MODERNISMO NO BRASIL PARA O ENEM

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ANTECEDENTES Missão Artística Francesa – 1816 Neoclassicismo Exposições: -Lasar Segal em 1913 - Anita Malfatti em 1917


Missão Artística Francesa Em 26 de março de 1816 aporta no Rio de Janeiro um grupo de artistas franceses, liderados por Joachim Lebreton (1760 - 1819), secretário recémdestituído do Institut de France. Acompanham-no o pintor histórico Debret (1768 - 1848), o paisagista Nicolas Taunay (1755 - 1830) e seu irmão, o escultor Auguste Marie Taunay (1768 - 1824), o arquiteto Grandjean de Montigny (1776 - 1850) e o gravador de medalhas Charles-Simon Pradier (1783 - 1847). O objetivo é fundar a primeira Academia de Arte no Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. “A versão mais atual e aceita sobre a origem da Missão fala em casamento de interesses: por um lado, o rei teria se mostrado receptivo à criação da academia; a par dessa informação, Lebreton, com o intuito de sair da França, teria oferecido seus serviços, arregimentando artistas dispostos a se refugiar em outro país. Formados no ambiente neoclássico e partidários de Napoleão Bonaparte, os artistas se sentem prejudicados com a volta dos Bourbon ao poder. Decidem vir para o Brasil e são acolhidos por D. João, esperançoso de que possam ajudar nos processos de renovação do Rio de Janeiro e de afirmação da corte no país.” http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm? fuseaction=marcos_texto&cd_verbete=340


“A vinda da Missão assinalou o encerramento oficial do ciclo artístico colonial, não apenas estilisticamente, mas ideologicamente. A Missão trouxe a visão neoclássica-acadêmica da arte.(...) A Arte colonial tinha sido a Arte dos mulatos, dos autodidatas (mesmo que Aleijadinho tenha estudado em Ouro Preto) e dos deserdados da sociedade que viram no ofício artístico a chance de subir na rígida estrutura de classes vigente. A nova Arte que começou com D. João VI e com a Missão Francesa seria a Arte das classes dominantes, das elites do Rio de Janeiro, europeizadas por autodefinição e que fariam questão de um estilo europeu, desligado das raízes populares nacionais, na mesma medida que elas, como classe, também procuravam estar. “(LOPES)

Aleijadinho Profeta Baruc (Adro da Basílica de Congonhas) , 1800 – 1805 pedra-sabão Santuário do Bom Jesus de Matosinhos (Congonhas do Campo, MG) Reprodução Fotográfica Sérgio Guerini


NEOCLÁSSICO- JACQUES LOUIS DAVID- O juramento dos Horácios- 1784 A guerra entre Alba e Roma, foi resolvida através de um combate até a morte entre os três irmãos Horácios, romanos, e os três Curiáceos, albanos. Um Horácio venceu, no entanto sua irmã Camila estava prometida a um Curiáceo e acabou também sendo morta. Ao ser preso, o pai dos Horácios interveio alegando lealdade à pátria, conseguindo inocentá-lo. David faz uma alegoria sobre o compromisso do poder do monarca frente a coletividade.

Marat assassinado ou A morte de Marat -1793 sobre a morte do deputado Jacobino


DAVID- A coroação de Josefina 1805-1807- óleo s/tela-Museu do Louvre


DEBRET Estudo para Sagração de Dom Pedro , s.d. óleo sobre tela - 43 x 63 cm Museu Nacional de Belas Artes (RJ)


DEBRET Engenho Manual que Faz Caldo de Cana - 1822 - aquarela sobre papel, 17,6 x 24,5 cm - Museus Castro Maya - (RJ)


VICTOR MEIRELLES -Primeira Missa no Brasil , 1860- óleo sobre tela 268 x 356 cm- Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, RJ)



PEDRO AMÉRICO Independência ou Morte [O Grito do Ipiranga] , 1888 óleo sobre tela 415 x 760 cm Acervo do Museu Paulista (São Paulo, SP)


PEDRO AMÉRICO Tiradentes esquartejado, 1893 – óleo s/t 270x165cm – Museu Mariano Procópio. Juiz de Fora


RODOLFO AMOEDO O Último Tamoio , 1883 óleo sobre tela, 180,3 x 261,3 cm Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, RJ)


RODOLFO AMOEDO Estudo de Mulher , 1884 óleo sobre tela, 150,5 x 200 cm Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, RJ)


ALMEIDA JÚNIOR O Derrubador Brasileiro , 1879 óleo sobre tela, 227 x 182 cm Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, RJ)


ALMEIDA JÚNIOR Caipira Picando Fumo , 1893 óleo sobre tela 202 x 141 cm Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo/Brasil


ALMEIDA JÚNIOR O Violeiro , 1899 óleo sobre tela, 141 x 172 cm Acervo Pinacoteca do Estado de São Paulo/Brasil


ELISEU VISCONTI Tricoteuse , 1905 óleo sobre tela, 30 x 46 cm Coleção Particular


ELISEU VISCONTI Carrinho de Criança , 1916 óleo sobre tela 66 x 81 cm - Museus Castro Maya - IPHAN/MinC (Rio de Janeiro, RJ)


RUPTURAS COM O ACADEMICISMO: -Exposição de Lasar Segal em 1913 -Exposição de Anita Malfatti em 1917 O Projeto Estético( Lasar Segall, Anita Malfatti, Di Cavalcanti, entre outros), auxiliados por literatos. e o Projeto Ideológico (comandado por intelectuais da literatura (Mário de Andrade, Osvald de Andrade, Menochi del Pichia, entre outros) no Movimento Modernista fazem parte de um outro Movimento maior: a Busca da Identidade Nacional, através de temas étnicos, políticos e sociais da realidade brasileira. .


LASAR SEGALL – Retrato de Margarete , 1913 óleo sobre tela, c.s.e. - 70 x 50 cm – Coleção Particular


ANITA MALFATTI O Homem Amarelo , 1915 - 1916 óleo sobre tela, c.i.d. 61 x 51 cm Coleção Mário de Andrade do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (SP)


DI CAVALCANTI Capa do catálogo da exposição da Semana de Arte Moderna , 1922 Acervo do Instituto de Estudos Brasileiros - USP Arquivo Anita Malfatti


Modernismo no Brasil O modernismo no Brasil tem como marco simbólico a Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo, no ano de 1922, considerada um divisor de águas na história da cultura brasileira. O evento - organizado por um grupo de intelectuais e artistas por ocasião do Centenário da Independência - declara o rompimento com o tradicionalismo cultural associado às correntes literárias e artísticas anteriores: o parnasianismo, o simbolismo e a arte acadêmica. A defesa de um novo ponto de vista estético e o compromisso com a independência cultural do país fazem do modernismo sinônimo de "estilo novo", diretamente associado à produção realizada sob a influência de 1922. Heitor Villa- Lobos (1887 - 1958) na música; Mário de Andrade (1893 - 1945) e Oswald de Andrade (1890 - 1954), na literatura; Victor Brecheret (1894 - 1955), na escultura; Anita Malfatti (1889 1964) e Di Cavalcanti (1897 - 1976), na pintura, são alguns dos participantes da Semana, realçando sua abrangência e heterogeneidade. Os estudiosos tendem a considerar o período de 1922 a 1930, como a fase em que se evidencia um compromisso primeiro dos artistas com a renovação estética, beneficiada pelo contato estreito com as vanguardas européias (cubismo, futurismo, surrealismo etc.). Tal esforço de redefinição da linguagem artística se articula a um forte interesse pelas questões nacionais, que ganham acento destacado a partir da década de 1930, quando os ideais de 1922 se difundem e se normalizam.


Revista Klaxon — Mensário de Arte Moderna (1922-1923) Capa da Revista Klaxon Recebe este nome do termo usado para designar a buzina externa dos automóveis. Primeiro periódico modernista, é conseqüência das agitações em torno da Semana de Arte Moderna. Inovadora em todos os sentidos: gráfico, existência de publicidade, oposição entre o velho e o novo.


Ainda que o modernismo no Brasil deva ser pensado a partir de suas expressões múltiplas - no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco etc. - a Semana de Arte Moderna é um fenômeno eminentemente urbano e paulista, conectado ao crescimento de São Paulo na década de 1920, à industrialização, à migração maciça de estrangeiros e à urbanização. Apesar da força literária do grupo modernista, as artes plásticas estão na base do movimento. O impulso teria vindo da pintura, da atuação de Di Cavalcanti à frente da organização do evento, das esculturas de Brecheret e, sobretudo, da exposição de Anita Malfatti, em 1917. Os trabalhos de Anita desse período (O Homem Amarelo, a Estudante Russa, A Mulher de Cabelos Verdes, A Índia, A Boba, O Japonês etc.) apresentam um compromisso com os ensinamentos da arte moderna: a pincelada livre, a problematização da relação figura/fundo, o trato da luz sem o convencional claro-escuro. A obra de Di Cavalcanti segue outra direção. Autodidata, Di Cavalcanti trabalha como ilustrador e caricaturista. O traço simples e estilizado se tornará a marca de sua linguagem gráfica. A pintura, iniciada em 1917, não apresenta orientação definida. Suas obras revelam certo ecletismo, alternando o tom romântico e "penumbrista" (Boêmios, 1921) com as inspirações em Pablo Picasso (1881 - 1973), Georges Braque (1882 - 1963 e Paul Cézanne (1839 - 1906), que o levam à geometrização da forma e à exploração da cor (Samba e Modelo no Ateliê, ambas de 1925). Os contrastes cromáticos e os elementos ornamentais da pintura de Henri Matisse (1869 - 1954), por sua vez, estão na raiz de trabalhos como Mulher e Paisagem (1931).


A formação italiana e a experiência francesa marcam as esculturas de Brecheret. Autor da maquete do Monumento às Bandeiras (1920), e de 12 peças expostas na Semana (entre elas, Cabeça de Cristo, Daisy e Torso), Brecheret é o escultor do grupo modernista, comparado aos escultores franceses Auguste Rodin (1840 - 1917) e Emile Antoine Bourdelle (1861 - 1929) pelos críticos da época. Tarsila do Amaral (1886 - 1973) não esteve presente ao evento de 1922, o que não tira o seu lugar de grande expoente do modernismo brasileiro. Associando a experiência francesa - e o aprendizado com André Lhote (1885 - 1962), Albert Gleizes (1881 - 1953) e Fernand Léger (1881 - 1955) - aos temas nacionais, a pintora produz uma obra emblemática das preocupações do grupo modernista. Da pintura francesa, especialmente das "paisagens animadas" de Léger, Tarsila retira a imagem da máquina como ícone da sociedade industrial e moderna. As engrenagens produzem efeito estético preciso, fornecendo uma linguagem aos trabalhos: seus contornos, cores e planos modulados introduzem movimento às telas, como em E.F.C.B. (1924) e A Gare (1925). A essa primeira fase "paubrasil", caracterizada pelas paisagens nativas e figurações líricas, segue-se um curto período antropofágico, 1927-1929, que eclode com Abaporu (1928). A redução de cores e de elementos, as imagens oníricas e a atmosfera surrealista (por exemplo, Urutu, O Touro e O Sono, de 1928) marcam os traços essenciais desse momento. A viagem à URSS, em 1931, está na origem de uma guinada social na obra de Tarsila (Operários, 1933), que coincide com a inflexão nacionalista do período, exemplarmente representada por Candido Portinari (1903 - 1962).


Portinari pode ser tomado como expressão típica do modernismo de 1930. À pesquisa de temas nacionais e ao forte acento social e político dos trabalhos associam-se o cubismo de Picasso, o muralismo mexicano e a Escola de Paris (entre outros, Mestiço, 1934, Mulher com Criança, 1938 e O Lavrador de Café, 1939). Lasar Segall (1891 - 1957), formado no léxico expressionista alemão, aproxima-se dos modernistas em 1923, quando se instala no país. Parte de sua obra, ampla e diversificada, registra a paisagem e as figuras locais em sintonia com as preocupações modernistas (Mulato 1, 1924, O Bebedouro e Bananal, 1927). Ainda que o termo modernismo remeta diretamente à produção realizada sob a égide de 1922 - na qual se incluem também os nomes de Vicente do Rego Monteiro (1899 - 1970), Antonio Gomide (1895 - 1967), John Graz (1891 - 1980) e Zina Aita (1900 - 1967) - a produção moderna no país deve ser pensada em chave ampliada, incluindo obras anteriores à década de 1920 - as de Eliseu Visconti (1866 - 1944) e Castagneto (1851 - 1900), por exemplo -, e pesquisas que passaram ao largo da Semana de Arte Moderna, como as dos artistas ligados ao Grupo Santa Helena (Francisco Rebolo (1902 - 1980), Alfredo Volpi (1896 - 1988), Clóvis Graciano (1907 - 1988) etc.). http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm? fuseaction=termos_texto&cd_verbete=359


ANITA MALFATTI (1889 - 1964) Anita Catarina Malfatti (São Paulo SP 1889 - idem 1964). Pintora, desenhista, gravadora, ilustradora e professora. Inicia seu aprendizado artístico com a mãe, Bety Malfatti (1866 - 1952). Devido a uma atrofia congênita no braço e na mão direita, utiliza a esquerda para pintar. Reside na Alemanha entre 1910 e 1914, onde tem contato com a arte dos museus, freqüenta por um ano a Academia Imperial de Belas Artes, em Berlim, e posteriormente estuda com Fritz Burger-Mühlfeld (1867 - 1927), Lovis Corinth (1858 - 1925) e Ernst Bischoff-Culm. De 1915 a 1916 reside em Nova York e tem aulas com George Brant Bridgman (1864 - 1943), Dimitri Romanoffsky (s.d. - 1971) e Dodge, na Arts Students League of New York, e com Homer Boss (1882 - 1956), na Independent School of Art.

ANITA MALFATTI- Auto-Retrato , 1922 pastel sobre papelão, c.i.d. 36,5 x 25,5 cm Coleção de Artes Visuais do Instituto de Estudos Brasileiros - USP (São Paulo, SP)


Sua primeira individual acontece em São Paulo, em 1914, no Mappin Stores, mas é a partir de 1917 que se torna conhecida quando em uma exposição protagonizada pela artista - em que também expunham artistas norteamericanos - recebe críticas de Monteiro Lobato (1882 - 1948) no artigo A Propósito da Exposição Malfatti, mais tarde transcrito em livro com o título Paranóia ou Mistificação? Em sua defesa, Oswald de Andrade publica, em 1918, artigo no Jornal do Comércio. Em 1922, participa da Semana de Arte Moderna expondo 20 trabalhos, entre eles O Homem Amarelo (1915/1916) e integra, ao lado de Tarsila do Amaral (1886 - 1973), Mário de Andrade (1893 - 1945), Oswald de Andrade (1890 - 1954) e Menotti Del Pichia (1892 - 1988), o Grupo dos Cinco. No ano seguinte, recebe bolsa de estudo do Pensionato Artístico do Estado de São Paulo e parte para Paris, onde é aluna de Maurice Denis (1870 - 1943), freqüenta cursos livres de arte e mantém contatos com Fernand Léger (1881 - 1955), Henri Matisse (1869 - 1954) e Tsugouharu Foujita (1886 - 1968). Retorna ao Brasil em 1928 e leciona desenho e pintura no Mackenzie College, na Escola Normal Americana, na Associação Cívica Feminina e em seu ateliê. Na década de 1930, em São Paulo, integra a Sociedade Pró-Arte Moderna - SPAM, a Família Artística Paulista - FAP e participa do Salão Revolucionário. A primeira retrospectiva acontece em 1949, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp. Em 1951, participa do 1º Salão Paulista de Arte Moderna e da 1ª Bienal Internacional de São Paulo.


ANITA MALFATTI O Homem Amarelo (1ª Versão) , 1915 - 1916 carvão e pastel sobre papel, 61 x 45,5 cm Coleção de Artes Visuais do Instituto de Estudos Brasileiros - USP (São Paulo, SP)


ANITA MALFATTI- A Boba , 1915 - 1916 óleo sobre tela, 61 x 50,6 cm Coleção Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (SP)


ANITA MALFATTI A Estudante , 1915 - 1916 óleo sobre tela, c.s.d. 76 x 61 cm Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (SP)


ANITA MALFATTI A Mulher de Cabelos Verdes , 1915 - 1916 óleo sobre tela, 61 x 51 cm Coleção Particular


ANITA MALFATTI O Japonês , 1915 - 1916 óleo sobre tela, 61 x 51 cm Coleção Mário de Andrade do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (SP)


ANITA MALFATTI O Homem de Sete Cores , 1915 - 1916 carvão e pastel sobre papel, 60,7 x 45 cm Museu de Arte Brasileira – FAAP (São Paulo, SP)


ANITA MALFATTI- Tropical , 1917 óleo sobre tela, c.i.e. 77 x 102 cm Acervo Pinacoteca do Estado de São Paulo/Brasil


ANITA MALFATTI A Japonesa , 1924 óleo sobre tela, 100 x 80 cm Coleção Gilberto Chateaubriand – MAM/RJ


TARSILA DO AMARAL (1886 - 1973) Não esteve presente ao evento de 1922. Produz uma obra emblemática das preocupações do grupo modernista. Primeira fase "pau-brasil", caracterizada pelas paisagens nativas e figurações líricas, segue-se um curto período antropofágico, 1927-1929, que eclode com Abaporu (1928). A redução de cores e de elementos, as imagens oníricas e a atmosfera surrealista (por exemplo, Urutu, O Touro e O Sono, de 1928) marcam os traços essenciais desse momento. A viagem à URSS, em 1931, está na origem de uma guinada social na obra de Tarsila (Operários, 1933), que coincide com a inflexão nacionalista do período.

TARSILA DO AMARAL (1886 - 1973) Auto-Retrato [Manteau Rouge] , 1923 - óleo sobre tela, c.i.d. 73 x 60 cm Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, RJ)


TARSILA DO AMARAL A Negra , 1923 óleo sobre tela, c.i.d. 100 x 80 cm Coleção Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (SP)


TARSILA DO AMARAL - A Cuca , 1924 óleo sobre tela, c.i.d. 73 x 100 cm Acervo Musée de Grénoble, França


TARSILA DO AMARAL- São Paulo , 1924 óleo sobre tela,. 57 x 90 cm Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo/Brasil


TARSILA DO AMARAL Vendedor de Frutas , 1925 óleo sobre tela, 108,5 x 84,5 cm Coleção Gilberto Chateaubriand – MAM/RJ (Rio de Janeiro RJ)


TARSILA DO AMARAL Religião Brasileira , 1927 - óleo sobre tela, c.i.e. - 63 x 76 cm Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo. Palácio Boa Vista (Campos do Jordão, SP)


TARSILA DO AMARAL - Abaporu , 1928- óleo sobre tela, c.i.d. -85 x 73 cm Colección Costantini (Buenos Aires, Argentina)


TARSILA DO AMARAL -Sol Poente , 1929 -óleo sobre tela, c.i.d. 54 x 65 cm - Coleção Particular


TARSILA DO AMARAL -Antropofagia , 1929 -óleo sobre tela, c.i.d. -126 x 142 cm Acervo Fundação José e Paulina Nemirovsky (São Paulo, SP)


TARSILA DO AMARAL- Operários , 1933 - óleo sobre tela, 150 x 230 cm Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo. Palácio Boa Vista (Campos do Jordão, SP)


CANDIDO PORTINARI (1903- 1962)

Estuda na Escola Nacional de Belas Artes - Enba, com Rodolfo Amoedo (1857-1941), entre outros. Obtém o prêmio de viagem ao exterior em 1928 e segue para a Europa em 1929. Retorna ao Brasil no início de 1931. A produção de Portinari é variada em seus temas e em algumas telas apresenta lembranças de Brodósqui, jogos infantis e cenas de circo. As figuras são diminutas, sem rostos, contrastando com a imensidão da paisagem, na qual predominam os tons de marrom, como em Futebol (1935). Revela forte preocupação social, procurando captar tipos populares e enfatizar o papel dos trabalhadores. (...)No início da carreira, declara a intenção de criar uma pintura caracteristicamente nacional, baseada em tipos brasileiros, manifestando admiração pela obra de Almeida Júnior (1850 - 1899). O ideal de Portinari encontra apoio nas idéias do escritor e crítico Mário de Andrade (1893 - 1945), que defende a necessidade da criação no Brasil de uma arte nacional e moderna. Como nota Chiarelli, para Mário de Andrade, em grande parte de suas pinturas, Portinari não está preocupado em retratar um brasileiro determinado (como faz Almeida Júnior no fim do século XIX), mas o brasileiro. Ao superar a pintura regionalista de Almeida Júnior, que antecede o modernismo, Portinari produz uma obra que possui esse caráter nacional e moderno, não apenas pelos temas tratados mas também por suas grandes qualidades plásticas.


Nos quadros O Mestiço e Lavrador de Café (ambos de 1934) os personagens são pintados em composições monumentais e predominam os tons de marrom da paisagem, na qual se destacam os campos cultivados ao fundo. Também em Café (1934), a figura humana adquire formas escultóricas robustas, com o agigantamento das mãos e pés, recurso que reforça a ligação dos personagens com o mundo do trabalho e da terra. Portinari realiza um conjunto de afrescos para o Ministério da Educação e Cultura - MEC (19361938), com tema ligado aos ciclos econômicos do país.

CANDIDO PORTINARI O Lavrador de Café , 1934 óleo sobre tela, 100 x 81 cm Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (SP)


CANDIDO PORTINARI Café , 1935 óleo sobre tela, 130 x 195 cm Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, RJ)


CANDIDO PORTINARI Paisagem de Brodósqui , 1940 óleo sobre tela, 81 x 100 cm - Coleção Gilberto Chateaubriand


Portinari revela, desde o início da carreira, admira a obra de Picasso, que é renovada na década de 1940, após a visão de Guernica, o que pode ser percebido no uso dos tons de cinza, na teatralidade dos gestos, na criação de um espaço abstrato, na deformação pronunciada e no choque constante entre figura e fundo. Já na Série Retirantes o artista expressa a tragédia dos retirantes por meio dos gestos crispados das mãos e das lágrimas de pedra e a desarticulação das figuras, realizadas em um ritmo definido pelas linhas negras, com um fundo que tende à abstração em algumas obras. Pinta, em 1941, os painéis para a Libary of Congress [Biblioteca do Congresso] em Washington D.C. (Estados Unidos), com temas da história do Brasil. os painéis têm como protagonistas, mais uma vez, os trabalhadores, como em Descobrimento. Entre 1953 e 1956, realiza os murais Guerra e Paz (1953-1956) para a sede da ONU, em Nova York. Esses murais apresentam um resumo da iconografia do artista: neles estão presentes a mãe com o filho morto, os retirantes e os meninos de Brodósqui.

PABLO PICASSO, Guernica, 1937, 349 x 776 cm., óleo s/ tela, Museu Nacional Rainha Sofía, Madrid.


CANDIDO PORTINARI O Massacre dos Inocentes (painel da Rádio Tupi, SP) ,1943 Série Bíblica têmpera sobre tela 150 x 150 cm Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (SP)


CANDIDO PORTINARI Retirantes , 1944 óleo sobre tela, 190 x 180 cm Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (SP)


CANDIDO PORTINARI A Primeira Missa no Brasil (painel) 1948 - Têmpera sobre tela , 266 x 598 cm

VICTOR MEIRELLES Primeira Missa no Brasil 1860- óleo sobre tela 268 x 356 cm- Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, RJ)


CANDIDO PORTINARI Tiradentes (painel - detalhe) 1948 - 1949 - têmpera sobre tela. 309 x 1767 cm Fundação Memorial da América Latina (São Paulo, SP) Obs.:encomenda de Francisco Inácio Peixoto, destinada ao Colégio de Cataguases


DI CAVALCANTI(1897 - 1976) Em 1917, muda-se para São Paulo, onde realiza sua primeira exposição individual de caricaturas e faz ilustrações e capas para a revista O Pirralho. A efervescência cultural em alguns círculos modernos de São Paulo e a exposição de Anita Malfatti levam-no a retomar o estudo de pintura. Na década de 20, torna-se amigo de intelectuais (Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Guilherme de Almeida), sendo sua a idéia da Semana de Arte Moderna de 1922, para a qual cria o catálogo e o cartaz. Em 1923, viaja para Paris. Retorna ao Brasil em 1925. Passa a apresentar em sua pintura um uso mais acentuado da cor, iluminando a sua paleta.

DI CAVALCANTI Auto-Retrato , 1969 óleo sobre tela, c.i.d. 79,5 x 63,5 cm Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM RJ


DI CAVALCANTI -Samba , 1925 óleo sobre tela, 177 x 154 cm Coleção Geneviève e Jean Boghici


DI CAVALCANTI Meninas Cariocas , 1926 óleo sobre cartão, c.i.e. 52 x 44 cm


O diálogo com a obra de Pablo Picasso pode ser observado no porte volumoso e monumental dos personagens ou no tratamento dado às mãos e aos pés das figuras, como em Modelo no Ateliê, 1925 ou Cinco Moças de Guaratinguetá, 1930. Utiliza formas simplificadas e curvilíneas e cores quentes, em especial vários tons de vermelho. Defensor ardoroso da arte figurativa, em 1948 posiciona-se a favor de uma arte nacional e contra o abstracionismo, tendência que começava a expandir-se no país. DI CAVALCANTI Cinco Moças de Guaratinguetá 1930 óleo sobre tela,100 x 64 cm Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (SP)


DI CAVALCANTI , Mulher com Gato , 1966- óleo sobre tela, c.i.d.- 125,5 x 152,5 cm Coleção Particular



ALFREDO VOLPI (Lucca Itália 1896 - São Paulo SP 1988 Volpi visita a exposição de pintura moderna de 1917. Sua primeira exposição coletiva ocorre em 1925.

ALFREDO VOLPI - [Feira do Cambuci] , déc. 1920 óleo sobre tela, c.i.e. 20 x 25 cm Coleção Particular Reprodução fotografica Horst Merkel


Nos anos 30 participa, com o Grupo Santa Helena (formado por artistas que alugavam salas no edifício Santa Helena, na Praça da Sé) de excursões para pintar os subúrbios e de sessões de desenho com modelo vivo. Em 1937, a partir do contato com o pintor Ernesto de Fiori, aprende que o assunto da pintura e suas possibilidades narrativas não são tão importantes quanto seus elementos plásticos e formais. O uso de cores vivas e foscas e um tratamento mais intenso da matéria pictórica, surgem de diálogos com o artista ítalo-alemão

ALFREDO VOLPI - [Esquina, Centro de São Paulo] , início da déc. de 1930 óleo sobre tela colada sobre cartão, c.i.e. 39 x 49 cm Reprodução fotografica Romulo Fialdini


Na década de 1940, seu trabalho passa por uma rigorosa simplificação formal, mas a perspectiva sugerida no quadro não chega a representar a recusa da planaridade da tela. Nesse período, o caráter construtivo de sua pintura se afirma entre os planos das fachadas, telhados e paisagem.

ALFREDO VOLPI -[Casario com Esquina] , déc. 1940 têmpera sobre tela, c.i.e. 38,5 x 55 cm Coleção Particular Reprodução fotografica Romulo Fialdini


Participa das três primeiras Bienais Internacionais de São Paulo e, em 1953, divide com Di Cavalcanti , o prêmio de Melhor Pintor Nacional. Da série das fachadas surgem as bandeirinhas de festa junina, que, se tornam elementos compositivos autônomos. Participa, em 1957, da 1ª Exposição de Arte Concreta, mas nunca se prende ao rigor formal geométrico do movimento.

ALFREDO VOLPI - [Casario de Mogi das Cruzes] , déc. 1950 têmpera sobre tela, c.i.d. 116 x 190 cm Coleção Particular Reprodução fotografica Romulo Fialdini


ALFREDO VOLPI - [Fachada com Bandeirinhas] , déc. 50 têmpera sobre tela, c.i.d. 73 x 116 cm Coleção Particular Reprodução fotografica autoria desconhecida


ALFREDO VOLPI - [Bandeirinhas] , déc. 1960 têmpera sobre tela 72,5 x 101 cm Coleção Particular Reprodução fotografica Horst Merke


Modernismo Brasileiro PONTO 1: Situar o contexto em que ocorrerá a Semana de Arte Moderna de 1922. Ou seja, falar brevemente dos antecedentes. Estes seriam, o predomínio de uma produção artística, na pintura principalmente, da características academicistas. Isto em função da criação da Academia Imperial de Belas Artes em 1826 (o que significa o controle da atividade artística e a fixação rígida de padrões de gosto). Desta forma temos na arte produzida no Brasil, pintura principalmente, em termos FORMAIS imagens de realismo fotográfico e naturalista. Já em relação à TEMÁTICA, a pintura se caracterizará pelos temas de: paisagens, retratos (principalmente de nobres) e pinturas históricas (ou seja, pinturas que retratam grandes acontecimentos da vida política brasileira como a Primeira Missa no Brasil ou O Grito do Ipiranga). Entretanto, podemos dizer que já aparecem no final do século XIX algumas produções com características que as aproximam do “projeto modernista de 22” no que diz respeito, principalmente à temática. Artistas como Almeida Júnior voltam-se para um temática “nacionalista” ao retratar tipos tipicamente brasileiros:


ALMEIDA JÚNIOR Caipira Picando Fumo 1893. óleo sobre tela. 202 x 141 cm Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo/Brasil

ALMEIDA JÚNIOR- O Derrubador Brasileiro , 1879-óleo sobre tela, 227 x 182 cm Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, RJ)


Caipira picando Fumo e O Derrubador Brasileiro, telas de Almeida Júnior de temática “brasileira”, note-se porém que no aspecto formal as obras são realizadas sobre os preceitos do academicismo: - realismo fotográfico; - figuras e objetos de forma bem trabalhada e delimitada pelo desenho; - uso do claro-escuro na elaboração da pintura, enfatizando o aspecto tridimensional a partir da representação da luz e da sombra; - cuidado de representação de pequenos detalhes como, textura da madeira, pregas de tecidos, folhagens das árvores, etc.


PONTO 2: A exposição de Anita Malfatti. Considerada a grande precursora do Modernismo no Brasil, o trabalho de Anita se caracteriza pelo traços EXPRESSIONISTAS que diferenciam sua obra dos trabalhos de cunho acadêmico. Neste sentido podemos destacar: -pintura feita diretamente sobre a tela, sem que fosse feito um desenho para organizar a forma, por baixo; -pintura realizada de forma GESTUAL (lembrar que a pintura acadêmica tenta não deixar vestígios da sua feitura); -pinceladas e tinta, assim como os vários tons de uma cor utilizada visíveis; ausência de claro-escuro; -formas aparentemente “deformadas” em vista da realização da pintura com ênfase no gestual.


O Farol de Monhegan e A Estudante Russa obras de Anita de 1915.


A Exposição de Pintura Moderna - Anita Malfatti, realizada em São Paulo, entre 12 de dezembro de 1917 e 11 de janeiro de 1918, é considerada um marco na história da arte moderna no Brasil e o "estopim" da Semana de Arte Moderna de 1922, [...] Além das obras da artista, são apresentados trabalhos de nomes internacionais ligados às vanguardas históricas, como Floyd O'Neale, Sara Friedman e Abraham S. Baylinson (1882-1950). Desse modo, como indica o historiador Tadeu Chiarelli, a exposição deve ser entendida como uma "coletiva de arte moderna protagonizada por Anita Malfatti, e não uma individual da pintora". O impacto das telas de Anita tem a ver com seu aspecto expressionista, novo para os padrões da arte brasileira de então. [...] As telas expressionistas apresentadas por Anita Malfatti na Exposição de Pintura Moderna representam um conjunto inédito para o público da época. Nas obras expostas - como Homem Amarelo, por exemplo - são incorporados procedimentos básicos da arte moderna: a relação dinâmica e tensa entre a figura e fundo; a pincelada livre que valoriza os detalhes da superfície; os tons fortes e usados de forma não convencional; as sugestões de luz que fogem ao claro-escuro tradicional; e uma liberdade de composição. A novidade da pintora é apreendida pelos jovens artistas da época:


"Não posso falar pelos meus companheiros de então", indica Mário de Andrade (1893 - 1945), "mas eu, pessoalmente, devo a revelação do novo e a convicção da revolta a ela e à força de seus quadros". Em sentido semelhante, aponta Di Cavalcanti (1897 - 1976): "A exposição de Anita foi a revelação de algo mais novo do que o impressionismo". Se Lasar Segall (1891 - 1957) já havia exposto na cidade, em 1913, sua exposição parece ter passado despercebida naquele momento. Nesse sentido, o caráter de precursora do modernismo de 1922 é atribuído a Anita Mafaltti pelos críticos e participantes da Semana de Arte Moderna. Em A Gazeta de 13 de fevereiro de 1922, Mário de Andrade é, mais uma vez, enfático: "quem manifestou primeiro o desejo de construir sobre novas bases a pintura? São Paulo com Anita Malfatti". A imediata incorporação da pintora recémchegada pelos jovens modernistas pode ser aferida também pelo destaque a ela concedido na programação da Semana de Arte Moderna: Anita é a maior representação individual na exposição com 12 telas a óleo, oito peças entre gravuras e desenhos.


PONTO 3: Anita e a Semana de Arte Moderna de 1922


Com relação à semana de arte moderna de 1922, o principal a ser enfatizado é o caráter político do movimento que busca uma alteração da ordem vigente. Em termos políticos o Brasil passa por um período de revoltas e levantes além de industrialização e urbanização – em São Paulo principalmente – que começam a gerar idéias de alteridade na ordem político e nos valores morais, culturais e de comportamento. A grande inovação da semana é seu “discurso”sendo que em termos formais - no que diz respeito às artes plásticas – não se pode falar de uma estética moderna propriamente dita. Vale enfatizar o importante papel da literatura e da poesia neste movimento, bem como situar a semana em um momento de grande questionamento no País no que diz respeito às suas instituições o que, obviamente acarretará em nossa área questões tais como: o que viria a ser uma arte autenticamente “brasileira”. Com relação à obra de Anita cabe ressaltar que não apresenta grandes inovações plásticas, muito embora ainda cause impacto sua “desconstrução” da figura num trabalho de aspecto expressionista.


Tarsila do Amaral, contudo, apresenta o que – creio – mais possa se aproximar de uma arte “moderna” no sentido de ser inovadora plasticamente, apresentando soluções formais que não podemos remeter diretamente a nenhum movimento de origem europeu do período. Inovações formais na obra de Tarsila - elaboração de formas geometrizadas e simplificadas, lembrando em alguns aspectos a produção de artistas “ingênuos”; - uso de cores fortes (pelo menos para os padrões acadêmicos e para os padrões da pintura européia) e muitas vezes bastante chapada; - há uma ênfase no aspecto bidimensional da superfície pictórica, não usa a perspectiva nem o claro/escuro; -a composição, tanto pelas formas como pelo arranjo das mesmas possui um aspecto lúdico o que pode ser comum nas produções visuais contemporâneas mas não era usual na Arte até tal período.

Na obra de Anita e Tarsila, cabe destacar que, em obras posteriores à semana, irão voltar-se também para temáticas como a população e a paisagem brasileiras.



Sem programa estético definido, a Semana desempenha na história da arte brasileira muito mais uma etapa destrutiva de rejeição ao conservadorismo vigente na produção literária, musical e visual do que um acontecimento construtivo de propostas e criação de novas linguagens. [...] Na palestra proferida por Mário de Andrade na tarde do dia 15 [...] ocorre uma das primeiras tentativas de formulação de idéias estéticas modernas no país. [...] o autor antevê a importância de temperar o processo de importação da estética moderna com o nativismo, o movimento de voltar-se para as raízes da cultura popular brasileira. [...] a Semana de 22 não representa um rompimento profundo na história da arte brasileira. Pois no conjunto de qualidade irregular de obras expostas não se identifica uma unidade de expressão, ou algo como uma estética radical do modernismo. No entanto, há de se reconhecer que, a despeito de todos os antagonismos, esse evento configura-se como um fato cultural fundamental para a compreensão do desenvolvimento da arte moderna no Brasil.


PONTO 4: Desdobramentos do Modernismo: 4.a) Modernismo da caráter nacionalista: DI CAVALCANTI e PORTINARI A principal questão aqui é a produção de uma arte que tenta ser brasileira principalmente no que diz respeito à temática, sendo modestas no que diz respeito a inovações formais.



4.b) Modernismo concreto: VOLPI Chamar a atenção para o aspecto concreto desta produção que, do ponto de vista formal, poderíamos caracterizar como “moderna de fato”, ou seja produção de uma imagem que abre mão da representação dos aspectos visíveis do mundo e que se concentra em aspectos de composição da obra pictórica tais como formas, relação entre as formas e seus “vazios”(o que é a forma e o que é o vazio neste caso?!), relação entre as cores, uso de formas geométricas e de uma composição “equilibrada matematicamente”. Esta produção seria o exemplo mais próximo que teríamos da produção concreta de artistas tais como Mondrian, por exemplo. NOTA: todas as citações foram retiradas do site Itaú Cultural/ Enciclopédia Itaú de Artes Visuais)


BIBLIOGRAFIA LOPEZ, Luiz Roberto. Arte Brasileira. Projeto Cultural Unificado. P.Alegre, sd http://www.itaucultural.org.br/


QUESTÕES ENVOLVENDO EDUCAÇÃO ARTÍSTICA NAS PROVAS DO ENEM


ENEM -2002-

GABARITO: (E)


ENEM - 2003

GABARITO: (E)


ENEM - 2004

GABARITO: (E)


ENEM - 2005

GABARITOS: (C) e (C)


ENEM - 2007

GABARITO: (C)

GABARITO: (C)

GABARITO: (E)


ENEM - 2008

GABARITO: (D)


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