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anos? Eu sempre seria grata por todo o afeto e apoio que ele ofereceu a Gideon nos momentos em que ele mais precisava. Cortamos o pequeno bolo e brindamos com champanhe na varanda da suíte. Assinamos o livro de registros do reverendo e a certidão de casamento. Gideon passou os dedos de leve sobre o documento. “Era disso que você precisava?”, eu provoquei. “De um pedaço de papel?” “Eu precisava de você, sra. Cross.” Ele me puxou para perto. “Só isso.” Angus apanhou o acordo pré-nupcial e a certidão de casamento e levou consigo quando saiu. Os documentos seriam devidamente registrados em cartório pelo gerente do hotel e devolvidos para Gideon guardar junto com seus demais papéis. Quanto a Gideon e eu, nós acabamos na cabana, onde nos agarramos sem roupa, bebemos champanhe, entregamos nossos corpos um ao outro e nos beijamos sem pressa à medida que o sol se punha. Isso também foi perfeito. “E então, como é que a gente vai explicar tudo isso quando voltar?”, eu perguntei enquanto jantávamos à luz de velas na sala da suíte. “Essa história de sumirmos do mundo e voltarmos casados?” Gideon encolheu os ombros e lambeu a manteiga derretida do polegar. “Como você quiser.” Arranquei a carne de uma perna de caranguejo e considerei as opções. “Pro Cary eu preciso contar. E acho que o meu pai não vai se incomodar. Eu meio que já mencionei isso uma vez, e você pediu a permissão dele, então está tudo certo. E acho que pro Stanton não vai fazer muita diferença, né?” “Não mesmo.” “Só estou preocupada com a minha mãe. As coisas entre nós não andam boas. Acho que ela vai adorar saber que nós casamos” — fiz uma pausa, como quem ainda não acredita que aquilo fosse mesmo verdade — “mas não quero que ela pense que não foi incluída na cerimônia porque eu estava com raiva dela.” “Então é só dizer pra todo mundo que só ficamos noivos.” Mergulhei a carne de caranguejo na manteiga derretida, ainda tentando me acostumar à ideia de que veria Gideon sem camisa e relaxado muitas vezes dali em diante. “Ela vai surtar se achar que vamos morar juntos antes do casamento.” “Bom, então é melhor resolver isso o quanto antes”, ele respondeu secamente. “Você é a minha mulher, Eva. Se todo mundo sabe disso ou não, não faz diferença, porque eu sei. Quero encontrar você na minha casa todos os dias quando chegar, tomar café da manhã com você ao acordar, ajudar você a fechar o zíper do seu vestido de manhã e a abri-lo à noite.” Observando enquanto ele partia uma perna de caranguejo com a mão, eu perguntei: “Você vai querer usar aliança?”. “Claro que vou.” Isso me fez sorrir. Ele parou o que estava fazendo e ficou me olhando. “Que foi?”, eu perguntei, notando seu silêncio. “A minha cara está suja de


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