REVISTA ALUMIDIA - ED 01 MAIO 2020

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Revista e.n.J.

tecnologia para sistemas construtivos Maio, Edição 1, Ano 1, 2020

Alumínio e suas infinitas possibilidades

DESIGN A Tecnologia do Conceito

ACM Sistema para Fechamentos de Vãos

Artigo especial: A Importância do Suporte Técnico Comercial www.alumidia.com


tecnologia para sistemas construtivos

Questão de Opinião!

A idéia é trazer assuntos que de alguma forma inspire a busca de novas oportunidades, motive o aperfeiçoamento técnico e contribua para que continuemos a gostar da leitura. A proposta é compartilhar temas que possam despertar o setor de sistemas construtivos, alumínio, aço, PVC, vidro, madeira e outras estruturas que vamos conhecendo ao longo dos dias. Sem a pretensão de esgotar pautas ou competir pelo ineditismo, aqui o objetivo é apenas oferecer mais um ponto de vista.

Editor

Realmente desejo que seja útil e que vocês gostem!


GRANDES INTERESSES

Perfis “big size” e as novas oportunidades abordagem

A indústria de extrusão já pode contar com uma nova tecnologia disponível que vai fazer uma enorme diferença no cotidiano dos engenheiros e projetistas brasileiros, tanto no setor industrial de peças e componentes como no segmento da construção civil. Os perfis extrudados de alumínio de grandes dimensões são uma realidade presente e já ocupando espaço interessante no setor produtivo. Produzidos em prensas de alta capacidade, acima de 8 mil toneladas de força, utilizam billets (tarugos) de 10 a 16 polegadas de diâmetro. Existem prensas com maior capacidade que utilizam tarugos de até 20 polegadas ou mais, porém são situações extraordinárias.

Prensa de Extrusão Direta de 90 MN, aproximadamente 9,2 mil toneladas de força fabricada pela indústria alemã SMS. Utiliza billets (tarugo) de 16 polegadas. Produz perfis de até 760mm x 180mm.

Uma prensa de 10 polegadas, com 4 mil toneladas de força já é considerada uma “big press”, todavia a fabricação de perfis realmente de grandes dimensões pressupõe um equipamento que utilize tarugos de 12 ou 16 polegadas com no mínimo 75 MN de força.

Os “big profiles” (perfis gigantes, em uma tradução livre) vão impactar diretamente, como uma resposta às soluções de desempenho de peças e estruturas metálicas. O mercado brasileiro ainda não conhece todo o potencial e as inúmeras possibilidades dos perfis “grandões”. Outra questão, aliás uma discussão bem atual, é a concentração da produção desses perfis em indústrias da China (não necessariamente indústrias chinesas) porém locadas em território chinês. A distância, o tempo, as barreiras alfandegárias e o câmbio, estão provocando severas restrições na importação de material estrangeiro. Essa nova ordem econômica, irá obrigar o setores produtivos a repactuar o modelo de negócio com mercados internacionais.

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Setores em desenvolvimento

MERCADO INDUSTRIAL transportes

Alguns nichos já apresentam demandas. Começando pelos mais tradicionais setores da indústria, como o de transportes que, de fato têm as melhores oportunidades para uso de perfis de grandes dimensões. Curiosamente os quatro principais segmentos, rodoviário, ferrroviário, marítimo (fluvial ou naval) e aéreo, demandam perfis especiais mais robustos, tanto nas dimensões como em tipos de ligas. Há uma ligeira vantagem nas oportunidades do setor de veículos rodoviários de carga. As longarinas para caminhões há alguns anos têm se apresentado como um mercado disponível muito promissor. Já não é novidade o uso de perfis de grandes dimensões para aplicação em chassi de caminhões, porém ainda é um tabu conseguir estes perfis no Brasil. É também o caso de perfis para “body frame” de vagões de

Protótipo de body frame, chassi e caixa em alumínio mostrado na Fenatran SP (2008), estande da Liberelato Implementos Rodoviários.

trem para composições de transporte graneleiro e de minério. O advento Ferrovia Norte Sul (infraestrutura governo federal) reacende o interesse da indústria de implementos ferroviários. Bons experimentos já vem sendo implantados desde a década de 70 desenvolveu protótipos para carga líquida e caixas graneleiros.

Desnecessário enfatizar que caixas de carga de implementos ferroviários não são novidade no mundo, na verdade nem no Brasil, embora não estejam em evidência. A questão reside em optar pelo uso de composições em alumínio, é uma decisão estratégica. É um mercado promissor, pronto para ser abordado.

Aluminum Cargo, FreightCar America, Miles Ahead, Chicago USA

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naval e aeronáutico O mar está tranqüilo no setor que inclui embarcações de todos os portes e para todas os fins. Os bons ventos também sopram na direção da indústria do alumínio de perfis de grandes dimensões, uma vez que está presente como matériaprima estrutural e até nos itens decorativos de lanchas e iates. Informações oferecidas pela organização da Brasil Boat Show, afirma que pelo menos 60% da frota de embarcações de pequeno e médio portes, nas áreas de esporte e recreio, é produzida com alumínio. Desde 2010 o setor naval tem acumulado resultados positivos. Apesar da crise financeira, o setor foi altamente impulsionado pelo Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), promovida pelo governo federal e pela Transpetro, além das especulações em torno da demanda pela descoberta de petróleo na camada présal. Segundo o presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), a indústria de

Linha de Produção Airbus A350 Inglaterra (foto divulgação)

Embarcação em Alumínio, Estaleiro da Mols-Linien Katexpress

navios e barcos brasileiros vive o melhor momento das últimas duas décadas e deve crescer nos próximos anos. Já o setor de peças e componentes para a indústria aeronáutica, sofreu um susto com o anúncio da venda da Embraer para a americana Boeing. O susto passou, mas a ameaça de venda da companhia continua. A Embraer não é a única indústria aeronáutica brasileira, mas é a maior referência. Necessário entender que a produção de perfis de grandes dimensões não é uma atividade que

visa atender exclusivamente o mercado interno. A ampliação dessa oferta de perfis, obviamente, tem interesses “além fronteiras”. Portanto, voltando à questão do setor aeronáutico, presumese o alcance também da indústria bélica (em toda sua amplitude) e isso, é claro, passa por uma visão estratégica em buscar novos mercados e fortalecer parcerias para exportação. A indústria brasileira precisa adquirir o hábito de explorar mais e melhor o mercado internacional. O Braisil é um potencial fornecedor de alumínio.

Imagens colhidas de divulgação de mídia, free by web.

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Setores em desenvolvimento containers Existe uma demanda de novos projetos para o setor de transporte de cargas. Além dos tradicionais já citados, recentemente surgiu a procura por containers de alumínio. Uma indústria européia, esteve sondando a indústria brasileira com um projeto que previa o consumo de aproximadamente 20 mil toneladas por ano, em perfis de alumínio destinados a fabricação de containers secos e refigerados (frigoríficos). Para a indústria brasileira, containers ainda são vistos como “caixas que vão empilhadas em navios”. No mundo 90% dos containers realmente viajam em navios, e quase todos são em aço carbono.

Mas há um volume significativo de containers que viajam por via rodoviária e outros tantos por ferrovia. Exemplo, Alemanha e China compartilham uma prática de comércio através de rota ferroviária, sistema double deck, através da qual transportam seus produtos utilizando mais de 10 mil containers (40 pés) carregados por mês, neste intecâmbio.

Os containers, ou contenedores em jargão popular, também se apresentam como oportunidade para o emprego de perfis de grandes dimensões. A demanda térmica e a necessidade de se reduzir peso, tornam os containers de alumínio uma solução bastante interessante nestes tempos onde se busca reduzir custos e otimizar o tempo nas rotas.

Outra limitação, também por enquanto, é a fabricação das super matrizes. É uma questão mais sensível, pelos altos custos e tempo de produção. Há fornecedores mundo afora, com relativa capacidade de atender com bons prazos. Os perfis gigantes, em geral são customizados, cada cliente tem o seu.

São objeções que a indústria de extrusão terá que vencer para alcançar o cobiçado segmento das mega construções com perfis de alumínio. Não é só uma questão de investimentos, é também e sobretudo, uma manobra estratégica, tanto da indústria de alumínio, como do país. É uma aposta!

matérias-primas A produção de perfis com grandes tamanhos não é uma das tarefas mais simples, nem das mais fáceis. No Brasil há pouca oferta de tarugos à partir de 10 polegadas e nenhuma (ainda) oferta de billets com 16 polegadas. Não se trata exatamente de falta de capacidade, mas de clientes.

Royal Precise Technology Jiangsu,China

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Taber Extrusions, LLC – Russellville Russellville, USA



Setores em desenvolvimento

SEGMENTO DA CONSTRUÇÃO engenharia Como todo nicho, o setor construtivo é formado por vertentes. E são muitas. A visão mais holística recai sobre os sistemas construtivos em alumínio, perfis aplicáveis à estrutura de cobertura e fechamento de vãos. Todavia perfis para construção civil, podem ser relativizados pela complexidade do design e por uma quase comoditização dos elementos. Perfis complexos, porém de uso comum. Não é regra, mas uma tendência. Perfis mais arrojados, de maior DCC (diâmetro circunscrito, em linguagem de engenharia de extrusão de perfis de alumínio) para aplicação em fachadas de envidraçamento de prédios monumentais estão em falta. Na verdade, não existem no Brasil.

As fachadas “cortina de vidro” no sistema structural glazing amargam falta de opções e oferta. As minguadas opções, quando aparecem em propostas mais ousadas, não existem na forma física, morrem no papel. Perfis para vencer grandes vãos, sustentar cargas extraordinárias e combinar resistência estrutural, estabilidade e rigidez de conjunto, estão na pauta de necessidades imediatas da arquitetura e engenharia moderna. Hoje se olharmos para as mega construções dos centros urbanos como Hong Kong, Tóquio, Nova York e Dubai, podemos observar nitidamente que perdemos a vanguarda da capacidade inventiva no design. E, sobre porte das obras, nem dá para iniciar discussão. Acompanhando as expectativas de crescimento, e fazendo

Formas em alumínio, Feira Batimat Paris, 2016

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Brises gigantes em alumínio Colt International Ltd., Petersfield, Inglaterra

uma estimativa “acanhada”, o Brasil precisará nos próximos dez anos de aproximadamente mais de 20 milhões de m2 de galpões e silos industriais para atender a expansão das empresas já em operação e para acomodar investimentos em novas instalações industriais e centros de distribuição. Realmente os números são tímidos, pois a média é um incremento natural na ordem de dois milhões de m2 por ano de novas áreas fabris ou depósitos cobertos. Além disso precisaremos cobrir e fechar Aeroportos, Shoppings Centers, Centros Esportivos, Estádios de Futebol e Estações de Passageiros. Há muito coisa para ser feita nos próximos anos. A retomada virá com muita força.


construção

Montagem Plataforma, Aluminium Offshore Pte Ltd, Singapura

Mas o futuro aponta para uma realidade bem diferente da que estamos acostumados. São construções que precisarão ser cobertas e fechadas em curto espaço de tempo, inclusive para atender novos paradigmas de não há outra solução senão a utilização das estruturas em alumínio. Os perfis de alumínio, sobremodo os tubulares serão materiais imprescindíveis para a missão de fechar e cobrir grandes vãos com maior e melhor produtividade com importante ganho de tempo. A combinação de hiperestaticidade que permite cobrir e fechar vãos de grandes dimensões, com enorme vantagem, por permitir instalação mais rápida, estética moderna que valoriza o empreendimento e incrível rapidez de instalação fazem das estruturas em alumínio, a solução mais eficaz para atender essa necessidade.

O Brasil consome atualmente pouco mais de 1.000 ton. por ano em estruturas espaciais e convencionais de alumínio para cobertura. Há espaço para um crescimento muito grande, especialmente para as empresas que detêm tecnologia e equipamento para produzir perfis de dimensões especiais. Estima-se que exista um mercado disponível de aproximadamente quatro mil toneladas por ano a espera de estruturas em alumínio. Some-se a tudo isso, um considerável ganho de tempo e dinheiro, pois a manufatura do kg de alumínio é cerca de 14 vezes mais rapido do que o do aço. É um ganho, uma vantagem incontestável. São situações novas, pois a engenharia e arquitetura estão ousando mais na utilização de novas estruturas para compor volumes dos projetos.

Unsplash Photos for everyone Adrien Olichon

Embora não seja um universo estranho, as estruturas de alumínio ainda têm tímida participação nos sistemas construtivos. Vai crescer é claro, pois é o caminho natural do desenvolvimento e pelo qual necessariamente passa pela utilização de novas tecnologias. Quanto a isso não há dúvidas e nem segredos. O que o mercado deve estar atento é a velocidade com que essas opções vão aparecer nos projetos e como serão estas propostas. É provável que o setor de extrusão tenha que dar uma “forcinha” para os especificadores, ou melhor, interagir com eles, compor com eles e demonstrar as muitas possibilidades que os perfis extrudados de alumínio podem oferecer. As estruturas de alumínio são amigáveis aos projetistas, também por esta razão, deverá se encaixar muito rapidamente aos novos padrões da construção.

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Setores em desenvolvimento construção

Fachada Unitizada com shading Permateelisa, Treviso, Itália

O setor da construção civil vem passando por grandes transformações. A presença do alumínio extrudado nesse segmento está consolidada, mais que isso, está consagrada. Além disso continuará sendo o mais influente na demanda por inovações de sistemas construtivos de gerações mais avançadas, claro, os perfis mais robustos ganham incontestável destaque. Poderíamos, apenas por hipótese, citar que um simples upgrade na qualidade das esquadrias de alumínio, portas, janelas e fachadas, para atender os padrões adequados de qualidade, (apenas por este caminho) conseguiríamos praticamente dobrar o consumo de material extrudado no setor construtivo. É sabido que cerca de 62% de todo o alumínio extrudado no Brasil é destinado ao setor da construção civil.

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Isso corresponde em números atuais a 160 mil toneladas por ano. Desse total, estima-se que quase 70% são usados na fabricação de esquadrias de alumínio, portas, janelas, guardacorpos, box e fachadas, como segmentos de maior consumo. É tudo uma questão estatística, porque não há como conseguir números seguros, mas seguindo a hipótese, temos hoje, um consumo próximo de 112 mil toneladas de esquadrias anualmente. Os fechamentos envidraçados de prédios monumentais, que utilizam as chamadas fachadas structural glazing é a fatia que deverá consumir uma boa quantidade desses “perfilões”. As fachadas (pele vidro, em linguagem popular) já participam com 8 mil toneladas anuais dos perfis sistemizados. Esse volume deverá dobrar nos próximos cinco anos, mesmo considerando os tropeços da conjuntura econômica. É um mercado próspero, inovador e esteticamente atrativo, condições que seduzem e aguçam as propostas da engenharia e arquitetura.

Tratando-se de fachadas, dois nichos específicos terão espaço garantido nesta nova ordem de crescimento. As fachadas especiais para vencer grandes vãos, na modalidade unitizada que necessariamente irão exigir perfis maiores e melhores no aspecto do design. E, as fachadas hiperestáticas, modulares, que estão chegando ao Brasil. Esta segunda, também conhecidas como fachadas autoportantes (só um codinome, porque de fato não é autoportante) são elementos cuja estrutura primária faz parte da configuração dos volumes arquitetônicos da construção.

Fachada Modular, Unitizada YKK


arquitetura Estruturas compostas estão em alta na engenharia de sistemas construtivos e devem conquistar espaço ainda maior. A necessidade de vencer grandes vãos com segurança para suportar as exigências das cargas previstas nas normas faz com que o casamento de elementos como alumínio e aço compensem, um ao outro, esta necessidade. O alumínio participa com suas virtudes, peso, design, ductilidade e o aço com sua consagrada capacidade estrutural. A modulação de vãos irregulares, alvenarias com recortes e volumes com necessidade de fechamentos com fachadas negativas ou em ângulos são características novas da arquitetura que, por esta razão, unir elementos e estruturas são uma excelente alternativa para solucionar estas demandas. As novas concepções de fachada, configuradas em forma de mosaicos são desafiadoras.

Fachada em Mosaico Triangula, JTI em Genebra, Suíça

O conceito traz outra importante inovação que é justamente o “casamento” de estruturas, alumínio e aço, funcionando em conjunto para dar sustentação ao projeto, proporcionando uma riqueza do conjunto aspecto estético bem definido. Todavia não deve ser encarada como competição, mas como soma de esforços para compor os impressionantes resultados que estes volumes proporcionam.

É fato que a engenharia e arquitetura estão caminhando juntas e esse é o novo paradigma. Neste campo, o alumínio como elemento aparente permenece em franca evidência, mas nestes tipos de estrutura fica claro a dependência estrutural do aço. Trata-se de uma estrutura refinada, tanto na concepção, como na escolha dos materiais para compor as peças, que vão dar o efeito estrutural e o destaque à obra.

Estrutura treliçada em aço e alumínio, SOM Skidmore Owings & Merrill, Beijing , China

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Setores em desenvolvimento

PERFIS PARA APLICAÇÃO OFSHORE

Plataforma Offshore com Heliponto Aluminium Offshore Pte Ltd, Singapura

plataformas A conhecida e reconhecida arquitetura brasileira tem perdido espaço no cenário mundial, por falta de sistemas construtivos à altura do talento “dos nossos” profissionais. Daí, se pode extrair que, os perfis de grandes dimensões para aplicação na construção civil é um dos caminhos que vai contribuir para o resgate do status da vocação construtiva nacional. Todavia, a indústria da construção não se resume em perfis para fachadas de prédios. O setor de offshore tem mostrado sinais animadores de crescimento. São construções de altíssima tecnologia que requerem perfis estruturais necessariamente em alumínio por questões óbvias, peso, facilidade de conformação, resistência à ataques corrosivos e fabricabilidade. Para entender melhor, pausa para a comprrensão do termo Offshore, “…construction is the installation of structures and facilities in

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a marine environment, usually for the production and transmission of electricity, oil, gas and other resources.” Uma construção petrolífera offshore são as estruturas localizadas em alto mar. Elas atuam para a extração de petróleo no oceano e são muito utilizadas em oceanos profundos, com reservas abundantes de petróleo e geralmente afastadas do continente. Em síntese, as plataformas offshore são as construções para a extração de petróleo e gás.

Em geral, são construídas no continente, sendo que elas são embarcadas, para posteriormente serem içadas ou ficarem flutuando sobre o campo de extração, dependendo do tipo e modelo da plataforma. Os perfis de alumínio com ligas especiais e de grandes dimensões, para esta aplicação, são a matéria-prima principal. Devido ao custo de construção de uma plataforma offshore, que chega a pesar entre 400 a 2000 toneladas de perfis de alumínio, cada estação, um bem elaborado estudo deve ser realizado sobre a área a ser explorada, pois é preciso compensar o custo da instalação, bem como outros fatores de risco, como os ambientes, por exemplo. A estrutura mecânica de uma plataforma offshore está entre os segmentos que apresentam as melhores oportunidades para aplicação de perfis de tamanho grande, pois combina necessidades muito específicas que podem ser atendidas pelos perfis extrudados. A indústria offshore brasileira opera na fabricação de complementos e manutenção.

Base de Plataforma móvel Offshore Aluminium Offshore Pte Ltd, Singapura


Super Prensa de

Extrusão

Perfis de grandes dimensões para aplicação na indústria e construção. Implementos rodoviários e ferroviários, passarelas, passadiços e segmento Offshore.

19 3227-1000

100 MN

10 Mil Toneladas de Força

1100 mm


Setores em desenvolvimento offshore

Ponte “passarela” de acesso à Plataforma Aluminium Offshore Pte Ltd, Singapura

O vasto campo de possibilidades offshore incluem ainda os passadiços, passarelas, pontes de acesso, helipontos e pisos dos mezaninos e estruturas para as áreas cobertas. Nos próximos vinte anos, o Brasil irá demandar mais de 300 plataformas offshore com todos os seus derivados em perfis de alumínio. Por tratar-se de um oferta nova, ainda não se pode cravar quais mercados irão absorver essa produção. A demanda será gerada, ou melhor, será construída à partir da possibilidade de oferta local. Os perfis para aplicação offshore tem enorme valor agregado no mercado internacional o que assegura uma boa

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fatia desse nicho para os extrusores que dominarem essa tecnologia. Os perfis grandes dimensões são produzidos com ligas e têmperas especiais, menos frequentes que as usuais nos setores da indústria e construção civil.

As plataformas são grandes negócios, mas não únicos. Os “pipe racks” suportes de tubulação estão entre os ítens de grande consumo offshore. São peças que precisam constante troca, portanto alta demanda.

Heliponto em navio Plataforma de Exploração Petróleo Aluminium Offshore Pte Ltd, Singapura


SOLDAGEM DE PERFIS DE ALUMÍNIO processo mig

Se por um lado os perfis de grandes dimensões atendem uma demanda importante de determinados segmentos, por outro, há limitações sobretudo, na produção de perfis longos. É nesta lacuna que a solda de perfis (entre perfis) entra para solucionar esta questão. Além da atenção a soldabilidade, é necessário estar atento à união de perfis com diferentes ligas, pois podem não combinar entre si, e o resultado da soldagem não será esteticamente bom e nem seguro. As características das ligas de alumínio que as tornam atraentes, pois os materiais estruturais são leves (um terço o peso do aço para volumes iguais) e sua relativamente alta resistência, próxima em muitos casos à do aço estrutural. Essa combinação resultou no aumento do uso de ligas de alumínio em aplicações como automóveis de passageiros, caminhões, implementos rodoviários e ferroviários (vagões de trem). Além disso, algumas peças das aeronaves são fabricadas principalmente em alumínio ligados, embora nessas aplicações as peças são mais frequentemente unidas por sistemas mistos, parafuso, rebite ou recartilho. Alumíno puro, série 1000 não contém elementos de liga. Esta série também é usado em condutores de barramento elétrico devido à sua excelente condutividade elétrica. Ligas à base de Manganês, série 3000 produz uma série não tratável

pelo calor usado para fabricação e construção de uso geral. É excelente para soldagem e não propensa a rachaduras a quente. Entretanto esta liga não é recomendada para aplicações estruturais. Ligas à base de Silício, série 4000 reduz o ponto de fusão do alumínio e melhora a fluidez. Possui boa soldabilidade. Frequentemente usada no indústria automotiva, pois é muito fluida e boa para brasagem e soldagem. Ligas à base de Magnésio, série 5000 adicionado ao alumínio, o magnésio possui excelente soldabilidade, boa resistência estrutural e não é propenso a rachaduras a quente. Muito usado para tanques de armazenamento de produtos químicos e vasos de pressão, bem como aplicações estr uturais, vagões, caminhões basculantes e pontes por causa de sua resistência à corrosão. Ligas à base de Silício e Magnésio, série 6000 tem resistência média, usado principalmente em automóveis, tubos, trilhos e aplicações de extrusão estrutural. É uma liga propensa a rachaduras a quente, mas esse problema

pode ser superado pela escolha correta de junta e metal de adição. Ligas das séries 7000 e 8000 são menos usadas para peças soldadas. Em geral, a solda reduz a capacidade estrutural da liga de alumínio nos pontos onde é feita a união. Do ponto de vista prático, não há como recuperar a resistência perdida durante a soldagem. Processo MIG: Soldagem com arame protegido do ar atmosférico por um fluxo de gás inerte como o Argônio ou Hélio, não tendo função física com a peça de fusão.

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DESIGN, TECNOLOGIA DO CONCEITO Formas, modelos e aplicação de perfis abordagem Você já deve ter ouvido falar naquela frase, “conceito técnico”. Sim, é claro. A consideração é usada para ponderar muitas coisas e, em todas elas, relaciona-se à aplicação ou destinação, na ótica da operacionalidade. Design é isso, ou melhor, é tudo isso. Os perfis extrudados de alumínio são resultado do design. Quanto melhor o design, melhores serão os resultados na cadeia em geral, desde a argumentação de vendas, processo de extrusão propriamente, manuseio das barras, performance do perfil e aspecto estético. A interpretação desse termo do inglês original talvez tenha sido em um passado distante, dois

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Exta Chair, by Tarazi Design Studio

séculos atrás, traduzido como projeto. Modernamente, está muito mais relacionado à uma indicação de forma ou formato, portanto é comum confundir design com desenho pela grafia, mas não é, a tradução de desenho para o inglês é drawing.

Tubo pistão de fluido refrigerado

Note, que esse preâmbulo é para mostrar e demonstrar que a palavra é bem ampla. Mas há um outro termo que, se não serve como tradução, encaixa-se perfeitamente como uma boa versão para o design: trata-se do “esquema”. Para entrar no texto, como vimos, precisaremos no mínimo três palavras, projeto, formato e esquema. Portanto a expressão design continua soberana. Para concluir, fica desde já convencionado que Designer Industrial é o projetista, e design é resultado do seu trabalho. Perfis extrudados de alumínio são materiais que podem ser empregados em praticamente tudo que existe no universo dos produtos manufaturados.


conceito

Para desenvolver um perfil de alumínio extrudado é necessário que o projetista tenha bom nível de conhecimento de dez fundamentos: 1. Finalidade, aplicação ou função do perfil; 2. Onde será produzido, tipo da prensa, tarugo, DCC da boca de saída; 3. Tecnologia de Extrusão, ligas e têmperas; 4. Desenho técnico de perfis de alumínio Norma ABNT NBR 8116 e relacionadas; 5. Normas Técnicas Específicas da Aplicação e tratamento de superfície, no caso de perfis para Esquadrias NBR 10.821, NBR 15.575, NBR 14.718, NBR 7199, NBR 14.698, NBR 14.125, NBR 12.609 e relacionadas; 6. Noção de usinagem de perfis de alumínio para aplicação na indústria e construção civil; 7. Contato com o setor de fabrição das peças com perfis extrudados, seja construção civil ou indústria. 8. Usinagem Industrial, ferramentaria, fabricação e correção de matrizes; 9. Algum conhecimento de logística, transporte e armazenamento de perfis de alumínio. 10. Domínio de sof twares de desenho, CAD, Solidworks, Microstation, Sketchup e Corel Drawn. É impossível ser um projetista sem uma boa noção das circunstâncias que envolvem a configuração de um perfil extrudado. Ninguém precisa ser um mestre em tudo quanto há, não é isso, mas o design requer conhecimento mínimo do processo. Claro que o projetista precisa conhecer ligas e têmperas.

Módulo de Passarela Suspensa

É necessário que saiba a diferença de capacidade estrutural dos perfis para que possa, por exemplo, especificar em seu projeto que uma ancoragem de fachada exige uma liga mais robusta.

Não é só experiência, é fundamental a pesquisa, a leitura didática e a participação, se possível, de eventos internacionais (feiras e congressos) como fonte de aquisição de conhecimento.

Pinterest, design upload by Shawul Modern Construction Envelop

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Tecnologia do Design tecnologia Uma anomalia no design do perfil, pode provocar problemas nos perfis resultantes. E dentre os principais defeitos estão as deformações e comprometimento da estrutura dos perfis. Abaulamento: curvatura entre bordas e centro de uma barra extrudada. Angularidade: desvio das dimensões angulares especificadas na seção transversal extrudada. Arrancamento: como a própria denominação indica, esse defeito consiste em perda de material extraído da superfície do extrudado ao passar muito violentamente pela matriz. Interfaces de extrusão (“coring”): observa-se basicamente três tipos de interfaces no interior de um perfil de alumínio extrudado e cada uma delas possui características distintas resultando em diferentes aspectos após a extrusão. O trabalho de design não é apenas a arte de desenhar, é a ciência de planejar o nascimento de um produto. Requer domínio da técnica de geometria.

Perfil Esquadria, Southern Aluminum Finishing, Atlanta, USA

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Exige conhecimento das instalações fabris do agente extrusor (indústria de extrusão e respectiva prensa). São quesitos necessários à formação do Designer, bom nível de compreensão sobre os tipos de perfis, tubulares, multitubulares, semi-tubulares, perfis sólidos, DCC (diâmetro circunscrito), grau de dificuldade, superfícies aparentes (que será expostas na composição da peça), especificações que devem acompanhar o projeto desde a criação do conceito, até a orientação sobre o processo industrial.

Design é uma tecnologia que requer disciplina e obediência às regras elementares do projeto. O perfil extrudado já nasce “quase” pronto, do ponto de vista geométrico, por esta razão requer do projetista uma atenção especial, pois o processo de extrusão gera um perfil de superfície constante, portanto impossível de ser alterado à posterior. Além da geometria, a questão da precisão dimensional deve estar no foco do projetista. Perfis bem projetados devem garantir alta performance no processo de extrusão.

INAL Technology Ltd., Manchester, Inglaterra



Tecnologia do Design esquadria

25,0 MV-170

MV-010

Vidro 8mm

EPDM MV-1030

Maxxivision Minimalista

56,8

MV-160

MV-180 EPDM MV-1040

Vidro 8mm

MV-160 MV-010

A proposta do desing mais arrojado é aquela que busca definir um “esquemas” de perfis com lógica funcional. A opção por desenhos com formas simétricas podem contribuir muito com a versatilidade do conjunto.

Maxxivision Minimalista

Esquadrias de alumínio têm uma particular dificuldade quanto à criação do design. Os perfis precisam obviamente combinar entre si, e ao mesmo tempo, devem compor harmonia entre os ambientes, e esse é o principal desafio.

Mais que arte, o design é uma ciência que tem por objetivo integrar o perfis de alumínio aos espaços onde serão utilizados, de forma a promover equilíbrio no conceito estético.

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8,0

18,0 56,8

Parafuso de Fixação do T

T Corpo do Trilho de Rolete

MV-420

7,0

MV-410

PISO Contra-Piso 52,0

52,0

A arquitetura é livre, tão livre que o design da esquadria precisa ousar em abranger o maior universo possível de possibilidades.

EPDM MV-1010

MV-050

MV-330 MV-345

ALVENARIA CONTRABASE OU CONCRETO

CAIXA DE ESCOAMENTO DRENAGEM NA ALVENARIA


projeto

Para os projetistas que estão na missão, ou por ofício, ou desejo pessoal, de desenvolver um sistema construtivo (uma linha de esquadrias, caixilhos, guarda-corpos ou fachadas) precisa levar em consideração cinco questões de relevância comercial, que são: A primeira é a generalidade de consumo, isto é, os sistemas precisam estar integrados ao máximo de hábitos da arquitetura das diversas regiões do país. Em segundo lugar, a quantidade de perfis do conjunto. Há uma relação de custobenefício entre o número de perfis e respectivas funções para compor as tipologias e ou vencer os vãos. O terceiro ponto é a capacidade de fabricação e aplicação das peças, utilizando-se os equipamentos e instalações de uma fábrica convencional, média, e das possibilidades de aplicação na obra.

Fachada Unitizada Unitwall

Quarto, são os acessórios, dentre os quais, roldanas, fechos, articulações, ancoragens, guarnições e sistemas de automação. A quinta questão é a inclusão dos perfis (ou perfil, no caso de um complemento isolado da linha ou sistema) em softwares de cálculo. Para isso, são necessários os desenhos de conjunto, chamados esquemas de montagem.

O design é, sem dúvida, a tecnologia do conceito. Portanto além do aspecto funcional, o resultado deve privilegiar a produtividade da aplicação (função do perfil), intercambialidade dos encaixes entre elementos e potencial comercial (venda) do produto final. O sucesso do projeto de um perfil extrudado de alumínio também está relacionado ao interesse do Técnico Designer em estudar características construcionais das matrizes, precisa ênfase na atenção às normas e capacidade das instalações fabris da indústria onde será extrudado, movimentado e questões inerentes a reposição das matrizes. Tanto quanto mais conhecer os termos e a natureza da ferramentaria, maiores são as chances de êxito do design proposto.

Guarda-Corpo Victória

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Tecnologia do Design design Sobre design de perfis extrudados de alumínio há assunto para um livro, talvez um filme de longa metragem. O tema seduz pela imensidão de possibilidades. A combinação de formas e cores e união com outras estruturas como madeira, PVC, aço e vidro alimentam a e aguçam a criatividade dos Designers. Nesta edição da Revista Alumidia, trouxemos uma abordagem mais focada no design de perfis para aplicação em sistemas construtivos. Mas o campo é vasto também para segmento de componentes industriais, peças e máquinas. Parece não haver limites. De uma forma geral, as indústrias de alumínio não se dão conta que o design é o grande diferencial dos perfis extrudados. Talvez pela pouca ou quase nenhuma discussão sobre o assunto, algo que se propõe fazer agora, isto é, conversar mais sobre design. Não só para a criação de novas aplicações, mas também para renovação de conceitos já existentes. A modernização de portfólio também se apresenta como mercado. O extrusor abusa da pouca criatividade e iniciativa. Muitos perdem clientes de perfis extrudados para concorrentes que se dedicam a “investir em propostas mais encantadoras” no quesito design. Fica a dica: Por que esperar o seu concorrente a oferecer algo novo, se você pode fazer isso agora que já tem a confiança dele? Mesmo que um novo design possa resultar em um produto de menor custo de venda, ainda assim, é importante que o fornecedor esteja disposto informar que existe a possibilidade de mexer no design.

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MAADI Group, Inc. Quebec, Canada

A atividade de desenvolvimento, abrange até a questão da legislação de marcas e patentes (PI Patente de Invenção, MU Modelo de Utilidade e DI Desenho Industrial), pois o profissional Designer não pode incorrer, mesmo que involuntariamente, na agressão (violação) da patente de um produto já existente. E da mesma forma, ainda neste sentido, assim que criar algo para si, ou para seu cliente, saber informar os atributos patenteáveis. A Lei nº 9.279 (1996) disciplina Patentes.

O universo é vasto, a metalurgia envolvida exige mais proximidade as atividades de área de “die shop”, em especial sobre eletro-erosão a fio, centralização da “spina” (saber o que é), correção, vida útil da matriz e espessura de parede de perfis. Tudo isso tem a ver com a precisão dimensional dos perfis. Óbvio que todo design busca a boa harmonia entre dimensões e uma perfeita relação entre processo industrial e precisão dimensional.


Você e mais 90 mil leitores Revista tecnologia para sistemas construtivos Maio, Edição 1, Ano 1, 2020

Alumínio e suas infinitas possibilidades

DESIGN A tecnologia do Conceito

ACM Sistema para Fechamentos de Vãos

Artigo especial: A Importância do Suporte Técnico Comercial www.alumidia.com


O MARKETING QUE MARCA Comunicando através da Identidade Visual Valdir Araujo artigo Revista é uma ferramenta de marketing. Como dizem é um veículo de mídia. Campo vasto demais, o assunto seduz, mas o espaço é curto para escrever tanta coisa. E às vezes enrosca em uma outra controversa. Uma delas é que marketing exige grana. É possível fazer marketing sem dinheiro? Sim, claro! Mas aqui o assunto é o marketing desses que precisa. Também não dá para falar de tudo. Então separei uma área do marketing que trata das mídias de comunicação e identidade visual. Para pontuar, à aqueles que gostam de estudar o tema, criei meu próprio conceito de marketing comercial, e lá vai: “Marketing é todo um conjunto de esforços, destinados a valorizar um produto, serviço ou idéia, para o público com quem se deseja negociar”.

Existem outras, mas essa não tem contra-indicação, é simples mas tem funcionado. Parafraseando Ariano Suassuna, tenho uma enorme simpatia pelos ditados prontos, mas gosto de dar uma versão própria. Por isso, digo que “o marketing pode tudo, mas não pode muito!” Nenhum marketing, por melhor que seja, substitui um mal produto ou mal atendimento. Nestes casos, ajuda mas não resolve.

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Muito se tem falado sobre o poder do marketing, porém pouco se tem feito. Primeira dica: Seu cliente sabe que “onde não há fumaça não há fogo”, me permitindo nova redação do ditado. Uma porção imensa de vendas são perdidas, exatamente porque os clientes não são convencidos que há suficiente segurança para fechamento do negócio, pelos sinais que ela capta, no argumento, na apresentação e no marketing da empresa. Aparência significa “zelo”, é um dos principais elementos de julgamento do comprador.

Não, marketing não é tudo! marketing é só 90%, o resto é produto, qualidade e atendimento. Isso eu dizia há 20 anos atrás, hoje com as redes sociais, acho que o maketing tem uma “fatiazinha” maior. Escrevi muito para as revistas do setor, tenho um punhado de artigos publicados, mas foi em 2003 que fiz minha primeira crítica sobre o assunto, na edição número 36 da Revista Finestra (à época as edições ainda eram impressas), o qual compartilho parte do artigo, conforme segue:

Por onde anda o mídia do alumínio? O fato é que de novo, nos encontramos diante de uma dessas encruzilhadas do mercado. Escolher agora o caminho a ser trilhado não é uma tarefa das mais simples, sobretudo quando nos é atribuída à missão de liderar projetos e pessoas. O momento não é de reflexão e sim de ação. Quando nos referimos ao setor das esquadrias de alumínio, ao longo dos últimos cinco anos, pudemos observar o ingresso de tecnologias que trouxeram para o público brasileiro uma cultura de luxo e classe que antes só se ouvia falar. Entretanto, o descuido com a imagem coorporativa e o modesto investimento em campanhas de estímulo ao uso do alumínio, especialmente no contexto da construção civil, mostram agora seus reflexos no setor. Algo que poderia ser evitado. Felizmente ainda temos tempo suficiente para manobras. É o que propomos neste artigo, é para isso enfim, que existe a tecnologia da comunicação dirigida, ou marketing como conhecemos... (continua).

A íntegra está na edição nº 36, página 101 da Revista Finestra (2003), reproduzido na página 98 do livro Gerando Bons Negócios com as Construtoras (2011).


Identidade Visual marketing

Quer ser feliz ou ter razão? O texto é simplorião e focado em esquadrias, mas ainda gosto dele, mais pelo recado, na verdade só pelo recado, confesso. Voltando à proposta da identidade visual, tenho sido contratado para criar logos e nomes de produtos. Nestes “recentes” vinte e poucos anos, criei uma centena de marcas, algumas vivem, outras sobrevivem e algumas, mesmo não estando na ativa, marcaram época. Quero trazer para o leitor, algumas dicas sobre o marketing de comunicação e identidade visual. A primeira é que a marca (o desenho) é o carimbo que a empresa aplica no seu produto ou serviço. Acho que dispensa maiores comentários.

A segunda é que a marca precisa estar relacionada á um argumento. Tipo, quando eu vejo o logo do “Pão-de-Açúcar” sei que lá é “...lugar de gente feliz...” Opa! É claro que não é bem assim. As empresas de alumínio não tem tanta tradição, em nem aparecem tanto tempo na TV. A terceira dica é que a marca tem que ter um design que possa ser reproduzido facilmente. Essa é a questão. O logo tem que ter versões, para ser aplicado sobre uma folha branca ou preta, ou sobre uma foto, bordado em um boné ou uniformes. Essas versões do desenho da logomarca, chamamos de “guide line”, guia de aplicação, definindo posições, tamanho, proporção, informações desse tipo.

Marcas conhecidas e reconhecidas, criadas para durar...

Valdir Araujo Design Gráfico e Industrial

O guide line também serve para dar todo o conceito da expressão na proposta da comunicação. Tentando explicar, é mais ou menos assim: O folder promocional precisa ter uma arte que se indentifica com o cartão de visita, que precisa lembrar a capa do catálogo, que precisa remeter ao site, e tudo quanto há de

BLINDALUM ALUMÍNIO BLINDADO

comunicação visual tem que ter uma identidade única e, as pessoas, principalmente a equipe comercial tem que

Não é só aplicar o logo sobre qualquer figura que vira marketing. A quarta, são os slogans. O pessoal chama de lema da empresa. E tem os desdobramentos: tema, política da empresa, valores, missão e por aí se vai. É muita regra. O problema é que tem coisa que eles esquecem e outras que se opõem, como exemplo, a política estar envolvida.

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Design gráfico de folder promocional para indústria de alumínio. Cliente tem a demanda bem definida (2018).

comercial que bate de frente com a política da qualidade, que não combina com a política de RH, e vira uma confusão danada. Também nestes quesitos o marketing precisa funcionar. Mas é preciso diferenciar, o que é lema da empresa do slogan de um produto. Os slogans podem ser renovados com mais frequência, por exemplo para servir uma campanha de marketing. Assim como os próprios logos. Identidade de produto pode e deve ser atualizado, melhorado de tempos em tempos. A quinta, são os nomes. Bem neste caso, é o gosto do freguês que conta. Já houve casos que o cliente me enviou um nome e me pediu um logo. E situação onde recebi um logo e o cliente pediu um nome. Sim isso ocorre, é raro, mas no caso ocorreu.

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Nomes em inglês têm sido adotados com frequência. Nada contra. Os nomes em português ainda sofrem preconceito. Outra questão é o patenteamento, pois palavras da língua portuguesa, em geral, não são admitidos como patenteáveis para nome de produtos. Mas tem gente que abusa, coloca nome, sobrenome e apelido no produto. Não há marketing que resista. A sexta, para fechar, (teria mais umas cinquenta dicas) mas concluindo, são as cores. É comum ouvir a palavra pantone... “manda o pantone das cores”. Bobagem pura! Pantone é um dos muitos catálogos de cores (o mais famoso), e nem sempre um desenho utiliza o pantone. Ah, já ia me esquecendo, pantone não é padrão, é só um catálogo mesmo, inclusive patenteado (Pantone Inc, New Jersey).

Existem apenas dois padrões de cores: RGB Red, Green and Blue, Vermelho, Verde e Azul (sistema luz) para vídeos. E CMYK Cian, Magenta, Yellow and Black, Azul Claro, Magenta, Amarelo e Preto, este para impressão gráfica. Casualmente o black, tem a letra “k”, mas o K vem de key (chave), portanto cor chave ou cor principal, como queiram. Aliás o Munsell e Ral também são catálogos de cores. Aqui, “abre haspas” não tem nada a ver com marketing, mas apenas para deixar claro a questão das cores. Os fabricantes de tintas adotam o padrão RAL (German Reichsausschuß für Lieferbedingungen und Gütesicherung). A aplicação em esquadrias de alumínio obedece a norma européia Qualicoat, e a inglesa British Standard 6496.


Identidade Visual case

Já estive em situações bem interessantes. Certa vez a Hydro me pediu um anúncio para publicar na Revista Afearj. O pedido chegou por volta das 11h30, mas eu tinha que enviar naquele mesmo dia. O tema foi “retrofit” e a arte pedia os dois prédios com os quais haviam firmado contrato, mas não tinham nada para me passar. Tive que entrelaçar usar imagens “Down Pixel”, montados em um mosaico simulando fotos. O cliente gostou muito e esse anúncio foi publicado depois em várias revistas. Mas tenho um carinho especial por frases. Sou da opinião que uma boa “chamada” é o que dá retenção na leitura. Se o leitor se deter por três segundos no argumento do anúncio e se a frase for boa... “Bingo”! Em 2003 sobre as Esquadrias da Unidade Single House Wicona, publicada na

Revista Arquitetura & Construção, editora Abril (2003). O argumento foi: “Esquadrias Wicona, decorando seu projeto de vida!” Em 2012 fiz uma combinação entre texto e imagem, pois era uma revista setorial. Montei a ilustração de um tabuleiro de xadrez com um rei à frente, os peões atrás e a frase: “A sua imagem define o seu espaço...” Embora pouca gente tenha visto publicado, este anúncio constou no meu portfólio e fez muito sucesso como apresentação do meu trabalho. Foi um bom marketing para mim. Tenho pregado e levantado a bandeira do Marketing, cuja finalidade é potencializar o relacionamento com o mercado, mas como conteúdo e não como esforço isolado. O marketing é de fato um “ambiente” e não uma ação.

Fazer marketing é colocar a empresa, serviço, produto ou ideia dentro do ambiente do marketing. Propondo “uma deixa” para futuras publicações, arriscaria dizer que marketing é a natureza do negócio. Há mais chance de sucesso se o empresário tornar sua atividade um empreendimento de marketing. Sim a atividade principal é o marketing (como conceito) e depois vem a atividade operacional, vender alumínio por exemplo. Você pode ter uma empresa cujo modelo de trabalho é o marketing, e como função vende esquadrias. Pode não agradar muito, mas essa foi a forma que encontrei de explicar. Pois no final das contas, o marketing não tem o direito de não funcionar! Ao lonngo das próximas publicações, teremos oportunidade para discutir mais sobre marketing. Na próxima continuamos!

Anúncios para revistas, os que exigiram um pouco mais de inventividade!

...decorando seu projeto de vida! (Revista Arquitetura & Construção, 2003)

Não tínhamos imagens, entrelaçamos Down Pixel, (Rev. Afearj, 2010)

A sua imagem define o seu espaço! (Informativo PROENG, 2012)

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PAINÉIS DE ACM ALUMÍNIO COMPOSTO Fechamento de vãos, sistemas de aplicação abordagem A expressão alumínio composto é menos conhecida do que ACM que tornou-se o nome popular. Todavia é bom lembrar que ACM é a “marca” (linha de produtos) de um fabricante. O AC M c o m o h o j e conhecemos (genericamente) é uma tecnologia criada na Europa. Os painéis compostos de alumínio, ACM (Aluminum Composite Material) foram desenvolvidos em 1965 na Alemanha pela empresa Alusuisse Composites, que foi comprada pela Alcan em 2000, tornou-se Alcan Composites.

A própria Alcan sempre reivindicou ter sido a pioneira na importação deste material e aplicação no Brasil, fato com poucos registros, porém os relatos mostram que o emprego desse material teve início de uso mais intenso a partir de meados dos anos 80. Destinados principalmente ao revestimento de fachadas, entre seus diversos atributos destaca-se sua condição de maleabilidade, característica que dá a esse painel metálico grande facilidade de conformação. O alumínio composto é formado por uma espécie de

sanduiche de duas lâminas de alumínio com um núcleo de polietileno de baixa densidade. Existem várias formas de aplicar painéis e uma delas é o sistema de bandejas. E mesmo adotando a opção pelas bandejas, há uma enorme variedade de conformação das bandejas, somadas ainda a uma grande oferta de alternativas de estrutura de fixação. A aplicação dos painéis precisa atender três quesitos: instalação rápida, oferecer um visual elegante e resultar em um fechamento estanque.

Virgo ACP - Okhla Industrial Area, New Delhi, India

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características

Serie Poliéster Indicada para uso em projetos internos de comunicação visual. São três opções disponíveis: Poly 4300: Painéis 4mm composto por lâminas de alumínio com espessura 0,3mm em ambas as faces. Ideal para utilização em bandejas com até 3m². Poly 3300: Painéis 3mm composto por lâminas de alumínio com espessura 0,3mm em ambas as faces. Ideal para utilização em bandejas, até 2,5m². Poly 3210: Painéis 3mm composto por lâminas de alumínio com espessura 0,21mm em ambas as faces. Ideal para utilização em bandejas, área até 2m².

Série Nano Recomendado para os mesmos tipos de revestimentos externos da série Kynar 500, porém a resina PVDF é fabricada com NANO pigmentos na sua composição que proporcionará um efeito auto limpante. Indicado para revestimentos externos comerciais ou residenciais, especialmente em locais que estão sujeitos àos agentes agressivos tanto naturais, sol e chuva, como ataques de poeira e poluição. Nano 4500: Painéis 4mm composto por lâminas de alumínio com espessura 0,5 mm em ambas as faces. Ideal para utilização em bandejas, área até 4m². Poly 4300: Painéis 4mm composto por lâminas de alumínio com espessura 0,3mm em ambas as faces. Ideal para utilização em bandejas com área quadrada de até 3m².

Série Switch Esta linha de painéis utiliza alta tecnologia em sua pintura, podendo ser fabricado com resina PVDF, NANO e Poliéster. Existe um tipo de pintura adequada a cada projeto. A grande vantagem desta linha fashion reside nas mudanças e nuances de diversas cores dependendo do ângulo de exposição ao sol. Pode ser fabricado em 3 e 4mm com diversas lâminas de alumínio.

Série Metais Naturais Produtos de vanguarda para projetos ousados. A série é composta por painéis e aço Inox (Inox Escovado). Painéis 4mm composto por 1 lâmina de INOX na face externa e 1 lâmina de alumínio na face interna. Alia durabilidade e resistência do Inox com facilidade da usinagem e instalação do alumínio e efeito estético muito bom.

Alucobond PLUS Design, by Jasmax Kaneba Ltd Location, Nova Zelândia

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Painéis de ACM composição

Painel de Alumínio Composto (PVDF) - Uso externo, Revestimento de Fachadas Material Tratamento face externa Espessura nominal

ACM (CPA) Fluoreto polivinilideno (PVDF) 4 mm a 6 mm (até 8 mm)

Espessura chapa de alumínio Peso superficial Resistência solar

0,3 mm a 0,5 mm 5,2 kg/m 15 anos

Verniz Proteção Pintura (PVDF) Primer ALUMÍNIO Polietileno ALUMÍNIO

Painel de Alumínio Composto (Poliester) - Uso interno, Acabamentos em Geral Material Tratamento face externa Espessura nominal Espessura chapa de alumínio Peso superficial Resistência a desplacamento

ACM (CPA) Poliéster 3 mm 0,21 mm a 0,3 mm

3,8 kg/m 5 anos

Pintura Poliester ALUMÍNIO Polietileno ALUMÍNIO

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tamanhos Os principais tamanhos de painéis obedecem as medidas do quadro ao lado. Mas não é uma regra. Cada fornecedor tem uma forma e padrão de medidas, todavia, existe uma certa correlação de tamanhos. Os painéis podem ainda ser fornecidos sob medida, desde que limitados às dimensões da tabela de cada fornecedor. Algumas empresas contribuem com o trabalho dos especificadores e orçamentistas das obras, oferecendo uma sugestão de paginação com o melhor aproveitamento de suas “chapas” e assim, tanto o Consultor como o Fabricante de Fachada, podem receber uma importante ajuda.

Os painéis compostos de alumínio, obedecem Nor ma ABNT NBR 15446 de 04/01/2007 “Painéis de chapas Sólidas de Alumínio e Painéis de Material Composto de Alumínio Utilizados em Fachadas e Revestimentos Arquitetônicos” e deve seguir orientação de conformidade com as normas: Normas ASTME84, EN13501-1 e BS-476, quanto a Especificações de Resistência ao Fogo. Os Painéis Compostos de Alumínio podem ser fornecidos com uma enorme variedade de cores e tons. Desde cores foscas, perolados e imitação madeira (vários), mármore, imitação aço, espelhado, bronze, prata e até dourado e vários níveis.

Ordem

A B C D E

Largura

Comprimento

1220 mm x 5000 mm 1550 mm x 5000 mm 1220 mm x 2440 mm 1250 mm x 2800 mm 1500 mm x 2800 mm

Obs: Não é padrão, apenas mais usual. Além da espessura comumente usada pelo mercado de 3 e 4 mm, pode-se encontrar painéis de 6 e 8 mm como material de linha, 10 e 12 mm como material especial sob encomenda. E eventualmente até com espessuras maiores.

Fachada Mosaico em ACM, Sapphire Aluminium, Wikimedia Commons, divulgação

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Painéis de ACM usinagem A usinagem mais comum em painéis é a de 90 graus. Em geral as bandejas tem cantos retos, isto é, em 90 graus. Os painéis permitem ângulos fechados e seguros até 45 graus. Neste caso, quando se desejar fazer ângulos fechados a usinagem pode ter até 135 graus.

Processo de usinagem tem um nome técnico “Router” (lê-se rauter), mas os instaladores preferem usar “ruter ” e no caso da operação, eles ainda encontraram um terceiro jargão, “rotear” (no caso, de roteiadeira) que é um abrasileiramento da palavra, para ficar mais fácil.

Mesa Seccionadora Vertical

90°

Mini Fresa Router Manual 135°

0,3 mm

4 mm

0,3 mm 4 mm

0,5 mm

90°

36

0,5 mm

45°


conformação

H Hotel Office Tower 1, Dubai, UAE

Conhecendo as medidas e

A distância mínima entre

Uma das formas que apre-

onde será aplicada, o passo inicial

cantoneiras (abas fixadoras) é de

senta eficácia é o uso de rebite pop

é fazer o corte das chapas. As abas

600mm. A bandeja precisa ser

de alumínio. É necessário identificar

devem ter no mínimo 25mm, onde

reforçada, também com uma can-

o local onde será aplicado a

serão presas as cantoneiras, que

toneira nos cantos internos.

bandeja com uma etiqueta. Existem

devem ser instaladas com espaça-

O modo de fixação varia

muitas formas de fazer bandejas, e

mento que varia de acordo com as

de acordo com as especificações de

os fornecedores estão sempre

dimensões da bandeja.

cada fabricante.

buscando novos métodos.

600 mm

Distância máxima das cantoneiras de fixação

Usar “Rebite Pop” para fechar os cantos

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Painéis de ACM aplicação

(mínimo) 1,8 mm

60 mm

4 mm (minimo)

25 mm

30 mm

O mercado trata como subestrutura, todos os elementos atrás dos painéis. É subestrutura de alumínio é o que garante a fixação dos painéis parede. Primeiro são instaladas as colunas, que devem ser “engastadas” nas lajes por meio de inserts aparafusados com um tipo de parabolts. Em seguida são montadas as travessas horizontais, fixadas nas colunas com a ajuda de um suporte específico. O espaçamento entre as colunas e travessas variam de acordo com as dimensões do painel. Depois são colocados os tubos (ou cantoneiras) onde as bandejas serão fixadas. No processo de bandejas, desenvolvi uma técnica de ancoragem e preparação da subestrutura que utiliza um perfil “Z” (abas iguais) de 60 mm por 4 mm de espessura (ou maior, se necessário após estudo). Este perfil servirá para ser montada na forma de coluna. O mais importante é que a estrutura esteja no prumo, nivelada e bem alinhada. Em geral, entre uma bandeja e outra, fica um espaçamento entre 9 e 14 mm. Serve para que o Instalador de Painéis faça a fixação (com parafuso autobrocante ou rebite) e também tem a função de absorver a dilatação natural tanto da estrutura como dos próprios painéis. Este canal precisa ser bem vedado.

25 mm

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OUTRAS APLICAÇÕES O ACM permite várias outras aplicações na arquitetura: Portas, Portões, Forros Internos, Letreiros (letra caixa), fachada ventilada, e elementos decorativos. Temas que oportunamente serão abordados em outras edições da Revista Alumídia.

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Os painéis devem estar alinhados e equidistantes


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A IMPORTÂNCIA DO SUPORTE TÉCNICO COMERCIAL Priscila Andrade artigo Lá se vão quase dez anos que eu, recém chegada ao mercado de esquadrias, advinda da refrigeração industrial, estava sentada em uma das salas de palestras de um hotel em Foz do Iguaçu – PR. Era um evento organizado por entidades como Sinduscon's, Sebrae's, bancos e demais entidades da construção civil, que depois de muito lutar pela profissionalização do segmento de construção se consolidaram como CBIC – Câmara Brasileira da Industria da Construção. Estávamos vivendo aquele momento pós 2008 onde a NBR 15.575 tinha sido publicada e caído como uma bomba no colo dos construtores. Muito se especulava que ia ser cancelada, ou pror rogada, mas o fato era, estávamos ali e tínhamos que dar um passo importante na evolução da construção civil brasileira. Voltando àquela sala de palestras, elegi o grupo de trabalho de normas de desempenho, e entre os palestrantes que depois vieram a compor a mesa redonda um deles fez um comparativo internacional que fez total sentido para mim, pois, na época já estava atuando com algumas técnicas de excelência em vendas para atingir meus objetivos. Este palestrante abriu páginas de catálogos de produtos semelhantes,

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para os mesmos públicos-alvo, isto é, comparou catálogos para B2B (para empresas) com catálogos para B2B e da mesma maneira os B2C (para consumidores finais) entre si. O detalhe era o país de origem, foram usados catálogos Americanos (USA), Italianos/Franceses (Europa), Chilenos e Brasileiros.

‘ A principal diferença não era, como muitos podem imaginar, a diferença de obras ou design de arquitetura, mas sim, os termos usados para expressar a qualidade e desempenho dos produtos. Enquanto outros países falavam em Rw de até 40dB para pisos ou lajes o catálogo brasileiro falava em


case

“redução fenomenal de barulho”, Brasil não levávamos em consideSe agora você está se sim nossos catálogos usavam termos ração a divulgação mais técnica de perguntando por onde começar, como fantástico, excepcional, resultados de ensaios ou fazíamos para fazer seus vendedores atuarem inigualável para definir itens de divulgação de diferenciais técnicos, mais tecnicamente e sofrerem menos apenas dizíamos: UAU olha essa com as pressões de objeções e desempenho. O que ficou claro para mim porta é fascinante... Eu tinha a sorte guerra de preços, que se torna naquele momento era que o de poder colocar em prática minhas desgastante e nada produtiva, vou mercado da construção civil não ideias, e assim o fiz. Iniciei um plano dar umas dicas. O melhor a fazer é uma necessitava apenas de profis- de capacitação técnica comercial sionalização entre os trabalhadores com os meus clientes (empresas limpeza no seu material de marda cadeia (dos prestadores de fabricantes de esquadrias de PVC e keting, sim abra seus catálogos e suas serviço aos corretores e síndicos), seus vendedores), primeiramente postagens em redes sociais e circule mas na verdade, nós tínhamos para apresentar tecnicamente os de vermelho todas as informações marketing e técnicas de vendas muito diferenciais do produto e depois com adjetivos subjetivos, se forem muitos tenha em mente que “caseiras” para como trabalho com sua equipe paração de produtos e Eu tinha a sorte de poder vai ser duro, mas não para tomada de decisão de desanime. compra. Parecia uma colocar em prática minhas Depois enumere todas as vendedora de loja de ideias, e assim o z. Iniciei um normas técnicas que estão shopping que te acomdiretamente ligadas ao seu panha no provador e solta: plano de capacitação técnica negócio, seja de esqua“nossa ficou ótimo em c o m e r c i a l c o m o s m e u s drias, de vidros, de consvocê”, isso não gera venda, trução, tudo. Com as não se iluda. Durante o clientes. normas em mãos veja quais evento acabamos nos são os diferenciais que o deparando com materiais técnico-comerciais que não tinham atingimos o ápice, que era de saber mercado mais valoriza e que você e nenhuma informação técnica rele- como fazer isso chegar ao consu- seus produtos conseguem atender vante, apenas adjetivos e super- midor de janelas. Assim fazíamos a com facilidade e eleja também lativos. Ao terminar o evento roda da economia girar a nosso aqueles que poucos conhecem e que prometemos que cada um em seu favor. Desde o princípio ficou muito você considera ter um produto difesegmento ia trabalhar para mudar claro que os melhores resultados renciado. Faça o levantamento técnico isso. vinham dos vendedores que mais se Logo após iniciei uma série aprofundavam no tema, desde de- dos problemas que seu produto de pesquisas sobre os materiais de talhes de extrusão como fer-ramental resolve em cada exigência de norma. Estude a fundo, de forma divulgação de grandes ícones do e mesclas, até as funções de cada segmento de esquadrias e fachadas parte da esquadria em si. A segu- detalhada, pergunte para os espepelo mundo, hoje ainda tenho muito rança do conhecimento técnico cialistas o porquê de tais exigências, desse material em uma caixa na passou a ser o maior diferencial dos pergunte as patologias que podem minha home-box, quem sabe um dia times de venda. Os vendedores ocorrer o não atendimento e faça um compartilho sem saudosismo. Essa estavam se tornando consultores compilado de informações técnicas pesquisa resultou em uma série de técnicos que fechavam negócios, e relevantes para valorizar seu produto tecnicamente. questionamentos do porquê no ganhavam suas comissões.

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Estratégia Comercial capacitação Com este material técnico, que muitos poderão até chamar de chato ou entediante em mãos, aplique uma primeira capacitação aos seus vendedores, e veja como eles reagem recebendo esse tipo de informação, anote todos os comentários, desde aqueles que eles disserem nossa “que interessante” até aqueles que fizerem dando cases pessoais. Fique atento, este é o momento de observar a experiência prática na teoria. Você já tem em mãos três importantes dados, o seu próprio material de marketing, o que mercado exige de você como empresa profissional e o que você tem encontrado no dia a dia de vendas. Chegou a hora de traçar seu plano de capacitação técnicocomercial. Eleja suas vantagens e transforme-as em benefícios, mastigue para que seu cliente entenda como seu produto pode resolver cada uma das necessidades dele. Esse é o pulo do gato da venda técnica, não é simplesmente chegar na frente do seu cliente de repetir um monte de dados técnicos, ou entregar uma resma de ensaios sem nenhuma lógica, ou nem mesmo ter um catálogo cheio de selos e certificados. O alcance desse tipo de estratégia é insignificante quando relacionada com o investimento, lembre-se daquelas frases abaixo dos e-mails, você precisa realmente imprimir isso, reflita. Chegou a hora de criar frases de efeito, “você sabia que uma vedação atingida, com este material, cadeias poliméricas maio-

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res, proporciona uma vida útil em média de X% maior que a que você utiliza atualmente, isso se comprova pelo ensaio XYZ, este dado você encontra aqui (mostra no catálogo), e saiba ainda que você é obrigado a dar manutenção por X anos e assim é algo que você não vai precisar trocar ”. Pronto você acabou de colocar um, dois ou três dados técnicos numa frase de vendas, mas, ainda assim parece decorada, ok, pergunta para o cliente se ele sabe o que é vida útil de produto antes de falar a frase, pergunta se ele já precisou voltar nas obras trocar as vedações, explica de forma didática simples o que são cadeias poliméricas, se envolva com o problema do seu cliente.

Ficou com vontade de experimentar essa estratégia, então não se preocupe com o prazo. Isso leva tempo, pois precisa de planejamento, estratégia, um bom conhecimento de técnicas de atendimento, relacionamento com o cliente e claro vontade de fazer melhor a cada dia. Sugiro que daqui para frente fique atento a todo tipo de catálogo e informação comercial que recebe, e se pergunte, eu compraria uma janela muito boa com um vidro excepcional, ou eu prefiro uma esquadria que devido a união de todos os componentes eu tenha a garantia de segurança e conforto traduzida em números. Seja técnico, mas não seja um robô. Boas vendas!

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