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A SAÚDE MENTAL DOS JOVENS ESTÁ EM CRISE

Ir mal em uma prova, não ser aceito em um grupo de colegas ou se achar feio são situações que parecem comuns na vida de um adolescente.

Alguns fatores contribuem para o sofrimento nessa fase da vida, como as oscilações hormonais e o fato de o cérebro ainda não estar completamente desenvolvido no que se diz respeito à regulação emocional, que ocorre até os 25 anos de idade.

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Um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2019 mostra que cerca de um terço dos estudantes de 13 a 17 anos sentiam-se tristes na maioria das vezes ou sempre.

Essa pesquisa contempla dados do ano anterior à pandemia e como bem sabemos, a saúde mental de toda população, inclusive de crianças e adolescentes, apresentou uma piora significativa após o período da pandemia e isolamento social.

Casos de depressão, ansiedade e automutilação aumentaram drasticamente. Você não se incomoda ao ler isso?

Um dos desdobramentos desse adoecimento se reflete nos mais recentes atentados no ambiente escolar. 8 em cada 10 jovens afirma ter presenciado ao menos uma situação de violência contra adolescentes nas escolas. A violência no ambiente escolar vem aumentando assim como a violência na sociedade.

Quando temos um adolescente que comete algum ato violento, precisamos levar em consideração que ele está inserido em um ambiente violento. Esse adolescente leva para a escola a violência que presencia em outros ambientes, principalmente dentro de casa.

Eles precisam se sentir inserido em grupos, e quando ele não se encontra em um grupo presencialmente, ele procura no ambiente virtual, que é mais fácil de encontrar outras pessoas com os mesmos pensamentos.

De acordo com alguns estudos, quando o adolescente posta que vai cometer algum ato violento, está de uma forma pedindo para que seja detido e os adultos precisam estar atentos a esses sinais.

Os adultos e os educadores devem ouvir as queixas dos adolescentes em vez de minimizá-las para que os pequenos conflitos sejam tratados de imediato e não se agravem.

Se faz necessário a criação de uma rede de apoio aos jovens, rompimento com preconceitos e estigmas em relação ao tratamento psiquiátrico e psicológico, suporte acessível em saúde mental e uma boa escuta por parte dos cuidadores, afinal, os filhos precisam sentir que podem contar com os seus pais ou responsáveis.

Diante disso, deixo uma reflexão: você ouve o que o seu filho tem a dizer?

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