Revista Defesa Vegetal junho 2011

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Especial – 10 anos DE Enfisa

mais jovens. Os antigos reforçam estratégias defensivas quanto às normas entre os mais jovens, usam a percepção relacionada à vivência de casos de intoxicação e desprezam a aplicação da legislação. Quanto aos trabalhadores mais jovens, também negam o risco, no entanto, têm uma aproximação maior com a aprendizagem técnica. O uso constante e prolongado de agrotóxicos criou uma condição de familiaridade do agricultor com esses produtos. Como os sintomas de intoxicação nem sempre são claros ou imediatos, o trabalhador acostumou-se a vê-los apenas como consequências normais da aplicação. A familiaridade faz com que o trabalhador não se previna nem se proteja adequadamente. Um complicador é o fato de os agricultores não compreendem bem as instruções da bula e as recomendações dos rótulos dos produtos. Ou seja, interpretam os pictogramas de forma equivocada. Onde está simbolizado “Mantenha trancado e fora do alcance de crianças”, o produtor lê “Não use o produto sobre a cabeça”. Dada esta situação, é necessário inserir ações de comunicação e educação sanitária para instrução das pessoas do campo, sejam homens, mulheres ou crianças. As ações estratégicas, para serem eficazes, precisam estar adequadas às linguagens do público alvo.

Iniciativas Uma parceria estabelecida entre o MAPA e o SEAPEC originou uma operação integrada para a fiscalização do armazenamento e uso de agrotóxicos e afins, no Rio de Janeiro, em 2010. O resultado foi: 241 propriedades fiscalizadas, aumento da venda de EPI e acompanhamento nas propriedades. Neste formato,

cada fiscalização teve um custo de R$ 74,00. Outra iniciativa está ligada à realização de seminários por meio de parceria entre a Syngenta e SEAPPA/RJ, realizados no interior do Rio de Janeiro, em 2010. O resultado foi a capacitação de 750 produtores.

Propostas A SEAPPA apresentou a proposta de implantação de uma linha de convênio entre o MAPA e os estados para custeio e estruturação da área de controle de agrotóxicos. E, ainda, a intenção de uma medida legislativa dando responsabilidade para implantação de programas educativos no uso correto e seguro de agrotóxicos para as empresas produtoras, sob a coordenação dos estados. *Graduado em Engenharia Agronômica em 1996, pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária do Rio de Janeiro (SEAPPA)

A

SEAPPA é responsável pelo desenvolvimento e implemento de políticas públicas para fomento da agricultura familiar e de todo o agronegócio no estado. Endereço: Alameda São Boaventura, 770 - Fonseca - Niterói. www.rj.gov.br/web/seapec/principal Ponto focal: Leonardo Vicente da Silva (SEAPA) Fone(s): 21 3607 6035, 21 9925 5237 Email: agrotoxico@agricultura.rj.gov.br

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