revista MACAU 65

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livros

“Deusas dos Mares: Patronato religioso e história marítima sino-portuguesa” é um texto de Ronnie Po-Chia Hsia, professor do departamento de História da Universidade Estadual da Pensilvânia, que faz um estudo comparativo entre a Deusa A-Má e a Virgem Maria. Com base em relatos de missionários católicos ou das viagens marítimas chinesas do século XVII, o académico aborda a devoção religiosa dos marinheiros destes dois mundos longínquos. “Se divindades como Mazu e Tianhou se tornaram padroeiras e protectoras dos marinheiros fujianenses, já os marinheiros portugueses invocaram a

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protecção da Virgem Maria, no decurso das suas longas e perigosas viagens entre Lisboa e Goa e para outras costas da Ásia Portuguesa”, escreveu Po-Chia Hsia sobre esta investigação. “A difusão europeia da obra de Álvaro Semedo, S.J. (1585-1658)”, trabalho de Isabel Murta Pina do Centro Científico e Cultural de Macau, recorda como o impacto e a circulação em diferentes línguas de obras como “Imperio de la China y Cultura Evangelica en Él” fizeram do missionário jesuíta português uma figura relevante na difusão do conhecimento sobre a China e Macau na Europa dos séculos XVII e XVIII.

Carlos Manuel Coelho Instituto Internacional de Macau, 2018 Homenagem ao macanense Carlos Manuel Coelho, o livro contém textos em patuá do próprio “NéuNéu”, como era conhecido no seio da comunidade. “Considerando a precariedade do patuá e a escassez de (bons) escritos nesse idioma nativo de Macau, o Instituto Internacional de Macau recolheu os melhores textos para um apropriado registo do doce linguajar do crioulo português de Macau”. www.revistamacau.com

São vários os textos que levam o leitor a Macau. Em “Intérpretes e Compradores em Macau Antigo e Cantão”, o investigador da Universidade de Hong Kong James K. Chin analisa o papel dos intérpretes – ou tongshi, como eram designados nos registos imperiais chineses – que, gradualmente começaram a enriquecer e a alterar o ramo de actividade, tornando-se nos compradores dos comerciantes europeus nos mercados. Refere o investigador que estes antigos intérpretes e compradores tiveram um importante contributo no rápido crescimento da economia do sul da China. Com direcção de Luís Filipe Barreto, presidente do CCCM, e de Wu Zhiliang, presidente da Fundação Macau, “China-Macau and Globalizations: Past and Present” apresenta dez textos escritos em língua inglesa e dois em português. China-Macau and Globalizations: Past and Present  Centro Científico e Cultural de Macau/Fundação Macau, 2016 Direcção: Luís Filipe Barreto e Wu Zhiliang Vários autores

A promoção do Português em Macau e no Interior da China

Maria José Grosso e Zhang Jing Centro de Ensino e Formação Bilingue Chinês e Português da Universidade de Macau e Delegação de Macau da Fundação Oriente, 2018 Uma análise empírica para traçar o perfil dos alunos chineses de língua portuguesa resultou no livro, que reúne “uma miscelânea de textos” que permitem uma “visão caleidoscópica” do ensino e da aprendizagem do Português em Macau e na China, segunda uma nota introdutória da obra. Dezembro 2018 • macau

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