Revista ABCZ 66

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foto: divulgação

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Manejo racional pode colaborar com a redução da reatividade de novilhas nelore e garantir receptoras zebuínas com taxas de prenhez superiores

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á algum tempo, o temperamento deixou de ser item secundário na seleção de zebuínos. Com o avanço dos trabalhos de pesquisa sobre a influência da reatividade dos animais em características econômicas importantes, como o ganho de peso e a qualidade de carne, o temperamento passou a ser bastante observado no campo e nos currais. No caso das fêmeas, a alta reatividade é ainda mais preocupante, uma vez que há evidências dos efeitos do temperamento nas funções reprodutivas, com variações significativas no início da puberdade e menores taxas de gestação em novilhas e vacas que apresentam pior temperamento. Em algumas propriedades, como o caso da fazenda Carpa, em Barra do Garças/MT, a redução da reatividade através da utilização de um manejo mais racional já está sendo

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trabalhada, com foco na produção de novilhas nelores menos reativas para serem utilizadas como receptoras zebuínas. A primeira pesquisa sobre a influência do manejo racional no temperamento das novilhas nelore na fazenda foi iniciada em maio de 2010 pela veterinária Cíntia Oliveira, da Precoce Assistência Pecuária, em parceria com os pesquisadores do grupo ETCO (Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal), Paola Moretti Rueda, Aline Cristina Sant’Anna e Mateus J. R. Paranhos da Costa. Os pesquisadores submeteram um grupo de 204 fêmeas nelore a um processo de condicionamento operante com reforço positivo, visando reduzir às reações dos animais a certos agentes estressores, como por exemplo: proximidade de hu-


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