Revista Gnosis - 05

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A OCULAR DA ANTROPOLOGIA GNÓSTICA

ntropologia é a ciência que se dedica ao estudo do Homem. Ao aplicá-la a terminologia “Gnóstica”, abre-se uma nova rama do estudo e do conhecimento da Natureza Humana. De modo distinto aos estudos antropológicos convencionais, a Antropologia Gnóstica não se dedica à observação e análise de objetos passados. Seu ponto de partida são os axiomas, verdades imutáveis, somente apreensíveis na dinâmica íntima do Homem. O processo para apreensão de tais axiomas exige certa capacidade de percepção e cognição. O aparelho sensorial: visão, audição, olfato, paladar e tato, somado ao raciocínio e à lógica aristotélica apresentam-se impróprios para tais desígnios. Em verdade, raciocínio aristotélico e percepção sensorial são característicos da Antropologia Epistêmica, inadequados para a Antropologia Gnóstica. Ainda há que acrescentar que no legado da Antropologia Gnóstica não se encontram teorias, pois mesmo valendo-se de um complexo e amplo vocabulário, os axiomas não se permitem traduções e interpretações. O único meio para conhecê-los é evidenciá-los de forma direta. Para tanto, a Antropologia Gnóstica se atém em transmitir o método para chegar ao conhecimento. O conhecimento em si, quando logrado, torna-se propriedade intransferível de quem o conquistou. Ampliar a capacidade de percepção e desenvolver a capacidade de cognição é o legado da Antropologia Gnóstica. Assim, a beleza da Arte, da Filosofia e da Mitologia dos distintos povos convertem-se em um espelho pelo qual se contempla a dinâmica íntima das grandes verdades da Natureza e do Homem. Direção da AGEACAC

Realização:

Apoio Editorial: Editora Mória - Livros Gnósticos www.moria.org.br

Revista


Gnosis

EXPEDIENTE

Sumário

DIREÇÃO GERAL: Vinícius Pires Dias Teixeira

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Sonhos Lúcidos

DIREÇÃO ADMINISTRATIVA: Daniel de Queiroz Barbosa

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Do Culto ao Cultivo dos Alimentos

DIRETOR EDITOR: Demian Reinhart

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O Drama Cósmico: O Mito Solar

DIREÇÃO DE ARTE: Rafael Rizzato Ribeiro REVISÃO DE TEXTO: Demian Reinhart COLABORADORES: Pablo João da Costa Demian Reinhart Francisco Wélio Salazar Glauber Fonseca Silveira Ivan Jessé Martins Leona da Rosa Nunes Pacheco Mariângela da Silva Santos Vinícius Pires Dias Teixeira Revista Gnosis nº5 1º Semestre de 2011 Tiragem: 32.000 exemplares

Fale Conosco: Envie seu email com sugestões e críticas para: direcao@ageacac.org.br

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Os Segredos dos Incas

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A Chave dos Triunfadores

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O Dom de Servir

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Metodologia Gnóstica

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Curso de Gnosis


Revista

METAFÍSICA

Sonhos Lúcidos Os Egípcios consideram que o ser humano possui um corpo responsável por transportar a consciência humana pelo mundo dos sonhos.

Ilustração de uma prática de Desdobramento Consciente

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vasta diversidade de fenômenos oníricos frequentemente nos faz despertar com a sensação de que experimentamos algo insólito, especial, no mundo dos sonhos. Pesquisas da American Psychiatric Association (APA), demonstram que entre 40 e 50% das pessoas puderam experimentar pelo menos uma vez na vida um sonho lúcido (sentir-se plenamente consciente durante um sonho), ver-se flutuando, ver o próprio corpo deitado na cama ou ainda experimentar sensações de percepções auditivas e visuais de imagens e sons que não provêm do mundo físico. Tais experiências, sem qualquer dúvida, estimulam pessoas a conhecerem profundamente os processos dos quais foram partícipes; contudo, o fato é que pouca informação tem-se a respeito do vasto campo de fenômenos insólitos que se apresentam durante o período do sono dentre o conhecimento e cultura ocidental. Identifique os tipos de sonhos: • Infraconscientes: sonhos pesados, instintivos, pesadelos, etc.

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O Estudo dos Sonhos Os primeiros passos neste sentido são dados no século XIX, a partir das investigações de Freud. Para ele, “os sonhos são fenômenos psíquicos de inteira validade”, ou seja, de modo análogo ao que são os fenômenos mensuráveis para as ciências exatas, são os sonhos para o campo anímico do mundo interior do Homem, com os quais se pode revelar as leis que dirigem e governam os fenômenos psíquicos. Com Carl Gustav Jung, os fenômenos oníricos ganham ainda mais importância quando ele extrapola os limites individuais dos processos inconsciêntes, demonstrando que os sonhos são as portas para um inconsciente coletivo, ou seja, um mundo oculto, não percebido comumente pelos cinco sentidos. Porém, pouco se tem avançado nesta rama da ciência desde então, muito devido às exigências metodológicas aplicadas e aceitas nas ciências convencionais, as quais tem-se demonstrado eficientes para o conhecimento do mundo exterior, porém ineficientes para o conhecimento do mundo interior, psíquico ou • Subconscientes ou Inconscientes: sonhos comuns, repetição confusa de eventos do dia, memórias, desejos, etc.


Gnosis mundo anímico. Tais metodologias limitam-se a identificação de patologias, análise dos processos fisiológicos, entre outros; e raros são os que se dedicam, por exemplo, a desenvolver técnicas que permitam uma investigação do inconsciente e subconsciente humano como o faz o pesquisador Allan Hobson, da área de neurofisiologia, entre outros em distintas universidades, notavelmente Stantford que tem se dedicado ao estudo dos sonhos lúcidos.

Os Sonhos no Mundo Antigo Já no Oriente, o tema é tratado a milhares de anos. Basta lembrar o fato de que o conhecimento do mundo dos sonhos era o que movimentava a economia no Egito dos Faraós. Um dos mais antigos, se não o mais antigo livro do mundo, o Livro dos Mortos Egípcio, “Peri em Heru”, traz cenários, personagens, paisagens e regiões apenas percetíveis em processos do sono. Os Egípcios consideram, por exemplo, que o ser humano possui um corpo, denominado de “Ka”, responsável por transportar a consciência humana pelo mundo dos sonhos de forma análoga ao corpo biológico transportando-a no mundo das três dimensões. O manejo de tal corpo é o que permitiria o domínio dos sonhos. Os Tibetanos sustentam o mesmo conhecimento. Pode-se encontrar no Livro Tibetano dos Mortos a seguinte passagem sobre o assunto: “Oh nobre por nascimento, teu corpo presente sendo um corpo de desejos não é um corpo de matéria grosseira. Assim que, agora tu tens o poder de atravessar qualquer massa de rochas, colinas, penhascos, terra, casas e • Conscientes: sonho lúcido, há um discernimento, a pessoa controla o que está fazendo, sensação de leveza, pode flutuar e ir a outros lugares, etc.

o próprio monte Meru, sem encontrar obstáculo”. Muitas outras questões permeiam ainda o tema, como, por exemplo a possibilidade de se obter premunições acerca de acontecimentos futuros, como acreditavam os gregos e os romanos dentre outras culturas. Lobsang Rampa, insigne monje tibetano, apresenta em suas obras a existência de registros, denominados Registros Akhásicos, que poderiam ser acessados por meio de sonhos lúcidos, os quais conteriam todos os eventos passados e futuros do planeta.

A Lei do Eterno Retorno Questionado sobre esta possibilidade, Sigmund Freud se pronuncia: “E quanto ao valor dos sonhos para nos elucidar o futuro? Naturalmente, isso está fora de cogitação. Mais certo seria dizer, em vez disso, que eles nos elucidam o passado, pois os sonhos se originam do passado em todos os sentidos. Não obstante, a antiga crença de que os sonhos prevêem o futuro não é inteiramente desprovida de verdade. Afinal, ao retratar a realização de nossos desejos, os sonhos decerto nos transportam para o futuro. Mas esse futuro, que o sonhador representa como presente foi moldado por seu desejo indestrutível à imagem e semelhança do passado”. A idéia apresentada por Freud guarda imensa semelhança com a “Lei do Eterno Retorno de todas as coisas”, presente na cultura Hindu e nas obras de Nietzsche por meio da qual, nas palavras de Samael Aun Weor, “O passado se converte em futuro pela lacuna do presente”. Desta forma, os sonhos revelam-se ferramentas► • Supraconscientes: Experiências com consciência superior, revelações, etc.

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METAFÍSICA: SONHOS LÚCIDOS

Ilustração de uma Experiencia Astral

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cada um?”- Sigmund Freud. formidáveis para o conhecimento do homem e Compreender completamente as estruturas das possibilidades nele ocultas. e as funções do aparelho anímico, como suNeste campo de conhecimento das matizes gere Freud, apresenta-se unicamente possível comportamentais humanas, desde a antigupor meio da transformação do inconsciente dade o pensamento ocidental dá reconhecida e subconsciente em importância aos soconsciente, ou seja, o nhos. Nas palavras que está oculto e não Quais as vantagens em torde Platão “o homem conseguimos percese conhece por seus nar nossos sonhos lúcidos: ber usualmente em sonhos”, não ape1. Conhecer outra dimensão: O nossos processos anínas sonhos como simicos, as complexas nônimo de desejos, mundo Astral equações íntimas que porém substancial- 2. Viagens a outros lugares são propulsoras dos mente como veículo pensamentos, emo3. Acessar um conhecimento inpara investigação ções e desejos podem clara e concisa do tuivo e real ser perfeitamente coque reside no apare4. O Autoconhecimento nhecidas e manejadas lho anímico. “Quem voluntariamente. poderá imaginar a Aqui está a “necesimportância dos residade do despertar” enfatizada nos livros sasultados passíveis de se obter através de uma grados de todas as religiões. Despertar em um compreensão completa da estrutura e das sonho, estando lúcidos com os olhos abertos funções do aparelho anímico... como meio ou fechados.• de se chegar a uma compreensão da alma, a uma revelação das características ocultas de Demian Reinhart


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Do Culto, ao Cultivo dos Alimentos

iferentemente do que ocorria há alguns anos atrás onde não levávamos em consideração a qualidade do alimento que estávamos consumindo, atualmente percebe-se uma crescente preocupação sobre o tema alimentação; porém, será que já refletimos sobre o que nos tem motivado a mudar hábitos alimentares ou estamos apenas sendo levados por um “modismo” de vida saudável? As culturas serpentinas da antiguidade percebiam nos alimentos um aspecto sagrado. Para elas, uma vez consumido o grão, o vegetal ou animal este torna-se parte de nós mesmos. O insigne médico medieval Paracelso defendeu frente ao mundo que todo mineral, animal e planta tem uma inteligência, e a alma desta planta é quem provê vida, e não somente suas propriedades químicas. Para a cultura hindu, a qualidade dos alimentos era medida de acordo com sua pureza, isso quer dizer que, quanto mais fresco e natural o alimento, mais vida ele possui. Com esta medida, estes sábios da antiguidade classificam os alimentos como:

Os Tipos de Alimentos Sátwicos: alimentos recém colhidos e sem nenhum processamento (alimentos crus como frutas e verduras), que possuem 100% de vitalidade a ser absorvida tanto por nossa estrutura física como também na revitalização de nossa energia e disposição diária; Rayásicos: alimentos que sofreram algum processamento, que possuem uns 50% de vitalidade; Tamásicos: alimentos industrializados, refinados, processados, congelados, embutidos, enlatados... que já estão muito longe de sua forma natural, que tem 0% de vitalidade, e que infelizmente caracterizam quase em sua totalidade a alimentação da vida moderna que levamos.

SAÚDE

Partindo deste princípio, podemos afirmar que uma couve ou alface que plantamos em nosso quintal, nos traz a energia indispensável para a revitalização de nosso organismo. Que nós precisamos voltar a ter hábitos saudáveis, disso mais ninguém tem dúvida, mas como fazer para que realmente consigamos trazer alimentos sátwicos para um cotidiano em que a grande maioria de nós vive correndo de um compromisso a outro? Por acaso a seleção dos alimentos deve limitar-se a mudar os produtos que colocamos no carrinho do supermercado ou seria algo mais profundo? Por mais incrível que isso possa parecer, a solução para essa questão é muito simples, basta que queiramos começar a mudar nossos hábitos de vida. Uma sugestão simples, a qual muitas pessoas tem recorrido, é o plantio em pequenos espaços como: nas sacadas dos apartamentos, jardins e até mesmo auxiliando na decoração de pequenos ambientes. Nestes locais pode-se plantar desde temperos como: alecrim, cebolinha, pimenta, à ervas medicinais como: erva cidreira, boldo e funcho ou até mesmo couve e alface variando o tamanho dos vasos de acordo com o que a pessoa se dedique a cultivar. Uma mudança em nossa percepção quanto aos alimentos é urgente para que possa nascer em nós consciência de que quanto mais sátwico seja o alimento que estamos consumindo maior será a vitalidade que ele nos proporcionará. • Leona da Rosa Nunes Pacheco

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Revista

ANTROPOLOGIA E ASTROLOGIA

O Drama Cósmico

O Mito Solar como síntese das religiões O Ciclo Anual e o Drama da Existência

Cristão

as antigas culturas, observar os ciclos da natureza era indispensável para dar manutenção à vida. Elas compreenderam o sentido místico da natureza, antes de tudo pela presença do Sol. Esse astro fulgurante e cálido foi desde sempre reconhecido como o ‘doador de vida’. Assim como seus raios permitem a vida, ele estava associado ao conhecimento dos mistérios da natureza, tornando-se o símbolo da luta espiritual do homem na sua jornada na Terra. Por essa razão, as grandes culturas descreveram a busca pela salvação referindo-se diretamente ao Sol, ou a um deus ou herói à ele associado, de onde surge a noção corrente entre os estudiosos de um Mito Solar como síntese das religiões.

No amanhecer de nossa civilização – desde a cultura ariana – o princípio do ano e a data natalícia sempre coincidiam. Exatamente porque 'Natal' é um termo que significa 'nascimento'. O Natal Cristão é uma comemoração do nascimento do seu Salvador. É sabido, porém, que essa data foi escolhida à revelia do texto bíblico, que não menciona dia de nascimento para Jesus. A esse respeito escreveu São Crisóstomo, em 390: “Este dia 25 de dezembro em Roma, acaba de ser escolhido para o dia do nascimento de Jesus, a fim de que os pagãos ocupados com suas cerimônias (as Brumélias, em honra de Baco) deixem que os cristãos celebrem seus próprios ritos sem serem incomodados”. Diz com isso que a data de nascimento do herói cristão coincide com a data em honra ao herói grego. Igualmente, a religião oficial do Império Romano tinha suas celebrações de Ano Novo na mesma data, chamadas Saturnálias. Era O Dia do Sol Novo, sendo o Sol a divindade máxima, que chegava nesse dia invencível. Essa data não era arbitrária, estava em relação a um acontecimento cósmico preciso: o Solstício de Inverno.

N Krishna - O Heroi solar Hindu

Implicações do Ano Novo A divisão do tempo em um ciclo anual tem fortes implicações para a autocompreensão espiritual dos povos, pois lhes permitia repetir simbolicamente o ato da criação. Essas cerimônias incluíam, por exemplo, o confronto cerimonial das forças divinas que presidiram a criação do cosmos.

O Natal

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Solstícios e a Criança de Luz No hemisfério norte, essa data marca o ponto máximo do inverno e o encerramento dessa estação, com as noites mais longas do ano e o clima mais frio. A partir daí, os dias serão gradativamente mais longos, culminando com o


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A Doutrina Persa influencia Roma O Nascimento do Sol Invencível em Roma tem suas origens no culto religioso da Pérsia, no Deus salvador Mitra, guerreiro invencível, com nascimento celebrado igualmente em 25 de dezembro. Aparece às vezes como condutor, às vezes como enviado do Sol. Conforme sua natureza divina empreendia uma luta contra as trevas do mundo. Havia nascido numa caverna, e dela fazia um retorno anual, retomando seu governo de forças luminosas. As tropas romanas difundiram o culto desse grande deus asiático por todo o Império.

Arqueologia do Herói Solar O estudo das mais diversas culturas mostra uma série de cultos solares: carruagens solares, discos com raios, distribuição de pedras em posições astrológicas. Esses sinais arcaicos, juntos de escritas sacerdotais, rudimentos de calendários e astrologia, representações sobre vasos, pratos, armas, sobreviveram em mitos e rituais dos quais restaram informações bastante completas. Esses vestígios mostram a presença de um tipo comum de culto solar; presente desde os povos mais antigos, dentre os quais babilônios, egípcios, sumérios, assírios, persas, hindus, gregos e romanos.

O trabalho do Sol é a base da doutrina de Salvação das Religiões Atualmente, a mitologia comparada tem sido muito frutífera em mostrar a grande semelhança nas diversas formas dos mitos antigos. A vida do Krishna hindu, Shamash babilônio, Attis da Frigia, Osíris egípcio, Apolo grego ou Quetzalcoatl asteca, coincidem nos pontos essenciais, não só da iluminação e da pureza, como a passagem triunfante sobre as trevas, que o faz renascer invencível e imortal. Esses pontos fundamentaram a narrativa do Salvador ou Herói de uma maneira simbólica e mítica, mas inscrita na própria natureza, porém decodificada e ensinada nos templos de mistérios das antigas tradições, que passavam as chaves para aqueles realmente inclinados a um trabalho espiritual, para que cada um pudesse trabalhar como o Sol, tornando-se um triunfador sobre as trevas e imortal, tal qual um Deus Solar. • Glauber Fonseca Silveira

Quetzalcoatl - Heroi Solar Asteca

Equinócio de Primavera, onde os dias e as noites terão a mesma duração e a partir do qual os dias serão mais longos que as noites. Entre os dias 22, 23 e 24 o Sol fica como que parado na mesma posição de nascimento, donde a palavra solstício (sol + sistere = sol estacionado). O simbolismo dessa data é o nascimento da “criança de luz” que renasce no momento em que os ‘poderes das trevas’ haviam como que triunfado. Isso explica as cerimônias, nos dias que antecedem o Ano Novo, representando um regime noturno, como o aprisionamento da divindade responsável pela criação, ou o apagar e reascender de uma fogueira. Para a religião romana, a Saturnália expressava o caos com festas libidinosas e a inversão da ordem da sociedade. Está ligado ao fato de que a partir de 21 de dezembro a Terra é regida pela constelação de Capricórnio, regido por Saturno, que de acordo à mitologia e às características zodiacais conhecidas pelos gregos é um signo com traços de obscuridade e relacionado à morte.


ANTROPOLOGIA

Revista

Os Segredos Incas

Auto-relevo de Wiracocha: Deus Criador da Mitologia Inca

A Sabedoria Inca permanece latente em cada rocha esculpida que perdura em suas ruĂ­nas, no seio de Pachamama, pronta para ser estudada e aplicada por homens e mulheres que desejarem estar alĂŠm das meras teorias. 10


Gnosis

Q

uando tratamos da Civilização Inca estamos referindo-nos ao maior império pré-colombiano que existiu nas Américas, cujos primórdios datam de 5.000 anos antes de Cristo e que, em seu esplendor, estendeu-se desde o que hoje é a Colômbia até o centro do Chile. Praticamente, toda a cordilheira andina permeada por excelentes estradas, pontes, cidades abundantes de sofisticados sistemas de agricultura e governantes com alta capacidade diplomática. Estamos falando de Machu Picchu, uma das maravilhas do mundo; de Tihuanaco, com seus blocos de 100 toneladas perfeitamente encaixados e do misterioso lago Titicaca, dentre muitas outras ruínas de cidades não tão divulgadas. A civilização Inca é um dos troncos de sabedoria planetária, que demonstra seu esplendor silenciosamente através dos séculos por meio de sua arquitetura, sua arte e ciência. A mitologia e religião do povo Inca está apresentada ao mundo pelos olhos de, principalmente, Gracilaso de La Vega (1539-1616), um mestiço, filho de um conquistador espanhol com uma princesa Inca, em cuja obra, apesar de demonstrar profundo conhecimento, observa-se o prisma católico-europeu, repleto de conceitos e qualificativos usados para descrever culturas pagãs.

Totemismo Inca Garcilaso de La Vega declara que antes da formação do Império Inca, cada distrito, família e vila possuía seu totem particular. O jaguar, a puma e o urso eram cultuados por sua força, audácia e instinto selvagem; a raposa por sua astúcia, o condor pelo seu tamanho. Muitas tribos consideravam-se descen-

dentes do condor. O mocho real (tipo de coruja) era cultuado por sua beleza e a coruja comum pelo seu poder de enxergar na escuridão. As serpentes, quanto maiores e mais venenosas, mais eram estimadas com reverência. Samael Aun Weor, no livro Matrimônio Perfeito, declara que a doutrina Totemista descansa nos princípios básicos do ocultismo, fundamentando-a na Metempisicose grega dos filósofos Órficos e Pitagóricos e na doutrina da transmigração das almas dos Vedas Indostanos.

“Os totemistas sabem que os elementais vegetais evoluindo convertem-se mais tarde em elementais animais... quando os elementais vegetais já se encontram muito evoluídos convertem-se em seres humanos...”. (Samael Aun Weor) Em todos os cultos religiosos encontramos vestígios do totemismo: a vaca branca dos Hindus, a ovelha dos Caldeus, o touro sagrado Ápis dos Egípcios, o cordeiro e o peixe dos Cristãos são manifestações de um Toteísmo autêntico. No Tronco Inca, esta sabedoria apresenta-se de forma admirável revelando um conhecimento perfeito das forças que governam a criação e suas manifestações nas diversas expressões da Natureza, incluindo a natureza psíquica humana. O Inca reconhece não só a Pachamama, a Mãe Natureza, mas de forma especial o lugar que lhe gestou. Entende que os animais que lhe serviram de caça, as plantas, os vegetais e a água que bebeu convertem-se em parte dele mesmo. Ele se vê como parte derivada do seio da natureza que o gestou. A sorte, saúde e vida de sua terra são a sua própria sorte, saúde e vida. ► 11


ANTROPOLOGIA: O SEGREDO DOS INCAS

Wiracocha

Estátua do Fraile de Kalasasaya

Quando adentramos na parte da sabedoria Inca, que trata do conhecimento da dinâmica psíquica do Homem, nos assombramos ao contemplar o significado antropológico que guarda o Deus Wiracocha. Os princípios cósmicos associados a esta divindade demonstram o profundo conhecimento por parte do povo Inca acerca da formação do homem autêntico auto-criado e do gênese psíquico humano. Wiracocha é o Deus que surge das profundezas do lago Titicaca, das imensas águas da vida Inca, à semelhança do Salvo das Águas do antigo testamento, para criar o Sol, à Lua e às estrelas. As demais manifestações divinas de Wiracocha nos conduzem a apreensão de sua Natureza, forças manifestas apenas nos estados mais elevados da consciência Humana. Wiracocha é: Callya, o sempre presente; Pachayachachic, o instrutor do mundo; Illa, a luz; e Tiqsi, o início, ou melhor, o iniciador. Pachayachachic, o instrutor do mundo, nos remete às manifestações mitológicas já expressas em outras culturas de elevado conhecimento da Natureza Humana como o Prometeu grego, quem rouba o fogo dos deuses e entrega-o aos homens e Osíris, quem instrui o povo Egípicio nos mais distintos ofícios. Illa, a luz, que no mundo das formas permite en-

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Revista xergar as realidades das coisas e no mundo psíquico permite-nos enxergar e dirigir as forças que governam o Homem. Callya, por sua vez, indica que é esta a força que mais conhece o Homem, pois o acompanha, está “sempre presente” em cada pensamento, sentimento e ação, instruindo-o na ciência que deve extrair do mundo, torna-se o iniciador na sabedoria dos mistérios do próprio homem. Wiracocha é ainda alegorizado com lágrimas, o que torna mais ainda assombrosa a semelhança em conteúdo Antropológico e forma à Prometeu, que se vê sendo devorado em seu fígado diariamente, sofrendo o indizível devido às debilidades humanas. Jamais uma cultura reuniria casualmente, com tal precisão matemática tais forças a uma divindade. Em Wiracocha estão evidentes os princípios que propulsionam a gênese psíquica humana, o domínio da Natureza Inferior e florescência da Superior.

INTI RAYMI, o culto solar Inca Sem nenhum contato no tempo ou espaço com as culturas Persas, Caldéias, entre outras, precursoras das festividades que hoje celebramos como o Natal, o profundo conhecimento astrológico e das forças fecundantes da Natureza levaram o povo Inca à celebração do INTI RAYMI que apresenta todos os elementos do culto à força Crestos das antigas culturas pagãs, culto este o qual nem mesmo a fúria da inquisição


conseguiu apagar da humanidade. O INTI RAYMA é a festa ao Deus solar INTI, que marca o seu ressurgimento. É celebrado no Solstício de Inverno do hemisfério sul, ponto astronômico da trajetória solar em que o Sol alcança seu ponto mais austral e o dia é o mais curto do ano. O Sol apresenta-se como imóvel, do latim sistere, em sua trajetória de Norte a Sul e a partir deste ponto ascende, trazendo calor, vida e cores nas estações da Primavera e Verão. A festa segue com os cerimoniais litúrgicos por mais nove dias e finaliza com a entrada do Inca ao templo. Ao seu passo, as mulheres arremessam pétalas de flores vermelhas e penas multicoloridas, ato que, não coincidentemente, se iguala ao domingo de ramos e a entrada do Cristo na Jerusalém Celestial. No ápice do cerimonial, o Inca evoca em prece ao Deus INTI, o Sol.

Quipus, livros sem letras reduzidos às cinzas A cultura Inca apresenta ainda em sua arte, mitologia e ciência muitos outros elementos que indicam ser esta uma esplendorosa cultura serpentina. Porém, à semelhança de Alexandria e sua biblioteca, grande parte do legado da sabedoria Inca já se encontra inacessível à humanidade, transformada em cinzas pelas mãos da ignorância, do fanatismo, da soberba e da crueldade. Após o domínio hispânico, o singular e autêntico sistema de registro Inca, os

Quipus, era reduzido às cinzas sempre que desgraçadamente recaia sobre as mãos conquistadoras. Os Quipus eram um sistema de comunicação, semelhante à escrita em seus primórdios, pelo qual os Incas transmitiam sua sabedoria, seus ritos e mitos bem como as informações que perpetuavam seu Império e Ciência. Tratava-se de fios de lã de lhama, os quais eram dispostos seqüencialmente, tingidos de cores diferentes, cada qual com um significado distinto. Ao longo do fio dispunham-se nós, os quais transmitiam uma informação precisa e sequencial. Ao serem incinerados sob a justificativa de se tratar de frutos de mãos diabólicas, a humanidade passa a conhecer apenas os vestígios do que foi uma sabedoria autêntica, e para agravar, por meio de olhos europeus repletos de conceitos inquisitórios. Todavia, a exemplo das escolas de conhecimento de um passado, a Sabedoria Inca permanece latente em cada rocha esculpida que perdura em suas ruínas, no seio de Pachamama, pronta para ser estudada e aplicada por homens e mulheres que desejarem estar além das meras teorias. • Vinícius Pires Dias Teixeira

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Fotografia de Machu Picchu - Fonte SXC

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Revista

PSICOLOGIA E FILOSOFIA

A Chave dos

Triunfadores “É necessário triunfar na vida. Se você quer verdadeiramente triunfar, deve começar por ser sincero consigo mesmo: reconheça seus próprios erros.” (Samael Aun Weor)

Ilustração - Fonte Dreamstime

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riunfar é o anelo de todos, porém para isso é necessário ter coragem e ser ousado, pois estes são atributos necessários para nos superarmos em todas as situações da vida. Triunfo, desde a antiga Grécia, onde se originou o uso desta palavra, símbolo das festas realizadas para os grandes generais após conseguir a vitória em suas batalhas, até hoje em dia é algo que todos buscamos, porém muitas vezes não sabemos como encontrá-lo. O triunfo ‘exterior’ (negócios, família, relacionamentos,...) necessita primeiramente de um triunfo ‘interior’. E para isto aprendemos através dos estudos gnósticos, os fatores básicos para se atingir o triunfo:

O poder da glândula pineal René Descartes (Sec. XVII) assegurava que essa glândula é o assento da alma. Os orientais afirmam que esta glândula é um terceiro olho atrofiado. Quando pensamos em alguém, emitimos ondas mentais e estas on14

das viajam através do espaço e chegam à outra pessoa. Segundo a cultura Hindu, a glândula pineal de nosso corpo físico é a responsável por esta função de emitir ondas mentais. Este grande poder que nossa glândula pineal possui, e que todos nós temos, também é chamado de força mental. Tudo se origina na mente, todo projeto inicia na mente (exemplo: a construção de uma casa, de um negócio, uma viagem, etc).

Por isto se faz necessário aprender a controlar a mente, caso contrário essa força mental se perde através dos diversos pensamentos que nos assaltam durante o dia, impossibilitando desta forma atingir nossos objetivos e concretizarmos nossos projetos. Sendo assim, destaca-se a importância de desenvolver o poder da concentração. Somos o que somos pela Mente. Platão afirmava que o homem se conhece por seus sonhos, e da mesma forma Freud afirmava que todas as características de uma pessoa se encontram contidas em seus sonhos. Um rico se acha poderoso, e quem o faz achar isto é a mente.


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Circunstâncias Favoráveis Nossos pensamentos, sentimentos e ações formam ao nosso redor o que chamamos de egrégora ou vibração. E esta é capaz de atrair situações positivas ou negativas. Devemos aprender a unir o pensamento e a ação. A cristalização de um projeto somente é possível quando as circunstâncias são favoráveis. E uma das formas de criá-las é reconhecer as boas qualidades das pessoas com as quais nos relacionamos (família, trabalho, amigos, etc.), pois desta forma, cria-se relações harmoniosas com nossos semelhantes, e se faz possível a criação destas circunstâncias favoráveis para obtermos o triunfo.

“A apreciação sincera dos méritos do próximo é um dos grandes segredos do êxito!” (Samael Aun Weor). Inteligência Infelizmente se confunde, hoje em dia, o intelectualismo com autêntica inteligência, pois esta é a real expressão de nossa consciência, daquilo que realmente somos. E uma das grandes barreiras que existe e que impede o ser humano de expressar o que ele é de verdade, é o medo. Atualmente, vive-se em meios aos medos, de todo tipo: em relação ao dinheiro, família, profissão, empreendimentos, violência, etc. Por medo deixamos de dar muitos passos importantes em nossas vidas e por medo fazemos muitas coisas que não gostamos, obstruindo assim nossa livre iniciativa e impedindo nossa criatividade e nossa consciência de se expressarem. Enfrentar nossos medos e não fugir deles é

extremamente necessário, tanto que faz parte dos fatores que nos conduzirão ao triunfo. “Aquele que for realmente corajoso nunca terá medo” (Confúcio). “Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar” (William Shakespeare).

A solução de todo problema está no próprio problema. Muitos sábios ao longo da história da humanidade sempre afirmaram que a vida é uma escola. E algo que impede o homem de alcançar o triunfo dentro desta grande escola chamada vida, são os problemas encontrados em sua trajetória. “O mais importante para a solução de todo problema é não identificar-se com ele mesmo” (Samael Aun Weor). Para resolver um problema se necessita de muita paz e quietude mental. Uma mente agitada, confundida, não pode resolver nenhum problema. Uma prática milenar que ajuda neste processo é a Meditação, que desde milhares de anos vem sendo usada por diversas culturas (hinduísmo, budismo, confucionismo, etc...). Se tivermos um problema muito grave, não devemos nos identificar com o problema, e sim nos retirarmos a qualquer lugar, tal como um bosque, um parque, escutar uma boa música, etc. Logo com uma mente tranqüila e quieta, estando em paz, podemos compreender profundamente o problema, pois a solução de todo problema se encontra nele mesmo. Um homem sem paz nunca poderá resolver seus problemas. Por isso pensamento e ação corretamente dirigidos, permitem ao homem galgar todos os níveis de consciência e sabedoria necessários para se atingir o triunfo em todas as etapas de sua vida. •

Ivan Jessé Martins 15


Revista

FILOSOFIA

O dom de Servir "Quem não vive para servir não serve para viver" (Sócrates)

Aquele a quem todo serviço se traduz em cifras e necessita da apreciação alheia para valorar o que faz, tem este princípio, este dom de sua essência, corrompido. Não são raros os casos de indiferença frente ao sofrimento alheio árduos, competentes e bem sucedidos trabalhanão é humano. Quem não se indigna dores que são infelizes, pois tem seus dons aplifrente ao destino das meninas do Kamcados em labores por troca de um objeto mensuboja? Quem é indiferente frente a devastação rável. Melhor que fosse pelo imensurável. de vidas seculares nas selvas tropicais? Quem “A mais triste das vidas e a mais triste das não se sente como que consumido pelo fogo mortes são a vida e a morte do homem que não frente a violência desmedida sobre quem não tem a coragem de morrer pelo bem, quando por pode defender-se? ele não possa viver” – Rui Barbosa. O princípio humano de sensibilização frente O ofício pela humanidade possui um sentido a dor do próximo jasagrado nas civilizamais se cala enquanto ções serpentinas. O o indivíduo possua uma ‘sacro ofício’, ou meessência. É certo que tal O ofício pela humanidade poslhor, o sacrifício é o impulso se apaga frente sui um sentido sagrado nas civisentido da existência a astúcia dos sabichões, lizações serpentinas. O ‘sacro dos grandes homens aproveitadores da boa ofício’, ou melhor, o sacrifício é o de um passado e de fé humana. Porém a hoje. necessidade de servir sentido da existência dos grandes Frente aos imsempre surge quando homens de um passado... pulsos do espírito, os reconhecemos uma limites do corpo, os sincera necessidade de afetos pessoais e neajuda. cessidades sociais ficam sobrando. Não existem Esta é a força que levantou as grandes relibarreiras para aqueles que sabem o que tem que giões de um passado, promoveu revoluções e fazer e estão dispostos a cumprir com o que lhes verdadeiramente mudou o destino dos povos por indique a consciência. Para a humanidade fica a meio de homens e mulheres que souberam debeleza da imensidão das obras enquanto os valosenvolver em si o dom de servir. res, indescritíveis e intransmissíveis, ficam para “Quem não vive para servir não serve para os homens que sabem servir e amar. • viver” – Sócrates. Servir é uma condição inerente à vida, não Francisco Wélio Salazar somente à vida biológica, porém fundamentalmente à vida espiritual.

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Gnosis

PSICOLOGIA

Metodologia Gnóstica O exercício da metodologia gnóstica é uma prática para que possamos viver a vida intensamente, através do desafio da extração da sabedoria em cada fato ocorrido em nosso diário viver.

da informação em conhecimento e o conhecimento em sabedoria. A Metodologia Gnóstica segue o processo de transformar informação em sabedoria, por meio da auto-observação, do autoconhecimento e do despertar da consciência. O ponto forte da metodologia gnóstica é a constância da vivência da frase: “Homem conhece a ti ara se compreender o que é a ‘Metodologia mesmo e conhecerás o universo e os Deuses”. Com a prática da auto-observação, do autocoGnóstica’ é preciso em primeiro lugar pernhecimento, conseguiremos ultrapassar o acaso e ceber que a mesma significa o estudo dos construímos nosso próprio destino, já que ao permétodos, ou seja, a ciência que trata das etapas a cebermos de forma clara o que nos move e imserem seguidas para atingir a compreensão. pulsiona a todos, e aos próprios eventos Tudo o que temos contato, desde a diários, podermos agir na raiz de cada simples curiosidade até um fato científicircunstância. co, faz parte do mundo da informação. Pela falta de conhecimento e pelo Ocorre que, estar informado não significa excesso de informação, estamos nos torSABEDORIA ter conhecimento, pois este último é o renando seres desprovidos de sabedoria, sultado do processamento da informação sendo vítimas de circunstâncias, restanpor meio de uma metodologia específica. do-nos somente a angústia da nossa ignoPara tal, temos que levar rância e as consequências em conta que a informada mesma. ção é o primeiro contato, É nesse ponto, que poenquanto que conhecer é demos apoiar-nos na metoINFORMAÇÃO CONHECIMENTO aprofundar, é saber a oridologia gnóstica, como um gem e o verdadeiro signifiinstrumento de ajuda para cado. Para que consigamos este processo de transforatingir o conhecimento é mação que vem a ser uma necessária a superação da informação. mudança da nossa psique, por nos proporcionar Assim, tão logo cheguemos a origem dos fatos uma ampla visão do mundo, e passamos a ser e a certeza de que conhecemos o significado da atores principais da nossa vida e não mais coadinformação, alcançamos uma etapa mais profunjuvantes. da que é a sabedoria, sendo esta o ponto final das Portanto, o exercício da metodologia gnóstica é etapas da metodologia e não pode ser adquirida uma prática para que possamos viver a vida intenpor livros e nem por teorias, pois é parte da expesamente, através do desafio da extração da sabedoriência direta e das conclusões de cada um. ria em cada fato ocorrido em nosso diário viver. •

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A Sabedoria

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Mariângela da Silva Santos

Portanto para que possamos adquirir a sabedoria, devemos ter como hábito a transformação 17


Revista

INSTITUCIONAL

Curso de Gnosis

Ciência e Cultura do Homem em Busca do Ser

O que é Gnosis ?

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nosis é o conhecimento síntese da sabedoria transcendental e transformativa, onde se ensina a humanidade a ver, ouvir e tocar todas as coisas que até o momento se mostraram como grandes mistérios e enigmas. A Gnosis é tão antiga quanto o homem e encerra o conteúdo de toda a sabedoria e conhecimentos múltiplos de nosso planeta. Tem sua origem nas mais antigas escolas de mistérios, sendo resgatada de tempos em tempos por correntes como: Escola dos Egípcios, Escola de Alexandria, Essênios, Druidas, Te m p l á r i o s , Pitagóricos e muitas outras culturas e tradições milenares. Neste século, ressurgiu na América Latina através do grande humanista e antropólogo contemporâneo Samael Aun Weor. Oferece práticas especiais

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para o desenvolvimento das infinitas possibilidades do homem e ensina a despertar a consciência; ensina também através de didáticas objetivas como eliminar defeitos e vícios em benefício da convivência harmoniosa com os seres humanos.

Para quem é a Gnosis A Gnosis é para homens e mulheres que buscam o autoconhecimento, é para aqueles que buscam encontrar as respostas para os grandes enigmas da vida e da morte, da natureza e de si mesmos. É para aqueles que se questionam sobre qual é o real motivo de nossa existência. Para que estamos aqui? Por quê? A Gnosis é para aqueles que sempre buscaram a Verdade, que já estão cansados de tantos dogmas, teorias e hipóteses.


Gnosis

Em que se fundamenta a Gnosis? A Gnosis se fundamenta nas quatro colunas do saber: Filosofia: É a Filosofia que ensina ao homem como despertar a consciência, através da reflexão séria e serena, que permite o conhecimento integral de si mesmo e do mundo que nos rodeia. Arte: Através da arte se aprende a transformar a própria vida em uma obra-prima, para que através de bons exemplos se possa ensinar a Sabedoria. Através da Arte se aprende a cultivar todos os nossos dons e vocações. Ciência: Possibilita-nos a experiência direta do real, à luz da consciência, através do laboratório vivo de nosso próprio corpo. Religião: Estuda a Ciência das Religiões. A Gnosis vai ao âmago religioso buscando

“Religar” o Homem ao Real, buscando a Seidade dentro do próprio homem, para que depois ele possa reconhecê-la fora.

Alguns temas abordados durante o curso: Os mistérios da Vida e da Morte Os Sonhos e seu significado O Despertar da Consciência Os 7 corpos do homem e as dimensões A Essência e a Consciência Evolução, Involução e Revolução Os Chakras e as faculdades psíquicas Os 7 centros da Máquina Humana Retorno e Recorrência Os Elementais da Natureza O Mundo Astral. •

Conferências Públicas

Veja Algumas das Cidades onde a AGEACAC ministra conferências:

Tangará da Serra - MT

Santa Maria - RS

Cursos Gratuitos

São Paulo - SP



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