Jornal ESCrito n.5

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Maio de 2005 Ano I – Nº 5 Preço: 1/2 Casquilho

De A a Z: nos Casquilhos com todas as letras

A origem do nome e do símbolo da escola - p. 4 ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS - BARREIRO


Ano I, nº 5, Maio/2005

Neste número Banco alimentar ............................ 2 Perfil / Editorial............................. 3 As nossas origens .......................... 4 Feira Pedagógica 2005 .................. 5 O Paulo vai-se embora .................. 6 Preso por um cordel....................... 6 Cinema ......................................... 7 De A a Z ....................................... 7 Lembrando Paulo Abrantes ........... 8 Centrais – Casquilhos ................... 9 Visita de Estudo Alqueva ............ 13 Dia-a-dia ..................................... 14 Eleições ...................................... 16 Três anos se passaram ................. 17 Desporto ..................................... 18 Passatempos ................................ 19

Este é o último número do ESCrito do presente ano lectivo, pela primeira vez com 20 páginas. Quando avançámos, cinco números e cinco meses atrás, fizemo-lo com um estatuto editorial definido, com lançamentos antecipadamente calendarizados (e escrupulosamente cumpridos), com propostas de temas para cada edição (por vezes, reformuladas), com ideias precisas sobre quem devem ser os redactores (os alunos, claro) e quem são os nossos leitores. Cada vez que vinham ter connosco perguntando pelo próximo número, tínhamos a certeza que este projecto ia por bom caminho. Porque é da mais elementar justiça, não podemos deixar de expressar neste momento o nosso reconhecimento ao Conselho Executivo cujo apoio, nomeadamente material, foi importantíssimo. A todos os que colaboraram connosco (e foram muitos ao longo destes meses), o nosso muito obrigado. O fim do ano lectivo vai ser um momento de reflexão para tentar melhorar este projecto. Esperamos voltar em Outubro, com novos temas, outras notícias, mais ideias. A todos, boas férias.

Banco Alimentar Contra a Fome por Renato Albuquerque

Quando falamos de fome não nos referimos àquele apetite que nos surge quando acabámos de digerir os cereais, o iogurte, o pão com chouriço ou o hamburger comido à pressa. A fome de que falamos é aquela situação diária, permanente, endémica que afecta milhões de seres humanos um pouco por todo o lado, principalmente em África e na Ásia, mas também em Portugal. Quando se fala de fome costuma-se citar o provérbio chinês, Quando vires um homem com fome, não lhe dês um peixe; dá-lhe uma cana e ensina-o a pescar. Sábias palavras mas que não resolvem o problema de quem não tem sequer forças para se deslocar à procura de ajuda.

A ideia do Banco Alimentar Contra a Fome (um conjunto de pessoas que recolhe e distribui voluntariamente alimentos, levando-os a quem necessita) surgiu em 1966, em Phoenix Arizona, tendo aparecido na Europa em 1984 e em Portugal em 1992 com a abertura do primeiro Banco em Lisboa. Nos passados dias 7 e 8 de Maio procedeu-se a nova recolha de alimentos junto dos consumidores das grandes superfícies, tendo vários alunos desta escola colaborado voluntariamente nesta iniciativa. Os portugueses, apesar da crise, mostraram a sua solidariedade e bateram os recordes dos anos anteriores. Ficamos todos com a nossa consciência um pouco mais aliviada até à próxima recolha…

Ficha técnica  Coordenação: Ana Santiago (prof. 8ºB); Renato Albuquerque (prof. 10ºA).  Redacção: Ana Beatriz Santos (10ºH); Ana Arêde (10ºH); André Galvão (11ºE); Catarina Santos (11ºE); Cátia Duarte (10ºH); Daniela Ferreira (10ºH); Joana Alves (10ºH); Rute Jael (11ºD).  Colaboraram neste número: Andreia Pinheiro (10ºB); Bruno Regalo (Prof. Ed. Fís.); Custódia Abreu (10ºB); Dora Pinto (Prof. 1º G.); Departamento de Línguas Germânicas; Isabel Lopes (Prof. 11ºB); Jorge Duarte (Prof. 5º G.); Lígia Varandas (GAOE); Mária Correia (Prof. 1º G.); Paula Esteves (Prof. 1º G.); Paulo Nunes (Prof. 5º G.); Renato Bessa (10ºH)  Fotos: 10ºB; Ana Garrido (Prof. 8ºB); Helena Oliveira (Prof. 5º G.); Renato Albuquerque (Prof. 10ºA G.); Valérie Faucilhon (ALPC).  Maquetagem: ReAl.  Impressão: Serviços de Reprografia da Escola.  Capa: Tratamento gráfico de ReAl.  Correspondência: Jornal ESCrito. Escola Secundária de Casquilhos. Quinta dos Casquilhos. 2830-046 BARREIRO  Telef.: 212148370  Fax:212140265  E-mail: jornal@esec-casquilhos.rcts.pt  Horário: Sala D11 - segundas, das 12:00 às 15:00; quartas, das 8:30 às 10:00

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Ano I, nº 5, Maio/2005

Perfil por Ana Santiago

As Três Mosqueteiras A Ana, a Vera e a Jin conhecem-se desde a primária. Resolveram chegar juntas aos Casquilhos e assim permanecem, desde o 7.º ano até ao 12.º que actualmente frequentam. São amigas e colegas, mas são sobretudo cúmplices de um sonho partilhado. A Ana, a Vera e a Jin não gostam da palavra impossível. Estão determinadas a ingressar no curso de Medicina na Universidade de Lisboa e, para isso, estudam. A Ana e a Vera estudam muito. A primeira só se perde um pouco com o computador; já a segunda consegue aliar o estudo ao prazer de ouvir música ou ver televisão, o seu pecado maior. A Jin confessou-me que não estuda assim tanto, já que trabalha diariamente no restaurante da família. Nasceu na China, perto de Xangai, mas quer continuar por cá. É tão pouco comum concentrar tanta excelência (médias de 19) que apenas uma pôde beneficiar da viagem oferecida anualmente pelos Rotários ao melhor aluno de cada escola – a Ana foi a felizarda que partiu rumo a Nantes, dignificando o nome da escola com o seu sucesso. A Ana, a Vera e a Jin são o exemplo de que nem tudo vai mal no ensino. Devemos pensar nelas sempre que o pessimismo ensombra as conversas nos corredores. Temos de pensar nelas sempre que os nossos queixumes se sobrepõem à felicidade de pertencer a esta escola. Pensemos nelas sempre que necessitarmos de um elixir de confiança e auto-estima. A Ana, a Vera e a Jin estão a caminho da terra prometida, aquela onde só chega quem acredita, quem luta. Para o ano, acredito que atravessarão o rio todos os dias. Também acredito que a Ana vai continuar a surpreender-nos, a Vera não perderá a alegria das suas raízes cabo-verdianas e a Jin continuará a sorrir, todas as noites, enquanto ajuda os pais, sem um queixume.

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Jin Yao Yao, Ana Patrícia e Vera Lúcia, 12º B

Editorial por Ana Santiago e Renato Albuquerque

O editorial do último número deste ano lectivo foi escrito como o primeiro, a quatro mãos… Cheguei à escola em 1970. Na época eu contava três anos de vida e este espaço feliz era um colégio – o Externato Diocesano Manuel de Mello. Costumo dizer que nunca mais de cá saí. É uma meia-verdade, pois sempre fui saltitando um pouco, mas vi a escola crescer comigo. Quando adolescente, quis voltar para o Liceu, a escola de sempre da minha mãe e o meu palácio encantado da infância. Mais tarde, voltei como professora. Sabem, os cheiros e as cores ainda são os mesmos e é deles que vos tento falar em cada número do Jornal. Em 30 anos, a escola amadureceu; com algum sofrimento vimos partir muitos dos que construíram a sua identidade, mas continuamente vemos chegar outros que a reforçam. É esta escola feliz que partilhamos neste número do ESCrito. Perguntam-me: como é que alguém que nasceu em Lisboa, que passou os primeiros dezoito anos da sua vida a olhar para as colunas negras de fumo e de poluição que se levantavam do outro lado do rio e que na altura morava no Cacém vem parar ao Barreiro e a esta escola? O que me apaixonou foram, primeiro que tudo, as pessoas: a Guilhermina, a Fernanda, a Alda, a Angelina, tantos outros professores desta escola que me adoptaram como se fosse da casa; o João, o Carlos, o Zé Paulo, a Ana, a Carla, tantos alunos que sem serem meus alunos me aceitaram como seu igual. Depois, a paixão alargou-se aos espaços: como é possível que alguém não se apaixone pela luz, pela cor, pelo calor desta escola? Como não gostar de uma vila/cidade tocada pelo Tejo, com a capital à distância de um barco que só se toma quando se quer? O empenho, o carinho que tenho posto neste projecto de jornal escolar, nestas 5 edições em 5 meses, é, para mim, uma forma de devolver à escola a ternura que dela recebi.

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Ano I, nº 5, Maio/2005

Casquilhos: as nossas origens por Renato Albuquerque, prof. 10ºA G.

O nome

O símbolo

Quando os quadros da CUF solicitaram uma escola para os seus filhos poderem estudar, o terreno que foi cedido para esse efeito era já conhecido como Quinta dos Casquilhos, nome que terá, eventualmente, derivado da mata aqui existente e que forneceria madeira para a construção naval já desde o tempo dos Descobrimentos. Desde que “nasceu”, a nossa escola foi Colégio Diocesano Manuel de Mello, secção do Barreiro do Liceu de Setúbal, Liceu do Barreiro e, já depois do 25 de Abril, Escola Secundária do Barreiro. Em 1992 o Ministério da Educação, verificando que havia várias escolas secundárias no mesmo concelho e que tal facto provocava as inevitáveis confusões, obrigou a que todas adoptassem um patrono ou um nome diferente do nome do seu concelho. Verificando-se que os barreirenses continuavam a designar a nossa escola como o Liceu ou a escola dos Casquilhos, os órgãos de gestão propuseram ao Ministério que esta se passasse a designar Escola Secundária de Casquilhos – Barreiro, o que foi aprovado pelo Despacho 183/SERE/92. Ainda hoje a escola continua a ter a sua morada na Quinta dos Casquilhos.

Nos últimos anos da Escola Secundária do Barreiro, tinha sido adoptado um símbolo (um lápis estilizado composto pelas letras ESB) que ficou desactualizado quando a escola mudou de nome. A tipografia que trabalhava para a escola chamou a atenção para esse facto e, de um dia para o outro, foi pedido pelo Conselho Directivo ao Jorge Gavancha, na época, aluno de artes da nossa escola, que criasse um novo símbolo para figurar nas folhas de teste. Esse símbolo teve tanto sucesso que, a pouco e pouco, foi-se transformando no símbolo da escola e passou a figurar em todos os documentos, envelopes, etc.

Símbolo da Escola - Descrição O logótipo da Escola Secundária de Casquilhos – Barreiro inscreve-se num quadrado sem contorno desenhado. No quadrante inferior direito, ligando-se a um arco da mesma cor castanha e dele saindo, desenham-se 4 raízes com as suas ramificações, simbolizando a ligação da escola ao seu meio envolvente, de onde vêm os seus alunos, onde eles aprenderam os seus primeiros conhecimentos e onde a escola tem as suas raízes. Dessas raízes arranca um arco, grafismo protector intimamente associado ao útero materno, simbolizando a escola que acolhe os seus alunos para que aí cresçam e se desenvolvam enquanto jovens e futuros cidadãos. Dentro desse arco, também a castanho, encontram-se as iniciais da escola. Nas letras "E" e "C" utiliza-se um tipo de letra de bastão, em que as respectivas hastes se encontram com o resto da letra em rigorosos ângulos rectos, simbolizando o rigor e a rectidão na aplicação dos princípios primordiais da educação: o respeito, a justiça, a equidade,... Entre estas letras, na mesma cor castanha, desenvolve-se a letra "S", surgindo das raízes e interrompendo o arco anteriormente referido, simbolizando a abertura da escola ao mundo exterior, num movimento dinâmico, aberto à mudança e à inovação. O arco termina no quadrante inferior esquerdo onde 8 folhas, com contornos a verde e preenchidas na mesma cor em metade de cada uma delas, simbolizam o florescer dos conhecimentos obtidos pelos nossos alunos e que, no final do ciclo de estudos/final do arco, regressam à comunidade, para a enriquecer e a ajudar a desenvolver. O logótipo representa, em suma, a ligação da escola ao meio envolvente, fazendo ainda alusão à ligação ao espaço verde existente dentro e fora da própria escola e com o qual a escola se identifica.

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Feira Pedagógica 2005 A Câmara Municipal do Barreiro vai organizar a IV Feira Pedagógica e a nossa escola vai estar novamente presente. A Feira decorre entre 30 de Maio e 5 de Junho no Parque da Cidade, junto ao Auditório Municipal, com o seguinte horário: todos os dias, das 9:30 às 12:30 e das 21:00 às 22:30; fim-de-semana, também das 16:00 às 19:00. Por mais que seja santa… A guerra é a guerra (Fausto, Por Este Rio Acima) Guerra e Paz foi o mote escolhido para as actividades Maqueta do pavilhão dos Casquilhos na Feira desenvolvidas na escola no âmbito do Comercuzolhos 2005. Pedagógica 2005 (prof.ª Helena Oliveira) Nesse sentido, os professores Ana Santiago, António Soares, Carina Silva e Jorge Paulo Gonçalves desafiaram um grupo de alunos de várias turmas para uma apresentação de palavras e melodias de guerra e paz. Uma vez que os ensaios ainda estão a decorrer, não queremos, para já, desvendar tudo o que vai acontecer. Este espectáculo poderá ser visto no próximo dia 31 de Maio, às 10.00, no Auditório da escola, ou no dia 2 de Junho, às 21.00, no Auditório Municipal Augusto Cabrita (Parque da Cidade). NÃO FALTES. O Departamento de Geografia irá apresentar duas exposições: Como cuidamos das crianças (apresentação num planisfério de alguns indicadores sobre as crianças) e Regiões deprimidas de Portugal Continental – Problemas e Potencialidades (trabalhos dos alunos do 11º D e E, mapa com dados estatísticos dessas regiões). Todos os departamentos irão expor trabalhos de alunos, embora se preveja que o espaço seja escasso e haja necessidade, por isso, de ir rodando os mesmos ao longo dos dias. A professora Isabel Seruca prossegue as suas actividades de divulgação de Origamis, todas as manhãs, no recinto da Feira. O nosso Jornal também estará presente durante as manhãs e irá ter todos os números deste ano à venda. Para além disso, prometemos uma surpresa a todos os que nos queiram visitar. O grupo responsável pela rádio da escola irá também ter o seu momento de intervenção, embora ainda não se saiba em que dia(s). Os alunos que se apuraram para a final do campeonato de Abalone e de Ouri irão também disputar essa prova no espaço em frente ao “pavilhão” da nossa escola. São eles: Abalone – Miguel Neves, Paulo Ferreira, Sofia Fonseca, David Pereira e Miguel Pinheiro, todos do 7.º A, e Fábio João, do 7.º D; Ouri – Telma Mota e Luzia Lampreia, do 7.º A, Eliza Sousa, do 8.º A, e Wilson Damião, do 8.º B. Segunda-feira, dia 30, e quarta-feira, dia 1 de Junho, a nossa escola irá apresentar o Percurso de Contadores de Histórias, sempre às 10:30, junto ao lago. A iniciativa é da professora Carina Silva e do animador Júlio Mesquita. Dia 3 de Junho, sexta-feira, durante a manhã, a turma de Animação Social do 11º Ano (turma D) irá desenvolver actividades de pintura criativa com as crianças que visitarem a Feira. Esta mesma turma é também responsável pelo cenário do espectáculo Guerra e Paz de dia 31. Mais uma vez a nossa escola promove uma Queimada Galega (festa de convívio com uma bebida típica do norte da Península), desta vez no dia 3 de Junho, sexta-feira, à noite. Esta é a melhor maneira de terminar uma semana de trabalho.

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O Paulo vai-se embora Entrevista por Catarina Santos, 11.º E

Não é tanto pela sua faceta de motard, pelo brinco na orelha ou pelo físico musculado; a sua juventude, boa disposição e linguagem mais próxima dos alunos faz com que o Paulo, apesar de estar na escola há pouco tempo, seja já um funcionário conhecido de todos eles. Por isso, quando soubemos que o Paulo se ia embora para trabalhar como motorista do Ministério da Defesa, ao serviço de um qualquer general ou brigadeiro, ficámos surpreendidos e fomos entrevistá-lo. ESCrito - Desde quando está na escola? Paulo - Estou na escola desde Setembro de 1999. ESC - Quais as suas funções? P - As minhas funções são de Auxiliar de Acção Educativa mas também faço a manutenção da escola (arranjo de estores, torneiras, etc.) ESC - Porque decidiu sair da Escola dos Casquilhos? P - Porque procurava estabilidade profissional e concorri a um concurso onde fiquei em primeiro lugar, tendo sido chamado. ESC - Qual foi o aspecto de que gostou mais na Escola? P - Gostei de todos os aspectos: de lidar com alunos, professores e com colegas. ESC - E o aspecto de que gostou menos na Escola? P - O aspecto menos positivo foi a falta de recursos materiais e humanos para fazer tudo o que é preciso na escola. ESC - Do que vai ter mais saudades? P - Vou ter saudades do ambiente da Escola e do convívio com os meus colegas. Pois é: o brinco já se foi (o Ministério da Defesa não gosta dessas coisas), a seguir há-de vir o fato e a gravata (o emprego vai obrigá-lo a isso), mas se, um dia, virmos um general a ser transportado à pendura de uma moto creme, temos a certeza que debaixo do capacete do condutor vai o Paulo. Felicidades para ele.

Preso por um cordel por Valérie Faucilhon

Nos dias 7, 8, 14 e 15 de Maio diversos alunos da nossa escola que têm vindo a participar no Atelier de Teatro, orientado por Júlio Mesquita, participaram nas filmagens da curta-metragem Preso por um cordel. Este trabalho, da realizadora Lina Galrito, aluna do curso da Escola de Comunicação Social de Lisboa, contou com a participação do Toni Peres (10.º C), da Soraia Burrinha (11º B) e ainda da Tânia, do Luís e do João. Está previsto o visionamento da obra na escola, com a presença da realizadora, quando os trabalhos de montagem e sonorização estiverem concluídos.

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Cinema: Velvet Goldmine por Ana Beatriz Santos, 10.ºH

No dia 23 de Maio de 2005, à tarde, no auditório da escola, o clube de cinema exibiu o filme Velvet Goldmine. Este filme é chocante e para maiores de 18. Uma escolha um pouco desadequada à assistência que não estava preparada para um filme daquele “porte”, colocando “em transe” muitos dos que assistiram à projecção. Não há dúvida que este filme marcou a história do nosso auditório! A história é aparentemente simples. Em 1984, em Nova Iorque, o jornalista Arthur Stuart (Bale) é escolhido para realizar um trabalho de investigação para um artigo, destinado apenas a ocupar espaço no jornal. A peça consiste em descobrir o que aconteceu a um dos mais importantes artistas britânicos do glam rock, Brian Slade (Rhys Meyers) que, depois de uma carreira de sucesso nos anos 70, desaparecera de cena, súbita e dramaticamente. Stuart vai reviver, não só a história do glam, mas também as suas próprias memórias de adolescente fascinado pelo movimento e por algumas das estrelas desse firmamento, como Jack Fairy (Micko Westmoreland) ou Curt Wild (Ewan McGregor). Sem querer entrar em detalhes específicos ou aprofundar o enredo do filme, podemos afirmar que o realizador Todd Haynes fez mais um filme sobre a "aceitação" da homossexualidade do que sobre o glam rock. Aceitação aqui deve ler-se no sentido de enfrentar e assumir a própria sexualidade. Como curiosidade, acrescentemos que o título do filme é retirado de uma canção de David Bowie editada, contra sua vontade, em 1975, no lado B de um disco.

De A a Z: a capa deste número fotos e legenda por Renato Albuquerque, prof. 10.ºA G.

A – o nosso Auditório: 50 lugares, projector VHS, DVD, PC, som B – Balneários, masculinos e femininos C – Comeruzolhos, semana cultural da escola D – Desporto Escolar E – ESCrito, o nosso jornal escolar F – Flores, flores por todo o lado G – (mini) Ginásio H – Hexágonos do bloco B, ideia do arquitecto Formozinho Sanchez, 1961 L – Lago, habitat de peixes, rãs e patos do Parque da Cidade M – Minerva, a deusa da sabedoria que saúda todos à entrada da escola N – Namoro; Ninhada de patos alimentados pela escola até serem suficientemente autónomos para se defenderem dos ataques das gaivotas O – Ouri, jogo africano para estimular o raciocínio Q – Química (Laboratório) R – Refeitório e cozinha; Relvado S – Sala de professores; Sala de alunos; Secretaria, aberta mesmo à hora de almoço T – TIC (sala D10) V – Varanda sobre o relvado com vista para o Parque da Cidade e a Quinta da Lomba W – Wir Sprechen Deutsch (Falamos alemão) na sala A6.

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Lembrando Paulo Abrantes por Mária Correia, prof.ª 1º G.

Com este artigo deseja-se apresentar, a quem não o conheceu, o professor Paulo Abrantes. No ano lectivo de 1979/80, Paulo Manuel Caetano Abrantes leccionou na Escola e foi aqui que fez a sua profissionalização. Nasceu a 3 de Janeiro de 1953 e foi um excelente aluno, brilhante, dizem alguns, quer no estudo quer no movimento estudantil. Chegou mesmo a assumir o lugar de Presidente da Associação Académica da Faculdade de Ciências, em Lisboa. Durante 5 anos, logo após a conclusão da sua licenciatura, foi professor de Matemática do Ensino Secundário. Notabilizou-se pelos manuais escolares que escreveu (juntamente com o professor Raul Fernando, que também leccionou na nossa Escola e falecido no mesmo ano), a conhecidíssima série dos MM: M7 para o 7.º ano de escolaridade, M8 para o 8.º ano, etc. Esta série de livros assumiu um carácter profundamente inovador e constituiu um caso de sucesso e aceitação entre 1980 e 1993, quer pelos alunos, quer pelos professores, dando um grande e decisivo contributo para a inovação do ensino da Matemática em Portugal e valorizando a resolução de problemas. O grande interesse pela resolução de problemas e a sua convicção de que os alunos poderiam ser fortemente estimulados por esta actividade levou-o a assumir um papel fundamental na organização das Olimpíadas da Matemática no nosso país. Após deixar o Ensino Secundário ingressou na faculdade de Ciências e organizou um outro projecto também inovador para o ensino da Matemática, o MAT 789. Orador excepcional, pessoa de grande dinamismo e simpatia, foi um dos elementos fundador da APM (Associação de Professores de Matemática), assim como do GREM (Grupo Para a renovação do Ensino de Matemática). Nos últimos anos (1999-2002) assumiu o lugar de Director Geral do Ensino Básico. Com o seu falecimento, em 14 de Julho de 2003, a educação Matemática portuguesa perdeu, sem dúvida, uma das suas figuras mais emblemáticas e destacadas. Agora que tive o prazer de avivar a memória, penso como fui privilegiada pelo contacto que com ele tive e pelos desafios que ele colocava.

A minha lembrança do Paulo é feita de vários pequenos apontamentos colhidos ao longo dos anos em que me deu o privilégio da sua amizade: a primeira vez que o vi vinha no seu velho FIAT 128 branco que conduzia com a boa disposição de sempre; lembro-me dele como fumador inveterado, sempre de cigarro na boca; como pai “babado” quando lhe nasceu o Manel e que contava, mais tarde, que esse filho tinha aprendido o alfabeto através das matrículas dos carros; como cidadão militante que acreditava num mundo melhor e que não se

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limitava a ver esse mundo passar à sua frente; lembro-me da sua disponibilidade para os amigos (numa das minhas mudanças de casa grande parte da tralha ficou a aguardar na sua garagem que a pudesse ir buscar); lembro-me da sua paixão pela música: penso que a última vez que o vi foi num concerto do Chico Buarque. Onde quer que esteja, deve andar à procura de matematizar a realidade. Saudades, Paulo por Renato Albuquerque, prof. 10ºA G.


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A Nossa Escola por Ana Arêde, Cátia Duarte e Renato Bessa, 10.º H

Era uma vez… visto que não temos nenhuma frase inicial melhor para falarmos deste tema, decidimos começar por esta conhecida expressão. Portanto, era uma vez o verdejante e agradável espaço da Escola Secundária de Casquilhos onde trabalham alegremente, e em conjunto, professores, auxiliares e alunos… Como já todos devem saber, a nossa escola está dividida em blocos individuais e possui um amplo espaço verde. Têm de admitir que é uma agradável alternativa aos labirínticos e intermináveis corredores da maior parte das escolas secundárias desta cidade. Comecemos então por descrever os pontos mais “quentes” da nossa escola: O pátio – é um espaço amplo, alcatroado, com árvores que adoram deixar cair bolotas em cima das nossas cabeças. O pátio é o principal ponto de encontro e de convívio e está sempre inundado de gente. É daqui que vemos quem entra e sai da escola, temos acesso a todos os blocos da escola e, mais importante, vemos passar os professores quando vão para as salas de aula. O bar – tem o aspecto de um pequeno café, mas distingue-se de todos os outros graças a uma agradável esplanada, com uma vista de bilhete-postal, onde, nos dias de calor, sabe bem estar. A vista para o parque – toda a nossa escola tem vista para o Parque da Cidade. O que é muito agradável naqueles dias em que nos apetece estar em todo o lado menos na escola. O eucaliptal – é uma instituição, um exemplo de resistência. Faz parte do percurso de Educação Física, mas poderia estar em melhor estado de conservação. Em toda a escola existem vários locais de passagem e muitos outros onde podemos permanecer durante o intervalo ou quando não temos aulas. É caso para dizer que, apesar de não ser um reino com príncipes e princesas, a nossa escola tem um espaço de encantar.

Bichos e rochas… por Isabel Lopes, coordenadora do Departamento de Ciências Naturais

Grande parte do interesse que as pessoas demonstram pela Biologia é devido principalmente à diversidade que os seres vivos apresentam, no desafio de tentar compreender diferenças, semelhanças, princípios, enfim, toda a beleza e magia da Vida. A Geologia, por outro lado, cativa pelo brilho e cor de minerais e rochas; pela curiosidade, beleza e perigo dos fenómenos vulcânicos… Estes aspectos são uma motivação suplementar para o estudo destas disciplinas. O departamento de Ciências Naturais tem assim a responsabilidade de, no âmbito das “suas” disciplinas, evitar a prática de uma Ciência estática e descritiva. A nossa escola apresenta um espaço ímpar, um Parque Natural rico em vegetação e (micro)fauna, que é, desde logo, uma mais valia para aulas diferentes, além de um recurso inesgotável de materiais biológicos para o trabalho prático. Além disso, existe ainda um conjunto de outras infraestruturas privilegiadas com materiais e equipamentos específicos. Podemos referir os laboratórios de Biologia (microscópios, lupas, estufa, balanças, modelos anatómicos, mapas, diapositivos, DVDs, televisor, leitores de vídeo e DVD, computador com ligação à Internet, etc.) e de Geologia (diversas colecções de minerais, rochas e fósseis; material específico para a prática de aulas de campo como martelos de geólogo, bússolas, etc.) que permitem uma diversidade de práticas pedagógicas. A descrição feita está repleta de razões para a frequência destas disciplinas neste espaço privilegiado que é a Escola Secundária de Casquilhos.

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Ano I, nº 5, Maio/2005

Ano I, nº 5, Maio/2005

Núcleos de estágio

É preciso cá estar As artes na ESCola por Ana Beatriz Santos, 10.ºH

Quisemos saber o que se falava sobre os Casquilhos, nos Casquilhos. Para isso, o ESCrito saiu ao pátio, armado com o gravador e um bloco de notas: o gravador para quem emprestou a voz para dar opinião e o bloco de notas para escrever as variadas razões que tornam esta escola tão especial! Temos de começar por algum ponto, e nada melhor do que o espaço que nos rodeia dia após dia. Com o Parque da Cidade e o nosso próprio verde como pano de fundo, partilhamos diariamente um espaço visualmente positivo, onde é um prazer conversar, passear e aproveitar os tempos livres. Os recantos intermináveis que se descobrem, perdidos na nossa escola, os pontos de encontro da “praxe” (como o pátio ou a varanda do bar dos alunos) e os blocos que “pintalgam” a nossa escola são algumas das imagens de marca que a tornam tão característica. Quanto ao ensino, a escola possui ofertas exclusivas, como os cursos de Construção Civil e de Marketing. No ramo das Artes, os Casquilhos são também uma escola de referência, sendo frequentemente escolhida como a favorita dos futuros artistas: “Além de ter de mudar de escola quando passei para o secundário, esta escola surgiu logo como a escolhida para o curso que eu quero seguir.” (Tânia Pacheco, 10º D). No entanto, muitas das razões para aqui se estar só são descobertas quando se “está” realmente.

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por Paulo Nunes, prof. 5.º G.

Os cursos de Artes Visuais do ensino secundário foram introduzidos na escola no início da década de 1990 tendo, desde então, consolidado a sua implantação no conjunto de cursos gerais que a escola oferece, merecendo uma preferência sempre crescente por parte dos alunos. Esta tradicional vocação para o ensino das artes que a escola tem evidenciado deve-se não só a um quadro estável de professores competentes e preocupados com a qualidade do seu desempenho e a motivação dos alunos, como também às privilegiadas características dos espaços físicos e naturais da escola (com amplas e diversificadas áreas verdes) e às razoáveis condições das suas instalações e equipamentos que proporcionam ambientes de trabalho muito aceitáveis. A sublinhar o trabalho desenvolvido ao longo destes anos estão realizações como a “Semana da Escola – Comercuzolhos”, o Laboratório de Fotografia, os Ateliers e as Oficinas temáticas orientadas por professores de formação especializada, as visitas de estudo, as exposições e intervenções e também as actividades regulares no campo das Artes Performativas desencadeadas na Oficina de Expressão Dramática que completam todo um quadro de oferta curricular abrangente no domínio das Artes.

Oficina de línguas

Um núcleo de estágio é constituído por um ou dois professores orientadores e por professores estagiários. Os primeiros são professores do quadro de nomeação definitiva ou de zona pedagógica e têm como funções acompanhar, orientar e avaliar a integração e a prática lectiva dos professores estagiários. Estes, por seu turno, são meio professores meio alunos, já que continuam a frequentar as faculdades a que pertencem, onde são avaliados pelas suas competências científicas, ao mesmo tempo que se iniciam na aventura do ensino, obtendo uma classificação final pelas suas práticas pedagógicas na escola. No actual ano lectivo existem na escola três núcleos de estágio: Núcleo de estágio de Português/Francês, em parceria com a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Núcleo de estágio de Inglês/Alemão em parceria com a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Núcleo de estágio de Biologia/Geologia em parceria com a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

pelo Departamento de Línguas Germânicas

Vivemos num mundo global onde a Língua Inglesa tem uma importância crescente devido, essencialmente, ao desenvolvimento tecnológico ao qual está intrinsecamente associada. Contudo, apesar do contacto com a tecnologia ser uma constante na vida dos nossos alunos, especialmente devido ao uso da Internet, verificamos que, cada vez mais, apresentam dificuldades no domínio desta língua. Assim, surgiu a ideia de se criar na escola um espaço onde estão disponíveis professores de inglês e que permite aos alunos colmatar esta lacuna da sua aprendizagem e, simultaneamente, motivá-los para o estudo da língua. Para além disso, a Oficina de Línguas pretende ainda preencher os tempos livres dos alunos de uma forma lúdica e, ao mesmo tempo, produtiva através do contacto com materiais atractivos e estimulantes. A Oficina de Línguas é também um espaço aberto aos alunos que estudam a língua alemã, língua esta que tem vindo a ganhar um papel extremamente relevante, facto que está associado à importância da Alemanha no quadro único da União Europeia. Salientada que está a importância deste espaço, reiteramos a ideia que a frequência da Oficina de Línguas é algo que deves ponderar ao longo do teu percurso escolar.

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Ano I, nº 5, Maio/2005

O Laboratório de Matemática por Paula Esteves, coordenadora do Departamento de Matemática

Na nossa Escola existe um Laboratório de Matemática que se situa na sala E7. Este Laboratório está equipado com vários computadores (com ligação à Internet), calculadoras gráficas e muitos jogos (“Abalone”, “Ouri”, “Uno”, …), além de outros materiais. Para aumentar o sucesso escolar, os alunos do 3º Ciclo da nossa escola usufruem nesta sala de mais 45 min por semana da disciplina de Matemática, estando a turma desdobrada em metade, possibilitando a utilização das novas tecnologias na sala de aula e existindo um acompanhamento mais personalizado, mesmo em termos de fazer desaparecer dúvidas sobre a “matéria”. Existe também um Clube de Matemática na nossa Escola, com um horário específico, que funciona neste Laboratório. Os alunos podem frequentar este Clube voluntariamente e sempre que acharem necessário, quer para esclarecerem dúvidas da “matéria” de Matemática (desde o 7º ao 12º anos), quer para jogarem os jogos aí disponíveis, quer mesmo para fazerem os trabalhos ou consultarem a Internet. Neste horário está sempre presente, pelo menos, um professor de Matemática. Esta é uma oportunidade para esclareceres as dúvidas!

O G.A.O.E.

pela psicóloga Lígia Varandas

O Gabinete de Apoio e Orientação Escolar tem como objectivo global orientar os jovens na resolução de problemas de inserção ou reinserção escolar e profissional, assim como intervir a nível psicopedagógico, tendo também como outras actividades: Aplicação de programas de orientação escolar e profissional a alunos interessados, em particular aos alunos do 9º ano. Informação e Orientação aos alunos do 12º ano sobre o acesso ao ensino superior e a necessidade de se prepararem para o mundo do trabalho, entre outros. Colaboração com os professores, pais e funcionários no sentido de apoiar o processo de alunos, em especial, com o professor dos apoios educativos. É de salientar o aumento significativo da procura dos serviços deste gabinete por parte de alunos e professores e os resultados positivos que daí têm advindo.

doze


Ano I, nº 5, Maio/2005

Visita de Estudo ao Alqueva por Andreia Pinheiro e Custódia Abreu, 10.º B

Finalmente, o dia da visita, o dia 23 de Maio, chegou. Todos os alunos chegaram à hora previamente marcada para apanhar o autocarro. E lá fomos em direcção ao Alentejo profundo. Às 9:30 já estávamos a chegar a Évora, onde tivemos a oportunidade de apreciar algumas belezas arquitectónicas, como o Templo de Diana, a Sé e a Praça do Giraldo. Évora – Templo de Diana Prosseguindo a nossa viagem, fizemos uma nova paragem, desta vez junto à povoação medieval de Monsaraz. Infelizmente não tivemos tempo de entrar dentro das muralhas para conhecermos as belezas que se adivinhavam. No entanto, dada a altitude a que nos encontrávamos, pudemos contemplar a grandiosa paisagem da Albufeira do Alqueva, que já banha Monsaraz, bem como terras de Espanha e a povoação de Mourão. Monsaraz Seguiu-se o almoço, na Escola Secundária de Moura que, diga-se de passagem, fica muito aquém do que é servido na nossa escola. Após o almoço, fomos à descoberta dos nossos colegas alentejanitos com quem chegámos mesmo a criar amizade. A barragem surgiu-nos após o almoço. Fomos recebidos por um representante da empresa gestora do Alqueva que nos prestou todas as informações relativas à barragem, à albufeira e à central hidroeléctrica, numa visita que durou mais de uma hora. De seguida, subimos ao paredão e ao miradouro para sessões de fotografia, filmagens e refrescar-nos com os 10.º B junto ao Alqueva inevitáveis gelados. O regresso à santa terrinha iniciou-se por volta das 17:00 e a chegada à escola ocorreu às 19:00. Houve bastante animação, quer na ida, quer no regresso, com canções alusivas ao novo campeão de futebol (SLB), tanto da parte dos alunos como dos professores. Ficamos à espera da próxima visita.

Barragem de Alqueva

treze


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Dia-a-dia Dia 15 de Abril 42 alunos das disciplinas de Geologia (12º A) e de Ciências da Terra e da Vida (11. os A e B), acompanhados por 6 professores, foram visitar Sicó-Alvaiázere, um dos sítios da rede Natura 2000. Aí puderam observar a ocupação da paisagem calcária por ecossistemas típicos (fauna e flora). Este grupo teve a experiência única de observar a nascente do Agroal, integrada na bacia hidrográfica do rio Nabão. Em Avecasta, no concelho de Ferreira do Zêzere, visitaram ainda um moinho tradicional, de madeira, que tem a particularidade de estar assente sobre rodas e de girar sobre si mesmo de forma a melhor aproveitar o vento. O dia terminou com a ida ao local onde existe uma gruta com vestígios paleontológicos, nomeadamente, a mandíbula de um lince que, infelizmente, não pôde ser visitada pois estava fechada. Apesar da chuva não ter ajudado, a viagem foi proveitosa. Também em Abril, os alunos do 9ºB e 9ºC foram a Lisboa, à Abraço, uma associação que dá apoio às vítimas do VHI/SIDA. A Abraço tinha já colaborado com o nosso jornal ao fornecer os preservativos que foram distribuídos com o número de Março. A iniciativa foi das professoras de Ciências Naturais e da professora de História. Como de costume, os alunos trouxeram desta visitas diversas ofertas. No passado dia 21 de Abril, decorreu na nossa escola um Peddy Paper em que participaram alunos do Ensino Básico. Esta iniciativa foi organizada pela turma A do 8º ano no âmbito da Área de Projecto. Cada uma das trinta e duas equipas participantes era constituída por três alunos que tinham de realizar várias tarefas: responder a perguntas sobre o percurso da prova, realizar actividades físicas na mata e no campo de jogos, responder a perguntas sobre as diversas disciplinas e fazer um desenho criativo. No final, cada equipa foi classificada segundo o tempo de realização do peddy paper ao qual se acrescentaram as bonificações ou penalizações obtidas nas provas prestadas. Dia 29 de Abril foi feita a entrega de prémios às equipas que se classificaram nos 1º, 2º e 3º lugares e de diplomas a todos os alunos participantes. O sucesso desta actividade só foi possível graças à participação de vários alunos e professores que contribuíram de alguma forma para a concretização da mesma. Classificações finais 1º Lugar Triple W – 9.ºA 2º Lugar As meninas da tarde – 9.ºC 3º Lugar Trio Ternura – 7.ºD Distribuição de diplomas a uma das equipas concorrentes

catorze

por Dora Pinto, prof.ª 1º G.


Ano I, nº5, Mai/2005

Dia-a-dia Esteve presente no bar dos alunos, no início de Maio, uma exposição de trabalhos realizados pelos alunos de língua alemã do 10º H subordinada ao tema Zwei Städte stellen sich vor: Barreiro und Preetz (Duas cidades apresentam-se: Barreiro e Preetz). Estes trabalhos, que pretendiam apresentar as respectivas cidades, resultaram de uma troca de correspondência, por e-mail e carta, realizada entre alunos da nossa escola e alunos do Gymnasium daquela cidade alemã. Encontra-se em período de discussão pública a revisão do Plano Director Municipal. Este documento é fundamental para a nossa cidade pois define qual a utilidade a dar a cada pedaço de terreno: se é para construir prédios de habitação ou de serviços, zonas verdes, escolas, etc. O Departamento de Geografia aliou-se a esta discussão trazendo para o bar dos alunos enormes painéis alusivos a esta temática que estiveram “pendurados” na primeira semana de Maio. 25 alunos da nossa escola, acompanhados por 3 professores, participaram no Encontro Diocesano de alunos do 3.º Ciclo de Educação Moral e Religiosa Católica que se realizou, este ano, a 14 de Abril, na Praça de Touros de Alcochete. É já dia 4 de Junho, a partir das 19:15, a Gala de Finalistas (9º e 12º Ano). Organizada pela Associação de Estudantes, a gala deste ano terá como tema a Pop Art. Para além do jantar (1 pessoa 16 casquilhos, casal 30 casquilhos, espectáculo incluído), haverá um espectáculo com 2 bandas de música, os Mind Overflow e os Nightfall’s (só espectáculo, 7 casquilhos), distribuição de prémios aos melhores da escola e muitas surpresas… Cada finalista poderá levar dois convidados (um com direito a jantar e outro sem jantar) aos mesmos preços.

Dia 9 de Junho, pelas 19:00, irá ser feita a apresentação do trabalho realizado ao longo do ano pelos alunos da disciplina de Oficina de Expressão Dramática (blocos I e II), orientados pela professora Carina Silva. Esta representação é a não perder. Sala A1 - sala de ensaios de OED

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Eleições para a gestão da escola De entre os vários órgãos de gestão da escola, o Conselho Executivo é o que é mais conhecido por todos pois é aquele que toma as decisões mais importantes e está sempre disponível para resolver os problemas do dia-a-dia: quer seja um aluno que se aleijou e é preciso acompanhar ao Hospital, um funcionário que está doente e é preciso substituir, um professor que está a faltar e é preciso avisar as respectivas turmas, tudo passa pelo conselho Executivo e para tudo este órgão tem de arranjar solução. O Conselho Executivo é constituído por 3 professores da escola, um Presidente e dois Vice-Presidentes, sendo eleito por períodos de 3 anos. Este órgão é eleito pela totalidade dos professores e funcionários da escola, pelos delegados de cada turma do ensino secundário e pelos representantes dos pais e encarregados de educação. As eleições para o próximo Conselho Executivo serão na quarta-feira, dia 1 de Junho, apresentando-se a votos uma única lista (lista A) composta por Jorge Paulo Gonçalves (professor de Matemática, vice-presidente do actual Conselho Executivo, dinamizador do Clube de Cinema), Carlos Pedro (professor de Geografia, coordenador da Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos – BE/CRE – e actual Presidente do Conselho Pedagógico) e Paula Neves (professora de FísicoQuímica e actual assessora do Conselho Executivo).

Programa da Lista A (C. E.) 1. Valorizar e promover a qualidade de ensino assumindo as orientações do Projecto Educativo; 2. Adequar a oferta da Escola às necessidades dos alunos do ensino básico que não têm condições de prosseguimento de estudos, sem descurar a assumpção de que a escola está preferencialmente vocacionada para o prosseguimento de estudos; 3. Contribuir para a articulação solidária entre os vários órgãos de gestão e administração da Escola, Associação de Estudantes e Associação de Pais; 4. Descentralizar competências e responsabilidades, nomeadamente através das comissões e secções do Conselho Pedagógico e da Assembleia de Escola, e da criação de grupos de trabalho; 5. Apoiar e divulgar os projectos em curso e fomentar o desenvolvimento de novos projectos de índole educativa e cultural; 6. Apoiar a realização de acções em contexto escolar para o pessoal docente e não docente; 7. Fazer um levantamento rigoroso das necessidades de equipamentos, espaços e materiais, em colaboração com todos os Departamentos, para melhorar as condições de trabalho nas salas de aula e nos campos desportivos; 8. Melhorar as condições materiais da Biblioteca/Centro de Recursos nomeadamente no equipamento multimédia e mobiliário; 9. Melhorar as acessibilidades tendo em consideração as situações de emergência e o Plano de Evacuação da Escola; 10. Incentivar a utilização do espaço físico da Escola (que a caracteriza e distingue) como recurso para actividades curriculares, extracurriculares, de cultura e lazer; 11. Contribuir para a circulação de informação em toda a comunidade educativa; 12. Concretizar a reformulação da página web da Escola, expandir a rede informática e fomentar a sua utilização.

dezasseis

Jorge Paulo Gonçalves, Carlos Pedro e Paula Neves

Também para a Assembleia de Escola se irão realizar eleições no próximo dia 31 de Maio. Neste órgão de gestão estão presentes representantes dos professores, do pessoal não-docente, dos alunos, dos pais e encarregados de educação e da autarquia local (Câmara Municipal). Cada corpo elege os seus representantes, isto é, os professores só votam na lista dos professores, os alunos só votam na lista dos alunos, e assim sucessivamente. Compete à Assembleia aprovar os grandes documentos orientadores da escola: regulamento interno, projecto educativo, linhas orientadoras do orçamento, etc. Também para este órgão só existe uma lista: Professores: Anabela Rocha (10.º B), Isabel Rosa (10.º B), Filomena Dias (8.º A), Pedro Bernardino (Informática), Isabel Seruca (5.º), Lia Carvalheira (11.º B) e Carlos Jorge (5.º). Alunos: Priscila Delgado (10.º E), Débora Santos (10.º E), David Serrano (11.º D) e Manuel Paulo (12.ºB).


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Três anos se passaram… Em jeito de balanço por Jorge Duarte, Presidente do Conselho Executivo (2002-2005)

Estão aí, novamente, as eleições. Como é do conhecimento de todos, de três em três anos acontecem eleições nas escolas para a escolha dos elementos que farão parte dos órgãos de gestão – Conselho Executivo, Conselho Pedagógico e Assembleia de Escola. No próximo dia 1 de Junho irá decorrer na nossa escola a assembleia eleitoral para a eleição do Conselho Executivo para o triénio de 2005 a 2008. Com esta eleição encerrar-se-á um ciclo de três anos da actual equipa a que presido. Num balanço rápido posso garantir que não foram 3.º Adquirimos software – Prodesis – que três anos fáceis: a juntar a toda a complexidade que é eliminou problemas crónicos na gestão dos alunos, a gestão diária de uma comunidade com cerca de bem como outro software de gestão financeira e de oitocentas pessoas, entre alunos, professores e contabilidade – JPM Abreu; os nossos horários pessoal não docente, com expectativas, ambições e também são elaborados através de um programa que interesses muito diversos, temos ainda factores que adquirimos – GP Untis. estão fora do nosso controlo. As prioridades e metas 4.º Instalámos o sistema de acessos e pagamentos que tínhamos estabelecido para o nosso mandato por cartão magnético, cujas potencialidades ainda não rapidamente se esfumaram por circunstâncias e estão totalmente exploradas; acontecimentos diversos. A 5.º Adquirimos equipaEm final de mandato quero, e devo, instabilidade política que se mentos didácticos e viveu no país neste período agradecer a todos que colaboraram e ajudaram recuperámos outro que se em que decorreu o nosso a tornar estes três anos menos “dolorosos”. Ao Conselho Executivo que sairá das encontrava inoperacional. mandato foi, quanto a mim, o 6.º Fizemos benfeitorias maior obstáculo. Com a eleições de 1 de Junho deixo os meus desejos nas instalações, mesmo sendo de um óptimo trabalho e o compromisso de queda do governo, em 2002, da responsabilidade da colaboração e ajuda se tal for o seu desejo. caiu também a esperada DREL; mantivemos a escola Revisão Curricular do Ensino com um aspecto físico agradável, apesar dos seus 4,3 Secundário e todas as politicas que estavam hectares, da falta de pessoal auxiliar e da pouca delineadas para a educação. A partir daí assistimos a colaboração da autarquia; um ziguezaguear de decisões em que, o que hoje era 7.º Implementámos o Plano de Emergência e verdade, no dia seguinte já não o era. A tranquilidade Evacuação; na educação que deveria ser transversal a qualquer 8.º Apoiámos com denodo, na medida das nossas ideologia governamental, foi um prazer poucas vezes possibilidades, todos os projectos emergentes da gozado! Melhores tempos virão, certamente… comunidade educativa; Mas nem tudo foi mau… 9.º Procedemos à revisão do Regulamento Interno; 1.º Acertámos as contas … podemos dizer com 10.º Sobretudo, criámos condições para a melhoria orgulho e vaidade (porque não?) que, ao contrário do das relações interpessoais entre todos os elementos da país que tem problemas com o défice, a nossa escola comunidade. dá-se ao luxo de, neste momento, poder pagar a Uma palavra para lamentar pronto os seus compromissos; a fraca participação dos “nossos” pais e encarregados 2.º Melhorámos a rede de educação nas actividades informática baseada numa dos seus educandos, pese rede estruturada a embora o empenho e 10/100Mbits, investindo em dedicação que demonstrou o hardware de qualidade, seu Presidente – João Simões, potenciando melhores mas que sozinho não pôde condições de trabalho a todos, fazer mais. O CE cessante: professores Ilídio Pina, Jorge Duarte com o acesso recente à e Jorge Paulo (Set. 2004) Internet através de linha ADSL.

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Ano I, nº 5, Maio/2005

Desporto Dia 12 de Abril decorreram, por iniciativa dos professores de Educação Física, diversos jogos tradicionais. Muitos destes jogos têm vindo a “passar de moda”, permanecendo apenas na memória dos nossos pais e avós. Esta actividade trouxe à escola o jogo da malha, corridas de sacos, tracção à corda e à corda em quadrado, jogo do balão, corridas de arcos, bola ao capitão, derrube de latas (com bola de trapos) e jogo do burro (também conhecido como raiola nalgumas zonas do país).

Opinião por Bruno Regalo, prof. de Ed. Física, coordenador do núcleo de natação

No passado dia 30 de Abril, na piscina municipal de Corroios, realizaram-se os Campeonatos Regionais de natação do desporto escolar. Este encontro regional vem na sequência dos quatro encontros anteriores, da fase CAE (Coordenação da Área Educativa) da Península de Setúbal, que tiveram como objectivo definir os respectivos vencedores e apurar os dois melhores nadadores por prova, nos escalões de iniciados e juvenis, para representar esse CAE na referida fase Regional. Nesse âmbito, foram seleccionados os seguintes nadadores da nossa Escola: Ana Teresa Freire, Inês Guimarães, Pedro Xavier, João Ascensão e Sérgio Sousa. Perante um significativo conjunto de nadadores a disputar o regional, grande número deles atletas federados, consequentemente, com mais tempo de treino e provas realizadas, ainda assim, não deixaram os nossos briosos nadadores de fazer registos de bom nível, havendo a destacar o 3º lugar alcançado por Ana Teresa Freire e por Inês Guimarães nas disciplinas de 50m bruços e 50m costas, respectivamente.

O Torneio de Magic, organizado pelas Associações de Estudantes, já terminou com a vitória do Paulo Tavares, aluno da Secundária de Santo André.

dezoito

Classificações nos Campeonatos Regionais de natação do desporto escolar: Iniciadas: Ana Teresa Freire – 50m livres, 6º lugar; 50m bruços, 3º lugar; Inês Guimarães – 50m costas, 3º lugar; 50m livres, 7º lugar. Juvenis: João Ascensão – 50m livres, 17º lugar; Pedro Xavier – 25m mariposa, 4º lugar; 50m costas, 6º lugar; 100m livres, 7º lugar; Sérgio Sousa – 50m livres, 18º lugar.

Foram apurados 3 alunos para as finais nacionais de natação, que se realizaram em Leiria nos dias 20, 21 e 22 de Maio: a Inês Guimarães (50m costas), infelizmente, não pôde comparecer; o Pedro Xavier ficou a 1/10’ de ir à final dos 50 m costas e obteve o 9º lugar nos 25m mariposa; a Ana Teresa Freire obteve o 8º lugar na final de 50m bruços e o 2º lugar na estafeta 4x50m em estilo livre, integrando uma selecção representante da região de Lisboa.

A selecção de Lisboa (à direita, Ana Teresa Freire)


Ano I, nº 5, Maio/2005

Passatempos por André Galvão

A

Estas duas fotos da escola parecem iguais, mas têm 7 diferenças. Descobre-as!

B

Encontram-se na Sopa de Letras as seguintes palavras ligadas à Escola: ALUNOS, AULAS, CASQUILHOS, ESCOLA, ESTUDO, PROFESSOR. As palavras podem estar na horizontal, na vertical e de trás para a frente, nunca na diagonal. A T E M I D P Y D S Z R G Y A U OONM T F C F A ME N Y U L S F J N S S ME G E O Y E M S R H L I N K T D Z RMA T R

R J U B U C Q A L U G I

F I K A L U N O S G P U

G S N I A Q I S E S A M

F O T L S C S N R A K U

K N J A Y F A H I C S G

N Y R Q U E L A C R O I

G L E Y R N C L S A H R

H E K O N T E O O L L M

D S Y S T I D C N C I G

U T L E N P X S L A U I

E U Z Y O M R E D T Q E

B D N G K U O K P E S B

I O A C I N S M E L A I

S A O B A I K H S L C S

C

Descobre como ler o que se encontra aqui escrito (sugestão: lê na direcção da seta como se fosses o poeta Luís de Camões …)

(passatempo oferecido por Jorge Duarte, prof. do 5º G.)

Soluções (passatempos do nº 4) A 1. b; 2. a; 3. c; 4. a; 5. c; 6. b B

Soluções no próximo número

O ESCrito errou Por lapso, no último número, indicávamos que a viagem de finalistas a Paris se tinha realizado entre 27 de Abril e 3 de Maio. Apesar da qualidade dos nossos colaboradores, ainda não conseguimos escrever as notícias antes de elas acontecerem: a viagem ocorreu, efectivamente, entre 27 de Março e 3 de Abril, nas férias da Páscoa. As nossas desculpas aos leitores.

dezanove


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