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Pouco depois das cinco da manhã, acordei sobressaltada, ainda assustada por um sonho que havia tido, no qual Gideon e eu brigávamos feio. Ainda abalada por um sentimento profundo de tristeza e solidão, permaneci deitada imóvel na cama por vários minutos. Queria que Gideon estivesse ao meu lado. Queria poder apenas me virar para o lado para poder abraçá-lo e sentir seu corpo contra o meu. Em parte pelo fato de eu estar menstruada, nós não transamos na noite anterior. Em vez disso, simplesmente des utamos do conforto da companhia um do outro. Ficamos agarradinhos na cama vendo televisão até que o cansaço proporcionado pelo exercício pesado na esteira cobrasse seu preço e me fizesse apagar. Eu adorava aqueles momentos de tranquilidade em que nos limitávamos a ficar abraçados em silêncio. Quando a atração sexual não vinha à tona com tanta violência. Adorava sentir sua respiração contra a minha pele, e a maneira como minhas curvas se encaixavam em seu corpo, como se tivéssemos sido feitos um para o outro. Soltando um suspiro, me dei conta do que estava me deixando aflita. Era quinta-feira, e Brett Kline estava chegando a Nova York, isso se já não estivesse na cidade. Gideon e eu estávamos só começando a criar uma nova rotina juntos, o que significava que a visita de Brett aconteceria no pior momento possível. Eu estava com medo de que algo saísse errado, que algum gesto mal interpretado pudesse criar mais problemas para nós. Seria a primeira vez que Gideon e eu seríamos vistos publicamente em um mesmo evento depois de nosso “rompimento”. E tinha tudo para ser uma tortura. Ficar ao lado de Brett enquanto meu coração estava com Gideon. Saí da cama, fui até o banheiro, me lavei e vesti um short e uma camiseta curtinha. Eu precisava estar com Gideon, ficar mais um pouco com ele antes que aquele dia tão complicado começasse. Silenciosamente, fui até o apartamento ao lado, incapaz de disfarçar a excitação pelo ato de ousadia de aparecer na casa dele no meio da madrugada, por mais que ele dissesse que ela era nossa. Uma vez lá dentro, larguei a chave sobre o balcão da cozinha e segui pelo corredor até o quarto de hóspedes. Ele não estava lá, e meu coração se apertou, mas continuei procurando, porque era capaz de sentir sua presença. Meus nervos estavam à flor da pele como só ficavam quando ele estava por perto. Eu o encontrei na suíte principal, abraçado ao meu travesseiro, deitado quase de bruços. Estava coberto até a cintura, deixando as costas e os braços musculosos à mostra e revelando apenas uma curvatura da sua bunda fenomenal. Ele era como a encarnação de uma fantasia erótica. E era meu.


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