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#23 Jul 2017 ISSN1647-1121

#OPINIÃO SNC-AP e a nova gestão pública. Agora é que é? Software que faz software e se faz a si próprio


Pode ter acesso a esta revista em formato digital e às edições anteriores em: www.quidgest.pt/quidnews

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#FICHA TÉCNICA EDITOR Cristina Marinhas DESIGN EDITORIAL Isabel Raminhos e João Amorim REVISÃO DE TEXTO Fernando Cruz COLABORADORES DESTA EDIÇÃO Carlos Costa, Isabel Alves, Joana Barroso, Joana Luz, Madalena Ezra, Rodrigo Serafim, Sofia Jesus DATA Julho de 2017 É proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo da QuidNews sem a autorização expressa da Quidgest, S.A.


TOP 5

#SUMÁRIO

#QUID_SOLUTIONS

#EDITORIAL

#OPINIÃO

20 SNC-AP e a nova gestão para pública. cada vantagem 05 Transformação digital, organizacional e humana Selecionamos cinco soluções do nosso portefólio

#BREVES POUPANÇA

solução poupa recursos 06 A Quidgest éAuma entidade formadora certificada financeiros, reduz o recurso a Mudámos para a Rua Viriato

07 Genio web

financiamentos ou liberta verbas para outras a�vidades.

#ENTRELINHAS 07 João Annes vence prémio internacional da AFCEA Governo da Jamaica anuncia Quidgest My HR+ EXPANSÃO BPM Lisbon 2017 A solução permite acompanhar a

expansão da organização ou empresa #BREVES para novos mercados ou para novos sectores, sem sobressaltos. 08 Cinel e Quidgest promovem formação profissional pioneira em desenvolvimento de software

Agora é que é? APTO subs�tuir sistemas obsoletos e caros, preservando as 22funcionalidades Software que faz software e se faz a si próprio nucleares SmartSourcing o que conta não é o custo/hora, mas a obra concre�zada Portais Web distribuir tarefas diminui custos internos Serviços partilhados reduzir custos, par�lhando soluções por organizações similares Time Sheet Management só afetar recursos aos projetos que acrescentam mais valor

Soluções internacionais expandir as competências internas à escala global 1CRM melhores resultados do seu esforço comercial, acompanhados em tempo real WebServices e MyCompanyAPI abrir a empresa ao mundo Soluções Cloud e Soluções Web no centro das atenções, ninguém é periférico Parcerias projetos conjuntos de I&D e criação de soluções White Label

Platina Update do portal

Genio e qualidade têm a mesma definição, adequação ao uso e melhoria con�nua assegura a prestação de #ENTREVISTA Inspeção paraAasolução Inspeção-Geral das Atividades em Saúde Balanced Scorecard toda a empresa a alinhar os procedimentos com obje�vos 24 Os os riscos no setor da banca na era da transformação digital um 10 Diretiva DMIF II melhor serviço, com clientes, Mobilidade aproximar as suas soluções dos seus clientes utentes e cidadãos mais sa�sfeitos. Gestão da qualidade não basta ter, é necessário evidenciar A qualidade é reconhecida no merca- E-Learning, Bases de Conhecimento e Formação #EVENTOS do e a reputação de excelência. #CASOS DE ESTUDO as competências garantem a qualidade 11 A Quidgest esteve presente na Embedded World 2017 28 Inspeção de Saúde mais ágil com nova solução QuidChallenge de gestãoespecíficas para o seu sector, de entre as 600 do portefólio Soluções 12 Ideias de Génio PRODUTIVIDADE Quidgest A solução permite, com os mesmos Balanced Scorecard a “pressão do indicador” mo�va colaboradores e garante obje�vos recursos, obter melhores resultados #TEMA DE CAPA #SOLUÇÕES EM DESTAQUE 1ERP uma solução exclusiva e evolu�va, perfeitamente adaptada e a�ngir obje�vos mais facilmente. 30à sua Scoring 14 O ano da Transformação Digital empresa Automatização desde integração com equipamentos a no�ficações Geração com Genio ou gerador específico de uma grande empresa 09 Quidgest desenvolve solução de Gestão Processos de QUALIDADE

AGILIDADE

Evolução com Genio seja o primeiro a aproveitar cada oportunidade Business Process Outsourcing especialistas que lhe permitem concentrar-se no negócio Workflow e Gestão Documental gestão dos processos de negócio Gestão de equipas flexíveis adaptada às novas relações de trabalho Ferramentas de desenvolvimento QuidBuilder, Q-CRT, Qwatch

ESTABILIDADE

Model Driven Architecture um modelo da empresa que se projeta no futuro APTO manter os processos essenciais que têm suportado a sua empresa durante anos Consultoria especializada as tecnologias como instrumentos eficazes da gestão CAv Consulta Avançada chegar a toda a informação já existente nos sistemas da empresa Conectores ERP uma camada de eficiência sobre 3 instalados #23os ERP quidnews

A solução permite responder rapidamente a polí�cas públicas, a mudanças legisla�vas, às necessidades dos cidadãos ou a inovações tecnológicas.

A solução protege os inves�mentos já feitos e competências desenvolvidas. Reaproveita o que foi criado na organização e assegura os compromissos já assumidos.


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#EDITORIAL Transformação digital, organizacional e humana 2017 é o ano em que, definitivamente, a tecnologia (digital) se associa à transformação. A tecnologia ao serviço da transformação e não a tecnologia ao serviço da tecnologia. Algumas formas centenárias de organização do trabalho estão a mudar e novos modelos de negócio estão a criar mais riqueza e bem-estar social. Todo este mundo de alterações resulta da aplicação de novas tecnologias aos processos de conceção, fabrico e gestão. Empresas desconhecidas há uma década passam a liderar os rankings de notoriedade e do mercado de capitais. Instituições dão saltos quânticos na qualidade dos seus serviços públicos. Governos tentam regular, a tempo, tão velozes alterações e assim evitar conflitos sociais de origens e dimensões, muitas vezes, desconhecidas. É a chamada transformação digital. Esta 23.ª edição da QuidNews é dedicada a esta temática da transformação das organizações por via do digital e, consequentemente, das pessoas, da sociedade e de como a tecnologia pode e deve ser um forte aliado na criação de valor e vantagens competitivas. Uma tecnologia ágil e evolutiva que se ajuste continuamente às curvas e contracurvas da transformação ou, melhor dizendo, humanização digital. E por falar de transformação, a Quidgest mudou para novas e modernas instalações na Rua Viriato, n.º7. É com um pequeno artigo sobre este tema que começamos a rubrica de Breves, dando conta também da mais recente iniciativa de formação profissional e responsabilidade social com o Cinel, denominada “Criação ágil de sistemas de informação”. Um excelente artigo técnico sobre o Genio, da autoria do CTO da Quidgest, Rodrigo Serafim, publicado também na revista “IT Insight”, é de leitura recomendada, tal como a entrevista a Madalena Ezra, especialista da Quidgest nas soluções de reporte para o mercado financeiro, intitulada “Os riscos no setor da banca na era da transformação digital”. O caso de estudo da IGAS - Inspeção-Geral das Atividades em Saúde e, o evento “Ideias de Génio” realizado em Maputo merecem, também aqui, ser destacados. A 9.ª edição do Q-Day, a realizar dia 21 de setembro na Culturgest, vai ainda mais fundo na análise do tema da transformação digital, com quatro painéis de debate e oradores de grande nível. No próximo número da QuidNews contar-lhe-emos tudo sobre este importante acontecimento.

Acreditamos que a forma ágil, inovadora e diferenciadora de desenvolvimento de sistemas de informação da Quidgest é uma das melhores apostas para as organizações que querem liderar esta gigantesca vaga de mudança em que estamos todos mergulhados. Uma espécie de metamorfose onde alguns ainda estão na fase do ovo, outros, talvez a maioria, na lagarta e, e muito poucos já na da borboleta. Gratos a todos os clientes históricos pela continuada preferência pelos nossos produtos e serviços e as melhores boas-vindas aos novos, pela aposta no caminho do sucesso mútuo. Cristina Marinhas CEO

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#BREVES A Quidgest é uma entidade formadora certificada Desde há vários anos entidade acreditada, a Quidgest Consultores de Gestão, SA é agora uma entidade formadora certificada pela Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) nas áreas de educação e formação: ▪ 322 - Biblioteconomia, arquivo e documentação (BAD) ▪ 345 - Gestão e administração ▪ 481 - Ciências informáticas ▪ 482 - Informática na ótica do utilizador Esta certificação traduz o reconhecimento da DGERT quanto aos recursos, procedimentos e práticas desenvolvidas pela empresa no âmbito dos serviços de formação, traduzindo ainda um claro sinal de compromisso para com a qualidade e o cumprimento de todos os requisitos de certificação. “O facto de sermos uma entidade formadora certificada pela DGERT representa uma garantia da qualidade dos serviços prestados, com recursos e processos certificados e, consequentemente, mais valor para os nossos clientes”, sublinha Carla Joaquim, coordenadora do Learning Center da Quidgest.

Mudámos para a Rua Viriato Mudámos para novas instalações, na Rua Viriato, em Picoas, mantendo a proximidade do centro da capital. Para efeitos de correspondência, deverá ser usado o seguinte endereço: Rua Viriato, 7, 4.º andar – 1050-233 LISBOA. Os restantes contactos mantêm-se. Este é um novo espaço, mais moderno e equipado com tecnologia atual, dispondo de um ambiente agradável e adequado ao serviço de excelência que queremos continuar a prestar aos nossos clientes. Contamos com a sua visita!

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Atualmente, a empresa oferece formação especializada, e certificada, sobre todo o portefólio de sistemas que produz, nomeadamente em Gestão Pública, Gestão Estratégica, Gestão Documental, Gestão de Formação, Cibersegurança e Soluções Integradas de Gestão, bem como em áreas avançadas de Engenharia de Software. Para mais informações sobre a nossa oferta formativa, contacte: learning@quidgest.pt

Rua Viriato 7


#ENTRELINHAS Genio web Criámos o novo microsite Genio, plataforma ‘no code’ para desenvolvimento ágil de software de gestão. Este novo site – cujo endereço é http://genio.quidgest.com – apresenta-se com um design apelativo e funcional e informação detalhada, incluindo não só a descrição técnica da plataforma, mas também projetos realizados, comunidade de utilizadores e o link do portal de parcerias. Contém, ainda, informação sobres soluções criadas através do processo de modelação e geração automática. Uma abordagem disruptiva segura, tanto para a atualização rápida de sistemas obsoletos, como para o desenvolvimento de novos projetos no âmbito da transformação. Conheça o Genio em: http://genio.quidgest.com

João Annes vence prémio internacional da AFCEA O coordenador da área de cibersegurança e privacidade digital da Quidgest, João Annes, é um dos vencedores do prémio internacional “40 Under 40 Award” da AFCEA – Armed Forces Communications and Electronics Association. Esta é uma associação fundada nos Estados Unidos em 1946, com o objetivo de constituir um fórum privilegiado de encontro e debate entre as Forças Armadas, a indústria e os órgãos de investigação e desenvolvimento. Governo da Jamaica anuncia Quidgest My HR+ Em cerimónia realizada nos escritórios do Ministério jamaicano da Finanças, a ministra de Estado e Serviço Público, Fayval Williams, o vice-secretário financeiro, Wayne Jones, e a diretora da Unidade de Implementação da Transformação, Maria Thompson Walters, revelaram o nome e logótipo do Sistema Empresarial de Gestão do Capital Humano (HCMES) agora denominado My HR+, a ser desenvolvido pela Quidgest para o Governo do país. A implementação da primeira fase do My HR+, em entidades do sector público, já começou e deverá estar concluída até ao final de 2017. Foram selecionados 14 ministérios, departamentos e agências (MDA) para serem os primeiros a utilizar os serviços do sistema, que oferece uma plataforma padronizada de recursos humanos e folha de pagamento.

BPM Lisbon 2017 A BPM Lisbon 2017 é a 10.ª edição da conferência anual do IPBPM – Instituto Português de Business Process Management (www.ipbpm.pt) e realizou-se na capital portuguesa, nas instalações da Gulbenkian, nos dias 1 e 2 de junho últimos. Face aos tempos que se vivem, a inovação tem vindo a assumir um papel mais determinante, nas suas vertentes organizacional, de marketing, processos e produtos. No contexto da OCDE, a inovação dos processos aplica-se aos processos de logística e de produção, ficando os restantes no âmbito da inovação organizacional. João Paulo Carvalho, Senior Partner da Quidgest, participou no painel “Experiências de inovação organizacional nas empresas”, juntamente com Nelson Ferreira Pires, director-geral da Jaba Recordati SA, Fernando Cardoso de Sousa, presidente da APGICO, Isidro Lobo, diretor-geral da José Júlio Jordão, Lda. O painel foi moderado por Jorge Soeiro Marques, Chief Risk Officer na Lusitania Seguros. quidnews#23

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#BREVES Cinel e Quidgest promovem formação profissional pioneira em desenvolvimento de software “Criação ágil de sistemas de informação” é o nome da ação de formação profissional, inovadora, a desenvolver em julho e setembro no Cinel - Centro de Formação Profissional da Indústria Electrónica, Energia, Telecomunicações e Tecnologias da Informação. Destinada a jovens preferencialmente licenciados em qualquer área, pretende alargar as oportunidades de emprego no ramo das tecnologias de informação, mesmo a quem não tenha uma formação técnica em ciências da computação. Neste curso, irão aprender a trabalhar com uma plataforma inovadora de desenvolvimento de software de gestão (Genio) que representa um salto gigante na programação de soluções, com muito menores recursos, prazos e custos.

Esta plataforma, denominada ‘no code’, permite que pessoas fora da área tecnológica possam entrar rapidamente e com sucesso no mercado das novas tecnologias, sem necessidade de profundos conhecimentos técnicos informáticos e de programação. O curso é composto por 40 horas de formação em sala e 3 meses de formação prática em contexto de trabalho em várias empresas aderentes, atividade cujo objetivo inclui conceber e oferecer um sistema de informação. O Cinel, tal como já faz noutras áreas, como a robótica, ambiciona ser uma escola de referência na preparação de profissionais para a indústria de software do futuro, enveredando por este caminho da automação, na expetativa de contribuir para a empregabilidade de jovens desempregados.

Platina Update do portal O Platina – Portal de Assistência Técnica e Registo de Incidentes é a solução disponibilizada pela Quidgest aos seus clientes de modo a facilitar o registo e follow-up dos pedidos de apoio, de novas funcionalidade e/ou ocorrências. A fim de melhorar a navegação no portal, foi alterado o layout geral, assim como introduzidas novas funcionalidades, tais como: ▪ Notificações para o utilizador, pedidos de alteração, pedidos de apoio e incidentes a validar pelo cliente; ▪ Links nas notificações para os menus de validação dos mesmos; ▪ Possibilidade de validar (OK), reabrir (NOK) e encerrar vários pedidos de alteração, pedidos de apoio e/ou incidentes de uma só vez; ▪ Em todos os menus, na opção Em Aberto, existem submenus para validar, reabrir e encerrar. 8

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Estas operações permitem selecionar um ou mais registos de cada vez. Quaisquer sugestões ou dúvidas podem ser enviadas para a equipa através do email platina@quidgest.com.


Quidgest desenvolve solução de Gestão Processos de Inspeção para a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde O departamento de Sistemas de Gestão Documental e Processos de Negócio desenvolveu para a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) um Portal de Gestão Processos de Inspeção integrado com as soluções de Gestão Documental e Balanced Scorecard (BSC), baseado nas mais recentes tecnologias web. Desenvolvido em metodologias ágeis, através da ferramenta de geração automática Genio, este novo portal de Gestão Processos de Inspeção da IGAS foi desenhado à medida das necessidades e da realidade deste organismo, sendo fruto do elevado know-how da Quidgest no desenvolvimento e implementação de soluções direcionadas para a gestão de processos específicos de negócio. O desafio era, para além da evolução da plataforma anteriormente existente, monitorizar o cumprimento da atividade da IGAS, através da produção automática e em tempo real de indicadores estatísticos, ao mesmo tempo que se garantia o registo pormenorizado de todos os elementos associados à gestão de processos numa área tão sensível como é a do cumprimento da lei, nos vários domínios da prestação de cuidados de saúde em Portugal.

Sendo o objetivo a monitorização do cumprimento da atividade da IGAS, a par da redução dos custos e da promoção de uma maior eficácia e transparência na comunicação com os cidadãos das decisões da IGAS, neste novo portal foi simplificado todo o processamento da informação e melhorada a velocidade de realização das várias tarefas associadas, garantindo não só um aumento da qualidade e rapidez de acesso à informação, como também a implementação de uma efetiva lógica de trabalho colaborativo.

Ao contribuir para a efetiva desmaterialização de processos, de registos, da tramitação processual e do controlo dos prazos, em tempo real, foi possível realizar a integração total da informação, resultante da atividade da organização e disponível em repositórios relacionais comuns.

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#BREVES Diretiva DMIF II

Diretiva dos Mercados de Instrumentos Financeiros A última década revelou deficiências no funcionamento e na transparência dos mercados financeiros, expondo grandes fraquezas no que toca à proteção do investidor e à transparência do mercado. Todos estes fatores resultam em falhas estruturais de todo o sistema financeiro. A primeira diretiva dos mercados de instrumentos financeiros (DMIF I) focava-se, essencialmente, em trazer um elevado nível de competitividade ao mercado, não dando espaço para implementar medidas de transparência nas práticas de negócio. Nos últimos anos, essa competitividade levou a um aumento do número de investidores presentes nos mercados financeiros, sendo-lhes oferecido um leque de serviços e instrumentos cada vez mais amplo e complexo. Perante essa evolução, foi necessário que o enquadramento jurídico da União Europeia acompanhasse esta nova realidade. Deste modo, em Junho de 2014 foi publicada no Jornal Oficial da União Europeia a legislação referente à nova diretiva dos mercados de instrumentos financeiros (DMIF II) e ao regulamento dos mercados de instrumentos financeiros (RMIF). A nova regulamentação irá constituir o pilar principal da legislação europeia sobre os mercados de valores mobiliários, sendo obrigatória para bancos, empresas de investimento e todos os operadores que negoceiam nas bolsas de valores europeias. A DMIF II estabelece novas regras para a estrutura dos mercados e a negociação de instrumentos financeiros e prescreve a condução de padrões comerciais para a provisão de produtos e serviços de investimento. O conjunto da nova regulamentação inclui: . A diretiva (DMIF - 2014/65/UE), que revisa e expande a diretiva existente; . O regulamento (RMIF - 600/2014/UE), que é um ato legislativo vinculativo que se aplica diretamente em toda a União Europeia. O seu objetivo é harmonizar as principais disposições para a negociação de instrumentos financeiros em toda a UE; . As medidas de implementação são constituídas por mais de 40 partes de legislação secundária, que se aplicam quase todas diretamente na UE e especificam com maior detalhe as operações da DMIF II e do RMIF. 10 quidnews#23

As principais áreas de implementação da nova diretiva passam, por exemplo, por uma nova estrutura do mercado, reporting de clientes, obrigatoriedade de transações para ações e alguns derivados, transparência de custos e das transações, gestão de produto mais otimizada, manutenção de registos de comunicações de clientes, reduzir os custos de um mercado não harmonizado e aumentar a eficiência dos mercados financeiros. Por outro lado, esta segunda diretiva introduz novos processos na autorização de empresas de investimento e exigirá que estas entidades, entre outras, façam uma série de participações aos reguladores. As principais alterações que as instituições vão sentir serão relativas à proteção do investidor, à estrutura e transparência do mercado, aos controlos de reporting e aos controlos internos de regulamentação. Aqueles que necessitam de uma atenção especial são: . Uma nova maneira de transacionar títulos, derivados ou qualquer instrumento representativo de dívida, as chamadas OTF (Organised Trading Facility ou Sistemas de Negociação Organizada, em português); . O aumento significativo dos requisitos de transparência de informação de todos os instrumentos financeiros; . Relatórios de transações mais completos e regulares, de modo a prevenir tentativas de abuso de mercado; . As instituições com elevados volumes de transações estarão sujeitas a uma série de restrições e controlos como, por exemplo, testes aos seus algoritmos por parte dos reguladores; . Novos requisitos para o corporate governance; . A nova diretiva alarga o seu âmbito a outros instrumentos financeiros que a DMIF I não alcançava, como, por exemplo, os pacotes de produtos de investimento de retalho e de produtos de investimento com base em seguros ou o comércio de emissões; . A ESMA ou os reguladores locais têm autoridade para proibir a transação de instrumentos que possam lesar o sistema financeiro ou o investidor; . Fortalecer o papel do responsável pela compliance; . Todas as sanções atribuídas pela ESMA ou reguladores locais serão tornadas públicas, para o conhecimento geral de todas as instituições e investidores. A partir de 3 de Janeiro de 2018, a nova diretiva entrará em vigor e apresentará importantes mudanças no escopo da regulamentação em Portugal. Dadas estas significativas alterações, é importante que as instituições financeiras estejam preparadas para os novos desafios regulatórios que a diretiva DMIF II impõe.


#EVENTOS A Quidgest esteve presente na Embedded World 2017 A maior interoperabilidade entre a gestão e a produção, bem como o incremento da produtividade industrial foram os temas com que a Quidgest se apresentou em Nuremberga, para o Embedded World 2017. Sendo um dos maiores certames mundiais do setor, este evento é a montra ideal para desvendar uma nova abordagem dos sistemas de informação vocacionados para a Smart Industry (Indústria 4.0) e o IoT (Internet das Coisas). The Connectivity Foundry é uma plataforma colaborativa que visa apoiar as PME que pretendam passar de modelos tradicionais operativos a tecnologias avançadas de elevada interoperabilidade. Conjuga de forma perfeitamente integrada, e em tempo real, dois mundos até agora separados: a linha de produção e os sistemas de informação. Os membros fundadores da The Connectivity Foundry são a FourDotZero, Imagination, Zeugma e a Quidgest, que trabalharam juntos na Ecosystem Partner Demo, que esteve em exposição no stand da empresa tecnológica Imagination. Esta apresentação mostra a integração de uma linha de produção automatizada com os sistemas de gestão ERP (Enterprise Resource Planning) e MES (Manufacturing Execution System). Num futuro próximo, a interligação entre as máquinas, sistemas de produção e equipamentos fará com que as empresas tenham a capacidade de criar redes inteligentes ao longo de toda a cadeia de valor, assim como de controlar e comandar melhor os processos de produção, de forma a produzir, em massa, soluções adaptadas a cada cliente específico.

QuidChallenge O Quidchallenge 2017 teve lugar no dia 12 de maio. O programa desenrolou-se este ano em ambiente urbano, permitindo aos participantes visitar e descobrir, de uma forma diferente, a cidade de Lisboa. Foi composto por 6 etapas, com desafios que tinham de ser ultrapassados para obter acesso à pista seguinte. O grupo foi dividido em 10 equipas. A última etapa foi a visita ao novo edifício da Quidgest na Rua Viriato. O desempenho perfeito era alcançar o destino final sem qualquer penalização no menor tempo possível. A equipa constituída por Luís Santana, Francisco Homem Cristo, Joana Luz, Cristina Marinhas, Pedro Costa, Vasco Machado, António Lages, Nuno Henriques e Soledad González foi a vencedora. quidnews#23 11


#EVENTOS Ideias de Génio Estratégia + inovação = desenvolvimento sustentável A Quidgest Software Plant, Lda – empresa moçambicana que presta serviços na área de consultoria especializada, desenvolvimento de sistemas de informação e bases de dados – realizou no dia 25 de maio, no Hotel Radisson Blu, na cidade de Maputo, uma conferência denominada Ideias de Génio. O evento foi composto por painéis que se debruçaram sobre as estratégias e inovação rumo ao desenvolvimento sustentável. A conferência contou com cinco painéis que permitiram a reflexão e discussão sobre os seguintes temas: “Servir o cidadão”; “Gerir o território”; “Desmaterializar processos”; “Não andar aos papéis”; “Investigação, inovação e desenvolvimento em Moçambique”; “Ver mais longe”; “Gerir estrategicamente e reduzir a pobreza”; e “Fomentar o desenvolvimento”. Fizeram parte do corpo de oradores o gerente da Sislog, Vítor Amaral, os consultores Salvador Uamusse Júnior, José Missage, Kadzuwa Kuyeri, Sofia Carvalhais e Cármen Langa, e o administrador da Quidgest Software Plant, Carlos Calçada Marques. O principal objetivo deste evento foi demonstrar que existem em Moçambique soluções e capacidade de inovação no desenvolvimento de novos sistemas de informação, para vencer os desafios colocados às instituições para uma gestão objetiva e rigorosa e capaz de levar o país ao desenvolvimento sustentável. Segundo a organização, a escolha dos temas deveu-se à sua pertinência para o atual contexto económico-social do país, pela necessidade de dotar as instituições de ferramentas que possam rapidamente melhorar o seu funcionamento, a sua focalização estratégica e o serviço ao público. Tratou-se de um evento voltado maioritariamente para as instituições públicas, tanto ao nível central como local, os responsáveis pelo desenvolvimento de políticas conducentes ao desenvolvimento económico do país, nomeadamente conselhos municipais, governos provinciais e governos distritais, e ainda para os responsáveis e dirigentes de direções nacionais, institutos públicos e fundos de desenvolvimento, bem como para os respetivos parceiros, financiadores e ONG.

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A equipa da Quidgest Software Plant responsรกvel pelo evento.

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#TEMA DE CAPA

“Every business is a software business”, “todos os negócios são negócios de software”. Disse-o, há duas décadas, o pai da qualidade no software e do CMMI, Watts S. Humphrey. O atual CEO da Microsoft, Satya Nadella, repete a mensagem: “todas as empresas são empresas de software”. “Every company is a software company. You have to start thinking and operating like a digital company. It’s no longer just about procuring one solution and deploying one. It’s not about one simple software solution. It’s really you yourself thinking of your own future as a digital company.” A esta mudança de visão, a esta metamorfose das empresas e a todas as suas implicações, chamamos Transformação Digital. 14 quidnews#23


A Transformação Digital vai ser o tema do próximo Q-Day, a conferência anual organizada pela Quidgest, este ano na sua nona edição, que decorrerá ao longo do dia 21 de setembro, na Culturgest em Lisboa. O software é a fonte por excelência da capacidade, da competitividade, da inovação, da qualidade e da agilidade das organizações. E é o repositório, continuamente atualizado, do seu conhecimento. Se a sua organização presta serviços, o software provavelmente coordena todo o fluxo de trabalho, suporta o atendimento, fideliza clientes, gere a tesouraria ou agrega indicadores para as decisões da gestão. Se a sua empresa é industrial, o software controla a aquisição, a produção, a gestão de existências, o marketing, a venda ou a distribuição. Quando mais de 95% das operações da sua organização podem ser suportadas por software, é inegável que o seu negócio é um negócio de software. Isto é verdade, mesmo que as suas atividades não sejam ainda geridas por software. Basta que o possam ser. Porque os seus concorrentes, nomeadamente os mais inovadores e disruptivos, estão a tomar medidas para digitalizar todas as atividades que possam ser digitalizadas. Ou já nascem digitais, com todas as suas atividades já executadas ou suportadas por software. Em qualquer caso, a eventual desatenção da sua organização paga-se caro. Nas atividades executadas ou suportadas por software incluem-se as atividades que, até agora, estavam reservadas a trabalhadores do conhecimento. É o caso da programação de software, que é automatizada na Quidgest. Como, em última instância, é o software que determina a qualidade, a rapidez e a escala da sua atividade, é a competitividade da sua empresa que está em causa. Ao longo dos anos, a relação entre o software e a gestão das organizações não tem sido pacífica. “Vejo o software por toda a parte menos nas estatísticas da produtividade”, dizia o Nobel da economia Robert Solow, em 1987, no que ficou conhecido como o Paradoxo da Produtividade.

Durante anos, as tecnologias de informação serviram-se do negócio, mais do que serviram o negócio. Com a divulgação tecnológica, com a emergência de decisores tecnologicamente melhor preparados e com a inovação constante a retirar os tecnólogos do seu pedestal, esta situação tem vindo a inverter-se. Contudo, não são raros, ainda hoje, os casos em que o software e a infraestrutura que o suporta (hardware, redes e comunicações) se apropriam de uma fatia desmesurada dos orçamentos das organizações, pouco dando em troca ao negócio. Isto é, não aportando vantagens competitivas, aumentos de produtividade ou melhores experiências para os clientes da organização. A tendência de o software servir o negócio tem também sido reforçada pela contribuição dos produtores de software mais conscientes e empenhados, que desenvolveram e seguem abordagens como Agile ou DevOps. Mas a transformação digital vai além do servir o negócio. Transformação digital é colocar o software no centro do negócio, no centro da atividade da organização. Software e negócio deixam de se distinguir. A visão de um é a visão do outro. É impossível separar o que é software e o que é negócio. Qualquer medida de gestão aplica-se através do software. Qualquer aprendizagem se faz, coletivamente, por integração no software. Não há áreas do negócio que não sejam cobertas pelo software, nem funcionalidades do software que não sejam requeridas pelo negócio. O ritmo de mudança do software e do negócio é idêntico, e muito elevado. Aplicando o conceito à nossa realidade, qual é o futuro das empresas, em que trabalhamos ou com quem trabalhamos, como empresas de software? Estão a, ou vão conseguir, definir a sua estratégia como empresas de software? E a sua cultura? Estão a pensar-se a si próprias, não como bancos, entidades formadoras, fornecedores de serviços, centros comerciais, empresas de transporte, produtores de materiais de construção ou de automóveis, mas como empresas de software?

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#TEMA DE CAPA | O ano da Transformação Digital

1. TRANSFORMAÇÃO DIGITAL DOS ESTADOS E DAS EMPRESAS

O desafio estratégico de empresas e de estados é repensar a sua atividade (ou negócio, do latim para “negação do ócio”) na era digital. Não se trata de comprar uma tecnologia. Trata-se de colocar a tecnologia no núcleo da atividade. A transformação digital é uma vantagem competitiva estratégica. Mas também é incontornável. Se a economia é digital, todos os negócios são obrigados a ser digitais. Não se trata de atualizar a tecnologia, mas de atualizar a visão do negócio. Um banco não é um negócio que usa tecnologia, mas uma tecnologia que se apresenta sob a forma e que é indissociável de um banco. Após a transformação digital, a essência de uma organização é o seu software e a aparência é o seu negócio. Todas as mudanças são difíceis. Mas esta transformação é particularmente difícil de aceitar. A maioria dos líderes e dos colaboradores de uma empresa ou de uma instituição pública não veem a sua organização como sendo essencialmente software. Se é o caso, pense em cenários. Imagine que o seu negócio é um negócio digital. O que muda? Ou imagine um cenário em que um novo concorrente, integralmente digital, o ameaça. Que armas seriam utilizadas por esse concorrente? Como lhe permitiriam ganhar vantagens sobre a sua empresa? Tal como a metamorfose, a transformação digital é um processo, uma sequência. Não se faz de um dia para o outro. Exige uma estratégia e um mapa da estratégia (eventualmente um BSC Quidgest). Há novas oportunidades na economia digital. Mas elas estão mais abertas, são acessíveis a muitos mais players. Sem o peso do legado, quem entra de novo tem muitas vezes uma vantagem e pode constituir uma séria ameaça às empresas já instaladas. A escala do digital e a ausência de barreiras à expansão fazem com que não se possa estar seguro em nenhum lado. As livrarias de todo o mundo sentiram isso com a Amazon. As empresas pré-digitais não estão condenadas. Um banco não vai obrigatoriamente fracassar pela entrada de empresas Fintech totalmente digitais. Mas existe uma ameaça, que tem de levar muito a sério. O digital é, simultaneamente, uma disrupção e a nova norma. Isso é mais evidente em alguns setores do que em outros, mas nenhum setor está imune. Citando o autor de ‘Digital Vortex’, Daniel Pink: “Name an industry, and odds are it’s being disrupted by competitors deploying digital technology.” E, se as empresas atuais não se dotam de vigilância tecnológica e de capacidade para seguir, de muito perto, o que as empresas digitalmente nativas conseguem fazer, estão condenadas. As atividades adequadamente suportadas por software multiplicam drasticamente, por milhares ou por milhões, a sua produtividade ou a sua eficácia. No entanto, esta capacidade está longe de ser fácil de conseguir. Por razões culturais e organizacionais, de aversão à mudança. Por dificuldades em reunir as competências tecnológicas, com os recursos com competências em software cada vez mais escassos e caros. E por falta de perceção estratégica.

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Muitas vezes, seguir não é suficiente. O primeiro beneficia de uma posição de vantagem pelo facto de ser o primeiro, que é difícil (mas não impossível) de ultrapassar. O segredo é aprender a fundir o negócio com as tecnologias de informação, de uma forma que seja realmente transformadora. O software não vai ficar incólume a esta mudança. O software tem que se transformar radicalmente. Não é o software antigo (o package de gestão financeira, nomeadamente) que vai suportar a transformação digital. São tecnologias de produção de software flexíveis e poderosas, que automatizam a aplicação do conhecimento humano, como o Genio da Quidgest, as que têm a capacidade de promover e dinamizar a transformação digital. O que não é transformação digital também é fácil de entender. Retirar os sistemas de informação das organizações e esperar, absurdamente, que trabalhem melhor. Excluir as organizações da reflexão sobre o seu futuro digital. A negação da possibilidade de transformação digital é uma forma de destruir uma organização. Em termos estratégicos, o software deixou de ser neutro, passou a ser a arma principal das estratégias de ataque à liderança, e tem vindo a ser usado em todos os setores por empresas hoje tão conhecidas como a Amazon (livros e tudo o mais), a Google (publicidade), a Booking.com (reservas em hotéis). O software como arma de ataque permite identificar e oferecer novas fontes de receita, transformar a experiência dos clientes, reduzir drasticamente custos e tempos de resposta, aumentar a eficácia e a capacidade de produção. Se não for usado pela sua empresa será, certamente, usado contra a sua empresa. Se não for usado pelo nosso país, será usado por outros países em seu benefício e em detrimento do nosso desenvolvimento. A gestão das empresas e o governo dos países não produzem resultados imediatos, positivos ou negativos. Porém, o adiamento da transformação digital, por tempo suficiente, garantidamente resulta numa degradação contínua da atratividade das empresas ou dos países e na deserção dos clientes, dos investidores ou dos cidadãos.

2. O ELEMENTO HUMANO E A EDUCAÇÃO NA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

As sociedades estão a estratificar-se em dois grupos: os digital sceptics e os digital transformers. Estes últimos incluindo, mesmo que eles não tenham plena consciência disso, os digital natives. Não é apenas uma questão geracional. Na Quidgest apoiámos muitas vezes, ao longo dos últimos 29 anos, projetos promovidos por digital transformers não inteiramente compreendidos pelos digital sceptics que os rodeavam. A nova geração millennial está a entrar no mercado de trabalho e o seu pensamento é já global. Sem grandes medos, os mais competentes fazem conhecimentos e têm sucesso em qualquer país ou cultura. Nas empresas e nos governos, uma nova geração de decisores, de gestores e de empreendedores, já nascidos no mundo digital, conhece, melhor do que qualquer anterior geração de decisores, o poder e as deficiências das tecnologias


da informação. Aproveita as vantagens e contorna as limitações da tecnologia para colocar em prática novas formas de prestação de serviços, de criação de riqueza e bem-estar. Não segue cegamente os líderes tecnológicos da geração anterior (chega até a ignorá-los completamente), desafia crenças profundas e cria novos modelos de negócio, por vezes complementares aos que já existem, outras vezes completamente disruptivos. Ao invés, líderes empresariais ou governamentais que afirmam, sem qualquer embaraço, não saber nada de tecnologias da informação, vão acabar, vão desaparecer, vão ser irrelevantes. E, com eles, se a rutura dos laços não for rápida, as suas organizações. Do lado dos empregos, a ameaça “What if people run out of things to do” não é um tema que nos assuste. A transformação digital vai criar novos tipos de emprego. Mesmo a tendência global de “Automation of Knowledge Work”, de que o Genio da Quidgest é um bom exemplo, permite criar uma nova profissão, de Engenheira/o do Conhecimento, capaz de criar as exigentes soluções requeridas pela Transformação Digital. Neste domínio, há algumas experiências recentes muito positivas que vamos partilhar no Q-Day.

3. A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL À ESCALA GLOBAL

O digital é global. Não tem fronteiras, embora os estados comecem a perceber, e as sociedades comecem a aceitar, que o estar na Internet não vai continuar a isentar os negócios digitais do pagamento de impostos. Duas preocupações essenciais se colocam, quando pensamos na transformação digital à escala global. Por um lado, como é que a transformação digital de sociedades, governos e empresas vai contribuir para os objetivos globais de desenvolvimento sustentável (ODS) refletidos na Agenda 2030 das Nações Unidas? Por outro lado, que nova ordem económica internacional emergirá desta revolução? Com efeito, as revoluções industriais ou tecnológicas não são neutras. Todas criaram líderes à escala global. Em particular, como se posicionará a Europa e Portugal ou cada um dos países em que a Quidgest atua? Que empresas podemos apoiar a ser líderes à escala global? A natureza de ciclo vicioso do nosso crescimento também continua a preocupar. Depois de um período de recessão, o atual crescimento já fez disparar as importações (nomeadamente de software). Durante o primeiro semestre de 2017, o crescimento do saldo positivo da balança de serviços, em que se integram as receitas do turismo, foi insuficiente para compensar o aumento do défice da balança de bens. A Transformação Digital da Economia Portuguesa é também necessária. A competitividade dos nossos produtores de bens e serviços internacionalmente transacionáveis (e também do nosso turismo) depende do nosso software. Pode a Transformação Digital ser um motor de expansão das empresas tecnológicas nacionais? Pode o Turismo ser um facilitador de intercâmbio tecnológico? Como potenciar a língua portuguesa como veículo de desenvolvimento económico?

4. INFORMÁTICOS E TECNOLOGIAS NA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

No seu livro, “Be the Business: CIOs in the New Era of IT”, Martha Heller cita Mark Settle, CIO da Okta: “Large enterprise CIOs used to function as traffic cops regulating the selection, implementation and use of information technology. To be successful in today’s world, they need to serve as a concierge of IT capabilities, providing the advice and suggestions their companies need to leverage new and emerging technologies.” Ao software, não basta servir o negócio. É necessário ser (a alma d)o negócio. Na última década, três tendências têm marcado o papel dos informáticos nas organizações. Em primeiro lugar, houve um movimento do “back office” para o “front office”. Isto é, das aplicações empresariais para as iniciativas viradas para o cliente. Em segundo lugar, houve um movimento do “software como suporte” para o “software como recurso estratégico”. O que significou relacionar diretamente proveitos com custos do software, racionalizar despesas e deixar de pensar no software apenas como um custo, mas sobretudo como uma potencial fonte de receitas, com grande impacto nos proveitos. Em terceiro lugar, um movimento da “tecnologia” para a “gestão”, com foco no desempenho, na qualidade, na segurança da informação, na adoção de melhores metodologias (Lean, Agile ou DevOps), na extensão a outras áreas de gestão (marketing digital), na automação, na indústria 4.0, no time to market. Como resultado, passámos de uma área tecnológica fechada e focada sobre si própria para a eliminação de barreiras (que existiam nos dois sentidos) entre a informática e todas as restantes áreas da organização. Nas organizações digitais, reflete-se o movimento genérico na sociedade: a tecnologia digital democratizou-se. Hoje, é mais facilmente acessível e pertence (um pouco mais) a todos. Grandes desafios de segurança se colocam também às organizações e às pessoas em geral neste percurso de Transformação Digital. O caminho da digitalização já venceu grandes obstáculos nas últimas décadas, embora alguns ainda não estejam completamente resolvidos como o da preservação digital. A transformação está a levantar outros temas de discussão e regulamentação como o da privacidade e o da cibersegurança. Só as tecnologias mais flexíveis e fáceis de usar irão dar resposta aos requisitos de mudança constante. Muitas organizações vivem reféns de soluções de software rígidas, obsoletas e pouco interoperáveis, totalmente incompatíveis com o novo ritmo de mobilidade e mudança. Este ritmo, implícito à Transformação Digital, é um enorme desafio. O equilíbrio de agilidade, fiabilidade e segurança, aplicando os princípios da integração contínua e do DevOps, permite às empresas digitais com melhor desempenho (como Google, Booking, Amazon, Uber, Facebook, Netflix) instalar diariamente dezenas de novas soluções de software. Tal como os clientes da Quidgest.

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#TEMA DE CAPA | O ano da Transformação Digital

UNL Universidade Nova de Lisboa

O projeto em curso enquadra-se na estratégia de afirmação nacional e internacional da Universidade Nova de Lisboa e pretende constituir uma importante vantagem competitiva na consolidação desta dinâmica, na sua transformação digital e, sobretudo, como base tecnológica de gestão e uniformização dos processos da Fundação Universidade Nova de Lisboa, instituída a 21 de fevereiro do corrente ano. Destinado à Fundação Universidade Nova de Lisboa e às onze entidades da Nova, este projeto abrange, as áreas fundamentais de gestão de qualquer entidade, nomeadamente: gestão financeira, patrimonial, recursos humanos e gestão de projetos, cumprindo já os requisitos da norma contabilística SNC-AP. A implementação está a ser efetuada num espaço de tempo muito curto, incluindo a totalidade de serviços, como: configurações ao sistema, migração de dados, formação de utilizadores, integração com sistemas terceiros, validação de dados e geração de reportes de gestão. A concretização deste desafio não seria possível se a solução (e a equipa) que o suporta não resultasse de uma experiência de praticamente 30 anos a inovar e a implementar soluções ERP em entidades referência na Administração Pública portuguesa. As próprias particularidades da recém-criada fundação seriam, por si só, suficientes para fazer deste um projeto complexo, muito exigente e com uma curva de tempo de implementação significativa. A natureza do projeto não se resumiu à mera instalação de um package proveniente de outra entidade e colocar a funcionar a fundação com base nos procedimentos dessa outra entidade e não nos seus próprios procedimentos. Não é, nem nunca foi, intenção da Quidgest impor a todas as unidades orgânicas um sistema, sem lhes permitir introduzir as variantes que melhor se adequem aos seus objetivos específicos. Neste sentido, a equipa de projeto tem acolhido propostas de melhorias que, não tendo sido identificadas em fase concursal, sejam consideradas pelas fundação/unidades orgânicas como essenciais para uma utilização otimizada do sistema. A Universidade Nova de Lisboa está a utilizar um dos mais avançados sistemas integrados de gestão do mercado, baseado na mais recente tecnologia Microsoft (web, mobile, SQL, MVC). Desenvolvido com modelação e geração automática de software, permitirá uma maior agilidade no acompanhamento da sua atividade, endereçando dinamicamente os constantes e enormes desafios colocados à comunidade académica. ENTIDADES DA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA Reitoria da Universidade Nova de Lisboa (RUNL) Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) Faculdade de Direito (FD) Nova School of Business and Economics (Nova SBE) Nova Medical School / Faculdade de Ciências Médicas (NMS|FCM) Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier (ITQB) Nova Information Management School (NOVA IMS) Serviços da Ação Social da Universidade Nova de Lisboa (SASNOVA)

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ÁREAS DE GESTÃO SINGAP – Gestão Financeira Gestão Orçamental e Financeira Gestão de Encomendas e Faturação Gestão de Tesouraria e Reconciliação Bancária Prestação de Contas Home-Banking Preparação de Orçamentos Centro de Controlo e Apuramento (Contabilidade Analítica) Reportes Anuais (Conta de Gerência - Tribunal de Contas) Gestão de Projetos SINGAP - Gestão Patrimonial Gestão de Aquisições e Aprovisionamento Gestão de Armazéns, Stocks e Consumos Gestão de Ativos e Imobilizado SINGAP – Gestão de Recursos Humanos Gestão de Recursos Humanos Processamento de Vencimentos Gestão de Ajudas de Custo Gestão de Formação Interna Portal do Trabalhador e Dirigente Sistemas de apoio: KPI (Indicadores de Gestão) CAv – Consulta Avançada


ENMC Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis

A entidade pública empresarial que tem por missão garantir o cumprimento das obrigações subscritas por Portugal no âmbito da União Europeia e da Agência Internacional de Energia, no que diz respeito a reservas de emergência de petróleo e produtos petrolíferos, adquiriu o desenvolvimento do seu novo ERP (Enterprise Resource Planning) à Quidgest. O concurso público, cujo desfecho ocorreu nos últimos meses de 2016, determinou a parceria tecnológica entre a Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis E.P.E. e a Quidgest ao nível das dimensões fundamentais de uma solução de gestão integrada de informação, nomeadamente: Gestão de Recursos Humanos, Gestão Orçamental e Controlo de Gestão. O projeto, que se encontra atualmente em fase de conclusão, permitiu assegurar a correspondência entre o plano de contas em vigor, SNC-IFR, e o plano de contas multidimensional SNC-AP, obter demonstrações financeiras por unidade operacional e global da entidade pública empresarial e, ainda, apurar a Contabilidade Analítica dos 4 centros de responsabilidade fundamentais na ENMC: ▪ URP – Unidade de Reservas Petrolíferas ▪ UPP – Unidade de Produtos Petrolíferos ▪ UB – Unidade de Biocombustíveis ▪ UPEP – Unidade de Pesquisa e Exploração de Petróleo O processo de transformação digital encetado pela ENMC, para além das vantagens expectáveis decorrentes da implementação deste tipo de projetos ao nível da integração da informação, otimização dos processos e produção automática de indicadores de gestão, garante a utilização das mais atuais linguagens da engenharia de software bem como o acesso ilimitado de utilizadores ao sistema, uma vez que as soluções desenvolvidas pela Quidgest têm a particularidade de serem corporativas e vitalícias.

MY HR+

O sistema de gestão de Recursos Humanos HCMES – Human Capital Management Enterprise System, agora chamado MyHr +, é uma parte significativa da transformação de GRH no setor público jamaicano. Este sistema tem vindo a ser desenvolvido pela Quidgest desde janeiro de 2016. A solução é baseada no Sistema de Gestão de Recursos criado pela Quidgest e implementado com êxito em diferentes países há mais de 28 anos. No final do projeto, 14 ministérios, departamentos e agências estarão a usar o sistema. Conforme referido no site oficial do Ministério das Finanças e Serviço Público do Governo da Jamaica, este sistema fornecerá informações abrangentes sobre todo o setor público, permitindo a execução mais eficiente de funções de recursos humanos e facilitando atividades estratégicas. A ministra de Estado das Finanças sustenta também que a introdução do HCMES é um passo significativo na transformação, o que permitirá a introdução de um novo modelo operacional de RH, de serviços partilhados e a padronização dos processos de RH. Este sistema não tem apenas os componentes habituais, tais como o módulo de Gestão de Recursos Humanos, que regista todo o ciclo de vida dos funcionários, desde o recrutamento até à rescisão de contrato, ou o módulo de Gestão de Vencimentos, criado especificamente de acordo com as práticas e procedimentos da Administração Pública local. Possui também outros módulos, como: ▪ Módulo de Recrutamento ▪ Módulo de Ajudas de Custo ▪ Módulo de Gestão da Formação ▪ Módulo de Avaliação de Desempenho ▪ Módulo de Saúde e Segurança no Local de Trabalho ▪ Portal Self-Service Todo o sistema, incluindo o Portal de Self-Service, pode ser acedido através da internet, sendo também uma aplicação mobile-friendly. Desta forma, o acesso à informação é otimizado, não só para os trabalhadores de RH e Vencimentos, mas também para os 120 mil trabalhadores que, no final do projeto, usarão o Portal de Self-Service.

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#OPINIÃO

SNC-AP e a nova gestão pública. Agora é que é? Carlos Costa Marketing & Partnership Business Development Manager

Há uma forte pressão da opinião pública para que os relatórios financeiros emitidos pelos Estados revelem maior solidez e transparência. Os governos, demonstrando o seu compromisso com estes princípios, permitem assim uma melhor tomada de decisões e uma melhor gestão do bem comum. É também importante que quem faz as leis contabilísticas para o setor empresarial adote um padrão elevado no seu sistema de contabilidade.

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O SNC-AP - novo Sistema de Normalização Contabilística para a Administração Pública - vai, nesta linha orientadora, permitir uma melhoria na credibilidade das contas públicas. Este sistema, que resulta da adaptação das Normas Internacionais de Contabilidade (IPSAS) aplicadas ao setor público, irá aumentar a qualidade das informações financeiras de cada organismo e facilitar a comparação e interoperabilidade entre setores e organizações governamentais. Claro que o Estado não tem uma contabilidade única. Tem centenas, uma por cada organismo público, central e local. E é assim em todo o mundo, com exceção de poucos países, como parece ser o caso da Nova Zelândia, um exemplo de pioneirismo nesta área. A ideia de que um único software de contabilidade para todo o Estado possa resolver este assunto está errada. O importante é o cumprimento da normalização e, em simultâneo, a agilidade em responder aos requisitos específicos de cada entidade. Até agora era muito difícil comparar e consolidar contas entre organismos, mesmo a posteriori, ou seja depois do ano fechado, quanto mais em tempo real, que seria praticamente impossível. Daí a grande incerteza em torno de indicadores importantes com o défice público ou outros, menos solicitados, como o valor dos ativos ou o número de funcionários públicos e seus vencimentos anuais. Por outro lado, a exigência dos cidadãos é no sentido de uma maior eficiência dos serviços públicos, maior qualidade e maior credibilidade e transparência na gestão dos recursos da comunidade. O SNC-AP é um passo importante no sentido da fiabilidade dos dados, bem como do conhecimento do desempenho operacional dos serviços, rumo não só a uma sustentabilidade a médio-longo prazo das finanças públicas, como a uma gestão mais proativa e eficiente, apoiada em metodologias como o Balanced Scorecard e ferramentas de Business Intelligence e Predictive Analytics.

O PANORAMA EM PORTUGAL O novo Sistema de Normalização Contabilística já arrancou, em diversos organismos, com projetos-pilotos em 2016. A data inicialmente prevista era de janeiro de 2017, mas, por

imperativos diversos, foi adiada para janeiro de 2018. Um duro golpe nas expetativas de muitos atores nesta área, que ainda hoje está por explicar. Diz-se que alguns ministérios e direções-gerais, dependentes de fornecedores de software estrangeiro ou de desenvolvimentos internos, não iriam conseguir ter tudo pronto no prazo fixado por lei. E, por isso... alterou-se a lei. Com a implementação de soluções em entidades-pilotos clientes, algumas empresas de software portuguesas foram pioneiras na implementação do SNC-AP, e tanto elas como as entidades-pilotos clientes foram penalizadas de alguma forma por esta situação. No entanto, de um modo geral, todos os interessados voltaram agora a estar muito ativos no processo, desde consultoras, universidades e centros de formação, organismos públicos, entidades reguladoras e fornecedores de software. Várias ações de formação, eventos de debate e de esclarecimento de dúvidas, em paralelo com a execução prática de projetos-pilotos, têm vindo a decorrer desde 2016 e irão, certamente, multiplicar-se nos próximos próximos meses. Os sistemas informáticos de suporte à aplicação do SNC-AP nas entidades públicas devem estar aptos, até 31 de julho de 2017, a dar cumprimento aos requisitos constantes da Norma Técnica n.º 1/2017 publicada pela Unidade de Implementação da Lei de Enquadramento Orçamental (UniLEO).

O SNC-AP SERÁ DE UTILIZAÇÃO OBRIGATÓRIA A PARTIR DO INÍCIO DE 2018 Esta é a génese de uma nova gestão pública que já começou em Portugal. É também a preparação para o caminho das profundas mudanças que a transformação digital vai fazer, também na Administração Pública, nos próximos anos. As pessoas são sempre o fator mais importante nestes processos de mudança, e uma boa gestão das expetativas de todos os envolvidos é fundamental. Veremos se a conjugação dessa gestão com os interesses políticos e com as competências técnicas vai permitir a velocidade necessária ao arranque, com sucesso, deste sistema e cumprir o novo prazo agora fixado pela lei. quidnews#23 21


#OPINIÃO

Software que faz software e se faz a si próprio

Rodrigo Serafim Genio Development Manager & CTO

A história da programação já tem longos anos e evoluiu muito desde os tempos dos cartões perfurados. Na altura, ter uma máquina que pegava e ordenava, automaticamente, as centenas de pequenas cartolinas que mãos mais desastradas tivessem espalhado pelo chão era vista como o auge das soluções de automação, para uma tarefa aborrecida e inglória. Desde aí, aquilo que se tornou uma das maiores indústrias do mundo nunca mais parou.

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COMPILADORES Foram criadas linguagens textuais (C, Pascal, Fortran, Cobol e depois C++, Java, C#) para descrever o código-máquina. Depois criou-se os compiladores, programas especiais que interpretam esses textos e geram, por nós, o código-máquina (aquilo que os processadores, os CPU dos computadores, realmente percebem). A era dos compiladores deu origem a um dos maiores saltos de produtividade na história da informática. Estes compiladores reduziram a necessidade de conhecimento de baixo nível das máquinas, fundamental para a sua programação, e libertaram o programador para conceber estruturas de mais alto nível. Criar aplicações complexas era agora possível fora de âmbitos académicos, pois o custo de mão-de-obra e a produtividade chegava finalmente a valores comerciais acessíveis. O software era agora um cidadão de 1.ª classe, ao lado do hardware.

O ‘QUE’ EM VEZ DO ‘COMO’ O Model Driven Development (MDD) constitui o passo seguinte ao que os compiladores construíram. Esta nova estratégia de desenvolvimento vem elevar o nível de abstração anterior das linguagens de programação textual para um patamar superior. O MDD descreve o que a aplicação deve fazer, em vez de como esta o deve fazer. Tal como os compiladores isolaram dentro de si os detalhes de como cada CPU deve organizar cada instrução de máquina, os modelos isolam dentro de si os detalhes de como a solução deve ser implementada. Isto liberta os programadores para pensarem em termos de requisitos, em termos de adequação da solução ao negócio, em termos que quase todos conhecem. Digamos que eleva os programadores a analistas e liberta mais as organizações das dependências de determinadas tecnologias reinantes e/ou obsoletas.

O MUNDO REAL, O MODELO E OS PADRÕES Mas, ao contrário das linguagens de programação textual, onde cada uma das instruções representa tudo aquilo que o computador pode fazer, os modelos não representam o computador, mas, sim, o mundo real. E este é infinito e está em constante mudança. Assim, o desenvolvimento por modelos precisa de ter uma estratégia de crescimento contínuo. O conjunto de padrões representáveis no modelo deve crescer de acordo com os novos desafios que o mundo real apresenta.

O MODELO QUE GERA O MODELO Agora está clara a necessidade de um gerador de 2.ª geração. Um modelo auto-suficiente que descreve a sua próxima versão. É como, em vez de uma máquina de hardware de ordenação de cartões perfurados, podermos codificar um algoritmo de ordenação mais rápido em cartões, dar estes novos cartões à máquina e, a partir daí, esta ordenar todos os cartões seguintes muito mais rapidamente. É como programar um compilador de C++ em C++, em vez de Assembly, sabendo que esta nova versão do compilador vai ser compilada pela versão atual do compilador. Com um modelo evolutivo, a programação por modelos pode finalmente satisfazer uma das grandes aspirações reclamadas pela programação tradicional: poder criar qualquer coisa. Um modelo que pode crescer é algo que amanhã pode fazer uma coisa que hoje não é possível. Um modelo que se gera a si próprio não necessita de conhecimentos de linguagens textuais para evoluir e torna-se independente da tecnologia. Enquanto esta continua ligada ao sistema computacional, o modelo liga-se aos objetivos dos utilizadores e gestores. À gestão. À vida real.

AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Todas as indústrias abraçaram a automação, em todos os níveis que a tecnologia atual permite, mais rapidamente criando mais produtos, mais diversificados (mass customization), com menor custo e com maior qualidade. Aquelas que não seguirem esta dinâmica de agilidade rapidamente ficarão obsoletas e poderão desaparecer.

‘SOFTWARE 4.0’ E ‘NO CODE’ PLATFORMS A produção de software também está pronta para o próximo passo de automação desde a adoção dos compiladores. Falamos dos geradores de código de 2.ª geração, agora chamados de ‘low code’ ou, melhor ainda, ‘no code’ platforms. Podem ser progressivamente adaptados a qualquer domínio de software onde haja problemas-padrão que têm de ser resolvidos vezes sem conta, mesmo que com parâmetros ligeiramente diferentes. O próximo salto de produtividade na produção de software já aí está. Apenas falta mudar-se a nossa perspetiva do que constitui programar. Já não se vai programar com furos, nem com palavras, mas, sim, com ideias. quidnews#23 23


#ENTREVISTA

Os riscos no setor da banca na era da transformação digital

A era da transformação digital deu aos consumidores a oportunidade de terem mais produtos a preços cada vez menores e através de um modo cada vez mais acessível. Deu, também, às instituições financeiras a oportunidade de promoverem a sua imagem junto dos clientes, melhorando a sua experiência. Nesta edição, Madalena Kadosh Ezra vem falar a propósito da transformação digital no setor bancário, dos novos desafios na prevenção de crimes financeiros. Licenciada em Gestão de Empresas pela Católica Lisbon School of Business and Economics, colabora com a Quidgest desde 2016, como consultora na área de Soluções Bancárias da Quidgest. Apoia a implementação de projetos e o desenvolvimento de negócios nesta área. 24 quidnews#23


Mas esta nova era trouxe igualmente grandes riscos para estas instituições. Cada vez mais se vê notícias sobre roubos de dados ou ataques informáticos a bancos. Conseguirão estas organizações reduzir os riscos, ao mesmo tempo que fornecem o melhor serviço aos seus clientes e cumprem os requisitos de compliance junto dos reguladores?

Como têm sido os últimos anos para o setor? Os últimos tempos não foram simpáticos para os bancos. A crise financeira dos últimos anos causou uma grande desconfiança em todo o setor por parte dos seus clientes, o que levou a uma quebra da rentabilidade, a par de um aumento da supervisão e regulamentação. Desta forma, os desafios para os bancos e outras instituições financeiras são bastante significativos. O ambiente económico negativo em que o setor esteve imerso, com baixa procura de empréstimos, baixas taxas de juro e, de um modo geral, uma má reputação, levou à necessidade de remodelação dos modelos internos das instituições para redução de custos. A juntar a isso, o aumento da pressão regulatória que acompanhou os anos da crise financeira pesou, também, na necessidade de rever essas estruturas internas. E qual foi o impacto desta nova era da transformação digital e das novas tecnologias nessas instituições? O setor bancário teve sempre um forte aliado nas novas tecnologias. Graças a elas, as instituições financeiras melhoraram os seus serviços e alargaram a capacidade de alcançar novos clientes. Hoje em dia, qualquer pessoa com um telemóvel ou um tablet pode ligar-se, em qualquer momento e em qualquer lugar, ao seu banco e aceder a quase todos os serviços que teria num balcão. No entanto, as alterações tecnológicas trouxeram, também, um aumento generalizado da concorrência no setor, levando a alterações significativas na prestação de serviços financeiros e abrindo caminho para a criação maciça das empresas fintech. Estas novas organizações não têm os mesmos objetivos que os bancos, mas fornecem alguns dos mesmos serviços: empréstimos, câmbios, serviços de pagamentos, gestão de ativos, trade finance, entre outros. A revolução digital trouxe, igualmente, a oportunidade para um aumento substancial

de crimes financeiros, uma vez que a acessibilidade fornecida aos consumidores abre portas a ataques informáticos (malware, acesso a dispositivos móveis, acesso a bases de dados, etc.) mais recorrentes, com o objetivo de roubar os dados desses consumidores e, em última instância, o roubo de dinheiro. A violação de dados e os problemas de segurança interna são as principais razões para as perdas de milhões de euros que o setor bancário já sofreu. Qual o papel desses novos players que estão a começar a desafiar a banca tradicional nas suas principais linhas de negócio? Podemos ver a entrada das fintech no setor financeiro sob duas perspetivas. Por um lado, são claramente um risco para os bancos tradicionais, uma vez que se tornaram concorrentes à altura, disponibilizando o mesmo tipo de produtos que, tradicionalmente, eram fornecidos exclusivamente por bancos, com a vantagem acrescida de que estas empresas podem escolher os serviços mais lucrativos que pretendem para compor a sua oferta, minimizando os riscos, enquanto um banco tradicional não tem essa opção. Por outro lado, o aparecimento das fintech consciencializou os bancos da necessidade de se adaptarem ao mundo digital. Como é que os supervisores e reguladores encaram este novo cenário? O surgimento das fintech levanta novos desafios aos supervisores e à própria regulamentação existente. Esta não estava totalmente preparada para o aumento das fintech que aconteceu nos últimos tempos, existindo ainda grandes lacunas na regulamentação relativamente as estas novas empresas tecnológicas, o que levanta questões quanto à integridade e estabilidade do setor. Por outro lado, os novos modelos de negócio podem suscitar riscos para os consumidores, trazendo instabilidade para um setor que só agora está a recuperar da crise da última década. quidnews#23 25


#ENTREVISTA | Os riscos no setor da banca na era da transformação digital

A criação de uma nova regulamentação é a solução que, à partida, parece ser a melhor escolha, no entanto esta opção tem grandes implicações ao nível do tempo e custos de compliance. Caso estas empresas tenham de seguir normas pré-estabelecidas, terão, muito provavelmente, de alterar a sua estrutura e procedimentos internos. Esta solução irá reduzir os custos de compliance, mas todos os novos desenvolvimentos terão de ser repensados de acordo com regulamentação antiga, o que implica um aumento significativo do tempo de desenvolvimento, algo que muitos consumidores não estão dispostos a esperar. Uma das maneiras mais rápidas e simples de abordar esta questão é incentivar as grandes empresas fintech a criarem regulamentações próprias que sejam acordadas pelo setor. É necessário que este segmento de instituições financeiras chegue a um acordo relativamente aos procedimentos internos de controlo e regulamentação. Desta forma, o setor fica normalizado em termos de regulamentação e, por outro lado, a estrutura de custos de compliance fica estabelecida. É necessário, também, que os reguladores estejam disponíveis para prestar os esclarecimentos necessários que vão surgindo à medida que estas instituições forneçam mais serviços financeiros. Uma hipótese seriam os chamados testes de stress, muito conhecidos do setor bancário, que poderiam ser adaptados a estas instituições com o fim de testar os modelos internos e dar a ambas as partes uma visão geral do estado de saúde financeiro das instituições e da necessidade de adotar ou adaptar novas regulamentações. Mas sabemos que a digitalização da banca trouxe também alguns riscos... Sim, sem dúvida. A introdução de novas tecnologias em qualquer organização traz riscos acrescentados, uma vez que a torna mais vulnerável a ataques informáticos. A transformação digital substituiu parte dos tradicionais riscos operacionais por novos riscos relacionados com a cibersegurança e a ciberfraude, nomeadamente na área do tratamento de dados. O armazenamento e processamento de dados constituem um novo desafio para a proteção de dados. 26 quidnews#23

O enorme volume de dados referentes a transações, contas e intervenientes que é necessário monitorizar é um grande desafio para o setor e, provavelmente, um dos mais importantes, uma vez que uma boa monitorização é uma peça-chave para o combate ao branqueamento de capitais e a outros crimes financeiros. E como é que os bancos podem prevenir esses crimes financeiros?

Em primeiro lugar, é necessário que as instituições definam padrões de qualidade relativamente aos dados. A monitorização de enormes volumes de dados é um dos grandes desafios no combate aos crimes financeiros. Grande parte da informação perde-se ou não é considerada para análise sem existir um conjunto de normas internas para tratar os dados existentes. É necessário existir uma política bem definida no que toca às métricas para analisar os dados ao nível da sua integridade. Uma dessas políticas pode ser um bom programa de diligências prévias para que as instituições financeiras conheçam os seus clientes e os riscos que estes podem representar. Também uma boa estratégia de integração de dados que agrega, num mesmo sistema, os dados recolhidos por diferentes canais é uma boa opção. Em segundo lugar, à falta de dados podemos, ainda, acrescentar a necessidade de as instituições financeiras assegurarem que os dados estão corretos. Muitas delas não têm um sistema centralizado de recolha e análise de dados, o que provoca que muitos deles não tenham a qualidade necessária para detetar possíveis riscos, existindo a necessidade de aumentar o volume de dados através de fontes internas e externas. As novas soluções tecnológicas são a melhor estratégia para o armazenamento e a monitorização de dados, permitindo uma análise mais correta da informação para prevenir ou detetar crimes financeiros.


Os grandes bancos internacionais têm uma preocupação acrescida, uma vez que não existe uma solução ou um programa abrangente de prevenção de branqueamento de capitais ou de screening de clientes. Regra geral, cada região ou cada país tem um programa autónomo de AML, o que leva a que, na maioria das vezes, não haja uma troca de informações sobre clientes que atravessem regiões geográficas. Esta nova realidade implica que os órgãos de gestão olhem para as suas estruturas internas e as reformulem de acordo com os novos desafios do setor. Os bancos têm de mostrar aos seus acionistas que são capazes de prevenir os crimes financeiros. Cabe à gestão das instituições financeiras adotar um modelo focado na otimização dos dados e, igualmente importante, direcionar todos os colaboradores para melhores práticas de análise e processamento de dados, com instruções claras sobre os procedimentos internos. Podemos ir ainda um bocadinho mais além e encontrar novos mecanismos, como fez a Bitcoin com o Blockchain. Esta tecnologia é um bom método de prevenção dos crimes financeiros, pois é um mecanismo que regista todas as transações alguma vez realizadas por essa moeda virtual, que depois são agrupadas em blocos. Um mecanismo semelhante poderia ser replicado e adaptado ao setor bancário, com um registo detalhado dos dados de origem e destino de transações. Que cenário se adivinha para o setor no futuro? As tecnologias ligadas ao risco e à regulamentação, as chamadas regtech, parecem estar a ganhar cada vez maior importância. Elas são uma das melhores opções para os bancos complementarem os seus sistemas internos de segurança e combater os crimes financeiros. Por outro lado, estes terão de manter uma relação próxima com as fintech. Esta parceria traz aos bancos as novas tecnologias capazes de os tornar mais competitivos ao nível de aplicações, da cloud, de segurança e de processamento de dados. quidnews#23 27


#CASOS DE ESTUDO

Inspeção de Saúde mais ágil com nova solução de gestão

A IGAS é o Serviço Central da Administração Direta do Estado que tem por missão assegurar elevados níveis técnicos de atuação, em todos os domínios da prestação dos cuidados de saúde. Executando a sua atividade em diversas frentes, desde a prevenção até à auditoria e ação disciplinar, passando pelo apoio e colaboração entre entidades nacionais e internacionais este serviço integra também o Sistema de Controlo Interno da Administração Financeira do Estado. NECESSIDADES QUE CONDUZIRAM AO PROJETO

A organização não dispunha de um Sistema de Informação com dados coerentes e confiáveis, que permitissem monitorizar e controlar a execução das atividades de missão. Os dados registados eram incompletos e incoerentes, e as ferramentas para a sua extração insuficientes e desadequadas. A monitorização da atividade e o controlo de prazos eram feitos quase manualmente, em ficheiros fora de uma base de dados central. Existiam várias fontes de dados e ficheiros dispersos de armazenamento de informação, pois o acesso ao sistema estava restrito a alguns utilizadores. 28 quidnews#23


O DESAFIO

O desafio era criar um sistema integrado de informação com dados estruturados e acesso regulado por vários utilizadores e gestores, que permitisse monitorizar a execução das atividades de missão, assim como a atividade global, num sistema de Balanced Scorecard (BSC), com geração de relatórios e indicadores estatísticos, numéricos e gráficos. Um sistema muito mais amigável para estender a sua utilização a todos os funcionários da instituição.

A SOLUÇÃO

Três módulos integrados, um de gestão documental, um de gestão de processos inspetivos e outro de BSC com modelação e geração automática de software, permitem agora à IGAS a tão desejada usabilidade, eficiência processual e melhoria da qualidade de gestão. Esta solução utiliza as mais modernas tecnologias web vocacionadas para mobilidade (MVC.Net). A sua modelação garante a agilidade tecnológica e económica necessária às entidades que querem ter sucesso na nova era digital. Muito resumidamente, o sistema inclui: ▪ Registo e tramitação de processos ▪ Registo de atividades ▪ Registo e repositório de documentos ▪ Pesquisa de processos e de documentos (simples e avançada) ▪ Configurações e administração do sistema ▪ Relatórios e estatísticas com gráficos configuráveis de acordo com cada perfil de utilizador A Quidgest já tinha construído o sistema de informação inicial da IGAS, pelo que apresentava as vantagens de já conhecer esse sistema, a sua evolução e as áreas de “negócio” da organização, estando já familiarizada com a linguagem e os fluxos de alguns processos.

OS RESULTADOS

Com esta implementação da Quidgest, os principais objetivos foram atingidos. O sistema é mais amigável. A sua utilização foi alargada a todos os trabalhadores. Inclui meios de garantir a coerência e a segurança dos dados. Incorpora instrumentos maleáveis de extração de dados e de produção de relatórios. Permite monitorizar e controlar a execução das atividades de missão, assim como a atividade global num sistema de BSC. De salientar também as melhorias verificadas ao nível da gestão da informação, habituais neste tipo de sistemas: ▪ Maior partilha da informação ▪ Maior controlo e monitorização de dados por vários utilizadores ▪ Maior comunicação entre serviços, através de uma base de dados única ▪ Eliminação da informação paralela ▪ Notificação de tarefas

E o aumento da produtividade média por trabalhador, através de: ▪ Simplificação do processamento da informação ▪ Maior velocidade na execução das operações ▪ Redução de erros por meio dos mecanismos de validação e preenchimento automático ▪ Normalização dos processos intraorganizacionais ▪ Introdução eficiente de dados ▪ Não duplicação de esforços ▪ Automatização de processos

“A equipa de trabalho da Quidgest, pelo seu conhecimento do sistema e da organização interna da IGAS, pelo empenho e rapidez na resolução das solicitações, pela disponibilidade e maleabilidade e pelo apoio constante à equipa interna, contribuiu eficazmente para o sucesso do projeto.” Elizabet Fernandes Chefe de Divisão – DCAP - Divisão de Controlo de Atividade e Planeamento

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#SOLUÇÕES EM DESTAQUE

Scoring

No dia 1 de julho, entrou em vigor a quarta diretiva da União Europeia referente à prevenção de branqueamento de capitais. Esta nova orientação irá levar a que os bancos europeus procurem as melhores soluções para minimizar os custos de compliance resultantes dos novos requisitos, de uma abordagem assente no risco, introduzidos pela UE.

A presente diretiva prevê também uma monotorização constante de todos os clientes, reforçando a necessidade de uma contínua avaliação do seu risco, com base em informações fornecidas pelos próprios ou recolhidas junto de outras fontes. Um bom programa de diligências prévias é fundamental para conhecer cada cliente e avaliar os riscos que este pode representar para as instituições financeiras. Quanto melhor as instituições conhecerem os seus clientes, melhor estarão preparadas para combater crimes financeiros, nomeadamente o branqueamento de capitais. De modo a responder aos novos desafios impostos por esta diretiva, a Quidgest apresenta a nova solução de Scoring. Com base em diferentes fatores de risco, esta solução é capaz de atribuir uma pontuação a cada cliente. Tendo em consideração as informações que este fornece no momento de abertura de conta ou que a instituição financeira vá recolhendo ao longo do tempo, a solução de Scoring utiliza um algoritmo intuitivo para calcular, com grande precisão, o nível de risco desse cliente. As informações em que se apoia esse algoritmo podem variar de instituição para instituição, mas pode-se destacar algumas que contribuem para aumentar o nível de risco de um cliente, seja ele particular ou uma organização legal: ▪ Pessoas politicamente expostas (PEP); ▪ Atividade pessoal/profissional com países offshore, de risco elevado ou sancionados financeiramente; ▪ Crédito descoberto ou atrasos no pagamento de créditos; ▪ Visto de residência, trabalho ou semelhante; ▪ Notícias negativas; ▪ Envolvimento do cliente em contratos públicos que foram objeto de algum processo judicial; ▪ Existência de muitas transações internacionais sem justificação com base nas informações fornecidas pelo cliente; ▪ No caso de organizações, a existência de proprietários beneficiados (que detêm mais de 25% das respetivas ações). 30 quidnews#23

Esta quarta diretiva traz muitas novidades face à anterior (terceira), nomeadamente na abordagem baseada no risco, na monitorização de clientes e nas diligências legais dos clientes. Desta forma, espera-se que as autoridades regulamentares procedam a exames periódicos para verificar se as instituições financeiras estão, e se mantêm, em conformidade com os novos requisitos.

Tendo em conta estas novas alterações, a solução de Scoring da Quidgest é uma ferramenta que se enquadra em qualquer programa de diligências prévias, simplificando o importante trabalho que todas as instituições financeiras devem fazer para conhecer os seus clientes e o risco que estes podem ou não representar, assim como responder a todos os requisitos de compliance exigidos pelos supervisores.


TOP 5

#QUID_SOLUTIONS

Selecionamos cinco soluções do nosso portefólio para cada vantagem POUPANÇA

A solução poupa recursos financeiros, reduz o recurso a financiamentos ou liberta verbas para outras a�vidades.

EXPANSÃO

A solução permite acompanhar a expansão da organização ou empresa para novos mercados ou para novos sectores, sem sobressaltos.

QUALIDADE

A solução assegura a prestação de um melhor serviço, com clientes, utentes e cidadãos mais sa�sfeitos. A qualidade é reconhecida no mercado e a reputação de excelência.

APTO subs�tuir sistemas obsoletos e caros, preservando as funcionalidades nucleares SmartSourcing o que conta não é o custo/hora, mas a obra concre�zada Portais Web distribuir tarefas diminui custos internos Serviços partilhados reduzir custos, par�lhando soluções por organizações similares Time Sheet Management só afetar recursos aos projetos que acrescentam mais valor Soluções internacionais expandir as competências internas à escala global 1CRM melhores resultados do seu esforço comercial, acompanhados em tempo real WebServices e MyCompanyAPI abrir a empresa ao mundo Soluções Cloud e Soluções Web no centro das atenções, ninguém é periférico Parcerias projetos conjuntos de I&D e criação de soluções White Label Genio e qualidade têm a mesma definição, adequação ao uso e melhoria con�nua Balanced Scorecard toda a empresa a alinhar os procedimentos com os obje�vos Mobilidade aproximar as suas soluções dos seus clientes Gestão da qualidade não basta ter, é necessário evidenciar E-Learning, Bases de Conhecimento e Formação as competências garantem a qualidade

PRODUTIVIDADE

Soluções específicas para o seu sector, de entre as 600 do portefólio Quidgest Balanced Scorecard a “pressão do indicador” mo�va colaboradores e garante obje�vos 1ERP uma solução exclusiva e evolu�va, perfeitamente adaptada à sua empresa Automatização desde integração com equipamentos a no�ficações Geração com Genio ou gerador específico de uma grande empresa

AGILIDADE

Evolução com Genio seja o primeiro a aproveitar cada oportunidade Business Process Outsourcing especialistas que lhe permitem concentrar-se no negócio Workflow e Gestão Documental gestão dos processos de negócio Gestão de equipas flexíveis adaptada às novas relações de trabalho Ferramentas de desenvolvimento QuidBuilder, Q-CRT, Qwatch

ESTABILIDADE

Model Driven Architecture um modelo da empresa que se projeta no futuro APTO manter os processos essenciais que têm suportado a sua empresa durante anos Consultoria especializada as tecnologias como instrumentos eficazes da gestão CAv Consulta Avançada chegar a toda a informação já existente nos sistemas da empresa Conectores ERP uma camada de eficiência sobre ERP instalados quidnews #23os 31

A solução permite, com os mesmos recursos, obter melhores resultados e a�ngir obje�vos mais facilmente.

A solução permite responder rapidamente a polí�cas públicas, a mudanças legisla�vas, às necessidades dos cidadãos ou a inovações tecnológicas.

A solução protege os inves�mentos já feitos e competências desenvolvidas. Reaproveita o que foi criado na organização e assegura os compromissos já assumidos.


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