A dama da meia noite tessa dare

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flanco de Thorne, logo abaixo de sua última costela. Ele arqueou e arfou. “Está bem”, ele finalmente rugiu. “Muito bem. Você ganhou. Apenas tire esse cachorro de mim.” “Você vai me contar tudo?” “Vou.” A vitória fez Kate estufar o peito. “Eu sabia que você se renderia.” “Não estou pedindo misericórdia para mim”, ele ofegou, os olhos pregados no teto. “É pelo cachorro. Com todo esse óleo, você vai fazê-lo passar mal.” Ela sorriu, satisfeita consigo mesma, ao perceber que havia encontrado o calcanhar de Aquiles de Thorne. “Eu sabia que você se importava com ele.” Ela trouxe Xugo junto ao peito e o elogiou exageradamente antes de soltá-lo no chão. Então deu toda sua atenção a Thorne. Oh, a expressão no rosto dele era mortal. “Estou ouvindo”, disse ela. “Primeiro me solte destas amarras.” “Quando você está assim furioso comigo? Eu posso ser corajosa, mas não sou idiota.” Ela pegou a caneca de chá. “Mas vou lhe dar um pouco disso.” Ela se aproximou da cabeceira da cama e levou a caneca até os lábios dele, colocando uma mão debaixo da cabeça de Thorne para ajudá-lo a beber. Quando ele repousou a cabeça no travesseiro, Kate passou seus dedos pelo cabelo desalinhado dele, ajeitando-o. “Pode começar”, disse ela. Ele suspirou. “Sim, eu conheci você criança. Você era só uma coisinha quando nos vimos pela última vez. Quatro anos de idade, talvez. Eu era mais velho. Dez ou onze. Nossas mães...” Ao ouvir a palavra “mães”, Kate sentiu um caroço se formando na garganta. “Nossas mães?” Ela agarrou a mão boa dele. “Você tem que me contar tudo. Tudo, Thorne.” Ele suspirou, relutante. “Eu vou lhe contar mais. Juro. Mas me solte primeiro. Essa história exige um pouco de dignidade.” Ela refletiu. “Tudo bem.” Kate pegou a faca na mesa. Com movimentos cuidadosos, ela cortou cada uma das tiras de tecido que o prendiam na cama. Algumas passavam por cima de suas pernas vestidas. Outras circundavam a pele nua de seu peito e abdome. Para erguer e cortar o tecido, ela teve que passar suas mãos pela sua pele quente. Ela tentou manter uma conduta profissional, mas foi difícil. Depois que ela cortou a última amarra, Thorne se apoiou no cotovelo bom e lentamente se curvou, até ficar sentado na cama. Um gigante adormecido que despertava. Suas botas atingiram o chão com dois baques pesados. Kate nem se preocupou em tentar removê-las. Ele esfregou o rosto quadrado e não barbeado, depois passou a mão pelo cabelo. Seu olhar caiu para o peito nu e coberto de óleo.


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