Revista FIM - Edición 2

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lubrificada, a temperatura e a pressão são frequentemente altas. Os óleos sofrem alteração com o aumento da temperatura, sendo a sua degradação, sob condições de operação, um problema que envolve significativas perdas económicas. Para conferir certas propriedades especiais aos óleos ou para melhorar as existentes, especialmente quando o lubrificante é submetido a condições severas de trabalho, são adicionados produtos químicos, designados aditivos. A degradação de um lubrificante não é um processo instantâneo; a perda das suas propriedades físico-químicas e a sua contaminação são progressivas, ao longo do tempo e da utilização do equipamento, sendo o tempo de vida de um lubrificante em serviço limitado por vários factores, nomeadamente, (Graça, Seabra, 1996):    

Oxidação; Variações de viscosidade; Contaminação; Perda de aditivos (anti-corrosão, anti-desgaste, dispersantes, etc.).

Actualmente, os lubrificantes de alto desempenho têm uma actuação muito mais importante do que simplesmente reduzir o atrito e o desgaste, devido a que     

Controlam a formação de depósitos; Controlam contaminantes suspensos; Protegem contra a corrosão; Limpam os componentes; Mantêm a temperatura de operação correcta.

2.2 - Análise dos lubrificantes A deterioração de um lubrificante assume as mais variadas formas, como sejam, a presença de sujidade ou água, acidez do lubrificante, débito insuficiente de lubrificante, ou mesmo um grau de viscosidade inadequado. Estas deteriorações provocam avarias dos componentes mecânicos lubrificados. No entanto, mesmo quando o circuito de lubrificação de um mecanismo é irrepreensível quanto à sua concepção e manutenção, podem ser observadas avarias. Estas resultam mais uma vez da deterioração do lubrificante, devido à emissão de partículas de desgaste pelos sólidos em contacto no interior do mecanismo, ou devido à alteração das propriedades físicoquímicas do lubrificante durante o funcionamento. Em determinadas condições, dependentes de vários factores, um lubrificante pode deteriorar-se no sentido em que deixa de poder cumprir a função que lhe estava destinada. A deterioração de um lubrificante é usualmente função do tempo de serviço, da temperatura do sistema, das condições ambientais e das solicitações a que está submetido. A deterioração resulta de acções físicas e químicas, geradas internamente pelo lubrificante ou devidas a fenómenos externos. A deterioração física, frequentemente designada por contaminação, é materializada pela presença de materiais externos ao lubrificante, tais como, água, areias de fundição, partículas de escória de soldadura, aparas metálicas, poeiras abrasivas e partículas de desgaste. A análise de lubrificantes é realizada em alguns ramos da indústria de um modo regular e continuado. Qualquer análise de um lubrificante em serviço envolve quatro operações básicas: 53


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