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mais de 200 jovens para iniciativas ambientais na região

Implantar o Escola D’água onde não existe estrutura de escola e muito menos água e sanitários

Desde o início do projeto, nota-se que as infraestruturas escolares nas comunidades participantes estão muito aquém do mínimo necessário para atender alunos com dignidade e segurança. Essa precariedade não se limita à questão de acesso a água ou saneamento, mas em muitos dos casos da estrutura da escola como um todo.

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Dentre as comunidades em que o projeto atuou até o momento, 30% não possuíam estrutura escolar. Nestas comunidades as aulas eram realizadas de forma improvisada em casas emprestadas ou alugadas, centros sociais ou igrejas. Muitas das escolas existentes padecem de falta de manutenção e têm sido castigadas pelos, cada vez mais frequentes, eventos climáticos extremos. Fortes chuvas e grandes enchentes, degradam as escolas construídas em madeira. Nos casos mais críticos as escolas apresentavam a estrutura tão comprometida que as aulas deixaram de ocorrer lá por questões de segurança. A situação de acesso a água e saneamento também é crítica. Dados oficiais recentes indicam que 86% das escolas da zona rural do município de Beruri não possui abastecimento de água para consumo. A linha de base realizada pela equipe do Escola D´Água identificou que 65% das escolas participantes não possuía sanitários. O cenário prevalente nas comunidades é o de latrina à céu aberto, ou apenas uma pequena estrutura para privacidade com um buraco no chão e tábuas para apoiar – essa é também a realidade de muitas escolas. Nas comunidades, em área alagadas ou flutuantes, utiliza-se uma estrutura equivalente, em que os dejetos vão diretamente para as fontes de água. A situação da infraestrutura das escolas impõe uma barreira ao processo de mudança desejado pelo Escola D´Água. Para que as atitudes e práticas relativas à higiene e saúde sejam incorporadas são necessárias condições mínimas. Ampliar o acesso a água e construir sanitários nestas escolas tem sido fundamental para criar uma cultura de maior higiene e preocupação com o saneamento. Nos casos mais críticos, onde não existe escola ou que a mesma não tem condições de utilização, o papel da escola como referência para as famílias fica limitada. Diante desse cenário desafiador, a equipe integrou à estratégia do projeto a previsão de apoio para essas comunidades construírem novas escolas do zero, ao invés de limitar o apoio apenas às infraestruturas de acesso à água ou saneamento.

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