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7 Referencial Teórico
7. Referencial Teóricos
Para auxiliar teoricamente a presente pesquisa que tem o objetivo de abordar o artista, não exibindo o lado profissional, mas o seu lado humano no qual expressa à empatia e a sensibilidade com seus sentimentos através de suas obras que estão cada vez mais trazendo um grande impacto para o público.
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Walter Benjamin identifica que o cinema se tornou um objeto importante como fator de alienação, principalmente produzido na grande indústria cultural como Hollywood e Disney. As artes plásticas, em meados do século 19 sofreram um processo de transformação, pois os artistas, ao concluírem as suas obras desejavam que elas fossem vistas por uma ou poucas pessoas. Porém com o advento da fotografia que atingia um maior número de pessoas, devido a sua reprodução os artistas necessitaram de atingir maiores mercados saindo da exclusiva relação com os mecenas.
Em meados do século 20, o artista procura exibir suas obras para as outras regiões alcançando o máximo de plataformas possíveis. Com objetivo de atingir um número maior, muitos procuram não trazer uma vida perfeita através de uma música ou teatro como era muito utilizado antigamente, mas com o propósito de mostrar sua vida exatamente como ela é. O artista tem a capacidade de causar a reflexão, provocando no apreciador interpretações além do óbvio utilizando diversos conceitos de analise com mescla de questões técnicas e sentimentais.
Enquanto diversos artistas procuram ainda trazer uma vida que aparenta ser mais divertida e cheia de fantasia para o seu público, outros se renovam utilizando a empatia, um ato de se colocar no lugar do outro, mostrando que é normal ter dias bons e ruins. Ambos são produtos culturais que balançam a mercadoria. Sobre esta situação, o filósofo Guy Debord diz:
É pelo princípio do fetichismo da mercadoria, a sociedade sendo dominada por “coisas suprassensíveis”, que o espetáculo se realiza absolutamente. O mundo sensível é substituído por uma seleção de imagens que existem acima
dele, ao mesmo tempo em que se faz reconhecer como sensível por excelência. (DEBORD,1967, P.29).
Debord compõe A sociedade do espetáculo na década de 1960, o que se refere, por um lado, com um momento de contestação a aspectos estabelecidos na sociedade capitalista, mas também de avanço intensivo e extensivo da concentração de capital. À fase acumulação inaugurada nessa época em que o capital e a sua forma coincidente de riqueza, a mercadoria, tornam-se ubíquos, Debord chama de espetáculo.
Sabemos que a arte compõe uma sociedade, pois com o tempo, ela cria uma cultura e cada pessoa possui uma cultura como brasileira, espanhola e afim. Arte não é somente algo artístico, palpável ou visual, é uma questão pensativa. Visto que, segundo Debord, há uma desvalorização da arte na sociedade hoje em dia, comparada ao que houve há tempos atrás, onde os teatros eram mais cheios de pessoas. Mas atualmente podemos ver que a arte não é valorizada pelo governo. Nela, podemos testemunhar que seu rendimento pode revolucionar a vida de um jovem, pois quando a pessoa tem contato com a arte, ela tem contato com a sensibilidade e com a sua própria criatividade. Nisso, podemos observar que este contato estará estimulando o crescimento individual, e que o quando não tem um apoio a parte psíquica de criar, ela fica defasada na sociedade atual.
A Arte, que foi essa linguagem comum na inação social, no momento em que ela se constitui em arte independente no sentido moderno, emerge do seu primeiro universo religioso e torna-se produção individual de obras separadas, a saber, o movimento que domina a história do conjunto da cultura separada. A sua afirmação independente é o começo da sua dissolução (DEBORD, p. 142).