(2) os mistérios maçônicos e o tráfico de escravos

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A VERDADE SOBRE A MAÇONARIA

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Havia a Administração do Patrimônio da Santa Sé (APSA), com seu presidente, o Cardeal Villot, e um secretário, Monsenhor Antonetti, com suas sessões ordinária e extraordinária. A sessão ordinária administrava toda a riqueza das várias congregações, tribunais e ofícios. Administrava especificamente uma parcela considerável dos bens imobiliários do Pontificado, Somente em Roma, isso eqüivalia a mais de cinco mil apartamentos alugados. Em 1979, o valor patrimonial ultrapassava um bilhão de dólares. A sessão extraordinária, o outro banco do Vaticano, era tão ativo em suas especulações diárias no mercado financeiro quanto o IOR controlado por Marcinkus. Especializava-se no mercado cambial e operava em estreito contato com o Crédit Suisse e Société de Banque Suisse. Seu patrimônio, em setembro de 1978, era superior a um bilhão e 200 milhões de dólares. O Banco do Vaticano, que Marcinkus dirigia, tinha um patrimônio de mais de um bilhão de dólares. Seus lucros anuais, por volta de 1978, eram de 120 milhões de dólares; 85 por cento desse total iam diretamente para o Papa, a fim de usar como julgasse conveniente. Possuía mais de mil contascorrentes. Pelos termos em que o banco fora criado, por Pio XII, durante a Segunda Guerra Mundial, essas contas deveriam pertencer em grande parte a ordens e institutos religiosos, Quando Albino Luciani tornou-se Papa, porém, apenas 1.047 pertenciam a ordens e institutos religiosos, 312 a paróquias e 290 a dioceses. As restantes 9.351 eram de diplomatas, prelados e "cidadãos privilegiados". Uma parte significativa da última categoria, nem mesmo era de cidadãos italianos. Havia quatro que eram: Sindona, Calvi, Gelli e Ortolani. Outras contas pertenciam a políticos eminentes de todas as tendências e a grandes industriais. Muitos desses correntistas aproveitavam as facilidades como um conduto para exportar capitais da Itália ilegalmente. Os depósitos não estavam sujeitos a qualquer taxação. Os dois departamentos da APSA e o Banco do Vaticano eram os maiores problemas que Albino Luciani tinha de superar antes que a Igreja pudesse reverter a suas origens cristãs. Havia muitos outros e a riqueza adquirida ao longo dos séculos não era um dos menores. Assumia muitas formas, inclusive incontáveis tesouros de arte. Vaticano S.A., como todas as multinacionais que aspiram à respeitabilidade, não era negligente em assuntos de arte. A generosidade do Vaticano está lá para todos verem, os horários de visita permitindo: os Caravaggio, as tapeçarias de Raphael, o altar de ouro de Farnese e os castiçais de Antonio Gentili, o Apolo do Belvedere, o Torso do Belvedere, os quadros de Leonardo da Vinci, as esculturas de Bernini. As palavras de Jesus Cristo seriam ouvidas menos claramente em algum outro lugar mais modesto que a Capela Sistina, com seu majestoso Juízo Final, de Michelangelo? O Vaticano classifica tudo isso como bens não-produtivos. A classificação que seria dada pelo fundador do cristianismo pode ser avaliada por Seus comentários a respeito da riqueza e propriedade. O que pensaria Jesus Cristo se voltasse à terra em setembro de 1978 e tivesse ingresso na Cidade do Vaticano? O que sentiria o homem que declarou "Meu reino não é deste mundo" se vagueasse pelos departamentos da APSA, com suas equipes de analistas de investimentos clericais e leigos, acompanhando as flutuações dia a dia e até mesmo minuto a minuto das ações e outros títulos possuídos no mundo inteiro? O que pensaria o filho do carpinteiro dos equipamentos IBM em funcionamento tanto na APSA como no Banco do Vaticano? O que diria o homem que comparou a dificuldade dos ricos entrarem no Reino do Céu com um camelo passar pelo fundo de uma agulha sobre as últimas cotações do mercado de ações em Londres, Wall Street, Zurique, Milão, Montreal e Tóquio, transmitidas incessantemente ao Vaticano? O que diria o homem que proclamou "Bem-aventurados os pobres" sobre o lucro anual da venda de selos do Vaticano? Um lucro que ultrapassa um milhão de dólares. Qual seria a sua opinião sobre os Dízimos de Pedro, que iam diretamente para o Papa? Essa coleta anual, considerada por muitos como um barômetro acurado da popularidade do Papa, produziu entre 15 e 20 milhões de dólares sob o carismático João XXIII. Sob Paulo VI, depois de Humanae Vitae, caiu para uma média de quatro milhões de dólares por ano. O que pensaria o Fundador da Fé sobre esses poucos exemplos de

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1/12/2006


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