Revista Think&Love - edição 5

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EDIÇÕES

Think & LOve Pense e Ame

/sumário/

Revista Think & Love Edição 01 novembro de 2007

/04/ Editorial Otavio Dias

Think & LOve

/05/ Texto de Eduardo de C. Queiroz

Pense e Ame.

/Consciência e Atitude Por um mundo melhor/ Fundação Xuxa Meneghel E- Fabrics / Oskar Metsavaht Fause Haten Ana Carla Fonseca Philip Kotler Fundação Abrinq Reality Shows e seriados Pixel Show

/06/ Espiritualidade – Monja Coen

E mais:

SP/ 11 3097 3300/ repensecomunicacao.com.br RJ/ 21 2540 6020/

/08/ Projeto 10100 Google /014/ Fundação Special Olympics Brasil /018/ Hospital Pelé Pequeno Príncipe /024/ Projeto Bota Bitucas /028/ Internacional – Jamie Oliver /032/ Drops /034/ Texto de Luna Gutierres /038/ Itaú Cultural /042/ Coaching Kids /044/ Empreendimento Ecológico /048/ Entrevista com Elizabeth de Carvalhaes


/Vale a pena entender “a Rede”? /

/Editorial/

Conexões Transformadoras: esta é essência da Think and Love. Chegamos à 5a edição da Think and Love, que desde seu primeiro exemplar teve como objetivo principal conscientizar (THINK) e tocar o coração (LOVE) de executivos e gestores de marcas diante das questões sociais e ambientais que afligem o Brasil e o mundo, a fim de estimulá-los a envolver suas marcas e empresas em movimentos que contribuam para um mundo melhor. Numa reunião recente com a equipe do Instituto Ayrton Senna, descobri que a Viviane Senna, hoje uma das pessoas mais respeitadas no mercado corporativo e no terceiro setor, tem duas importantes crenças sobre a aliança entre as empresas e o terceiro setor: 1) mais importante do que se criar um novo projeto social ou ambiental do zero, é conhecer os que já existem e unir forças; e 2) é importante que cada marca/empresa foque a sua

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contribuição naquilo que tem de melhor a oferecer: no que tenha vínculo direto com o seu core business! Por exemplo, a Microsoft colaborar com projetos a partir do seu know-how em tecnologia.

terceiro setor, que conseguirá ampliar sua capilaridade a partir do envolvimento de novos parceiros, e beneficiase a comunidade, diretamente impactada pela atuação de cada um desses projetos.

E é exatamente dentro desse espírito que, após um intenso processo reflexivo, redefini a essência da Think and Love. Esse trabalho foi conduzido por uma grande parceira (e amiga) que trabalha com pesquisa corporativa e tem ajudado marcas e empresários a encontrar a sua mais profunda essência. A Nany Bilate (fundadora da Behavior) fez um brilhante trabalho e me ajudou a ir fundo no que realmente me fez criar esse projeto e, a partir dessa descoberta, desenhamos juntos o que será a Think and Love daqui para frente.

Tudo na vida começa com um sonho e uma crença maior, seguidos pela persistência em “fazer acontecer”. A partir das conexões que já começaram a surgir, tenho convicção de que nos próximos anos teremos grande orgulho dos muitos projetos que a Think and Love, a equipe da REPENSE e toda a REDE DE REPENSADORES viabilizarão.

Além de conscientizar e tocar o coração dos líderes e profissionais, a nossa missão principal passa a ser a de CONECTAR as pessoas, as empresas e o terceiro setor para assim contribuirmos de fato para a TRANSFORMAÇÃO do país e do mundo em que vivemos. A concretização dessas conexões e parcerias trará benefícios interdependentes: beneficiamse as marcas e empresas, que passam a ter uma atuação mais objetiva frente as questões sociais e ambientais (cobrança que será cada vez mais forte por parte dos seus consumidores e diversos stakeholders), beneficia-se o

Otavio Dias Idealizador da Think & Love

Recebi em convite para participar da nova ferramenta do Google chamada Waves. Depois, recebi um e-mail de uma amiga com um link de uma aula postada http://www.youtube.com/ watch?v=dGCJ46vyR9o no YouTube, de um professor de antropologia chamado Welsch. Lá, ele fala sobre como deveria ser a educação no século 21 (ou como não deveria ser!). O que tudo isso tem em comum?

privada e caseira) a figura do professor como autoridade, o aluno como ouvinte e que se enquadrem os desenquadrados.

As novas gerações estão tomando um rumo próprio e diferente da educação tradicional. Os diretores de escola, os professores e os pais, entre outros, reclamam sobre o desinteresse do jovem atual a respeito do aprendizado. Será que podemos chamar de um nascimento de uma contraeducação?

Welsch em seu vídeo de apenas 5 minutos questiona, juntamente com seus alunos, o como somos forçados a aprender pelo formato de educação criado a mais de 100 anos. Não, não acho que temos que acabar com as escolas. Nem dizer, como dizem alguns, que, ter ou não, educação não faz diferença para se chegar longe. Nós, os novos pais, os velhos pais ou os pais mais velhos, temos que começar a questionar o sistema atual, em que nossos filhos são obrigados a fazer testes com 3, 4 anos de idade para provarem que são bons. Eles são bons! Eles nascem bons e criativos! (veja em http://www.youtube. com/watch?v=iG9CE55wbtY) Os pais da molecada mais velha – os chamados pré-adolescentes ou mesmo os adolescentes – deveriam

Não entendam como “plágio” a esta revista (ou à agência que a publica), mas temos que começar a estimular nossos “pensadores” da educação brasileira (começando “pequeno” – só no nosso “quintal”) a se tornarem repensadores. Os nossos atuais pensadores continuam com a cabeça do educador do século 19. Na verdade, ainda impera na nossa educação (pública,

/Expediente/

Vamos às conexões dos assuntos. O Google lançou o Waves e está prometendo, mais uma vez, que nossa relação com a web, como também o modo como nos comunicamos e relacionamos (pelo menos online) irá novamente ser revolucionada.

tentar começar a, pelo menos, tentar entender o motivo de tanto desinteresse pelo quadro-negro (será que os quadros digitais são mesmo a solução ou só um band-aid na infecção?). Afinal, nós somos (ou deveríamos ser) os maiores educadores de nossos filhos. Se não entendermos para que lado está indo a corrente, vamos continuar remando contra. Na realidade, até pode parecer que estou falando só que temos que entender ou participar das novas tecnologias como Waves, Twitter, e-mails, Facebook e por aí vai. Mas não. Eu quero mesmo é desafiar aqueles que pensam a repensar como podemos entender a dinâmica da juventude atual para que não fiquemos fora da rede (afinal, pelo que eu entendi é lá que já estamos e para lá que caminhamos). Só assim poderemos também desafiar os repensadores profissionais, os nossos velhos e conhecidos professores e diretores de escola sobre o(s) motivo(s) da falta de estímulo da juventude atual pela educação tradicional. Respondendo à pergunta do título: eu acho que vale. Eduardo de C. Queiroz, é Administrador de Empresas pela UNIP, com especialização pela FGV– SP e mestrado em Administração Pública pela Harvard Kennedy School of Government (Mason e Lemann Fellow). Atualmente, é assessor do Prof. Paulo Renato – Secretário da Educação do Estado de São Paulo.

Idealizador

Comercial

Jornalista Responsável

Relacionamento

Otavio Dias

Julia Duarte Mtb 51.919/SP

Colaboração

Cássio Dias Pelin – revisão Andreza S. Francisco – diagramação

Projeto

REPENSE Comunicação

comercial@thinkandlove.com.br Para sugestões ou reclamações, sugestoes@thinkandlove.com.br

Editorial

Para enviar artigos e releases, editorial@thinkandlove.com.br

GráfIca Makrokolor

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Foto: Divulgação

/Recicle, renove, reencontre, repense, religue e releia./ A palavra religião pode ter várias origens. A mais comum é religare. Mas a que estamos nos religando? A que estamos nos reconectando? Não precisa necessariamente ser a uma religião ou aos dogmas de uma tradição espiritual. O que é religar? Ligar de novo. Conectar outra vez. Onde foi que perdemos a conexão? Conexão de trens, de pessoas, de encontros, de objetos, de projetos. Tudo que existe é uma teia de inter-relações. Interligada.

“Temos que ser a transformação que queremos no mundo.”

Mahatma Gandhi

/Monja coen/ Participa de encontros educacionais, inter-religiosos e promove a Caminhada Zen, em parques públicos, com o objetivo de divulgação do princípio da não violência e a criação de culturas de paz, justiça, cura da Terra e de todos os seres vivos.

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Às vezes nos esquecemos, pensamos estar separados e então procuramos meios de nos religar, de nos sentir parte da teia da vida. De nos conhecermos em profundidade, se nos religarmos ao instante perene, ao momento, ao que está acontecendo – sem dentro nem fora; sendo, intersendo – estaremos em contato, conexão com toda a existência. Nada excluído. Somos a vida da Terra. Isso para mim é religar. Religar a vida com a própria vida. Outro sentido é relegere. Ler novamente, reler. Quantas vezes precisamos reler a história de nós mesmos para podermos compreender. Quantas releituras são necessárias à história da humanidade? Quantas pessoas foram excluídas dessa história?

Como resgatar o papel das mulheres, dos povos africanos, dos povos indígenas? É preciso sempre reler, rever, repensar, renovar nossos valores, reciclar nossas vidas. A flexibilidade do bambu, que se dobra e não se parte, é uma outra releitura. A inclusão dos excluídos é outra releitura.

imitar nos tornamos. Nos tornamos humanos, nos tornamos Budas. Assim, somos o que praticamos, o que falamos, o que pensamos e como atuamos no mundo. Se religiosamente relermos o mundo à nossa volta e a nós mesmos, baseando-nos em valores éticos universais, estaremos nos religando aonosso eu verdadeiro que é a própria vida da Terra.

A conexão da vida humana com a vida da natureza é outra releitura.

Não perca a conexão. Ligue-se. Religue-se. Releia-se. Religiosamente (diligentemente)

A sustentabilidade, a questão ambiental, o relacionamento ser humano e construção de uma cultura de paz são todas releituras, relegeres.

Mãos em prece

O terceiro sentido é o da diligência. Usamos o termo, assim, por exemplo: religiosamente, ela cuidava das sementes plantadas. Religiosamente no sentido de fazer com diligência, com cuidado, com respeito, com assiduidade. O oposto da negligência. Não que a pessoa rezasse ao cuidar das sementes – poderia até fazê-lo. Mas aqui se refere ao esforço contínuo. É apenas quando fazemos nosso melhor a cada instante que nossa vida ganha sentido. Iniciamos imitando e de tanto

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Não é novidade para ninguém o barulho que a marca Google causa mundialmente. A empresa arrumou uma fórmula para multiplicar ideias que mudarão o mundo. Entre os projetos lançados pela marca está o 10100 (leia projeto 10 elevado a 100), cujo objetivo era convocar ideias criativas para mudar o mundo e ajudar o maior número possível de pessoas. Foram recebidas 150 mil ideias, organizadas em oito categorias: comunidade, oportunidade, energia, ambiente, saúde, educação, moradia e tudo mais. A responsabilidade da análise do material recebido ficou para os três mil funcionários do Google, em todo o mundo, que levaram em consideração os critérios: Alcance: quantas pessoas serão afetadas pela ideia? Profundidade: qual será o impacto nas pessoas? Eficiência: a ideia é simples e tem boa relação custo-benefício? Longevidade: quanto tempo irá durar o impacto da ideia?

/google/ O projeto 10100 é a convocação de ideias para mudar o mundo e, assim, ajudar o maior número de pessoas possível. Por que o Google está fazendo isso? Porque eles acham que ajudar pessoas é bom, e possibilitar que pessoas ajudem outras é ainda melhor. /08/

Implementação: a ideia pode ser implementada em um ano ou dois? Agora, o compromisso do Google é disponibilizar US$ 10 milhões para as cinco iniciativas mais votadas. Cabe ao Google também identificar quais são as organizações mais qualificadas para implementar o que foi selecionado e financiá-las. Em setembro deste ano, após a triagem dos funcionários, iniciaram a votação aberta ao público,

que terá a palavra final sobre as cinco melhores iniciativas. Veja a seguir as 16 propostas em que o público pôde votar: 2. Disponibilizar materiais educativos gratuitamente na internet.

1. Promover a inovação no transporte público. Energia Desenvolver novas tecnologias de transporte para auxiliar no transporte de um contingente maior de pessoas, com menos consumo de energia, mais eficiência e menos propenso a acidentes. Bilhões de pessoas ainda usam métodos de transporte inventados há um século ou mais. Até mesmo pequenas melhorias na velocidade, segurança, custo e sustentabilidade ambiental poderiam ter um grande impacto na vida das pessoas e no planeta como um todo. Pensando nessas melhorias, usuários preocupados com o transporte enviaram ideias que vão da bicicleta movida a hidrogênio à aeronave otimizada para o transporte de rotina. Com uma aliança e apoio às organizações voltadas para essas metas, essa proposta tem por objetivo promover a inovação nesse setor e concretizar as melhores ideias.

Educação Ampliar o acesso a materiais educativos e didáticos na internet, estendendo-o a estudantes do mundo inteiro. Grande parte dos conteúdos educativos não está indexada ou disponível para acesso público na web. Muitos usuários se propuseram a encontrar maneiras de ajudar os detentores de conteúdo a colocar na internet materiais que antes eram exclusivos, inclusive off-line (palestras, livros didáticos, filmagens de seminários e oficinas), e de acesso restrito (artigos acadêmicos, dissertações e teses), tornar os próprios professores mais acessíveis pela rede (acesso a professores online, plantão 24 horas para tarefas, grupos de estudo espalhados pelo país), e disponibilizar todo esse material e apoio acadêmico em plataformas computacionais e móveis.

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3. Criar um serviço de notícias em tempo real, alimentado pelo usuário.

4. Criar programas mais eficientes de remoção de minas terrestres.

Tudo mais Ajudar as pessoas a localizar e divulgar informações locais importantes e atuais. Os usuários enviaram muitas ideias propondo a melhoria do acesso às informações de interesse regional, como notícias em tempo real (incêndios, catástrofes naturais e acidentes nas estradas), monitoramento de doenças (dispositivos móveis que monitorem o estado de saúde das pessoas) e acidentes pessoais (entrar em contato para denunciar situações de perigo criminal, catástrofes naturais ou emergências médicas).

Moradia Financiar organizações globais que estejam desenvolvendo estratégias eficientes para detecção e remoção de minas terrestres. As minas terrestres continuam sendo um problema global significativo. Estima-se que 110 milhões de minas terrestres ainda estejam ativas em 70 países; elas são responsáveis por mais de 5.000 acidentes por ano, aproximadamente 70% das vítimas são civis e praticamente metade são crianças.* Novos programas eficientes de remoção de minas terrestres oferecem vários benefícios para a sociedade, além do óbvio desenvolvimento de áreas sem minas; entre eles, a repatriação dos refugiados e a melhor distribuição do atendimento de emergência. Várias sugestões para esse tópico incluem estratégias de detecção com o auxílio de robôs, humanos e animais. *www.icbl.org

A implementação dessas ideias envolveria a criação de um sistema que permitisse aos cidadãos comuns publicar notícias sobre o que acontece à sua volta, de acontecimentos locais significativos a notícias importantes do mundo.

5. Desenvolver o ensino de ciências e engenharia. Educação Apoiar iniciativas que aprimorem o ensino de engenharia e ciências para os jovens. Usuários de vários países acreditam que o incentivo ao ensino da ciência é a maneira ideal de assegurar o melhor futuro possível para o próprio desenvolvimento tecnológico. As ideias vão da criação de um laboratório virtual de ciências, e de um jogo de matemática em tempo real para vários jogadores, até a introdução de robôs de Lego e profissionais locais em tecnologia de ponta nas escolas.

6. Criar um sistema de denúncia de problemas do mundo real. Comunidade Criar um site em que a população possa denunciar os problemas que observam às autoridades competentes. Quando os testadores de software encontram erros, costumam enviá-los para uma ferramenta que os encaminha automaticamente à equipe responsável para solucioná-los.

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A implementação de propostas para esse tema pode incluir a criação de um sistema semelhante destinado ao mundo real, em que todos possam denunciar qualquer tipo de problema (por exemplo, um buraco na estrada.) e encaminhar os problemas considerados relevantes para as autoridades competentes (por exemplo, o departamento de estradas responsável.). O objetivo seria a incorporação de todas as funções específicas sugeridas pelos usuários, inclusive a denúncia de crimes à polícia e de problemas ambientais ao governo local.

7. Promover o monitoramento e análise de dados das condições de saúde. Saúde Prever e minimizar os problemas e emergências de saúde através do monitoramento real dos dados de saúde das pessoas e análise de dados históricos. Diversas ideias enviadas em diversos idiomas recomendam esse conceito, dando sugestões sobre os tipos de monitores e equipamentos a serem utilizados; os sinais vitais a serem avaliados (em diferentes níveis de invasão); as doenças a serem monitoradas, etc. A ideia pode funcionar tanto em regiões desenvolvidas (com dispositivos para o corpo, móveis ou domésticos) como nas em desenvolvimento (com locais e dispositivos de acesso público), e os dados podem ser usados tanto

para monitorar o estado de saúde das pessoas como para detectar tendências nas coletividades e prevenir epidemias.

9. Criar ferramentas bancárias melhores para todos.

8. Criar um sistema de monitoramento e alerta a genocídios. Comunidade Criar e aperfeiçoar ferramentas capazes de disseminar informações de mapeamento de genocídios e outras relacionadas para salvar vidas. Grande parte da tecnologia e metodologia de coleta de dados necessária já existe, tanto para o mapeamento de crises em geral como para sistemas de alerta precoce capazes de prevenir atrocidades em massa. Um passo importante que ainda falta dar é ampliar a disponibilidade desses dados para fortalecer a coordenação dos órgãos de assistência internacional, melhorar a alocação de recursos, desenvolver uma política de ação em tempo hábil e ajudar a avaliar as práticas humanitárias atuais.

Oportunidade Trabalhar em parceria com os bancos e empresas de tecnologia para aumentar o alcance dos serviços financeiros em todo o mundo. Recebemos inúmeras ideias dos usuários que visam a melhorar a qualidade de vida, oferecendo serviços bancários novos, mais cômodos e mais sofisticados. As sugestões incluem quiosques comunitários de baixo custo para os países em desenvolvimento; uma solução de SMS para as redes móveis e ideias para implementar serviços bancários nos currículos escolares.

> Portal Google

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13. Por um governo mais transparente.

10. Coletar e organizar os dados urbanos do mundo. Comunidade Apoiar iniciativas de organização, análise e divulgação online dos dados urbanos e demográficos do mundo inteiro. A maior parte da população humana do mundo mora nas cidades, e cada vez mais pessoas continuam a migrar para os centros urbanos. As informações sobre o planeta urbano são cada vez mais imprescindíveis para que possamos entender o impacto da humanidade no nosso meio e, com isso, capacitar os cidadãos e ajudar os líderes a tomarem decisões bem fundamentadas. Os usuários interessados nessa questão enviaram ideias que iam desde a criação de um site no qual os moradores pudessem postar textos ou fotos que destacassem os problemas urbanos, até a implementação de um amplo banco de dados de projetos urbanos e uso de celulares para coletar informações sobre trânsito e, por fim, aumentar a capacidade de previsão dos padrões de tráfego e congestionamento.

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11. Trabalhar para o desenvolvimento de políticas tributárias preocupadas com a sociedade. Ambiente Financiar as iniciativas mais promissoras para tornar o sistema tributário mais transparente e mais eficaz na promoção da sustentabilidade e desenvolvimento social. Essa ideia foi inspirada em diversas sugestões relacionadas ao sistema tributário recebidas de usuários de todo o mundo, que incluem a substituição do Imposto de Renda por impostos de consumo inteligentes; abatimentos fiscais para os cidadãos que participarem em obras de benfeitoria social e maior visibilidade e controle dos cidadãos sobre a alocação das verbas de arrecadação. As ideias dos usuários nessa categoria destacam a política tributária como uma área que pode ser surpreendentemente produtiva, em que uma análise inteligente, baseada em dados, poderia fazer uma enorme diferença na eficácia do setor público.

12. Estabelecer uma imagem mais positiva dos engenheiros e cientistas na mídia. Educação Apoiar grupos e programas que promovam uma representação mais positiva de engenheiros e cientistas nos meios de comunicação de massa. De modo geral, os serviços de orientação vocacional só são oferecidos com seriedade durante a universidade, depois que já passaram muitas oportunidades. Essas propostas têm o objetivo de incentivar mais jovens a seguir carreira nesse campo, apoiando grupos que trabalhem pela melhoria da imagem da engenharia e da ciência na cultura popular. Nossos usuários enviaram diversas sugestões para resgatar a imagem da engenharia e da ciência, que incluem videotecas online com imagens do “dia a dia de um engenheiro”, um canal online totalmente dedicado a notícias de TI, apresentações ao vivo com robôs de grande porte e histórias de encorajamento sobre como alguns engenheiros e cientistas mudaram o mundo. Essa proposta requer a localização de grupos de apoio adequados com os quais se possa trabalhar por esses objetivos.

Comunidade Criar um site em que pessoas de qualquer país ou município possam se informar sobre o que o governo anda fazendo e mobilizar a população para melhorar esse trabalho. Recebemos muitas ideias de usuários defendendo variações sobre o tema da transparência do governo, com propostas específicas que incluíam desde a publicação de informações mais detalhadas sobre as leis em tramitação e histórico de atuação política dos governantes, passando pela divulgação dos orçamentos governamentais para pesquisa online, até o uso das redes de relacionamentos para que a população pudesse se manifestar através de seus representantes, votando nas questões mais delicadas.

14. Oferecer um ensino de qualidade para os estudantes da África. Educação Atuar em iniciativas para aumentar o acesso de jovens africanos a um

ensino de qualidade. As diversas ideias enviadas pelos usuários para essa questão incluem uma iniciativa para oferecer ensino e instalações de qualidade às crianças que não têm acesso a esses recursos; treinamento em liderança para jovens que se destaquem na comunidade e possam ser os futuros líderes da África e um espaço de convivência online para colaboração e disseminação do conhecimento entre os professores da África.

15. Ajudar os empreendedores sociais a promover mudanças. Oportunidade Criar um fundo para o empreendedorismo social. Essa ideia foi inspirada em diversas propostas de usuários a respeito de “empreendedores sociais” (pessoas e entidades que empregam técnicas de empreendedorismo para criar empreendimentos destinados a combater os problemas sociais e fomentar mudanças). Entre as ideias mais importantes, está a criação de escolas que formem empreendedores em áreas rurais, apoiando empreendedores em comunidades subdesenvolvidas, e a criação de uma entidade para fornecer capital e treinamento para ajudar os empreendedores a desenvolverem negócios viáveis e catalisar uma mudança sustentável na comunidade.

16. Criar um sistema de acompanhamento de crises naturais em tempo real. Comunidade Oferecer dados de mapeamento imediatos em situações de crise, para ajudar as autoridades a coordenar os esforços de resposta a furacões, terremotos, tsunamis e outros desastres naturais. Essa proposta poderia, por exemplo, envolver a aliança com parceiros globais para desenvolver tecnologias de coleta de imagens e vídeos da crise em alta resolução via satélite, UAVs (Veículos Aéreos Não Tripulados), ou comunicações por via terrestre, além da exibição e agregação dos dados a serem usados pelos estrategistas, pelas autoridades e organizações internacionais encarregadas de proteger a população vulnerável.

O projeto em números: > 150 mil ideias no mundo todo e 25 idiomas. > 172 países deram suas colaborações . > No Brasil, foram 5.500 sugestões. > US$ 10 milhões para as 5 melhores iniciativas. > Para saber mais sobre o projeto, acesse: www.project10tothe100.com

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Fotos: Divulgação

> I Jogos Nacionais SOB – Premiação

O conceito da Special Olympics nasceu na década de 1960, quando Eunice Kennedy Shriver, irmã do ex-presidente americano John Kennedy, começou a organizar encontros nos jardins de sua residência nos quais pessoas com deficiência intelectual praticassem esportes. O primeiro jogo internacional da Special Olympics aconteceu em 1968, em Chicago, nos Estados Unidos. Nesse dia, a frase que todos ouviram dela antes do início dos jogos foi: “Vocês são as estrelas que o mundo está observando. Com sua presença, vocês enviam uma mensagem a todos os povos, cidades e nações. Uma mensagem de esperança. Uma mensagem de vitória”.

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/Fundação Special Olympics brasil/

Eunice acreditava que pessoas com deficiência intelectual podiam participar e se beneficiar do esporte competitivo. Ela estava convencida de que eles podiam, através do treinamento, aprender a correr, nadar e praticar esportes coletivos. O aprendizado do esporte se traduziria em melhoria e sucesso na escola, no trabalho e na comunidade. Ela não estava errada. Hoje, a Special Olympics é o maior programa mundial de treinamento e competições esportivas para crianças e adultos com deficiência intelectual. São 170 países, quase dois milhões de atletas e 500.000 voluntários.

“Vocês são as estrelas que o mundo está observando. Com sua presença, vocês enviam uma mensagem a todos os povos, cidades e nações. Uma mensagem de esperança. Uma mensagem de vitória.” (Eunice Kennedy Shriver, sobre os atletas especiais.)

Aqui no Brasil, o movimento nasceu em 1990, no Distrito Federal, e foi chamado de Olimpíadas Especiais Brasil. Em meados de 2002 perdeu seu credenciamento com o objetivo de se profissionalizar e arrecadar

mais fundos para atender a demanda. Em 2008, a Special Olympics tornou-se Fundação Special Olympics Brasil.

deficiência intelectual obtém benefícios físicos, mentais e sociais. A família se torna mais unida e a comunidade como um todo, participando ou observando, passa a entender melhor essas pessoas, num crescente de respeito, igualdade e aceitação.

A Fundação Special Olympics Brasil, com sede em São Paulo, pretende dar maior visibilidade ao programa, crescer e expandir em todo o país, com isso, criar oportunidades para um número maior de pessoas com deficiência. Pilares da Fundação: Missão: proporcionar treinamento e competições esportivas durante o ano todo em diversas modalidades olímpicas, para crianças e adultos com deficiência intelectual, dando oportunidades para que desenvolvam suas aptidões físicas, demonstrem coragem, tenham momentos alegres e compartilhem seus valores, habilidades e companheirismo com suas famílias, outros atletas da Special Olympics Brasil e a comunidade em geral. Visão: a Special Olympics é um movimento global sem fins econômicos que, através de treinamento esportivo e competições de qualidade, melhora a vida de pessoas com deficiência intelectual e, consequentemente, a vida de todas as pessoas que as cercam.

> Vinicius Savioli

Vinicius Savioli, diretor nacional da Special Olympics Brasil falou sobre a Fundação para a Think & Love. Acompanhe:

1 – Think & Love Como é feita a capacitação dos atletas?

Vinicius Savioli A capacitação dos atletas é realizada, primeiramente, incorporando a filosofia “Todas as pessoas com deficiência intelectual, a partir de 8 anos, independentemente da sua

Filosofia: a Special Olympics Brasil acredita que, através de treinamento e competições esportivas, a pessoa com

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Fotos: Divulgação

> I Jogos Nacionais SOB – Premiação

dentro da própria instituição; jogos regionais, com atletas da sua cidade; jogos estaduais, com instituições e atletas do seu estado; jogos nacionais, com representatividade de no mínimo três estados; jogos regionais internacionais (Panamericano e Latino-americano) e os jogos mundiais – 8 mil atletas de mais de 150 países. habilidade física, podem participar de sessões de treinamento esportivo e de pelo menos uma experiência competitiva”. A partir dessa definição, o atleta escolhe a modalidade esportiva que ele tem mais prazer e/ ou afinidade e o professor interfere nesse processo apenas quando o atleta tem dificuldade em saber o que ele quer. O treinamento propriamente dito é baseado em investir nas potencialidades físicas e não na deficiência, de maneira que a metodologia da Special Olympics e o conhecimento de educadores físicos facilitam as identificações nos esportes individuais e coletivos, atividades regulares “normais” e adaptadas para atletas com baixo nível de habilidade. É importante salientar que todas as competições da Special Olympics são precedidas de > Special Olympics

classificatórias para agrupamentos de atletas de acordo com seus níveis de habilidades física.

2 – Think & Love Como é o acompanhamento psicológico, intelectual e físico desses atletas?

Vinicius Savioli A Fundação Special Olympics Brasil atua em parceria com 350 instituições no Brasil, que contribuem com os atletas no que diz respeito à parte psicológica, quando necessário. No que diz respeito à parte física, trabalhamos para que a maioria dos atletas cadastrados participe pelo menos de uma competição por ano. Todos os dados são comparados ano a ano e fazem parte do nosso plano de ação, principalmente no que diz respeito à capacitação de técnicos e professores.

Esse movimento está sendo iniciado pelas equipes Internacionale de Milão, da Itália, Los Angeles Galaxy, dos Estados Unidos, e do Sport Club Corinthians, do Brasil. No Corinthians, esse acordo está baseado em dar visibilidade à Fundação Special Olympics Brasil, proporcionar treinamento de futebol de atletas com deficiência intelectual e apoiar campanhas de arrecadação de fundos.

5 – Think & Love Qual é a maior lição que o sr. tem com a Special Olympics?

Vinicius Savioli

Vinicius Savioli

Esse acordo faz parte do movimento de Futebol Global da Special Olympics Internacional, com o objetivo de, por meio do futebol, aumentar a consciência mundial do potencial das pessoas com deficiência intelectual.

A maior lição que temos dentro da Special Olympics é que vale a pena investir na essência do esporte para o ser humano. Simplesmente a condição de oferecer oportunidades e acreditar que todos têm potenciais resulta na transformação de vidas, famílias e comunidades.

> Atleta segura jornal com matéria sobre Special Olympics

O esporte, quando oferecido com qualidade, entendido como saúde para todos e incorporado com o princípio do olimpismo, é uma grande oportunidade de convivência das diversidades no âmbito mais amplo do relacionamento humano.

3 – Think & Love

6 – Think & Love

Esses atletas participam de quais campeonatos?

De que forma uma pessoa física ou jurídica pode colaborar com a instituição?

Vinicius Savioli Os atletas da Special Olympics têm oportunidade de participar de torneios locais, competições

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4 – Think & Love Qual é o significado do acordo firmado entre a Special Olympics e o Corinthians? O que isso traz para vocês?

Atletas seguram logotipo e bandeira do Brasil antes do jogo >

Vinicius Savioli Com patrocínios e parcerias corporativas como temos,

por exemplo, com P&G, Mattel, CBT (Confederação Brasileira de Tênis), Sport Club Corinthians, Unifesp, Esef (Escola Superior de Educação Física – Jundiaí), Sáfilo, Essilor, entre outras. Basta entrar em contato pelo e-mail: direcao@specialolympics.org.br ou pelo telefone (11) 2649 8505. As doações para as campanhas podem ser feitas através do site www.specialolympics.org.br

7 – Think & Love O que um voluntário pode fazer por vocês?

Vinicius Savioli O voluntariado na Special Olympics pode contribuir em três grandes áreas: administrativa (dias úteis), esportiva (dias úteis ou fins de semana) e na de saúde (dias úteis ou fins de semana). Além de contribuir, ajudando de acordo com seu perfil e disponibilidade, o voluntário é uma das maiores força de inclusão social na Special Olympics, pois é através do voluntariado que convivemos diretamente na prática com questões sobre deficiência

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Fotos: Divulgação

Quando Pelé marcou o milésimo gol da sua carreira, dedicou o feito às crianças. Desde 2005, o sonho de fazer algo por elas se tornou realidade com o Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe. A missão do instituto é aumentar o potencial de cura de doenças complexas tanto de crianças quanto de adolescentes. Localizado em Curitiba, no Paraná, o Complexo Pequeno Príncipe atua nas áreas de assistência em saúde, ensino e pesquisa. Em dois hospitais, César Pernetta e Pequeno Príncipe, são atendidas mais de 290 mil crianças e adolescentes por ano. A pesquisa foi formalizada em 2005, com o apoio de Pelé, e tem como objetivo melhorar os índices de cura de doenças catastróficas da infância, que ainda hoje no Brasil apresentam limitação no diagnóstico e tratamento.

/Hospital Pequeno Príncipe/ O Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe faz parte do Complexo Pequeno Príncipe, que atua nas áreas de assistência em saúde, ensino e pesquisa. É mantido pela Associação Hospitalar de Proteção à Infância Dr. Raul Carneiro. /018/

É fato que fazer pesquisas no Brasil é um desafio grande, uma vez que os recursos são escassos, mas o apoio de Pelé traz a oportunidade de captar recursos aqui e também no exterior para a causa da saúde infantil. Um bom exemplo é a pesquisa sobre o câncer de córtex adrenal, que está triando as crianças que nascem no Paraná com uma alteração genética que as predispõe a esse tipo de câncer. Hoje, o Pequeno Príncipe é o maior hospital pediátrico do Brasil. Com 390 leitos, sendo 62 em UTI, é referência nos atendimentos de média e alta complexidade como: transplantes de fígado, rim, coração e ossos; cirurgias cardíacas,

ortopédicas e neurológicas e realizam mais de 24 mil internações e 16 mil cirurgias.

transtornos neurocognitivos e comportamentais; geomedicina; terapia celular e biotecnologia na medicina regenerativa; doenças infecciosas em pediatria e doenças complexas (erros inatos do metabolismo).

2 – Think & Love Atualmente, quais são as pesquisas desenvolvidas que relacionam saúde e educação?

Rodolfo E. Schneider

> Rodolfo Ernesto Schneider

Conversamos com Rodolfo Ernesto Schneider, gerente de marketing do Complexo Pequeno Príncipe. Confira:

1 – Think & Love Quais são as doenças pesquisadas no Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe?

Rodolfo E. Schneider O Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe iniciou suas atividades em dezembro de 2005 e os resultados obtidos pelas pesquisas em andamento já estão transformando a vida de crianças, adolescentes e suas famílias, bem como o cenário da pesquisa científica no Paraná. Hoje estão em andamento 34 projetos de pesquisa, desenvolvidos por 13 cientistas dentro das seguintes linhas: cânceres pediátricos;

Pesquisa sobre transtornos neurocognitivos e comportamentais: segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 450 milhões de crianças e adolescentes no mundo sofrem esses transtornos. Sem diagnóstico e tratamento adequados, essas crianças estão sujeitas a sofrer uma série de consequências, como gravidez precoce, evasão escolar, dependência química, entre outras. A pesquisa sobre os transtornos neurocognitivos e comportamentais tem como objetivo estabelecer protocolos com critérios para diagnóstico e tratamento dos transtornos mentais em crianças e adolescentes, identificando fatores biológicos que possam contribuir para o seu desenvolvimento. A pesquisa também objetiva desenvolver testes laboratoriais para complementar o diagnóstico, que hoje é clínico.

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Fotos: Divulgação

> Crianças conversam no corredor do Hospital Pequeno Príncipe

> Médica e paciente lendo juntas

Por meio de um convênio firmado com a prefeitura de Curitiba, 600 crianças da rede municipal de ensino que são consideradas hiperativas estão sendo acompanhadas pela equipe do instituto. A pesquisa já descobriu que, em alguns casos, os pacientes estavam sendo medicados desnecessariamente ou apresentavam problemas auditivos e de visão, embora fossem consideradas hiperativas ou com déficit de atenção.

de 15 vezes maior do que em qualquer outra parte do mundo. O teste foi oferecido gratuitamente em todas as maternidades públicas e privadas do Paraná.

3 – Think & Love

Esse tipo de câncer não reage bem à quimioterapia e o índice de mortalidade é alto (50%), pois normalmente o diagnóstico é feito tardiamente. As crianças que fizeram o teste de DNA e apresentaram a mutação passaram a receber acompanhamento médico periódico, com a intenção de fazer o diagnóstico precoce. Oito crianças já foram diagnosticadas precocemente e por meio da retirada cirúrgica estão recuperadas sem a necessidade de quimioterapia. Além de ter como objetivo o diagnóstico precoce, a pesquisa pretende entender quais os motivos que levam o Paraná e São Paulo a ter uma incidência tão elevada da doença.

O que é o programa de mestrado e doutorado das faculdades Pequeno Príncipe?

Rodolfo E. Schneider

> Paciente do Hospital Pequeno Príncipe

Em parceria com a Faculdade Pequeno Príncipe, o Instituto desenvolveu o programa de mestrado e doutorado em Biotecnologia Aplicada à Saúde da Criança e do Adolescente, que foi aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, do Ministério da Educação, com nota 5 (uma das mais altas do Brasil).

4 – Think & Love Quais são os resultados obtidos até agora pelos pesquisadores?

Rodolfo E. Schneider Uma das pesquisas com resultados mais impactantes até agora é a do câncer de córtex adrenal. Em 2005, o instituto lançou a campanha do teste de DNA para detecção de uma mutação genética que está associada ao desenvolvimento desse tipo de câncer, que no Paraná e em São Paulo têm uma incidência de cerca

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Aproximadamente 170 mil crianças o fizeram e no ano passado começaram a surgir os primeiros casos de crianças com o tumor em desenvolvimento (que aparece até os 4 anos de idade). Cerca de 10% das crianças que possuem a mutação desenvolvem o tumor. > Pelé segura medalha do Projeto Gols pela Vida

integral aos pacientes. A política de humanização proporcionou a criação de programas pioneiros e precursores de políticas públicas, como o Família Participante, o Educação e Cultura, e ações de prevenção à violência.

6 – Think & Love Em que regiões o trabalho é realizado? Há planos de expansão?

Rodolfo E. Schneider O Hospital Pequeno Príncipe está instalado em Curitiba (PR), mas atende crianças de todo o Brasil.

5 – Think & Love

7 – Think & Love

Qual é a assistência oferecida pelo Hospital Pequeno Príncipe?

O que é o “Adote um leito do Hospital Pequeno Príncipe”?

Rodolfo E. Schneider

Rodolfo E. Schneider

O Pequeno Príncipe é um hospital geral, com equipe multidisciplinar e tecnologia de ponta que oferece tratamento em mais de 30 especialidades de saúde, o que favorece o atendimento

É um programa de doações mensais por meio do qual o doador adota simbolicamente um leito de internação, contribuindo com o pagamento de equipamentos e medicamentos de alto custo.

Podem ser feitas doações de R$ 30,00, R$ 50,00 ou R$ 100,00 pelo cartão de crédito, débito em conta-corrente em vários bancos ou por meio de boleto bancário, em que o doador escolhe a data de vencimento.

Gols pela vida O projeto Gols pela Vida (Goals for Life) visa captar R$ 5,5 milhões em recursos que serão destinados a atividades de pesquisa do Complexo Pequeno Príncipe, cujo Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe é apadrinhado pelo craque. O programa colocou à venda no mercado 1.283 medalhas, uma para cada gol que o craque fez na sua carreira. As medalhas foram produzidas pela Casa da Moeda do Brasil, nas versões ouro, prata e bronze. As de ouro custarão R$ 3.000,00; as de prata,R$ 1.500,00; e, as de bronze, R$ 700,00.

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Fotos: Divulgação

Como Ajudar Pessoas físicas e jurídicas podem ajudar o Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe das seguintes formas:

1- Participando da Seleção Gols pela Vida: Em campo, Pelé marcou 1.283 gols. Agora, o Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe está convocando 1.283 pessoas ou empresas a entrarem para a Seleção Gols pela Vida. Para fazer parte, é preciso fazer doações mensais a partir de R$ 50,00. Em contrapartida, o doador recebe: Investidores de R$ 50,00, R$ 100,00 ou R$ 250,00 mensais. 1. Certificado de investidor do IPPP. 2. DVD com vídeo do Programa Gols pela Vida. 3. Selo Digital (que será inserido no site da empresa doadora) + e-mail pequeno, para ser replicado para sua base, dizendo da parceria e o convidando a conhecer o projeto. 4. Logo Logomarca ou nome no site Gols pela Vida no relatório de atividades 2009. 5. Nome da empresa entre os novos investidores no newsletter eletrônico Gols pela Vida. 6. Participação no Clube Gols pela Vida.* Investidores de R$ 500,00, R$ 750,00 ou R$ 1.000,00 mensais. 1. Certificado de investidor do IPPP 2. Vídeo do Programa Gols pela Vida 3. Selo Digital (para ser inserido no site da empresa doadora) + e-mail pequeno para ser replicado para sua base, dizendo da parceria e o convidando a conhecer o projeto. 4. Logomarca ou nome no site Gols pela Vida em destaque. 5. Logomarca no relatório de atividades 2009, em destaque. 6. Nome da empresa entre os novos investidores no newsletter eletrônico do Gols pela Vida, em destaque. 7. Uma camiseta da Coroa. 8. Logomarca na Galeria de Mantenedores do Projeto Gols pela Vida, localizado no Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Pr íncipe. 9. Participação no Clube de Benefícios do Complexo Pequeno Príncipe.* *Cota de R$ 50,00, 1 cartão *Cotas de R$ 100 a R$ 250,00, 2 cartões

2 – Comprando medalhas que representam os gols de Pelé:

/empresas ambientais, ambientalistas cidadãos./

Think & LOve Pense e Ame

As medalhas são numeradas e foram produzidas pela Casa da Moeda do Brasil. Para adquirir a sua, acesse o site www.golspelavida.org.br.

3 – Fazendo doações únicas Você pode fazer uma doação depositando diretamente na conta do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe: Banco HSBC Agência: 0038 Conta-corrente: 21154-06 > Estrutura do complexo Pequeno Príncipe

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/Consciência e Atitude Por um mundo melhor./ w w w . t h i n k a n d l o v e . c o m . b r

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Fotos: Divulgação

Galera no Festival Planeta Terra >

O ditado popular diz que de grão em grão a galinha enche o papo. Com o microlixo também é assim. O lixo pequeno é chamado de microlixo e, por ingenuidade, achamos que não dá trabalho para limpar. Acontece que ele é tão capaz de poluir quanto o lixo normal, por um simples motivo: lixo é lixo, não importa o tamanho.

/Microlixo é megaproblema/ A Recicleiros é uma empresa que desenvolve projetos socioambientais e inventou o bota bitucas, uma alternativa para resolver o problema do lixo pequeno. /024/

Você pode pensar que jogar só um papel de bala na rua ou uma bituca de cigarro não vai causar tanto estrago na natureza. Não é bem assim. No Brasil, todo ano, são consumidos 140 bilhões de cigarros. A lei antifumo, em vigor desde maio deste ano em São Paulo, proíbe o fumo em locais fechados. Não se pode mais fumar dentro de bares, restaurantes, danceterias, nem mesmo nas dependências de prédios residenciais e comerciais, ou seja, todos os locais de uso coletivo. Com isso, os fumantes têm que ficar ao ar livre, a fumaça vai embora, mas a bituca de cigarro fica. Percebe-se que as cidades não estão preparadas para receber esse tipo de resíduo, porque o que fica vai para o bueiro e causa enchentes. Faltam lixeiras e falta educação em quem joga o lixo, ainda que pequeno, na rua. Não é só nas cidades que o problema se apresenta: na praia, o microlixo vai de tampas de garrafas, passando por palitinhos de comida, até canudos de bebidas ou mesmo o papelalumínio das carteiras de cigarro. Ali, além da problemática da sujeira, a guimba pode ser

engolida por peixes que morrem de inanição, pois enchem o estômago com material inerte. A restrição para o fumo em lugares coletivos que começou São Paulo aos poucos está chegando a outros estados, como o Rio de Janeiro. As regras que proíbem o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos e cachimbos de qualquer produto fumígeno em pouco tempo vai se estender por todo o país. A questão que fica é: a lei está colaborando para a não poluição das cidades?

Erich Burger, administrador de empresas e sócio da Recicleiros falou sobre o projeto Bota Bitucas que está sendo desenvolvido com a Repense. A ideia da Recicleiros traz uma solução para acabar com o microlixo nas cidades brasileiras.

1 – Think & Love O que é o projeto Bota Bitucas?

Erich Burger É um projeto de cultura ambiental criado pela Recicleiros em 2007. Uma forma de mobilização e conscientização de pessoas pela preservação das condições naturais das cidades, praias, parques, etc.

> Entrega de bota bitucas no Festival Planeta Terra

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Fotos: Divulgação

Coleta de Bitucas >

2 – Think & Love Qual foi a inspiração para a criação do projeto Bota Bitucas?

Erich Burger Na verdade foi uma motivação pessoal, ao observar a atitude imediatista das pessoas em relação ao cuidado com os lugares, preservação de paisagens, limpeza e educação. Pequenas influências e intervenções podem mudar a atitude de pessoas definitivamente. Em 2005, quando morei na Austrália, vi uma crescente preocupação com o descarte de pontas de cigarro – que causam gastos que poderiam ser evitados com limpeza e manutenção –, pois poluem, prejudicam animais e a saúde das cidades.

apoiadores quanto patrocinadores. Se alguém se interessar pode entrar em contato.

Resolvi trabalhar o tema aqui no Brasil e, por isso, adotamos uma eficiente ferramenta para combater o problema como forma de disseminar a atitude e sustentá-la. Já foram distribuídos mais de 100 mil Bota Bitucas em eventos em todo o país e pequenas ações fora do país.

Potencializar as ações de comunicação e a abrangência do projeto, fazendo a mensagem chegar ao maior número possível de pessoas com o máximo de retenção. Com isso, queremos também incentivar a mudança de atitude das pessoas nos pequenos atos que são extremamente impactantes, como, por exemplo, não jogar bituca de cigarro nas ruas.

O projeto tem o apoio espontâneo de artistas de diferentes países que se preocupam em divulgar a ação.

3 – Think & Love Como ele está sendo desenvolvido juntamente com a Repense? Há apoiadores? Quem são?

Erich Burger Ainda estamos desenvolvendo o projeto, estamos trabalhando a ideia, mas procuramos tanto

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4 – Think & Love

a influência de suas atitudes no desenvolvimento do ecossistema do qual é parte. São esses os princípios que nos motivam a desenvolver esse projeto.

Qual é o objetivo desse novo projeto?

Erich Burger Para saber mais sobre os projetos e o trabalho da RECICLEIROS acesse: www.recicleiros.com.br

5 – Think & Love Explique a importância da população se conscientizar sobre a problemática do microlixo?

Erich Burger Desenvolvimento cultural, saúde, respeito e a geração de capital social, que valoriza as relações interdependentes, quando o indivíduo compreende

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Fotos: Eddu Gra

> Fantastic Salad

Jamie Oliver é um renomado chef de cozinha no Reino Unido. Tornou-se personalidade conhecida pelos seus programas televisivos e por seu trabalho em mudar hábitos alimentares das merendas nas escolas britânicas – que até então eram baseadas em produtos industrializados – e substituí-los por refeições naturais, ricas em verduras e fibras. Seus programas na TV são conhecidos no mundo todo, uma vez que o chef de cozinha circula pelo mundo gravando. Primeiro foram as viagens à Itália e agora está gravando nos Estados Unidos, levando a bandeira da boa alimentação. Um documentário mostrou um de seus projetos de maior repercussão, o restaurante Fifteen, que dá aos jovens com desvantagens sociais a oportunidade de treinamento e carreira em gastronomia. Desde a inauguração do primeiro Fifteen, em Londres, em 2002, Jamie já montou outros > Sede do Restaurante Fifteen em Londres

/Restaurante Fifteen/

2 – Think & Love Como você começou o projeto Fifteen? Qual era sua inspiração? restaurantes em Amsterdam (Holanda), Melbourne (Austrália) e Cornwall (Inglaterra) e agora tem a Fundação Fifteen, que treina 18 aprendizes por ano no restaurante de Londres. Por esses motivos e seus esforços em prol da sociedade, o chef de cozinha foi indicado há 6 anos como Membro do Império Britânico pela rainha Elisabeth.

Por e-mail, Jamie Oliver, fundador do Restaurante Fifteen, deu a seguinte entrevista para a Think & Love:

1 – Think & Love Qual é a razão do nome Fifteen? Como foi escolhido?

Jamie Oliver O nome veio dos primeiros 15 aprendizes que treinei no restaurante de Londres.

Jamie Oliver Pensando que eu nunca fui a “banana” mais inteligente do café da manhã, logo percebi que minha maior arma era minha determinação, entusiasmo e o pensamento que meu pai me ensinou de que “ações falam mais alto do que palavras”. Eu quis levar isso para as pessoas, principalmente para aqueles que se interessam por comida.

3 – Think & Love Como os jovens (os sem-teto, os desempregados e os com problemas com álcool e drogas) aprendem a cozinhar? Tem um professor no restaurante? Como isso funciona?

Jamie Oliver Esses jovens embarcam em um programa de treinamento de 12 meses. Eles passam 50% do tempo no restaurante trabalhando em turnos e são supervisionados um por um por um time de 26 chefs profissionais, coordenado pelo chef executivo Andrew Parkinson. Eles passam 30% do tempo estudando sobre qualificações e como cozinhar e o resto do tempo recebem suporte para o próprio desenvolvimento, que vai de visitas a alguns dos fornecedores do restaurante (para entenderem como tudo funciona) até serviços médicos.

Jamie Oliver é o famoso chef de cozinha responsável pelo restaurante Fifteen. Com 4 unidades no mundo, montou a Fundação Fifteen para ensinar a jovens aprendizes a arte de cozinhar. /028/

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Divulgação. Fotos restaurante: Eddu Ferraccioli

Foto: Eddu Ferraccioli

> Restaurante Fifteen, em Amsterdam

O mesmo treinamento é dado para os restaurantes em Amsterdam, Cornwall e Melbourne, mas os cursos por lá duram 18 meses em vez de um ano. O programa é intenso, passamos muito tempo recrutando os aprendizes para ter certeza de que eles estão atentos no que é o treinamento e no que estão fazendo.

4 – Think & Love Qual é o método que o Fifteen usa para recrutar os estudantes?

Jamie Oliver Os estudantes vêm de várias localidades. Nós vamos atrás de estudantes que estão nas prisões ou fazendo serviço obrigatório, por terem cometido algum delito, mas também temos relação com o serviço social e orfanatos. Algumas vezes é a família ou os amigos que dizem para o jovem ou ele vai até o restaurante e faz a solicitação porque quer participar. O processo tem três estágios

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e testamos os candidatos pela aptidão para cozinhar, trabalhar sob pressão e em time. O processo dura de setembro a setembro, a última graduação ocorreu há pouco tempo e entre os 19 participantes, estou muito orgulhoso em dizer, 15 já estão qualificados como chefs.

5 – Think & Love Como o projeto funciona financeiramente?

Jamie Oliver Todo mundo pode fazer sua parte para nos ajudar. Temos vendas online no site www.fifteenshop. net e podemos receber doações de organizações ou de pessoas físicas.

restaurantes já que cada um funciona separadamente. Em Londres, as pessoas podem doar pelo site www.fifteen.net.

Intercontinental, Park Lane • Wild Honey, New Bond Street Restaurantes fora de Londres: • Da Luca Cuchina, Cambridge • Jamie’s Italian, Kingston • Jamie’s Italian, Oxford •T he Gate House restaurant, Lancaster Restaurantes internacionais: • Coeur Cheval (private chef) • Incanto, San Francisco •R itz Carlton at Hotel Arts Barcelona • The Spotted Pig, New York

> Jamie Oliver e seu grupo de ajudantes

Quais são os resultados do programa em Londres?

Jamie Oliver Temos 141 estudantes recrutados; 63% dos graduados são do Fifteen de lá; dos graduados, 74% trabalham como chefes ou nas indústrias relacionadas à comida. No mundo todo foram recrutados 294 jovens e 144 já estão formados.

8 – Think & Love

6 – Think & Love Alguém pode dar suporte financeiro para um estudante?

Jamie Oliver

Não. Aceitamos doações em cada uma das localidades dos

•L ord Mayor of London’s residence • Personal Chef • Roast, Borough Market • Skye Cooks, Hackney • Smiths of Smithfield • Soho House, Old Compton Street • St. John Restaurant, Smithfield • The Anchor and Hope, Holborn •T he Charles Lamb, Islington (gastropub) • The House, Islington (gastropub) •T he Old Red Cow, Farringdon (gastropub) •T he Paternoster Chop House, St Paul’s • The Royal, Bexley (gastropub) •T heo Randall’s at the

7 – Think & Love

O que os estudantes fazem depois que se formam no restaurante?

Jamie Oliver

Restaurantes em Londres: •A xis, Number 1 Aldwych, Covent Garden • Bibendum, South Kensington • Boisdale, Belgravia • Boxwood Café, Knightsbridge •B rasserie Saint Jacques, St James Street • Cinquecento (500), Islington • Coq d’Argent, Bank •D eutsche Bank in house catering, City • Fifteen, Old Street • J umeirah Carlton Tower, Knightsbridge • KPMG in house catering, City •L a Fromagerie, Marylebone High Street

Temos vários estudantes graduados trabalhando. Segue a lista de onde estão após passarem pelo Fifteen.

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>>>>DROPS/

O Banco Imobiliário, o jogo mais tradicional da Estrela, tornou ecologicamente correto. As peças são feitas com plástico verde, material obtido à base de cana-deaçúcar, matéria-prima totalmente renovável. Claro que o tabuleiro, a caixa e as cartas não poderiam ficar fora do mote sustentabilidade: são feitos de papel reciclado. Nesse jogo, as reservas naturais como Pantanal, Rio São Francisco, Chapada dos Veadeiros, Serra da Mantiqueira e locais de produção de cana-de-açúcar como Ribeirão Preto, Três Lagoas (MS), Teotônio Vilela (AL) dão lugar a bairros e ruas importantes.

>> Ecodesenvolvimento sustentável

O portal EcoDesenvolvimento.org.br (EcoD), uma organização não governamental, sem fins lucrativos, que tem o objetivo de sensibilizar, mobilizar e educar pessoas e organizações a incorporarem princípios e práticas que contribuam para o desenvolvimento sustentável. O site é uma iniciativa do Instituto EcoDesenvolvimento e os temas abordados vão de arquitetura e ecodesign, biodiversidade, cidades sustentáveis, mudanças climáticas

Fotos: Divulgação

A dinâmica de sustentabilidade ainda apresenta a Companhia de Reciclagem Energética, Companhia de Reflorestamento, de Agricultura Orgânica, de Reciclagem Mecânica. A sorte ou revés também foi modificado. A sorte vem quando você protege terras de desmatamento; o revés chega à empresa que polui demais

Serviço: Preço médio: R$ 79,90. SAC Estrela: 0800 704 5520

passando por cultura, educação, moda, beleza até turismo sustentável. São 33 colunistas, entre eles Milu Vilela, falando sobre educação, e Marina Silva reproduzindo a coluna que escreve no jornal Folha de São Paulo.

Fotos: Divulgação

>> Banco verde

> Concurso: 1o e 2o lugar Céu

Associação Músicos do Futuro A desigualdade social no Brasil é assunto recorrente. Algumas regiões, como o Taboão da Serra, ainda sofrem com problemas comuns das áreas periféricas de uma grande capital como São Paulo. Para tentar modificar um pouco tal situação, em 1996 o maestro Edison Ferreira criou o projeto Músicos do Futuro.

Nesses 13 anos, o ensino da música potencializou a capacidade criativa dos alunos e o crescimento profissional, dando a eles perspectiva do futuro. “Cada jovem tem um potencial e desenvolvê-lo é um dever e direito, evitando que a energia da juventude se perca”, diz o maestro e coordenador do projeto.

O objetivo é promover o desenvolvimento de crianças e adolescentes, em situação de vulnerabilidade social, por meio da cultura e educação musical de forma gratuita. O projeto, que começou com cinco alunos, cresceu e resultou na formação de orquestra sinfônica, banda sinfônica, quintetos e quartetos e outros grupos musicais, e cerca de 115 crianças já foram beneficiadas. O público-alvo desse projeto são os jovens de 7 a 21 anos, da periferia de Taboão da Serra e arredores, que estão em alto risco de vulnerabilidade social.

Os conteúdos teórico e prático caminham juntos. Cada aluno aprende a técnica específica do instrumento e tem aulas de canto. O professor direciona o repertório de acordo com o interesse e nível de compreensão do aluno e o que está previsto na grade pedagógica do semestre. As crianças aprendem a desenvolver o sentido rítmico, melódico e harmônico de forma lúdica, “assim podem obter melhores resultados”, afirma o maestro.

Alguns jovens que passaram pelo projeto estão empregados na Orquestra Sinfônica de Manaus, Banda Jovem do Estado de São Paulo, orquestras de Atibaia e de Guarulhos, entre outros.

Os alunos são estimulados a tocar em grupos e uma vez por semana acontecem os ensaios da Banda Sinfônica Jovem. Alunos e professores se encontram para aperfeiçoar o aprendizado.

A associação não recebe doação de verbas públicas, a não ser da Associação João Meiberg de Ensino de São Paulo, mantenedora dos Colégio Jardim São Paulo, da Faculdade Cantareira e do Teatro Jardim São Paulo, que a apoia há 10 anos. É uma grande ajuda, mas não o suficiente. Atualmente, as doações são 85% de pessoa física, amigos e pais que veem as dificuldades para manterem o projeto, e 15% de pessoa jurídica. Como ajudar? Cada criança custa hoje para o projeto a quantia de R$ 1,93. Esse valor, multiplicado por 126 crianças vezes 25 dias, totaliza R$ 6.079,50 por mês

Contatos: Rua Nair Marques de Souza,129 – Jardim Maria Rosa – Taboão da Serra – SP Tel.: (11) 4787 8277 E-mail: musicosdofuturo@terra.com.br

No ar desde agosto de 2008, já participou do prêmio TOP Blog de Sustentabilidade, sendo escolhido por um júri acadêmico como um dos melhores em 2009

Para acessar o site: http://www.ecodesenvolvimento.org.br/ > Banda Sinfônica SESC

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> Banda Sinfônica Cemur

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Durante 4 dias, aproximadamente 1.000 executivos de 40 países estiveram reunidos em São Francisco para a conferência do BSR (Business Social Responsibility). O tema deste ano,“Reset Economy. Reset World.”, não é somente um jogo de palavras, de acordo com o presidente do BSR. Ao contrário, reflete o senso de urgência em encontrar caminhos para as necessidades dos negócios atuais para responder a um mundo diferente. Como? Entregando produtos e serviços que venham ao encontro das necessidades humanas, enquanto também operam com os limites ambientais. Aqui cabe uma das melhores definições de sustentabilidade, criada pelo prof. Paulo Darien, da FDC: “É quando a curva do desejo se aproxima ao máximo da curva das reais necessidades humanas, respeitando as diferenças individuais”.

/RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL (RSE)/ Luna Gutierres é sócia da REPENSE e professora do curso de Comunicação Social da ESPM. ela esteve na conferência bsr e escreveu o texto a seguir. /034/

Dado o grande impacto cultural, moral, socioambiental, econômico e político que as empresas têm sobre a organização e funcionamento da sociedade, a RSE estará na pauta das empresas, em maior ou menor grau, seja porque fará parte da definição da estratégia corportiva, para ser utilizado como estratégia de marca, reputação ou imagem ou ainda por regulamentação. O primeiro passo a ser dado é o entendimento do que significa RSE. Ainda é comum a confusão sobre o termo e ainda há quem adote sustentabilidade para as questões ambientais e responsabilidade social para o impacto social. No Brasil, o movimento entrou em definitivo na agenda pública

e na agenda empresarial a partir de 1998, com a criação do Instituto Ethos (www.ethos.org.br). De lá para cá, houve uma clara mudança no comportamento das empresas, que saíram da defensiva em relação aos problemas socioambientais e passaram para a proatividade, colocando-se como atores sociais de mudança. Os outros atores sociais (mídia, academia, sindicatos, ONGs, movimentos sociais e órgãos públicos) também passaram a incorporar a RSE em suas estratégias de relacionamento com as empresas.

questões relacionadas a esse grupo são negligenciadas na agenda de Responsabilidade Social Empresarial.

As empresas que investem recursos em RSE, na busca de soluções para seu impacto ambiental, social e econômico, também buscam ferramentas para a integração da cadeia de valor, porque nessa dimensão não existe espaço para a adoção somente da porta da empresa para dentro. No plano A das empresas, ela deve exercer sua influência na cadeia de valor, de forma top down ou botton up, para que o novo modelo seja transversal no mundo empresarial, O critério de avaliação não é o que eu faço, mas é com quem eu faço, aquilo que eu faço. Lembrando que não há plano B.

As conquistas das empresas devem ser exploradas para que inspirem outras as buscarem soluções. Para o sucesso elas devem trabalhar com experts e aprender com os pares sobre questões que envolvem retorno sobre investimento e como concretizar as iniciativas, pois elas precisam sair do discurso. No melhor dos mundos, é importante para as empresas considerarem o rol de seus esforços em sustentabilidade. Com uma economia em declínio, é tão importante como ter foco definido e ter abordagem de negócios alinhada para criar valor para seus consumidores e stakeholders.

Diversidade, em particular, é comumente tratada como algo que pertence somente à área de Recursos Humanos em vez de fazer parte das prioridades estratégicas das empresas. A diversidade na força de trabalho e a inclusão podem remeter os negócios para um nível mais elevado e contribuindo para a performance sustentável das empresas.

Mudanças climáticas e direitos humanos, incluindo diversidade e inclusão, estarão no topo das discussões sobre sustentabilidade para o próximo ano. Mais uma vez os funcionarios devem ser encarados como o mais importante grupo estratégico de qualquer empresa, quando pensamos no conceito de stakeholders. Mas as

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Também já se discute a mudança na função ou perfil do time responsável pela RSE, neste mundo que está sendo reiniciado. Em muitas indústrias há uma pressão equilibrada sobre o time responsável por sustentabilidade. Com a credibilidade no setor privado e acima de tudo com a falta de tempo, há a necessidade urgente das empresas incrementarem seu alinhamento interno, transparência e esforços na comunicação de RSE. Porém, iniciativas em sustentabilidade não são imunes a pressão por corte de custos e também devem favorecer ou contribuir para afinar os critérios de investimento. Questões como essas, considerando o “reinício do mundo”, obrigam as funções e responsabilidades da RSE serem absorvidas e integradas em outros departamentos? Ou a RSE se torna maior do que a própria esfera de ação, ou seja, seu papel está crescendo em tamanho como resultado da queda de credibilidade, do aumento da lembrança das questões ambientais como a mudanca climática e o crescimento da disparidade entre o ter e não ter?

institucional ou as políticas públicas. E a medição do impacto, de acordo com esse grupo, seria por meio de escalabilidade dos programas, alcance do trabalho e reputação entre ONGs com as doações que a empresa pratica. Já para o CEO, o que impacta o valor é a melhor utilizacão dos recursos financeiros. Adicionar valor à marca e à percepcão. Coerência com um business plan estratégico e criacão de um business case. De acordo com esse grupo, se isso for feito corretamente, impacta o top line dos negócios. E, também, uma cultura corporativa que atraia os melhores talentos e impacte na disposição dos consumidores para a compra. E de acordo com a pesquisa, para esse grupo, a mensuração seria por meio da percepção dos consumidores, reconhecimento e lembranca da marca. Além disso, reputação entre consumidores e empregados, redução de custos e contribuição para a retenção e produtividade dos colaboradores.

De acordo com uma pesquisa realizada nos EUA e Europa, constatou-se a falta de conexão entre o Diretor de Cidania ou Sustentabilidade e o CEO, com relação aos critérios considerados para se avaliar o impacto no valor gerado ou o sucesso das empresas com a adoção dessa inovadora forma de gestão.

A grande questão é: dentro do novo contexto de RSE, como a sua empresa avalia o sucesso? Por meio de um business case, estamos cumprindo com o novo contrato social? Será por que estamos reduzindo o impacto negativo dos negócios, seja por compliance, filantropia ou porque somos admirados no mundo dos negócios? Ou será como consequência por estarmos gerando valor para o negócio? Ou seja, estamos causando um impacto? Porque estamos solucionando problemas sociais, inovação social e gerando negócios de valor.

Para o diretor de cidadania corporativa, o que impacta o valor das empresas é uma mudança social autêntica, uma mudanca

Seja como for, as pesquisas comprovam que a adoção da RSE está diretamente vinculada a valor financeiro. De acordo com uma

delas, realizada com mais de 800 estudantes de MBA das melhores escolas de negócios dos EUA e Europa, 94% aceitariam um salário menor (14% mais baixo) para trabalhar em uma empresa com reputação por ser amigável com o meio ambiente, ter cuidado com os colaboradores e encarar como público estratégico externo a comunidade. Durante a conferêcia, foram apresentadas as implicações para os responsáveis pela RSE nas corporações que são: de Business Case, para Business Value; de Compliance, para Impacto Social Positivo; de Filantropia, para Inovação Social, de Relatório Social para Resultados.

/informação que conscientiza. Consciência que mobiliza./

Idealmente, estamos entrando em uma era de inovacão, criando produtos mais sustentáveis, criando correntes de geração de valor que são elevadas para uma vasta eficiência e alto impacto, a governança é reformulada de forma a reconstruir a credibilidade, e a parceria entre público e privado estabelece novos modelos. Para quem não participou terá a chance de participar das mesmas discussões aqui no Brasil durante a conferência realizada pelo Instituto Ethos em maio de 2010. Independentemente da área de atuação, os executivos devem participar dessa conferência. Termino com um trecho da “Carta da Terra”, um inspirador e visionário conjunto de valores para a construção de uma sociedade justa e sustentável (www.cartadaterra.org.br):

Think & LOve Pense e Ame

Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, por um compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, pela rápida luta pela justiça e pela paz e pela alegre celebração da vida

/Consciência e Atitude Por um mundo melhor./

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w w w . t h i n k a n d l o v e . c o m . b r

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> Le Neige qui brüle 1981 – Bernard Faucon

Fotos: Divulgação

/Maison Européenne de La Photographie/

> Le Banquet 1978 – Bernard Faucon

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O Itaú Cultural está há mais de duas décadas promovendo e divulgando produções artístico-intelectuais. Não à toa, é considerado um centro de referência cultural. O instituto também articula parcerias com instituições tanto públicas quanto privadas com o objetivo de democratizar o acesso à cultura, promover o intercâmbio entre agentes culturais e difundir conteúdos gerados pelo instituto, dentro e fora do país.

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> The Green House 1990 – Sandy Skoglund

> Food or Drugs I 1981

Fotos: Divulgação

de Martial Cherrier

> Lavandula Angustifolia da série Herbarium 1984 – Joan Fontcuberta

Algumas parcerias são feitas com as secretarias estaduais e municipais de cultura e educação, museus, centros culturais, TVs educativas, comunitárias e universitárias, canais por assinatura, rádios comunitárias, universidades e organizações não governamentais, entre outros. Atualmente, celebrando o Ano da França no Brasil, o Itaú apresenta obras da Maison Européenne de La Photographie, de Paris. As obras compõem a mostra “A invenção do mundo” – com curadoria de Eder Chiodetto e Jean-Luc Monterosso – e questionam o conceito de realidade e ficção no registro fotográfico. “Os artistas investiram na simulação, na busca de uma representação de seus estados de ânimo ou uma observação crítica do mundo pela via ficcional”, explicam os curadores da exposição.

Serviço:

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Todas as atividades têm entrada franca. Av. Paulista,149 (próximo à estação Brigadeiro do metrô) Horário de funcionamento: de terça a sexta, das 10h às 21h, e sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h.

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Foto: GettyImages

Quando crianças e adolescentes apresentam problemas como notas escolares insatisfatórias, adaptação a mudanças, ambiente sociofamiliar, ambiente socioescolar, dietas especiais, administração de tempo, vestibular, é o momento em que o coaching é indicado. Assim, o coachee que está submetido a tensões terá apoio para enfrentá-las com sucesso. Os benefícios são percebidos de acordo com os objetivos a serem atingidos.

/Coaching Kids/ “O que se faz agora com as crianças é o que elas farão depois com a sociedade.” A frase é do sociólogo Karl Mannheim, que acreditava que todo ato de conhecimento não resulta apenas da consciência puramente teórica, mas também de inúmeros elementos de natureza não teórica, provenientes da vida social e das influências e vontades a que o indivíduo está sujeito. A ideia do sociólogo é de 1929, mas continua atual, com a diferença que hoje em dia o processo de crescimento das crianças está muito mais acelerado. A rotina de ser apenas criança está ficando para trás. As agendas são tão concorridas quanto a de seus pais. São diversas tarefas a serem cumpridas, muitas expectativas e cobranças. Em que ponto corresponder a tudo isso fica muito pesado ou extrapola os limites da criança? O apoio dos pais, irmãos, familiares, babás ou de um personal coaching pode ser fundamental. Mas o que

é um personal coaching? O coaching é hoje uma das mais poderosas ferramentas para o desenvolvimento de pessoas de forma eficiente. É um processo interativo e individual que auxilia pessoas a produzirem resultados mais satisfatórios em suas vidas. Um processo pragmático que leva a definir objetivos claramente, de forma a torná-los desafiadores e estimulantes. É uma resposta às pessoas que sabem que o sucesso não é um ponto de chegada, mas um caminho, que necessita de planejamento, superação de obstáculos, excelência pessoal, motivação, equilíbrio e transformação individual. É uma parceria entre o coach (profissional que faz o acompanhamento) e o coachee (pessoa que está sendo acompanhada), cujo maior objetivo do coach (na tradução livre, treinador) é o sucesso de seu coachee.

Esse trabalho vem sendo realizado no Brasil pela sócia da empresa Daqui Pra Frente, Luciana Telles, que se inspirou no modelo que conheceu enquanto morava em Londres. O trabalho é fruto de pesquisas e adaptação das metodologias de Life Coaching em sessões com crianças e adolescentes, disseminado em cidades como Nova York e Londres. É a metodologia de Life Coaching adaptada à realidade, linguagem e perspectivas desses jovens, com o uso também de outras metodologias de aprendizado, como, por exemplo, o Aprendizado Sequencial e o Aprendizado Experiencial, com alguma fundamentação teórica em pedagogia. De maneira simplificada, é um processo para auxiliar crianças e adolescentes a melhor se autoconhecerem e aprenderem com o caminho em busca da realização de suas metas, objetivos e sonhos.

Atualmente, Luciana atende crianças e adolescentes e com seu trabalho procura identificar quais são os pontos a serem trabalhados. “O modelo que sigo é conquistar a confiança da criança ou adolescente e a partir daí partir para um trabalho que vise a sua melhora como pessoa. A abordagem depende do tipo de problema apresentado”, explica. As sessões, a princípio, são realizadas na casa do coachee. Assim, o coaching pode sentir qual é o ambiente familiar que a pessoa está inserida e o fato de estar na zona de conforto facilita a confiança entre as partes. O procedimento pode ser modificado no meio do caminho sem problemas, os ajustes podem ser feitos para os objetivos serem alcançados o mais rápido e da melhor forma possível, sendo o coachee perfeitamente capaz de perceber quando já se sente seguro para não precisar mais do acompanhamento do Coaching Kids. Vale salientar que o processo de coaching é totalmente diferente do processo de terapia; o foco é no futuro, não no

que aconteceu no passado. Os objetivos a serem atingidos determinam que a pessoa pode olhar do presente para o futuro. Com o trabalho que vem realizando, um dos sonhos de Luciana é poder ajudar as classes menos favorecidas, uma vez que o pagamento é feito por sessão e nem todo mundo tem condições de arcar com os custos do coaching. “Existe uma instituição internacional chamada The Coaching Kids Inc. que realiza esse trabalho com jovens em situação de risco social. Estamos procurando parcerias para sermos os representantes desse trabalho aqui no Brasil.” A dúvida que fica é: quando uma criança percebe que é detentora de responsabilidades? Luciana acredita que a partir dos 6 ou 7 anos de idade, mas isso depende de uma série de fatores, como por exemplo a educação recebida pelos pais e escola, o ambiente em que está inserida, enfim, o contexto familiar e social em que vive. Caso a criança ainda não se perceba responsável por alguns compromissos e responsabilidades, esse desligamento pode ser exatamente o que precisa ser trabalhado. Um bom indicador para avaliar se a criança está pronta para o processo é ouvir dela mesma se está interessada em realizá-lo. Isso é fundamental. Nas primeiras

sessões, mais importante que conhecer os pais é conhecer a criança e ouvir dela que nível de necessidade do processo ela percebe ter e sentir se existe o real interesse dela, pois se apenas os pais quiserem que a criança o faça, não funciona. É necessário que a criança se identifique com a causa e se comprometa em alcançar o seu melhor com o processo. Já Nélio Bilate, sócio da NB Heart, acredita que o trabalho de coaching só é possível na fase da adolescência, a partir dos 14 anos, porque o processo exige da pessoa que ela esteja disposta a agir, já que trabalham com um objetivo. A base do coaching é o funcionamento do indivíduo, porque o coloca em ação. Anula a fraqueza da pessoa, levanta a fortaleza e os valores do indivíduo para atingir determinado objetivo. Para isso, duas questões devem ser levantadas: ele é um indivíduo que funciona? Ele é um indivíduo que tem dúvidas? Bilate trabalha com duas frentes de coaching, denominadas PPC: personal ou professional coaching. No sentido pessoal a pessoa pode, por exemplo, querer emagrecer. No profissional, pode ter dúvida acerca de qual profissão seguir e qual é o melhor caminho para fazer a escolha certa no vestibular. Independentemente da idade do coaching, a verdade é que se educarmos as crianças e os adolescentes não será necessário punir os homens no futuro

Para entrar em contato com a empresa Daqui Pra frente:

Tel.: (11) 9489 6482 / (11) 3816 6050 E-mail: lucianatelles@coachingkids.com.br Nélio Bilate: www.nbheart.com.br Para saber mais sobre o trabalho da Coaching Kids Inc. acesse:

http://www.coachingkids.org

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Fotos: Divulgação

total voltada para a preservação ambiental. Como isso é feito?

Quando falávamos em desenvolvimento urbano logo pensávamos na destruição do meio ambiente. Hoje em dia, essa verdade não faz mais sentido, uma vez que a iniciativa privada vem dando grande passos em direção às construções ecológicas. A preocupação com a preservação da natureza é cada vez mais evidente em pessoas com consciência ecológica. Além disso, essas construções agregam valor à marca e mostram que a empresa está claramente adiante no quesito vantagem competitiva.

/Empreendimentos ecológicos/ Lançamento ecológico no Rio de Janeiro mostra a preocupação da integração do homem e do meio ambientE.

No Rio de Janeiro, a empresa Carvalho Hosken tem em seu fundador e presidente, Dr. Carlos Carvalho, um dos maiores empreendedores do Rio de Janeiro, um homem de muita visão e permanente defensor da natureza. A empresa lançou na Lagoa da Tijuca o empreendimento Península, numa área de 780 mil m² com dois parques enormes. Vale lembra que por três décadas a empresa – já de posse da área – trabalhou na recuperação das matas e na recomposição das faixas de mangue e restinga. Com essa obra, a Carvalho Hosken ganhou o prêmio Master Imobiliário, o Oscar do ramo imobiliário, na categoria desenvolvimento urbano. Conversamos com Ricardo Corrêa, diretor de marketing da empresa, para falar sobre esse grande empreendimento ecológico.

Ricardo Corrêa

> Ricardo Corrêa – Diretor de Marketing

1 – Think & Love Fale um pouco sobre o bairro ecologicamente planejado que estão construindo no Rio de Janeiro?

Ricardo Corrêa Na verdade, esse bairro está quase que 90% construído. Seu nome é Península, ele fica numa extensão de terra na Lagoa da Tijuca/ Barra da Tijuca e tem 780 mil m². Esse bairro foi planejado há 30 anos, quando o presidente da empresa, sr. Carlos Fernando de Carvalho, resolveu remover a ocupação irregular que se estendia às margens daquela lagoa. Em meados da década de 1980, construímos um conjunto habitacional em Jacarepaguá, removemos as cerca de 60 famílias que viviam em condições subhumanas e criamos o Parque Ambiental Prof. Mello Barreto e, na sequência, o bairro Península.

A preservação do meio ambiente no bairro começou com a contratação de biólogos, ambientalistas e técnicos, que juntos fizeram um trabalho de recuperação da fauna e flora local no seu cinturão verde – uma trilha ecológica de 4 km. Com isso, as poucos as aves voltaram, o manguezal ficou viçoso e iniciamos o processo de ocupação. Nesse bairro, que possui o maior acervo artístico a céu aberto do mundo, existem dois imensos parques (45 mil m² cada um) com quadras de tênis, campo de golfe, campo de bocha, quadras poliesportivas. Possui, ainda, cinco jardins temáticos (Jardim da Trilha, Jardim das Esculturas, Jardim das Palmeiras, Jardim Zen e Jardim das Frutíferas) e uma imensa trilha ecológica. Nesse bairro, hoje com mais de 3 mil famílias, é onde ficam os melhores projetos arquitetônicos do Rio de Janeiro, com apartamentos de pé direito duplo e unidades com mais de 500 m².

3 – Think & Love Qual é a motivação pessoal para fazer um empreendimento desse porte?

2 – Think & Love O sr. comentou que essa construção tem 80% da sua área

> Detalhe da trilha ecológica Prof. Liz Emigdio

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Fotos: Divulgação

> Green Park, com uma

> Um dos parques da Península (Lagoon Park)

escultura do artista Coaciporé, e dois prédios ao fundo

O morador da Península é um ser humano conectado na qualidade de vida, que tem e que quer dar para a sua família. É muito bom ver os nossos filhos crescendo num bairro com tantas obras de arte pelas ruas, pássaros em revoada, trilhas ecológicas, frutas no pé e segurança 24 horas.

5 – Think & Love Como é feita a coleta seletiva do lixo que todos esses moradores produzem?

Ricardo Corrêa O bairro ainda não tem a sua coleta seletiva na plenitude. O que ocorre hoje é a iniciativa isolada de alguns condomínios. Estamos fazendo, nesse momento, estudos de viabilidade para a implantação da coleta integral e da instalação de uma usina de reciclagem nas cercanias do bairro.

Ricardo Corrêa Entendemos que na cidade do Rio de Janeiro o único espaço urbano capaz de se produzir verdadeiros bairros é a Barra da Tijuca, com suas belezas naturais únicas. A Carvalho Hosken possui cerca de 10 milhões de metros quadrados nessa região, e nela já construiu outros dois bairros. O que nos move na direção dos bairros é a possibilidade que temos de criar ambientes totalmente planejados, com infraestrutura de transporte, segurança, manutenção e lazer. Nesse formato, podemos gerar novas comunidades, mais conscientes e capazes de deixar o carro na garagem do seu prédio na sexta-feira e só pegá-lo de volta na segunda. O fim de

semana é totalmente voltado para o lazer e sem sair de casa.

4 – Think & Love Como é fazer um empreendimento ecológico se preocupando com 3 mil famílias? Quais são as maiores preocupações e desafios?

Ricardo Corrêa A manutenção disso tudo sempre foi o nosso maior desafio. Depois de se recuperar uma área, é preciso mantê-la. Para isso, criamos as associações de moradores, que através dos seus líderes conduzem os rumos de toda a comunidade. No início, nós fazemos a administração do bairro, depois entregamos a gestão para os seus moradores.

O desafio, sempre conquistado, é o de incutir conceitos preservacionistas aos moradores, preservar o ambiente e valorizar o patrimônio.

5 – Think & Love Que tipo de morador procura esse empreendimento? Todos estão preocupados com o meio ambiente ou querem somente ficar próximos à natureza?

Ricardo Corrêa A questão da preservação e o respeito à natureza é um movimento mundial. Estamos voltando para dentro de nós mesmos em várias áreas do consciente coletivo. Vide a proliferação dos movimentos voltados para o espiritual.

7 – Think & Love Como pessoa física e não empreendedor o que o sr. considera como “convívio harmônico do homem com a natureza”?

Ricardo Corrêa Quando criei esse termo, pensei no que “de melhor o homem pode construir em harmonia com o meio ambiente”. Partindo desse conceito, entendo, como cidadão, que o convívio harmônico existe quando homem não destrói e quando a natureza não se revolta e nem tampouco se defende. Aí está o convívio humanoambiental

> Trilha Ecológica

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Foto: Divulgação

Trata-se de uma contribuição impressionante ao clima que as atuais políticas climáticas não valorizam. A COP15 abrirá oportunidades para o setor mudar esses conceitos equivocados.

2 – Think & Love Qual é o motivo da participação dessas 14 entidades? Qual foi o critério utilizado pela escolha delas?

Elizabeth de Carvalhaes

/Elizabeth de Carvalhaes/ presidente executiva da Associação Brasileira de Papel e Celulose (Bracelpa), para o biênio de 2008-2010. Neste ano, quatorze das principais entidades brasileiras representativas do agronegócio, florestas plantadas e bioenergia anunciaram a formação da Aliança Brasileira pelo Clima. A Aliança Brasileira pelo Clima tem como objetivo contribuir com propostas concretas para as negociações ligadas à Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. O foco principal é a agenda que o governo brasileiro vem defendendo nas negociações globais, que culminarão na 15a Conferência das Partes da Convenção (COP 15), em dezembro deste ano, em Copenhague, na Dinamarca.

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Confira a entrevista que a presidente executiva concedeu para a revista Think & Love.

1 – Think & Love O que será apresentado na 15a conferência das Partes da Convenção (COP 15), na Dinamarca?

Elizabeth de Carvalhaes A principal questão para o setor de celulose e papel é mostrar ao mundo a colaboração das florestas plantadas na redução dos efeitos do aquecimento global. Com dois milhões de hectares de florestas plantadas – as mais produtivas

e sustentáveis do mundo – esses biomas absorvem e estocam cerca de 64 milhões de toneladas de CO2 por ano, ou seja, compensam as emissões de gases causadores de efeito estufa na atmosfera. O número é ainda maior se considerarmos toda a base de florestas plantadas do País, que soma 6,6 milhões de hectares.

Os setores representados na Aliança são reconhecidos por desenvolver e disseminar práticas de produção responsáveis, que, no entanto, não recebem o devido reconhecimento em políticas climáticas. Trata-se de uma situação que impacta diretamente nos negócios dos setores que integram a Aliança, limitando acesso a importantes mercados consumidores. Essa é a principal motivação para a formação desse grupo. Além disso, as entidades que formam a Aliança representam setores responsáveis por 28% de toda a matriz energética brasileira, que empregam fontes de energia renovável em seu processo produtivo – como etanol, biodiesel, bioeletricidades, florestas plantadas, carvão vegetal renovável e outras formas de biomassa capazes de substituir combustíveis fósseis e altamente poluentes – e têm potencial significativo para captura, manutenção e aumento do estoque de carbono.

3 – Think & Love No ponto de vista da sra, o que é preciso fazer para mudar a atual situação climática no Brasil?

5 – Think & Love

Elizabeth de Carvalhaes É preciso mostrar que o Brasil tem as florestas plantadas mais produtivas e sustentáveis do mundo, capazes de absorver e estocar CO2 da atmosfera. O Brasil tem um patrimônio natural incomparável e isso coloca o País em posição de soberania para as negociações. Temos um saldo ambiental e energético que nenhum outro país tem. O Brasil entra na COP15 com o desafio de reverter a negociação a seu favor, pois, até agora, a imagem que tem prevalecido, e que precisa ser desfeita, é a do Brasil poluidor – particularmente por causa do desmatamento e das queimadas que ocorrem na Amazônia.

O Brasil muitas vezes é considerado um vilão no que tange o aquecimento global. De que forma é possível mudar essa visão tanto internamente quanto no exterior?

Elizabeth de Carvalhaes A aplicação efetiva da legislação brasileira já é um bom começo para mudar essa imagem negativa do País, tanto internamente como perante a comunidade internacional. Durante a COP15, o Brasil terá uma grande oportunidade de reforçar seu modelo econômico de baixo carbono e, nesse contexto, as florestas plantadas têm papel fundamental

4 – Think & Love Como é o acesso do Brasil à captação de crédito de carbono?

Elizabeth de Carvalhaes É muito limitado frente ao potencial que se tem. O setor produtivo tem demonstrado um interesse profundo nesse novo mercado e, hoje, o País é o terceiro do mundo em número de projetos de MDL registrados na ONU, com outros 295 em fase de análise. O Brasil só fica atrás de China e Índia, líderes em projetos registrados, pois tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo: mais de 40% de seu conteúdo é originado em fontes renováveis.

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