hip_hop

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to que reúne tantas pessoas e arranca muitos gritos. No comando da diversão estão alguns b.boys da equipe Jabaquara Breakers, responsável por difundir o hip hop naquele município pobre da Grande São Paulo. As filhas de Simone chamam a atenção porque são as mais novas do lugar. E, talvez, as mais dispostas. Das 12 às 18 horas não pararam de dançar um minuto. Tatiane e suas irmãs Taís, de 10 anos, e Bianca, de 8, assistem à aula de break dada pelo presidente dos Jabaquara Breakers, o b.boy Moisés, e durante o intervalo ainda têm fôlego para ensaiar. Os olhos azuis das três garotinhas brilham diante de cada novo passo que aprendem. Simone não pode deixar de admirar. “No começo não gostei muito dessa história de hip hop, mas é porque eu não conhecia. Agora vejo como isso é importante para elas”, acrescenta Simone, chacoalhando ao som do rap. Ela é uma verdadeira entusiasta do hip hop: cedeu sua casa para a realização da primeira reunião dos Colinas Breakers, equipe que acaba de ser fundada pelos estudantes, com o apoio dos Jabaquara Breakers, e leva o nome do bairro onde a escola se localiza. Simone acolhe os jovens como que para uma festa: prepara dois bolos de cenoura, batata temperada, torta de frango e refrigerante. Depois que o racha ter-

Tatiane (de bermuda) acompanha a aula de break.

Hip hop – A periferia grita

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