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90% dos professores já realizaram alguma atividade proposta pelo Escola D´Água
Garantir que a mudança seja incorporada pelas comunidades sem acompanhamento intensivo
Outro desafio desta segunda fase foi desenhar uma estratégia de permanência para as comunidades da primeira fase de modo que os ganhos em termos de mudanças nas atitudes e práticas em relação à agua, saneamento, higiene e saúde se mantivessem, independente da presença da equipe. É comum que o que foi aprendido em alguma atividade ou experiência se perca, caso não seja incorporado ao dia a dia ou frequentemente relembrado e incentivado. Ainda que o Escola D´Água reconheça o professor como este agente de mudança, e os alunos como disseminadores desses conhecimentos, atitudes e práticas nas suas casas, no Amazonas, grande parte dos professores mudam de escola, em decorrência de um processo que implica na realocação anual dos mesmos. Ademais, escolas rurais não oferecem todos os ciclos educacionais e muitos dos alunos que participaram das atividades do Escola D´Água deixam de frequentar a escolas após alguns anos. Este cenário desafiador reforçou a decisão de ajustar a estratégia para ampliar o número de professores capacitados para implantar as atividades educacionais do Escola D´Água, de forma a ampliar as chances de continuidade do projeto nas comunidades. Constatou-se também a necessidade de buscar outros potenciais agentes de mudança nas comunidades que pudessem contribuir com a continuidade das ações. A estratégia encontrada - apresentada e discutida mais adiante neste relatório - foi incentivar grupos de jovens protagonistas nas comunidades.
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Este novo componente de protagonismo juvenil integrou diversos aspectos positivos: • Envolve jovens egressos da escola, que de outra forma teriam pouco contato com as temáticas abordadas pelo Escola D´Água; • Incentiva o protagonismo de pessoas da comunidade na agenda da água, que em muitos casos vão permanecer na comunidade podendo assim dar continuidade as ações do projeto; • Os jovens têm grande potencial de realizar iniciativas locais e campanhas; • Incute-se a importância de se cuidar das fontes de água em potenciais futuras lideranças comunitárias; • Reforça-se as questões de higiene e saúde em jovens que estão mais próximos de constituir novos núcleos familiares ou que têm responsabilidades crescentes em seus núcleos de origem.