Move magazine

M ove

M AGAZINE

Sumário Edição 01 2017

Slow fashion Conheça mais sobre esse estilo de produção consciente (p.6)

Carol Burgo

Consumo consciente e criatividade (p.18)

Por trás dos panos

Editorial interativo sobre roupas de segunda mão (p.20)

A moda me move

Editorial com fashion film para você conhecer a essência da Move Magazine (p.38)

Tutorial Make Uma ótima dica pra quem quer dar um up na produção (p.49)

Dicas valiosas

Quer saber mais sobre consumo consciente? Aproveite as dicas (p.50)

carta da editora

A moda

te move?

G

ostaria de agradecer aos amigos que acreditaram no meu sonho e contribuíram para que ele se tornasse real. A revista Move é a concretização de um desejo que persiste desde o primeiro ano de faculdade e hoje está aqui, é palpável e meu maior motivo de orgulho.

Pautada pelo consumo consciente, as matérias que integram a revista contam com uma infinidade de temáticas úteis que abrangem essa nova relação que pode ser estabelecida com a moda e pretende fazer pensar, pois suas matérias apresentam um mundo de possibilidades para os amantes da temática. Essa edição conta com quatro seções que fazem jus aos nomes e trazem para você leitor, o melhor sobre produção consciente, consumo consciente, expressão e inspiração.

Entender os percursos da moda até chegar ao consumidor pode parecer desnecessário, mas quando se pensa no bem estar coletivo, a produção consciente pode ser um hábito transformador e só depende da conscientização individual. Ainda sobre a produção de moda, termos como slow fashion estão cada vez mais em pauta e é preciso entender essas novas propostas para começar a praticar a moda consciente. A estudante de moda Beatriz Lacanalla aborda com propriedade seus conhecimentos sobre essa temática super atual.

O consumo é uma prática antiga e muitas vezes se dá de maneira inconsciente, por isso, a proposta da seção voltada para essa ação, é trazer alternativas de relacionamento com a moda, transformando essa relação em algo maior do que um simples ato, mas sim em um estilo de vida. Ainda nesta seção, podemos encontrar um editorial que traz a interatividade do QR Code como alternativa expansiva de relacionamento com você leitor,

que poderá vivenciar uma nova experiência visual a partir do tratamento de fotos no próprio celular, transformando a partir do digital o que se vê no material impresso.

Quando falamos em moda, é impossível dissociar-se da ideia de expressão e identidade. A moda pode transmitir muito sobre alguém e é por isso que muitas pessoas se mostram verdadeiramente através dela. A seção expressão busca aproximar sua ideia de temáticas como consumo em brechó, consumo minimalista e a moda real, que nada mais é do que aquela do dia a dia. Pretende-se entender como as pessoas usam e entendem a moda em suas vidas.

Para essa seção, nos inspiramos na moda de rua e você pode conferir um editorial incrível que retrata essa moda real, que está em movimento e é usada como forma de expressão diariamente.

Por último, a seção inspiração pretende aproximar os leitores e realmente ser útil para que eles possam pensar criativamente. Nada mais justo do que pensar na moda e no conjunto que está envolto a esse mundo, composto também por acessórios e a própria maquiagem, por isso, uma matéria irá abordar algumas marcas de cosméticos que pensam de maneira sustentável em suas produções, a ideia é criar uma ponte para o consumidor que se identifica com a causa e com isso, ele possa buscar pelos produtos certos. Juntamente com essa super dica, a revista traz um vídeo complementar de uma make poderosa para ocasiões diversas. Ainda nessa seção, temos três dicas que vão te ajudar a entender mais sobre a moda consciente, modos de produção e o que está por trás das peças de marcas fast fashion.

Desejo uma boa leitura a todos!

Raiane Sutil

Colaboradoras Ana BEATRIZ LACANALLA Minha boa relação com a escrita e meios de comunicação me levaram a cursar Comunicação e Multimeios por dois anos, mas abandonei o curso e atualmente acabo de finalizar o quarto semestre do curso de Moda. Sou apaixonada por criação e desenvolvimento de coleção, design de estampas e produção de moda.

Carol Lô Estou no penúltimo ano de Moda na UEM. Sou uma pessoa acelerada, quero abraçar o mundo, mas também amo tardes na Netflix. Responsável pelo marketing de um shopping atacadista e dona do Brechó da Clô, busco consumir consciente. Tenho um relacionamento incrível com Deus e acredito no poder do amor.

Magu Moura Sou estudante do terceiro ano de Moda na UEM. Desde pequena tenho interesse no tema de sustentabilidade, e me sinto muito atraída pelo assunto de consumo consciente. A escrita é, para mim, a forma mais fácil de comunicar e por isso, quero comunicar à fim de promover um consumo mais consciente na moda.

mayara benatti Graduanda em Comunicação e Multimeios na UEM, redatora e social media. Antes escrevia por paixão, hoje é profissão. Acredita que o mundo pode ser um ambiente melhor a partir da conscientização sobre a origem dos recursos, sabendo que são finitos e pensando novas formas de consumir prezando o sustentável.

Vitória Thereza de Souza Faço faculdade de Moda e entrei com o intuito de virar jornalista. Hoje já não sei mais, porém me sinto livre quando escrevo e isso me faz bem. Falar sobre consumo consciente e ainda mais sobre brechós, flui com facilidade pra mim porque eu amo essa prática relacionada a este tipo de consumo.

Slow

produção

fashion Escrito por: Ana Beatriz Lacanalla

Um breve resumo sobre este movimento que veio para mudar o modo como as pessoas se relacionam com a moda e o consumo atualmente.

O termo slow fashion surgiu em 2007, no Reino Unido, sugerido pela inglesa Kate Fletcher, professora do Centro de Moda Sustentável, para definir um movimento de moda consciente que vem ganhando força, deixando de ser algo passageiro e mostrando que veio para ficar. É definido o conceito de moda sustentável, quando o consumidor começa a valorizar o feito à mão, o artesanal e as peças com maior durabilidade, priorizando mais pela qualidade e menos pela quantidade, em que originalidade e estilo próprio se destacam e vão contra a padronização imposta pela mídia e pela indústria da moda. É um momento que as pessoas estão começando a ver os impactos que o fast fashion e o consumo desenfreado causam ao meio ambiente e à mão de obra envolvida em seus processos de fabricação acelerada, e quando se começa a pensar sobre a necessidade de produções que respeitem o meio ambiente e as vidas envolvidas.

6

T

odo mundo sabe que a indústria de moda atual, em sua maioria, ainda depende do fast fashion, que consiste na ideia de produção em massa, em que os produtos são oferecidos com valores muito baixos e um número muito alto de coleções e lançamentos em curtos espaços de tempo. Porém, este consumo excessivo traz uma consequência oculta para as pessoas que trabalham na cadeia de produção e para o meio ambiente. Neste sentido, o movimento do slow fashion pode ser a solução, vindo para contrapor todos os valores do fast fashion, a ideia seria criar peças atemporais, com tecidos naturais, biodegradáveis e duráveis, em produção de baixa escala. Esse movimento propõe a reutilização de peças, a troca e o escambo entre amigos e parentes, as compras em brechós, e a produção artesanal de roupas em locais que funcionem mais como ateliês do que como indústrias.

Com o conceito de slow fashion ganhando força, a estética da moda minimalista tem aparecido com cada vez mais frequência. O design clean, clássico e básico, com cortes e caimentos impecáveis, geometria reta e cores sóbrias causam um

“

estranhamento em países como o Brasil, onde as pessoas estão acostumadas a visuais mais coloridos e ‘preenchidos’. E em que a estética minimalista na moda se conecta ao slow? O conceito de que marcas focadas em produtos básicos e minimalistas podem propor a seus clientes pagar um pouco mais por peças mais duráveis e com uma estética que as torna funcionais e adaptáveis a qualquer tipo de tendência, sendo também produzidas em condições sócio e ambientalmente justas. Além disso, o minimalismo pode adotar cores, estampas clássicas como as listras, os xadrezes, os poás, e qualquer outra estampa que agrade, bem como pode ter decotes, fendas, recortes e volumes. Um minimalismo abrasileirado também se torna slow fashion à medida que propõe uma moda livre, equilibrada e com peças de qualidade, que possam ser usadas muito mais vezes.

No conceito do slow fashion, o ‘lento’ não se refere exatamente à ideia de velocidade, mas sim a uma visão de mundo diferente, uma ideia de valorização do meio ambiente, da variedade e da diversidade cultural. Assim sendo, existe uma preocupação em torno de manter a diversidade ecológica, social e cultural, bem como de serem

N o c o n cei t o do slow fashion, o ‘ l e nto’ não se re fe re e xatamente à i d e i a de veloci dade, m a s sim a uma visão d e mund o d ife re n te , um a i d ei a de valori z ação d o me io a mbie nte , da varie dad e e da d i v e r s i dade cu lt u ral.

mantidos vivos os métodos tradicionais de fabricação, como as técnicas de tingimentos naturais e as roupas feitas à mão. Com a globalização da moda, tudo foi ficando muito parecido e homogêneo e culturas como as da Índia e da África, em que as vestimentas costumavam ser tão únicas e lindas, foram sendo substituídas pelas roupas ocidentais, e é a valorização deste tipo de cultura e diversidade, que foi sendo apagada, que o slow propõe. O objetivo central é incentivar um novo modo de pensar, agir e consumir, resgatando o valor das roupas, a vitalidade e o significado daquilo que se veste, para que a moda deixe de ser vista como algo descartável, sem valor e o consumo como uma fonte inesgotável de bens.

7

Vegan

marcas que inspiram

A moda vegana vem ganhando espaço no mercado e se destaca não só pela proposta, mas pelos ótimos e diferenciados produtos. Visando a produção de artigos que não agridam o meio ambiente e priorizem materiais ecologicamente corretos e sem o uso de matéria-prima de origem animal, a moda consciente ganha um novo estilo.

As marcas brasileiras Insecta Shoes, Renata Buzzo e Nicole Bustamante investiram nesse conceito e estão transformando o mercado de calçados, vestidos de festa e moda feminina de uma maneira inovadora e responsável. Vale a pena conhecer e se apaixonar!

8

1

Comandada por Ana Cecília Friedheim e Beth Noronha, no ano de 2010 a ANAS foi criada, marca carioca de sapatos diferenciados e baseados em um ritmo desacelerado de produção. A marca começou a atuar no mercado brasileiro a partir da criação de rasteiras, mas a cada nova coleção surgem novos sapatos no catálogo, como por exemplo, anabelas, flats e tênis. Os sapatos da ANAS oferecem conforto e durabilidade, sem deixar de fora das produções o charme e a expressividade.

3

2

Fundada em 2014, a marca de acessórios curitibana ORNA foi idealizada pelas irmãs Alcântara. Donas também de um blog de moda, elas investiram na ideia do slow fashion e trouxeram para suas peças a valorização da cultura regional e do trabalho manual. Os acessórios são confeccionados com produtos de alta qualidade e buscam ser atemporais. A marca explora o conceito minimalista, valorizando a neutralidade e a usabilidade das peças no dia a dia.

A Gioconda Clothing é uma marca que acima de tudo pensa na mulher, no seu bem-estar, na saúde do corpo e nas horas de descanso. As peças são feitas com materiais leves e naturais e priorizam a versatilidade, ideais para mulheres que gostam de liberdade, por isso, a essência da marca está nas peças confortáveis, no estilo de costura e no uso de aviamentos selecionados. O carro chefe da marca é a linha underwear, mas hoje já conta com mais duas linhas, a loungewear e homeware.

9

in

natura Este editorial conta com um conteúdo interativo . faça a leitura do QR Code com o celular e assista ao vídeo do making of da produção.

A moda tem a essĂŞncia da natureza, seja nos tecidos ou estampas, encontramos nos dois uma dependĂŞncia criativa.

consumo

O Vintage está em alta Famosas usam peças de brechó e mostram que estilo não tem preço

Escrito por: Vitória Thereza de Souza

A atriz Julia Roberts aderiu à ino tendência vintage ao utilizar um Valent de 1982, comprado em um brechó, na cerimônia do Oscar em 2011.

Em 2010, Drew Barrymore utilizou, no red carpet do lançamento da revista Nylon, um vestido comprado em um brechó no Texas que custou 25 dólares.

16

D

iferente da moda retrô que é uma adaptação do antigo em algo atual, a moda vintage se dá pela utilização de peças de décadas passadas sem que haja intervenção no modelo da roupa.

Um costume, totalmente atrelado à moda vintage, que está ganhando a atenção das fashionistas, é a compra em brechós, tanto pela ideia do consumo consciente, quanto pelo fato de que nesses locais você encontra exclusividade e peças únicas que, na maioria das vezes, estão em ótimo estado de conservação.

O curioso é que algumas famosas estão aderindo a este estilo vintage e a esta prática de compras. Ainda existe muito a evoluir e conhecer sobre este formato consciente, porém, o fato de atrizes como Angelina Jolie e Drew Barrymore estarem frequentando brechós e utilizando

Em 2007, Angelina Jolie apareceu no tapete vermelho do lançamento do seu filme “Um Poderoso Coração” utilizando um vestido comprado em um brechó de Los Angeles, que custou apenas 29 dólares. seus achados especiais em grandes premiações quando cruzam o red carpet, dá visibilidade para a ideia do consumo consciente, e assim, as pessoas passam a enxergar esse comércio de roupas de segunda mão com outros olhos.

Até porque, diferentemente do pensamento convencional negativo quando nos referimos a brechós, existem alguns locais que são voltados para peças de luxo, sendo possível encontrar desde vestidos de grifes renomadas até diferentes acessórios por preços mais em conta.

A atriz Keira Knightley usou um vestido de tule, típico dos anos 50, ao participar de uma entrega de prêmio de filmes independentes em Londres.

Na foto ela aparece ao lado de Sienna Miller.

17

Burgo Car o l i n a

Estilo, moda e critividade

N

atural do Recife, Carolina Burgo é blogueira, empresária, publicitária, designer de estampas e claro, uma pessoa hiper criativa e inspiradora, tudo isso aos 29 anos. Morando atualmente no Rio de Janeiro, ela traz toda a essência carioca para seus looks, sempre com estampas e caimentos leves que são a cara do verão e da cidade maravilhosa. Dona de um estilo mais despojado e esportivo, ela não segue muito as tendências que estão em alta, por isso, é normal encontrar looks com roupas mais assimétricas e comprimentos ousados como o midi, seja em vestidos, calças ou macacões.

Além de muito bom gosto, Carol Burgo traz toda a sua vivência e alto astral para as produções.

Cores, estampas, comprimentos e recortes diferentes são quatro elementos que não podem faltar para completar seu estilo. São algumas dessas características marcantes que podemos encontrar também em seus projetos pessoais, como é o caso do Instagram Canson Colorido, perfil em que ela costuma publicar ilustrações em aquarela com frases inspiradoras e intimistas de momentos importantes na sua vida, e também da sua marca própria de roupas, a loja Prosa. A it girl já trabalhou como diretora de arte por 10 anos em grandes agências no país e hoje se dedica exclusivamente à criação de estampas, sua maior paixão, seu blog e sua marca de roupas.

18

Além de toda a sua capacidade para trabalhar em diferentes áreas e com um desempenho brilhante em todas elas, Carol Burgo, como é mais conhecida, também possui hábitos conscientes de consumo e traz isso para o seus seguidores. Seja por meio de textos no blog ou de vídeos falando sobre como garimpar peças chaves e de qualidade em brechós, ela se dedica sempre a criar conteúdos para pensar.

Com textos bem escritos e de conhecimentos objetivos sobre assuntos pontuais, ela dialoga sobre a moda além da quantidade, incentiva o vestir-se para se sentir bem consigo mesmo, sem seguir modismos passageiros, mas sim, investindo em peças que realmente mostram quem você é no mundo, e que, além disso, tenham ótima durabilidade e usabilidade.

Separamos alguns looks e trabalhos da it girl pra você se inspirar no estilo dela.

19

consumo

Por trás dos

panos É preciso romper com os preconceitos que estão por trás das roupas de brechó. Este editorial se propõe a mostrar uma nova forma de enxergar a moda de segunda mão.

Baixe O APLICATIVO e descubra a essência das fotos.

20

EXPRESSÃO

Somente o

ESSENCIAL V O que é o tão falado minimalismo na moda? Venha entender o que envolve, como se apresenta e como este conceito que está reformulando vidas pode fazer parte do seu estilo. ocê provavelmente já ouviu falar em “minimalismo”, não é mesmo? Esse é um dos termos que estão na boca e nos posts da maioria dos fashionistas. Frases como “isso é tão minimalista” e “estou em uma fase minimalista” são frequentes quando o assunto é a

moda atual.

O que nós não sabemos é que o minimalismo vai muito além de um simples movimento estético que evidencia silhuetas simples e cores neutras em roupas, acessórios, mobiliários e decorações.

Minimalismo significa “reduzir ao mínimo o emprego de elementos ou recursos”, ou seja, é um princípio que engloba todas as práticas que podem auxiliar aqueles que estão buscando se livrar dos excessos para alcançar objetivos fundamentais como a felicidade, realizações pessoais e liberdade.

LINA DELLIC

32

ADA

Essa busca pela libertação à vida consumista e supérflua é uma corrente forte na atualidade.

Movimentos como o slow food e slow fashion buscam gerar consciência nas pessoas em relação ao que elas estão consumindo e sobre a maneira como esses produtos são produzidos, de onde eles vêm e quais os riscos que eles causam ao meio ambiente em todas as fases do seu ciclo de vida. Além disso, o maior conhecimento que se tem sobre quão prejudicial são os resquícios da poluição, do desmatamento e do uso exacerbado dos recursos naturais, como energia e água, nos mostra como o consumo consciente é indispensável para a humanidade. Esses fatores auxiliam as pessoas a buscarem práticas mais sustentáveis e aplicáveis no seu dia a dia e, esse novo perfil consumidor fará com que as empresas criem produtos que atinjam esse público, agora mais preocupado com seu bem estar e, consequentemente, com o meio ambiente.

Assim, o minimalismo - tudo aquilo que tenha sido reduzido a somente o essencial - é uma consequência dessa nova forma de produção que busca fabricar peças duráveis e atemporais,

ou seja, que não seguem tendências momentâneas e exploram formas e cores mais simples, além de usar tecidos duráveis e confortáveis. Busca-se, com essa nova proposta, alcançar os três pilares fundamentais da sustentabilidade, pois cria-se algo economicamente viável, ecologicamente correto e socialmente justo.

O slow fashion, movimento de redução da produção e do consumo na moda, incentiva a consciência ética dos consumidores em contrapartida ao fast fashion, que prega o consumo exacerbado e cria a necessidade da compra impulsiva. No Brasil, o movimento não é tão conhecido como na Europa, porém, a procura por lojas alternativas que diminuem o impacto ambiental como brechós, por exemplo, vem aumentando no país.

Segundo Bruna Miranda do blog Review Slow Living, o movimento slow fashion busca desenvolver um olhar abrangente e holístico em seus adeptos, para que eles possam reconhecer o impacto de suas escolhas de consumo, desenvolvendo relações com os produtores em busca da exaltação da produção local, além de estimular e desenvolver as necessidades para que se mantenha a qualidade do produto por um preço justo.

No Brasil, apesar de poucas, algumas marcas de vestuário estão investindo no conceito minimalista tanto na estética quanto na missão da proposta.

Uma dessas empresas é a marca Ada. Criada pelas criativas Camila Puccini e Melina Knolow, as coleções são formadas por peças minimalistas produzidas de forma artesanal e utilizando materiais naturais como tecidos 100% algodão.

Outra marca é a Lina Dellic, que acredita no consumo consciente, trazendo em suas coleções a essência do conceito minimalista nas suas peças. A marca explora a ideia do guarda-roupa cápsula, que não é nada mais que um guarda-roupa com quantidade reduzida de peças atemporais de alta qualidade, que combinam entre si e oferecem inúmeros looks com apenas algumas peças. É possível colaborar para um mundo melhor sem fugir das tendências e sem deixar de ter estilo. O minimalismo não é só o básico geométrico, é uma forma de se libertar da vida consumista, valorizando o que é realmente essencial e útil.

Escrito por: Carol Lô

Esta página possui um conteúdo interativo e inspirador. faça a leitura do QR Code com o celular e assista ao vídeo.

33

É preciso reciclar

a moda Escrito por: Mayara Benatti

Comprar em brechós é uma maneira econômica e sustentável de garantir peças exclusivas e vintage

O

s brechós foram, durante muito tempo, considerados locais empoeirados e repletos de roupas velhas e de mau gosto. Esse estereótipo, no entanto, foi abandonado e comprar em brechós é uma realidade constante na vida de muita gente. Se antes estes lugares eram uma boa escolha apenas pelo quesito financeiro, hoje, peças compradas nesses locais são sinônimas de exclusividade, autenticidade, vintage e estilo. Muitas vezes, o que é encontrado em um brechó não poderá ser encontrado em nenhum outro lugar. O fato de venderem peças antigas também é um grande atrativo para quem gosta da moda de outras décadas e deseja incluir peças dessas épocas em seus looks. Outro benefício é que, ao comprar em um brechó, você também está consumindo de uma maneira sustentável, já que você está comprando uma peça “nova” sem gastar recursos como água e energia para a produção da mesma.

No Brasil, o consumo em brechós vem se fortalecendo nos últimos anos e tem atraído principalmente jovens e adolescentes apaixonados por moda e exclusividade, interessados em sustentabilidade e também em renovar o guardaroupa gastando pouco. Leia nessa matéria a opinião de 4 pessoas que amam comprar em brechós e as possibilidades desse tipo de consumo sustentável.

34

HENRIQUE Desde muito cedo me interesso por moda. Por volta dos 13 anos de idade comecei a ter acesso ao vintage style, através de redes sociais, Google, fotos antigas de familiares e amigos. Nesse período, me dediquei a pesquisar referências em músicas, vestimentas, decorações, hairstyle, etc. Esse foi o momento inicial da minha construção de estilo. Me vestia minimamente dentro do padrão vintage style, afinal, vivemos em um país onde não é cultural consumir produtos de brechó. Conforme o tempo passou, comecei a experimentar tudo aquilo que pesquisei, a partir deste momento, comecei a me dedicar ao garimpo de peças para construção de um novo guarda-roupas. Nessa época, me interessava muito pelo vintage romântico e me dediquei a encontrar peças das décadas de 50 e 60 sem distinção de gênero. A partir disso, frequentava semanalmente todos os brechós que conhecia e assim desenvolvi técnicas para fazer com que o processo de garimpo fosse mais organizado e rápido. Isso aconteceu por volta dos meus 15 ou 16 anos. Depois de algum tempo, comecei a me interessar pelas décadas de 70 e 80, assim, cheguei a uma fase mais inspirada pelo estilo hippie. Nessa época, busquei peças com formatos geométricos, ombreiras, muitas estampas e por aí vai. No fim desse período, desenvolvi o projeto de um brechó online onde faço o trampo de stylist, produtor, make e hairstyle. No início, nossa plataforma refletia muitas referências dos anos 70 e 80, hoje, em outra fase, tanto minha quanto do meu brechó, evoluímos para a década de 90 e a virada do século, mas sem perder todas as referências das décadas anteriores.

Gosto muito de mesclar todas essas referências e a consumir produtos de brechó foi a versatilidade das assim criar novas possibilidades para a construção vestimentas, fugindo de encaixotamentos de personalidades de looks. Tenho certeza de que o que me levou estereotipadas no atual momento em que vivemos. Além disso, consumir produtos de brechós é totalmente sustentável.

A partir de um pensamento lógico da atual situação social, onde o padrão de beleza influencia totalmente em nossas vidas, a moda se une ao capitalismo gerando cada vez mais tendências, e a produção de massa acontece sem controle algum. Conseguimos enxergar muitas marcas da indústria da moda em que crianças e adultos passam por trabalho escravo sem condições básicas de segurança, para fazer com que o mundo todo tenha acesso às tendências estipuladas pelo padrão de beleza e consumo. Geralmente, essas roupas são vendidas por um preço acessível para muitas classes, afinal, não há grandes investimentos em mão de obra. Creio que essa seja mais uma tática do sistema para que as classes inferiores continuem consumindo produtos novos.

O consumo de produtos de brechó no Brasil não é cultural porque isso mexeria com a economia do nosso país, afinal, nós nos encontramos em uma realidade em que o rendimento financeiro da indústria da moda é um dos que mais crescem no mundo. Usar roupas de brechó é totalmente sustentável, não precisamos produzir mais roupas, reutilizar é o caminho.

35

Usar roupas de brechó é totalmente sustentável não precisamos produzir mais roupas, reutilizar é o caminho.

carolina steinke

Minha mãe sempre comprou em brechó e eu acostumei a ir com ela desde pequena, adquiri o hábito de comprar em brechós assim. Alguns motivos me levaram a gostar de comprar em brechó. Em primeiro lugar o preço, com o dinheiro que eu compro várias peças únicas no brechó eu não consigo comprar nem uma blusinha em uma loja de departamento. Em segundo a exclusividade, dificilmente alguém vai ter uma roupa igual a sua se ela foi comprada em um brechó. Acredito que consumir roupas de segunda mão, fazer trocas e vendas entre amigos ajuda muito o meio ambiente, pois faz com que a gente consuma menos peças novas, diminuindo a quantidade de recursos usados na fabricação dessas roupas, além de diminuir a poluição e o lixo gerados por esses processos e a mão de obra barata e explorada utilizada na fabricação.

Tenho um vestido verde de renda, meio transparente, é uma peça muito mágica, parece um vestido de fada.

Eu uso ele super pouco, só em ocasiões especiais, mas é o meu favorito, ele é muito especial e eu não poderia ter encontrado ele em outro lugar, se não em um brechó. Eu acho que isso faz a peça ser mais autêntica porque ela é antiga de verdade e não só uma peça retrô que finge ser antiga.

elcio com o dinheiro que eu compro várias peças únicas no brechó eu não consigo comprar nem uma blusinha em uma loja de departamento 36

Bento

Quando você compra uma roupa no brechó a probabilidade de você encontrar uma pessoa usando a mesma roupa que você é muito pequena, diferente das pessoas que compram roupas nas lojas de departamentos, por exemplo. E isso torna a roupa ainda mais especial. Os preços, sem dúvida, também são muito acessíveis. Além dos preços e da exclusividade em só você ter a peça, acho que o maior atrativo que me faz comprar em brechós é o fato de poder comprar peças atemporais. É uma questão de gosto pessoal e de preferência pelo estilo retrô e vintage. Outra vantagem é que esse tipo de compra é também uma forma de reciclagem. Se as pessoas tivessem muito mais o hábito de comprar em brechós e de reutilizarem as roupas, a situação se inverteria, existiriam mais

brechós e menos lojas de fast fashion, o que contribuiria para a sustentabilidade do planeta. Minha peça favorita comprada em brechó é um moletom branco cheio de bordados. Ele é incrivelmente lindo, foi a primeira peça que eu ganhei do meu namorado quando fomos a um brechó juntos pela primeira vez. Em meio aos garimpos, ele encontrou a peça e depois me deu dizendo que ele era a minha cara, sem dúvidas foi amor à primeira vista. É minha roupa preferida de todas que eu tenho, já disse até que quando eu morrer quero ser enterrado com ele.

É uma questão de gosto pessoal e de preferência pelo estilo retrô e vintage

ana voig

Os preços acessíveis e a grande variedade de peças foram grandes atrativos para que eu começasse e gostasse de comprar em brechós. Outro ponto forte nesse tipo de consumo é que é uma maneira de reaproveitar peças que já foram utilizadas por outras pessoas e que muitas vezes seriam descartadas, apesar de ainda estarem em bom estado.

Minha peça favorita comprada em brechó é um sapato de cano alto azul. Além de confortável, o desenho me agrada, o que geralmente não acontece com peças novas.

Ainda que no Brasil o consumo em brechós seja limitado por uma questão cultural, esse tipo de ação tem sido repensada e implantada nos hábitos de consumo principalmente de jovens e adolescentes. Consumir em brechós pode te trazer diversos benefícios e se você ainda não experimentou, talvez essa seja uma boa hora para ter essa experiência de compra.

esse tipo de ação tem sido repensada e implantada nos hábitos de consumo

37

A moda está em movimento, exalando expressão, inspiração e traduzindo muitos sentimentos através do vestir-se. As tendências, os desfiles e tudo o que envolve esse universo de possibilidades cotidianas estão expostos aos nossos olhares.

38

A moda te

move?

Este editorial conta com um conteúdo interativo. Faça a leitura do QR Code com o celular e assista ao fashion film que tem a essência da Move Magazine.

47

INSPIRAÇÃO

B e leza consciente

A

corrente do consumo consciente vem atingindo diferentes segmentos, e os produtos de beleza não poderiam ficar de fora dessa. Sendo uma das indústria de maior consumo no mundo, buscando atender um público cada vez mais exigente, marcas brasileiras e estrangeiras estão investindo e aplicando conceitos veganos e orgânicos na produção de seus produtos.

Os cosméticos ecologicamente corretos oferecem inúmeras vantagens frente aos que não seguem essa linha, uma delas é a de que são confeccionados sem testes ou ingredientes de origem animal. Além disso,

também usam minerais e componentes orgânicos que não agridem a pele e não obstruem os poros. Algumas marcas brasileiras, como a Alva Brasil e a Bioart, estão inovando e seguindo essa nova linha para os produtos de beleza. Vale a pena conhecer e investir em produtos saudáveis para a pele.

48

A maquiagem realça nossa beleza e é ainda melhor quando os produtos valorizam o bem estar e a saúde da pele

Dica de Make Vermelho poderoso Faรงa a leitura do QR Code e assista ao tutorial DE MAQUIAGEM.

49

50

Moda consciente na internet:

Blog Garimpo A

Blog com conteúdo exclusivo para quem ama garimpar

moda consciente é um tema cada vez mais abordado por um número cada vez maior de pessoas pelo mundo todo. Isso porque os indivíduos estão começando, finalmente, a se colocarem no lugar dos outros para viverem de maneira melhor consigo mesmos, com o próximo e com o mundo.

E o mundo em que vivemos está passando por um momento onde as pessoas estão percebendo que ele precisa da nossa atenção, e não podemos simplesmente utilizar de seus recursos de maneira

abordagem diferente, seu conteúdo trata a moda de maneira responsável, tentando trazer esse universo aos leitores, a fim de conscientizá-los de que as mudanças de comportamento e estilo de vida são necessárias, além de ter a pretensão de demonstrar que cada pequena ação importa neste processo de transformação de hábitos.

O blog também trata de fatores como arte, vida saudável e religião. A criadora, Ana Mastrochirico, tem no Instagram o seu próprio brechó, com peças usadas e que estão à venda. O blog ainda conta com duas categorias especiais, voltadas para quem está

No blog vemos notícias sobre como consumir de maneira consciente, como inserir novos hábitos e opções de consumo, fazer as escolhas certas na hora da compra para que os produtos tenham uma vida útil maior e também, valorizar os responsáveis pelos processos criativos e produtivos das peças. desenfreada sem pensar em quais consequências essas ações trarão futuramente.

Por estes motivos, a temática da moda consciente vem sendo abordada com frequência nas diferentes mídias. Esta vertente consiste em tratar a moda de maneira mais humana, ou seja, conhecendo os limites e origens de quem a está produzindo, tanto em relação às pessoas quanto aos recursos que tiramos da Terra para produzir.

Pensando nisso, surgiu o blog Garimpo. Com uma

interessado em tratar a moda de maneira mais humana e empática. A categoria “Consumo Consciente” aborda as diversas maneiras de se consumir gerando menos impacto negativo ao ambiente. Já a categoria “Dicas de Brechó” reúne dicas valiosas para quem é amante deste tipo de loja, apresentando detalhes de como comprar, como vender, quais são os melhores brechós e até mesmo sobre como customizar as peças compradas.

http://garimpomag.com.br/

51

52

Moda consciente na prateleira:

Livro Eco chic

A

A moda pode ser consciente

moda é, na maioria das vezes, tratada de maneira fútil, os desfiles, as modelos, os estilistas e o glamour que aparece na televisão quando é época de São Paulo Fashion Week, por exemplo. A verdade é que falar sobre moda é muito mais do que isso. A moda possui uma cadeia produtiva enorme que afeta diariamente diferentes pessoas e utiliza diferentes recursos, tudo para mostrar na passarela uma peça de roupa fabulosa. Acontece que hoje, as grandes marcas ditam tendências e com frequência pode-se encontrar essa peça de roupa das grandes grifes sendo reproduzida em larga escala e encontrada com facilidade a preços que se distanciam daquele look apresentado na passarela.

Uma consequência dessa cópia é que não se sabe em

a moda, e com o conceito de “estar na moda”, “possuir um estilo” e de se sentir bem fazendo o uso da moda.

Mas existe uma maneira de estar na moda e ainda sim saber e se importar com o que acontece nos bastidores, pensando no meio ambiente e nas pessoas que participam dos processos de criação, produção e distribuição das roupas que compramos em lojas diversas por aí.

A autora tenta inspirar os leitor a viver a moda de maneira devagar, ou seja, o slow fashion, prática que prioriza a qualidade das peças de roupa e do modo como são produzidas e não a quantidade. Isso quer dizer que a autora pretende colaborar para que o leitor e também consumidor assuma novas práticas de relação com a moda e com o consumo, e assim, comece a pensar melhor em quais peças comprar, por

O livro Ecochic de Matilda Lee discute justamente essas novas possibilidades. Primeiramente, a autora estabelece a discussão dos problemas socioambientais que são causados devido à indústria da moda em todo o planeta, para depois mostrar que saber disso não é motivo para deixar de ter estilo e se sentir bem, pois existem novas formas de se relacionar com a moda de forma responsável. quais condições os trabalhadores foram submetidos para produzirem essas peças de roupa - tanto a fabulosa da passarela quanto a sua reprodução rápida - e nem quais recursos foram utilizados para fabricá-las, pois esse é um assunto que acaba passando despercebido. Quando se reflete de maneira consciente sobre essas condições de trabalho e esses recursos, é possível se desanimar com

que e como comprá-las, sendo essas dicas primordiais para o pensar consciente e o início de um novo hábito.

No final do livro, a autora ainda lista algumas marcas que se colocam de maneira sustentável no mercado, fazendo seu papel e inspirando os consumidores a um consumo com menor impacto para o meio ambiente e com maior qualidade de vida.

53

Moda consciente na telinha:

Sweatshop

A

Blogueiras conhecem a realidade da moda

moda pode sim ter um lado glamoroso, mostrado nas passarelas de diferentes semanas de moda pelo mundo. Além desse lado, ainda existe outro, esse um pouco menos glamoroso, mas ainda sim fabuloso que é mostrado pelas blogueiras de moda. Essa profissão que vem ganhando espaço e surgiu a pouco tempo, torna a moda mais acessível para pessoas comuns, mas mesmo aproximando o seu leitor das últimas novidades de forma mais intimista, ainda se restringe a parte “bonita” do que é moda.

E na verdade, a moda acaba sendo muito mais do que é mostrado nas redes sociais e nas telas da televisão (normalmente). A moda possui uma cadeia produtiva gigantesca e além de ser o

que elas compravam em suas lojas prediletas.

Na série, as blogueiras convivem com costureiras que passam 12 horas por dia trabalhando para receberem U$3 pelo dia de trabalho. Logo no começo elas possuem um pensamento um pouco errôneo e afirmam que existem trabalhos piores e que pelo menos essas costureiras têm um trabalho.

Mas é ao longo da série que percebe-se como elas vão mudando suas opiniões, e até sentemse envergonhadas sobre o que disseram no início.

As blogueiras se tocadas pelas situações em que são submetidos aqueles trabalhadores, sofrem e choram na frente das câmeras quando começam a adentrar na realidade daquelas pessoas que produziam as peças glamorosas que elas vestiam.

Após as experiências, uma das blogueiras afirma ter

segundo setor que mais polui no mundo, utiliza-se de recursos humanos que podem ser impensáveis para uns, mas são uma realidade para outros.

Muitas peças de roupa têm um custo absurdamente menor para serem produzidas, porém, isso não faz com que os preços finais sejam condizentes e justos para que os compradores as tenham em seus guardaroupas. Poucas pessoas sabem sobre a realidade das roupas que compram, e foi pensando nisso que, no ano de 2014, foi lançada uma série, dirigida pelo norueguês Joakim Kleven, que leva justamente duas das mais famosas e acessadas blogueiras da Noruega para o Camboja. A ideia era a de que elas adentrassem na realidade das pessoas que trabalhavam de forma subumana para produzir as peças de roupas 54

realmente mudado sua relação com as compras. Ela até comenta que, depois da experiência vivida no Camboja, seu blog passou a tratar mais sobre estilo de vida do que moda propriamente dita, pois agora ela começou a abordar assuntos sobre o consumo consciente.

Escrito por: Magu Moura

As blogueiras se comoveram muito e até mesmo o diretor Kleven diz ter chorado por trás das câmeras ao filmar o documentário-série.

Move inside

Editorial: In natura (p.8) Fotografia e edição: Tamires Gonzales Modelos: Ana Apolinário e Isadora Boaventura Roupas: Beatriz Castells e Mayara Benatti Captação e pós-produção: Raiane Sutil

Editorial: Por trás dos panos (p.18) Fotografia: Rogério Ferreira Edição: Raiane Sutil Modelos: Carolina Steinke, Lua Lamberti de Abreu e Naomi Neri Roupas e locação: Elcio Bento Dias e Reinelli Rebeschini Binda

Vídeo: 6 looks com a mesma camisa (p.29) Modelo: Andressa Godoy Roupas: Raiane Sutil Captação e pós-produção: Raiane Sutil

Editorial: A moda me move (p.34) Fotografia e edição: Rogério Ferreira Modelos: Thaís Giacomin e Riti Sayuri Roupas: Thaís Giacomin, Raiane Sutil e Riti Sayuri

Vídeo: A moda me move (p.43) Modelo: Tamires Gonzales Roupas: Raiane Sutil Captação e pós-produção: Raiane Sutil

Vídeo: Dica de make - vermelho poderoso (p.45) Maquiadora: Tamires Gonzales Captação e Pós-produção: Raiane Sutil

Agradecimentos especiais Revisão e contribuição criativa: Thaís Verdério Revisão e apoio: Tiago Lenartovicz Fotografia: Rogério Ferreira e Tamires Gonzales Participação especial: Tamires Gonzales Apoio: João Vítor Ribeiro de Almeida, Sonécima Sutil e Geni Zonta