ARTIGO
Os perigos da hiperconectividade e da onipresença dos smartphones
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Carlos Augusto M. Costa Professor da Faculdade Católica do RN, Profissional de Marketing, pós-graduado em Docência do Ensino Superior e especialista em Tecnologia da Informação. Empreendeu no segmento de tecnologia por 10 anos e atuou como gerente de Tecnologia da Informação do Shopping Partage Natal por outros 7 anos. Ensina como usar tecnologia em sala de aula em seu canal no YouTube. @ProfessorCarlosAugusto
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ACONTECE . Out - Nov 2022
ivemos uma vida quase virtual, pois, vemos a realidade que nos chega através de telas e de modo distorcido. Na era da TV, recebíamos a informação de modo passivo. Na era atual, dos smartphones, interagimos, temos o poder de criar notícias (falsas ou não) e de, frequentemente, dar opinião em muitos assuntos, sem conhecimento devido, muitas vezes. Nas mesas e nas refeições, lá está a hiperconectividade: todos juntos e distantes em suas telas. Os jovens buscam mais contato pelas redes sociais do que “ao vivo” e “de verdade”. Consequência: compulsão, ansiedade, insônia, déficit de atenção. Pessoas em shows olham para o próprio celular para gravar o artista. Ou seja, diante da realidade, o que vence é a vontade de mostrar aos outros o que estão fazendo.
As redes sociais nos fazem achar que estamos diante de uma plateia e pessoas fazem da própria imagem um espetáculo, expondo a própria intimidade, exibindo o corpo, os bens materiais e os prazeres. Terminamos por forjar uma identidade virtual fictícia, fraca, inverídica. Para muitos a felicidade está atrelada ao número de curtidas. Triste desses. Para se libertar dessa “caverna de Platão virtual” é preciso ter domínio da vida virtual e não deixa-la substituir as experiências reais, como uma boa conversa com os amigos ou uma caminhada. Estudar por livros e obter conhecimento pode demandar mais tempo e esforço, mas, sem dúvida é muito mais útil no nosso desenvolvimento intelectual e pessoal. Deixo aqui também meu apelo: Leia um livro, qualquer um.