Educação Ambiental – Ciclo Interdisciplinar - Integral

O Ciclo Interdisciplinar (4º ao 6º ano) tem como finalidade integrar os saberes básicos constituídos no Ciclo de Alfabetização, possibilitando um diálogo mais estreito entre as diferentes áreas de conhecimento. (SÃO PAULO, 2019 A, B, C, D e E).

NESSE CICLO, O ALUNO JÁ É CAPAZ DE IDENTIFICAR E CLASSIFICAR INFORMAÇÕES E CONSTRUIR RELAÇÕES COM BASE

EM OBSERVAÇÕES E HIPÓTESES, PERMITINDO AO PROFESSOR INDUZIR, GRADATIVAMENTE, CONHECIMENTOS DISTINTOS E SABERES.

Torna-se fundamental desenvolver no aluno a capacidade de interconectar assuntos sob diferentes abordagens e, por meio de perguntas, levantar questões em busca de soluções.

Com o objetivo criar um olhar multidisciplinar sobre as questões cotidianas, são desenvolvidas dinâmicas colaborativas e participativas capitaneadas pelo professor e focadas em comunicação, troca de repertório cultural e experiências dos estudantes, dentro de uma estratégia baseada na observação de causa/efeito, hipótese/coleta de dados para confirmação da hipótese (método científico) e proposição de estratégias de ação.

Nesse momento do aprendizado, a interação aluno/professor e o uso de metodologias de ensino/aprendizagem distintas se mostram cada vez mais significativas para encorajar continuamente o conhecimento. As atividades práticas “mão na massa” são muito importantes para envolver os educandos em ações com trabalho coletivo, de modo a estimular a criatividade individual e em grupo e desenvolver empatia, além de incentivar a autonomia e o potencial inventivo ao longo do processo de aprendizagem, como já experimentado no ciclo de alfabetização.

Um dos aspectos fundamentais da educação mão na massa é justamente, fazer com que o professor preste mais atenção ao processo do que ao produto.

As atividades, tanto baseadas na leitura como na observação ou mesmo por meio de estudos de casos presentes em vídeos e textos da plataforma Recicla Sampa, serão coordenadas pelos professores, a fim de reforçar a interdisciplinaridade dos temas.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO POSSÍVEIS DE SEREM TRABALHADOS NO CICLO INTERDISCIPLINAR

CIÊNCIAS NATURAIS Matéria, energia e suas transformações (EF04C02, EF04C03, EF04C06, EF05C02, EF05C03, EF05C04, EF06C); cosmos, espaço e tempo (EF04C08, EF05C05, EF05C07, EF06C); e vida, saúde e ambiente (EF04C12, EF04C13, EF04C16, EF04C17, EF04C18, EF05C13, EF05C14, EF05C16).

CIÊNCIAS HUMANAS O sujeito e seu lugar no mundo (geografia, EF04G, EF05G01, EF06G01, EF06G02); organização territorial no tempo e espaço (geografia, EF04G04, EF04G05, EF05G04, EF05G05, EF06G06); formas de representação e pensamento espacial (geografia, EF04G08, EF05G07, EF06G07); natureza, ambientes e qualidade de vida (geografia, EF04G10, EF04G11, EF04G12, EF04G13, EF05G09, EF05G11, EF06G); trabalho e formação socioespacial (geografia EF04G14, EF04G15, EF05G12, EF05G14, EF05G15, EF06G16, EF06G17); história das relações das sociedades com as águas e os rios (EF04H01, EF04H05, EF04H10, EF04H13, EF04H17); o modo de vida urbano no presente e no passado (EF05H03, EF0H08, EF04H14); e migrações humanas (EF06H01, EF06H07, EF06H12, EF06H13).

MATEMÁTICA Números (EF04M01, EF04M04, EF04M05 EF04M09, EF04M10, EF04M11, EF04M12, EF05M01, EF05M02, EF05M03, EF05M04, EF05M05, EF05M06, EF05M07, EF05M08, EF05M09, EF05M10, EF06M01, EF06M03, EF06M04, EF06M06, EF06M07, EF06M12); álgebra (EF05M12, EF05M13, EF06M15); geometria (EF05M17, EF05M19); probabilidade e estatística (EF04M25, EF04M26, EF04M27, EF05M26 EF05M27, EF05M28, EF05M29, EF06M26, EF06M27, EF06M28, EF06M29); grandezas e medidas (EEF04M28, EF04M29, EF04M31, EF05M30 EF05M31, EF05M32, EF05M33, EF05M34, EF05M3, EF06M30, EF06M31, EF06M32, EF06M33); jogos e brincadeiras (EF06M37); conexões para além da matemática (EF05M38, EF05M39, EF06M39); e processos matemáticos (EF04M89, EF05M40, EF05M41).

LÍNGUA PORTUGUESA

Capacidade de compreensão de textos (EFCINTLP01, EFCINTLP02, EFCINTLP03, EFCINTLP04, EFCINTLP05); comportamentos de leitura (EFCINTLP10); procedimentos de leitura (EFCINTLP14, EFCINTLP15, EFCINTLP16, EF04LP14, EF04LP15, EF05LP12, EF05LP13); fluência leitora com compreensão (EF04LP16, EF06LP16); capacidade relativa à prática de produção de textos (EFCINTLP18, EFCINTLP19, EFCINTLP20, EFCINTLP21); capacidade relativa à realização das operações fundamentais de produção de textos (EF06LP17, EF06LP18); capacidade relativa à prática de produção e escuta de textos (EFCINTLP30, EFCINTLP31, EFCINTLP32); comportamentos de produção de textos escritos (EFCINTLP22, EFCINTLP23, EFCINTLP24); comportamentos de produção e escuta de textos orais (EFCINTLP33); procedimentos de produção de textos escritos (EFCINTLP25, EFCINTLP26, EFCINTLP27, EFCINTLP28); procedimentos de produção e escuta de textos orais (EFCINTLP34, EF04LP24, EF05LP26; comportamentos relativos à prática de análise linguística/modal (EFCINTLP35, EFCINTLP36, EFCINTLP37, EFCINTLP38, EFCINTLP39); capacidade de apreciação e réplica do leitor em relação ao texto (EFCINTLP06, EFCINTLP07, EF04LP03, EF04LP07, EF04LP08, EF04LP09, EF04LP11, EF04LP13, EF05LP03, EF05LP07, EF05LP08, EF05LP09, EF05LP11, EF06LP02, EF06LP03, EF06LP08, EF06LP09, EF06LP10, EF06LP11, EF06LP12, EF06LP14, EF06LP15); capacidade de elaboração de textos organizados em gêneros da ordem de narrar (EF04LP17, EF04LP18, EF05LP14); capacidade de elaboração de textos organizados em gêneros na ordem do argumentar (EF04LP21, EF04LP23, EF05LP19, EF05LP25, EF06LP22, EF06LP24, EF06LP25); capacidade de elaboração de textos organizados em gêneros da ordem de expor (EF04LP19, EF04LP22, EF05LP17, EF05LP18, EF05LP21, EF05LP22, EF05LP23, EF06LP23); capacidade de relatar experiências vividas, situadas no tempo (EF05LP24, EF06LP21); característica dos textos e gênero (EF04LP25, EF05LP27, EF06LP26); coesão (EF04LP26, EF04LP27, EF04LP28, EF05LP28, EF05LP29, EF05LP30, EF06LP28, EF06LP29, EF06LP30); coerência (EF04LP29, EF05LP31, EF06LP31, EF06LP32, EF06LP33); segmentação (EF04LP30, EF05LP32); aspectos semânticos lexicais (EF04LP31, EF04LP33, EF05LP33, EF05LP36, EF06LP34, EF06LP37); aspectos gráficos (EF04LP35, EF05LP37, EF06LP38); variação linguística (EF04LP36, EF04LP37, EF05LP38, EF05LP39, EF06LP39, EF06LP40); morfologia (EF04LP 38, EF04LP 39, EF05LP40, EF05LP41, EF05LP42, EF06LP41, EF06LP42); fonologia (EF04LP40, EF04LP41, EF04LP42, EF05LP43, EF05LP44, EF05LP45, EF06LP43, EF06LP44, EF06LP45); ortografia (EF04LP43, EF04LP44, EF04LP455, EF04LP46, EF05LP46, EF05LP47, EF05LP48, EF05LP49, EF06LP46, EF06LP4, EF06LP48, EF06LP49); e translineação (EF04LP47, EF05LP50, EF06LP50).

ENSINO

FUNDAMENTAL I E II

4º, 5º e 6º ANO

LÍNGUA PORTUGUESA

1/2

DO LIXO GERADO NO BRASIL É ORGÂNICO

ATIVIDADES PROPOSTAS

O MINHOCÁRIO COMO PONTO DE PARTIDA

PARA A ELABORAÇÃO DE UM DIÁRIO

A proposta para a disciplina de língua portuguesa é a produção individual de um diário em que os alunos relatarão todas as atividades realizadas até a produção da primeira amostra de húmus e biofertilizante.

Uma jornada de experimentação e sustentabilidade narrada pelos próprios protagonistas, com suas observações e conclusões, de tudo o que aconteceu ao longo do processo.

Como os estudantes serão acompanhados pelo professor nesta atividade, que envolverá pesquisa, construção de minhocário, desenvolvimento de compostagem e produção de adubo, o diário poderá, a critério do aluno, descrever sob sua ótica tudo o que foi aprendido, realizado e obtido durante o processo.

POR QUE VIRA LIXO? VAMOS REPENSAR, REDUZIR, REUTILIZAR E OU RECICLAR E DIMINUIR A

QUANTIDADE DE LIXO NA ESCOLA? COMO? ESCREVENDO A HISTÓRIA DOS RS

E

COMO

ELES

PODEM AJUDAR A DIMINUIR A QUANTIDADE DE LIXO NO PLANETA

Depois dos 3 Rs iniciais (reduzir, reusar e reciclar), que foram instituídos como estratégia para diminuição e reciclagem do lixo, ainda na década de 1980, gradativamente outros “Rs” foram surgindo diante da necessidade de repensar o modelo de consumo da humanidade. Finalmente, no século 21, surge o “R” de recusar como contraponto à cultura consumista.

Talvez para muitas pessoas o quinto “R” (recusar) seja o mais difícil de exercer, pois mudar o comportamento de consumo demanda reeducação de valores e reconexão com o planeta, a fim de garantir a qualidade ambiental para todas as formas de vida que nele habitam.

Recusar significa que a pessoa desistiu de consumir ou ter algo que, até então, dentro de uma lógica consumista, era um item a ser adquirido por status, gosto, moda ou simples impulso. Repensar esse comportamento e se reeducar para não mais desejar um bem de consumo é uma etapa fundamental para que a humanidade possa mudar a maneira como interage com os recursos naturais renováveis e não renováveis da Terra.

A proposta é, com base em conteúdos presentes na plataforma Recicla Sampa, desenvolver um conto ou uma história em quadrinhos (com o auxílio dos professores de artes) em que os alunos narram um caso de transformação pessoal ou de um personagem ao longo da sua trajetória de conexão com os Rs. Os conceitos simbolizados pelos Rs integram a proposta de sustentabilidade para as gerações atuais e futuras, pensando principalmente nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11, 12 e 13 (cidades e comunidades sustentáveis, consumo e produção responsáveis e ação contra a mudança global do clima, respectivamente).

GERAÇÃO DE LIXO NO MUNDO: O QUE É POSSÍVEL

APRENDER COM OS DADOS PRESENTES NO JOGO E

COMO EXPLICAR ISSO ÀS OUTRAS PESSOAS

A atividade objetiva o desenvolvimento de um texto reportagem em que o aluno deverá escrever sobre a produção e descarte de lixo no planeta e o impacto disso na vida de todos.

O texto deverá ser fundamentado nos dados presentes no jogo interativo da plataforma Recicla Sampa (“Geração de lixo no mundo 2012-2025”), com o intuito de alertar as pessoas para os problemas decorrentes do aumento, ano a ano, da quantidade de lixo no planeta.

Caso o professor julgue relevante compartilhar mais informações sobre o tema e as estratégias possíveis para minimizar o problema, a plataforma tem mais de 80 vídeos que podem ser explorados.

NO RECICLA SAMPA VOCÊ

vídeos

conteúdos relacionados aos temas propostos nas atividades.

VOCÊ PRATICA OS 5RS DA SUSTENTABILIDADE?

Repense, reduza, reúse, recuse e recicle cada vez mais.

MENOS É MAIS!

Consumo consciente pode ajudar a diminuir impacto ambiental.

REÚSE: PROLONGUE

O CICLO DE VIDA DAS EMBALAGENS DE VIDRO

Vidro é infinitamente reciclável e tem vida útil secular.

DE QUE FORMA VOCÊ

USA A SUA CIDADE

Cada um de nós carrega uma responsabilidade histórica.

ESCOLAS RECICLADORAS

Instituições aderem à reciclagem e promovem mudança cultural.

encontra

e outros

PARA ONDE VAI O LIXO?

A DIFERENÇA ENTRE LIXÃO E ATERRO SANITÁRIO

Com todas as leituras e vídeos sugeridos para o desenvolvimento das atividades propostas e as discussões realizadas até aqui, os alunos provavelmente dispõem de um conjunto de conhecimentos que permite que escrevam uma redação sobre o tema.

Ao longo do processo, eles foram apresentados à leitura e interpretação de texto, construção de modelos representativos (maquetes), exercitaram a oralidade nas rodas de conversa e agora serão instigados a desenvolver material escrito. O tamanho do texto deve ser estipulado pelo professor, que, posteriormente, poderá escolher as melhores redações para exemplificar aspectos da escrita com os alunos.

Fecha-se, assim, o ciclo de desenvolvimento das habilidades dentro do tema.

EFEITO ESTUFA: O QUE É, DE ONDE

VEM E COMO FUNCIONA?

O conjunto de atividades desenvolvidas nas demais disciplinas sobre o efeito estufa e a sua importância para a existência de vida em abundância na Terra demonstra que, ao mesmo tempo que houve benefícios advindos da Revolução Industrial, as emissões de Gases do Efeito Estufa (GEEs) intensificadas pela atividade humana passaram a se transformar em um problema de amplitude global.

Nesta etapa, os alunos deverão realizar uma produção textual do tipo “resumo histórico”, na qual apresentarão informações sobre o assunto estudado com, pelo menos, quatro páginas. O texto deverá ser redigido como se fosse uma matéria a ser publicada em uma revista voltada para o público jovem. Assim, deverá conter vocabulário acessível, mas sem desconsiderar referências técnicas e dados históricos e científicos sobre o tema.

FUNDAMENTAL I E II 4º, 5º e 6º ANO

MATEMÁTICA

MATEMÁTICA

ATIVIDADES PROPOSTAS

O MINHOCÁRIO COMO PONTO DE PARTIDA PARA A DISCUSSÃO DA IMPORTÂNCIA DAS MEDIDAS MATEMÁTICAS PARA CALCULAR VOLUME, PESO E PROPORÇÃO, ENTRE OUTRAS

A atividade visa demonstrar aos alunos como todas as ações diárias são passíveis de serem medidas, contadas, calculadas, quantificadas com o auxílio da matemática e como esse recurso pode ser utilizado corriqueiramente.

operações matemáticas podem ser utilizadas

diversas maneiras ao longo desta atividade

Ao montar o minhocário, os alunos poderão tirar as medidas da caixa (altura x largura x comprimento) para calcular o volume de material (em litros) que pode ser colocado em cada uma, assim como o volume total das duas ou três caixas de biodigestão e da coletora de biofertilizante (chorume).

Se o minhocário for feito de baldes, o volume será calculado da seguinte forma: h x π x r2 [altura do balde x Pi (3,1415) x raio ao quadrado].

1 2 3

Outras medições matemáticas poderão ser feitas com a somatória diária da quantidade de matéria orgânica colocada no minhocário, que, ao final, será comparada com a quantidade de húmus e biofertilizante formado. Assim, será possível calcular a proporção de húmus e biofertilizante em relação à quantidade de matéria orgânica colocada.

Com esses dados, ao fim do processo de formação de húmus, o professor poderá calcular médias semanais, quinzenais e mensais de matéria orgânica e extrapolar para as médias de produção de húmus nos mesmos intervalos de tempo.

de

MATEMÁTICA

Da mesma forma, se pesar as sementes ou mudas da mini-horta no momento do plantio ao término da colheita, poderá estimar o ganho de peso das hortaliças a cada dia, semana, quinzena, e assim por diante.

Usando a matemática para mensurar as atividades cotidianas, a importância e o significado da disciplina passam a ser maiores do que quando ela é aplicada apenas em problemas abstratos. Além disso, contribui com as demais disciplinas, qualificando e quantificando os processos que estão sendo estudados sob outros enfoques.

Com relação aos números, a plataforma Recicla Sampa traz o vídeo “Lixo de feiras vira adubo para praças e jardins de São Paulo: iniciativa da prefeitura transforma restos de frutas, verduras e legumes em fertilizantes”, que mostra como é feita a compostagem no município.

L L h

ENTÃO, MÃO NA MASSA E VAMOS CALCULAR?

V= volume

L= largura

h= altura

V=L.L.h

VAMOS REPENSAR, REDUZIR, REUTILIZAR E/OU RECICLAR E DIMINUIR A QUANTIDADE DE LIXO NA ESCOLA?

Fundamentada na construção do espaço educativo de descarte de lixo comum e reciclável criado no pátio da escola durante a atividade de ciências humanas (estudos sociais), a ideia é criar uma classificação dos resíduos com base na contabilidade do que foi descartado e trabalhar a ideia de proporcionalidade entre os diferentes resíduos.

Se a contabilidade for feita por período determinado (um ou dois meses, por exemplo), outros cálculos podem ser realizados em relação à quantidade dos resíduos distintos, como a quantidade de latinhas em seis meses ou de embalagens plásticas em quatro meses. No período de acompanhamento houve mais descarte de material orgânico ou reciclável? É possível trabalhar valores, médias, comparar os descartes entre semanas ou meses e extrapolar para proporções com base em dados obtidos, de modo a permitir ao aluno uma série de exercícios de quantificação.

Se o professor, além de contar os materiais descartados, calcular o peso com auxílio de uma balança, outras atividades podem ser realizadas, inclusive comparando quantidade de resíduos x peso.

Os dados coletados podem ser inseridos em tabelas a cada contagem, como no exemplo abaixo.

TIPO DE RESÍDUO

Na plataforma Recicla Sampa você encontra estes e outros exercícios para download, além de materiais de apoio para preparação de aulas sobre o tema.

Com as informações tabeladas, cada vez que o recipiente educativo de coleta de resíduos for esvaziado (recomenda-se algo em torno de três vezes por semana) enquanto durar a atividade (entre um a dois meses, pelo menos), o professor e os estudantes terão informações e dados para exercitar várias operações matemáticas que darão mais significado à discussão sobre a geração de lixo e consumo.

GERAÇÃO DE LIXO NO MUNDO: TRABALHANDO COM VALORES DA PRODUÇÃO DE LIXO DE DIFERENTES PAÍSES, COMPARANDO AS QUANTIDADES E EXPLORANDO AS

PROPORÇÕES E PORCENTAGENS

A atividade é realizada por meio de um jogo interativo disponível na plataforma Recicla Sampa . O jogo fornece, à medida que se escolhe um país, dados da produção de lixo entre os anos de 2012 (dados reais) até 2025 (estimativa com base no aumento da produção de lixo ano a ano). Com ele é possível ter uma noção sobre quais são os grandes produtores de lixo no planeta.

O objetivo é explorar os valores de produção de lixo em diferentes nações. Cada aluno ou grupo de alunos poderá escolher cinco países e verificar o aumento da produção de lixo entre os anos 2012 e 2015. Depois, eles devem comparar os valores entre os cinco países selecionados, estabelecer comparação de suas produções proporcionais de lixo e, com base no total da produção de lixo das cinco nações, verificar o porcentual de produção de cada uma em relação ao total.

O professor poderá apresentar uma série de operações matemáticas que resultarão em dados para discussões da atividade sob a ótica das ciências naturais e humanas, as quais também podem usar o jogo para explorar outras abordagens.

PARA ONDE VAI O LIXO? A DIFERENÇA ENTRE LIXÃO E ATERRO SANITÁRIO

A coleta de lixo na cidade de São Paulo é realizada por duas empresas contratadas pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do Município de São Paulo (SP Regula): Loga e Ecourbis. Cada uma recolhe os resíduos de diferentes regiões da capital e encaminha o material para dois aterros sanitários distintos.

O material coletado pela Loga nas zonas central, norte, oeste e parte da leste* vai para a Central de Tratamento e Valorização Ambiental (CTVA), em Caieiras, município que integra a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).

*Atende às subprefeituras Butantã, Casa Verde, Freguesia do Ó, Jaçanã/ Tremembé, Lapa, Mooca, Penha, Perus, Pinheiros, Pirituba/Jaraguá, Santana/ Tucuruvi, Vila Maria/Vila Guilherme e Sé.

O material coletado pela Ecourbis nas zonas sul e leste* da cidade vai para outro aterro, Central de Tratamento de Resíduos Leste (CTL).

*Atende às subprefeituras Aricanduva/Formosa, Campo Limpo, Capela do Socorro, Cidade Ademar, Cidade Tiradentes, Ermelino Matarazzo, Guaianases, Ipiranga, Itaim Paulista, Itaquera, Jabaquara, M’Boi Mirim, Parelheiros, Santo Amaro, São Mateus, São Miguel, Vila Mariana e Vila Prudente.

Os dados da coleta de resíduos de origem domiciliar são controlados pela SP Regula. No site do órgão constam informações sobre os quantitativos dos últimos cinco anos, mês a mês. A tabela a seguir foi obtida nesse endereço eletrônico.

Outros dados disponíveis na plataforma Recicla Sampa e nos links apresentados para as atividades de ciências naturais e humanas contêm inúmeras informações para o professor de matemática e os alunos aprofundarem a questão do lixo.

Tabela 1: Valores mensais, em tonelada, da quantidade de resíduos domiciliares e recicláveis coletados nos últimos cinco anos na cidade de São Paulo segundo dados da SP Regura (SP REGULA, 2023).

Conteúdos relacionados à atividade disponíveis na plataforma do Recicla Sampa:

CERCA DE 800 MIL PESSOAS VIVEM DA RECICLAGEM NO BRASIL Dados indicam que aproximadamente 70% são do gênero feminino.

MAIS DE 70% DOS BRASILEIROS AINDA NÃO SEPARAM O LIXO Maioria da população insiste em descartar lixo reciclável de modo inadequado.

DADOS E ESTATÍSTICAS SOBRE RECICLAGEM NO BRASIL

Um resumo para você ficar por dentro da situação da reciclagem no país.

Sobre isso, reportagem do jornal Estado de Minas, com o título “Queda de preço de recicláveis dificulta a vida de catadores” traz os preços de vários materiais recicláveis e a quantidade estimada de materiais por quilo. Ademais, no site do Compromisso Empresarial Para Reciclagem (Cempre) é possível acessar a tabela 2, em que são apresentados valores atualizados dos resíduos recicláveis em diversos estados e cidades do Brasil.

OS VÍDEOS AO LADO TRAZEM DADOS

QUANTITATIVOS PARA A ANÁLISE EM QUESTÃO.

O IMPACTO DO LIXO SP gera 12 mil toneladas de resíduos por ano. Conheça o impacto do lixo na cidade.

BRASIL: 80 MILHÕES DE TONELADAS DE LIXO POR ANO Apenas 4% de todo esse volume foi encaminhado para a reciclagem.

MATEMÁTICA

USANDO A MATEMÁTICA PARA MENSURAR AS ATIVIDADES COTIDIANAS, A IMPORTÂNCIA

E O SIGNIFICADO DA DISCIPLINA PASSAM A SER MUITO MAIORES DO QUE QUANDO USADOS

APENAS EM PROBLEMAS ABSTRATOS.

Esses dados permitem a elaboração de exercícios nos quais o professor fornece a quantidade de material e o preço e busca informações sobre geração de renda com múltiplas combinações e resultados. Nesse sentido, é possível até mesmo fazer uma gincana de exercícios com os alunos divididos em grupos para obtenção de resultados de um conjunto de desafios matemáticos.

Tabela 2: Valores atualizados até setembro de 2020 do preço de dez resíduos recicláveis em diferentes regiões do Brasil. O preço está em real/tonelada. (http://cempre.org.br/).

EFEITO ESTUFA: O QUE É, DE ONDE

Quanto os Gases do Efeito Estufa (GEEs) retêm de calor na atmosfera e quais são os mais perigosos para o aumento de temperatura da atmosfera terrestre?

Com base na tabela modificada dos GEEs (abaixo) e seu potencial de aquecimento global (GWP), o professor de matemática poderá realizar uma série de contas com os estudantes para explorar questões que dizem respeito aos gases que mais aquecem e menos aquecem. Lembrando que o assunto sobre os gases e sua origem decorrente das atividades antropogênicas (ação do homem) já vem sendo discutido nas disciplinas de ciências naturais e humanas.

Tabela 1: Tabela modificada dos principais gases associados à retenção de calor na atmosfera (efeito estufa) com exceção do vapor d'água (H2O). Extraída do endereço eletrônico. https://www.saberatualizado.com.br/2017/08/aquecimento-global-uma-problematica.html

Com dados relacionados ao potencial de aquecimento global (GWP), o professor poderá criar uma gincana de exercícios sugerindo uma determinada quantidade de moléculas de um dos gases e pedindo aos alunos que, com base no GWP, façam contas de quantas moléculas de outro gás seriam necessárias para reter a mesma quantidade de calor. Note-se que o gás referência é o CO2, que tem GWP = 1.

É possível trabalhar a proporcionalidade do potencial de aquecimento entre os gases com base em seu GWP. Inúmeras operações de soma, subtração, multiplicação e divisão também podem ser feitas fundamentadas no comportamento dos GEEs presentes na tabela e dando subsídio para que os estudantes entendam quais gases interferem mais ou menos no efeito estufa.

I E II 4º, 5º e 6º ANO

CIÊNCIAS HUMANAS

ATIVIDADES PROPOSTAS

O MINHOCÁRIO COMO PONTO DE PARTIDA PARA A DISCUSSÃO DA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS

CONSUMIDOS DIARIAMENTE ACOMPANHADO DE MINI-HORTA

O vídeo explicativo do minhocário (“Você sabia que o lixo orgânico também é reciclável?”), disponível na plataforma Recicla Sampa, um link da composteira

A CONSTRUÇÃO DOS RECIPIENTES DA HORTA DEVE SEGUIR O PRINCÍPIO

DA MONTAGEM DE UM VASO

No fundo devem ser colocados pedaços de telha, pedra ou argila expandida. Em seguida, vem uma fina camada de areia (ou manta geotêxtil do tipo bidim). Por fim, basta preencher o recipiente com terra.

A montagem da mini-horta, em meio à pesquisa sobre agricultura e produção de alimentos, permite que os alunos tenham noção do tempo que uma hortaliça demanda para se desenvolver e de todo o cuidado envolvido na atividade. Muitos jovens não sabem como ocorrem as etapas do processo produtivo para que a população possa se alimentar, e a mini-horta, assim como o minhocário, pode ajudá-los a entender essa atividade econômica essencial. Além disso, destaca-se a compreensão de que, uma vez descartada, a matéria orgânica pode retornar ao sistema de produção de alimentos como adubo de excelente qualidade em vez de se tornar lixo.

É interessante que o professor contextualize que os alimentos de origem hortifrutigranjeira são, na maioria, posteriormente comercializados em entrepostos como os do Ceagesp, que concentram grandes quantidades de material orgânico, inclusive para descarte. Por isso, atualmente a maioria desses locais desenvolve atividades de reaproveitamento, reciclagem e compostagem com o objetivo de reduzir a geração de resíduos sólidos orgânicos, como pode ser observado no trabalho de Fagundes et al. (2012). O estudo permite entender o conjunto de ações desenvolvidas nesses locais e que vão ao encontro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2, 11, 12 e 13.

PEDAÇOS DE TELHA, PEDRA OU ARGILA EXPANDIDA

O QUE É LIXO? VAMOS REPENSAR, REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR PARA DIMINUIR

A QUANTIDADE DE RESÍDUOS NA ESCOLA? COMO

NOSSOS HÁBITOS DE CONSUMO CONTRIBUEM PARA A CONSTRUÇÃO DE UM FUTURO SUSTENTÁVEL

AMBIENTALMENTE E PARA A GERAÇÃO DE EMPREGOS?

A abordagem desta atividade é complementar àquela desenvolvida em ciências naturais. O professor discutirá comportamento de consumo, consumismo e como a produção de lixo também pode ser uma ferramenta de inserção social e geração de renda por meio das cooperativas de reciclagem. Esses locais atuam cada vez mais no sentido de recuperar o que é descartado para a produção de novos materiais para consumo humano.

Os estudantes do Ciclo Interdisciplinar devem espalhar cartazes sobre lixo comum e reciclável (com base nos folhetos explicativos do Recicla Sampa) pelos murais presentes nas salas de aula e áreas comuns da escola, além de desenvolver uma área educativa no pátio para descarte de resíduos comuns e recicláveis consumidos nos intervalos das aulas.

A área educativa tem como objetivos qualificar e quantificar o que foi descartado para subsidiar a atividade matemática, que coletará dados para

alguns vídeos e outros conteúdos da plataforma recicla sampa são recomendados:

SAIBA TUDO SOBRE A RECICLAGEM DE RESÍDUOS

TÊXTEIS NO BRASIL

País produz cerca de 160 mil toneladas de resíduos de tecido por ano.

OS CAMINHOS DO PLÁSTICO

Entenda o processo de reciclagem daquele que é considerado o maior vilão do meio ambiente.

TUDO O QUE VOCÊ

PRECISA SABER SOBRE LÂMPADAS E SEU

PROCESSO DE RECICLAGEM Descubra qual o melhor tipo para a sua casa e o meio ambiente.

MÁQUINA

DE RECICLAR

Conheça o sistema operacional de reciclagem nas duas centrais mecanizadas.

ELETROLIXO

Lixo eletrônico armazena metais preciosos que podem ser vendidos e reciclados.

DE QUE FORMA VOCÊ

USA A SUA CIDADE Uma mudança individual de comportamento é fundamental para um ambiente mais limpo.

CIÊNCIAS HUMANAS

NO RECICLA SAMPA VOCÊ ENCONTRA VÍDEOS E OUTROS CONTEÚDOS RELACIONADOS À RECICLAGEM.

RESÍDUOS ESPECIAIS: O QUE SÃO E COMO DESCARTAR

Resíduos especiais não devem ser descartados nem no lixo comum, nem no reciclável.

DADOS E ESTATÍSTICAS SOBRE RECICLAGEM NO BRASIL

Um resumo para você ficar por dentro da situação da reciclagem no país.

TRATADO GLOBAL PARA REGULAR LIXO PLÁSTICO AVANÇA NA ONU

Crise do lixo plástico demanda pacto global para conter poluição.

AJUDE A CONTER O TSUNAMI DE LIXO ELETRÔNICO

Eletrolixo é o tipo de resíduo que mais cresce no mundo.

serem tabulados, e mensurar o que foi gerado de lixo a determinado intervalo de tempo, definido pelo professor (recomenda-se a contagem diária).

Na plataforma Recicla Sampa há diversos conteúdos para ampliar as informações sobre o tema conforme o direcionamento do professor.

No contexto social é fundamental valorizar as estratégias de reciclagem pelo impacto na geração de emprego e renda. Além disso, no aspecto ambiental é imprescindível reconhecer a importância das ações em prol do planeta das pessoas envolvidas nesse trabalho.

LIXO NO MUNDO: DIFERENTES PAÍSES, DIFERENTES QUANTIDADES DE LIXO.

O QUE ESTÁ POR TRÁS DESSAS CONTRADIÇÕES?

A atividade é realizada com um jogo interativo disponível na plataforma Recicla Sampa. Após a escolha de um país, o jogo fornece informações da produção de lixo entre 2012 (dados reais) e 2025 (estimativa com base no aumento anual da produção de lixo).

No Brasil e no mundo, diferenças sociais e econômicas entre diversas regiões são visíveis, também, pela quantidade e pelo tipo de lixo gerado pela população. Algumas dessas áreas são mais pobres, outras têm características rurais. Há ainda as industrializadas e/ou cuja população tem melhores condições econômicas e utiliza mais bens de consumo, gerando mais resíduos — vídeos disponíveis no Recicla Sampa mostram que essas diferenças podem igualmente ocorrer dentro de uma mesma cidade (“Dois hábitos, uma cidade - entenda como comportamentos podem influenciar na produção e gerenciamento do lixo em SP” e “O impacto do lixo - todos os dias São Paulo produz 12 mil toneladas de resíduos. Você sabe para onde vão?”).

Com o jogo é possível observar países que produzem muito pouco lixo em relação a outros. A discussão, nesse momento, busca entender o porquê dessa distinção, e o professor poderá explorar o assunto sob vários pontos de vista: histórico-cultural, densidade populacional, econômico, nível de industrialização, inserção no sistema de produção globalizado etc.

Vale destacar que essas questões também podem servir para contextualizar as diferenças existentes no território brasileiro, com suas dimensões continentais e desigualdades socioeconômicas marcantes.

Essa atividade pode ser desenvolvida como pano de fundo para a discussão de conteúdo programático do bimestre letivo.

PARA ONDE VAI NOSSO LIXO? QUAL A DIFERENÇA ENTRE LIXÃO E ATERRO SANITÁRIO?

A construção de maquetes do aterro controlado e do lixão, além de permitir a observação de suas diferenças e da importância ambiental da proibição dos lixões, pode, no contexto das ciências humanas, abrir um leque de abordagens sobre questões socioeconômicas ligadas aos resíduos sólidos.

Com a promulgação da Lei Federal n° 12.305/2010 - Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), regulamentada pelo Decreto Federal n° 7.404/2010, buscou-se a melhoria da qualidade ambiental, da saúde pública, do controle de emissão dos Gases do Efeito Estufa (GEEs) e a modernização das operações de gestão dos resíduos sólidos com uso de tecnologias, entre vários outros objetivos.

alguns vídeos da plataforma recicla sampa são indicados:

O IMPACTO DO LIXO SP gera 12 mil toneladas de resíduos por ano. Conheça o impacto do lixo na cidade.

O CAMINHO DO LIXO

Entenda a trajetória do lixo na cidade de SP e saiba como são processados os materiais recicláveis.

RECICLAGEM DE HÁBITOS

Repensar nosso comportamento é condição fundamental para um futuro sustentável.

RECICLÁVEIS X LIXO COMUM

Reciclar em SP não é apenas uma ação ambiental, é também uma ação social.

Além disso, a implantação dos aterros sanitários e a extinção dos lixões foi ponto importante da lei, que busca atender o bem-estar da população (ODS 3, 11 e 12), a geração de renda (ODS 1, 8 e 10) e a redução dos GEEs (ODS 7, 12, 13 e 17). Nesse momento, o enfoque da atividade do tipo “café filosófico” é discutir sobre as questões sociais diretamente ligadas às populações que viviam, ou vivem, no entorno dos lixões, como catadores e recicladores informais, e a possibilidade dessa atividade ser valorizada com as centrais de triagem e cooperativas de catadores. Esses locais, além de auxiliar na redução do descarte de matérias reaproveitáveis para o processo de reciclagem, passam a gerar emprego e oferecer garantias legais aos trabalhadores, assim como melhorar as condições socioeconômicas da região.

Conteúdos disponíveis no Recicla Sampa, como vídeos e reportagens, podem ser trabalhados em sala de aula pelo professor como parte da proposta de preparação do café filosófico sobre resíduos, reciclagem, lixão e aterros sanitários. Essa atividade é uma das muitas novidades que as instituições de ensino podem implantar visando uma educação que busca atender a ODS 4 (educação de qualidade).

Nessa estratégia pedagógica o docente não é o único interlocutor a transmitir conhecimento. A dinâmica proposta induz os estudantes a ser integrantes participativos da construção de conhecimento, depois de explorar o tema com vídeos e textos compartilhados pelo professor ou obtidos em canais de mídia. É um trabalho feito em equipe e que promove debates que organizam ideias e ampliam o foco de pesquisa, colaborando com a construção de conhecimento.

A proposta do café filosófico, como metodologia ativa, é proporcionar a reflexão, o debate e o questionamento, possibilitando ao aluno se posicionar sobre diferentes assuntos. O professor passa a ser um curador, um mediador cultural entre os educandos, eventuais convidados e demais envolvidos.

Especificamente no ensino fundamental, essa metodologia ativa, relacionada à sala de aula invertida, ajuda na ordenação do pensamento e, principalmente, no desenvolvimento da linguagem oral.

NO RECICLA SAMPA VOCÊ ENCONTRA VÍDEOS E OUTROS CONTEÚDOS RELACIONADOS AOS TEMAS DA RECICLAGEM.

CADA COLETOR DE LIXO RECICLÁVEL RECOLHE 1,6 TONELADA POR MÊS

Agentes ambientais desempenham papel fundamental no funcionamento das cidades.

COOPERATIVA FILADELPHIA: AS MULHERES NA LINHA DE FRENTE DA RECICLAGEM Com 12 anos de história, iniciativa é formada exclusivamente por mulheres.

RECIFAVELA: A

COOPERATIVA QUE FUNCIONA 24 HORAS Tudo começou com um trabalho de mobilização da juventude na comunidade da Vila Prudente.

A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO PARA A REALIZAÇÃO DO CAFÉ FILOSÓFICO

Antes da realização da atividade, o professor deve fazer sessões de apresentação dos vídeos. Posteriormente, recomenda-se dividir os alunos em grupos para leitura dos materiais selecionados (como os já mencionados), a fim de prepará-los para a discussão da temática.

É importante reservar o período de duas aulas consecutivas para o dia marcado para a realização do café filosófico, de modo que o grupo tenha tempo para o desenvolvimento das atividades de discussão e confraternização. A sala de aula deve ter as mesas dispostas em círculo, para acomodar os estudantes da maneira como foram divididos, isto é, participantes dos diferentes grupos se sentam com seus pares. Outras mesas, dispostas separadamente, servem para a escola organizar um lanche para ser consumido durante a atividade (a próxima figura oferece uma sugestão de distribuição espacial).

O FOCO DA ATIVIDADE É A DISCUSSÃO SOBRE

COMO FUNCIONA A RECICLAGEM NO BRASIL, QUEM SÃO AS PESSOAS DIRETAMENTE ENVOLVIDAS

NESSA ATIVIDADE E QUAL SUA IMPORTÂNCIA

SOCIOECONÔMICA E AMBIENTAL.

Como o fechamento dos lixões impactou as pessoas que viviam da coleta de recicláveis? De que maneira os aterros e suas centrais de triagem, assim como as cooperativas, ofereceram outra possibilidade de emprego e renda para esses indivíduos? Como é possível aumentar e melhorar a atividade de reciclagem no Brasil?

Figura 1: Distribuição espacial sugerida em sala de aula para a atividade de “café filosófico”.

CIÊNCIAS HUMANAS

EFEITO ESTUFA:

O QUE É,

DE ONDE VEM E COMO FUNCIONA?

A atividade visa trabalhar um conjunto de informações sobre a origem antropogênica (ação humana) dos Gases do Efeito Estufa (GEEs) na atmosfera. Hoje, uma das grandes preocupações mundiais é a questão das mudanças climáticas (ODS 13), que está diretamente ligada à emissão dos GEEs.

Qual o papel da atividade humana, principalmente depois da Revolução Industrial (fim do século 18 e início do 19), na atual crise das mudanças climáticas? Quais efeitos socioeconômicos negativos isso pode causar? Onde estão as populações que serão mais afetadas? Como elas serão afetadas e o que isso pode desencadear em termos sociais?

Para aprofundar o tema de modo abrangente, recomenda-se que, em aula dupla (“dobradinha”), seja reproduzido para os alunos o filme Uma Verdade Inconveniente, do ativista e ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore. Na obra, são discutidos aspectos das mudanças climáticas e apresentadas simulações do aumento do nível do mar em diversas regiões do planeta. Ao assisti-lo, os alunos terão a dimensão da perda de áreas urbanas e agriculturáveis, oferta de água doce etc.

O foco é a dimensão social do impacto — não só do aumento do nível do mar, como também das mudanças climáticas, que afetarão a distribuição de chuvas e a temperatura do globo, interferindo na produção de alimentos, água, sobrevivência de animais polinizadores e disseminação de doenças.

A organização independente Climate Central, que realiza pesquisas sobre o tema, tem uma série de reportagens que podem dar subsídios ao professor. Outras fontes com material de apoio são os sites do Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas, do Ministério do Meio Ambiente do governo do Brasil e da organização Fundo Mundial Para a Natureza (WWF). Caso o docente opte por focar a discussão no Brasil, basta fazer um recorte sobre as informações compartilhadas nos links e direcionar os alunos a um estudo específico do território nacional.

FUNDAMENTAL I E II 4º, 5º e 6º ANO

CIÊNCIAS NATURAIS

ATIVIDADES PROPOSTAS

MINHOCÁRIO E A RECICLAGEM DE MATÉRIA ORGÂNICA

O objetivo da atividade é demonstrar como alguns organismos transformam a matéria orgânica e a devolvem ao ambiente (decomposição, ciclo dos nutrientes), além de abordar uma estratégia de redução do resíduo sólido orgânico gerado nos domicílios com a transformação em adubo para ser utilizado em jardins, ajudando no desenvolvimento das plantas.

A atividade poderá se estender pelo semestre inteiro, pois demandará a construção do minhocário, a colocação gradual de matéria orgânica nos recipientes que integram a estrutura e o acompanhamento da transformação em húmus, assim como a coleta de chorume.

É sabido que, após o primeiro ciclo de preenchimento da composteira, e com o aumento da população de minhocas, a produção de húmus vai gradativamente ficando mais rápida — é comum que esse processo que leva de quatro a seis meses, após o ciclo inicial, demore em torno de dois meses.

Nesse período o professor poderá desenvolver pesquisas com os alunos para que eles entendam a importância dos organismos decompositores, como funciona o ciclo dos nutrientes, como ocorre o processo de adubação e por que ele é importante para as plantas e a produção de alimentos. Outro aspecto relevante para a discussão é o fato de a compostagem colaborar com a diminuição da quantidade de lixo orgânico que vai para os aterros sanitários. Uma série de assuntos relacionados ao tema se enquadra no conteúdo do Ciclo Interdisciplinar.

O vídeo explicativo do minhocário (“Você sabia que o lixo orgânico também é reciclável?”), disponível na plataforma Recicla Sampa, um link da composteira doméstica Humi e outro para o vídeo “Morada da floresta” explicam como funciona o minhocário. O conteúdo, apresentado pelo professor em sala de aula, é o início da conversa sobre a transformação de restos de alimento em adubo e a consequente diminuição da quantidade de lixo gerada.

CONSTRUINDO O LAR DAS MINHOCAS

Selecione um local que servirá para depositar restos de comida, regular a umidade do sistema e bloquear a entrada de luz, que é prejudicial para as minhocas. Existem diversos modelos de recipientes à venda, mas é possível improvisar com uma caixa de madeira que facilite a circulação de oxigênio e absorva a umidade, baldes ou caixas de plástico de cor opaca.

É necessário que os itens sejam perfeitamente empilháveis, encaixando-se facilmente uns nos outros. Os dois recipientes de cima serão utilizados para a digestão da matéria orgânica e o terceiro, situado embaixo de todos, será usado para a captação do chorume, também chamado de biofertilizante (o esquema ao lado mostra seu funcionamento).

O ideal é empilhar três ou mais caixas, pois enquanto uma é alimentada com resíduos, as outras vão realizando o processo de

1

A caixa deve ter uma tampa (sem furos) para evitar que a luz entre e seu composto fique ressecado.

2 3

O recipiente deve ser colocado em um local fresco e ventilado, para não superaquecer.

Adicione as minhocas e deixe descansando por aproximadamente uma ou duas semanas antes de iniciar a colocação dos restos de alimentos. Esse período é necessário para que elas se acostumem com o meio.

decomposição alternadamente (caixas digestoras) ao mesmo tempo em que a última coletará o biofertilizante (caixa coletora).

Para a produção da composteira é preciso realizar de 50 a 100 furos (conforme o tamanho da caixa), de 4 a 6 seis milímetros de diâmetro, no fundo das caixas digestoras. Na caixa coletora de biofertilizante os furos não são necessários, mas ela pode conter uma torneira para facilitar a retirada do líquido acumulado, rico em nutrientes, que deve ser diluído a uma proporção de 1:5 até 1:10 para ser utilizado no solo e ou borrifado nas folhas e plantas.

QUANTIDADE DE MINHOCAS

Os minhocários domésticos recebem os resíduos orgânicos na medida em que são gerados em casa. Por essa razão, o número de minhocas para um equipamento doméstico é menor.

Dimensionando a quantidade recomendada para um minhocário com duas caixas de 45 cm x 35 cm x 20 cm (aproximadamente 0,16 m2), o número inicial de minhocas não deve ser superior a 200 indivíduos adultos, lembrando que é preciso acrescentar dois dedos de húmus na caixa antes de colocar os animais. Em dois meses, a população deve dobrar.

Após iniciar a colocação de matéria orgânica, quando a primeira caixa ficar cheia, é preciso movê-la para a posição imediatamente abaixo de onde estava. Isso permite que os resíduos sejam totalmente compostados e processados pelas minhocas enquanto a caixa que estava vazia, e que agora foi colocada na parte de cima, seja preenchida.

Na caixa coletora, fure a lateral para instalar uma torneirinha (tipo bebedouro) ou uma mangueira de escoamento (opcional) para facilitar a remoção do biofertilizante.

Também é muito útil colocar um pedaço de tijolo que sirva de escada caso as minhocas desçam até a caixa de baixo (coletora), para que não se afoguem no chorume.

7 8

4 5 6 9

É importante saber que as minhocas nunca descem de caixa, sempre sobem — se isso acontecer é porque o ambiente de uma das caixas digestoras não está saudável, então é necessário verificar o que está errado.

As dimensões das caixas podem variar com o tamanho da família e do local disponível para armazenar as caixas. Para um espaço pequeno é mais comum que se use as de 15 litros, com dimensões de 43 cm x 35 cm x 43 cm, ideais para casas com até três pessoas, com capacidade de 0,5 litro de matéria orgânica por dia.

Para ampliação da capacidade, acrescente caixas extras.

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À medida que o minhocário vai se estabilizando, as minhocas vão se reproduzindo. Com o aumento do número de minhocas (uma população pode quadruplicar), o húmus estará pronto para separação em algumas semanas.

Para fazer a separação, use uma peneira grossa número 4.

Uma vez que se retira o húmus, aconselhase que seja utilizado em até seis meses. Depois disso ele passa a perder nutrientes.

CIÊNCIAS NATURAIS

A minhoca mais utilizada é a californiana vermelha (Eisenia hortensis), que tem cerca de dez centímetros de comprimento e corpo vermelho. Ela come, diariamente, mais da metade do próprio peso e se reproduz rapidamente. Como algumas pessoas têm nojo ou receio de ter minhocas em casa, vale lembrar que que elas não saem das caixas, não exalam cheiro e muito menos transmitem doenças.

O QUE COLOCAR NO MINHOCÁRIO

As minhocas comem restos de hortaliças e frutas, vários tipos de grãos, folhas de chá, borra de café e cascas de ovos. Misture o material orgânico ao alimentar as minhocas, o que afastará moscas. Se puder, triture o material antes de introduzi-lo na caixa de compostagem, isso fará com que as minhocas o comam mais rapidamente ao digerir alimentos menores.

Não alimente as minhocas com itens difíceis de digerir, como:

ALIMENTOS CÍTRICOS CARNE

LATICÍNIOS

FEZES CANINAS OU FELINAS (existe outra composteira para estes)

Uma vez construído o minhocário, a primeira leva de húmus deve demorar algo em torno de quatro meses para ser formada. É interessante que seja colocada, ao menos de duas a três vezes por semana (segunda, quarta e sexta, por exemplo), matéria orgânica para que as minhocas tenham alimento e o transformem.

A discussão com os alunos poderá envolver aspectos referentes aos tipos de alimento depositado e à importância de uma alimentação saudável. Outros assuntos que podem ser abordados são: a função dos organismos detritívoros/ decompositores e seu destaque no ciclo dos nutrientes; o papel das minhocas para revolver, aerar e aumentar a capacidade de drenagem do solo; a relevância desse tipo de transformação de matéria orgânica em adubo, em vez de o material ser jogado no lixo; e as possibilidades de diminuir a geração de resíduos sólidos.

Dentro dessa dinâmica é fundamental que o professor mantenha os alunos conectados ao experimento do minhocário, mostrando até mesmo aspectos comportamentais e reprodutivos das minhocas como representantes de um grupo do reino animal.

GALHOS, SEJAM ELES GROSSOS OU FINOS

COMO A CORRETA SEPARAÇÃO DOS RESÍDUOS

SÓLIDOS CONTRIBUI PARA A CONSTRUÇÃO DE UM FUTURO AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL?

Para essa atividade de ciências com enfoque no lixo, na poluição e nas ações para diminuir um problema ambiental, cinco vídeos disponíveis na plataforma Recicla Sampa são recomendados:

NO RECICLA SAMPA VOCÊ encontra vídeos e outros conteúdos relacionados aos temas propostos nas atividades.

O IMPACTO DO LIXO Todos os dias São Paulo produz 12 mil toneladas de resíduos. Você sabe para onde vão?

MISTURA DO LIXO DIFICULTA A RECICLAGEM

O primeiro passo para contribuir com o processo é separar os resíduos em dois grupos.

OS CAMINHOS DO PLÁSTICO

Entenda o processo de reciclagem daquele que é considerado o maior vilão do meio ambiente.

RESÍDUOS SÓLIDOS VIRAM ENERGIA NA PRIMEIRA USINA DE BIOGÁS DO BRASIL

Vídeo do acervo da plataforma Recicla Sampa sobre a captação do metano para geração de energia.

5 DICAS PARA SEPARAR

O LIXO CORRETAMENTE

O processo é simples: basta separar lixo comum de reciclável.

CIÊNCIAS NATURAIS

O que acontece com os dois tipos diferentes de lixo (comum e reciclável)?

Por que é importante separá-los?

Quanto tempo os diferentes tipos de material demoram para ser decompostos na natureza?

Abaixo, dois links para obtenção dessas informações. O professor pode buscar outras fontes, caso julgue necessário.

TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO DE ALGUNS MATERIAIS

Antes de jogar lixo na rua, saiba quanto tempo demora para se decompor.

CONSUMO SUSTENTÁVEL Manual de educação.

Vale lembrar que muitos materiais não vão parar no lixo. São jogados nas ruas, nos rios, em terrenos baldios, bueiros e acabam causando vários problemas não somente na região onde foram descartados, como também nos lugares para onde são levados.

Os alunos envolvidos nesta atividade deverão, com a ajuda do professor, desenvolver uma série de cartazes explicativos sobre os Rs que ajudam a diminuir a produção do lixo, além de painéis mostrando quanto tempo dura a decomposição de itens produzidos pela indústria que podem, e devem, ser reciclados. Para colaborar na abordagem dos 5 Rs há um vídeo disponível no Recicla Sampa: “Você pratica os 5 Rs da sustentabilidade? Repensar, reduzir, reutilizar, recusar e reciclar são pilares fundamentais”. Esta atividade é ponte para outra a ser desenvolvida na sequência.

LIXO NO MUNDO: COMO OS DIFERENTES

MATERIAIS DESCARTADOS E TRANSFORMADOS EM LIXO PODEM PREJUDICAR O MEIO AMBIENTE?

A atividade é realizada com um jogo interativo disponível na plataforma Recicla Sampa. Após a escolha de um país, o jogo fornece informações da produção de lixo entre 2012 (dados reais) e 2025 (estimativa com base no aumento anual da produção de lixo). Com ele é possível ter uma noção sobre quais são os grandes produtores de lixo no planeta.

Nesta etapa, é imprescindível que o professor realize uma sessão de vídeos e leituras de textos sobre o tema para que, com base nos dados de produção de lixo, os alunos possam pensar em estratégias para minimizar o impacto na natureza.

CONTEÚDOS DISPONÍVEIS NA PLATAFORMA RECICLA SAMPA

AJUDAM A ESQUENTAR A DISCUSSÃO E PODEM AUXILIAR NA SESSÃO

EDUCATIVA SOBRE O PONTO FOCAL DO JOGO:

TRATADO GLOBAL PARA REGULAR LIXO PLÁSTICO AVANÇA NA ONU

Crise do lixo plástico demanda pacto global para conter poluição.

AJUDE A CONTER O TSUNAMI DE LIXO ELETRÔNICO Eletrolixo é o tipo de resíduo que mais cresce no mundo.

CIÊNCIAS NATURAIS

NO RECICLA SAMPA VOCÊ encontra vídeos e conteúdos PARA Ajudar a promover debates na sessão educativa.

POR QUE RECICLAR O ÓLEO DE COZINHA

Entenda a importância da destinação correta desse resíduo.

INSTITUTO TRIÂNGULO TRANSFORMA ÓLEO DE COZINHA USADO EM SABÃO Maior rede de coleta voluntária de óleo do Brasil investe na reciclagem do produto.

6 MOTIVOS PARA TROCAR SACOLAS PLÁSTICAS POR RETORNÁVEIS

Conscientização da população é essencial para a redução do consumo.

É POSSÍVEL VIVER

SEM PLÁSTICO?

Repensar hábitos é fundamental, e a gente te mostra como.

DESCARTE CORRETO

Conheça a maneira adequada de descartar o seu resíduo.

O IMPACTO DO LIXO

Todos os dias São Paulo produz 12 mil toneladas de resíduos. Você sabe para onde vão?

CIÊNCIAS NATURAIS

Ao fim da atividade, o professor deverá estimular os alunos a descrever, em cartazes que podem ser distribuídos pelo espaço escolar, ações que ajudem a diminuir a produção de lixo e realizar seu descarte adequado, de modo a evitar problemas ambientais. A produção dos cartazes pode ter a participação dos docentes de artes e informática, assim como uma revisão de textos pelos professores de língua portuguesa.

A atividade é planejada para ser desenvolvida durante cerca de quatro semanas e poderá compor o conteúdo de avaliação do bimestre letivo.

CIÊNCIAS NATURAIS

PARA ONDE VAI O LIXO? A DIFERENÇA ENTRE LIXÃO E ATERRO SANITÁRIO

A atividade consiste na construção de maquetes como estratégia “mão na massa” para observação e discussão das diferenças entre aterro sanitário e lixão.

A Lei Federal nº 12.305/2010, chamada de Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), foi regulamentada pelo Decreto Federal nº 7.404/2010 e, entre outras determinações, definiu a proibição da existência de lixões e a obrigatoriedade de direcionar o descarte dos resíduos a aterros sanitários.

Em prol da qualidade ambiental, da saúde pública, do controle de emissão dos Gases do Efeito Estufa (GEEs) e da modernização das operações de gestão dos resíduos sólidos com uso de tecnologias, a PNRS encontra, nos aterros sanitários, ponto importante para atender o bem-estar da população (ODS 3, 11 e 12), gerar renda (ODS 1, 8 e 10), reduzir os GEEs (ODS 7,12, 13 e 17) e estabelecer uma relação direta com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da ONU.

Assim, a atividade de construção de maquetes de um lixão e um aterro sanitário pretende transmitir, por meio da metodologia mão na massa, o conhecimento das distinções entre os locais de destinação de resíduos.

Ainda que os lixões sejam proibidos no Brasil, muitos deles existem e comprometem a qualidade do solo, das águas subterrâneas (e superficiais), a atmosfera (pela emissão de GEEs), os seres vivos (em virtude da proliferação de doenças em animais que se alimentam de lixo) e a saúde das populações que vivem no entorno.

Os aterros sanitários, por outro lado, são estruturas de engenharia projetadas para receber resíduos e minimizar os efeitos nocivos que possam causar ao ambiente, uma vez que impedem a contaminação do solo e coletam o chorume, captam os GEEs para queima ou geração de energia, impedem a proliferação de insetos ou animais que se alimentam dos resíduos e dispõem de monitoramento ininterrupto da disposição do material a eles destinado.

Nesse sentido, é importante que os alunos tenham acesso a textos que possam ajudá-los a entender as diferenças entre os locais de descarte de resíduos e por que é cada vez mais imprescindível para o bem-estar de todos que não existam mais lixões, e sim aterros sanitários.

Na plataforma Recicla Sampa professores e estudantes encontram dezenas de materiais sobre o tema. Após as atividades de leitura, exibição de vídeos e debate em sala de aula, os alunos devem ser separados em pequenos grupos para montar as maquetes que representam a estrutura de lixões e aterros sanitários.

Diversos conteúdos na web permitem uma leitura direta sobre essas diferenças. Aqui são indicados alguns deles para subsidiar o professor e os alunos:

ATERROS X LIXÕES: ENTENDA A DIFERENÇA

LIXÕES SÃO A PIOR FORMA DE DESTINAR RESÍDUOS NO BRASIL

DADOS E ESTATÍSTICAS

SOBRE RECICLAGEM NO BRASIL

Abaixo, três vídeos rápidos para compreensão do tema:

RESÍDUOS SÓLIDOSMOMENTO AMBIENTAL VOCÊ SABE PARA ONDE VAI O LIXO QUE VOCÊ PRODUZ?

O QUE CADA UM PODE FAZER PARA PRODUZIR MENOS LIXO

CONSTRUINDO MAQUETES DE LIXÃO E ATERRO SANITÁRIO

Para a construção das maquetes serão utilizados Os SEGUINTES materiais:

RECICLADOS

• papelão

• tampinhas de plástico

• pedaços de plástico

• brinquedos quebrados

• palitos de madeira

• tampa de caneta

• pedaços de isopor

• canudos

• serragem

• pedaços de papel colorido

PAPELARIA

• caneta hidrocor

• lápis colorido

• tesoura

• cola ou fita adesiva

• tinta guache

• régua

Após a montagem das maquetes e com todo o aprendizado decorrente de leituras, vídeos e discussões em salas de aula, os estudantes deverão fazer uma apresentação para os colegas mostrando por que é preciso acabar com os lixões e exigir que todas as cidades do país encaminhem os resíduos apenas para aterros sanitários, como mais uma maneira de proteger o planeta.

Outra proposta é o professor realizar uma exposição das maquetes para a qual os alunos também produziriam cartazes explicando aos visitantes os fatores negativos dos lixões e por que os aterros sanitários são parte da solução para a destinação adequada dos resíduos sólidos.

APRESENTAMOS DOIS ESQUEMAS QUE REPRESENTAM DE MANEIRA DIDÁTICA E SIMPLIFICADA COMO É A ESTRUTURA DE UM ATERRO SANITÁRIO E DE UM LIXÃO PARA AJUDAR OS ALUNOS

NA HORA DA ELABORAÇÃO E MONTAGEM DAS MAQUETES.

reservatório de chorume

dreno de chorume

camadas de lixo

ATERRO SANITÁRIO

tubo de captação de biogás

soprador

frame (queima de gás para geração de “créditos de carbono”)

sistema de tratamento de biogás

grama (vegetação recomposta)

lençol freático

LIXÃO

urubus e outros animais

solo natural

poluição

chorume

lençol freático

EFEITO ESTUFA: O QUE É, DE ONDE VEM E COMO FUNCIONA?

A atividade procura trabalhar um conjunto de informações sobre a composição de gases da atmosfera, principalmente os que são considerados desencadeadores do efeito estufa. O estudo envolve suas origens e como o fenômeno está relacionado com a distribuição de vida no planeta.

Atualmente, uma das grandes preocupações mundiais é com relação às mudanças climáticas (ODS 13), que estão diretamente ligadas à emissão de GEEs. A atividade proposta tem como objetivo pesquisar e responder as seguintes questões: qual o papel da ação humana na atual crise das mudanças climáticas? Quais efeitos biológicos negativos ela pode causar?

Para os alunos entenderem de onde vem o termo “efeito estufa” será montado um miniterrário/estufa. No site do Banco Internacional de Objetos Educacionais (Bioe) o texto “Ponto Ciência – várias experiências, um só lugar” ensina a realizar a montagem de um terrário com garrafa PET que, nesta atividade, será um simulador do funcionamento de uma estufa.

No passo a passo da montagem, é interessante que o professor ofereça, se possível, todos os elementos necessários para a produção da peça dentro do terreno da escola e faça a busca e montagem com a participação ativa dos estudantes.

Com o terrário pronto, será possível que os alunos verifiquem a diferença de temperatura dentro e fora da estrutura, já que ela funciona como uma estufa,

EXPERIMENTO DE MONTAGEM DO TERRÁRIO

No experimento de montagem do terrário é essencial manter a atenção nos passos 6 e 7 (ciclo da água e ciclo do carbono) e acrescentar uma nova observação: durante a montagem, colocar um termômetro na área do terrário preso a uma haste de madeira para que a temperatura interna seja comparada à de outro termômetro, disposto do lado de fora e que determinará a temperatura externa.

PARA A CONSTRUÇÃO DO TERRÁRIO/ESTUFA OS

MATERIAIS NECESSÁRIOS SÃO:

• garrafa PET de cinco litros (de preferência)

• pedrisco ou pedaços de tijolo/telha

• areia

• terra

• plantas (verificar as indicações constantes na atividade)

• água

• pedaços de papel colorido

portanto manterá temperaturas maiores no interior do que fora dele. Nesse sentido, o vidro/plástico cristal permite a entrada dos raios infravermelhos na estrutura, e impede que a maior parte deles retorne ao exterior, fazendo com que a temperatura interna se eleve. Com o vapor d’água e o CO2 do interior (que são GEEs) mantidos “presos” na estrutura, há ainda mais retenção de calor, daí o termo “estufa”.

Porém existem outros GEEs que são responsáveis por grande retenção de calor na atmosfera. Embora alguns também possam ser gerados por processos naturais, atualmente a atividade humana tem propiciado que tenham sua produção aumentada por acúmulo de lixo, atividades agropecuárias, queima de florestas, atividade industrial e queima de combustíveis fósseis.

Nos centros urbanos como São Paulo ocorrem várias dessas atividades humanas geradoras de GEEs, como a circulação de grande frota de carros e caminhões, o funcionamento de indústrias e a enorme quantidade de lixo produzida diariamente (18 mil toneladas de lixo residencial, do sistema de saúde, restos de feiras livres, podas de árvores, entulho etc.). Apenas de resíduos domiciliares são coletados entre 10 mil e 12 mil toneladas por dia, segundo a prefeitura da cidade.

Se o desenvolvimento urbano e populacional tem causado tanto desequilíbrio nas condições atmosféricas e climáticas globais, como a humanidade poderia reverter ou diminuir o atual estado do efeito estufa?

No site Blog do Enem há uma matéria intitulada “Veja o efeito estufa: origem, causas e consequências ambientais”. No artigo, além de um texto explicativo, dois infográficos e três vídeos podem ajudar o professor e os alunos nessa discussão. Sabendo que, hoje, o principal problema é a emissão em excesso de GEEs decorrente direta e indiretamente da ação humana, alguns acordos vêm sendo construídos mundialmente com o intuito de reduzir os efeitos ambientais de extinção de espécies, mudanças nos ecossistemas e aumento do nível do mar.

Há uma simulação disponível no YouTube, realizada pela Climate Central, organização independente que realiza pesquisas sobre mudanças climáticas, em que se vê, nas cidades do Rio de Janeiro, Nova York e Londres, os efeitos da elevação do nível do mar caso ocorram aumentos de temperatura atmosférica na ordem de 1,5°C, 2°C e 4°C.

principais gases que retêm o calor na atmosfera decorrente dos raios infravermelhos refletidos pela superfície do planeta:

VAPOR D’ÁGUA (H2O) Encontra-se em suspensão, principalmente, nas camadas baixas da atmosfera (troposfera), cobrindo uma faixa vertical de cerca de 5 km.

DIÓXIDO DE CARBONO OU GÁS CARBÔNICO (CO2) É emitido como resultado das inúmeras atividades humanas, como uso de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural). A quantidade de gás carbônico na atmosfera aumentou 35% desde a era industrial. O CO2 é utilizado como referência para classificar o poder de aquecimento global dos demais GEEs. A medição de variação do CO2 na atmosfera se iniciou no fim da década de 1950, no observatório de Mauna Loa, no Havaí, localizado no Oceano Pacífico.

GÁS METANO (CH4) Produzido pela decomposição da matéria orgânica. É abundante em aterros sanitários, lixões e reservatórios de hidrelétricas, e também pela criação de gado (a pecuária representa 16% das emissões mundiais de GEEs) e pelo cultivo de arroz. Com poder de aquecimento global 21 vezes maior do que o CO2

GASES FLUORADOS São poderosos

GEEs sintéticos emitidos a partir de uma variedade de processos industriais. Podem reter de 10 mil a 20 mil vezes mais calor na atmosfera do que o CO2

ÓXIDO NITROSO (N2O) A emissão deste gás resulta, principalmente, do tratamento de dejetos animais, do uso de fertilizantes, da queima de combustíveis fósseis e de alguns processos industriais. Possui um poder de aquecimento global 310 vezes maior do que o CO2.

Outra possibilidade de aprofundar o tema de modo abrangente é, em aula dupla (“dobradinha”), a reprodução do filme Uma Verdade Inconveniente, do ativista e ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore. Na obra, são discutidos aspectos das mudanças climáticas e apresentadas simulações do aumento do nível do mar em diversas regiões do planeta.

Assim, o conjunto de informações para se discutir os problemas do efeito estufa para a biodiversidade poderá gerar, além dos debates em salas de aula, caso o professor julgue interessante, a elaboração de materiais de divulgação com enfoque explicativo (para pessoas com nível de escolaridade compatível ao ensino fundamental II) sobre: quais são os GEEs; causas e consequências do efeito estufa; como o aumento do nível do mar pode prejudicar as cidades e a biodiversidade etc.

Da maneira como a abordagem didática dessa proposta foi sugerida, vê-se que pode ser desenvolvida por muitas aulas/semanas, de forma a compor uma importante atividade para o bimestre letivo.