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Foto: Bruno Bert
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CLIENTE DESTAQUE
Sobreviventes da tragédia em Nova Friburgo Revista Reval destaca histórias de clientes vítimas de tragédia natural em 2011 e que mostraram ser possível reconstruir a loja e a vida e recomeçar, apesar da adversidade
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Revista Reval abre um parêntese nesta edição para homenagear não um, mas vários clientes. Vamos contar a história de clientes de Nova Friburgo (RJ) vítimas da maior tragédia natural do país ocorrida em janeiro de 2011. Diversas cidades do Rio de Janeiro sofreram de forma impiedosa por causa do temporal na madrugada do dia 12. O maior desastre foi em Nova Friburgo, mas Teresópolis e Petrópolis também registraram muitas vítimas. Muitos clientes da Reval perderam tudo. Alguns contam sua história a seguir. O representante comercial da Reval que atuava na época na cidade, Bruno Bert (hoje coordenador na região), acompanhou o drama dos lojistas.
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A cidade parou durante 15 dias pois estava toda submersa. A maioria dos nossos clientes teve água e lama dentro das lojas. Muitos tiveram prejuízos imensos. Até hoje temos resquícios e lembranças daquela catástrofe onde quase mil pessoas morreram.
Foto: Bruno Bert
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Bert lembra que o excesso de chuva aliado à geografia de Nova Friburgo fez transbordar o rio Bengala, que corta a cidade, causando o caos generalizado. De fato, notícia publicada em 18 de janeiro no portal G1 mostrava que choveu 182,8 milímetros em 24 horas, índice muito acima do recorde histórico (113 milímetros em 24 de janeiro de 1964). A média para todo o mês em Nova Friburgo era 227 milímetros.
Devastação “A cidade parou por aproximadamente 15 dias, nada funcionou, lojas, bancos, supermercados, comércio... O cenário foi de devastação total. Muitos de nossos lojistas perderam parentes, filhos e pais na tragédia. A contagem oficial informa aproximadamente 500 mortos em Nova Friburgo, mas números não oficiais chegam a 1.000. Muitos ficaram desaparecidos”, relembra Bruno Bert. Cerca de 35 mil pessoas nas várias cidades ficaram desalojadas. Ele diz que lojistas que tiveram apoio se restabeleceram, mas muitos que perderam tudo nunca mais se reergueram. “Apesar de 90% dos nossos clientes na cidade terem sido atingidos diretamente, um depoimento triste, mas importante, é a história do Caíque. “Sua loja é no bairro de Rui Sanglard, no alto de uma montanha. Ele e os pais saíram pela janela de casa segundos antes do morro inteiro vir abaixo e levar casa, loja, veículo, o bairro todo. Ficaram, como tantos outros, ilhados”, ressalta Bruno. A economia de Nova Friburgo parou e, até hoje, não se recuperou totalmente. As pessoas se assustam com qualquer chuva mais forte, com as constantes sirenes que informam que chuvas fortes cairão pelo local. “Enfim, até hoje existe a lembrança da catástrofe e pelo que sinto nunca será esquecida por aquela população”.
26/10/2016 18:56:09