Informativo da delegação brasileira ao 12º Fórum Mundial de Jovens Edição 1 | 31 de Julho de 2014 Entrevista com Fernando Brodeschi, candidato brasileiro ao Comitê Escoteiro Mundial. Escrito por: Núcleo Nacional de Jovens Líderes
1 - O que faz um membro do Comitê Mundial? O Comitê Escoteiro Mundial, com o apoio dos profissionais do Bureau Mundial, é responsável pela elaboração e implementação do Plano Estratégico Mundial. Este é elaborado a cada três anos e deve tomar em consideração os anseios das Organizações Escoteiras Nacionais, manifestados através das resoluções da Conferência Escoteira Mundial. Um membro do Comitê, além de trabalhar de forma colegiada para alcançar os objetivos definidos para o triênio, pode assumir a coordenação de Sub-comitês e Grupos de Trabalho que são criados para cobrir diferentes temas e necessidades. Ainda pela rede de contatos, influência e experiência que os membros do Comitê Escoteiro Mundial possuem, é possível que cada um deles apoie em temas pontuais a algumas Regiões ou OENs.
2 - O que você espera poder fazer se for eleito? Durante a Conferência na Eslovênia vamos discutir e aprovar a nova Visão da Organização Mundial do Movimento Escoteiro; em outras palavras, definiremos onde queremos estar em 2023. A proposta que será apresentada é audaciosa e fala em atingir 100 milhões de Escoteiros no mundo (hoje somos 40 milhões) de tal maneira que o Escotismo seja a mais relevante organização de juventude do Planeta, promovendo um impacto significativo e sob o mesmo conjunto de valores nas comunidades nas quais estejamos presentes, Para ajudar a chegar lá, consciente de que não só não conseguirei atuar em todas as áreas mas reconhecendo que não tenho conhecimento sobre "tudo de tudo", pretendo enfocar meu trabalho nas seguintes áreas: 1) Fortalecimento de capacidades 2) Comunicação 3) Parcerias 4) Apoio às Regiões e Organizações Escoteiras Nacionais
3 - Como a Rede Nacional de Jovens Líderes contribuiu para você chegar aonde está? Comecei a colaborar no nível Nacional ainda como Sênior, na Equipe Nacional de Rádio Escotismo. Naquela época a Rede Nacional de Jovens Líderes ainda não existia e estávamos engatinhando no processo atual de participação
juvenil. Os brasileiros estavam participando pela primeira vez dos Fóruns Mundial e Interamericano, e fui um dos que trabalhei para implementar as novidades que eles nos traziam. Como Pioneiro tive a honra de presidir o 4o Fórum Nacional de Jovens Líderes em 1999, quando o Plano 2001, que deu origem a Rede Nacional de Jovens Líderes foi aprovado. Eram outros tempos. Por ter sido presidente daquele Fórum, a Direção Nacional me indicou como representante dos Escoteiros do Brasil na Rede Interamericana de Jovens, da qual fui membro fundador. Anos mais tarde acabei sendo eleito coordenador da Rede Interamericana e depois disso, aos 27 anos, fui eleito membro do Comitê Escoteiro Interamericano; fui até hoje o mais jovem a concorrer a uma eleição a este órgão. Naquele mesmo ano havia sido eleito para o CAN.
Sempre acreditei na capacidade dos jovens em participar plenamente dos processos e na parceria “entusiasmo-experiência”. A participação juvenil é um processo de mão dupla no qual os jovens devem estar capacitados para assumir posições importantes desde o nível local até o nivel mundial e os adultos preparados para aceitar as novas gerações que chegam para renovar o nosso Movimento. De todo este processo além de conhecer muita gente que me apoiou bastante, aprendi que todos temos muitas semelhanças e nossas diferenças são muito menores do que parecem ser. Mesmo pensando diferente todos temos um objetivo comum. Convido aos que se interessarem em conhecer mais detalhes da minha motivação, proposta e vida escoteira a visitar www.escoteiros.org.br/fernandobrodeschi