Uma Semana Para Se Perder - Spindle Cove Vol2 - Tessa Dare

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dedos, e passavam como penas por sua palma. Com a outra mão ela foi soltando o nó da gravata até que toda a extensão do tecido deslizou do pescoço dele de forma lenta e sensual. Ela acreditou que o ouviu gemer, um pouco. Minerva enfiou o rosto no pescoço dele. O aroma de conhaque exalava de sua pele, profundo e inebriante. Sem seus óculos, e perto como Colin estava, ele não era para ela mais que um borrão não barbeado. Mas era um borrão dolorosamente lindo, apesar de tudo. Esticando o pescoço, ela o beijou no rosto. A respiração dele falhou, e ela quase perdeu a coragem de continuar. Mas ela havia começado, e não tinha como parar. Inclinando a cabeça, ela o beijou debaixo do queixo. Do outro lado da mesa, o duque soltou uma risada seca. O coração de Minerva parou. Ela congelou, com os lábios grudados na garganta não barbeada de Colin. O que ela estava pensando? Uma sedutora descarada? Ela? É claro que Halford não acreditaria nisso. Ninguém com a cabeça no lugar acreditaria. “Colin”, disse o duque, “será que você quer pular esta jogada? Parece que a bela Melissande precisa ser levada para a cama.” O pomo de adão de Colin pulou em sua garganta. “Ela pode esperar.” “Talvez”, respondeu o duque, com uma risada de quem entende a situação. “Mas você, pode? Eu nunca vi os nós dos dedos de um homem tão brancos.” A satisfação fervilhou no corpo dela. Halford tinha acreditado. Colin foi afetado. Ela era uma sedutora. Mas Minerva ainda não tinha conseguido seu objetivo – afastar Colin da mesa de carteado. Minerva redobrou seus esforços. Ela enfiou os dedos com força no cabelo dele. E lambeu seu pescoço, arrastando a língua da veia pulsante até o lóbulo da orelha. Com a ponta da língua ela desenhou cada reentrância e cada saliência da orelha dele. “Para cima”, sussurrou ela. “Leve-me para cima. Agora.” Colin segurou as costas do vestido dela, e a fez prender a respiração com um puxão. Mas a repreensão forte e secreta apenas serviu para inflamar a natureza rebelde de Minerva. De quem foi a ideia de que ela desempenhasse aquele papel? Ele não tinha direito de reclamar. Além disso, uma parte dela estava gostando daquilo. E a julgar pela saliência dura e quente que ela sentia em sua coxa, parte dele também estava gostando. Isto não mente. Ela beijou a clavícula dele, enquanto levava os dedos para os botões da camisa. E foi soltando um, depois outro, e enfiou seus dedos dentro da camisa para acariciar o peito macio e musculoso. “Sua pilha de moedas está bem baixa, Colin”, observou o duque. “Já que você parece tão pouco interessado em desfrutar da Melissande, talvez queira fazer uma aposta amigável. Eu apostaria uma boa quantia de dinheiro contra esses encantos... tão óbvios e abundantes.” Minerva teve que se esforçar muito para não demonstrar que entendeu o que o duque falou, com um olhar ameaçador. Ou com um vômito violento. Colin também ficou tenso. “Cuidado, Halford.” “Por quê? Não é como se ela pudesse entender o que estamos falando.” O


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