentoso. Intervém enquanto especialista em análises clínicas, em áreas assistenciais e de prestação de cuidados de saúde diferenciados.
Os farmacêuticos exercem a sua atividade em áreas clássicas como farmácia comunitária local onde os portugueses se deslocam quando têm um problema de saúde, sendo habitualmente os farmacêuticos comunitários o primeiro ponto de contacto entre o cidadão e o sistema de saúde. Nestes locais prestam serviços como a promoção da literacia em saúde, dispensa de medicamentos e transmissão de informações de utilização, ensino e avaliação da técnica de utilização de dispositivos médicos; administração de medicamentos injetáveis e vacinas fora do plano nacional de vacinação, aconselhamento, acompanhamento e encaminhamento da pessoa com doença para o médico de família ou especialidade, quando pertinente, entre outras.
Dia Nacional do Farmacêutico
No dia 26 do passado mês de setembro assinalou-se o Dia Nacional do Farmacêutico. Este dia tem um significado especial para todos os farmacêuticos portugueses. Em Portugal, desde 1989, a data foi adotada como o Dia Nacional do Farmacêutico, que no calendário litúrgico romano corresponde ao dia de São Cosme e São Damião, os santos padroeiros da profissão Farmacêutica. Desde então, a Ordem dos Farmacêuticos assinala a efeméride com a realização de várias atividades e iniciativas marcadas pelo convívio e confraternização entre colegas e pela valorização do papel destes profissionais de saúde na sociedade.
As comemorações do Dia do Farmacêutico são organizadas todos os anos, de forma rotativa, pelas três Secções Regionais da OF e envolvem várias outras ações em diversos pontos do País, muitas das quais de farmacêuticos a título individual ou de outras organizações e associações setoriais.
A Sessão Solene do Dia do Farmacêutico de 2023 foi organizada pela Secção Regional do Norte da Ordem dos Farmacêuticos (SRN-OF). A cerimónia decorreu no dia 26 de setembro na Sede da SRN-OF, na cidade do Porto, e, ao longo da Sessão, vários farmacêuticos e
estudantes do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas (MICF) foram homenageados com a entrega de Medalhas de Honra, Medalhas de 50 Anos de Profissão e Prémio Sociedade Farmacêutica Lusitana. Cumpriu-se assim, uma vez mais, uma tradição com mais de três décadas da OF ao homenagear os farmacêuticos com meio século de licenciatura e de dedicação à profissão assim como distinguir os alunos que obtiveram classificações mais elevadas nos Mestrados Integrados em Ciências Farmacêuticas
Farma World
No dia boa transformou-se no ponto de encontro de todos os Farmacêu ticos e profissionais de Farmácia. evento que conseguiu atrair o melhor de vários mundos: inovação, negócios e soluções, convívio e partilha de conhecimento entre farmacêuticos, indústria e distribuição. Um espaço privilegiado para a relação entre diver sos players
Prémios Almofariz
Os Prémios Almofariz, uma iniciativa anual da revista FAR MÁCIA DISTRIBUIÇÃO, são a celebração da Farmácia, constituindo um espaço privilegiado para a relação dos diversos elementos do meio farmacêutico como intervenientes funda mentais da Saúde Pública.
Atribuídos pela primeira vez em abril de 1995, os Almofariz, uma iniciativa anual da revista FARMÁCIA DISTRI BUIÇÃO, compreendem 11 categorias: Medicamento NSRM do Ano; Produto de Dermocosmética do Ano; Anúncio Profissional do Ano; Produto do Ano; Laboratório do Ano; Projeto do Ano; Farmácia do Ano; Farmácia Hospitalar do Ano; Intervenção na Comunidade; Figura do Ano e Prémio Especial Carreira (de carácter excecional).
Os Prémios Almofariz no setor farmacêutico, premiando as iniciativas e a inovação da indústria farmacêutica, mas também os farmacêuticos e os seus projetos mais relevantes.
Em 2023, a grande festa das farmácias e dos farmacêuticos entra na sua 29ª edição, numa cerimónia que se realiza no dia 24 de outubro, no Salão Preto e Prata do Casino Estoril.
Contamos consigo para encontrar novas formas de promover a saúde e bem-estar da sua comunidade?
• Farmácias Comunitárias (Individual ou em Grupo de Farmácias)
• Farmacêutico(s) a título individual ou coletivo
• Estudantes do 4º ou 5º ano do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticos
Projetos Inovadores Em Conceito / Em Desenvolvimento
Projetos que estejam ainda na fase de conceito ou numa fase inicial de desenvolvimento, ainda sem resultados:
1º PRÉMIO 7.500€
+Formação da CATÓLICA-LISBON
2º PRÉMIO 2.500€
+Formação da CATÓLICA-LISBON
Projetos Inovadores Já Desenvolvidos
Projetos que tenham sido implementados pelos candidatos, em que existem já alguns resultados do seu lançamento (incluindo projetos piloto)
1º PRÉMIO 7.500€
+Formação da CATÓLICA-LISBON
2º PRÉMIO 2.500€
+Formação da CATÓLICA-LISBON
Saiba Mais
Uma iniciativa Parceiros institucionais
Quando se referem a obstipação, a maioria das pessoas reporta-se a defecações pouco frequentes, a “prisão de ventre”, a dificuldade de expulsão das fezes ou a uma sensação de esvaziamento após ter defecado. Este é o senso comum. Em termos médicos, um paciente é obstipado se tiver menos de três defecações por semana. O problema é considerado grave se ocorrer menos de uma defecação por semana.
A obstipação aguda (de início recente) é distinta da crónica (de longa duração). Os “hábitos intestinais” são variáveis de indivíduo para indivíduo e a preocupação deve acontecer quando existe uma modificação recente e com agravamento progressivo.
• A obstipação é uma doença que não mata, mas mói. Devemos conviver com o nosso intestino. Temos de viver com ele!
• Uma história clínica e o exame médico fazem o diagnóstico da maior parte das situações. Alguns exames só serão necessários em casos especiais.
• Na maior parte dos casos, o alívio dos sintomas e a profilaxia da obstipação conseguem-se seguindo recomendações muito simples:
• Alimentação variada;
• Beber muitos líquidos;
• Fazer exercício físico;
• Recorrer temporariamente a laxantes.
Este problema pode ter origem em duas situações distintas: atraso da movimentação das fezes no intestino grosso (cólon) ou atraso na saída do recto.
As causas podem ser variadas: medicação, alteração no estilo de vida ou na dieta, alterações hormonais, doenças do intestino ou alterações funcionais, doenças do sistema nervoso ou disfunção do pavimento pélvico.
Em qualquer altura da vida quase toda a gente tem períodos de obstipação e as razões são várias e por vezes múltiplas; como alterações na alimentação (menos fibras, menos líquidos, menos fruta, mais gorduras), menos exercício físico, mais sedentarismo, viagens ou estadias fora do seu ambiente habitual, gravidez, cirurgias, entre outras.
A maior parte são situações mais ou menos transitórias e que não são graves. Também algumas doenças, assim como alguns medicamentos, podem ser causa de obstipação.
Existem vários exames básicos que podem ser realizados para diagnosticar obstipação.
O tratamento da obstipação deve ser faseado de acordo com a resposta do doente. Numa primeira fase o paciente é aconselhado a aumentar em 50 por cento a quantidade de fibras na dieta. Pode também modificar o tipo de fibras, tomar laxantes de lastro (psílio). Nos casos em que é necessário recorrer aos laxantes, recomenda-se o uso de laxantes estimulantes, derivados de plantas (sene, cáscara sagrada, aloé) ou de contacto (bisacodilo, picosulfato).
O recurso aos osmóticos (polietinoglicol, lactulose, leite de magnésia) é também uma das soluções.
Quando existem alterações na defecação são aconselhados supositórios ou microclisteres.
Em todo o caso, o uso temporário de laxantes, para quem pretende uma defecação mais fácil ou para quem pretende ter fezes de consistência mole (podendo, nesta aplicação, ser uti lizado noutros casos como na presença de hemorróidas, após cirurgia abdominal e anorretal, em casos de fissuras anais), é uma solução muito procurada e aconselhada pelos médicos.
O Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira implementou um projeto co-financiado pelo Sistema de Apoio à Modernização e Capacitação da Administração Pública (SAMA), do Portugal 2020, para proteção dos dados de saúde dos seus utentes, com um valor total de investimento na ordem dos 500 mil euros.
A proteção de dados de saúde dos utentes tem sido, desde sempre, uma preocupação das entidades prestadoras de cuidados de saúde do SNS. Contudo, esta preocupação tem vindo a intensificar-se não só por uma questão evolutiva de tomada de consciência colectiva, em relação ao direito de privacidade individual dos cidadãos, mas sobretudo como consequência do crescimento considerável da oferta, pelo lado dos prestadores de serviços, e da procura, por parte dos utentes, de produtos e serviços tecnológicos/digitais no setor da saúde, que assentam na desmaterialização de processos, na digitalização do acesso à informação e na introdução de novas tecnologias em dispositivos médicos de diagnóstico e terapêutica.
A transformação digital que tem sido fortemente implementada no CHUCB impõe, assim, a necessidade de adaptação das tecnologias, pessoas e processos que intervêm no ciclo de vida da informação de saúde, com natural impacto ao nível da privacidade e proteção de dados pessoais dos utentes.
Na sequência da atividade do Encarregado de Proteção de Dados (EPD) do CHUCB foram identificadas necessidades de adaptação tecnológica, humana e processual, que intervêm em todo o ciclo de vida da informação de saúde, com impacto ao nível da privacidade e proteção de dados pessoais dos utentes,
assim como a necessidade de meios técnicos, que o auxiliem no desempenho das suas funções.
Num ambiente moderno e integrado de cuidados de saúde personalizados, a qualidade da informação ganha uma importância crítica, destacando-se requisitos fundamentais, tais como: Confidencialidade; Integridade; Disponibilidade; Conformidade Legal e Normativa, nomeadamente a Privacidade.
O projeto PUHealthDat@ visa capacitar o CHUCB de recursos tecnológicos capazes de assegurar a conformidade com o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados, no que concerne à existência de registo da atividade dos utilizadores dos sistemas de informação, à gestão do ciclo de vida dos utilizadores com mecanismos de autenticação forte, nos sistemas de informação e finalmente, na definição de alarmística baseada nesses mesmos registos de atividade. Desta forma, promove-se também a reorganização de processos, cuja desmaterialização implica a interoperabilidade entre Sistemas de Informação, adequados e integrados com as políticas de gestão global das TIC do SNS. Um dos objetivos do projeto visa ainda dotar o EPD de ferramentas tecnológicas, necessárias à mitigação de risco e satisfação dos requisitos legais associados ao RGPD, nomeadamente o fornecimento de evidências de suporte a auditorias neste âmbito.
Adicionalmente e também relacionado com a temática da proteção de dados de saúde dos utentes, o PUHealthDat@ permitirá a desmaterialização de vários impressos existentes, relativos ao consentimento informado, assim como o repositório dos mesmos, que passa a ser digital.
Esta operação objetiva em termos gerais a adoção de processos de melhoria contínua, que vão além da conformidade legal e normativa, nomeadamente no que diz respeito a: governança dos dados; consentimento; direitos dos titulares; e segurança no processamento, acesso e armazenamento da informação.
Os objetivos específicos têm em vista o cumprimento das principais obrigações que a SPMS identifica no seu Guia sobre o Regulamento Geral de Privacidade de Dados, designadamente: prestar informação aos titulares dos dados; obter o consentimento dos titulares para finalidades de tratamento específicas; garantir os direitos de acesso, retificação, apagamento e oposição; assegurar os direitos de apagamento, limitação do tratamento e portabilidade dos dados; implementar as adequadas medidas de segurança;
conservar os dados apenas pelo período necessário; efetuar registos das atividades de tratamento de dados; realizar “privacy impact assessments”; notificar violações de dados e de incidentes de segurança; realizar auditorias de conformidade legal e adotar políticas.
Ainda no âmbito da execução do projeto PUHealthDat@ o CHUCB realizou, no passado dia 26 de setembro, um workshop formativo para qualificar e capacitar os seus profissionais para uma prestação de serviços enquadrada com o RGPD, no qual se debateu a importância da prestação de informação para obtenção do consentimento informado e esclarecido aos utentes, enquanto direito que lhes é consagrado, antes da submissão destes a determinado ato médico, ou a qualquer ato integrado na prestação de cuidados de saúde, participação em investigação ou ensaio clínico.
A especialidade de Anestesiologia é uma especialidade transversal, que exige a envolvência dos seus colaboradores em múltiplas tarefas e funções, na maioria das vezes multidisciplinares, obrigando os Anestesiologistas a ter uma visão holística dos doentes, assim como a necessidade de uma atualização permanente, como a aquisição de vastos conhecimentos científicos integradores e competências técnicas em diversas áreas da ciência médica.
Tudo isto torna o Médico Anestesiologista o médico que mais zela pela segurança do doente. Ou seja, por outras palavras, são os Anestesiologistas os motores dos hospitais pela sua insubstituível intervenção na Medicina Hospitalar.
Nas últimas duas décadas a especialidade de Anestesiologia tem vindo a ter uma ampla expansão, adquirindo novas competências e assumindo novos desafios.
Por outras palavras, tem acompanhado a evolução médica em geral e criando laços de proximidade com os doentes.
O dar a conhecer junto dos seus pares o seu saber e junto dos doentes a sua proteção converte a especialidade de Anestesiologia num Pilar de Segurança.
Como Presidente da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia pretendo que a Sociedade científica à qual presido, esteja desde logo devotada à promoção da saúde e à defesa e concertação de todos os médicos Anestesiologistas do nosso país.
Não devemos duvidar do quão longe todos juntos podemos chegar apenas devemos manter acesa a luz dos nossos caminhos e o caminho profissional não é exceção, que passa seguramente por garantir diáriamente a aplicação das boas práticas no tratamento dos nossos doentes.
Neste Dia Mundial da Anestesiologia, dedico estas breves palavras a todos os Anestesiologistas:
“Start the day with light and smile”
O Passado, o Presente...e o Futuro? A Anestesiologia percorreu um longo caminho nos seus mais de 170 anos. Uma especialidade que prospera e triunfa no presente e continuará a fazê-lo no futuro.
A Anestesiologia somos todos nós os seus aprendizes, moldados pela sua arte e pela sua capacidade de nos fascinar.
São cada vez mais os Médicos Internos que começam a se aventurar na sua primeira página desta especialidade, e do que será um grande capítulo da sua vida.
A Secção de Internos da SPA caminhará sempre convosco. Temos como um dos objetivos primordiais fomentar o sentimento de união e a partilha de experiências que tanto necessitamos. Assim, convido-vos também a participar na próxima edição do ENIA, um evento onde é possível viver estas emoções e onde também festejamos a Anestesiologia. Pelos Médicos Internos, continuamos a trabalhar com motivação acrescida para que se eleve ainda mais a qualidade destes eventos e de outros objetivos.
Neste Dia Mundial da Anestesiologia, felicito todos os Médicos Anestesiologistas, com uma especial atenção aos Médicos Internos. Estamos cada vez mais defensores dos nossos direitos e do nosso bem-estar, mas continuamos resilientes, disponíveis e determinados à nossa causa. Guardamos boas memórias do passado, vivemos e aprendemos no presente, somos o amanhã e o futuro da especialidade. É com enorme gratidão que levaremos dentro de nós um pouco de todos os que fizeram parte do nosso percurso e com os quais partilhámos grandes momentos. Desejo-vos a todos um magnífico Dia Mundial da Anestesiologia, por todos nós!
O Dia Nacional da Luta Contra a Dor, integrado na Semana Europeia da Luta Contra a Dor, pretende despertar a consciência de forma transversal sobre a Dor enquanto doença, desde os profissionais de saúde, à comunidade científica e à população em geral. Ressalva-se o impacto multidimensional da Dor: do indivíduo com Dor, numa perspetiva holística enquanto pessoa, incluindo a sua esfera familiar e de toda a sociedade.
A Dor Aguda afigura-se como um mecanismo protetor, uma vez que pode ser a apresentação inicial de um quadro agudo de doença. Já a Dor Crónica é, em si, uma doença, com mecanismos próprios, investigação diagnóstica pormenorizada e tratamentos dirigidos.
A abordagem de um doente com Dor é uma obrigação de todos os profissionais de saúde, um direito do doente e uma aproximação à condição de fragilidade do mesmo. Do ponto de vista epidemiológico, um em cada três portugueses sofre de Dor Crónica. Desta forma, a Dor Crónica encabeça a lista de patologias incapacitantes para a atividade laboral e para o bem-estar individual e familiar, acarretando por isso um enorme custo pessoal e social.
Decorrente de uma abordagem deficitária, a Dor Crónica tende a agravar-se com o tempo, acarretando para os doentes enormes perdas. Entre elas, perda de funções motoras, cognitivas e psicológicas, muitas vezes de difícil recuperação tendo em conta o contexto etário em que tende a ocorrer. A multidimensionalidade da Dor Crónica obriga a uma abordagem multiprofissional e interdisciplinar. Médicos, psicólogos, fisioterapeutas e enfermeiros devem formar uma equipa centrada no doente.
Os médicos Anestesiologistas são os médicos do Peri-Operatório, especializados em Anestesia, Medicina da Dor e Cuidados ao Doente Crítico.
Os anestesiologistas são peritos em analgesia, inerente à sua formação: estudam a farmacologia dos analgésicos e especializam-se em técnicas loco-regionais de anestesia e analgesia. Coordenam a Unidade de Dor Aguda, cuidando dos doentes com dor aguda operatória e não operatória. A Dor é a interpretação de uma informação que pode colocar em risco a integridade do nosso corpo.
Anos de pesquisa por Anestesiologistas levaram ao desenvolvimento de procedimentos e protocolos sistematizados de intervenção em Dor, revisão de critérios de referenciação e de alta da Consulta de Dor, que tornaram as técnicas anestésicas e de controlo da dor mais seguras e eficazes do que nunca. O acesso ao tratamento da Dor é um direito humano fundamental. O tratamento da Dor aguda no pós-operatório facilita o processo de recuperação, minimiza o sofrimento do doente e evita a cronicidade da Dor.
Estima-se que cerca de 30% dos doentes submetidos a cirurgia apresentam Dor Crónica pós-operatória. Uma das grandes áreas de investigação médica é hoje em dia, exatamente essa: perceber os mecanismos que levam à cronificação da dor, e desenvolver medidas que a mitiguem. Por este curriculum de base, os Anestesiologistas integram também Unidades de Dor Crónica, que tratam doentes oncológicos e não oncológicos, com impacto importante na funcionalidade e qualidade de vida. Devemos também aqui na área da Dor defender e usar uma abordagem multidisciplinar e multiprofissional, considerada aquela que está relacionada com os melhores resultados.
Desvenda-se na frase de Mahatma Gandhi
“Com doçura pode abalar-se o mundo”
A Medicina da Dor deverá focar a sua ação no diagnóstico etiológico, para além da caracterização da Dor, permitindo um tratamento dirigido e evitando a polimedicação.
Na atualidade, a abordagem do doente com Dor Crónica não deverá ficar circunscrita à prescrição medicamentosa, por forma a evitar efeitos secundários a longo prazo e gastos, não desprezáveis, para o sistema de saúde. A abordagem precoce do doente com Dor Crónica, por uma equipa com capacidade para assegurar as vários formas de tratamento, baseadas em evidência científica, é um direito do doente e um dever de qualquer sistema de saúde.
as taxas de cisalhamento (shear stress) e depende de fatores celulares e plasmáticos. A agregação e deformabilidade eritrocitárias, dois parâmetros hemorreológicos, são os principais determinantes das características do fluxo sanguíneo e a viscosidade
Quem somos?
A Sociedade Portuguesa de Hemorreologia e Microcirculação (SPHM) é uma associação científica multidisciplinar, constituída por médicos, biólogos, bioquímicos, engenheiros e outros investigadores na área da saúde que tem interesse no estudo, desenvolvimento científico e aplicação prática dos conhecimentos sobre hemorreologia e microcirculação.
Se microcirculação é um termo totalmente conhecido e aplicado pela comunidade científica e médica, a hemorreologia tem acabado por ficar com o papel secundário. O termo hemorreologia, entendido desde 1937 como a ciência que estuda as propriedades e deformação do fluxo sanguíneo, aparece, nos dias de hoje, definido no dicionário como «ramo da Medicina». Definição esta que me parece expressar bem a importância e aplicabilidade deste conceito.
Vénula pós-capilar (diâmetro aproximado: 30 mm) da rede microvascular de mesentério de rato (Rattus norvegicus), observada por microscopia intravital de transiluminação. No interior do vaso sanguíneo visualiza-se um fluxo sanguíneo e glóbulos brancos a interagir com a parede vascular.
“A hemorreologia é ainda muito negligenciada na literatura e na prática clínica apesar da crescente investigação científica nesta área. Vários estudos demonstraram já que a viscosidade do sangue muda de acordo com
plasmática é o principal fator regulador da resistência ao fluxo na microcirculação”Professora Doutora Ana Santos Silva-Herdade Presidente da SPHM Professora Auxiliar da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Investigadora no Instituto de Medicina Molecular
A hemorreologia é ainda muito negligenciada na literatura e na prática clínica apesar da crescente investigação científica nesta área. Vários estudos demonstraram já que a viscosidade do sangue muda de acordo com as taxas de cisalhamento (shear stress) e depende de fatores celulares e plasmáticos. A agregação e deformabilidade eritrocitárias, dois parâmetros hemorreológicos, são os principais determinantes das características do fluxo sanguíneo e a viscosidade plasmática é o principal fator regulador da resistência ao fluxo na microcirculação. Sabe-se, por exemplo, que valores aumentados de viscosidade sanguínea e viscosidade plasmática estão correlacionados com fatores de risco cardiovascular. Em doenças como a obesidade e a diabetes há também uma correlação com o aumento da agregação e a diminuição da deformabilidade dos eritrócitos. E como tão importante como o diagnóstico é a prevenção, é importante realçar que mudanças no estilo de vida, como o aumento do exercício físico podem, a longo prazo, melhorar a agregação e a deformabilidade dos eritrócitos e produzir uma aptidão hemorreológica que protege contra doenças cardiovasculares.
Um olhar atento no resultado de toda a investigação desenvolvida nesta área pode, certamente, influenciar a prática clínica, com reflexos na procura de novos métodos terapêuticos. Inclusivamente, alguns dos medicamentos utilizados em determinadas situações patológicas podem revelar-se, à luz dos princípios hemorreológicos, mais prejudiciais que benéficos.
das numerosas reuniões, simpósios e congressos nacionais realizados, a SPHM recebeu a incumbência de organizar, em 1997, o 10º Congresso Europeu de Hemorreologia Clínica. Em setembro de 2004, a SPHM acolheu em Lisboa, como sociedade nacional organizadora, o 23º Congresso da Sociedade Europeia de Microcirculação. É de salientar que as duas reuniões europeias promovidas pela SPHM incidiram, cada uma, nas perspetivas científicas que são os seus principais objetivos institucionais. Em 2012 e associado à comemoração do 28º aniversário da fundação da SPHM, foi finalmente lançado o website www.hemorreologia.com. Em 2016, Lisboa recebeu o 18th Conference of the European Society for Clinical Hemorheology and Microcirculation, cuja organização foi da responsabilidade da SPHM. Vários dos membros da Sociedade estiveram envolvidos o que permitiu uma científica e saudável interação entre todos.
Para onde vamos?
A Sociedade está hoje e sempre apostada em divulgar a hemorreologia e a microcirculação como duas peças fundamentais no nosso organismo e consequentemente na prática clínica. A edição e publicação, neste momento anual, de um boletim periódico de divulgação de documentos científicos de interesse comum é uma das formas que usamos para manter o interesse e a divulgação da hemorreologia. Este boletim é divulgado entre os membros da SPHM, mas fica também disponível para consulta no nosso website. Aceitamos artigos de investigação, de revisão ou até de opinião.
Tentamos promover o estreitamento de relações científicas entre os associados e toda a comunidade clínica. Os membros da SPHM têm representado a sociedade em instituições, congressos e conferências científicas nacionais e estrangeiras. Temos ainda uma participação ativa de alguns associados nos órgãos e atividades da European Clinical Society of Hemorheology and Microcirculation (ECSHM), European Society of Microcirculation (ESM) e no Conselho Editorial dos jornais de âmbito científico afim.
Estamos sempre recetivos a novas colaborações e parcerias, e disponíveis para apoiar e divulgar a hemorreologia. Estamos à distância de um click: www.hemorreologia.com
De onde viemos? Um pouco de história.
A Sociedade Portuguesa de Hemorreologia e Microcirculação (SPHM) teve origem em 1977, num grupo de investigadores e docentes de bioquímica da Faculdade de Medicina de Lisboa interessados no metabolismo do glóbulo vermelho. Do seu interesse e atividade de investigação resultou, em 1982, o Grupo Português de Trabalho sobre Filtração Eritrocitária. Dois anos mais tarde, em 1984, foi constituído o Grupo Português de Hemorreologia, admitido como secção afiliada da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa, e que marca o início da nova associação científica. Em 1986 sucedeu a sua autonomização como Sociedade Portuguesa de Hemorreologia. Em 1993, sob a nova designação de Sociedade Portuguesa de Hemorreologia e Microcirculação (SPHM), obteve o reconhecimento como “pessoa coletiva de utilidade pública”. Além
“A Sociedade está hoje e sempre apostada em divulgar a hemorreologia e a microcirculação como duas peças fundamentais no nosso organismo e consequentemente na prática clínica”
O Dia Mundial da Visão comemora-se anualmente na segunda quinta-feira de outubro. A data, criada pela Organização Mundial da Saúde, chama a atenção para os perigos à visão, como a cegueira e a deficiência visual.
O Dia Mundial da Visão é considerado a data mais importante na área da Saúde da Visão. É uma iniciativa conjunta da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da International Agency for the Prevention of Blindness (Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira).
A OMS considera que a maioria de todas as causas de deficiência visual são evitáveis ou podem ser tratáveis mediante prevenção adequada e, mundialmente, pelo menos 2,2 biliões de pessoas têm uma deficiência visual ou cegueira, das quais cerca de 1 bilião destes casos poderiam ter sido evitados ou tratados.
Em Portugal, estima-se que as alterações da visão afetem cerca de metade da população e que perto de 20% das crianças, tal como 50% dos adultos, sofram de erros refrativos significativos.
A retinopatia diabética e a ambliopia nas crianças são duas situações passíveis de prevenção e deteção precoce, bem como de tratamento oftalmológico e recuperação.
Neste dia realizam-se rastreios visuais gratuitos em óticas acreditadas, assim como conferências, caminhadas, angariações de fundos para o pagamento operações dispendiosas, concursos de fotografia, entre outras atividades. O objetivo geral destas iniciativas do Dia Mundial da Visão é prevenir problemas visuais, proteger e tratar da visão das pessoas.
Os défices visuais corrigíveis, quando não diagnosticados atem-
padamente, constituem um importante problema de saúde pública. O sentido da visão possui um elevado significado social, representando um meio de comunicação fundamental para a relação entre as pessoas e para a atividade profissional.
Sabe-se, hoje, que mais importante do que a acuidade visual em si mesma é o modo como cada pessoa utiliza a visão que possui, ou seja, a sua visão funcional, e que existem medidas suscetíveis de a melhorar.
Sabe-se, ainda, que a visão deve ser preservada desde o nascimento, sendo imperativo prevenir e tratar a doença visual, a qual provoca, sempre, diminuição da qualidade de vida, com repercussão negativa a nível pessoal, familiar e profissional, para além de causar elevados custos sociais.
Alguns conselhos para manter a saúde da visão
1. Durma no mínimo entre sete e oito horas por dia
2. Evite o consumo de bebidas alcoólicas
3. Afaste-se dos cigarros
4. Tenha uma alimentação equilibrada
5. Não se esqueça de usar óculos escuros
6. Não descuide dos olhos durante o tempo seco
7. Evite coçar os olhos
8. Faça pausas durante o dia e descanse os olhos
9. Se precisa de óculos graduados, não deixe de usá-los
10. Realize consultas oftalmológicas com regularidade.
foto: Esfera das Ideias
ao longo dos anos, geralmente até aos 21 anos de idade. É crucial manter um acompanhamento regular para monitorizar e gerir a sua evolução.
Créditos
A miopia deve-se, frequentemente, a um aumento no comprimento do globo ocular ou a uma córnea excessivamente curva. Estas alterações fazem com que os raios de luz formem um foco antes de alcançar a retina, levando a uma visão desfocada ao longe. Os sintomas comuns incluem visão turva à distância, olhos cansados, pestanejar frequentemente, e dificuldade em ler legendas na televisão, entre outros.
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Quando se trata de gerir a miopia, o oftalmologista para além de promover a atividade ao ar livre deverá sugerir várias opções, dependendo do caso específico:
Segundo estudos recentes da Academia Americana de Oftalmologia (AAO), estima-se que, em 2050, metade da população mundial terá miopia.
A miopia, caracterizada pela dificuldade em focar objetos distantes, é uma condição que afeta uma crescente parcela da população global. Segundo estudos recentes da Academia Americana de Oftalmologia (AAO), estima-se que, em 2050, metade da população mundial terá miopia, sendo que 10% destes terão alta miopia, condição que pode levar a complicações graves.
Este erro refrativo é muitas vezes detetado na infância, sendo uma causa comum de baixo rendimento escolar. Por isso, é fundamental que as crianças realizem pelo menos o seu primeiro exame oftalmológico antes dos 4-5 anos de idade. A prevalência da miopia tem uma forte componente hereditária, mas o tempo excessivo passado em frente a ecrãs também contribui para o seu aumento.
Os sinais de alerta comuns incluem dores de cabeça frequentes, a necessidade de aproximar objetos para vê-los claramente e fadiga ocular. É crucial estar atento a estes sinais para uma intervenção precoce.
Uma realidade incontornável é esta: se você ou o seu filho forem diagnosticados com miopia, tenham consciência de que não desaparecerá sem um tratamento e acompanhamento adequado. Trata-se de uma patologia ocular progressiva, que tende a agravar-se
• Óculos: Embora possam limitar um pouco as atividades diárias, são uma solução rápida.
• Lentes de contacto: Uma excelente alternativa aos óculos, apesar de requererem manuseamento e cuidados adequados.
• Cirurgias com laser: Uma opção definitiva para aqueles que procuram independência de óculos e lentes de contacto, sendo o procedimento LASIK muito eficaz até 6 dioptrias de equivalente esférico.
• Cirurgia com Lente Intraocular: Indicada quando a anatomia do globo ocular o permite, corrigindo até 20 dioptrias com bons resultados visuais.
De realçar que existem hoje óculos e lentes de contacto, que não só corrigem a miopia, mas permitem simultaneamente atrasar a sua progressão, fundamentalmente entre os 7 e os 16 anos de idade.
Neste Dia Mundial da Visão, que se assinala a 12 de outubro, convido-o a estar vigilante aos sinais de miopia e a marcar uma consulta com um especialista para uma avaliação completa. A adoção de medidas preventivas e um tratamento adequado podem assegurar uma melhor qualidade de vida, prevenindo complicações futuras.
A síndrome do olho seco, também designada como doença do olho seco, é uma patologia extremamente prevalente no século XXI, estimando-se que a sua prevalência seja de 7.4 – 33.7% a nível global. De facto, o avanço vertiginoso das novas tecnologias trouxe consigo o aumento crescente e constante da utilização de ecrãs e dispositivos eletrónicos, o que, de forma silenciosa, culminou num aumento do número de pessoas que sofrem desta patologia.
Neste momento, 30-40% de todos os doentes que se apresentam numa consulta de oftalmologia experienciam algum grau de sintoma ou manifestação da síndrome do olho seco. No entanto, estima-se que apenas cerca de 30% de todos os afetados tenham o diagnóstico devidamente identificado.
O Que é e o Que Causa a Síndrome do Olho Seco?
Simplificando, a síndrome do olho seco é uma condução oftalmológica caracterizada pela diminuição da quantidade e/ou qualidade do filme lacrimal produzido.
Em 2017, a Sociedade de Filme Lacrimal e Superfície Ocular (TFOS) definiu a síndrome como “uma doença multifatorial da superfície ocular caracterizada por uma perda de homeostase do filme lacrimal, acompanhada de sintomas oculares, nos quais a instabilidade do filme lacrimal e a hiperosmolaridade, a inflamação e lesão da superfície ocular e as anormalidades neurossensoriais desempenham papéis etiológicos”.
Várias razões podem contribuir para o desenvolvimento de olho seco. Entre elas enumeram-se o envelhecimento, alterações hormonais (mais prevalente no sexo feminino), utilização excessiva de lentes de contacto, trauma ocular mecânico e químico, cirurgias oculares, condições climáticas adversas (climas áridos, locais com ar condicionado), a utilização excessiva de dispositivos eletrónicos, uso de certos medicamentos, entre outras.
No entanto, apesar da comum exposição a esses fatores de risco, nem todos desenvolvem a síndrome do olho seco. Aqui entra o con-
ceito importante da homeostasia /equilíbrio do filme lacrimal, que, normalmente, protege contra as agressões, reestabelecendo uma visão saudável. Quando esses mecanismos de proteção não conseguem combater as agressões de base, inicia-se um ciclo vicioso de dano da superfície ocular, inflamação e lacrimejo.
O filme lacrimal é um dos componentes mais importantes da superfície refrativa do olho, sendo a primeira estrutura com a qual a luz interage. Quando a superfície ocular está seca a visão pode tornar-se turva, desfocada e desconfortável. Esta queixa está associada à melhoria temporária da visão após o ato de piscar, mas que rapidamente deteriora devido à evaporação rápida das lágrimas.
Os sintomas do olho seco manifestam-se sobretudo no final do dia e incluem:
• Sensação de ardor, comichão ou sensação de areia nos olhos;
• Dor ocular e em redor dos olhos;
• Olhos vermelhos e irritados;
• Visão turva ou com flutuações;
• Sensibilidade à luz;
• Lacrimejo (reação natural contra a secura ocular).
Felizmente, existem muitas opções de tratamento disponíveis para aliviar a síndrome do olho seco. Estas incluem:
• Utilização de lágrimas artificiais: gotas lubrificantes que proporcionam alívio imediato;
• Mudanças no estilo de vida: Evitar ambientes secos, ar condicionado, piscar regularmente ao usar dispositivos eletrónicos e proteger os olhos do vento e poeira;
• Tratamentos médicos: Em casos mais graves, um oftalmologista pode recomendar outros tratamentos como colírios farmacológicos, bloqueio dos pontos lacrimais, tratamentos laser IPL, entre outros.
A síndrome do olho seco assume um papel essencial não só no impacto da qualidade de vida, mas também na qualidade de visão. Cuidar da sua saúde ocular e procurar ajuda médica oftalmológica quando necessário é essencial para preservar a sua acuidade visual e garantir que possamos desfrutar da visão nítida e clara.
A combinação única de ácido hialurónico e ectoína natural. Hidratação, proteção do olho seco e alívio dos sintomas inflamat órios.
MODO H IALURO N ATO
Hidratação moderada do olho seco Alívio das reações inflamatórias e alérgicas
Hidratação intensiva e duradoura do olho muito seco Alívio sustentado dos sintomas inflamatórios
Ter um animal de companhia exige…
• Ter disponibilidade de tempo para interagir com ele;
• Garantir e salvaguardar os cuidados (alimentação, higiene, saúde, entre outros) que ele precisa;
• Criar regras através de treino;
• Socialização e integração do animal no espaço público;
• Exige, acima de tudo, que você seja responsável e consciente, uma vez que um animal depende de si para ter uma vida saudável e feliz. Seja fiel ao seu animal como ele lhe é a si.
Os Benefícios dos Animais de Estimação para a Saúde Humana
Os animais desempenham um papel importante na vida de muitas pessoas. Além dos vários e reconhecidos atributos terapêuticos desempenhados pelos animais, também são muito valorizados como excelentes companheiros, o que certamente pode afetar a qualidade das nossas vidas. E essa companhia é benéfica para nossa saúde.
Vários estudos indicam que as pessoas que têm um animal de estimação podem ter um coração mais saudável, ficar doentes com menos frequência, fazer mais exercício e reduzir o risco de depressão. Os animais de estimação também podem ter um impacto positivo significativo em alergias, asma, apoio social e interações sociais com outras pessoas.
Se tem um cão ou um gato, ou recentemente adotou um deles, uma das decisões de saúde mais importantes que deve tomar é de o esterilizar. A esterilização ou, em alternativa, a castração é um
Dia Mundial do Animal
O Dia Mundial do Animal celebra-se anualmente a 4 de outubro.
Origem da data
A data foi escolhida em 1931 durante uma convenção de ecologistas em Florença. A escolha teve em conta o facto de o dia 4 de outubro ser o dia de São Francisco de Assis, o santo padroeiro dos animais.
O Dia Mundial do Animal é celebrado em vários países, através de diversos eventos e iniciativas. Nas escolas, sobretudo no ensino pré-escolar, as atividades no Dia Mundial do Animal deixam os mais pequenos encantados.
Principais objetivos da celebração do Dia Mundial do Animal
• Sensibilizar a população para a necessidade de proteger os animais e a preservação de todas as espécies;
• Mostrar a importância dos animais na vida das pessoas;
• Celebrar a vida animal em todas as suas vertentes.
Nesta data realizam-se distintas atividades com base nos objetivos do dia, como por exemplo:
• Devolução de animais à natureza;
• Campanhas de adoção de animais abandonados;
• Passeios canis;
• Jogos ludo-pedagógicos.
procedimento veterinário que exige uma hospitalização mínima e oferece benefícios de saúde ao longo da vida.
A esterilização do seu animal de estimação fêmea ajuda a prevenir infeções uterinas e a evitar a formação do cancro da mama, sendo este fatal em cerca de 50% das cadelas e em 90% das gatas. Ao esterilizar o seu animal de estimação antes dos primeiros cios está a oferecer a melhor proteção contra essas doenças.
Além de evitar ninhadas indesejadas e potenciar a esperança de vida, esterilizar o seu animal macho previne o cancro do testículo. O seu animal de estimação viverá uma vida mais longa e mais saudável.
Por outro lado, os animais esterilizados ficam mais calmos e mais bem-comportados, pelo que muitos problemas de agressão podem ser evitados pela esterilização precoce.
Congresso Veterinário Montenegro
Nos dias 13 e 14 de outubro de 2023, realizar-se-á a 19ª Edição do Congresso Internacional Veterinário Montenegro.
Esta 19ª edição vai abordar as tendências da medicina nesta década, ou seja, será abordado cientificamente as tendências dos anos 20 deste século. Concretamente, Anticorpos Monoclonais, Cirurgia Minimamente Invasiva, Saúde Mental, One Health, Marketing Digital, Dermatologia sem Antibióticos e Animal Welfare
Este ano, para além das salas de medicina, enfermagem e gestão, haverá uma sala Internacional avançada que será lecionada em inglês e também estará concebida para congressistas estrangeiros. Esta sala terá transmissão em formato digital, que estará disponível cerca de três meses. Como sempre, será mantida a exposição comercial, que possibilita convivo, partilha de conhecimentos e negócios.
Dia do Médico Veterinário
O Dia do Médico Veterinário é celebrado anualmente no dia 4 de outubro.
O Médico Veterinário é o responsável por cuidar da saúde dos animais, sejam eles de estimação ou selvagens. A 4 de outubro de 1991 foi publicado o estatuto que criou a Ordem dos Médicos Veterinários.
Curiosamente, a data coincide no calendário litúrgico com o dia de São Francisco de Assis, o santo protetor dos animais, a quem são atribuídos milagres de cura.
O patrono efetivo dos médicos veterinários é Santo Elói (588-660).
Neste dia do veterinário são entregues pela Ordem aos novos Médicos Veterinários os diplomas de compromisso solene perante a sociedade do desempenho profissional.
A Leishmaniose canina é uma doença parasitária endémica em mais de 70 países, em quatro continentes. A forma mais comum é a leishmaniose visceral zoonótica que afeta órgãos internos como o fígado e o baço, mas também a medula óssea, os linfonodos (gânglios linfáticos), entre outros. Em Portugal, a infeção é sobretudo causada por um parasita unicelular, o protozoário Leishmania infantum, transmitido por insetos fêmea do género Phlebotomus (vulgo flebótomo).
Quando infetados, estes pequenos insetos cor de palha que vivem nos abrigos dos animais, jardins, matas, caixotes de lixo, etc. inoculam o parasita, nos hospedeiros (cães, gatos, homem, raposa, lobo, coelho, entre outros) durante a refeição sanguínea. Existem, ainda, outros tipos de transmissão do parasita como é o caso da transfusão sanguínea, da transmissão venérea e da transmissão mãe-filho. O período de incubação varia de 1 mês a 2 ou mais anos, podendo a infeção progredir para doença.
A leishmaniose canina é uma zoonose uma vez que pode ser transmitida dos animais ao Homem, através do inseto. Os cães que vivem no exterior ou que passam muito tempo ao ar livre, de raças exóticas, que apresentem pelo curto e com idade igual ou superior a dois anos, correm maior risco de serem infetados devido ao contacto com flebótomos.
De realçar que é muito improvável que um ser humano se infete por contacto direto com um cão com Leishmaniose sem que haja a intervenção do inseto. Nos humanos, esta doença ocorre, principalmente, nas populações mais carenciadas em áreas rurais e suburbanas ou em indivíduos imunodeprimidos. Porém, sob tratamento correto, a percentagem de cura é acima dos 95%.
Após a transmissão do parasita, o desenvolvimento ou não de sinais clínicos vai depender do sistema imunitário do cão. Muitos cães mantêm-se infetados, constituindo reservatórios do parasita, contudo, sem apresentarem sinais clínicos. Porém, em outros, observa-se uma rápida evolução para doença mais ou menos grave.
Os sinais clínicos desta doença em cães são variados destacando-se o aumento dos linfonodos, maior crescimento das unhas, emagrecimento, surgimento de sinais cutâneos como perda/enfra-
quecimento do pelo, úlceras, descamação da ponta das orelhas e, por vezes, sangramento nasal, alterações articulares e sinais de doença hepática e/ou renal.
O diagnóstico é fundamentalmente clínico e apoiado em exames laboratoriais para deteção da infeção por Leishmania (pesquisa de anticorpos no soro, observação direta do parasita ao microscópio ou pesquisa de DNA em amostras biológicas) e avaliação do estado geral do animal.
Após o diagnóstico, a gravidade do quadro e o prognóstico esperado são determinados. Existem vários tratamentos possíveis, para controlar a doença e reduzir as complicações, visando melhorar a qualidade de vida dos cães. Apesar da melhoria clínica e de vários animais alcançarem a cura clínica, é possível que os cães fiquem portadores, pelo que é fundamental a utilização continuada de repelentes de insetos nestes animais.
A prevenção é possível recorrendo à utilização de repelentes (em coleira ou em pipeta) e a estratégias de estimulação da imunidade do animal para o caso de contactar com o parasita. Destacam-se a vacinação anual e, em casos específicos, o recurso a imunomoduladores. Adicionalmente, deverão ser sempre aplicados repelentes apesar de os cães se encontrarem vacinados. No âmbito da prevenção, a salientar, ainda, a manutenção de um bom estado de saúde do animal, rastreios regulares da infeção, não utilização como reprodutores de animais que já tiveram a doença e implementação de cuidados de higiene ambiental para eliminar os locais de criação dos flebótomos.
Em suma: fale com o seu Médico Veterinário que definirá o melhor plano de prevenção, a ser cumprido rigorosamente. Só assim terá o seu animal protegido contra a Leishmaniose, num país onde esta doença é tão frequente.
Desde a concepção, através de uma R&D de ponta, passando pela produção e industrialização na sua fábrica certificada BPF/ CMP, e um rigoroso controlo de qualidade, AB7 Santé oferece uma abordagem única para benefício dos utilizadores.
O laboratório farmacêutico veterinário AB7 Santé é uma empresa familiar fundada há mais de 40 anos baseada em fortes valores: a inovação como factor de diferenciação e o desejo de excelência, ambos guiados pela curiosidade de fortalecer, tanto quanto possível, o respeito por um ambiente sustentável
Na verdade, no coração de cada uma das suas gamas de produtos para animais, a AB7 Santé coloca em sinergia inovação, expertise, novas tecnologias, comprometimento com processos de qualidade que cumpram com os regulamentos vigentes, bem como uma dimensão humana e ética compartilhada por todos os colaboradores, indispensável ao seu funcionamento e fundamental para o seu desenvolvimento.
Sob as sua marcas PILOU REPUL7, ZOOSTAR e ALZOO e por conta de outras empresas farmacêuticas, a AB7 Santé desenvolve inúmeros produtos de controlo de parasitas para animais de companhia, principalmente à base em ativos derivados de plantas.
Os produtos antiparasitários repelentes de origem vegetal são uma excelente alternativa aos insecticidas de origem sintética (químicos).
Os consumidores estão, cada vez mais, menos confiantes com os insecticidas sintéticos e procuram soluções que acham mais respeitadoras dos animais, dos seus donos e do meio ambiente.
Os repelentes de origem vegetal são fáceis de usar. Não necessitam de prescrição veterinária e não apresentam os efeitos colaterais de produtos injectáveis ou comprimidos. Para além disso, não são mais caros do que os produtos inseticidas químicos de referência.
É importante recordar que as coleiras e as pipetas antiparasitários repelentes funcionam como meios preventivos de controlo de infestações e não curativos!
No caso de uma infestação maciça por parasitas, especialmente pulgas, há uma forte probabilidade de que o ambiente em redor do animal esteja severamente contaminado. A primeira coisa a fazer é tratar o ambiente que o animal frequenta com a ajuda de produtos adequados (exemplo EZALO Puf Puf).
Os animais, em si, devem ser tratados por meio de “ataque”.
O Shampoo repelente PILOU REPUL7, para os cães, é um excelente meio para realizar esse ataque e, também, para utilizações sucessivas de caracter preventivo.
É somente quando o ambiente onde permanece o animal for tratado que, soluções preventivas, como coleiras ou pipetas, são eficazes. Impedem a reinfestação do ambiente impedindo o ciclo reprodutivo dos parasitas.
Os produtos repelentes de origem vegetal são bastante recentes no mercado, em comparação com os produtos insecticidas, que têm sido utilizados há dezenas de anos.
Os veterinários são, portanto, mais facilmente inclinados a aconselhar aos donos de animais, os produtos que eles conhecem bem.
Os produtos de controlo de parasitas repulsivos evoluíram significativamente nos últimos anos, graças ao impulso de centros de investigação como o da AB7 Santé. Por outro lado, estes produtos estão sujeitos a regulamentações exigentes, que fizeram retirar do mercado uma série de produtos ineficientes que causaram descrédito aos repelentes de origem vegetal.
As coisas estão a evoluir e a opinião dos veterinários e donos de animais sobre estes produtos tendem a mudar rapidamente. É importante fazer um trabalho pedagógico com os utilizadores, com a finalidade de lhes mostrar o desempenho, as vantagens e os benefícios que os produtos repelentes de origem vegetal podem representar, porque são benéficos para os animais, para os humanos e para o meio ambiente.
O nosso representante em Portugal é a PROCASA Lda., uma empresa conceituada e bem conhecida por ter sido pioneira no lançamento dos inseticidas elétricos da marca EZALO, também eles repelentes dos insetos voadores (melgas, mosquitos e moscas). Esta empresa tem-se esforçado, com êxito, para que o conceito dos nossos produtos PILOU REPUL7 sejam adotados pelos donos dos animais de estimação.
Numa conversa exclusiva com a CEO da NEYA Hotels, Yasmin Bhudarally, exploramos a incrível história que deu origem ao “Quarto Solidário” e de como este projeto da NEYA Hotels está a consciencializar o setor hoteleiro para o papel inequívoco da responsabilidade social na sua atividade.
O “Quarto Solidário” é um projeto inspirado numa experiência pessoal de Yasmin, quando a sua filha recém-nascida foi internada no Hospital D. Estefânia, em Lisboa. A longa distância de casa e os horários de visita reduzidos, não lhe permitiram acompanhá-la a tempo inteiro. Anos mais tarde, transformou um imóvel em frente a esse hospital na primeira unidade da NEYA Hotels e atribuiu-lhe o propósito de fazer a diferença na comunidade através da acomodação e apoio emocional a famílias que estivessem a atravessar um momento como o que tinha vivido.
pequeno-almoço, ele é, acima de tudo, disponibilidade, tempo, dedicação e carinho de todas as pessoas da NEYA Hotels para com aqueles que precisam de apoio num momento frágil da sua vida familiar”, explica.
O impacto do “Quarto Solidário”, a longo prazo, é muito significativo para a criança. O bem-estar emocional das famílias e a sua proximidade aliviam o sofrimento imediato e contribuem para uma recuperação mais eficaz. “Acreditamos que a estabilidade, constância e coerência deste projeto de apoio às famílias é fundamental para a recuperação das crianças”, salienta.
Desde o início do projeto, em 2012, a NEYA Hotels fez parte de várias histórias emocionantes. Uma das mais marcantes para Yasmin, envolveu o acolhimento de uma freira, de uma instituição de solidariedade social, que cuidava de um bebé que não parava de chorar desde o nascimento. O bebé encontrou conforto e calma no ambiente acolhedor do hotel, fazendo com que esta história e muitas outras destaquem a importância do trabalho que a equipa tem realizado. “Somos um hotel com propósito e isso reflete-se na visão que temos do nosso projeto. A entrega do nosso tempo proporciona ajuda e ânimo a estas famílias, mas, pessoalmente, proporciona também um contentamento à alma dos que nele participam”, evidencia.
Além do “Quarto Solidário”, a NEYA Hotels tem demonstrado um forte compromisso com a responsabilidade social, colaborando com instituições de solidariedade social, realizando várias ações ao longo do ano como iniciativas solidárias, doações de equipamentos médicos, apoiando causas e idealizando novas formas de contribuir no âmbito da sua atividade e estrutura. A cadeia hoteleira procura constantemente maneiras de promover um turismo responsável, impactar positivamente a comunidade local, preservar o meio ambiente e apoiar desenvolvimento económico. “Temos de nos tornar na mudança que queremos ver”, reforça.
No futuro, Yasmin Bhudarally afirma que a NEYA Hotels quer continuar a ser uma cadeia hoteleira de referência em Portugal, pretende consolidar o seu papel no turismo responsável e está comprometida com a missão de apoiar as comunidades em que está inserida e minimizar o impacto da sua atividade no meio ambiente.
Yasmin Bhudarally destaca que o “Quarto Solidário” não é apenas um gesto de generosidade, mas um compromisso emocional com as famílias. Além de oferecer acomodação gratuita, a equipa do hotel oferece apoio afetivo durante esses momentos difíceis, disponibilizando uma rede de apoio humana que representa muito mais do que apenas um lugar para ficar. “Este projeto vai além da oferta do alojamento e
A NEYA Hotels está a moldar o futuro do turismo que combina a hospitalidade e a solidariedade para criar um mundo melhor para todos.
“TEMOS DE PREPARAR OS VINHOS AO GOSTO DO CONSUMIDOR”
Victor Matos, Proprietário da Herdade de Outeiro Diniz e Santiago
Através de um empreendedorismo intrínseco e uma paixão pelo vinho que se estende por cinco décadas, Victor Matos, o proprietário da Herdade de Outeiro Diniz e Santiago, trilhou um caminho notável no mundo dos negócios vinícolas. À medida que a Herdade se prepara para enfrentar novos desafios e oportunidades, fica claro que Victor Matos e sua visão inovadora são elementos essenciais nesta jornada de crescimento no mundo dos vinhos, moldando o caminho para um futuro promissor e distinto.
Seguindo os passos do pai, proprietário de uma mercearia que comercializava vinhos, Victor Matos começou, aos 15 anos, a vender vinhos de porta em porta. Este modesto trabalho sinalizou o ponto de partida de uma carreira voltada para a indústria vinícola. Em 1976, Victor Matos estabeleceu-se por conta própria e, foi então, em 1988, que fundou a firma Victor Matos, Lda, adquirindo instalações que, com o tempo, provaram ser insuficientes para a expansão do seu negócio.
Aos 50 anos, quando planeava uma retirada do mercado de vinhos, surgiu uma oportunidade única. As antigas instalações da empresa Carvalho Ribeiro e Ferreira, localizadas na Vala do Carregado e com valor sentimental devido ao envolvimento do seu avô com a empresa, estavam à venda. Movido pela memória do avô, Victor Matos decidiu comprá-las, dando continuidade a uma história de família no mundo dos vinhos. Assim, a sua trajetória de sucesso continuou com a criação da Sociedade de Vinhos Victor Matos II, S.A., em 1996, uma empresa de destaque tanto no mercado nacional quanto internacional.
Esta decisão marcou um ponto crucial na sua carreira, levando-o a criar a HODS - Herdade do Outeiro Diniz e Santiago, S.A. (HODS) em 1997, em Vendas Novas, nomeando-a em homenagem aos seus dois netos. Com visão estratégica, responsabilidade e paixão, Victor Matos consolidou-se como uma das maiores referências nacionais na produção de vinhos. Assim, a sua his-
tória é um exemplo de como a determinação pode transformar um simples vendedor de vinhos num magnata do setor vinícola.
A missão da HODS é nítida: produzir vinhos que se destaquem, criem uma impressão duradoura e representem a excelência em qualidade. Para alcançar este compromisso, a equipa da HODS faz escolhas criteriosas em cada etapa do processo, começando pela seleção rigorosa de castas certificadas da região do Alentejo e empregando técnicas de vinificação mais modernas e de ponta. Segundo Victor Matos, o cerne da qualidade do vinho reside nas próprias vinhas. Assim, cada metro quadrado de vinha recebe uma atenção meticulosa. Esta ciência começa com a escolha cuidadosa dos porta-enxertos, adaptados ao solo e ao tipo de casta. As faixas de solo são minuciosamente analisadas, e os porta-enxertos são plantados com precisão, criando as condições ideais para o crescimento da vinha e a produção das melhores uvas. “Quando as uvas atingem a maturação ideal, de acordo com os rigorosos padrões estabelecidos pelos nossos técnicos, incluindo o grau de acidez e o teor de açúcar, é hora da vindima”, explica o empresário. Posteriormente, as uvas são colhidas e encaminhadas para tanques onde a fermentação ocorre utilizando tecnologia de ponta. “As nossas terras são produtivas. No entanto, enfrentamos o desafio de que o custo de estabelecer e manter uma vinha é
elevado, enquanto os preços dos vinhos no mercado estão baixos. Mas acreditamos na qualidade da nossa região e dos nossos vinhos”, explica.
Victor Matos também enfatiza a riqueza da diversidade de castas na Herdade: “Temos diversas castas e fazemos um uso sábio dessa diversidade”. A Herdade abriga 16 diferentes castas, incluindo oito tintas e oito brancas, que contribuem, com as suas características únicas, para a produção de vinhos distintos.
Revitalização tecnológica para a qualidade vinícola
A dedicação e atenção aos detalhes são claramente visíveis não apenas nos 230 hectares de terra, mas também nas instalações de Vendas Novas, resultando em vinhos de excelência que deixam uma marca em todos que têm o privilégio de degustá-los.
A grandiosidade das instalações e a avançada tecnologia adotada pela Herdade impressionam a todos que as visitam. As adegas de produção merecem destaque especial, pois tem a capacidade de armazenar 29 milhões de litros de vinho. Para além disso, a herdade está totalmente preparada para receber até 500 toneladas de uvas por dia. Victor Matos revela que a adega passou por três intervenções ao longo do tempo, pois inicialmente era pequena demais para a quantidade de produção que a empresa alcançou, o que levou à necessidade de construir uma segunda adega. Atualmente, a HODS possui duas adegas, cada uma com a sua função específica: uma dedicada à produção de vinhos tintos e a outra destinada aos brancos e rosés.
As adegas são verdadeiras extensões da própria vinha da HODS, não apenas pela sua magnitude, mas também pela tecnologia de ponta que abraçam. Esta tecnologia de última geração, como os tanques de aço inoxidável e controlo de temperatura, permite que a empresa atenda às necessidades do mercado, mantendo-se fiel à procura pela excelência que os clientes desejam. “É importante destacar que estas instalações foram construídas do zero e equipadas com a mais recente tecnologia disponível, sendo a inovação a palavra de ordem”, salienta Victor Matos.
O que torna um vinho verdadeiramente bom?
Após um cuidadoso processo de vinificação, emerge o momento aguardado em que o vinho atinge a sua plenitude e está pronto para ser apreciado. Para Victor Matos, a qualidade de um bom vinho é uma combinação da natureza e da habilidade humana. Na herdade, os vinhos tintos são robustos e repletos de aromas, que capturam a autenticidade da região, onde as vinhas se desenvolvem. Victor Matos acredita que um vinho tinto de destaque deve apresentar um teor alcoólico entre 13 e 14 graus e ostentar uma cor viva. Quanto aos vinhos brancos, estes são marcados pela sua frescura, perfumes envolventes e suavidade, resultado de um processo de fermentação cuidadoso, conduzido a uma temperatura ideal de 14 graus.
“Temos de preparar os vinhos ao gosto do consumidor”, vinca o empresário, salientando também a importância de manter vinhos de qualidade em stock, especialmente em anos difíceis, a fim de possibilitar a sua combinação para manter uma base de qualidade consistente. Além disso, o proprietário é um defensor da tradição de apreciar vinho durante as refeições, acreditando que o vinho é a melhor bebida para acompanhar a comida. Na HODS, cada garrafa produzida é uma manifestação do seu com-
promisso inabalável, paixão e determinação incansável para criar vinhos verdadeiramente excecionais.
No que se refere ao futuro da HODS, a empresa mantém uma firme determinação em ser uma referência no setor vinícola, tanto no mercado nacional quanto internacional. Victor Matos, com a sua visão empreendedora, revela um dos seus planos ambiciosos para o futuro da HODS: “a empresa adquiriu dois lotes de terreno próximos às adegas, localizados em Vendas Novas, visando a expansão da sua estrutura e herdade”. A intenção é construir uma central de enchimento de grande porte, com cerca de seis mil metros quadrados, focada principalmente na produção de vinhos regionais das regiões do Alentejo e Lisboa.
Atualmente, a HODS concentra-se em vender a maior parte da produção a granel para engarrafadores regionais. No entanto, a central terá como principal objetivo a produção de vinhos engarrafados, com 80% da sua produção destinada à exportação. Victor Matos explica: “Vamos alocar três mil metros para a central de enchimento e envelhecimento de vinhos, e outros três mil metros para o armazenamento de vinhos já engarrafados”. Além disso, a localização estratégica dos terrenos, junto ao parque industrial e às vinhas da empresa, oferece condições ideais para o lançamento e venda dos vinhos alentejanos e da região de Lisboa no mercado. “Este projeto representa uma importante aposta no desenvolvimento da HODS e na promoção dos vinhos regionais portugueses”, reforça.
Para complementar o investimento, o empresário acumulou ao longo dos anos uma notável coleção de maquinaria vinícola. A sua visão inclui a criação de uma sala de degustação para oferecer experiências vínicas completas aos visitantes, juntamente com uma área de exposição que se assemelha a um museu de peças antigas. “Esta coleção de máquinas, que fui adquirindo de armazéns em Lisboa, pode desempenhar um papel importante no enoturismo, proporcionando aos visitantes uma oportunidade única de explorar a história das tecnologias utilizadas na produção de vinho”, salienta. Este projeto representa um compromisso sólido com o enoturismo e a preservação da rica herança vinícola da região. Recorrendo à expansão e modernização, a empresa permanece comprometida em continuar a sua trajetória como uma referência no cenário vinícola, oferecendo vinhos de qualidade excecional aos amantes de vinho de todo o mundo.
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info@hods.pt
www.hods.pt
O Alentejo, com uma paisagem vasta e cultura rica, é uma região que encanta pela beleza natural e autenticidade. Mas além das colinas ondulantes e vinhas que se estendem até onde a vista alcança, o Alentejo também é lar de uma comunidade empresarial diversificada que se destaca pela excelência em diversos setores.
Nesta série de entrevistas, exploramos a diversidade empresarial do Alentejo, destacando empresas notáveis que contribuem significativamente para o prestígio e crescimento da região, desde uma das maiores adegas de vinho até uma farmácia e clínica veterinária de confiança que oferecem cuidados de saúde essenciais. Também examinamos inovações na telemonitorização da saúde e o compromisso das Câmaras Municipais com o desenvolvimento sustentável. No setor imobiliário, uma agente experiente ajuda a concretizar sonhos de propriedade no Alentejo, enquanto hotéis acolhedores representam a hospitalidade da região. Adicionalmente, destacamos atividades de lazer que oferecem momentos de adrenalina e competição aos clientes. Concluímos com uma entrevista a uma mediadora de seguros que desempenha um papel fundamental na proteção de negócios e famílias alentejanas.
Conheça o Alentejo de excelência através das histórias e realizações destas empresas e profissionais dedicados, que fazem desta região uma joia em Portugal. As suas histórias refletem não apenas a paixão pelo que fazem, mas também o compromisso com a qualidade e o serviço à comunidade que caracterizam o Alentejo.
junho, onde a programação prevista inclui recriações históricas, desfiles e participação ativa calipolense, num ambiente de festa e de diversão, com a História como pano de fundo. E para a Festa dos Capuchos, com 160 anos de existência, uma celebração anual em Honra de Nossa Senhora da Piedade dos Capuchos e do Senhor dos Aflitos marca o segundo fim de semana de setembro, através dos seus espetáculos musicais, das suas largadas de touros, do seu fogo de artifício, da sua diversão noturna e dos seus eventos culturais e religiosos.
Neste “Vale Viçoso”, ocupado em tempos por romanos e mouros, impera há muitos séculos a monumentalidade de uma terra com um rico e invejável património histórico, cultural e natural.
D. Afonso III outorgou-lhe o primeiro foral em 1270, e posteriormente a vila foi doada a D. Nuno Álvares Pereira.
No reinado de D. Manuel I, a Corte Ducal ver-se-ia reabilitada e Vila Viçosa também regressou à Casa de Bragança, agora liderada por D. Jaime, seu 4.º Duque, nascendo aqui a quarta dinastia de Portugal. História essa hoje contemplada no processo de Candidatura a Património Mundial da UNESCO.
Pátria de gente ilustre, Vila Viçosa cativa pela abundância e multiplicidade de elementos que das igrejas, aos conventos, da cultura à arte, do artesanato à gastronomia deleitam quem por aqui passa.
A tradicional paisagem alentejana manifesta, por estas bandas, outras cores e texturas. Aqui, o mármore é presença constante, marcando há séculos o quotidiano da população local e constituindo-se como o principal motor da economia.
No seu calendário de festas o destaque vai para a Feira de Inspiração Renascentista, a decorrer no segundo fim de semana de
Visitar Vila Viçosa é sinónimo de uma estadia tranquila, tocada por saberes e sabores únicos e inesquecíveis.
No regresso, a alma vai cheia. Na memória fica a simpatia e hospitalidade das gentes e o perfume inesquecível das muitas laranjeiras que fazem da ampla alameda central da vila, uma das imagens de marca desta terra. cm-vilavicosa.pt
Em 2015, nasceu a CASAPARASI, uma empresa imobiliária que se destacou ao satisfazer as necessidades de clientes com os mais variados perfis. Fundada por Sandra Lopes e Francisco Gaspar, a empresa, sediada em Ponte de Sor, ajuda os clientes em cada passo do processo de compra ou venda de imóveis, tornando os sonhos de encontrar a casa ideal ou realizar um negócio lucrativo uma realidade.
A mudança de carreira, de jornalista para o setor imobiliário, foi um desafio que Sandra abraçou com determinação. O convite para fazer publicidade à marca Remax foi o ponto de partida. Aceitando o convite, Sandra entrou no mundo imobiliário, mas com uma tarefa diferente da maioria dos seus colegas: “precisava de desconstruir a imagem da ‘Sandra da rádio’ para me reinventar como ‘Sandra da imobiliária’”. No entanto, considera que a formação em jornalismo se revelou uma vantagem crucial: “O jornalismo proporcionou-me habilidades essenciais, como a capacidade de escutar e compreender as pessoas, criar empatia de forma natural e lidar com uma variedade de situações sociais”.
A sua abordagem centrada no cliente é um dos pilares do sucesso da CASAPARASI. “Vender uma casa é criar uma ligação umbilical”, salienta. Segundo Sandra, a compra de uma casa representa a concretização de sonhos e projetos de vida, sendo muitas vezes fruto de esforços árduos por parte dos compradores. Esta experiência toca tanto os clientes como a equipa da CASAPARASI, levando a relações duradouras com alguns clientes que permanecem fiéis à empresa. Para além disso, a venda é uma parte essencial do negócio. “Atualmente, estamos a receber um número significativo de angariações, principalmente de clientes vendedores que vêm de Lisboa”, afirma.
Em relação à área de atuação, a CASAPARASI tem a sua base no Alto Alentejo, mais precisamente no distrito de Portalegre. No entanto,
também trabalham ativamente no concelho de Abrantes, pertencente ao distrito de Santarém, bem como no concelho de Mora, no distrito de Évora. Surpreendentemente, Sandra esclarece que, atualmente, estão mais envolvidos com propriedades urbanas do que rurais. “A tendência atual na zona está focada em casas pequenas de campo, que não se encontram muito isoladas”, explica. Os compradores procuram a combinação de privacidade e proximidade aos vizinhos, bem como a habitabilidade das casas, com um terreno que, normalmente, varia entre mil e dois mil metros quadrados.
A perspetiva da CASAPARASI sobre o crescente reconhecimento do Alentejo como um destino atrativo para residência é clara e direta. Sandra aponta que a tranquilidade é, indiscutivelmente, um dos principais atrativos da região. Além disso, a acessibilidade é uma característica fundamental, permitindo que os residentes cheguem facilmente a cidades próximas como Lisboa, Leiria e Évora. Esses fatores, combinados com custos mais baixos em comparação com os grandes centros urbanos, fazem do Alentejo uma opção muito atraente para quem procura um estilo de vida mais calmo e acessível. Neste contexto, famílias com crianças em idade escolar são um segmento notável do mercado. “Estas famílias são atraídas pela segurança e pela possibilidade de as crianças brincarem livremente nas ruas e interagirem com os vizinhos”, evidencia.
Quanto ao futuro da CASAPARASI, Sandra sublinha o crescimento positivo e o cumprimento dos objetivos da empresa. O compromisso é manter uma abordagem personalizada e amigável, comparada a uma mercearia tradicional, onde a proximidade com o cliente é valorizada. A CASAPARASI pretende continuar a crescer, mantendo a sua identidade única, que se concentra não apenas na venda de casas, mas na realização de sonhos de vida e projetos pessoais. Sob o lema, “vendemos sonhos e projetos de vida”, Sandra vê a sua missão como algo maior, onde cada propriedade vendida é uma parte importante da jornada dos seus clientes.
“VENDEMOS SONHOS E PROJETOS DE VIDA”Sandra Lopes, Fundadora Licença AMI: 11800
Descubra o Kartódromo de Évora, onde a paixão pelos karts se une a histórias de sucesso e à ambição de projetar Portugal no cenário internacional das corridas. Em entrevista, Peter Peters, gerente do Kartódromo, dá-nos a conhecer este lendário circuito que se tornou um ícone em Évora, atraindo não apenas pilotos destemidos, mas também turistas que procuram adrenalina e diversão.
Nos finais dos anos 80, uma iniciativa audaciosa transformou o cenário desportivo de Évora. O karting, outrora uma modalidade de competição restrita a poucos, ganhou uma nova vida graças à paixão de Dick Peters, o fundador do Kartódromo de Évora. Em novembro de 1987, o circuito foi inaugurado com a realização da Taça de Portugal. Mas o verdadeiro salto ocorreu em 1990, com o lançamento do Troféu Dianakart, que rapidamente se tornou na competição de karting mais prestigiada de Portugal. Em 1995, o Kartódromo passou por melhorias significativas, incluindo novas infraestruturas, aumento e iluminação da pista, permitindo a prática da modalidade a qualquer hora do dia. Este foi o cenário perfeito para a organização das primeiras “24 Horas de Évora”, que trouxeram popularidade ao karting de lazer. Assim, outras competições de lazer, como o Troféu de Empresas, surgiram em 1997.
“O karting é a nossa paixão, os clientes são a nossa prioridade”
Peter Peters, filho de Dick Peters e atual gerente, enfatiza: “O karting é a nossa paixão, os clientes são a nossa prioridade”. Esta filosofia tem sido a força motriz por trás do sucesso contínuo do Kartódromo de Évora. Hoje, o Kartódromo mantém uma vasta frota de karts e foca-se em eventos para empresas e grupos. A atual pista do Kartódromo de Évora é reconhecida por conjugar um traçado técnico com velocidade, oferecendo momentos únicos de adrenalina a todos os que a frequentam. Com uma extensão de 908 metros e largura constante de sete metros, a pista é palco de provas de karting, competições e, claro, muita diversão.
Este é um local onde a adrenalina se funde com a variedade de atividades, proporcionando aos visitantes uma experiência completa e diversificada. O destaque é o “Pack Paintball & Kart”, com uma duração de cerca de duas horas e meia. Adicionalmente, são disponibilizados serviços de catering para grupos envolvidos em eventos de karting de maior dimensão. Além disso, está em desenvolvimento
um espaço dedicado a festas infantis, reavivando uma atividade bem sucedida no passado.
Peter enfatiza o compromisso inabalável da equipa com a qualidade e profissionalismo dos serviços oferecidos. Segundo o mesmo, a segurança dos clientes e a excelência da frota de karts são prioridades diárias. A rica experiência da equipa é uma mais-valia, pois fornecem orientações especializadas aos pilotos. Desde explicações detalhadas sobre travagens e trajetórias até à clareza das regras e um acompanhamento personalizado, o Kartódromo de Évora dedica-se a aprimorar a habilidade dos clientes. O feedback tem sido consistentemente positivo. E, no que diz respeito às experiências de karting, a idade é apenas um número. Crianças e adultos encontram aqui a sua paixão pelas curvas da pista.
Construir o Futuro das Corridas
Ao longo dos anos, o Kartódromo não apenas se tornou um ícone na cidade de Évora, mas também deixou uma marca profunda na identidade da região, atraindo turistas de todas as partes. Olhando para o futuro, existem planos traçados, incluindo a criação de uma escola de karts, especialmente dedicada aos jovens que já possuem alguma experiência na modalidade. “A intenção é fazer a transição de um Kartódromo de âmbito nacional para uma referência internacional”, revela Peter. Além disso, há espaço disponível nas instalações para expandir a pista, tornando-a mais ampla e moderna. Este compromisso com o crescimento e a inovação reforça a posição do Kartódromo de Évora como um centro de entretenimento e turismo na região.
No final, Peter destaca uma história que vai além das corridas –Peter lembra vividamente o momento em que reconheceu o talento excecional de Pedro Lamy, quando ainda era “um miudinho dos karts”, durante uma corrida no norte de Portugal. Imediatamente viu o potencial do jovem piloto e ofereceu-lhe uma parceria. A colaboração evoluiu rapidamente, culminando numa vitória notável no campeonato logo no primeiro ano. No entanto, a história de Pedro não é apenas uma narrativa de sucesso pessoal; ela levanta questões cruciais sobre o panorama das corridas em Portugal. Como Peter destaca: “A presença de figuras inspiradoras, como o Pedro, são fundamentais para motivar mais pessoas a se envolverem na modalidade”. A necessidade de um piloto português “dar nas vistas” no âmbito global é mais do que um marco simbólico; é um catalisador para atrair novos talentos para os kartódromos portugueses.
Frederico Peters, filho de Peter, é uma verdadeira promessa no automobilismo nacional. Começou a andar de kart praticamente ao mesmo tempo que aprendeu a andar e conquistou o título de Tetracampeão Nacional de Karting. Esta paixão e excelência representam a terceira geração do Kartódromo de Évora, uma história que se iniciou com o avô, passou para o pai e, no futuro, continuará com Frederico.
Fundada em 1902 por José Dordio Rebocho Pais, a Farmácia Rebocho Pais é um marco histórico na cidade de Évora. Localizada no coração da cidade, esta farmácia desfruta de uma ligação com a comunidade local, que remonta há mais de um século. Numa entrevista exclusiva com Ana Louro, Diretora da farmácia, exploramos a rica história e a evolução desta instituição.
que passava por aqui, a sentar-se ao final da tarde. São histórias que perduram, memórias que resistem ao tempo e que as pessoas continuam a partilhar”, menciona Ana Louro.
Ana, a atual Diretora Técnica da farmácia, é a primeira farmacêutica da família. Cresceu imersa neste ambiente, entre gavetas e caixinhas de medicamentos. Para ela, seguir esta carreira foi um caminho natural, uma extensão da tradição e da paixão pelo trabalho em prol da comunidade.
Atualmente, a farmácia continua a manter uma relação próxima com a comunidade, apesar das mudanças que a cidade experienciou ao longo dos anos. Antigamente, era um ponto de encontro para os residentes locais e hoje, continua a ser um lugar onde as pessoas se encontram, cumprimentam e conversam para fugir um pouco da solidão. “A maior parte dos nossos utentes, conhecemos pelo nome. É quase como se fossem família”, observa Ana Louro.
A equipa da Farmácia Rebocho Pais é composta por dois farmacêuticos, dois técnicos e uma estagiária. Além da venda de medicamentos, oferece uma ampla gama de serviços que tem como objetivo melhorar a saúde e o bem-estar da comunidade. Estes incluem consulta de nutrição, leitura de parâmetros bioquímicos, preparação individualizada de medicação e administração de injectáveis. Durante a pandemia, a farmácia desempenhou um papel fundamental na realização de testes rápidos antigénio, e este ano irá fazer parte da campanha de vacinação gartuita nas farmácias das vacinas Covid-19 e da gripe. “Temos de acrescentar mais valor ao cidadão”, salienta Ana Louro.
Para além disso, a farmácia desempenha um papel ativo na educação da comunidade sobre saúde e bem-estar. Através de ações educacionais e aconselhamento individual, a farmácia ajuda os clientes a entenderem as suas terapêuticas e a adotarem estilos de vida mais saudáveis.
A família Rebocho Pais, originária de Cano, próxima de Estremoz, estabeleceu-se em Évora, dando início a uma trajetória que perdura há mais de um século. José Dordio Rebocho Pais, além de fundador da farmácia, desempenhou vários papéis de destaque na sociedade, como Comissário de Polícia, Vice-Provedor da Misericórdia e Presidente da Câmara Municipal durante a I República. Também foi professor do ensino secundário, consolidando a sua presença como uma figura proeminente na comunidade.
Ao longo dos anos, a Farmácia Rebocho Pais tornou-se parte integrante da vida dos habitantes de Évora. Gerações passaram pelas suas portas, recordando figuras como José Dordio Rebocho Pais e o seu filho, Fernando Rebocho Pais. A farmácia foi mais do que um lugar de venda de medicamentos, era um espaço onde as pessoas paravam e sentavam-se para conversar sobre os problemas da sociedade, debater política, funcionava como uma espécie de tertúlia. “Lembro-me claramente do Sr. Fernando a fumar junto à janela, e o meu pai, sempre
Além dos serviços tradicionais, a Farmácia também oferece um serviço essencial ao domicílio. Este serviço não é apenas uma parte do negócio, mas um compromisso humanitário com a comunidade. A equipa da farmácia garante que os medicamentos cheguem até aos lares daqueles que não se podem deslocar à farmácia, especialmente aos idosos que vivem sozinhos. “Ajudar essas pessoas é uma recompensa valiosa para nós”, comenta a diretora.
A Farmácia Rebocho Pais não teme a evolução tecnológica, pelo contrário, abraça-a para melhorar o atendimento ao cliente e a eficiência dos serviços. A informatização e a integração de tecnologias são vistas como uma maneira de manter a farmácia atualizada e relevante para as gerações futuras e também para facilitar o trabalho diário. Contudo, Ana Louro acredita que a dimensão humana continuará a ser essencial, visualizando um futuro em que a tecnologia coexiste harmoniosamente com o contacto humano, proporcionando benefícios práticos e mantendo a confiança e a interação direta com a comunidade.
Quando questionada sobre o futuro da Farmácia Rebocho Pais e do setor farmacêutico em geral, Ana Louro expressa otimismo. Acredita que a farmácia continuará a ser um espaço onde as pessoas depositam a sua confiança, procurando não apenas medicamentos, mas também conhecimento e orientação. “Para o futuro seria importante as farmácias serem reconhecidas como um complemento do SNS, sendo consideradas como uma parte da solução e um braço auxiliar dentro do sistema de saúde. Vamos sempre evoluir, mas a dimensão humana será essencial”, explica.
Assim, a Farmácia Rebocho Pais mantém-se como um farol de tradição e cuidado na comunidade de Évora, pronta para enfrentar os desafios do futuro, mas sem perder de vista a rica história que a moldou ao longo dos anos.
A Vetsor – Serviços Veterinários comemora duas décadas de dedicação e excelência na medicina veterinária no coração do Alentejo. Fundada pela médica veterinária Inês Quintans, a clínica continua a ser uma pedra angular no cuidado dos animais na região, mantendo uma ligação crucial com a comunidade agrícola e pecuária local.
Desde muito cedo, Inês Quintans demonstrou uma paixão inabalável pelo mundo rural e pelos animais de grande porte. Esta motivação inicial levou a médica veterinária a seguir uma carreira na área de equinos e animais de produção. No entanto, à medida que o tempo passou, Inês foi fazendo cada vez mais clínica de pequenos animais. Foi neste contexto que a história da Vetsor começou a ser escrita. Inês iniciou os preparativos para a clínica em 2002, e em dezembro de 2003, a Vetsor abriu as suas portas, marcando o início de uma jornada que já dura quase duas décadas. A clínica tornou-se um marco na área da medicina veterinária, atendendo tanto pequenos animais como animais de produção.
Atualmente, a Vetsor oferece uma ampla gama de serviços. Na categoria de animais de companhia, os serviços vão desde consultas de rotina até tratamentos especializados. Inês explica: “Temos todos
os serviços, desde consultas, banhos até tosquias. Além disso, temos equipamentos de diagnóstico avançados, como raio X, ecografia e eletrocardiograma, que são quase equivalentes aos disponíveis na medicina humana”. Isso significa que os clientes podem esperar cuidados veterinários de última geração para os seus animais de estimação, garantindo a sua saúde e bem-estar.
Quando se trata de animais de produção, a Vetsor também se destaca. A clínica oferece serviços especializados que incluem diagnóstico e tratamento de animais de produção, contribuindo para a eficiência e o sucesso dos produtores locais. Mas o que faz da Vetsor verdadeiramente excecional é a sua equipa de profissionais qualificados. Composta por três médicos veterinários e dois enfermeiros veterinários, a equipa dedicada e experiente é a espinha dorsal da clínica e desempenham um papel fundamental na prestação de cuidados veterinários de alta qualidade.
A Vetsor compreende a importância fundamental da medicina preventiva na manutenção da saúde dos animais. “Com a tendência crescente de animais de estimação a coabitarem em ambientes domésticos, a prevenção tornou-se essencial. Na clínica, costumamos fazer consultas de rotina, principalmente nos pequenos animais. Isso inclui desparasitações e vacinações, um trabalho direcionado para a saúde pública e para prevenir zoonoses”, salienta Inês. Quando se trata de animais de grande porte, a abordagem é diferente, mas igualmente vital. E, por isso, a Vetsor oferece aconselhamento nutricional para a saúde dos animais de produção, adaptado às condições específicas, incluindo o clima e as pastagens locais. Isso ajuda os proprietários a tomar decisões informadas sobre a alimentação dos seus animais e a prevenir doenças relacionadas com a nutrição.
O Alentejo é uma região reconhecida pela sua tradição agrícola e pecuária robusta. O papel do Alentejo no mundo animal é indiscutível: a abundância de pastagens, terras vastas, clima favorável e barragens contribuem para criar condições ideais para a produção animal. No entanto, a médica veterinária ressalta um desafio crescente: as mudanças climáticas. “As alterações climáticas afetam de alguma forma a produção animal. A seca pode prejudicar as pastagens, o que significa que, cada vez mais é necessário fornecer alimentação suplementar”, explica.
Em relação ao futuro, Inês vislumbra uma evolução contínua na profissão. “Devemos esperar cada vez mais meios de diagnóstico avançados e recursos alinhados com a medicina humana. A especialização será o futuro, com clínicas dedicadas a áreas específicas, como ortopedia entre outras”. E remata: “Estamos no meio rural e ainda temos de educar os tutores sobre a importância de cuidar dos seus animais e trazê-los ao veterinário. No entanto, a tendência é que os animais se tornem cada vez mais membros da família”.
A Saúde@Home, uma start-up inovadora no campo da saúde digital, tem sido destacada ao revolucionar a forma como a monitorização de pacientes é realizada. Entrevistamos Carlos Mateus Gomes, diretor da empresa, que nos explica sobre a origem e a missão da empresa e os avanços tecnológicos que estão a moldar a medicina.
A Saúde@Home, fundada em 2017, tem o objetivo de oferecer assistência médica remota acessível, permitindo ultrapassar, por exemplo, áreas geograficamente dispersas e com desafios socioeconómicos.
Carlos Mateus Gomes explica a escolha da região de Évora para a implementação do projeto piloto, devido à sua reduzida densidade populacional, deficiente rede de internet e uma ampla região (representa “um terço do território nacional, mas apenas 5% da população”).
A empresa oferece uma solução tecnológica remota, tanto para entidades públicas como privadas, que consiste na disponibilização de um conjunto de dispositivos clínicos que medem os dados vitais das pessoas onde quer que se encontrem, comunicando esses dados para uma central de monitorização, recebendo suporte para infraestrutura e tecnologia do Parque Ciência da Universidade de Évora. O projeto piloto, inicialmente focado em cardiologia no Hospital de Évora, iniciou-se em 2019, em plena pandemia Covid-19, o que proporcionou algumas ameaças, mas também oportunidades à empresa e contou ainda com o financiamento de Fundos Comunitários provenientes do Portugal 2020.
A Saúde@Home utiliza tecnologia inteligente para telemonitorização e atualmente monitoriza pacientes em Portugal, inicialmente focada em cardiologia e, posteriormente, em oncologia onde monitorizam um número alargado de pacientes.
A empresa está em vias de se expandir internacionalmente para Angola e São Tomé e Príncipe, tanto para o setor privado como público. Para além disso, o Diretor menciona planos de expansão para outras áreas da Medicina, como diabetes, hipertensão, saúde mental, entre outros, procurando monitorizar diversas condições de saúde. “O objetivo é sempre tratar as pessoas e salvar vidas”, salienta.
O sistema de telemonitorização da Saúde@Home é composto por três módulos: aparelhos de medição para várias leituras, como a oximetria, ecocardiograma, entre outros; tecnologia para recolha e transmissão de dados e uma central de monitorização, para controlo e avaliação dos profissionais. Carlos Mateus Gomes esclarece que os parâmetros vitais são monitorizados em tempo real e, em caso de desvios, são acionados alertas visuais e sonoros para os profissionais de saúde para uma intervenção rápida. “Esse tipo de monitorização proporciona uma sensação de segurança para as pessoas, pois sabem que estão a ser seguidas e, se necessário, receberão assistência mesmo estando em casa”, explica Carlos.
Reação da comunidade médica
A aceitação da telemonitorização pela comunidade médica é influenciada por vários fatores, incluindo a falta de familiaridade dos profissionais de saúde com estas tecnologias, receio das mudanças nos modelos tradicionais, escassez de opções fiáveis no mercado e comunicação inadequada das empresas que desenvolvem as tecnologias. Também a aceitação varia conforme as experiências locais e reflete diferenças culturais nas atitudes em relação à inovação.
Apesar disso, o Diretor vê essa tecnologia como o futuro da medicina, permitindo que as pessoas sejam monitorizadas nas suas casas ou onde se encontram e “só se dirigiram aos hospitais em casos agudos”. Contudo, a implementação requer adaptações nos sistemas de saúde, infraestruturas tecnológicas e protocolos integrados.
Futuro da Saúde@Home
Para o futuro, a Saúde@Home tem como objetivo tornar-se um dos principais líderes “nesse mercado emergente”. Carlos Mateus Gomes enfatiza a importância do investimento em pesquisa para utilizar os dados recolhidos e contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, através da tecnologia e da monitorização remota. “Eu diria que estas tecnologias são muito importantes para ajudar em circunstâncias futuras, que neste momento não existem e que nós nem sonhamos que possam vir a ajudar. Além disso, o objetivo é aproveitar a vasta quantidade de informações disponíveis atualmente para aplicá-las num propósito específico no futuro”, salienta.
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Nesta entrevista, conhecemos um pouco mais sobre a trajetória profissional de Ermelinda Gomes. Com mais de 25 anos de experiência, a mediadora é uma figura de destaque na Fidelidade Seguros, em Vila Viçosa, Alentejo.
A história de Ermelinda Gomes na indústria de seguros começou de forma inesperada. Nos primeiros dias em que se aventurou neste ramo, apesar das dificuldades da formação e sem qualquer passado na área dos seguros, superou com elevação a formação numa área pela qual se apaixonou. Determinada, resiliente e com muito trabalho, conseguiu vencer umas disputa de vendas, para sua surpresa, logo no seu primeiro ano como mediadora.
No inicio da sua carreira, Ermelinda, focou-se bastante em seguros agrícolas, uma escolha que se revelou acertada dada a sua facilidade em relacionar-se com viticultores da região. O seu sucesso inicial levou-a a juntar-se à Mundial Confiança , em 2001, e abriu o seu próprio escritório. A dada altura, trocou o parceiro inicial pela Fidelidade Seguros, alicerce fundamental que permitiu, no trabalho em conjunto, expandir, fazer crescer e fortalacer a sua carteira de clientes ao longo dos anos.
O que torna a história de Ermelinda ainda mais notável é que não tinha antecedentes familiares no setor de seguros, começando praticamente do zero. Atualmente, a sua carteira de seguros atinge os dois milhões euros, com uma equipa composta por apenas três pessoas. A sua dedicação e paixão pelo trabalho são inegáveis, uma vez que a mediadora para os seus clientes está disponível as 24 horas do dia. Quando questionada sobre as áreas específicas em que se concentra dentro da indústria de seguros, Ermelinda revela que a sua carteira é bastante equilibrada. O leque de clientes, com variadas áreas de actividade, desde pequenos negócios, grandes empresas e empresas de topo da nossa economia, imprimem à sua carteira um dinamismo e uma multiplicidade que a valorizam. A sua abordagem permite-lhe minimizar o impacto de saídas de clientes, uma vez que a entrada e saída são quase impercetíveis em comparação com carteiras dominadas só por grandes empresas.
A capacidade de manter relacionamentos de longo prazo com os clientes, de os fidelizar, é uma das chaves do sucesso de Ermelinda. A qualidade do serviço prestado e a confiança que os clientes lhe depositam são fatores essenciais para a fidelidade contínua. Muitos dos seus clientes nem sequer sabem qual seguradora está por detrás das suas políticas, confiando plenamente no conhecimento e na dedicação da mediadora.
Ermelinda também reconhece a importância dos seguros na qualidade de vida das pessoas. Destacando os seguros de saúde como uma componente fundamental na vida de todos, especialmente numa época em que o Sistema Nacional de Saúde muitas vezes não consegue responder atempadamente às necessidades dos cidadãos.
Além disso, Ermelinda observa que as preocupações dos clientes vão além dos seguros obrigatórios, como o seguro automóvel. Atualmente, preocupam-se com a proteção do seu conteúdo doméstico, o seguro de vida, o seguro da casa e até mesmo seguros de poupança.
Para Ermelinda Gomes a superioridade da Fidelidade Seguros em relação a outras seguradoras deve-se aos elogios e classificações de destaque que a empresa recebe nos rankings da indústria seguradora. Além disso, a estreita relação de confiança entre mediadores, como ela e a Fidelidade, possibilita o fornecimento de um nível de serviço extraordinário aos seus clientes.
Quando questionada sobre o seu futuro profissional na Fidelidade, Ermelinda não tem duvidas, trabalhar cada dia mais e melhor em função da satisfação dos clientes. Um dos seus objetivos é descomplicar o conceito de seguro e ajudar cada cliente a encontrar a opção que melhor se adapte às suas necessidades. Destacando ainda que a Fidelidade oferece constantemente oportunidades de crescimento e ciclos a serem cumpridos, o que a mantém motivada e entregue ao seu trabalho. Ser líder de mercado significa estar sempre presente onde os clientes mais necessitam e com a solução mais adequada.
A liderança eficaz é o alicerce sobre o qual os negócios prosperam e evoluem. Neste contexto, exploramos estratégias de liderança inspiradoras que impulsionam organizações em direção ao sucesso sustentável, abordando desafios contemporâneos e alavancando o potencial humano para alcançar metas ambiciosas.
A inovação, por sua vez, é o motor da transformação no mundo dos negócios. Exploramos como é que os líderes podem criar ambientes propícios à geração de ideias revolucionárias. Examinamos as histórias de inovação que redefiniram indústrias e modelos de negócios, demonstrando como a mentalidade inovadora pode manter as empresas à frente da concorrência e das mudanças.
No cenário empresarial atual, a tecnologia é um catalisador essencial para o crescimento e a eficiência. A revista explorou as últimas tendências e avanços tecnológicos que estão a moldar os negócios atuais, capacitando líderes a tomarem decisões informadas num mundo em constante evolução.
Junte-se a nós enquanto desvendamos as sinergias vitais entre liderança, inovação e tecnologia que moldam o futuro dos negócios.
A SoftFinança tem sido pioneira incontestável no campo da inovação tecnológica, mantendo-se à frente das mudanças no setor. Numa entrevista exclusiva com Luís Teodoro, Administrador, exploramos as principais transformações que ocorreram ao longo dos anos, a adaptação a diversos setores e os princípios de sustentabilidade que moldam a empresa.
Desde a sua criação, em 1990, a SoftFinança tem assistido a uma enorme revolução tecnológica! Luís Teodoro destaca que a empresa começou com foco no setor financeiro, orientado para o self-service e a introdução pioneira de ATM’s e serviços de levantamento e disponibilização de dinheiro. Inicialmente, a aceitação e a mudança de paradigma foram um desafio: “No início, a ideia de substituir o atendimento presencial por máquinas era vista com ceticismo pelos clientes. Hoje, a automação é a norma e a tecnologia está nas mãos de todos”.
Com o passar dos anos, a SoftFinança adaptou-se a essas transformações tecnológicas “para acompanhar as mudanças na relação do cliente com a instituição financeira”, explica. Investiu em inovação, expandiu os seus serviços para dispositivos, como computadores e telemóveis, e ampliou parcerias com clientes para desenvolver soluções pioneiras, como depósitos e levantamentos sem necessidade de cartão, que agora são comuns no setor financeiro.
técnicas, mas deve servir o propósito de melhorar a experiência do utilizador e a interação do cliente-organização: “A tecnologia está na base desta transformação digital. Procuramos que a tecnologia sirva o propósito de implementar uma evolução, uma melhor user-experience e interação do cliente com as organizações”, esclarece.
Num mundo cada vez mais preocupado com a sustentabilidade, a SoftFinança também desempenha o seu papel. Luís Teodoro destaca várias iniciativas, como a gestão de atendimento personalizado e a redução do desperdício de recursos. A empresa foi pioneira na opção de escolha entre receber ou não comprovativos em papel nas transações financeiras, economizando recursos e contribuindo para um futuro mais sustentável: “A sustentabilidade é uma preocupação para nós. Procuramos sempre maneiras de tornar as nossas soluções menos poluentes e mais eficientes”, garante.
Adicionar valor a clientes e parceiros
A SoftFinança está empenhada em adicionar valor de forma contínua aos seus clientes e parceiros, investindo em inovação e eficiência. A empresa mantém uma relação de confiança, com uma equipa experiente e multidisciplinar, oferecendo soluções tecnologicamente avançadas que protegem o investimento dos seus clientes e asseguram a continuidade dos seus negócios: “Continuamos a adicionar valor aos nossos clientes e parceiros através da inovação e eficiência, mantendo as nossas soluções atualizadas e proporcionando uma relação de confiança”, realça Luís Teodoro.
Perspetivas futuras: expansão internacional e eficiência
Olhando para o futuro, a SoftFinança tem dois objetivos estratégicos claros. Primeiro, procuram continuar o seu crescimento internacional, com foco em mercados emergentes, como países africanos francófonos e América Latina. A empresa deseja levar as suas soluções comprovadas para novos clientes e seguir a sua trajetória de crescimento.
Flexibilidade setorial: das finanças à saúde
A SoftFinança expandiu estrategicamente as suas operações para diversos setores, começando pelo financeiro e segurador, evoluindo para distribuição e, mais recentemente, na área da saúde. Esta expansão foi guiada pela estratégia de consolidar competências e especializações em diversas indústrias.
Luís Teodoro salienta que o denominador comum em todas essas incursões foi a usabilidade da funcionalidade de pagamento. A empresa adquiriu competências e especializações para atender às necessidades específicas de cada setor, garantindo soluções orientadas para o cliente: “Mantemos uma equipa multidisciplinar e experiente, atualizada e inovadora, através de programas internos de formação e pesquisa contínua de novas tecnologias e tendências de mercado”, realça.
Num mundo de rápida transformação digital, a tecnologia desempenha um papel fundamental em impulsionar essas mudanças. Luís Teodoro ressalta que a tecnologia não deve ser uma demonstração de habilidades
Além disso, a SoftFinança está atenta às mudanças nas dinâmicas de pagamento e regulamentações. A empresa pretende manter-se na vanguarda das tendências, incorporando novas funcionalidades e oferecendo soluções que respondam às necessidades, em constante evolução, dos seus clientes: “O nosso objetivo é continuar a crescer internacionalmente, ampliando a base de clientes em mercados estratégicos e incorporando novas funcionalidades nas nossas soluções para atender às mudanças no setor de pagamentos”.
A SoftFinança é uma empresa que não acompanha apenas as transformações tecnológicas, mas também as lidera. O seu compromisso com a inovação, sustentabilidade e atendimento ao cliente são pilares que impulsionam a sua trajetória de sucesso no setor da tecnologia financeira. O futuro da empresa promete seguir moldando o panorama tecnológico global.
www.softfinanca.com
Nuno Pimenta, Administrador da Finanças com Pimenta, partilhou a sua trajetória profissional, que inclui uma década no setor bancário e a fundação de várias empresas. Numa entrevista exclusiva, revelou como essas experiências moldaram as suas habilidades empresariais e deixou conselhos valiosos sobre finanças pessoais e empreendedorismo.
Percurso Profissional – do setor da banca ao empreendedorismo
Nuno Pimenta possui uma ampla trajetória profissional, que abrange mais de uma década no setor bancário e a fundação de várias empresas em diferentes áreas de negócio. A sua experiência acumulada dotou-o de conhecimentos sólidos em finanças, gestão de riscos, estratégias de negócio e administração de carteira de clientes, formando uma base essencial para lidar com os aspetos financeiros e operacionais do negócio.
Além da experiência adquirida no setor bancário, a fundação de várias empresas acrescentou-lhe valiosas skills, como liderança, gestão de equipas e adaptação a diferentes contextos de negócio: “a diversidade de experiências contribuiu para uma visão holística e a capacidade de tomar decisões informadas em diferentes situações empresariais”, revelou.
A arte de empreender – da segurança ao risco calculado Nuno Pimenta explicou que a sua trajetória de transição do setor bancário para o empreendedorismo foi uma decisão bem pensada e muito ponderada, baseada na bagagem adquirida na banca, na influência pessoal – inspirada pelo exemplo do seu pai que era empresário – e pela vontade de seguir um caminho próprio: “durante mais de uma década, ganhei a motivação de querer dar o salto e de fazer acontecer os meus próprios negócios”, explicou Nuno.
Outro dos motivos dessa transição foi a pandemia, em 2020, que impactou os negócios de Nuno, que se focavam na área do turismo e transporte. Foi nessa altura que, Hugo Pinheiro, um amigo, reconhecendo a sua experiência no setor financeiro, o convidou para ser consultor de gestão de crédito. Nuno aceitou o desafio proposto, sendo uma oportunidade para diversificar os seus negócios noutra área distinta, conseguiu equilibrar todas as suas atividades à medida que a situação melhorava, combinando o freelancing como gestor de crédito e a gestão dos seus negócios, dando-se início à atual Finanças com Pimenta!
Na empresa Finanças com Pimenta, alguns dos serviços oferecidos são a consultoria em finanças pessoais e gestão de créditos além da
mentoria e coaching. A criação da empresa teve como base a necessidade de ajudar e motivar para promover a literacia financeira, principalmente nos aspetos mais íntimos das finanças pessoais, que é um tema cada vez mais relevante.
Nuno Pimenta, um empreendedor atento, percebeu a relevância de abordar uma grande lacuna existente no conhecimento básico de finanças numa grande parte da nossa população e, para isso, estabeleceu uma nova linha de serviços chamada ‘Bê-à-Bá das finanças pessoais’. Esta iniciativa tem como objetivo fornecer informações fundamentais sobre finanças, começando com definições, fundamentos e dicas, ajudando as pessoas a dar os primeiros passos rumo à estabilidade financeira. O próximo passo deste projeto é desmistificar áreas como crédito e empreendedorismo: “é esta a base em que eu estou a trabalhar e o mote do meu e-book, que já está disponível”, reforçou. Novos e-books serão disponibilizados, nomeadamente o de crédito para também desmistificar conceitos, dar dicas e a conhecer como o podemos utilizar de maneira saudável, rumo a uma vida financeira mais estável e de qualidade.
A faixa etária predominante dos clientes da Finanças com Pimenta está entre os 25 e 45 anos e o foco da orientação financeira, que Nuno costuma fornecer aos clientes – especialmente aos mais jovens –, é a necessidade de entender os conceitos financeiros fundamentais. Isso inclui a compreensão de termos, como fundo de emergência e a importância de ter as finanças pessoais bem organizadas, estruturadas e acima de tudo bem negociadas! Para os jovens que desejam empreender, o nosso entrevistado salientou a interligação entre a literacia financeira e o sucesso nos negócios, sublinhando a importância de ter finanças pessoais organizadas antes de iniciar um projeto a solo.
Além disso, a empresa oferece consultoria na área de crédito, atuando como intermediário de crédito para ajudar os clientes em diversas metas financeiras, desde a compra de uma casa, renegociação de condições e até investimentos imobiliários.
Nuno Pimenta organiza, ainda, workshops e webinars sobre literacia financeira, abrangendo desde os conceitos básicos até aos avançados. O objetivo é suprir a falta de preparação financeira na educação formal, abordando temas como IRS, recibos verdes e empreendedorismo. Essas iniciativas procuram “sensibilizar, desde jovens a adultos para a
importância da literacia financeira” na vida diária e nos negócios, oferecendo informações cruciais para decisões financeiras informadas ao longo da vida.
Orientações para empreendedores e perspetivas futuras
Para os aspirantes a empreendedores, Nuno oferece conselhos essenciais, como validar as suas ideias de negócio, criar planos sólidos de negócios, construir uma rede de apoio, estar disposto a assumir riscos calculados e manter a paixão e a perseverança, pois “o caminho de empreendedor é muito desafiador, mas também bastante gratificante”.
Ao abordar o futuro do setor financeiro, o gestor encerrou o seu discurso dizendo que a necessidade de integrar a literacia financeira no ensino e na formação é a chave para um futuro financeiro seguro e bem-sucedido.
Nuno Pimenta, com a sua vasta experiência e visão clara do panorama financeiro, continua a orientar e a apoiar os indivíduos na sua procura pela estabilidade e independência financeira, reforçando a importância de compreender e dominar o ‘Bê-à- Bá’ das nossas próprias finanças, para alcançar um futuro financeiro seguro e próspero. 962
A Caetano Aeronautic tem desempenhado um papel significativo no desenvolvimento da indústria aeroespacial nacional desde a sua fundação em 2012. Como é que a empresa vê o seu contributo para o crescimento do setor em Portugal?
Atualmente, o setor aeronáutico em Portugal possui uma mão de obra altamente competente e qualificada, podemos mesmo afirmar que estamos ao mesmo nível dos países onde a indústria aeronáutica está implantada há muito mais tempo. É na área do aumento das competências técnicas e das qualificações específicas que contribuímos todos os dias para que o setor cresça e seja reconhecido pelos principais construtores de aeronaves e similares.
A localização estratégica da Caetano Aeronautic em Vila Nova de Gaia, próxima ao Aeroporto do Porto, é notável. Como é que essa proximidade beneficia a empresa em termos de logística e colaborações no setor aeroespacial?
A nossa proximidade do aeroporto é um benefício incontestável, tanto pela facilidade e agilidade nas deslocações a clientes, fornecedores, parceiros de negócio, mercadorias, como de outras empresas (dentro e fora do sector aeronáutico) que veem conhecer a nossa atividade, competências e serviços. Seria inimaginável termos de recorrer ao aeroporto de Lisboa ou de Vigo. É quase certo que ao pensarmos numa expansão de instalações e/ou deslocalização, o facto da proximidade do aeroporto terá sempre muito peso nessa tomada de decisão.
Nesta entrevista, Filomena Sabença, Plant General Manager da Caetano Aeronautic, partilha insights sobre as oportunidades e desafios que a indústria aeroespacial enfrenta atualmente, destacando a importância de uma gestão flexível e ajustável.
A Portugal Air Summit 2023 tem como tema central “Voar por um Mundo de Oportunidades”. Como é que a Caetano Aeronautic vê as oportunidades e os desafios específicos que esta indústria enfrenta atualmente?
Ao dia de hoje, mantemos o foco na expansão do volume de negócios, na internalização de processos e aumento estruturado das competências das equipas. Essa evolução só é possível com pessoas, processos robustos, eficientes e eficazes, suportados na gestão Lean Manufacturing (Kaizen). O alinhamento de toda a equipa com a estratégia e objetivos da empresa é igualmente fundamental para o nosso crescimento. Considero que a retenção do talento e aceitação do trabalho por turnos são os maiores desafios que enfrentamos atualmente, pois a progressão de carreira, a formação técnica e o equilíbrio adequado entre vida profissional e pessoal são fatores muito valorizados. A resolução desses desafios não depende de ações únicas ou pontuais, mas sim de ações estruturadas e da implementação de políticas de gestão dos recursos humanos ajustáveis e progressivas só possíveis se acompanhadas pelo crescimento e maturidade da organização. Esta flexibilidade na gestão é o que nos vai permitir abraçar novos desafios, novos projetos e tecnologias, de forma ágil e disruptiva.
O uso da inteligência artificial na aviação é um tópico em destaque na Portugal Air Summit. Pode partilhar ideias ou exemplos sobre como a Caetano Aeronautic está a incorporar a IA nas suas operações e produtos?
Temos de recordar que existe um antes e um depois da pandemia. Em 2018 estávamos a iniciar projetos e estudos para a implementação da digitalização, da realidade aumentada e da produção integrada por computador (CIM) áreas de desenvolvimento dentro do nosso Moonshot, designação da nossa visão há sete anos. Em 2020 veio o impacto da pandemia que nos obrigou a rever as prioridades e a unir todos os esforços para a reestruturação e recuperação da empresa para manter postos de trabalho e clientes. Assim, neste momento, os projetos de digitalização vão ser implementados em função da estratégia e da evolução dos resultados, sem nunca perder o foco na importância de estarmos atualizados, mas de forma sustentável.
À arquitetura está inerente a criação de algo mais, algo para além de, o processo criativo e daqui podemos retirar vários conceitos que são transversais a uma boa gestão ou administração de uma empresa enquanto sistema organizacional. Enquanto ser participativo de uma estrutura organizacional, cujo escopo fundamental é a produção arquitetónica, entendo a arquitetura como um processo criativo com o propósito de organizar e ordenar o espaço, tendo em conta a finalidade última que é proporcionar ao ser humano o bem estar, tanto na vivência espacial como na vivência das relações humanas, utilizando da forma correta os recursos disponíveis.
Transpondo este conceito, não fechado, dentro da diversidade de definições possíveis, para um entendimento praticado na gestão/ administração da nossa empresa, esta nada mais é do que um processo criativo com o propósito primordial de ordenar e organizar um espaço (empresa enquanto organização), absorvido pelos vários departamentos que o compõe, como os recursos humanos, gestão de projetos, gestão de obra, planeamento financeiro e estratégia comercial, arquitetando de forma eficiente a construção de um só corpo de crescimento sustentável e de evolução contínua, partilhado por uma linguagem comum a todos eles, criando sinergias, com o foco na constante melhoria da produtividade e em busca pela máxima eficiência organizacional do dito espaço, estabelecendo-se assim no nosso seio um ambiente de trabalho singular, agradável e organizado, através do diálogo, debate, partilha de conhecimento e visão estratégica, apreendendo-se o espaço (a organização) como um “open space”, onde não existem barreiras para o livre fluir das ideias, dos pensamentos, das opiniões, das razões, moldado sempre por um espírito inquieto de tentativa de superação do já edificado.
É essencial investir tempo e recursos no planeamento e criação dos projetos internos de uma empresa, definindo-se objetivos e metas que se pretendem alcançar, proporcionando assim uma boa qualidade no serviço prestado.
A nossa arquitetura empresarial fornece uma visão estratégica e holística, transversal a toda a nossa organização, adotando um vocabulário comum a todos, criando uma união e combatendo as forças disruptivas.
Toda a nossa organização é arquitetura!
Mariana Rodrigues, Arquiteta, Diretora de Operações
A procura da definição de “arquitetura” como disciplina, pressupõe um processo introspetivo de busca por algo complexo, algo indefinível como “matéria fechada”. Pressupõe pensar arquitetura.
E pensar arquitetura, é como uma linha interminável no espaço-tempo, onde as mais variadas circunstâncias, influenciam o rumo e o destino desse pensamento. Torna-se um sem fim de possibilidades, onde as diversas “artes” podem e devem dialogar, transmitindo e partilhando dinâmicas, instigando à discussão, à partilha de conhecimento, sempre tendo como base a criatividade – o processo criativo. E o que é o processo criativo senão um conjunto de influências, de referências, que pensadas de um qualquer ponto de vista, conjugadas perante determinados pressupostos, produzem “arte”?
O princípio do pensamento arquitetónico como processo criativo, estimula-nos diariamente a procurar expressar esta ânsia, em todos os projetos que envolvem o gabinete. Não procuramos apenas responder de uma forma direta e resolutiva, mas antes, acrescentar. Acrescentar sempre algo que possa influenciar, alterar, criar emoção. É nessa circunstância que, muitas vezes, saindo fora da nossa zona de conforto, exploramos áreas que não são puramente “arquitetura”.
Procuramos dessa forma estimular-nos a pensar arquitetura de uma forma que não apenas projetando, mas também sob outras formas de arte. A nossa participação na Bienalle de Veneza, sob a curadoria da exposição Time Space Existence, é um dos exemplos que nos permitiu explorar e pensar algumas temáticas que discutimos internamente no gabinete, e apresenta-las sob uma “expressão artística”. A participação em simpósios e conferências em que se discute o futuro das cidades,
e como a arquitetura pode e deve intervir na sociedade, permite-nos dialogar interna e externamente sob esta perspetiva de interligação entre várias áreas, e toda essa partilha de conhecimento, influencia o desenho nos nossos projetos de arquitetura. Permite-nos projetar sob princípios sustentados.
Perante esta nossa realidade, é estimulante vermos o nosso trabalho ser reconhecido internacionalmente, quer através dos prémios de arquitetura atribuídos a algumas das nossas obras, quer através dos convites para participar nestas partilhas.
São estas dinâmicas, transversais, a base de trabalho do nosso gabinete. Os princípios que defendemos e que nos permitem tornar a arquitetura como algo muito mais abrangente que simplesmente o ato de projetar. É desta forma que pensamos arquitetura, e que fazemos esta “nossa” arquitetura.
Rafaela Zanette, Arquiteta, Coordenadora de Obra
A arquitetura, como atividade humana, desde os seus primórdios alia a “arte” de projetar ao construir. Apesar de se admitir a existência de construção, sem o contributo da arquitetura, quando ambas as “artes” se conciliam, é possível criar “obra”.
Partindo da premissa da arquitetura como processo criativo, a sua materialização através do processo construtivo, permite que seja criada uma sinergia entre as duas atividades, onde vigoram os estímulos partilhados e interligados, que resultam numa total apreensão do propósito e dos princípios inerentes à “obra”, elevando-a a arte.
Este estímulo é da mesma forma transportado para a equipa que executa, sensibilizando-os e formando-os no sentido de reunirmos as condições necessárias que permitam “olhar” para a atividade da
construção como espaço “criativo”, através do qual se molda e se define o espaço.
A constante pesquisa e espírito colaborativo presente na nossa organização, caminha neste sentido, de pensar a “obra” como arte, como algo que acrescenta, que diferencia, que estimula.
É pela busca dessa “obra de arte” que “construímos”, e que, no final de todo o processo, entregamos ao cliente como reflexo de toda a transversalidade que esta representa.
Assim, construir, tendo como base estes princípios de arquitetura, é mais uma, nossa, forma de “expressão artística”.
O estímulo da arquitetura é essencial na nossa visão estratégica, na forma como olhamos e nos posicionamos no mercado imobiliário. A arquitetura desempenha um papel fundamental, está intimamente ligada aos valores estéticos e funcionais dos imóveis, afetando diretamente a sua valorização e atratividade.
Projetos “inteligentes” têm o poder de extrair o máximo potencial dos ambientes, de acordo com aquilo que o cliente pretende, permitem maximizar o aproveitamento dos espaços e isso é especialmente relevante tanto para imóveis comerciais como residenciais, localizados em áreas urbanas onde cada metro quadrado é precioso.
Além disso, projetos que levam em consideração aspetos como sustentabilidade, eficiência energética e acessibilidade tendem a ser mais valorizados, pois a preocupação com a preservação do meio ambiente e com a redução de custos de energia, são fatores de relevância na ponderação da aquisição de um determinado imóvel.
Da mesma forma, projetos flexíveis e adaptáveis permitem que os espaços sejam modificados de acordo com as necessidades, contextos e especificidades, evitando grandes reformas ou até mesmo troca de imóveis. Essa flexibilidade pode ser um fator determinante na escolha de um imóvel, considerando que o estilo de vida está cada vez mais dinâmico e em constante transformação.
253 565 098
geral@zegnea.com www.zegnea.com
A arquitetura, da forma como a integramos no nosso pensamento organizacional, aparece como fio condutor desde o primeiro esboço, garantindo que os projetos sejam pensados de forma holística considerando os diversos aspetos físicos, estéticos, ambientais e sociais, envolvidos na conceção de um espaço habitável e significativo.
A estratégia de agregação de valências no nosso grupo, num pensamento transversal e inter-relacional entre os diversos departamentos, cria um valor acrescentado para o serviço e acompanhamento que prestamos aos nossos clientes, sendo a arquitetura o elemento agregador de todo este processo.
Em entrevista, João Vaz Gomes, Fundador da JVG Arquitetos, destaca a importância de integrar as expectativas dos clientes com a identidade dos locais, criando soluções arquitetónicas sustentáveis e funcionalmente integradas. Explorámos como a arquitetura pode impactar positivamente a vida diária e como a empresa enfrenta os desafios do futuro.
A arquitetura é um meio de comunicação entre as pessoas e o ambiente. Como é que a JVG Arquitetos integra a individualidade das pessoas e a singularidade dos lugares nos projetos que desenvolve, levando em consideração as expectativas e necessidades dos clientes?
A minha empresa de arquitetura tem como missão principal integrar as necessidades individuais dos nossos clientes com a singularidade dos locais onde trabalhamos. De seguida, realizamos uma análise meticulosa do contexto em que o projeto é desenvolvido, considerando as características geográficas, culturais e ambientais do local. Esta pesquisa é crucial para garantir que a nossa arquitetura se integre harmoniosamente com o ambiente circundante e reflita a identidade do lugar. Com base nessas informações, concebemos os nossos projetos de forma a satisfazer tanto as necessidades práticas dos nossos clientes quanto a singularidade do local. Resumindo, procuro aliar a individualidade das pessoas com a singularidade dos lugares, criando soluções arquitetónicas que são ao mesmo tempo funcionais e integradas com o ambiente. Esta abordagem garante que os projetos atendam às expectativas dos nossos clientes e respeitem a identidade dos locais onde trabalhamos.
O Dia Mundial da Arquitetura ressalta a importância da arquitetura na qualidade de vida das pessoas e na sociedade em geral. Como é que a JVG Arquitetos acredita que a arquitetura pode impactar positivamente o cotidiano das pessoas, tanto em âmbitos pessoais quanto profissionais?
O Dia Mundial da Arquitetura destaca a importância vital da arquitetura na nossa sociedade, celebrando a criatividade dos arquitetos e promovendo a compreensão de como os espaços que habitamos moldam as nossas vidas. Na rotina diária da sociedade, apercebemo-nos do impacto da arquitetura.
Acredito que a esta pode melhorar a vida das pessoas de várias maneiras. No nosso caso, criamos casas confortáveis e espaços de trabalho eficientes para tornar a vida diária mais agradável e produtiva. Além disso, projetamos espaços públicos que promovem a convivência e a conexão com a natureza, tornando as comunidades mais vividas e saudáveis. Em resumo, a arquitetura é uma ferramenta poderosa para tornar o dia a dia das pessoas mais feliz e funcional.
A JVG Arquitetos oferece uma gama diversificada de serviços, desde construção até paisagismo. Como é que abordam a interdisciplinaridade e a sinergia entre esses serviços para criar soluções integradas e eficazes para os seus clientes? Poderia partilhar um exemplo de projeto que ilustre essa abordagem?
Toda a equipa trabalha em prol do objetivo do cliente, de modo a satisfazê-lo, indo ao encontro das suas necessidades. A compatibilidade de todas as especialidades de um projeto devem partir desde a primeira fase, e tentar encontrar a melhor solução para ir ao encontro do cliente. O projeto é feito em função da necessidade deste e com a coordenação de todos os técnicos especializados, de modo a apresentar a melhor solução. No último ano, tivemos vários projetos, onde destacamos um em particular, em Cascais.
Este refere-se a uma habitação unifamiliar, onde o objetivo do cliente era uma moradia contemporânea, sem impacto no local de inserção, mas tendo uma envolvente algo desadequada à sua pretensão. Este projeto foi discutido nas várias especialidades, nomeadamente paisagista, e teve de existir um esforço e uma coordenação entre toda a equipa para irmos ao encontro das ideias do cliente.
Para além deste exemplo, podemos falar em dois, que ainda se encontram no gabinete e dizem respeito a respostas sociais, nomeadamente residências para idosos (ERPIS). Estes projeto tem característica Tipo, a implementar em locais diferentes e tem sido uma desafio para a empresa e a coordenação, mais uma vez relativa ao paisagismo, de modo a criar lugares “mágicos” e apetecíveis, aos seus utilizadores.
A sustentabilidade e a eficiência energética são temas cruciais na arquitetura contemporânea. Como é que a JVG Arquitetos incorpora soluções sustentáveis e inovações tecnológicas nos seus projetos para garantir a eficiência energética e o respeito pelo meio ambiente?
Atualmente, a sustentabilidade de um projeto e o cuidado deste com as energias renováveis é uma constante preocupação do gabinete. O projeto tem desde a primeira hora, a preocupação ambiental, as exigências do cliente, o proporcionar a mais-valia para este, e dotando o local de um espaço apetecível enquadrado na paisagem e sempre com a preocupação de soluções sustentáveis, graças às constantes inovações tecnológicas. Aplicamos algumas técnicas sustentáveis existentes no mercado.
À medida que avançamos para o futuro, quais são os desafios que vê para a arquitetura? E como é que a JVG Arquitetos se está a preparar para enfrentar esses desafios e a continuar inovar na sua abordagem à arquitetura?
A arquitetura é uma disciplina das mais importantes para a sociedade. Temos de salientar que desta disciplina criam-se espaços únicos para as pessoas, sendo que estes são criados/pensados para perdurar no tempo. Deste modo, a arquitetura tem como desafio o desenvolvimento das próximas gerações, tendo o cuidado de criar lugares para as pessoas. Esta empresa prepara-se estando atenta às constantes inovações do mercado, tentando adotar estas nos seus projetos, sempre que possível.
Como é que a AJLVAZ SERVIÇOS integra a inovação na sua estratégia empresarial para se tornar uma referência no mercado imobiliário?
Como organização empresarial, procuramos não estar muito isolados, ou seja, procuramos sair da nossa zona de conforto, por isso mesmo temos ativos e negócios em vários pontos do país, nomeadamente, Sines, Lisboa, Cascais, Quinta da Marinha, Setúbal e Algarve. Penso que a inovação na nossa estratégia empresarial destaca-se exactamente na diversificação da nossa área de trabalho, o que nos leva a ser cada vez mais uma referência no setor que atuamos.
Quais são os principais elementos de inovação que a empresa adota para alcançar essa visão? Que tipo de elementos executa para poder estar sempre no ativo e para se tornar uma referência no mercado imobiliário?
A AJLVAZ SERVIÇOS, empresa do setor imobiliário, tem conquistado destaque no mercado, consolidando-se como uma referência pela sua estratégia de inovação e expansão territorial. Numa entrevista exclusiva, António Vaz, CEO da empresa, revelou-nos a visão, os desafios e os planos futuros da AJLVAZ SERVIÇOS.
Em primeiro lugar, temos apresentações institucionais da AJLVAZ SERVIÇOS, que fazemos chegar às empresas, construtoras e a organizações de referência. Seguidamente, agendamos reuniões, apresentamo-nos e assumimos esse risco. Estabelecemos uma rede de networking com várias pessoas de diferentes pontos do país, e talvez seja este um ponto de diferenciação. Apresentamos os nossos serviços, deslocamo-nos e criamos um destaque neste mercado e neste ramo imobiliário. Por exemplo, juntos dos construtores, apresentamos sempre um business plan, quando eles vão investir com gestores e investidores, mas também nos nossos ativos fazemos sempre um business plan. Apresentar um trabalho diferente, talvez seja o segredo da nossa evolução, a par do acompanhamento ao cliente desde a compra até ao início das obras ou até às estruturas.
Quais são os desafios mais significativos que enfrentou em termos da mobilização territorial, considerando a cultura local e as práticas específicas de cada território?
Acho que neste ramo o maior desafio passa mesmo pelas pessoas, como costumo dizer “cada cabeça sua sentença” ou seja, normalmente, as pessoas idealizam algo que nem sempre corresponde ao ativo ou ao negócio que têm. Eu acho que esse é o grande desafio, a par como é óbvio, da conjuntura atual do país, isto porque há sempre aquele receio do investimento e da rentabilidade prevista, como o próprio nome diz, é uma rentabilidade prevista, não é uma rentabilidade garantida. Há sempre o cenário da rentabilidade não ser exactamente a desejada e nem sempre corre conforme o planeamento no papel.
Em termos do território existem práticas específicas para cada local?
Existem práticas específicas para cada local, porque cada local apresenta as suas especificidades, desde a localização, as frentes-mar, os pés na areia, os espaços e os acessos. Todos estes elementos permitem valorização tanto para o vendedor como para o comprador. Assim sendo, acho que cada território e cada local tem as suas próprias singularidades, daí que as práticas também tenham que ser específicas, no sentido de ir ao encontro das mesmas.
Como é que os valores e princípios éticos descritos na missão da AJLVAZ SERVIÇOS são aplicados no dia a dia da empresa?
Na AJLVAZ SERVIÇOS temos a regra “as cartas todas em cima da mesa”. Todo o processo de compra e venda de imóveis, deve ser realizado o mais eficiente, profissional e transparente possível, sempre dentro dos trâmites legais e fiscais vigentes. Para tal, os nossos colaboradores têm larga experiência, oferecemos um serviço personalizado e de excelência a todos os clientes, onde através dos nossos serviços e estratégias de marketing e rede de contatos privilegiados, maximizamos, potenciamos e promovemos com eficácia os nossos produtos, conhecimentos, serviços e propriedades. Nós somos claros, não complicamos, muito pelo contrário, simplificamos, gostamos de procurar ter sempre a informação toda para posteriormente podermos apresentá-la ao cliente ou comprador, ou seja, ao cliente iniciador.
Como é que a inovação impactou positivamente os processos internos da AJLVAZ SERVIÇOS? Poderia dar alguns exemplos concretos?
Eu acho que isto foi uma consequência, foi o tempo que trouxe isso com o nosso modus operandi, a nossa forma de trabalhar e o criarmos estes business plans e estes planos de rentabilidades.
Eu acho que nós temos de entender que a inovação permite um crescimento muito importante, mas é um trabalho que tem de ser continuado e que vai gerar resultados a médio e a longo prazo. Na
minha ótica, o “boca a boca” tem sido a nossa melhor publicidade. Quando apresentamos o nosso trabalho a alguém, se o cliente fica satisfeito, passa para outro e, eu acho que isso tem um grande impacto.
Considerando essas impactos positivos, quais foram os resultados mais notáveis que a alcançaram até o momento?
Os resultados passam sempre pela comissão, isto é, esse será o resultado final. Essa será a parte que ditará se o trabalho foi efetivamente bom ou não. Mas, além disso, criar uma ligação com os clientes é outro dos impactos positivos. Por exemplo, nós temos investidores estrangeiros que trabalham connosco há dois ou três anos, que este de 2023, trabalham de uma forma mais acentuada e, só única e exclusivamente connosco, com a AJLVAZ SERVIÇOS. Inclusive, até temos procurações em que nós escrituramos pelos investidores e, enfim, isto criou aqui uma relação de grande confiança.
Quais são as estratégias futuras para fortalecer a concretização de negócios bem sucedidos?
A nossa estratégia é sediarmo-nos noutras localidades, nomeadamente, Algarve, Cascais e Lisboa. Esse será o próximo passo, será alargarmos um pouco mais a nossa esfera de influência e se virmos noutros espaços, este ano ainda, estaremos já com um espaço aberto no Algarve. No decorrer do próximo ano, se Deus quiser, também estaremos na zona de Lisboa. Temos igualmente alguns investimentos próprios na zona do Porto, que esperamos inaugurar ainda em dezembro deste ano, mas ainda não posso revelar, até porque “o segredo é a alma do negócio”. Apenas posso dizer que é algo muito conhecido perto da estação. E o próximo passo será esse, abrir portas noutras localidades estratégicas.
O seu parceiro ideal num negócio de Pessoas para Pessoas
Descubra a trajetória singular de Mafalda Emília, Diretora da Maxfinance Energia, desde a sua origem como consultora financeira até à liderança da empresa. Conheça os desafios superados e as estratégias que fizeram da Maxfinance Energia, um ponto de referência do setor financeiro, especialmente no litoral alentejano, adaptando-se continuamente para atender às necessidades exclusivas dos clientes e promover a literacia financeira no país.
Pode-nos contar mais sobre a sua jornada pessoal e profissional até ser diretora da Maxfinance Energia? Quais foram os maiores desafios que enfrentou?
Iniciei numa altura, ainda antes da atual designação de “Intermediário de Crédito”. A designação era “Consultora Financeira”. Tinha experiência na parte administrativa e de recursos humanos, e sempre tive boa capacidade de lidar e ouvir as pessoas, tendo tido em anteriores funções uma relação indireta com a banca, decidi enveredar por este caminho completamente novo para mim na altura. O meu percurso inicial foi de muito trabalho, tanto na construção de uma relação com os players da banca, nas parcerias que, felizmente, se têm mantido sólidas ao longos dos anos, e também para estabelecer o meu nome como referência na minha região, e isso claro, conquistou-se com muita resiliência, persistência, insistência e trabalho. Após este caminho de anos, a Maxfinance desafiou-me a abrir a agência, e eu aceitei esse repto, como parte normal de uma evolução que tantos resultados positivos tem dado. O nome “Energia” foi o resultado de várias conversas com parceiros bancários e imobiliários, que consideram a “Energia” como uma das minhas principais características, e de bom grado, foi esse o nome que escolhi.
Com base na vasta experiência da Maxfinance Energia em intermediação de crédito, quais estratégias ou abordagens exclusivas a empresa adotou para se tornar líder no setor em Portugal?
Tenho na Maxfinance uma segunda família. Todo o apoio prestado ao longo destes anos, tem sido parte fundamental desta caminhada. Tenho tido gestores espetaculares, tenho aprendido com todos eles, que contribuíram para o meu crescimento. Fosse na parte da formação, no conhecimento de novos procedimentos e no conhecimento da parte jurídica devido à nova legislação que vai
saindo, tenho tido um suporte total, e isso sem dúvida é derivado do enorme know-how e expertise que a Maxfinance tem, e justamente por isso, é líder do mercado neste setor, e acredito que o irá ser por muitos e bons anos. A estratégia e linha de raciocínio tem proporcionado resultados e visibilidade, acreditando firmemente nos propósitos da empresa em ajudar-nos a sermos cada vez melhores e mais preparados para os desafios do futuro. Mas lá está, é nos desafios que encontramos a energia para suplantar obstáculos e superar-nos a nós mesmos. Sou muito grata à Maxfinance por tudo.
A empresa oferece uma ampla gama de serviços, totalmente adequadas às necessidades dos portugueses. Como a empresa personaliza os seus serviços para atender às necessidades específicas dos clientes?
Não só proporciona serviços adequados, mas também está sempre atenta aos sinais do mercado e tenta sempre antecipar aquelas que vão ser as novas tendências. Numa altura em que vivemos uma crise inflacionista e taxas de juro altas, temos sempre o cuidado de melhorar a situação do cliente e não só. Temos o cuidado de analisar o perfil do cliente, e também preparar para outros desafios que poderão surgir no futuro imediato. A boa relação que possuímos com a banca, faz com que seja mais fácil ajudar. Cada caso é um caso, não há casos iguais, e cada um tem a sua solução. É preciso ter paciência e sapiência, para definir soluções cada vez mais específicas que surgem, e felizmente tenho conseguido levar a bom porto.
Com uma vasta rede de franchisados, como a Maxfinance Energia mantém a coesão e a qualidade dos serviços oferecidos em todas as regiões? Há algum exemplo notável de colaboração entre os franchisados que destaca o sucesso dessa abordagem?
Há uma coisa que digo sempre aos meus clientes: “Faço o acompanhamento do princípio ao fim”, literalmente. Recordo-me numa semana ter estado em três escrituras distintas, em Setúbal, Évora e no Algarve. Não somos imobiliários, mas temos uma quota-parte importante no desenvolver dos processos. Acredito plenamente nesta profissão, na necessidade da mesma e de como podemos contribuir para ajudar as pessoas nas suas vidas. Em relação aos colegas, possuo uma boa relação com os mesmos, porque é importante ter essas sinergias. Não os vejo como concorrentes, mas sim como colegas efetivos, cada um na sua zona, cada um com a sua visão e método, que respeito em absoluto e no qual também indiretamente absorvo um pouco. Existe uma cultura positiva e de boas práticas e isso é importantíssimo num mercado nada fácil.
A missão da Maxfinance Energia inclui a promoção da literacia financeira em Portugal. Como a empresa contribui para aumentar a compreensão financeira das famílias e indivíduos?
A questão tocou numa área que considero muito relevante. Os conhecimentos que compõem o entendimento da literacia financeira, deveriam ser parte do nosso sistema de ensino. Compreender a importância das finanças pessoais e até questões de impostos, por exemplo, é algo que deveria ser ensinado a todos os portugueses. Não só pela relevância do tema, mas igualmente no impacto direto que possui na qualidade de vida e na estabilidade financeira, que obviamente irá refletir-se no nosso bem-estar.
No meu caso profissional, dou sempre toda a informação e apoio total de modo que a tomada de decisão seja feita com toda a informação disponível e sem pressão. Se o caminho de facto, não é o melhor para o cliente, vou sempre desaconselhar, porque o meu objetivo é sempre melhorar a situação. Já tive clientes em que desaconselhei certas opções e, posteriormente, passado algum tempo, vieram com uma condição diferente e conseguiram os seus objetivos. Isso é reconfortante, porque não só reconheceram a honestidade e sinceridade, mas não se esqueceram de nós, na altura em que voltaram a precisar dos nossos serviços. Compreender a literacia financeira, iria evitar casos de endividamento excessivo. Como referi anteriormente, como não houve essa aprendizagem no sistema escolar, no desenvolver de uma cultura de poupança, os casos sucedem-se, e o meu conselho é sempre o mesmo, contactar quando esses sinais surgem para podermos atuar preventivamente. O nosso país, infelizmente, ainda tem uma visão de salários baixos, e isso ajuda a que haja situações difíceis, que nem sempre são fáceis de gerir. Contudo, independentemente do cenário do cliente, há um compromisso nosso de arranjar uma solução viável, de “insistir, resistir e persistir” em resolver a vida a uma pessoa, fazer uma família feliz, ou ajudar a atingir um objetivo de vida.
Considerando o cenário financeiro em constante evolução, como a Maxfinance Energia se mantém atualizada com as últimas tendências e regulamentações do mercado financeiro para garantir que os clientes recebam o melhor aconselhamento possível?
Conhecimento da legislação, cumprimento das regras estabelecidas pelo regulador e capacitarmo-nos, cada vez mais, de ferramentas e suporte para desempenharmos a nossa importante função é um imperativo. Ultimamente, também derivado da situação atual, andamos sempre atentos às novas medidas, que tem sempre impacto na vida das pessoas, e tentarmos ver se até poderemos ajudar de alguma forma, as pessoas a orientarem-se neste período complicado. É importante estarmos bem informados, não só a nível de legislação nacional, mas igualmente da europeia, pois há cada vez mais a visão de que o setor financeiro tem de estar cada vez mais bem preparado, até para termos cada vez melhores profissionais na área, para proporcionar excelência no nosso serviço.
Célia Santos, Fundadora da GDI Consulting, desvendou os bastidores da empresa que tem conquistado clientes e desafios desde 2019. Numa conversa exclusiva, Célia revelou os valores e princípios que norteiam o trabalho da GDI Consulting e explicou como é que a empresa se tornou uma consultora com um propósito.
A empresa, que teve origem em 2000, passou por uma metamorfose em 2019, quando Célia Santos assumiu o leme da empresa no meio das circunstâncias da vida. Posto isto, decidiu alterar o nome da anterior ex-sócia para GDI Consulting. Desde então, a empresa tem-se destacado pela sua abordagem personalizada e participativa na gestão de entidades, muito além de ser apenas um serviço de contabilidade. O passado é apenas um alicerce para o presente e o futuro, marcado por uma abordagem centrada no cliente e na proximidade. De acordo com Célia, a grande mais-valia da GDI Consulting, é que empresa se envolve nos negócios dos seus clientes, oferecendo um apoio diário para resolver necessidades particulares e dúvidas, muitas vezes agindo como conselheira e tomando decisões. “É esta questão de proximidade, de poder auxiliar nas diferentes exigências, constrangimentos e mesmo naquilo que por vezes podem parecer pequenas dúvidas, que muitas vezes nos distingue e diferencia os nossos serviços, porque cada empresa tem necessidades muito particulares que precisam de ser resolvidas no momento e a todo o instante, além de que as empresas são “feitas” de pessoas”, explica.
Quando questionada sobre os serviços oferecidos, a CEO detalhou que além da contabilidade, a empresa abrange recursos humanos, segurança no trabalho e seguros, projetos de investimento e até mesmo formação, esta última em âmbito mais pessoal. Para além disso, a conversa abordou o desafio da inteligência artificial na área, ao qual Célia vê como uma ferramenta valiosa e não como uma ameaça:“não chamo de desafio, eu não tenho nenhum constrangimento em relação
à inteligência artificial, pelo contrário, eu acho que é uma ferramenta muito valiosa”.
Contudo, reconhece um desafio no setor: a manutenção da motivação dos colaboradores e a sua adaptação às mudanças constantes. A GDI Consulting foca-se na motivação e no acompanhamento próximo para enfrentar este desafio. A proximidade com os clientes é o alicerce da empresa, diferenciando-se no mercado e servindo como base para futuros objetivos: “O nosso grande objetivo continua a acompanhar muito de perto as necessidades dos clientes e apresentar o que possa ser mais vantajoso para cada um deles”.
Quanto ao futuro, Célia Santos revela que os objetivos incluem a manutenção dos clientes atuais e a expansão para empresas com mentalidade semelhante em relação aos negócios. A empresa também considera a possibilidade de oferecer formação profissional, sempre em sintonia com as necessidades do mercado. “A verdadeira motivação está em andar rápido e oferecer algo diferente”, afirma.
A entrevista com Célia Santos revela uma empresa comprometida com a proximidade com o cliente, que encontra na consultoria personalizada a chave do seu sucesso. A GDI Consulting não oferece apenas serviços, mas torna-se parte integrante das empresas com quem trabalha, proporcionando soluções completas e eficazes para os desafios empresariais em constante evolução.
2955-190 Pinhal Novo
933 556 034
“PROXIMIDADE
É A NOSSA MAIS-VALIA, É O QUE FAZEMOS DE DIFERENTE”R. Gago Coutinho e Sacadura Cabral, 128 r/c loja Célia Santos, Fundadora
Num mundo empresarial em constante transformação, a USE - A Newrent Solution for Your Business emerge como uma força motriz na arena do “Equipment as a Service”, uma forma moderna de locação operacional que redefine o aluguer de equipamentos. Pedro Chaves, Cofundador e Administrador da USE, compartilha a sua visão e insights valiosos, revelando como a empresa enfrenta os desafios e abraça as oportunidades no crescente mercado de renting de equipamentos.
Desde o ano 2000, a USE (que até 2020 denominava-se Newrent) tem sido pioneira no mercado português, oferecendo uma solução concebida para permitir que as empresas se concentrem nas suas atividades principais, sem a necessidade de investir tempo e recursos na gestão do equipamento dos seus escritórios. A empresa oferece uma ampla gama de produtos que abrange mobiliário de escritório, sistemas de ar condicionado, projetores, vídeo-conferências, multifunções e algum tipo de equipamento hospitalar. Pedro Chaves, Administrador, esclarece que a USE se enquadra no modelo locação operacional, isto é, a empresa assume total responsabilidade pelo equipamento, sem transferência de propriedade para o cliente.
“A adaptação à crescente necessidade de flexibilidade das empresas tem sido um de nossos principais desafios”, observa Pedro. Com o surgimento do teletrabalho e a reorganização dos espaços corporativos após a pandemia, as empresas exigem soluções mais versáteis. A USE está pronta para atender a essa necessidade, oferecendo equipamentos sob medida para uma variedade de configurações de escritório, desde espaços abertos até áreas de convívio e espaços privados.
Além disso, o Administrador discute o impacto da inflação elevada sobre os negócios da empresa. Como uma empresa cujos proveitos advêm de rendas fixas, a USE enfrenta o desafio de manter as receitas estáveis enquanto os custos aumentam. “Para superar este obstáculo, estamos focados em expandir a nossa base de clientes e aumentar a atividade de renting”, elucida. O terceiro desafio notável é a escassez de mão de obra qualificada. Dado o envolvimento da USE em ope-
rações abrangentes, a empresa enfrenta dificuldades na contratação de pessoal especializado.
Quando questionado sobre a visão da USE para o mercado de renting, Pedro destaca uma tendência crescente em direção ao “pay per use”. “Tanto no âmbito pessoal como empresarial, as pessoas estão mais dispostas a pagar pelo uso temporário em vez de comprar
equipamentos que tendem a desvalorizar rapidamente”, afirma. Este movimento em direção ao renting reflete a consciencialização crescente sobre a sustentabilidade e a adaptabilidade dos equipamentos às mudanças das necessidades.
Assim, a USE destaca-se especialmente pelo compromisso com o “full service”. No cerne do conceito “full service”, está a missão de aliviar o fardo operacional e administrativo dos clientes, permitindo-lhes focar no crescimento e sucesso dos negócios. Com uma equipa altamente qualificada e experiente, a USE assume o papel de parceiro estratégico desde o momento da conceção até ao destino final dos equipamentos.
Durante a fase inicial, a empresa trabalha em estreita colaboração com os clientes para entender as suas necessidades específicas. Graças ao conhecimento profundo do mercado e dos produtos, a empresa pode sugerir as soluções mais adequadas e eficientes, garantindo que os clientes obtenham exatamente o que precisam para atingir os seus objetivos. “As soluções orientadas pelas necessidades reais dos clientes resultam num serviço ‘tailor made’”, vinca.
A seleção de equipamentos de fornecedores confiáveis é uma etapa crítica do processo. A USE estabelece parcerias com fornecedores que oferecem produtos de alta qualidade, confiabilidade e durabilidade. Esta seleção criteriosa garante que os clientes recebam equipamentos que atendam aos padrões mais elevados.
De seguida, a instalação dos equipamentos é realizada por técnicos qualificados, garantindo que tudo funcione perfeitamente desde o início. Esta atenção aos detalhes é fundamental para o desempenho consistente dos equipamentos ao longo da sua vida útil, garantindo a fiabilidade das soluções propostas. A manutenção é uma parte
essencial do “full fervice”. A USE oferece manutenção preventiva para prolongar a vida útil dos equipamentos e manutenção corretiva para solucionar problemas imprevistos. “Os clientes estão seguros ao saber que qualquer problema relacionado com os equipamentos será tratado prontamente”, salienta Pedro.
Quando o ciclo de vida dos equipamentos chega ao fim, a USE continua a adicionar valor. A empresa procura reutilizar os equipamentos sempre que possível, encontrando novos lares para os mesmos em empresas que valorizam soluções económicas. Este enfoque não apenas mantém a qualidade do trabalho, mas também disponibiliza equipamentos de segunda mão a preços acessíveis para novas empresas que podem não ter um grande capital inicial. Além disso, a USE realiza doações para instituições que carecem de recursos para adquirir equipamentos essenciais. “Recentemente, realizamos uma doação significativa de camas médicas articuladas elétricas para um lar de idosos que não tinha os meios para as comprar”, explana. Para equipamentos que não podem ser reutilizados, a USE garante um encaminhamento responsável e sustentável dos resíduos. Os materiais são tratados por entidades certificadas, garantindo a reciclagem adequada. Assim, a USE contribui para uma economia de partilha e circular, assumindo um compromisso claro com a sustentabilidade ambiental.
A taxa de retenção de clientes da USE, que atinge 95%, levanta a questão de quais são os principais fatores que impulsionam os clientes a escolherem a empresa ano após ano. Pedro revela que a resposta está na capacidade da empresa de equilibrar a oferta de serviços de alta qualidade e flexibilidade, enquanto mantém custos justos e transparentes, sem taxas adicionais. A empresa atende a dois tipos distintos de clientes: aqueles que priorizam o preço acessível e aqueles que valorizam a experiência de renting puro. Os primeiros, frequentemente pequenas e médias empresas e startups, apreciam a abordagem da USE, que não exige um investimento inicial e cujo somatório das rendas é inferior ao preço de mercado de aquisição dos produtos. Por outro lado, os clientes que já têm experiência em renting reconhecem a qualidade e flexibilidade do serviço abragente da empresa. Independentemente de como os clientes chegam à USE, o que os mantém fiéis é a sensação de despreocupação ao longo do período contratual.
Olhando para o futuro, a USE tem planos ambiciosos para se destacar ainda mais no mercado português. Para isso, planeia fortalecer o número de equipas comerciais e lançar campanhas de comunicação. O principal objetivo é continuar a crescer a uma taxa de dois dígitos anualmente, uma meta que a empresa está a alcançar com sucesso. A inovação também é uma parte fundamental dos planos. “Vamos introduzir novos produtos na nossa gama, alguns dos quais são altamente inovadores e atraentes para os clientes”, antecipa Pedro, tendo em vista que estes devem estar alinhados com a filosofia do “pay per use” e oferecer vantagens competitivas claras em relação à concorrência.
Além de crescer no mercado português, a USE está a explorar a possibilidade de expandir a sua atuação além-fronteiras. Com anos de experiência a comprovar o sucesso do seu conceito no mercado nacional e uma mentalidade empresarial cada vez mais voltada para soluções de renting, a empresa acredita que é hora de explorar oportunidades internacionais. “Estamos comprometidos em continuar esta trajetória de sucesso, impulsionada pelo crescimento, inovação e expansão geográfica”, remata Pedro.
A Bismetal é uma empresa com um know-how de mais de 40 anos de experiência na área da metalomecânica, especializada no fabrico de máquinas para o tratamento de agregados da indústria extrativa. Nesta entrevista exclusiva com o CEO da Bismetal, Miguel Pinto, exploramos como é que a empresa utiliza a sua vasta experiência para inovar e melhorar constantemente os seus equipamentos, assim como outros aspetos importantes do seu negócio.
Uma das características inconfundíveis da Bismetal é a sua extensa experiência de mais de 40 anos na indústria da metalomecânica. Miguel Pinto, o CEO, partilha que a empresa orgulha-se de ter uma equipa com profissionais que acumulam anos de experiência no setor. Essa herança de conhecimento permite à Bismetal aperfeiçoar continuamente as suas máquinas.
A empresa também valoriza os seus clientes de longa data, mantendo-se firme no compromisso o que demonstra a confiança que os clientes têm na qualidade das máquinas da empresa, que muitas vezes têm uma vida útil de mais de 35 anos. “Temos clientes antigos, clientes fiéis à casa, com muita experiência no setor”, reforça o diretor executivo.
A Bismetal é conhecida pela sua excelência em projetar, fabricar e montar centrais de produção e tratamento de agregados destacando o facto de que, para além das máquinas convencionais, é também especialista em grupos móveis de lavagem de areias, grupos móveis de britagem primário – maxilas, grupos móveis de britagem secundários, moinhos cónicos e impactores e grupos móveis de crivagem. Miguel Pinto, afirma que algumas das maiores contribuições da sua empresa para o setor é o desenvolvimento pioneiro do decantador de lama, tecnologia esta revolucionária que possibilita o reaproveitamento de
até 80% da água e filtros de prensa que permitem o reaproveitamento da restante água, utilizada no processo de lavagem de areias. Isso, não apenas reduz significativamente o consumo de água, mas também minimiza o impacto ambiental.
O sucesso contínuo da Bismetal é resultado de uma equipa altamente qualificada e dedicada, que trabalha incansavelmente para corresponder às necessidades dos seus clientes e superar as expectativas do mercado. “Continuamos com o mesmo cuidado forte, visando sempre o aumento da qualidade”, explica Miguel Pinto.
A Bismetal está localizada na cidade de Amarante e compromete-se com a excelência em todos os aspetos do seu serviço, e isso inclui um suporte contínuo disponível 24 horas por dia, sete dias por semana. A empresa possui também uma filial no Algarve que fornece assistência sempre que necessário facilitando assim o apoio à região sul do país. Esse serviço de suporte é um elemento fundamental, especialmente em situações de avarias que podem resultar em paralisações na produção.
A equipa técnica qualificada da Bismetal está pronta para intervir a qualquer momento, seja de forma remota ou no local, garantindo que os clientes possam manter as suas operações ininterruptas. A empresa compreende a importância de minimizar o tempo de inati-
vidade e o impacto financeiro que isso pode causar aos seus clientes.
O diretor executivo reconhece plenamente que manter esse nível de suporte constante requer uma equipa dedicada e altamente disponível. Posto isto, também compreende que essa dedicação é essencial para garantir a confiança e a satisfação dos seus clientes. Portanto, a empresa não apenas fornece equipamentos de alta qualidade, mas mantém uma parceria de confiança e compromisso que vai além do fornecimento de produtos. “Há clientes que apenas fazem uma chamada e conseguimos ajudar remotamente”, reforça, demonstrando que a Bismetal consegue estar presente em qualquer lugar.
A expansão internacional da Bismetal é acompanhada por um compromisso inabalável com a conformidade regulatória em cada país em que atua. O CEO afirma que a empresa está sempre atenta às normas específicas de cada região, demonstrando assim um compromisso contínuo com a qualidade e a excelência em todos os aspetos do negócio.
A Bismetal estabelece parcerias com empresas de referência do mercado nacional e internacional que se estendem há mais de 40 anos, sendo um testemunho da confiança que essas empresas depositam. “Cada produto é diferente, e calculamos o equipamento necessário para corresponder às necessidades específicas de produção e processamento de agregados”, explica Miguel Pinto.
A importância da reputação e das referências é indiscutível atualmente, considerando o fácil acesso dos clientes a informações e opiniões online. A Bismetal destaca-se ao fornecer sólidas referências de clientes satisfeitos, o que é um fator valioso para atrair novos clientes. Isso contribui para a confiança dos clientes e solidifica a reputação da empresa.
Quando questionado sobre os objetivos a longo prazo da Bismetal, o diretor executivo realça o compromisso constante da empresa com a inovação. A empresa tem como objetivo persistir na oferta de soluções cada vez mais rentáveis e eficientes para os seus clientes, mantendo a sua posição de alta qualidade, tanto no mercado nacional quanto internacional. Segundo Miguel Pinto: “A empresa não vende simplesmente ferro, mas sim ideias que são transformadas em máquinas”.
No que diz respeito ao futuro da empresa, Miguel Pinto menciona que, embora as máquinas em si não passem por mudanças significativas, a Bismetal está sempre à procura de melhorias e inovações. O CEO conclui que “as máquinas em si não são muito eletrónicas, sendo especialmente compostas por aços especiais, conferindo-lhes a robustez e eficiência necessárias”. Assim sendo, a empresa mantém o foco no aperfeiçoamento do seu produto, de modo a acompanhar o mercado e continuar a fazer a diferença no ramo da metalomecânica.
O empresário Abel Cabral, uma figura proeminente na restauração na ilha de São Miguel, Açores, continua a expandir o seu império gastronómico. O seu mais recente empreendimento, o restaurante “BocAberta”, localizado no Porto dos Carneiros, freguesia de Nossa Senhora do Rosário, é uma aposta firme no que de melhor o mar oferece.
Abel Cabral, nascido em 1961 em Água Pau, é um homem cuja vocação o levou a construir um percurso notável no mundo da restauração. Inicialmente começou como um “mandarete”, um auxiliar multifacetado, no Hotel Avenida em 1979. A sua paixão pela hospitalidade levou-o a formar-se como barman e, eventualmente, a investir no restaurante Bar do Monte, no Pico da Pedra. Após algumas reviravoltas no caminho, Abel voltou à sua terra natal, onde fundou o Bar Caloura e a Casa do Abel, ambos estabelecimentos bem sucedidos.
No âmbito da sua extensa experiência, Abel percebeu a crescente preferência dos clientes por refeições com vista para o mar. Assim, ao concorrer ao concurso promovido pela Câmara Municipal de Lagoa para a exploração de um espaço no Porto dos Carneiros, decidiu renová-lo
por completo e criar o “BocAberta”, uma cervejaria-marisqueira que também oferece pequeno-almoço. Este novo estabelecimento funciona das 7h30 às 22 horas, com o pequeno-almoço servido até às 12 horas.
O restaurante oferece uma variada seleção de pratos, desde carnes até peixes frescos e uma ampla variedade de mariscos. Com o turismo em ascensão e a acessibilidade fácil ao local, Abel acredita que o “BocAberta” se tornará um ponto de referência gastronómico não apenas para Lagoa, mas para toda a ilha, atraindo habitantes de diversas regiões.
Abel escolheu uma abordagem cuidadosa ao inaugurar o “BocAberta”, optando por um slow opening, para garantir que a equipa e a cozinha estivessem bem preparadas para responder às altas procuras. Esta abordagem permitiu um ajuste suave, proporcionando uma experiência agradável e eficiente para os primeiros clientes.
O nome “BocAberta” é uma homenagem às antigas embarcações de pesca tradicionais, construídas com a característica “boca aberta”. Localizado numa área espetacular, este restaurante à beira-mar promete uma experiência gastronómica única, imersa na autenticidade do mar açoriano.
A chave para o sucesso, de acordo com Abel Cabral, reside na crença no que se está a fazer. Ele compara a indústria da restauração a um casamento, uma vez que exige dedicação constante e paixão. Abel destaca ainda a sua esposa, que desempenha um papel heroico ao apoiar a sua jornada profissional.
Para complementar a excelência gastronómica, Abel recrutou o chef Claúdio Pontes, com uma estrela Michelin e nativo da Ribeira Grande, com vasta experiência em cozinhas de hotéis de renome em Portugal. A colaboração entre Abel e Claúdio é uma união de sonhos e visões, resultando numa experiência culinária impecável para os clientes.
O “BocAberta” é mais do que um restaurante à beira-mar; é uma fusão de paixão, experiência e visão, oferecendo aos clientes uma oportunidade de desfrutar de uma refeição enquanto contemplam as maravilhas do oceano. Com Abel Cabral à proa deste novo empreendimento, não há dúvida de que o “BocAberta” será um sucesso duradouro no cenário gastronómico da ilha de São Miguel.
O Dia Mundial da Alimentação, celebrado a 16 de outubro, não nos lembra apenas da importância fundamental da nutrição, mas também destaca como é que as empresas estão a desempenhar um papel cada vez mais crucial na transformação do setor alimentício.
A procura por soluções inovadoras na indústria alimentícia nunca foi tão vibrante. Empresas de todos os tamanhos estão a investir em tecnologia, investigação e desenvolvimento para criar produtos e processos mais eficientes e sustentáveis.
Nesta edição, exploraremos as últimas tendências em alimentos funcionais e tecnologias de produção mais limpas, destacando as empresas que estão na vanguarda dessas mudanças. A sustentabilidade ambiental é uma preocupação central, e mostraremos como é que as empresas estão a adotar práticas mais responsáveis. Além disso, a revista apresentará histórias inspiradoras de empresários que enfrentam desafios globais na alimentação e empresas comprometidas com a qualidade e a sustentabilidade dos alimentos. Vamos celebrar juntos o Dia Mundial da Alimentação e o seu impacto positivo no mundo empresarial.
Ao longo dos anos, a Avibom estabeleceu-se como um nome de destaque na indústria avícola. Nesta entrevista dirigida a José dos Santos, presidente da Avibom, exploramos algumas das estratégias-chave que contribuíram para o sucesso e crescimento da empresa no mercado nacional e internacional. Desde a confiança dos clientes até às inovações tecnológicas, passando pelos reconhecimentos e responsabilidade ambiental, a Avibom tem-se destacado e prepara-se para os desafios do futuro nesta indústria em constante evolução. Neste caminho de excelência, a Avibom recebeu diversos prémios ao longo dos anos, incluindo o prestigioso Prémio Sabor do Ano. Estes reconhecimentos não apenas fortalecem a reputação da empresa, mas também aumentam a confiança dos consumidores nos seus produtos. Investindo em fontes de energia renovável e outras iniciativas ambientais inovadoras para minimizar o seu impacto ambiental, a Avibom enfrenta desafios e oportunidades à medida que avança. Manter a proximidade com os consumidores, oferecer produtos de qualidade e investir constantemente em tecnologia são algumas das estratégias que a empresa continuará a fortalecer para se manter na vanguarda do setor avícola.
Ao longo dos anos, a Avibom tornou-se um nome reconhecido no setor avícola. Quais foram algumas das estratégias-chave que contribuíram para o sucesso e crescimento da empresa no mercado nacional e internacional?
A principal razão, julgo que tenha sido a confiança que fomos desenvolvendo junto dos nossos clientes e do consumidor final, ao oferecermos sempre produtos com qualidade.
Sendo o matadouro da Avibom em Torres Vedras considerado um dos maiores da Península Ibérica, como a empresa garante a eficiência e qualidade no processo de abate em grande escala? Existem inovações tecnológicas específicas que desempenham um papel crucial neste processo?
Fomos sempre acompanhando e aplicando na empresa as melhores praticas disponíveis, temos os nossos centros de abate dotados da mais moderna tecnologia, fizemos sempre esse investimento ao longo do tempo, sempre em melhoria contínua.
A Avibom recebeu vários prémios ao longo dos anos, incluindo o Prémio Sabor do Ano. Como é que esses reconhecimentos têm impacto na reputação da empresa e na confiança dos consumidores nos seus produtos?
Para a empresa é sobretudo o reconhecimento do excelente trabalho realizado pelas equipas, que diariamente cumprem com as exigências tão necessárias na nossa área, e que o seu correto desempenho leve a este reconhecimento. Para os clientes é a con-
firmação de que fazemos o nosso melhor todos os dias, para termos produtos de qualidade.
A responsabilidade ambiental é cada vez mais importante para as empresas. Além das práticas de sustentabilidade, a Avibom investe em fontes de energia renovável ou noutras iniciativas ambientais inovadoras? Como a empresa pretende se destacar nesta área?
Esta preocupação é transversal a todo o Grupo Valouro, que tem dedicado especial atenção à produção de energia elétrica oriunda de fontes renováveis que falaremos mais à frente, com a consequente minimização do contributo de CO2 para a atmosfera e à implementação de planos de racionalização de energia, à monitorização constante dos fluxos energéticos e hídricos, à introdução gradual de veículos movidos a energia elétrica em detrimento dos que utilizam combustíveis fósseis, à substituição de combustíveis menos poluentes, como o gás natural, por rotura total com o uso de fuelóleo, privilegiando técnicas e tecnologias de racionalização de consumos energéticos e hídricos, bem como, à permanente intenção de minimização de produção de resíduos e coprodutos e respetivos encaminhamentos para destinos finais, tendo sempre presente a maximização da reutilização e reciclagem de coprodutos
e resíduos resultantes das diversas atividades. Importará referir, que todas as atividades desenvolvidas pelo Grupo, se submetem a uma racionalidade criteriosa de gestão económica, técnica e operacional diferenciada por subsetor de atividade, concretizada em empresas autónomas com gestão/administração própria, contribuindo para uma interação mais eficiente e eficaz, que entronca essencialmente na fileira da produção de carne de aves e ovos de incubação para os mercados nacionais, comunitários e de países terceiros.
O Dia Mundial da Alimentação é uma data importante que destaca questões cruciais de segurança alimentar e nutrição. Como a Avibom contribui para garantir a segurança alimentar e promover hábitos alimentares saudáveis na sua produção? Têm algum projeto planeado para consciencializar sobre a importância da alimentação diversificada?
A Segurança Alimentar é a nossa preocupação diária, a Avibom é certificada por diversas normas que comprovam as nossas boas práticas, para garantir segurança alimentar em todas as linhas de produção. Somos certificados pelas normas NP EN ISO 9001:2015, IFS, bem-estar animal. As aves sempre estiveram ligadas a uma alimentação saudável, fazemos parte de várias associações onde vamos promovendo junto dos consumidores esse conhecimento.
Olhando para o futuro, quais são os principais desafios e oportunidades que antevê para a Avibom? Quais são os pilares estratégicos que a empresa continuará a fortalecer para se manter na vanguarda do setor avícola?
Temos vários desafios, mantermo-nos o mais próximo possível do consumidor, continuando a oferecer os produtos com a qualidade já reconhecida, mas também indo de encontro às suas necessidades e novas exigências, criando produtos que respondam a isso. Continuar a investir para manter as fábricas com a melhor tecnologia disponível, por forma a dar resposta a essas exigências futuras.
“A Segurança Alimentar é a nossa preocupação diária, a Avibom é certificada por diversas normas que comprovam as nossas boas práticas, para garantir segurança alimentar em todas as linhas de produção”
Dejanira Costa, Fundadora da Biodharma, deu a conhecer, em entrevista à Revista Business Portugal, o passado, o presente e o futuro desta empresa que demonstra um forte compromisso com o ambiente e os animais.
A Biodharma tem uma história que remonta ao final dos anos 80 com o Centro Gratias e, posteriormente, a Elichristi. Fale-nos da evolução da empresa.
O Centro Gratias começou com quatro produtos: os Pickles, o Choucroute, o “Mel” de Arroz e a Trigueirinha, uma bebida doce feita à base de arroz integral e trigo germinado. Posteriormente, já com a Elichristi, começámos a produzir Tofu e Seitan. Mais tarde, acrescentou-se o Pão, as Empadas e alguns produtos de mercearia. Inventaram-se enchidos vegan como a Moirinha, e outros produtos únicos no mercado, como o Tofu no Barro, cujo nome advém da ida ao forno em travessas de barro. A Biodharma conta agora com centenas de produtos, oferecendo mais variedade aos seus consumidores. Sendo a equipa parte fundamental nesta evolução, procuramos incutir valores importantes promovendo mais harmonia e motivação. Facilitámos um workshop sobre empatia, proporcionámos consultas de osteopatia, aulas de yoga e distribuímos pequenas ofertas com frases motivacionais. A evolução quer-se a todos os níveis e compartilhar os nossos valores tornou-se essencial. Alguns deles passam também por apoiar associações de animais desprotegidos, assim como, estamos a apoiar e a participar num projeto de ativismo ambiental, que conta já com mais de oito toneladas de lixo recolhido.
A Biodharma é conhecida por produzir tofu e seitan de forma mais artesanal. Quais os métodos utilizados para criar estes produtos, e como estes contribuem para a identidade da Biodharma?
Mantivemos praticamente o modus operandi da antecessora, pois percebemos que se industrializássemos demasiado, deixaríamos de ter a mesma qualidade, correndo o risco de sermos apenas mais uma marca no mercado. Os métodos tradicionais e mais caseiros dão-nos mais flexibilidade no resultado, conseguindo satisfazer as preferências de cada cliente. Um exemplo disso é a textura do seitan, que sendo formado manualmente, conseguimos torná-lo mais macio ou mais consistente. Os nossos biscoitos também são elaborados de forma manual sendo comercializados com o slogan “Feitos à mão com amor”. O seu formato, por vezes, mais irregular, vem contrariar as formas perfeitas dos biscoitos existentes no mercado. Outro exemplo, é o recheio das nossas empadas que começa com um refogado, sendo um pormenor diferenciador. É como se estivéssemos a cozinhar em casa, mas em maior escala. Assim, mantemos o sabor de excelência e uma aparência mais caseira.
A empresa demonstra um forte compromisso com o ambiente e os animais. De que forma a Biodharma incorpora esses valores nas suas operações diárias?
Ao consumirmos produtos biológicos e vegan estamos já a contribuir para o meio ambiente e bem-estar animal. A agricultura biológica segue os ritmos naturais da Mãe Natureza, preservando os solos e a Biodiversidade. Não utiliza pesticidas e químicos sintéticos nem organismos geneticamente modificados (OGMs). Estando a Biodharma inserida numa área protegida da Serra D’Aire e Candeeiros, mais ainda nos incentiva a preservar o ambiente que nos rodeia, adotando práticas diárias mais sustentáveis, que vão desde o uso de produtos de limpeza biodegradáveis e ecológicos, separação e recolha dos diferentes materiais de reciclagem, minimizar o gasto de recursos naturais, como o uso eficiente e racional da água, gestão consciente dos resíduos, otimização das rotas de distribuição reduzindo o impacto ambiental no transporte de produtos, melhoramento das embalagens escolhendo as mais sustentáveis, e evitando o desperdício de material desnecessário. Na verdade, nada é perfeito, mas se todos fizermos um bocadinho, torna-se muito. Consumir produtos biológicos é assumir um compromisso com o planeta, reduzindo a nossa pegada ecológica.
A procura por receitas veganas está a crescer, de que forma a Biodharma se envolve nesta tendência?
Consideramos importante facultar receitas práticas e criativas para o dia a dia e épocas festivas. É neste sentido que procuramos dar ideias de como cozinhar os produtos que comercializamos, disponibilizando várias opções saborosas no nosso site. Algumas delas são fruto de uma parceria, estando recetivos a novas parcerias, pois na mesma medida em que gostamos de criar produtos novos, também gostamos de os ver inseridos numa receita e partilhar com o consumidor. Pretendemos mostrar como uma dieta vegetariana, vegan ou macrobiótica pode ser diversificada, nutritiva e saudável. Estas dietas utilizam uma variedade maior de alimentos, comparativamente à dieta mais convencional. Usamos a quinoa, o bulgur, o amaranto, o trigo sarraceno, as lentilhas, os feijões mung e azuki, utilizamos mais algas, e tantos outros produtos que maioria das pessoas desconhece. Deste modo, é possível criar inúmeras receitas. O consumo de produtos biológicos contribui para uma ótima saúde, pois não estamos a ingerir agrotóxicos e aditivos usados na agricultura tradicional e nos alimentos processados. biodharma.pt
O Dia Mundial da Alimentação, que se celebra anualmente a 16 de outubro, foi o mote para a conversa com o Engenheiro Nelson Simas, CEO do Grupo Protection, que destacou o contributo que a organização tem dado para a promoção da segurança alimentar e qualidade da indústria alimentícia. De resto, a empresa mantém um alto padrão de excelência nos seus serviços e continua a inovar num setor tão dinâmico quanto a segurança alimentar, mantendo a defesa pelo rigor, transparência e melhoria.
Como é que o Grupo Protection em Ponta Delgada, Açores, tem contribuído para a promoção da segurança alimentar e qualidade na indústria alimentícia local? E quais são os principais desafios que a empresa enfrenta ao longo dos anos?
Todo o trabalho realizado no Grupo Protection tem como objetivo final a satisfação das exigências do cliente e o cumprimento dos requisitos legais, procurando-se, para isso, que todos os intervenientes o realizem com o máximo rigor, de forma a atingir o nível de qualidade desejado. Os desafios colocam-se ao nível das ferramentas utilizadas aquando da sensibilização do operador económico, no sentido de lhe apoiar de forma correta, clara e consistente.
Sendo classificada entre as Top 5% das PMEs Melhores de Portugal, como é que o Grupo Protection mantém um alto padrão de excelência nos seus serviços e continua a inovar num setor tão dinâmico quanto a segurança alimentar? Quais são os principais valores e princípios que orientam a empresa nesse sentido?
Mantendo a defesa pelo rigor, transparência e melhoria. Essa mesma far-se-á de forma consistente.
Como é que a inclusão de serviços de arquitetura se encaixa na estratégia geral do Grupo Protection? Como é que essa expansão de serviços impactou a capacidade da empresa de corresponder às necessidades crescentes dos clientes na área da segurança alimentar?
O cliente, numa segunda fase, tende a inovar e, como parceiros, defendemos o crescimento do mesmo. Criar novas zonas, ampliações, remodelações são sinónimos dessa relação. Protegemos novamente o cliente não só com a legalidade, bem como com a funcionalidade. Quando se projeta uma indústria está-se a assumir uma grande responsabilidade.
À luz das múltiplas áreas de atuação do Grupo Protection, como é que a empresa aborda as crescentes preocupações com a sustentabilidade na produção de alimentos e como é que isso se relaciona com a conscientização global promovida pelo Dia Mundial da Alimentação?
Globalmente, o critério “preço” tende a impor-se. Contudo, existe uma preocupação associada à compra com retorno para a saúde, ou seja, tida como um investimento. A leitura da rotulagem, o comprar local, a informação sobre a origem, entre outros, são sinónimos da literacia existente. Não obstante à subida de preços, o cliente tende a comprar com mais critério e fá-lo procurando produtos mais locais.
R. das Três Cruzes 13 9545 - 131 Capelas | Ponta Delgada
296 705 773
geral.grupo.protection@gmail.com
grupoprotection.pt
Portugal, um país repleto de diversidade e beleza, oferece uma rica tapeçaria de regiões para viver, visitar e investir. Cada canto deste país europeu é único na sua cultura, paisagens e oportunidades. Viver em Portugal significa descobrir a autenticidade das suas tradições locais, enquanto visitar permite explorar as maravilhas naturais e históricas. Para aqueles que procuram investimento, Portugal oferece um mercado em crescimento e oportunidades promissoras.
Em Portugal, cada região brilha com singularidade, oferecendo o seu próprio charme. A combinação entre tradição e inovação cria um leque diversificado de experiências para residentes, visitantes e investidores. Com um rico património cultural e histórico, Portugal convida a viver uma vida autêntica, a explorar as ruas pitorescas dos centros históricos e a saborear a renomada culinária portuguesa. É um íman para visitantes e investidores, oferecendo também uma abundância de opções culturais e de entretenimento.
Cada região de Portugal tem a sua própria personalidade e atrações, tornando-o um destino ímpar para viver, visitar e investir. Nas próximas páginas, exploramos mais profundamente algumas histórias desses lugares e entrevistamos entidades que têm experiência em primeira mão em cada uma dessas regiões.
Num mundo empresarial altamente competitivo e em constante mudança, a busca pelo sucesso é uma realidade desafiadora. Daí que, as empresas que desejam prosperar e destacar-se no mercado, devem adotar uma abordagem proativa e estratégica, que passa pelo investimento em consultoria e formação.
A consultoria oferece às empresas uma visão externa e imparcial que pode ser incomensurável. Os consultores têm conhecimento e experiência especializada, pelo que para além de identificarem eventuais problemas, propõem soluções exequíveis e estratégias para implementação.
Um dos maiores benefícios da consultoria é, sem dúvida, a sua adaptabilidade. Cada empresa é única, por isso, com desafios e necessidades singulares. Os consultores oferecem uma abordagem personalizada para as particularidades de cada empresa, funcionam como veículo de transmissão e atualização de conhecimento das últimas tendências e das melhores práticas do setor, pelo que num ambiente corporativo em constante evolução, essa vantagem competitiva não deve ser subestimada.
Na prática, um olhar externo, para soluções internas. Ademais, sendo as equipas o coração de qualquer empresa bem-sucedida, apostar na formação, é investir no desenvolvimento do seu recurso mais valioso. Funcionários bem treinados são mais produtivos, mais comprometidos e mais capazes de corresponder às necessidades de um mercado em constante mutação.
A formação aperfeiçoa as habilidades técnicas, mas também promove o desenvolvimento pessoal e profissional. É, por isso, uma ferramenta poderosa para manter a empresa competitiva.
Com o avanço da tecnologia e evolução das práticas de negócios, a formação contínua é essencial para capacitar as equipas com as competências necessárias para enfrentar os desafios e adversidades que possam surgir.
Em suma, investir em consultoria e formação não pode ser entendido como um custo, mas sim como um investimento para o sucesso empresarial. A consultoria através do conhecimento especializado e estratégico e a formação através da capacitação das equipas, promovem a excelência e o potencial máximo.
Empresas que investem em consultoria e formação, são empresas preparadas para identificar oportunidades de negócio, adaptar-se à mudança, melhorar a eficiência e produtividade, solucionar problemas complexos, aumentar a inovação e criar uma arquitetura organizacional de formação contínua e, por conseguinte, de constante aprendizagem.
“Onde há uma empresa de sucesso, alguém tomou alguma vez uma decisão valente.” - Peter Drucker
Se é empresário e/ou líder e pretende trilhar o caminho certo para alcançar objetivos e superar desafios, se almeja o sucesso e a prosperidade, invista em consultoria e formação.
No âmbito do Dia Mundial das Cidades, a Revista Business Portugal esteve à conversa com Pedro Nascimento Cabral, Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, que destacou os objetivos e estratégias para tornar Ponta Delgada numa cidade melhor.
Como é que o Município está a gerir as mudanças em curso no Centro Histórico de Ponta Delgada para preservar o seu património cultural e, de acordo com o tema do Dia Mundial das Cidades, contribuir para uma “Cidade Melhor, Vida Melhor”?
Desde que tomámos posse em outubro de 2021 que estamos a trabalhar para tornar a cidade ambientalmente mais sustentável, verdadeiramente entregue às pessoas, que permita uma cidadania inclusiva, defensora da preservação do seu património centenário e do comércio tradicional. No fundo, pretendemos humanizar a cidade.
Estamos a desenvolver a requalificação do centro histórico, temos em vigor o programa municipal de apoio à reabilitação urbana REVIVA e vamos apostar num plano estratégico para garantir o desenvolvimento de Ponta Delgada, sobretudo na área do apoio à habitação e ao comércio.
Queremos estimular a abertura de inúmeros espaços que se encontram encerrados ou devolutos com o intuito de dinamizar o comércio na cidade. Paralelamente, vamos reforçar o programa de reabilitação urbana, adaptando-a às finalidades dos promotores, com maior pendor para a habitação e comércio, sem descurar de requalificar a frente marítima de Ponta Delgada, proporcionando novas áreas de comércio e lazer que tragam conforto e funcionalidade aos cidadãos elevando, assim, os nossos padrões de qualidade do espaço público.
Queremos ir ao encontro de uma cidade verdadeiramente sustentável do ponto de vista ambiental, social e económico. Temos a ambição de promover uma cidade amiga do ambiente, que ofereça qualidade de vida e bem-estar aos seus cidadãos e com elevados padrões de atratividade do centro histórico para todos aqueles que optem por viver, trabalhar ou simplesmente visitar Ponta Delgada.
Criámos um Gabinete de Estudos Económicos e Apoio Empresarial do Município para melhorar a nossa capacidade de atrair investimento regional, nacional e internacional. Queremos estimular o empreendedorismo em Ponta Delgada e este gabinete vai apoiar os empresários a investir no concelho.
O Município de Ponta Delgada está ao lado dos investidores e empresários, tendo, entre outras medidas, criado um Programa Municipal de Apoio ao Arrendamento para Fins não Habitacionais que prevê apoios às rendas de espaços comerciais no concelho. Um programa que garante uma comparticipação que pode ascender aos 500 euros mensais e até ao máximo de 6.000 euros anuais.
A taxa de derrama foi reduzida de 1,5 para 1 por cento. Em Ponta Delgada as empresas estão isentas de qualquer tributação até 150 mil euros de lucros. Implementámos uma política que é amiga do investidor e permite alavancar novos negócios.
Quais são as principais estratégias da Câmara Municipal para promover a habitação e melhorar a área social em Ponta Delgada, alinhando-se com o tema do Dia Mundial das Cidades de criar uma “Cidade Melhor, Vida Melhor”? Quais são os resultados que já foram alcançados e quais são os planos futuros nesse âmbito?
Vamos promover alterações no programa REVIVA e aprovamos a Estratégia Local de Habitação, que prevê um investimento total de 103 milhões de euros a executar até 2026, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência.
O Município já garantiu um investimento na habitação de mais de 40 milhões de euros para executar a partir de 2024. Este projeto vai iniciar a construção de 184 casas no concelho de Ponta Delgada. Pretendemos desenvolver um trabalho para servir todos os cidadãos, respondendo às suas mais urgentes necessidades, servindo a população e desenvolvendo a coesão social e territorial do concelho de Ponta Delgada.
Na área social, considerando os impactos sentidos com a subida da inflação e o aumento dos custos com a energia, o Município reforçou a atribuição de apoios às famílias e Instituições de Solidariedade Social do concelho de Ponta Delgada, com o propósito de minimizar o impacto do atual contexto económico e social.
O orçamento destinado à Divisão de Desenvolvimento Social apresentou este ano a verba mais alta de sempre – 3,1 milhões de euros – direcionada para fortalecer os objetivos existentes e a criação de novas medidas destinadas a apoiar famílias e IPSS do concelho.
Entre muitas outras medidas, reforçamos as verbas destinadas ao Fundo Municipal de Solidariedade Social, a comparticipação ao arrendamento habitacional e bolsas de estudo para alunos do ensino universitário.
Também implementamos o programa Housing First, uma medida inovadora nos Açores, que pretende responder aos desafios da população sem-abrigo de Ponta Delgada.
Como é que a Câmara Municipal se está a preparar para ser a Capital Nacional da Cultura em 2026? Que ações estão a ser implementadas para promover a cultura no concelho e destacá-lo nesse contexto?
Queremos aproveitar o desígnio de 2026 para criar um momento de exaltação da dinâmica cultural de Ponta Delgada, dos Açores e da nossa cultura. Ainda não temos um programa definido, mas ambicionamos apresentar iniciativas que nasceram da candidatura a Capital Europeia da Cultura 2027, entre outras novidades. Será um projeto importante para valorizar e capacitar os agentes culturais do concelho de Ponta Delgada.
Como é que o município está a investir na promoção da cultura em Ponta Delgada, contribuindo para uma “Cidade Melhor, Vida Melhor”? Quais os principais projetos culturais em marcha e como estão a ser impactados na comunidade local?
Ponta Delgada sente um enorme orgulho em preservar a sua identidade cultural e as suas tradições, ao mesmo tempo que procura dar a conhecer os novos talentos locais. Defendemos a importância da herança identitária de Ponta Delgada em particular e dos Açores em geral, porque afirma o nosso povo e a nossa história. Temos vindo a apostar na descentralização da política cultural do Município, levando exposições e eventos culturais às nossas 24 freguesias.
Quais são os novos investimentos previstos para impulsionar o turismo em Ponta Delgada? Como é que a Câmara Municipal está a colaborar com o setor privado para atrair mais visitantes e desenvolver a infraestrutura turística?
Apresentamos uma agenda cultural e de animação turística eclética e diferenciadora, atenta aos mais diversos gostos. Temos vindo a apostar em eventos com projeção turística, como é o caso da Passagem de Ano, do Carnaval, das Grandes Festas do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada e da PDL White Ocean. Paralelamente, e com vista a atenuar a sazonalidade, apostamos no turismo de congressos e no turismo sénior.
Ademais, temos exigido ao Governo Regional uma séria reflexão quanto ao que pretende para o desenvolvimento e progresso da maior cidade dos Açores e, por associação, da ilha de São Miguel, para a próxima década. Refiro-me, por exemplo, à urgência da requalificação do aeroporto João Paulo II, bem como ao estudo da construção de um novo porto comercial na ilha de São Miguel e à necessidade de continuar a reabilitar e a desenvolver as nossas vias terrestres, em modelos similares ao projeto ‘SCUT’.
Bragança é uma cidade do interior que, por força dessa circunstância, se depara, diariamente, com alguns constrangimentos mas que, também diariamente, luta para conseguir transformar esses constrangimentos em oportunidades, o que lhe permite ombrear protagonismo com grandes urbes, de tal forma que figuramos no top 4 das cidades mais inteligentes do país.
Uma cidade inteligente vive de pessoas e para as pessoas. Estas devem ser e são o foco da nossa atuação. É sob esta premissa que, em Bragança, a intervenção municipal tem sido pautada, desde logo, pelo conceito de ecocidade e, simultaneamente, de acesso à tecnologia, tornando os residentes agentes ativos na gestão municipal e na facilitação da vida aos visitantes.
Como exemplo desta participação ativa é o orçamento participativo em que os munícipes são chamados a apresentar propostas que pretendam ver realizadas ou o sistema Alerta Bragança em que podem reportar, através de uma aplicação móvel para smartphones, pequenas situações problemáticas (Ex. uma fuga de água, a queda de uma árvore ou lixo na rua) ou, ainda, a app Bragança Perto, uma app de utilização gratuita destinada a residentes, visitantes e turistas, permitindo acompanhar notícias, consultar agenda de eventos, pontos de interesse, entre outros.
Mas para potenciar estas utilizações é importante proporcionar aos cidadãos acesso gratuito à rede móvel. Desta forma existem, na cidade,
essencialmente no Centro Histórico, 39 pontos de acesso da rede wifi.
Ainda a pensar nos cidadãos, o Município implementou circuitos e ações tendentes a facilitar a vida dos munícipes, desde logo o Balcão Único de Atendimento onde, num único local é possível tratar de todos os assuntos relacionados com a atividade municipal.
É igualmente possível, através do Geoportal Municipal obter, de forma gratuita, plantas topográficas para instrução de processos na área do urbanismo e consulta de plantas e planos.
Ao nível da mobilidade temos uma cidade ciclável dotada de bicicletas elétricas partilhadas, de utilização gratuita e, ainda uma rede de ciclovias (de 46,59km (incluindo a EcoPista, Ciclovia Envolvente ao IPB, Ciclovia do Pólis, Ciclovia da Mãe D’Água, Circular Interior de Bragança e Pista Ciclável Partilhada Mista em Zona Urbana), estando várias outras em execução que, a curto-médio prazo, se tornarão uma realidade.
Porque a sustentabilidade e o ambiente devem ser uma preocupação constante na execução das políticas mundiais, nacionais e municipais, temos parte da frota de veículos afetos aos serviços de limpeza urbana e manutenção de jardins, dotada com veículos elétricos, levando a ganhos de eficiência e diminuição das emissões de gases com efeito de estufa, de partículas nocivas para a qualidade do ar e do ruído em meio urbano.
Assim como 50% das linhas de Transportes Urbanos estão servidas com autocarros elétricos, proporcionando uma poupança de 27.550,00€/ano em combustíveis fósseis e redução de 58 ton. de CO2
Ainda na área da mobilidade, o projeto “Moveletur” tem uma rede de itinerários turísticos “verdes” que promovem, através da mobilidade elétrica para todos (adultos crianças e famílias – bicicletas e tuk-tuk), pontos de elevado valor natural e cultural.
Existem, igualmente, seis interfaces multimodais, em abrigos de paragem de autocarros, equipados com painéis informativos digitais e autossustentáveis, com o objetivo de prestar informação atualizada
aos utentes e de gerir a circulação da frota rodoviária dos transportes públicos do Município.
Paralelamente, existe na cidade a possibilidade de pagamento do estacionamento de superfície através da app Via Verde Estacionar, sem a obrigatoriedade do dispositivo da Via Verde associado.
Ao nível construtivo, as instalações municipais, foram pensadas e concebidas para serem um bom exemplo no que toca à sustentabilidade, inovação, modernidade e eficiência energética, num verdadeiro conceito de ecocidade.
Integram algumas das mais recentes e modernas tecnologias, tendo o projeto sido distinguido com o Prémio de Excelência em Inovação.
A título de exemplo refira-se que, nos edifícios-sede do Município, dispomos de vários monitores, com informação sobre os consumos desses edifícios e a produção de energia dos 2.000 metros quadrados de painéis fotovoltaicos ali instalados. Neste âmbito a nossa autonomia energética é de 60%, ou seja, produzimos 60% da energia consumida nesses edifícios.
Possuem, ainda, sistemas automatizados de climatização e ensombramento, cobertura verde, reaproveitamento das águas pluviais, sistemas de produção de energia (fotovoltaicos, biomassa), entre outros.
Muitos seriam os exemplos a citar, que contribuem para fazer de nós um destino apetecível, acolhedor, dinâmico e inteligente, alcançado através da partilha do conhecimento e uma visão estratégica concertada entre instituições e parceiros, mas, melhor que continuar a debitar exemplos é conhecer, in loco, todas as infraestruturas e ferramentas que colocamos à disposição.
A evolução e a modificação das coisas é algo necessário e inevitável e a construção de uma “cidade inteligente”, não é diferente mas, tão importante como pensar o futuro e potenciar as melhores práticas é ter sempre em atenção a valorização dos nossos territórios, sem contudo manchar a sua história e o legado que nos foi deixado, onde as pessoas assumem o papel principal.
Miranda do Douro é o lugar onde a sustentabilidade e a qualidade de vida são uma só essência. Segundo Helena Barril, Presidente da Câmara, aqui, a agricultura prospera, enquanto a cultura e gastronomia transformam a estadia numa experiência enriquecedora
Como parte das celebrações do Dia Mundial das Cidades, que se realiza com o tema “Cidade Melhor, Vida Melhor”, quais projetos o município está a promover para tornar a cidade mais sustentável e melhorar a qualidade de vida dos habitantes?
Miranda do Douro é uma cidade situada no Nordeste Transmontano, por conseguinte, é uma cidade sustentável por essência, pela natureza que a rodeia e a qualidade de vida dos seus habitantes é uma constante. Miranda está inserida no Parque Natural do Douro Internacional, que obriga a boas práticas no que concerne à perseveração da Fauna e da Flora, que maior reflexo tem na qualidade de vida.
as alterações climáticas. O que se produz no planalto mirandês são produtos de excelência, desde os frutos secos, azeite, vinho, entre outros produtos agrícolas. Sente-se uma dedicação à terra cada vez maior.
Os jovens desempenham um papel fundamental no futuro de qualquer comunidade. Que programas oferecem para apoiar os jovens locais em termos de cultura, emprego e formação profissional? Como avalia o desenvolvimento e a retenção dos jovens na região?
A bolsa de terras e as hortas biológicas comunitárias são iniciativas valiosas em termos sociais e ambientais. Como vê o papel da agricultura na região de Miranda do Douro? Quais os impactos positivos destas iniciativas na economia local e no bem-estar da comunidade?
A agricultura em Miranda do Douro é um setor que tem um peso enorme. Estamos no planalto mirandês, território com características únicas para a criação de gado. Temos as nossas raças autóctones, a vaca mirandesa, as ovelhas da raça churra galega mirandesa, o burro mirandês e o cão de gado transmontano. E estas raças são apoiadas por associações de criadores e criam a dinâmica no território. A maior preocupação que temos está relacionada com o impacto sentido com
Estamos num território de baixa densidade, em que o envelhecimento da população é a nossa maior preocupação. Os jovens têm um papel primordial porque são a esperança no futuro do território. A fixação de jovens no território é o maior dos desafios que qualquer autarquia destes territórios tem. A fórmula mágica não existe e o facto de não termos ensino superior no concelho obriga muitos dos jovens a sair para estudar. A agricultura é um setor que tem ajudado na fixação dos jovens. A cultura tem um peso enorme e traz os jovens ao concelho. O turismo é também um fator de fixação. Precisamos de jovens mais empenhados e mais empreendedores, porque o município de uma forma ou de outra, com todas as iniciativas que concretizamos, está na retaguarda.
Miranda do Douro é conhecida pela rica herança cultural, gastronomia única e hospitalidade calorosa. De que forma o município colabora com a comunidade local para criar experiências imersivas que permitam aos visitantes não apenas saborear a culinária local, mas também vivenciar a cultura e a história únicas da região durante a sua estadia?
www.cm-mdouro.pt
Desde o início do mandato que colocámos Miranda no lugar que lhe é devido. A riqueza cultural de Miranda é ímpar. Um dos nossos maiores desafios tem sido dinamizar a cultura, com festivais, programações culturais “fora da caixa” e trabalhar com os nossos ovos de ouro, com a língua mirandesa, os pauliteiros de Miranda, a paisagem, os nossos velhos, as raças autóctones, a gastronomia. Assumimos esta identidade como uma marca do território e trabalhamo-la como atração turística.
Portugal tem abraçado com entusiasmo a sustentabilidade, refletindo um compromisso nacional para um futuro mais verde e equitativo. O Dia Nacional da Sustentabilidade destaca-se como um marco anual, congregando cidadãos, empresas e organizações em torno de práticas e ideias sustentáveis.
Neste contexto, nas próximas páginas destacamos a GoParity, uma plataforma portuguesa de investimento, que surge como uma força impulsionadora com foco na sustentabilidade. Esta plataforma une promotores e investidores de projetos de energia renovável, democratizando o investimento ao permitir que qualquer pessoa participe, independentemente do seu poder financeiro.
Ao celebrar-se o Dia Nacional da Sustentabilidade, reforça-se a importância da GoParity, e de iniciativas semelhantes, que desempenham um papel significativo na transformação do cenário de investimentos. Unir cidadãos a projetos sustentáveis demonstra que a sustentabilidade é uma missão coletiva alcançável. Esta abordagem inovadora, focada na acessibilidade e no impacto positivo, representa um caminho promissor para um futuro mais sustentável e inclusivo em Portugal e no mundo.
Nuno Brito Jorge, Fundador e CEO da Goparity, revelou, em entrevista, como a empresa procura atingir metas ambiciosas, conectando investidores a iniciativas sustentáveis e promovendo uma abordagem transparente e envolvente para enfrentar desafios globais.
Quais os fatores que levaram à criação da empresa e à sua missão de promover o financiamento sustentável?
Ao observar a escassez de oportunidades de financiamento para iniciativas na área da sustentabilidade, surgiu o desejo de direcionar fundos para empresas que pretendiam adotar práticas mais benéficas para o planeta e a sociedade. Simultaneamente, percebemos, que cada vez mais as pessoas têm interesse em saber onde está a serinvestido o seu dinheiro e, ao mesmo tempo, se sentem cada vez mais empoderadas para exigir este tipo de transparência e liberdade de decisão.
Quais são os principais resultados alcançados ao promover os objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas? Há algum projeto em específico que destaca o impacto positivo da Goparity?
Atualmente, a Goparity já financiou 30 milhões de euros em projetos, contribuindo para todos os objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Ao todo, mais de 300 projetos diferentes foram apoiados. Medir o impacto que proporcionamos com o nosso financiamento é uma das nossas principais preocupações. Sabemos que os projetos que financiámos já contribuíram para evitar a emissão de 25 mil toneladas de CO2 para a atmosfera, para criar quase 5 mil empregos, impactar positivamente quase 100.000 pessoas em posição vulnerável e para produzir todos os anos eletricidade limpa suficiente para abastecer quase 9000 famílias Europeias.
Destacaria o nosso trabalho de financiamento em projetos de energia solar, não apenas na vertente do autoconsumo empresarial, mas também no que respeita ao financiamento de projeto de comunidades de energia em que temos bairros ou pequenas povoações a partilhar energia produzida localmente e até os projetos no Uganda, em que financiámos energia solar para cooperativas de lacticínios em zonas rurais sem eletricidade (ou com eletricidade intermitente) passando estas a contar com eletricidade limpa e estável mas também a deixar de depender de geradores e reduzir a poluição atmosférica e sonora.
Em Portugal destacaria pela dimensão do projeto o financiamento da Oceano Fresco, uma empresa pioneira na economia do mar e que integra toda a cadeia de produção de bivalves, deste o laboratório de investigação, ao berçário e ao crescimento em “off-shore”, a forma mais sustentável que existe.
Como é que a Goparity envolve os investidores e se relaciona com os projetos sustentáveis que financia? Qual é a importância da conexão emocional na promoção da sustentabilidade?
Na Goparity, os investidores têm a liberdade de escolher os projetos nos quais desejam investir, conforme as suas preferências, como as taxas
de juro, a proximidade geográfica dos projetos ou a tipologia dos mesmo.
Acredito que que se tivéssemos maior visibilidade das consequências das nossas escolhas como consumidores, todos agiriamos de forma mais sustentável. Um exemplo claro são as alterações climáticas, porque não têm um impacto imediato e visível nas nossas vidas diárias, no entanto, gradualmente, estamos a começar a ver as consequências da lentidão de resposta em cada fenómeno climático que ocorre no mundo com cada vez maior frequência.
Como é que a Goparity pretende continuar a educar e a capacitar indivíduos e empresas sobre questões de sustentabilidade e investimento ético? Quais são as metas futuras nesse sentido?
Sempre foi um objetivo nosso, além de mudar o paradigma do investimento e empoderar os investidores de retalho, promover a literacia financeira, reconhecendo a diversidade de conhecimento entre os utilizadores.
Oferecemos à nossa comunidade e interessados workshops e meetups sobre investimentos sustentáveis, gestão de risco, introdução ao mundo dos investimentos ou a avaliação do impacto dos investimentos. Além disso, na nossa plataforma, tentamos que cada vez mais sejam disponibilizadas informações e ferramentas para simplificar o universo dos investimentos e da sustentabilidade.
A nossa meta é ultrapassar os 100 mil utilizadores até ao final de 2024, incentivando não apenas o investimento, mas também a criação de poupanças e finanças mais resilientes. Pretendemos evoluir a plataforma oferecendo serviços como contas para crianças e até chegar oferecer um cartão de débito Goparity, físico ou virtual, para trazer as finanças sustentáveis para o dia-a-dia das pessoas.
Recentemente, celebrou-se o Dia Nacional da Sustentabilidade. Na sua ótica, Portugal tem trilhado um caminho positivo nesse âmbito ou ainda há muito por fazer?
Portugal foi pioneiro no campo das energias renováveis, destacando-se primeiro na energia eólica e hídrica. Nos últimos anos, a energia solar também começou a ganhar terreno, embora se tenham concretizado ainda poucos dos grandes projetos anunciados nessa área.
Parece-me que a sustentabilidade não tem recebido a devida prioridade nas políticas governamentais, o que acontece com frequência em tempos de crise. Nesse sentido a criação de um dia nacional da sustentabilidade é uma iniciativa de louvar, ainda que o mais importante seja a ação consequente e rápida. Apesar deste espaço espaço para melhorias, os dados mostram que a população está cada vez mais preocupada com questões de sustentabilidade e mudanças climáticas, o que é um sinal promissor para o futuro.
Se o “saber não ocupa lugar”, porque é que os estudantes se restringem às suas licenciaturas e mestrados?
A partir desta questão muitas respostas e opiniões podem surgir. Para uns sobressai o medo e o receio de arriscar, para outros a escassez de tempo e carga de trabalho associadas ao contexto académico, contudo, também nos incita a questionar os limites do conhecimento e a desafiar o convencional. Ao dia de hoje, o ensino superior continua a ser percecionado maioritariamente pelos estudantes como um meio para a obtenção de um emprego e não tanto como um contexto para o seu próprio desenvolvimento pessoal.
As Júnior Empresas são como laboratórios vivos que oferecem um terreno fértil para a experiência e aplicação prática do saber adquirido, fortalecendo habilidades profissionais e sociais que moldam futuros líderes. Estas realizam projetos de elevada qualidade ao mercado, estabelecendo-se como uma plataforma única para o desenvolvimento dos estudantes universitários e incentivando a conexão entre estes e prestigiadas organizações.
De acordo com a Junior Enterprises Portugal - Confederação das Júnior Empresas em Portugal - os Júnior Empresários atingem uma taxa de empregabilidade superior em 20% aos restantes estudantes universitários. A palavra adequada é “impacto”, o impacto no desempenho curricular, na primeira entrevista de emprego, no
espírito empreendedor e nos mais diversos desafios que surgem no caminho dos jovens que procuram um desenvolvimento pessoal e profissional além do expectável. É transcender a norma e optar pela exceção. Exceção esta que permite o reconhecimento e admiração por parte das entidades empregadoras que procuram a excelência, o pensamento disruptivo e a ambição de criar valor no mundo dos negócios.
Encontramo-nos no momento em que os alunos são inundados por informações mas têm habilidades limitadas de decifrar, perguntar e validar a razão por meio da sua substancialidade.
Promover o pensamento crítico é, portanto, uma necessidade no ensino superior e uma forma de contribuir para a mais fácil inserção dos seus diplomados no mercado de trabalho.
Efetivamente, os recém-diplomados que outrora ocuparam o papel de Júnior Empresários e agora completam o seu percurso com a transição para o mercado de trabalho, são na mesma alvo de um grande caminho a percorrer, contudo, existe notoriamente, não só uma vontade maior de o fazer como um à vontade.
Dando resposta ao dilema inicial, torna-se premissa de ordem repensar a missão do ensino e promover o desejo não só de saber, como de ser, desafiando a acomodação e inspirando a excelência!