A Dama Da Meia Noite - Spindle Cove Vol3 - Tessa Dare

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rosto dela. Kate seria sua segurança caso ele se encontrasse à deriva em outro lugar. “Deus, Katie. Me abrace. Firme.” Ela o abraçou e o clímax chegou também para ele. E ele, de fato, se viu à deriva em outro lugar. Mas não foi em uma terra de sombras, fumaça e explosões. Não... ele encontrou um cenário de pele luminosa, lábios rosados perfeitos e olhos tão abertos, profundos e apaixonados, que eram como o mar. Ali ele teve a certeza de que os corações possuíam asas, e ele pretendia embarcar em muitas viagens. Mas acima de tudo, era lindo. Tão lindo que ele poderia ter chorado. E ele não teria chorado sozinho. Quando parou de se mover, algumas lágrimas reluziram nas faces dela. Samuel não se preocupou com elas, apenas as apagou com beijos. “Eu também amo você”, suspirou ela. Ele ergueu a cabeça, surpreso. “Eu disse isso?” Ela sorriu. “Várias vezes.” “Oh. Ótimo.” Ele a beijou novamente. “O que eu senti foi indescritível.” Ele tocou seu cabelo, e se permitiu alguns momentos de descanso, aninhado junto ao peito dela. Se ele tinha que ser um homem estilhaçado, fragmentado, acostumado a percorrer territórios estranhos de tempos em tempos, e estar inconsciente de suas ações – Samuel ficava feliz por saber que de vez em quando podia ir para lugares bons e cheios de amor. “Nós temos que voltar”, ele disse, afastando-se dela. “Eu tenho que falar com Drewe.” “Kate?” A voz grave, masculina, veio do corredor. “Kate, você está aí?” Droga, droga, droga. Por falar no diabo... Thorne não entrou em pânico. Ele se levantou e pôs Kate de pé, momentos antes de Drewe entrar na sala. Quando Kate se ergueu, suas saias cuidadosamente arrumadas caíram naturalmente até o chão. Ninguém iria supor o que havia acabado de se passar debaixo delas. “Nós estamos aqui, Drewe”, disse Thorne, tentando fazer sua voz soar indiferente. “Nós?”, perguntou Drewe, entrando no salão. Thorne tentou permanecer calmo enquanto abotoava a calça. Ele sabia que as sombras o esconderiam por alguns instantes, enquanto Drewe acostumava os olhos à luz das arandelas. Só mais um fecho... Agora os botões do casaco. Drewe estava quase chegando neles. Mais um botão. Pronto. “Drewe.” Thorne fez uma reverência. “Eu estava procurando você.” O marquês olhou desconfiado para ele. “Kate, o que está acontecendo?” “Oh, nada. Nada.” A resposta dela pareceu forçada demais para Thorne, e Drewe ficou realmente desconfiado. Mas ele tinha quase certeza de que havia conseguido esconder qualquer evidência. Isso até o olhar de Drewe cair nas duas meias esquecidas no chão. Droga. No escuro, seus olhos faiscaram com uma raiva feroz.


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