Revista Espaço Científico Livre n.11

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além de prevenir os casos de interações farmacológicas inadequadas e auxiliar no sucesso terapêutico destes. 2. METODOLOGIA

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articiparam do estudo 238 idosos de ambos os sexos, com idade acima de 60 anos, cadastrados no PSF Dom Bosco de Rondonópolis-MT. O PSF possui aproximadamente 300 idosos cadastrados, sendo o PSF do município que atende o maior número de idosos. O presente estudo foi realizado através de visitas domiciliares, nas quais foram analisados os medicamentos consumidos pelos idosos através de uma entrevista. As orientações realizadas durante a entrevista foram referentes às formas corretas de ingestão de medicamento, indicações, horário correto da ingestão, malefícios da interrupção do tratamento, prazo de validade dos medicamentos, riscos da automedicação, local de armazenamento e interações com chás. Durante o contato com os participantes da pesquisa também foram realizadas orientações sobre tratamento e prevenção da hipertensão, uma vez que esta patologia afeta a maioria da população acima de 60 anos. Durante a visita aos idosos houve esclarecimento de dúvidas quanto aos medicamentos por eles consumidos. O contato com os participantes foi mediado pelo enfermeiro do PSF que forneceu o endereço residencial dos idosos cadastrados. Durante as visitas também foram distribuídos folhetos educativos abordando o tema do projeto para que os idosos pudessem atuar como multiplicadores das informações recebidas. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

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projeto em questão contribuiu para a promoção da saúde dos usuários de medicamentos, tendo como foco o bem estar e a melhoria da qualidade de vida dos idosos, através do uso racional de medicamentos.

A abordagem do idoso em seu domicílio possibilitou lidar com a dimensão subjetiva presente nas relações estabelecidas entre as acadêmicas e os idosos, proporcionando a criação de um vínculo entre os mesmos, o que favoreceu o alcance do objetivo proposto. Vínculo significa: [...] o profissional de saúde ter relações claras e próximas com o usuário, integrando-se com a comunidade em seu território, no serviço, no consultório, nos grupos e se tornar referência para o paciente, individual ou coletivo, que possa servir à construção de autonomia do usuário (KERBER, KIRCHHOF, CEZAR-VAZ, 2008).

A vinculação estabelecida com os usuários por meio da visita domiciliar foi obtida com uma forma de tratamento adequado, com respeito à sua individualidade, às diferenças de linguagem, de cultura, de valores, e assumindo uma posição de escuta atenciosa, direcionando todo o foco de atenção para aquele indivíduo naquele momento ímpar da relação. No momento da abordagem domiciliar o público alvo mostrou-se receptivo e colaborativo ao interagir de forma satisfatória, superando nossas expectativas. Segundo Kerber, Kirchhof, Cezar-Vaz (2008) durante a visita domiciliar as pessoas sentem-se seguras e confortáveis com a atenção recebida.

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