Revista Aime 11

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nome provisório, Narciso Monarazo - A biografia de um garoto de programa. O livro conta a história de um adolescente que faz programa pela primeira vez acidentalmente. Acaba gostando da experiência, por ser com uma pessoa pela qual ele se sentiu atraído. Pensando que dali em diante seria tão fácil como a primeira vez, ele se envolve com outras pessoas e entra para a prostituição. Então, o rapaz percebe que não era bem o que ele pensava e que sair daquela vida não é tão fácil como imaginava. O garoto vai se afundando ainda mais e a situação piora quando ele comete um crime sem querer. Daí ele perdese no mundo das drogas, tornando a saída da prostituição ainda mais difícil. Nesse livro não pouparei palavras, muito menos cenas de sexo, que serão contadas de forma grotesca e podre, relatando os segredos mais ardentes e dissimulados de cada personagem. O livro contará com um diálogo jovial, já que a história é composta por adolescentes. Acho que esse será mais denso e polêmico do que o Diário de Rafinha.

Em algum de seus livros você trata de experiências pessoais?

Após ler Diário de Rafinha e ver as sinopses de seus novos livros, me chamou a atenção a atração que você tem pela polêmica, e o fato de que seus livros têm algo de thriller. Você poderia falar um pouquinho sobre isso?

eu opto pela polêmica e as histórias não convencionais. Tanto no teatro, na literatura ou mesmo na passarela gosto de inovar, criar, ousar, despertar no público uma emoção, passar pra ele uma mensagem através da minha arte, causar sentimentos de indignação ou aceitação. Acho que se todo mundo cantasse, interpretasse e pintasse do mesmo modo, aí não seria mais arte, porque arte pra mim é inovar, derrubar padrões e tabus e despertar no público emoções que só podem ser despertadas através da arte. Quanto ao thriller, realmente é uma característica de minhas obras. Tenho paixão e gosto das coisas diferentes e às vezes até um pouco macabras; adoro assuntos que tratem da mente do ser humano, da loucura. Aliás, esse tema vai estar muito presente no segundo livro, pois gosto de contar o que muita gente é capaz de fazer para alcançar seus objetivos. Personagens assim estão presentes nos meus três livros. Claro que lapidando, exagerando um pouco e às vezes dando uma dosagem menor para que não fique repetitivo nem contando histórias já contadas. Como sempre, fugindo do convencional!

Acredito que cada escritor tem uma marca, cada artista opta por um assunto a ser tratado, e

Blog de Léo Dragone: http://leodragone2009.blogspot.com/

Houve uma fase na minha vida em que eu me sentia confuso pelo fato de ter que parar de estudar e começar a trabalhar, enquanto meus amigos dormiam até tarde e saíam para se divertir. Isso me deixava um pouco mal e comecei a ter distúrbios de rebeldia, discutindo com meus pais e os desobedecendo em tudo. Essa foi uma das características que tirei de mim e adicionei ao Rafinha. Assim também como a rivalidade que criei entre ele e o Olavo foi resultado de uma experiência que tive no colégio. Andava brigando com um colega de sala e levamos essa antipatia até o fim do curso, mas nada comparado à rivalidade dos dois personagens (risos)... A minha era só briga de colégio mesmo.

AIMÉ

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