Orixás em poesia

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ORIXÁS EM POESIA 29

POMBAGIRA Sou uma rosa, sou um perfume, sou a mais bela de qualquer jardim, oiço lamentos, oiço queixume, não há mulher que não venha até mim. Sei seduzir, me deixo seguir, a palavra dificil para mim não existe, de preto e vermelho, ou sem me vestir, homem algum a mim me resiste. Bebo champanhe, fumo cigarro, digo mil coisas sem nunca falar, sei ler na mão, jogo o baralho, a mim só me engana quem eu deixar. Se alguém precise e me queira encontrar, siga o perfume em noite de lua, diga meu nome sem se enganar, sou Pombagira, meu lar é a rua.

Almada, 6 de Junho de 2008


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