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Saúde Mental

Por Luciana Dainese Graduanda em Psicologia pelas Faculdades Integradas de Jahu - Terapeuta de Barras de Access - Facilitadora da Ofi cina das Emoções

Motivação, vamos refletir sobre ela?

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Entre os vários conceitos de motivação, podemos refl etir o quanto ela tem nos impulsionado ao crescimento pessoal, profi ssional e em outras áreas da vida

Podemos descrever motivação como um movimento; o movimento de ir em direção a uma conquista; é o motivo para a ação na busca do que se quer, e se dá por estímulos dos desejos e necessidades. Algumas motivações apontadas pelo psicólogo americano Abraham Maslow, que se tornou bastante conhecido no meio acadêmico e em trabalhos desenvolvidos nas áreas organizacionais por sua pirâmide das necessidades humanas, surgem de necessidades que ele classifi cou em uma hierarquia, começando pelas fi siológicas, como a necessidade de comer, dormir, respirar, tomar água; passando para a necessidade de segurança, do corpo, do emprego, da família, da saúde; subindo para o nível de necessidade do amor/relacionamento de amizade, família e intimidade sexual; nível de estima, que indica a confi ança, autoestima, respeito dos outros e aos outros; e o último nível que se refere à realização pessoal. Maslow também fala sobre um comportamento “não motivado” quando, por exemplo, relaxamos para descansar, tomar sol, ornamentar algo mais do que usá-lo, observar coisas sem importância, e cita a arte em sua pura expressão como um comportamento não motivado.

Os motivos para a ação variam de acordo com seus objetivos e propósitos: o que para uma pessoa é um estimulo motivador, para outra pode não ser. Como exemplo, podemos pensar em uma pessoa que tem o sonho e o objetivo de ser comissária de voo, a busca de capacitação para a profi ssão exigirá estudos específi cos, provas, estar disposta a viver em outros lugares, longe da família, entre outras circunstâncias. Condições que para outra pessoa que, por exemplo, sonha em ser um engenheiro agrônomo, não ativará essa mesma motivação, e sim as próprias que irão levá-la ao seu objetivo, assim como um homem que deseja ser pai terá motivações diferentes daquele que deseja ser um sacerdote.

Apesar dos vários conceitos sobre motivação desenvolvidos pela psicologia, alguns elementos são comuns a eles como a ativação, a direção, a intensidade e a persistência. A ativação é o processo inicial da motivação, os estímulos podem ser internos, vindos da própria pessoa, e/ou externos, vindos do ambiente em que a pessoa está inserida. A direção é a escolha ou não do movimento para o alvo, para o objetivo; a intensidade é sobre a força da ação, sobre a necessidade de suprir algo ou alcançar uma meta; e a persistência consiste em avaliar a manutenção dos elementos anteriores. Verifi case que essa manutenção se dá de acordo com as características da pessoa, sua personalidade, emoções, sonhos, necessidades, e do ambiente externo, tipo de tarefa a ser realizada, seja no âmbito profi ssional ou pessoal, clima, recompensas, ambiente físico adequado, condições fi nanceiras e muitos outros de acordo com cada contexto.

Analisando a motivação pelo olhar da terapia dos esquemas de Jeffrey Young, ela pode surgir de várias formas, como por exemplo, fazer uma graduação que atenda as expectativas dos pais e, assim, não os desagradar, para que isso não provoque a sensação de abandono de seus pais; trabalhar demasiadamente para não se sentir um fracassado, incompetente.

A psicologia positiva, um movimento recente dentro das ciências psicológicas, apresenta a proposta de uma visão mais ampla aos potenciais, capacidades e motivações humanas. De acordo com essa teoria vivemos em uma cultura que ressalta pontos negativos de nossa existência, que predominam em nossos comportamentos e esse é o maior problema, criar padrões negativos de existir, de se comportar no mundo, causando prejuízos em vários âmbitos da vida. Quando descobrimos ou reconhecemos nossos potenciais e colocamos o foco em desenvolvê-los, passamos a julgar menos, valorizar mais, focar menos no que não queremos e mais no que queremos construir. E isso interfere em nossas motivações e propósitos de vida.

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