DONA MARIA – Uso geral e veterano. Tratamento com o qual se dirige a palavra a uma mulher do povo, de quem não se saiba o nome. A pronúncia corrente é “do’maria”. O seu correspondente masculino é “seu zé”. Veja os verbetes “Cumade”, “Cumpade” e “Seu Zé”.
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DOR DE VIADO – Rural. Inculto. Dor desviada. Aquela dor que acomete, em um dos lados da virilha, quem haja feito um grande esforço, notadamente com as pernas, comumente uma corrida.
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DORDOI – Rural. Inculto. Corruptela de “dor d’olhos”. Conjuntivite bacteriana que acomete as crianças, mormente as sertanejas e suburbanas, mais expostas aos mosquitos transmissores.
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E BRÁ! – Uso geral. E fim. E só. E nada mais. E fim de papo. E não se fala mais nisso. Expressão com que se encerra vigorosamente uma proposição. Veja o verbete “Entonse brá(!)”.
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É DIREITINHO – Uso geral. É semelhante. É parecido. É igualzinho. Veja o verbete “Direito”, “É ver”, “Escrito” e “Imprial”.
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É DIREITO – Uso geral. É semelhante. É parecido. É igualzinho. Veja os verbetes “Direito”, “É ver”, “Escrito” e “Imprial” .
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ÊÊ – Uso geral. Interjeição utilizada no começo ou no fim de uma oração que refira determinada tarefa ou problema, com a finalidade de frisar grande dificuldade na execução daquela, ou na superação deste. “Ele diz que vai fazer o vestibular. Êê!, se não estudar muito ele não passa nunca!”; “Êê, meu amigo. A luta foi grande, mas nós vencemos”; “Passei três anos sem ver a mulher amada. Foi terrível, êê!”.
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ÉGUA – Uso geral e veterano. Besta. Tolo. Usado como interjeição, o termo expressa grande espanto: “Égua! Eu nunca tinha visto um prédio tão alto!”.
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ÉGUA! – Uso geral e veterano. Interjeição enfática de espanto. Não raro a ênfase da emissão do termo alonga o “e” inicial – Éeeegua! – ou o suprime e soa como um monossílabo gutural: Guá!!!
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