Jornal PubliqueSe - 6ª Edição

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Agrupamento de Escolas da Sé - Lamego 6 ª Edição

Ano Lectivo 2010/2011

ESCOLA EM REDE Escola Re

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Editorial Uma escola em rede O contributo do Projecto Educativo Partindo do princípio de que a escola é uma unidade de planificação, acção e mudança educativas e de que a união de esforços e de vontades faz a força, o Projecto Educativo surge como um documento orientador que tem como finalidade a construção do sucesso educativo dos alunos. P r o fe s s o r e s , d i r e c ç ã o, a s s i s t e n t e s operacionais, autarquia, juntas de freguesia e outros - todos em conjunto – deverão criar redes que ajudem os alunos a delinear o seu percurso e a construir o seu sucesso educativo. Deverá ser realçado o sentido estratégico do Projecto Educativo ao funcionar como ordenador de toda a vida escolar, dotando-a de coerência e de uma intencionalidade claras. Este sentido estratégico dá primazia ao sentido da acção a desenvolver, das metas a atingir, para que seja, efectivamente, um documento orientador da acção e de vinculação de práticas escolares. As decisões da comunidade educativa só serão verdadeiramente profícuas se houver um conhecimento claro e em rede das situações, das diferenças e da intencionalidade da acção e se se apostar no acompanhamento e na avaliação das acções, contribuindo, deste modo, para que a escola aprenda e construa a sua mudança no sentido da qualidade que deseja. O fosso de sentido e de intencionalidade entre projecto educativo decretado e projecto educativo participado é enorme. Um projecto educativo construído só terá verdadeiro significado a partir de uma confrontação com a realidade da escola. É preciso que a realidade da escola seja verdadeiramente conhecida e que os pontos fortes e fracos sejam, na realidade, considerados. Parece lógico que não basta regulamentar, formalizar documentos para que o projecto educativo decretado se transforme num projecto educativo construído. É, antes de mais, necessário

que as práticas e os discursos de toda a comunidade educativa não se oponham. É, também, importante que o projecto se elabore não porque é uma imposição mas porque dele decorre a oportunidade de a escola marcar o seu espaço social, pensar-se como serviço público de educação e organizar-se para dar as respostas mais adequadas às situações que forem surgindo. Será importante não esquecer a essencial unidade de sentido entre projecto educativo, projecto curricular de escola e planos anuais de actividades, sob pena de a escola não se tornar eficaz, não ter identidade própria e ser mais uma entre tantas. É que cada escola tem uma realidade, cada escola vive de forma diferente, cada escola encara os desafios de forma diversa. A transformação positiva da escola não é alcançável através de uma intervenção levada a cabo de uma forma isolada pelos diversos intervenientes da comunidade educativa, mas exige, pelo contrário, uma concertação de vontades e de acção. A escola, enquanto organização aprendente e reflexiva, deverá ser capaz de conceber e desenvolver um projecto e de se adequar constantemente aos contextos e aos recursos de que dispõe. Se estes pressupostos forem cumpridos, a escola, que se quer em rede, será certamente motivadora, interactiva, comprometida, cívica, empenhada, inovadora, dinâmica colaborante e com futuro. Assim, o Projecto Educativo é o documento, por excelência, que coloca em relação toda a comunidade educativa, apostando na co-responsabilização e constituindo-se como a rede de suporte para que a escola consiga cumprir plenamente a sua missão de tornar realidade o sucesso educativo dos alunos. Helena Maria Sebastiana, professora

Barras laterais feitas pelo JI do CESL

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Sumário

Editorial--------------------------------------------------------2

Escola Voluntária e Solidária---------------------------23

Sumário--------------------------------------------------------3

Boas Pátricas------------------------------------------------24

Destaque-------------------------------------------------------4

Os alunos nas redes sociais---------------------------- 26

«Abraçar a Natureza»--------------------------------------6

Escola em rede com o mundo do trabalho---------28

Minha Pátria, Minha Língua------------------------------8

Associação de Estudantes-------------------------------29

Espaço Cívico------------------------------------------------11

Centro Novas Oportunidades--------------------------30

Redes há muitas--------------------------------------------13

Escola Inclusiva--------------------------------------------31

Leituras e escritas------------------------------------------15

Leitura obrigatória, leitores reflexivos --------------32

Mural---------------------------------------------------------20

Aconteceu --------------------------------------------------33

Pensamentos, palavras, actos e emoções----------22

Divulgação---------------------------------------------------35

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Ilustrações realizadas no âmbito da disciplina de Atelier de Artes Plásticas

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Destaque

Dias das Línguas A escola na ponta das línguas A convite da Agência Nacional de Aprendizagem ao Longo da Vida e de outras instituições europeias, o grupo Comenius da Escola Básica e Secundária da Sé organizou a comemoração da Semana Comenius 2011 e dinamizou, de 2 a 9 de Maio, um leque de actividades que envolveram a comunidade escolar. O Departamento de Línguas associou-se a esta semana, dedicando os dias 4 e 5 às línguas estrangeiras que se ensinam na escola (Inglês, Francês e Espanhol) e também à língua materna. A Escola na Ponta das Línguas foi o tema mobilizador. Ao longo da semana, reflectiu-se sobre a importância de saber línguas estrangeiras no mundo de hoje e sobre a mais-valia que representa a participação em projectos europeus. A escola comemora 10 anos de participação em programas Comenius, embora já anteriormente tivesse estado envolvida em projectos europeus, através dos programas Euroscola e Clube Europeu. No presente ano lectivo desenvolvem-se dois projectos: um que envolve alunos do 3.º ciclo sobre o tema Let the forest breathe (Deixem a floresta respirar) e outro, Ecoscola, no qual trabalham alunos do ensino secundário. Ao longo do ano realizaram-se várias mobilidades entre escolas parceiras, que levaram alunos e professores à Hungria, Espanha, Itália e Noruega. Ainda neste período escolar, alunos do 8ºano e professores visitaram a Eslovénia e os professores responsáveis pelo projecto do ensino secundário tiveram um encontro final na Eslováquia. No átrio da escola esteve patente uma exposição que deu a conhecer à comunidade escolar o desenrolar de 10 anos de envolvimento no programa Comenius e na qual puderam ser vistas fotografias dos encontros, dos trabalhos de campo, das reuniões, bem como documentos de todo o trabalho organizado ao longo dos anos. Para encerrar a semana, na tarde de 9 de Maio, realizou-se um painel que reuniu vários intervenientes em redor da mesma questão: a importância de saber línguas e o papel da participação em projetos europeus. A Dr.ª. Margarida Duarte, professora desta escola e Vereadora da Câmara Municipal responsável pelo pelouro do Desporto e Juventude, abriu a sessão com uma breve apresentação sobre o dia da Europa e, a propósito dos 25 anos de adesão de Portugal à Comunidade Europeia, destacou os 10 sucessos que partilhamos na união europeia. De seguida, o Dr. Paulo Vaz, Director da Escola de Hotelaria e Turismo de Lamego, falou da importância de falar e escrever bem em línguas estrangeiras e na língua materna para a promoção do turismo na região, que se quer de qualidade. Seguiu-se uma partilha de testemunhos de diferentes participantes nos projectos Comenius feita pelo Director do Agrupamento, Dr. Carlos Almeida, por professores coordenadores e colaboradores nos projectos, antigos a actuais alunos. Muito terá ficado por dizer, mas o essencial foi partilhado. Participar neste tipo de projecto traz novos amigos, fortalece relações entre participantes, cimenta valores como a partilha, o respeito e a solidariedade, permite conhecer mundos diferentes e valorizar o que é nosso. E possibilita, ainda, compreender a importância que tem o conhecimento de uma língua estrangeira para poder comunicar e alargar os horizontes de cultura e de conhecimento.

Os professores que integram as equipas Comenius

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Destaque

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Na aldeia global em que vivemos, saber línguas é um requisito fundamental para o mundo do trabalho. E já não basta o Inglês. Há que lhe acrescentar pelo menos uma outra, o Francês ou o Espanhol. A Escola Pública oferece a valiosa oportunidade de aprender estas três línguas gratuitamente. A nossa escola está empenhada em sensibilizar os alunos para a importância de as aprender. Daí que este ano, à tradição de festejar as línguas com divertimento, convívio, informação, experienciação, tenham sido acrescentados momentos de reflexão, num colóquio, em formato de painel e em dois textos expositivos das apreensões dos professores em relação ao ensino/aprendizagem do Inglês e do Francês, publicados no site da escola.

A festa do Francês No dia 5 de Maio, festejou-se o Francês. Uma empresa de crepes, a Genèvcrep de Viseu, consolou-nos com essa iguaria da gastronomia francesa. A apresentação de canções francesas na Sala dos Professores e no átrio da Escola foi um momento de jubilosa partilha. Professores e alunos do 7ºano, de Inglês, Francês e Espanhol, fizeram Rimas com Línguas. Houve um Concurso d e E s t ra n g e i r i s m o s “ Q u e m q u e r s e r Estrangeirado ? “ destinado a alunos do ensino secundário. Os alunos do 6º ano foram motivados para a aprendizagem do Francês com uma intervenção intitulada Pourquoi apprendre le Français? Congratulamo-nos por constatar que o Francês, língua de prestígio cultural, 4.ªa língua europeia, disseminada pelos quatro cantos do mundo, como língua materna, como língua administrativa e como segunda língua, permanece viva no imaginário e nos objectivos de muitos professores e alunos da escola. Maria João Madanelo, professora

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«Abraçar a Natureza»

Vamos ajudar a Mãe Natureza A Natureza é tudo aquilo que nos rodeia e é importante para sobrevivermos. Ela é bela. Tem flores, animais, árvores que nos dão oxigénio, água e é muito colorida. Mas... ela está doente. As pessoas continuam a não a respeitar. Há lixo no chão, há rios e mares poluídos, florestas abatidas, incêndios por todo o lado e, imaginem, ninhos destruídos. Por isso, precisamos de a tratar melhor: colocar o lixo nos ecopontos, poupar água, usar energias renováveis, andar mais a pé ou de bicicleta e ter cuidado com as fogueiras. Deste modo, estamos a proteger todos os seres vivos que nela habitam. Vamos ajudar a Mãe Natureza!... Trabalho elaborado pelo 2º Ano A da EB1 de Lamego nº2

Poema dedicado à terra Quando o homem tiver juízo, Toda a gente vai parar, De poluir a nossa terra, Até Ela nos perdoar. A terra está magoada, Com a nossa poluição, Devemos parar com tudo isto, E dar-lhe muita mais atenção. Atenção, para não estragar, Aquilo que nos faz falta, Vamos amigos, vamos, Convencer toda a malta… Mariana Florípes; Liliana; João Pedro; João Carlos Centro Escolar de Lamego Sudeste – 4º.B

Ilustrações do Centro Escolar de Lamego Sudeste – 4ºB

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«Abraçar a Natureza»

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Alegria na floresta Era uma vez uma floresta. Dentro dela viviam muitos animais. Os animais eram todos sorridentes e unidos. Todos os animais se juntavam numa grande animação e faziam grandes jantares com muita dança à mistura. A girafa no fim de cada jantar contava lindas histórias e anedotas para animar os amigos. Depois iam dormir nas suas deliciosas caminhas de relva. De manhãzinha todos eles iam fazer um concurso de regar as plantas. Um dia, quando estavam a fazer o concurso repararam que havia um incêndio. Tentaram rapidamente encontrar uma solução e chegaram a uma conclusão: pediram a um pássaro para ir chamar um humano. O pássaro começou a bater as asas com muita força e o humano começou a perceber o que se passava e foi atrás dele apagar o incêndio. Apagou-o e viveram felizes, todos na natureza. Imagens feitas no computador Magalhães, no Paint Filipa Moreira – 2º Ano A da EB1 de Lamego nº2

Olá, Somos os meninos do Jardim de Infância de Cepões e pertencemos ao Clube “Abraçar a Natureza”. No Clube aprendemos a respeitar os animais, as plantas, a água e o meio ambiente. Os “Guerreiros da Natureza” querem dizer às pessoas que é muito importante separar o lixo para que o nosso planeta continue a ser bonito. Ainda não sabem separar o lixo? Então os “Guerreiros da Natureza” vão dar uma ajuda. Existem três ecopontos de cores diferentes para lixos diferentes.

Verde: Vidro

Amarelo: Plástico e Metal

Azul: Papel e Cartão

Esperemos que tenham aprendido a lição! Experimentem! Não custa nada e a Natureza agradece: Irão, de certeza, viver mais Contentes e Felizes. “Os Guerreiros da Natureza” (Jardim de Infância de Cepões)

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Minha Pátria, Minha Língua À fala com a Língua Portuguesa

Durante o último Colóquio Internacional de Línguas Europeias, o Publique-Se entrevistou a Língua Portuguesa. Tinha-a encontrado no Twitter, seguiu-a nas suas andanças por alguns eventos, até que lhe enviou um pedido para esta entrevista. Ela acedeu prontamente e o encontro foi marcado para o Colóquio. O Publique-SE confessa que quando chegou a hora estava nervoso. Ao vê-la entrar, elegante, com um vestido com um mapa-múndi estampado, ficou dividido entre o contentamento de ver chegado o esperado momento e a ansiedade de chegar à palavra com tão respeitável senhora. A entrevista acabou por se transformar rapidamente numa conversa agradável, não fosse a interlocutora alguém de fala fácil.

Publique-SE: Como se sente com o 3.º e o 6.º lugares nos quadros gerais da classificação das línguas, ocidental e mundial, respectivamente? Língua Portuguesa: Naturalmente, sinto-me muito orgulhosa. Não é fácil ficar classificada logo a seguir a duas concorrentes tão afamadas como a Inglesa e a Espanhola. Repare que há muito quem ache que o terceiro lugar é devido à Francesa e não a mim. Eu sorrio e mostro os números: mais de 200 milhões de luso falantes nativos contra 150 francófonos! P: Como é que chegou a tão disputada posição? LP: É uma longa história com bastante suor, sangue, vitórias, derrotas… P: Quer contá-la, desde o início? LP: Sou, como sabe, uma das várias filhas da Língua Latina. Somos naturalmente parecidas, embora me reveja muito mais na minha vizinha Espanhola do que na distante Romena. Compreendo-as melhor a elas do que elas me compreendem a mim. Mesmo assim, guardo as preciosas ofertas que fizeram quando as visitei nas suas terras e nos seus livros: sou quixotesca e aficionada à Espanhola, ando de táxi, bebo champanhe e uso perfume à Francesa, tocam-me piano em serenatas à Italiana.

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P: Quase todas famosas por vários motivos, entre os quais se destaca a beleza. LP: Isso é muito discutível, quase tanto como o meu nascimento. Uns dizem que foi na Notícia do Torto, em 1214, mas, recentemente, um professor galego afirma que encontrou registos do meu nascimento com mais 40 anos, num pacto entre os irmãos Ramiro e Pais. O que é certo é que até ao século XIV, quando me insinuava como menina e moça, me deram o nome de Galaicoportuguesa, mesmo contando já com mais de mil palavras árabes e isso marcou-me a singularidade de algumas feições lexicais. Repare que nenhuma das minhas irmãs, nem sequer a mais parecida comigo, a Espanhola, sabe o que são, por exemplo, tâmaras, alecrim ou alfaces. P: Nem chá, nem biombo, nem cachimbo, nem jacaré, nem andor… LP: Essas palavras adquiri-as mais tarde, quando me subiram à cabeça devaneios de juventude e quis conquistar os quatro cantos do mundo. P: Na verdade, acabou por conquistar… LP: Sim, mas nem todas os namoros deram frutos significativos. Veja: em Malaca e no Sri Lanka, vivo nos crioulos, em antropónimos e topónimos. Já em Goa e Macau, lugares com quem tive relacionamentos mais prolongados e comprometidos, acabei por também me unir aos idiomas locais. De resto, vou sendo recordada como memória, ora extravagante ora romântica. P: E momentos altos da sua História? LP: Muitos, de facto: o meu enriquecimento no Brasil, onde me tornei doce e exótica ao beber do Guarani, do Tupi e das línguas dos africanos que para lá foram levados; os dias em que foram criados organismos que me reforçaram as defesas e me aumentarão a longevidade, como a CPLP e os PALOP. Motivos de verdadeiro júbilo tive-os quando foi atribuído o Prémio Nobel ao meu caríssimo autor José Saramago e quando fui declarada oficial no recém-nascido Timor Lorosae, sem esquecer todos aqueles em que ao longo dos séculos me vitaminaram a prosa, me levaram a festas de fantasias poéticas, me vestiram hábitos de verdade,me reinventaram em expressivos neologismos, me elevaram até à aristocracia grega e latina nas ciências, me rejuvenesceram em cada acto de fala, colorida de múltiplos sotaques e regionalismos.

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Minha Pátria, Minha Língua

P: Há quem diga que actualmente está ameaçada pelo acordo ortográfico, pela Inglesa, pelas salas de conversação, pelos sms… LP: Está a falar-me de coisas diferentes: uma coisa é perder umas letras que não se liam, como «actor» passar a «ator», «correcção» a «correção», outra é «que» ser «k», «beijo» ser «bj». Não me desfigura perder as maiúsculas nos meses do ano ou nas estações do ano, mas incomoda-me quando ouço «meeting» em vez de «encontro», «performance» em vez de «desempenho», «shopping» em vez de «centro comercial». E já agora, permita-me recordá-lo que me congratulo pela entrada oficial do K, do L e M no meu alfabeto, em Portugal, onde estes passageiros já passeavam, embora clandestinamente. Também neste assunto não sou fundamentalista e aceito os favores da minha prática colega Inglesa quando me faltam formas simples e concentradas de transmitir a ideia, como é o caso de «site», «online», «internet». Meu caro Publique-SE, não tenha receio. Estou bem protegida. Durante a minha vida aprendi a lidar com o atrevimento de palavras intrusas, com a ignorância dos rústicos, com a jactância dos emproados. Repare que me espalhei pelo mundo, conto oito séculos e ainda mantenho o vigor de uma jovem. Sabe por quê? Precisamente porque me adapto à mudança. De outro modo, simplesmente teria morrido, como aconteceu com a minha mãe Latina. P: E os erros não a deixam maldisposta? LP: Sem dúvida, às vezes até me provocam indigestão. E isto não acontece apenas nos restaurantes onde já vi «assorda», «arros» e o «peru» leva quase sempre um acento que retiram muitas vezes à «água». Infelizmente, também me acontece muito nos cartazes publicitários. Aí, estimado Publique-SE, até me doem os acentos quando me mascaram de «portugues», sinto palpitações nas sílabas quando ouço «tá» em vez de «está», revoltam-se-me os agás quando vejo «à» em vez de «há», fico sem ar nenhum nas vogais e rangem-me os ossos todos das consoantes quando me transfiguram em segmentos como estes: «Proíbido vasar entolho», «os xapatos», «os xacos», para além de ficar muitas vezes com as vírgulas todas eriçadas e os pontos inchados quando leio mensagens nas redes sociais, certos textos escolares…

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P: De facto, deve ser doloroso ser assim maltratada. Uma última curiosidade: já que fala nelas, não gostaria de acolher nomes de redes sociais na sua ortografia? Por exemplo, « fa c e b o o k » e « t w i te r » p a s s a re m a «feicebuque» e «tuítere»? LP: De modo nenhum. São filhas da minha amiga Inglesa e acolho-as como elas são. Mas admito que se me alegram os verbos quando ouço «facebookar», «twitar»… P: Excelentíssima Senhora Língua Portuguesa, nem temos palavras para agradecer o tempo que nos dispensou. LP: Use simplesmente o nosso «muito obrigado», cuide de mim nas suas páginas e até sempre. Publique-Se

Ilustração de Vitor Sequeira, 12ºA

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Minha Pátria, Minha Língua Ortografia morta, ortografia posta

O novo acordo ortográfico revela critérios duvidosos? Estranhamos as grafias que vêm substituir as que tínhamos até nas entranhas? Resistimos à mudança? Sim, tudo isto acontece. Se dura lex sed lex, não podendo vencê-los, juntemo-nos a eles. Esta é a última edição do Publique-Se com a ortografia moribunda, por isso, nesta página, fazse-lhe o devido funeral, dando-se, ao mesmo tempo, as boas-vindas à nascitura.

Actualmente, há a percepção que tanto o mais selecto Senhor Doutor como o mais abjecto Fulano vão ter dificuldades em adoptar a nova ortografia. Problema deles. Não importa a óptica do utilizador. Se os incomodar a ausência do hífen no cor-de-rosa e na casa-debanho, hão-de actualizar-se nos finsde-semana. Se os afligir que a maiúscula caia tanto no Outono como nas outras estações, hão-de consolarse em Agosto e nos outros meses, podendo ir treinando no seu dia-a-dia de Segunda a Sexta-feira. Hão-de interpretar, na escrita, novos papéis, como os bons actores, lembrando-se que aquela é como a vida: nunca pára, exige correcções de direcção. Não é sempre em frente, como numa autoestrada, em que tudo fosse pêra doce. Mesmo assim, como o mais heróico lusitano, hão-de habituar-se e quem sabe se um dia nem precisarão do «H» para se sentirem homens. Por isso, não vale a pena ficarem decepcionados, nem perderem o optimismo. O melhor é fazer como o brasileiro e dizer que está tudo jóia. Certo?

Atualmente, há a perceção que tanto ao mais seleto senhor doutor como ao mais abjeto fulano vai ser difícil adotar a nova ortografia. Problema deles. Não importa a ótica do utilizador. Se os incomodar a ausência do hífen no cor de rosa e na casa de banho, hão de atualizar-se nos fins de semana. Se os afligir que a maiúscula caia tanto no outono como nas outras estações, hão de consolar-se em agosto e nos outros meses, podendo ir treinando no seu dia a dia de segunda a sexta-feira. Hão de interpretar, na escrita, novos papeis, como os bons atores, lembrando-se que aquela é como a vida: nunca para, exige correções de direção. Não é sempre em frente, como numa autoestrada, em que tudo fosse pera doce. Mesmo assim, como o mais heroico lusitano, hão de habituar-se e quem sabe se um dia nem precisarão do «H» para se sentirem homens. Por isso, não vale a pena ficarem dececionados, nem perderem o otimismo. O melhor é fazer como o brasileiro e dizer que está tudo joia. Certo? Publique-SE

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Ilustração de Vitor Sequeira, 12ºA

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Espaço Cívico

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Não entres nunca nestas redes!

Redes há muitas! Rede escolar, rede ferroviária, rede hidrográfica, rede bancária, rede da baliza e outras tantas. Estas são algumas das redes que conhecemos. Mas existem outras… nas quais não devemos entrar. Ficam aqui testemunhos de pessoas que se deixaram enredar.

“Sempre me avisaram de tanta coisa, mas eu nunca liguei, pensando sempre que as pessoas estavam a exagerar e que nunca me aconteceria a mim. Afinal enganei-me! Eu, que pensava que era imune, deixei-me apanhar, acabei por ficar preso na rede e não consegui libertar-me tão cedo. Começa por algo tão insignificante, quase inofensivo. Sem dar conta, transforma-se em algo tão poderoso! A que me apanhou foi a mais imprevisível delas todas. Agarrou-me num momento de solidão, fazendo-me prisioneira num mundo à parte. O mundo das redes sociais. Desde então passava horas infinitas à frente do computador, a falar com todo o tipo de pessoas, sem as conhecer verdadeiramente. Passado algum tempo, emaranhei-me nessa rede sem realmente me aperceber.” Netaholic

“À medida que o tempo passava, a rede apertava-me cada vez mais, de tal forma que dois cigarros por dia passaram a dois maços e de um copo de cerveja passei a ingerir bebidas tão estranhas que me deixavam completamente alucinado. Perdi a conta às vezes que fui parar ao hospital em coma alcoólico. Quanto mais me deixava apanhar por elas, mais a minha capacidade de lutar me abandonava.” Alcoholic

“Agora percebo que tudo funcionou como o efeito dominó. Quando dei por mim, já me encontrava agarrada à rede das drogas. Quase morri de overdose. Este susto fez-me ver a realidade. Toda a minha vida se estava a desvanecer. Procurei ajuda. Se não o tivesse feito, ainda hoje estaria cativa. Presentemente, estou no final do meu programa de reabilitação. Renasci e não irei cá voltar. Aprendi que o que faz a diferença não é o querer sair, mas a vontade de nunca entrar.” Drug Addict

Não entres nunca na rede traiçoeira das redes sociais! Não entres nunca na rede do álcool! Não entres nunca na rede do tabaco! Não entres nunca na rede das drogas! Daniela Pinto e Marta Ribeiro, 12ºA

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Espaço Cívico Vamos reflectir sobre Etiqueta?

Não, não é da etiqueta que identifica o designer dos jeans, dos ténis, das t-shirts de marcas caríssimas aos alunos que os pais pagam carissimamente. Essas ficam para outra vez. A etiqueta que aqui nos traz é aquele conjunto de maneiras, de atitudes do dia-a-dia, que devemos ter com os outros como mostra de respeito pelo seu espaço, pela sua pessoa. É um modo de praticar sempre a conhecida máxima «Não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti!».

NetEtiquette É entendida como um conjunto de atitudes e normas recomendadas para que todos os utilizadores possam comunicar através da Internet de uma forma cordial. Não deverá utilizar o computador para prejudicar terceiros, nem interferir com o trabalho informático deles, nem vasculhar os ficheiros informáticos dos outros, nem utilizar o computador para roubar, nem para prestar falsos testemunhos, nem copiar software pelo qual não pagou, nem utilizar os recursos informáticos de terceiros sem autorização, nem apropriar-se do trabalho intelectual de ninguém. Deverá pensar nas consequências sociais daquilo que escreve e usar o computador com respeito e consideração pelos outros. Áurea Rodrigues, professora

Na Escola – palavra fora de moda Embora haja muitos educadores que consideram a etiqueta uma coisa ultrapassada, mania de gente fina, pedante, portanto, na verdade, a escola precisa de muito mais etiqueta, se quer educar para a cidadania. Exijo-a, desde a primeira aula, para grande estranhamento dos alunos, no início. Primeiro, riem e sorriem, troçando, nem sempre disfarçadamente, depois, mostram desagrado quando os chamo sistematicamente à atenção por não cumprirem as regras estabelecidas, passado algum tempo, seguem-nas, normalmente, sem qualquer sinal de contrariedade e pedindo desculpa se atropelam alguma e dizendo «se faz favor» antes de um pedido. Como se consegue isto? Explicitando as regras, dando o exemplo, observando constantemente o seu cumprimento, repreendendo sempre a transgressão e elogiando sempre os comportamentos exemplares. A mudança que noto faz-me pensar que a etiqueta é possível. Como? Deixando passar sempre os professores, não dando empurrões aos colegas, nem nos corredores nem nas filas da cantina, seguindo as regras do bem falar Português, tratando os professores e os assistentes operacionais por «senhor» e «senhora» e não por «ó professor/a» ou apenas «professor/a», não usando nunca o telemóvel na sala de aula, nem linguagem imprópria, nem comendo nas aulas, nem mastigando pastilhas elásticas, nem chegando atrasado à aula, para não a interromper, pedindo desculpas sinceras e consequentes (hei-de voltar a este assunto que merece muita reflexão), sentando-se correctamente na cadeira, ajudando colegas com dificuldades, temporárias ou permanentes, como exemplarmente faz o 10.º C com o Luís.

Na Vida – sempre na moda Se cultivarem todos os dias estes gestos, quando derem conta, eles fazem parte da maneira natural de estar. Ficam bem em família, entre amigos, em sociedade. E é muito provável que um dia sejam úteis e até determinantes para conseguir um emprego e para o manter. Porque uma pessoa que pratica a etiqueta é uma pessoa educada, agradável. E quem não gosta de ser atendido/tratado no hospital, no tribunal, no supermercado, na feira, no restaurante, na escola, nas lojas, nas finanças etc., com simpatia, delicadeza, cortesia, etiqueta? Maria Filomena, professora

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Redes há muitas

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Lançámos a rede! Durante dois minutos, as crianças disseram os que lhes lembrava a palavra rede.

Rede é para apanhar peixes; Quando jogamos futebol, a baliza tem uma rede; O telemóvel da minha mãe às vezes não tem rede; A casa das aranhas parece uma rede; A minha avó tem um mata-moscas com rede; O portão da minha avó tem um bocadinho feito com rede; Algumas raquetes têm o meio com rede; A rede muito comprida dá para jogar voleibol; Quando era bebé, tinha uma caminha com rede; Os carrinhos das compras têm rede; Os muros têm rede dos lados para os meninos não caírem; Há camas de rede para descansar; Os sacos das batatas são de rede; No filme do Pateta eles têm uma rede para apanhar peixes e borboletas; A mãe do Gonçalo tem meias de rede; As noivas têm chapéu com rede; A minha madrinha, quando vai para a tropa, faz um “puxo” e põe a rede preta no cabelo; O coador do leite e do chá tem rede; No circo os trapezistas têm rede para não caírem no chão. Centro Escolar Sudeste Lamego - Jardim de Infância

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Redes há muitas Brincámos com as redes...

Era uma vez, o Facebook. Com tenros anos de idade, era, extraordinariamente, conhecido pelo facto de ser muito sociável, tinha imensas amizades e eram feitos muitos comentários no seu mural. Este enorme protagonismo levou-o a viver na ilusão de ser a única rede existente em todo o mundo, o que o tornava num ser egoísta, egocêntrico e, extremamente, vaidoso. Certo dia, enquanto navegava nos seus perfis, orgulhoso do seu elevado número de utilizadores e do seu recente jogo, encontrou, surpreendentemente, alguém que o surpreendeu. Intrigado, procurou saber mais acerca desta desconhecida. Durante nove anos (soa-me familiar!), muitas foram as dúvidas e as questões postadas no seu mural. Nesta demanda, ficou ainda mais estupefacto quando descobriu a existência de outras redes, além de si. Imaginem qual não foi a sua surpresa, quando, ao tentar descobrir formas de se deslocar em busca de tão misteriosa criatura, ficou a saber que apenas poderia chegar ao seu destino caso utilizasse a Rede Nacional de Expressos ou a Rede Ferroviária. Logo de seguida, devido a uma Rede de Interesses, criou conflitos numa Rede Familiar, uma vez que seduzia os mais novos a entrar em redes não muito apropriadas para as suas idades. Estes nove anos serviram de palco a outros incidentes, como foi o caso do vírus faceírus que perturbou o normal funcionamento de uma Rede Escolar e de uma Rede Bancária, causando a estagnação dos serviços públicos e privados. Já no final da sua incansável busca, ao passar por uma casa de camponeses, cortou, propositadamente, a Rede de um Galinheiro que ali se encontrava, provocando a evasão das galinhas.

Quase a desistir de encontrar tão perfeita desconhecida, avistou, ao longe, uma alma caridosa a ajudar uma Rede Sem Fios… Ao ver este comportamento afável, aproximou-se dela e perguntou-lhe o nome. Ela, de uma forma muito doce, disse que era a Rede de Solidariedade. Extasiado, percebeu que era ela a razão pela qual havia abandonado o seu sítio da internet . Serviram os dois anos seguintes para se conhecerem melhor… Ao fim desse tempo, estavam apaixonados! Este grande amor tornou o presunçoso Facebook numa Rede mais amiga e solidária… Espantem-se!… Criou na sua página uma Rede de Amizades que visava ajudar e apoiar as redes desamparadas em todo o mundo. Imaginem só que estes dois enamorados, mesmo na sua lua-de-mel, serviram de amparo a variadíssimas redes, como foi o caso de uma Rede de Baliza e de uma Rede de Trapezista que, devido à crise, não tinham possibilidades para comprar fio para remendar os seus buracos. Tudo correu bem na página da vida deste casal. Se morreram? Sim, nada dura para sempre, mas mesmo depois das redes se desvanecerem… os sentimentos perduraram! Moral da História: Até a presunção se derrete aos pés da Solidariedade! … Adriana Martins, Ívan Borges e Vânia Roque, 12ºA

Já agora, a rede sem fios! Refere-se a uma rede de computadores sem a necessidade do uso de cabos que funciona por meio de equipamentos que usam radiofrequência ou comunicação via infravermelho. É conhecido também pelo anglicismo Wireless. Sabias que é a rede que nos serve na nossa escola? Ana, José João, Susana e Tiago, 6ºC

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Leituras e Escritas Definições

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Ao longo do ano lectivo, o Clube de Leitura e Escrita da escola reuniu às quartas-feiras, das 14h e 30 m às 15h e 15 m, na sala C6. Os convidados permanentes foram os computadores, vários tipos de textos, muitas ideias e palavras, boa disposição, algum chocolate para a inspiração, duas professoras e alunos do 10.º B e C. Nesta edição do Publique-Se, quisemos que aparecessem mais convidados do que habitualmente. Foi assim que resolvemos acrescentar às já habituais ideias e palavras em textos, o chocolate e as fotografias dos autores.

150 gramas com chocolate dentro Neste preciso momento faltam-me ideias

Comentários a uma lista de compras Café em Grão - será que as galinhas também o

achocolatadas e palavras recheadas - ou cobertas -

comem?

com cacau. Precisava de tais ingredientes para

Fiambre de peru - coitados , não basta no Natal!

adoçar este meu texto, pois sem eles não passará de

Limpa-vidros - para um mundo mais transparente!

algo sensaborão. Apesar de ter a meu lado uma

Ralador - não me parece que rale a dor!

deliciosa tablete de chocolate de leite (apenas com

Base para quentes - para proteger os dentes?

30% de cacau), não está a ser muito útil como

Pão meio sal - e se fosse meio açúcar?

inspiração, embora proporcione um mar de delícias

Crepe - de ovos com canela…hum… já se comia um.

às minhas exigentes papilas gustativas. Elas

Azeite - para divinizar a comida!

agradecem-me por lhes oferecer este pequeno

Arroz carolino - come-se quando toca o sino!

prazer, mas no que toca a retribuir, nada! Podiam

Batata frita palha - mas também se vende a

ajudar-me a encher a minha enorme taça de

ruminantes?

imaginação com palavras de laranja, cobertas com

Biscoitos especiaria - até o professor de matemática

um molho de chocolate quente, ou então com frases

os apreciaria!

de chocolate crocante, forradas com pequenos

Cogumelos laminados - inteiros são muito grandes.

pedaços dispersos de avelã. Tal ajuda não acontece,

Feijão branco - prefiro o vermelho!

portanto terei de me desenrascar sozinha! Pego num

Dourada pequena - era engraçado se fosse prateada

pouco de açúcar e espalho-o ao longo da grande

pequena.

tablete de chocolate recheado de menta e voilà! Está

Frango - depois de o comer até danço um tango.

um texto feito!

Banana - como o macaco gosta de bananas ,eu gosto de ti! Matilde Velloso, 10º B

Ana Filipa, 10ºB

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Leituras e Escritas Preferências

Dizem que

Prefiro o ar fresco da madrugada

O barulho incomoda

Prefiro ler um bom livro

A escuridão entristece

Prefiro acordar quando o sol já vai alto

Quem vê caras não vê corações

Prefiro estar aqui do que estar ali

Os últimos são os primeiros

Prefiro ter sonhos que se concretizem

A matemática é difícil

Prefiro dias de verão a dias tristes e cinzentos

A brincar se dizem as verdades

Prefiro rir com vontade

O mundo é redondo

Prefiro o cheiro a terra molhada

Os gatos têm sete vidas

Na amizade prefiro a confiança à tolerância

Às vezes andamos na lua

Prefiro conversar com os meus amigos a ver televisão

A vida é um mistério

Prefiro o vermelho

O mistério da vida é a morte

Prefiro a brancura da neve quando contrasta com o negro da

Vai chover

noite

O mundo vai acabar em 2012

Prefiro o meu segundo nome

JESUS morreu por nós

Prefiro passear pelo meio da floresta a andar pela cidade

Comer laranja à noite faz mal

Prefiro ter alguma coisa para fazer a estar sem fazer nada

O que não mata engorda

Prefiro sorrisos verdadeiros

Contar estrelas faz ganhar verrugas

Nas aulas prefiro ter juízo e disposição

A adolescência é terrível

Prefiro ser uma pessoa alegre e divertida

Os 16 anos são os melhores

Prefiro cinema a teatro

Gato escaldado de água fria tem medo

Prefiro o número dois

Quem brinca com o fogo queima-se

Prefiro o mês de Julho

O amor é uma invenção humana

Prefiro nadar

Os bebés são trazidos no bico da cegonha

Prefiro andar de bicicleta

Cão que ladra não morde

Prefiro imensas coisas

Se fala muito no clube de escrita

Prefiro ser assim tal e qual como sou

Ler enriquece o vocabulário Simone Catarina, 10º C

A vida está cara Portugal está falido Ana Filipa, 10ºB

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Leituras e Escritas

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Era uma vez… Uma História de Dedos

Um dia, a nossa professora disse-nos que uns meninos da escola dos grandes andavam a estudar para trabalhar nas Bibliotecas e queriam contar-nos umas histórias. Quando chegámos sentámo-nos juntinhos numa manta com almofadas e as professoras dos meninos grandes perguntaram-nos quem queria escolher a história. Mostraram-nos alguns livros e nós escolhemos Uma História de Dedos, de Luísa Soares. Quando acabou, ouvimos outras, mas aquela de que gostámos mais foi a primeira. Quando chegámos à nossa escola quisemos ver outra vez a História de Dedos, porque a senhora professora bibliotecária ensinou-nos outros nomes para os nossos dedos. Eram tão engraçados!... A nossa professora perguntou-nos se não gostaríamos de contar a história de outra maneira. Mas como? Começámos a conversar… pintámos os dedos, fizemos fantoches com os dedos, uma mão grande… e, então, todos juntos decidimos arranjar uma luva grande. Não, duas luvas, utilizadas para limpar as casas, que enchemos de gesso. Deixámos secar durante muitos dias e, por fim, pintámos. Mas as nossas mãos de gesso não estavam nada bonitas, estavam tristes... Então procurámos alguns materiais de que precisávamos: canetas, olhos pequeninos, lã desfiada e tecidos variados. Fizemos carinhas, colocámos bigodes, cabelos, laços, cachecóis e também gorros. Após esta tarefa, ficaram todos muito bonitos, alegres e elegantes! Assim, nasceram o mindinho, o seu vizinho, o pai-de-todos, o fura-bolos e o matapiolhos.

Jardim de Infância- Lamego nº2

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Os


s a t s i l Fina


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Mural

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A minha passagem pela Escola Não é fácil descrever a minha passagem por esta escola… Aqui chorei, ri, aprendi, amadureci, descobri que os professores também podem ser amigos, superei obstáculos e fiz dos amigos verdadeiros companheiros para a vida! Tenho absoluta certeza que um dia vou olhar para trás e recordar que foi aqui, na escola de Sé, que eu fui realmente feliz, foi aqui mesmo que encontrei razões para continuar a estudar e a lutar pelos meus sonhos… Se me perguntarem como vejo o futuro, a resposta é simples: “Com medo!”, medo de perder tudo o que conquistei aqui. Não seria tudo muito mais perfeito se pudéssemos fazer-nos acompanhar pelos amigos ao longo da vida? Se há uma coisa que aprendi nesta escola foi que os verdadeiros amigos nunca se perdem! Adriana Martins, 12º A

Como o tempo passa! Parece que ainda foi ontem que estava a subir aquelas escadas, para entrar numa sala onde, à partida, não conhecia ninguém. E afinal aqui estou eu, prestes a despedir-me de uma escola que me acolheu durante seis anos. A verdade é que vou sentir falta de quase tudo, dos professores, dos amigos, acima de tudo, e até das aulas. De facto, as amizades que fiz nesta escola são, sem sombra de dúvidas, para a vida. Foi aqui que vivi os melhores anos da minha vida. Foram tantas as pessoas que me marcaram, que serei incapaz de as esquecer. Tenho pena de abandonar esta escola que contribuiu de forma extraordinária para a construção do meu futuro. Quero, apenas, agradecer a esta instituição de ensino que, de forma directa, me ensinou imenso, e, de forma indirecta, me fez conhecer as melhores pessoas com quem eu alguma vez poderia privar. Marta Catarina Ribeiro, 12ºA

Foram três anos da minha vida. No 10º ano, é-se uma criança, no 12º já se é uma jovem adulta. Na jornada, ficam os novos amigos, as novas perspectivas, os momentos, os professores, as lições para a vida. Adorei estar nesta escola, pois ela permitiu-me conhecer pessoas fantásticas e ter experiências que, provavelmente, nunca mais terei na vida. Desta forma, deixo esta escola com saudades. Daniela Pinto, 12ºA

Frequentar esta escola não contribuiu apenas para a minha formação escolar, contribuiu principalmente para o desenvolvimento da minha personalidade. Conhecer um novo ambiente e novas pessoas fez com que eu me apercebesse que o conceito de vida escolar era diferente do que eu conhecia. No fim deste três anos, o balanço que faço é positivo. Levo bons amigos e muitos momentos para recordar. Vanessa Oliveira, 12º A

Não vou mentir e inventar uma história mirabolante sobre os motivos que me levaram a escolher esta escola. Foi simplesmente um misto do acaso e de tradição. Mas nem todas as decisões tomadas ao acaso são más decisões. O tempo passado nesta escola foi, de facto, memorável, tive a oportunidade de conhecer inúmeras pessoas, entre as quais professores fantásticos, que, mais do que ensinar, de alguma forma me ajudaram a moldar o "eu" que sou

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Mural Mural

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hoje. Qualquer aluno que escolha esta escola terá a felicidade de se deparar com professores destes e essa é, indubitavelmente, a melhor consequência de vir para esta escola. Espero que os futuros alunos aproveitem ao máximo as vivências que esta escola permite. José Miguel, 12ºB

Inicialmente, era suposto ter entrado na escola secundária da minha freguesia. Contudo, no momento da decisão final, tomei conhecimento que as relações pessoais, nesta escola, tanto com alunos como com professores e funcionários, eram melhores, o que, de facto, é verdade. Todas as expectativas que construí em relação à escola foram cumpridas, pelo que nunca me arrependi ou desiludi com a decisão que tomei. Se, num passe de magia, pudesse voltar atrás, tomaria exactamente a mesma decisão. Adorei conhecer todos os professores e colegas e tenho a certeza que irei manter, com eles, uma inquebrável relação de amizade. Todas as experiências que, aqui, passei irão ser, sempre, recordadas com um misto de sorriso e de saudade, tais como as visitas de estudo, as palestras no auditório, as festas de final de período e, até mesmo, as próprias aulas. Fernando Francisco, 12º B

Ao chegar ao fim desta longa, tumultuosa, mas reconfortante e inesquecível etapa da minha vida, a melancolia e o apreço por esta escola tornam-se, inevitavelmente, enormes. Acabei por criar, aqui, grandes laços de amizade, de carinho, de respeito e de cooperação, que me acompanharão pela minha vida fora. Esta escola fez de mim a pessoa que hoje sou e da qual me orgulho. Tudo neste espaço me foi tornando, ao longo destes seis anos, uma pessoa persistente, lutadora, compreensiva e, acima de tudo, melhor. Em suma, agora que estou prestes a tomar outro rumo e a continuar a minha vida, apenas de uma coisa tenho certeza: vou sentir saudades de tudo e de todos. Vânia Roque, 12ºA

Ao concluirmos esta etapa da nossa vida, nós, alunos finalistas desta escola, sentimo-nos na obrigação de fazer um sentido e especial agradecimento a todos aqueles que nos acompanharam nesta longa caminhada. A todos os assistentes operacionais que, mais ou menos frequentemente, nos ouviram, nos apoiaram e nos ajudaram a crescer, civilizadamente. Um agradecimento especial a todos os que, neste nosso último ano e tão especial por nos sentirmos alunos finalistas, nos ampararam e ajudaram, incondicionalmente, nas iniciativas já tradicionais, como o Baile de Finalistas ou o Baile de Carnaval. A todos aqueles que passaram por esta escola ou permaneceram nela, com o intuito principal de fazer, de nós, alunos, pessoas melhores, com ideais próprios, valores de entreajuda, companheirismo, dedicação, responsabilidade e persistência. Todos nos marcaram, de uma forma ou de outra, pois todos eles nos deixaram um pouco daquilo que tinham de melhor. Um muito obrigada a todos, que nunca desistiram de nos ensinar, apoiar e ver felizes. A todos os professores que, tantas vezes, abdicaram das suas famílias e vidas, para passar horas e horas a trabalhar para nós. Um reconhecimento especial a todos aqueles que, tantas vezes, largaram a capa de docente, para vestir a pele de um bom amigo, que nos apoia e está presentes em todas as horas. Em suma, os alunos finalistas querem reforçar a ideia de que esta escola, os seus funcionários e, acima de tudo, os seus professores tiveram uma importância crucial no seu crescimento e desenvolvimento e, desta forma, honrá-los e garantir-lhes que jamais serão esquecidos! A Presidente da Comissão de Finalistas

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Pensamentos, Palavras, Actos e Emoções

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Voluntários em redes sociais Como se sabe, em 2011 decorre o Ano Europeu das Actividades Voluntárias que promovam uma Cidadania Activa. Ser voluntário, participando em acções de solidariedade, é um bom exercício de cidadania. É certo que o agir humano supõe antes de tudo um projecto individual, mas esse projecto é indissociável da relação com os outros e com as instituições que integram a sociedade. Somos levados a admitir que a convivência é uma das necessidades primárias do ser humano. A noção de que somos uns para os outros, de que o outro o é na relação com o eu, leva a estar próximo e a descobrir os caminhos ou as autoestradas do voluntariado, destronando a idolatria do eu. A ideia de mundo global tem origem na forma de viver dos pequenos núcleos populacionais, as aldeias. Aqui vivia-se e, em algumas, ainda se pratica, o espírito de vizinhança e de solidariedade que se compagina com acções de voluntariado. Nesta forma de organização social tecem-se autênticas redes sociais de entreajuda, pela visão física e pessoal do outro, pela relação porta a porta, pelas mesmas ruas trilhadas por todos, pela saudação matinal e vespertina, pelo conhecimento real das vitórias e fracassos, das dores e alegrias, da abundância e da escassez de bens. Tudo é partilhado. É bom que não desapareça esta faceta do ser humano, para que as gerações mais novas a testemunhem e a possam experienciar. Perdê-la seria truncar, na sua essência, o ser humano. O momento presente caracteriza-se pela presença de outras redes sociais. A cultura científicotecnológica possibilita novos processos de comunicação. É bom e positivo. Tendo riscos, também têm inúmeras virtualidades que, sendo exploradas, podem contribuir para o alargamento de horizontes. Se somos ricos de meios devemos ser

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ricos de horizontes. Estas redes não devem anular as outras, as que se estabelecem face a face. O termo diz tudo, umas e outras são “sociais”. Alarga-se o horizonte das necessidades, então aumente a vontade e o número de pessoas com espírito solidário. Por elas passamos a conhecer outras realidades, algumas bem dramáticas, a pedirem solução, então responda-se à medida das possibilidades que estão hoje ao alcance da maioria das pessoas. Temos quem crie plataformas de solidariedade, há quem conquiste voluntários para estas causas. Projectos sérios terão sempre quem os abrace desinteressadamente. Lancemos as redes, e elas, na aldeia, na cidade, na escola, nas redes sociais, convocarão novos e menos novos, ocupados e aposentados para o voluntariado. Todos envolvidos em redes de comunicação, de aproximação e de acção. A sociedade, quando vitalizada por pessoas comprometidas com a vida própria e com a dos outros, não ficará apenas com uma boa memória do modus vivendi passado, mas continuará a ter intervenientes em processos que contrariem o individualismo e o consumismo, colocando as crianças e jovens na senda de projectos educativos integrais e integradores de todas as virtualidades que o ser humano possui. Não se confine a educação apenas a processos académicos, estatísticos, competitivos… Criem-se condições para que o cidadão contemporâneo seja cidadão universal e cidadão do mundo, portador de identidade e dignidade próprias, solidário e responsável à escala planetária, participante na construção de uma sociedade melhor e mais justa, comprometido com o diálogo e com a paz. José Francisco, professor

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Escola Voluntária e Solidária

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A nossa escola promove, em cada ano lectivo, acções de solidariedade, com a participação voluntária de alunos, professores e assistentes operacionais, com a indispensável colaboração das famílias dos nossos alunos. Refiro a iniciativa cabazes de natal, que compromete os alunos e directores de turma na angariação de produtos alimentares para famílias carenciadas. Acção solidária que desperta, de igual modo, a generosidade dos professores e dos assistentes operacionais. Os recipientes colocados na sala de professores e noutros locais da escola são a indicação suficiente de que uma campanha solidária está em marcha. Discretamente, vão recebendo produtos que, livre e voluntariamente, cada um vai depositando. Pouco a pouco, vão enchendo até transbordarem. Mencione-se a visita de 19 idosos do Lar de Santa Cada da Misericórdia de Lamego que foram afavelmente recebidos pelos alunos da turma C do sétimo ano, com o objectivo de despertar os mais novos para o respeito e consideração que devemos ter para com os mais velhos. É o caso da semana e dia da Caritas. Há gestos de solidariedade que ajudam esta instituição a concretizar projectos de ajuda aos mais carenciados. São as iniciativas de angariação de fundos para Liga Portuguesa Contra o Cancro. Outras há, que se fazem no anonimato. Apenas em atenção aos alunos e famílias com maiores dificuldades. Outras há, diariamente, que não estão inscritas no perfil profissional do professor, mas que os professores concretizam, contribuindo para a valoração das pessoas, dos espaços, dos serviços, da escola, em total abnegação. Estas são algumas das iniciativas que, ano a ano, se realizam no nosso espaço educativo e que são verdadeiras aulas de formação de todos os intervenientes. É de justiça, neste ano do voluntariado, lembrar e louvar todos quantos têm a iniciativa e se empenham na promoção destas acções, apenas com a finalidade de ajudar. São lições que educam e humanizam o futuro dos nossos jovens. José Francisco, professor

No esforço de servir a comunidade em regime de voluntariado, o Agrupamento 1332 de S. Martinho das Chãs, concelho de Armamar, a que pertencemos, realiza acções de voluntariado durante o ano escutista: recolha de vestuário e alimentos para instituições de solidariedade, angariação de fundos para a Cáritas e para a Liga Portuguesa Contra o Cancro e, ainda, participação na organização de procissões e festas. No próximo mês de Junho está prevista a nossa colaboração na confecção de um almoço para as pessoas diabéticas que se deslocarem a Armamar para participar nas actividades do Dia dos Diabéticos. Esta acção destina-se à angariação de dinheiro para a Associação dos Diabéticos. Resumindo, a vida de um escuteiro tem por lema servir os outros de forma voluntária. Catarina Silva e Tiago Silva, 11º A

Actualmente há, cada vez mais, pessoas que realizam actividades que lhes proporcionem algo em troca. Uma das razões que vejo para isso é a crise económica do país. Mas, felizmente, ainda existem muitas pessoas que praticam uma actividade em troca de nada. É o meu caso, gosto de contribuir para a felicidade das pessoas e faço-o num grupo folclórico e etnográfico. Esta minha experiência leva-me a concluir que é o facto de proporcionar bem-estar e ser útil aos outros que me dá mais gozo. Joana Filipa, 11º A

Imagem adaptada do cartaz da Cáritas de 2011

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Boas Práticas

Publique O Clube dos Leitores Vivos

Eu, abaixo assinado, declaro que o meu interesse por livros, nasceu e cresceu com o Contrato de Leitura , com que me comprometi nas aulas de Português

O facto de nos ter sido imposta a leitura de determinados livros, devido ao Contrato de Leitura, começou por ser assustadora e intimidante. No entanto, quando interiorizámos essa necessidade e, posteriormente, criámos a paixão e o hábito de ler, tudo se tornou muito mais simples: os livros deixaram de ser sinónimo de aborrecimento e passaram a constituir uma amizade, as histórias deixaram de ser apenas ficção e passaram a ser parte da nossa vida… Em suma, ler tornou-se uma paixão e um ritual a que acedemos com gosto e prazer. O Contrato de Leitura foi o impulsionador deste amor e, caso tivessemos desistido à primeira, nunca entenderíamos o quão bem sabe ler um bom livro e deixarmo-nos envolver pelo seu enredo! O Clube dos Leitores Vivos

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Boas Práticas

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A Memorização

Lembrar-nos-emos em inúmeras ocasiões, dos tempos de meninice e das recordações que guardamos de um ensino primário consistente e rigoroso, com metodologias muitas vezes assentes em processos intensivos de memorização que nos eram exigidos pelo nosso grande mestre e pedagogo, autêntica fonte de saber que, num único fôlego, recitava com a sua peculiar cadência a “Procissão”, de António Lopes Ribeiro… Tocam os sinos da torre da igreja / há rosmaninho e alecrim pelo chão / na nossa aldeia que Deus a proteja / vai passar a procissão (…). Guardaremos igualmente na memória a lengalenga que fugia da voz, num rasgo de inspiração, quando, pela ocasião do aniversário de um amigo de infância, se parafraseava o eterno poeta João de Deus: Com que então caiu na asneira / De fazer na quinta-feira / Vinte e seis anos! Que tolo! / Ainda se os desfizesse… / Mas fazê-los não parece / De quem tem muito miolo! (…). E a cantilena ia seguindo o seu rumo, servindo de porto de abrigo o colo do feliz aniversariante, fosse qual fosse a sua idade… Ou a “Balada da Neve” Batem leve levemente / Como quem chama por mim / Será chuva? Será gente? / Gente não é certamente / E a chuva não bate assim (…). Lembramos até hoje esta melopeia, assim como um conjunto de outros exemplos que aqui poderiam ser citados, todos eles com o feliz propósito de recuarmos no tempo e recordarmos um ensino jamais desaprendido. Actualmente, as escolas procuram implementar novas dinâmicas e práticas, recorrendo-se a metodologias inovadoras e capazes de desenvolver as competências do aluno. Surgem novas pedagogias, à medida que se repudiam outras. Outrora foi o tempo em que o professor exigia do aluno a capacidade de reter doses de informação, para que pudesse ser novamente reproduzida ao dia seguinte. Hoje em dia, essa pedagogia tem sido posta em causa por alguns filósofos da educação. Contudo, há ainda quem defenda acerrimamente esta estratégia, enquanto processo capaz de desenvolver no aprendiz uma apetência maior para fixar conceitos e reter ideias. Nuno Crato (2006), na sua obra O “Eduquês” em Discurso Directo, reforça precisamente a ideia de que “a memorização deve ser incentivada” (p.113). A este propósito, refere ainda que “ao invés de procurar sempre alternativas milagrosas e soluções radicais, pensamos que é necessário consolidar métodos provados e adoptar mudanças apenas para o que a experiência mostra poder funcionar” (p.115). É prática corrente nos Jardins de Infância e escolas do 1.º CEB a memorização de poemas, lengalengas, adivinhas, criando nas crianças o gosto pela declamação. Promovem-se mesmo concursos nas salas de aula; nas festas as crianças mostram as suas habilidades… Este trabalho, para o professor, é um grande complemento pedagógico para o progresso da aprendizagem dos seus alunos. Na verdade, as pedagogias tradicionais e as metodologias modernas poderão associar-se de forma a construir um processo eficaz e equilibrado para o sucesso na aprendizagem do aluno. Helena Gama e Cristina Zagalo, professora e educadora I

Imagem retirada do site walhez.com

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Os alunos nas redes sociais

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Para saber qual o grau de conhecimento sobre as redes sociais, sobre as diferentes utilizações que lhe são dadas, sobre o tipo de relações que se estabelecem e sobre outros aspectos que se revelaram de interesse e esclarecedores quanto aos hábitos dos alunos do nosso Agrupamento, foram aplicados inquéritos aos diferentes ciclos de escolaridade a 322 alunos do 1º ciclo, 193 do 2º ciclo, 257 do 3º ciclo e 264 do ensino secundário, num total de 779 inquiridos. As questões podiam ser outras, mas tendo em conta os constrangimentos logísticos, optámos por estas dez.

Cerca de 66% dos alunos do agrupamento utiliza as redes sociais. Este número vai subindo com as idades. Saliente-se que um terço dos alunos dos alunos mais novos já ouviu falar de redes sociais e alguns deles já as utilizam.

A esmagadora maioria tem entre 100 e 1000 amigos. No 3.º ciclo, há mais alunos com mais de 1000 amigos do que no Ensino Secundário.

A maior parte usa as redes sociais para falar com os amigos, publicar, ver, comentar vídeos e fotos e para jogar. No 2.º ciclo, os jogos colhem nitidamente as preferências. Publicar textos é uma actividade pouco expressiva em geral e francamente reduzida no Ensino Secundário. 26

O Facebook lidera francamente as preferências, seguido do Hi5.

A maior parte dos alunos do 3.º ciclo passa 2 horas por dia nas redes sociais. No Ensino Secundário o tempo mais votado foi 1 hora e não chega a metade dos alunos.

A maioria dos alunos não se imagina sem redes sociais, mas essa tendência diminui com a idade.

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Os alunos nas redes sociais

A maioria conhece pessoalmente todos os seus amigos da rede, embora metade dos mais novos declare que não.

São relativamente poucos os alunos mais novos que passam mais tempo com amigos do que nas redes sociais.

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No 3.º ciclo e no Secundário, menos de metade considera os amigos das redes como verdadeiros amigos.

O número de alunos incomodados na rede aumenta significativamente com a idade.

Para reflexão de professores e educadores: ü São os alunos do 3.º ciclo que passam mais tempo e têm mais “amigos”. ü Há uma “Geração Facebook”, que está agora no 3.º ciclo, trata-se de um entusiasmo que passa com a idade

ou simplesmente de uma moda? ü O facto de no Ensino Secundário haver mais alunos que conhecem os “amigos da rede” do que no 2.º ciclo

estará relacionado com um cuidado crescente na aceitação de pedidos de amizade, decorrente de um maior número de más experiências com desconhecidos ( ter sido incomodado)? ü As redes são esmagadoramente usadas com fins lúdicos. ü Os pais/encarregados de educação acompanham a actividade dos seus filhos/educandos nas redes sociais? ü O Publique-Se sabe que o número de horas que os alunos, no seu conjunto, declaram passar, diariamente, nas redes sociais, é superior ao que declaram dedicar ao estudo. Como é que a escola pode competir com as redes sociais?

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A escola em rede com o Mundo do Trabalho CEF

Publique Curso Profissional

Os formandos da turma do 2º CEF do curso Empregados/Assistentes Comerciais terminaram a formação escolar e ingressaram em estágio no dia 16 de Maio. A sua duração será de um mês e meio, ou seja 210 horas e é imprescindível para a conclusão da sua formação e para a obtenção do diploma final, após a conclusão da PAF. O Estágio ou Formação em Contexto de Trabalho é uma unidade curricular integrada na Componente de Formação Prática do plano curricular dos Cursos de Educação e Formação. Caracteriza-se pelo exercício de actividades profissionais e académicas em instituições ou empresas que manifestem interesse em colaborar com a entidade formadora - Escola. O estágio visa a aquisição e o desenvolvimento de competências técnicas, relacionais, organizacionais e de gestão de carreira, relevantes para a qualificação profissional a adquirir, para a inserção no mundo do trabalho e para a formação ao longo da vida. Podemos referir que existem boas expectativas por parte dos formandos e também por parte das empresas acolhedoras. E. Eleclerc de Lamego e Lúcio Fernandes & Filhos, Lda. Luísa Cameira, professora

Domingos Guedes, João Oliveira, José Eduardo Gonçalves, Micael Silva, Filipe Torres e Vítor Oliveira têm boas expectativas para o estágio. Têm consciência de que irão aprender novas coisas, aprender a ser eficientes, trabalhar com responsabilidade, para ficarem bem vistos na empresa em que estão a estagiar. No estágio, vão pôr em prática o que aprenderam na escola com os professores do curso e querem, também, ter boas notas para poder encontrar trabalho.

Segunda feira, bem cedo, pelas 8 da manhã de 2 de Maio, os alunos finalistas do curso de Técnico de Instalações Eléctricas trocaram os livros por botas de biqueira de aço, as canetas por coletes reflectores, os computadores por capacetes, e deslocaram-se para as empresas de acolhimento para iniciarem novas provas, as de Formação em Contexto de Trabalho. Caixas de entrada, disjuntores, fios, interruptores e lâmpadas, são alguns elementos presentes numa instalação eléctrica básica. Domótica – tecnologia que surgiu nalguns edifícios da década de oitenta para controlar a iluminação, a climatização e a segurança, é usada, por exemplo, na irrigação inteligente de jardins, na aspiração central de edifícios, no controle da iluminação, som ambiente e persianas, na programação de horários para activar/desactivar equipamentos de climatização, na segurança, detectando fugas de gás, inundações e incêndios, na comunicação. Painéis solares térmicos para aquecerem a água que circula nos condensadores das casas, painéis solares fotovoltaicos que convertem a energia solar em energia eléctrica e a armazenam para posterior utilização e possível venda à rede pública, são algumas aplicações no âmbito das Energias Renováveis. À JF Miguens, Lda., empresa de instalações eléctricas, telecomunicações e segurança sedeada em Vila do Conde a operar no novo Hospital de Proximidade de Lamego, à IberoEnergia, empresa de projectos e consultadoria na área da energia e certificação energética, à José Carlos, Lda., empresa de instalações eléctricas e energias renováveis, e à Rui Machado, Lda., empresa de instalações eléctricas e domótica sedeada em Armamar, o nosso muito obrigado. João Santos, professor

O estágio está a ser uma experiência muito proveitosa e enriquecedora. Para além da utilização dos conhecimentos adquiridos durante a frequência do curso, o estágio proporciona formação em áreas inovadoras como as "Energias Renováveis". É, pois, um complemento à formação inicial muito importante. O ambiente na empresa acolhedora é excelente, o que também motiva e abre boas perspectivas de continuidade como profissionais desta área. David Monteiro e Miguel Luíz (estagiários na empresa José Carlos, Lda)

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Associação de Estudantes ...

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O que a tua Associação de Estudantes fez... Será que sabes?

Para que o cepticismo e as dúvidas acerca do trabalho e das actividades desenvolvidos pela actual Associação de Estudantes (AE) não se tornem uma questão considerável, foi decido enumerar os diversos contributos para um melhoramento da vida escolar. Até agora, têm sido vencidas muitas barreiras, com muito trabalho, é claro, no sentido da melhoria do ambiente escolar. No início, foi muito difícil arrancar com os projectos concebidos, devido à falta de condições na sede da AE. Para atenuar este facto, a tua AE, começou por limpar a sede e remodelá-la com o auxílio de alguns assistentes operacionais. A sala foi pintada de novo e o chão foi limpo e encerado. Depois, foram postos em prática os projectos anunciados na campanha eleitoral. Também novos projectos/trabalhos foram desenvolvidos. O primeiro contributo da AE para o melhoramento da vida escolar foi a colocação de cortinas no Balneário Feminino, no dia 3 de Fevereiro. De seguida, foi feito o que os alunos mais aguardavam: a reposição das mesas de matraquilhos, no dia 9 de Fevereiro. Infelizmente, as mesas não foram utilizadas como era devido, pelo que foram danificadas, não sendo possível compôlas. Foi então que a AE, com muita mágoa, teve de tomar a decisão de as retirar. No dia 14 de Fevereiro, iniciou-se um dos torneios mais aguardados: o Torneio de Pro Evolution Soccer. Teve bastante adesão e foi um sucesso. O vencedor do 2º ciclo foi Francisco Pereira (6º B) que mostrou a sua destreza ao vencer todos os jogos. O vencedor dos 3º ciclo e secundário foi Cristóvão Silva (12ºB) que derrubou os seus adversários sem qualquer medo. No dia 4 de Março, foi realizada a Festa de Carnaval que contou com a presença de dois DJ, um dos quais frequenta a nossa Escola. Esta festa foi realizada em conjunto pela Comissão de Finalistas e pela A.E.

A tua AE também participou na campanha de recolha de enlatados nas escolas, com o objectivo de ajudar as pessoas mais carenciadas. Como forma de mostrar que teve em consideração a voz activa dos alunos, a AE decidiu aderir com todo o empenho à greve nacional dos alunos, no dia 24 de Março. A adesão registada foi grande. Durante a Semana da Leitura, vários elementos da Associação, conjuntamente com a turma do 12º A, foram de sala em sala e leram poemas à comunidade escolar. O presidente da AE foi convidado e esteve presente na conferência do PSD, realizada no dia 25 de Março, que tinha como tema “Que políticas de Educação numa Sociedade em Mudança?”. Esta tua associação também teve uma participação activa na proposta feita à nossa escola, pela Liga Portuguesa Contra O Cancro, com o intuito de angariar fundos. Como sabemos, esta é uma causa nobre. Foram desenvolvidas várias actividades, implicando também a Comissão de Finalistas e várias turmas. Foi também realizado o Torneio de Futsal, no qual se debateram algumas equipas do ensino secundário. Nesta actividade, estiveram envolvidos mais de noventa estudantes. Por último, a tua AE também se juntou ao festejo do “Ano Europeu da Juventude”, no dia 29 de Maio. Em suma, esperamos ter agradado a toda a comunidade escolar, com o trabalho que desenvolvemos e ter contribuído de forma mais ou menos directa para o sucesso educativo de todos os estudantes.

O Presidente da Associação de Estudantes

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Centro Novas Oportunidades . O Centro Novas Oportunidades em números

Portugal tem feito, ao longo dos últimos trinta anos, um significativo esforço de qualificação da população em todos os níveis de ensino, no sentido de recuperar o atraso que nos distancia dos países mais desenvolvidos. No entanto, a realidade actual está ainda distante da situação de grande parte dos países da União Europeia e da OCDE. Portugal continua a apresentar baixos níveis de escolarização, que atingem os segmentos das gerações mais velhas, mas também os jovens. A iniciativa Novas Oportunidades foi criada no sentido de colmatar algumas destas lacunas. Desde Setembro de 2008, está em funcionamento o Centro Novas Oportunidades na nossa escola, que se constitui como um agente importante na resposta ao desafio da qualificação de adultos, consagrado na Iniciativa Novas Oportunidades. Este centro está inserido numa rede territorial e institucionalmente diversificada, tendo a sua orientação para o desenvolvimento e mobilização de respostas diferenciadas em função do perfil e do percurso dos adultos, bem como a sua complementaridade e articulação com as escolas, os centros de formação profissional, as entidades formadoras e os agentes económicos, sociais e culturais. Uma das respostas para esta qualificação é o Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências. Neste processo o adulto identifica as competências adquiridas ao longo da vida através do recurso à metodologia de balanço de competências. Ao longo de 17 meses, também decorreu neste estabelecimento de ensino um curso EFA (Educação e Formação de Adultos) que permitiu a conclusão do ensino secundário a 30 jovens adultos, uns porque não conseguiam concluir o 12º ano devido a dificuldades mais acentuadas a uma ou mais disciplinas e outros porque já tinham abandonado a escola há vários anos. Para aqueles alunos a quem faltava uma ou duas disciplinas para a conclusão do 12º ano, frequentar 300 horas de formação neste curso permitiu-lhes concluir o ensino secundário. Poderão concorrer ao ensino superior, bastando para isso fazer os exames nacionais, como qualquer outro aluno do ensino regular. Relativamente aos processos de RVCC é esta a realidade, em 9 de Maio de 2011:

Processos RVCC Inscrito

Ano 2008 1

Ano 2009 11

Ano 2010 28

Ano 20111 54

Em Acolhimento Em Diagnóstico

2 33

21 2

21 30

40 57

Encaminhado Processo RVCC

49

57

2

9

Encaminhado

55 20

65 56

53 123

150 359

4

20 11

58 3

177 29

1

11

4

164

244

329

879

Em Reconhecimento Certificado Transferido Suspenso TOTAL

Fonte: SIGO Até ao dia 09/05/2011

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Paulo Guerra

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Escola Inclusiva

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Todos Aprendemos Aprendemos a …

sentir criar

conviver

partilhar comunicar

caminhar

LADO A LADO! UAEEAM, 5º D

O trabalho desta unidade integrada na escola, apesar de dar os primeiros passos, mostrou uma dinâmica concretizadora, de facto, do tema da primeira edição do Publique-Se do corrente ano lectivo, «Uma Escola para Todos». Os profissionais que aí trabalham são os actores desta rede social real, relativamente pequena no tamanho, mas imensa na dimensão humanitária: melhorar o presente e o futuro destas crianças.

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Leitura obrigatória, Leitores reflexivos Memorial: passado, presente e futuro

Ultrapassado o choque inicial com o Memorial do Convento de José Saramago, os alunos não só aderem como se sentem convocados a «(cor)responder» à sua dimensão crítica transportando-a para a actualidade. Segundo o Nobel português, toda a História é contemporânea. Os alunos sentiram isso. Vejamos como:

«Todo aquele sofrimento e esforço do povo

Ficam todos embevecidos com os candidatos,

podem ser transportados para a situação económica

deixando-se manipular, tal como acontecia nos

actual. De facto, se a Pedra for vista como a crise, tudo

autos-de-fé do século XVIII, em que o povo se

se torna claro.

divertia com um espectáculo encenado pelo

Os governantes mais não são do que o D. João V. E

poder.»

quem sofre os caprichos da má governação é o povo.

Rute Nascimento, 12º A

E ainda eles não se lembraram de construir um convento…(...) Durante todo este percurso (custoso), somos

Leitores Reflexivos

todos nós que suportamos o peso da crise, essa Pedra que «como esta de hoje nunca daqui» sairá. (...)

Memorial:

Difícil é contar pelos dedos das mãos todas as pessoas que com zelo tentam resistir para suportar a

passado, presente e futuro

Pedra. Seriam necessários, no mínimo, vinte e três; cada dedo correspondendo a uma das letras do

Opiniões

alfabeto, “para ficarem todos representados” e imortalizados.(...) “É um bico-de-obra” esta carência económica! Pena é que não termine daqui a oito dias. Ou seja transportada numa nau da Índia, como a Pedra que

Publique-Se

tão lentamente foi de Pêro Pinheiro até Mafra.(...) Será este esforço suficiente para que um dia

«A desigualdade e o despotismo daquela

possamos olhar para esta crise e ao vê-la finda,

época encontram fortes analogias com a

Benedictione rachada, dizer apenas: afinal era “tão

realidade contemporânea, embora com registos

pequena”?»

diferentes. Nas últimas décadas, em Portugal, os Ívan Marante, 12º A

sucessivos governos têm imposto a construção de obras insensatas e faraónicas, enquanto que

«Aquando do tempo de eleições, as promessas, os pequenos regalos, os discursos eloquentes e os

ao povo pedem para «apertar o cinto». Diogo Cardoso, 12º B

abraços distribuídos, explodem, no meio da população que, enleada em tantas juras e mimos, se esquece das promessas não cumpridas das campanhas anteriores.

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São excertos … são fragmentos de pedra vindos do passado, atirados contra o presente… Haja quem os apanhe e com eles construa o Futuro.

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Aconteceu

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Cientista em Física Hadrónica e Física Nuclear esteve na Escola

Lloret de Mar Foi na primeira semana de férias, do período de Páscoa – de oito a quinze de Abril–, que treze alunos finalistas, de quatro turmas diferentes, vivenciaram uma das experiências mais fantásticas e enriquecedoras do seu percurso escolar: a Viagem de Finalistas a Lloret de Mar. A Comissão de Finalistas

Alunos na Assembleia do futuro No dia 26 de Abril, a Beatriz, a Liliana, a Marta, a Romana, o Francisco e o Luís participaram na III Assembleia Municipal do Futuro de Lamego. O tema em discussão era a violência escolar. Esta Assembleia, constituída por alunos de escolas da cidade, contou também com a participação de elementos da Assembleia e da Câmara Municipal de Lamego.

No passado dia 9 de Maio, tivemos o privilégio de ter na escola o Professor Doutor Manuel Fiolhais, com o objectivo de proferir duas palestras. Uma destinada aos alunos do 12º que têm Física e Química, subordinada ao tema: «Física Moderna no nosso dia a dia» e outra destinada aos alunos dos 10º e 11º anos de Física e Química, subordinada ao tema: «Do electrão às Galáxias, passando pelo Homem». Os docentes e discentes presentes gostaram bastante da aula a que assistiram, tendo aprendido muito, num ambiente agradável, que o professor como bom comunicador que é, nos propiciou. Sentiram que a Física pode ser aliciante e até de fácil compreensão, quando os temas abordados apresentam interesse e interligação a outras áreas do Saber. Ana Oliveira, professora

Marta Frade, Francisco Brás e Luís Pereira, 8º A

Visita de estudo do 12º ano Nos passados dias 29 e 30 de Abril, os alunos das turmas A, B e D, do 12º ano de escolaridade realizaram uma visita de estudo a Óbidos, Lisboa e Mafra. Nestes dois inesquecíveis dias, os alunos puderam contactar com aspectos importantíssimos da Literatura Portuguesa, bem como factos e aspectos curiosos de História e Biologia. Vânia Roque, 12ºA

,De as B, C m r u t s de a º ano d ternacional 7 e d s no l In 15 de Os alu Festiva de 2 a u o e n r r o ec am scola ticipar , que d ceição. A e r o a s i p S E ição on com expos eiro C r, Riso a b o i m R m a u r o a H atr tegr no Te que in s o ra s. h l Maio, a ública o Silva, professo trab p 6 s 2 a r u u e ã g g o i J f e l ia e e sd Mar icatura de car No Inter âmb nacio ito nal Cena de H d o F e rte le stiva umor vo engra l , o çado u a palco g s ru d profe ssore de autor ois textos po s da e ia de be sc aluno m contr Parabén ola. s e ib s inicia uíram pa a todo s tiva. ra o suces os que so d esta O grupo Comenius - básico- deslocou-se à Eslovénia entre 18 e 22 de Maio.

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Aconteceu Como anunciado na edição anterior, a exposição dos trabalhos do 8ºD, sobre as redes sociais, esteve patente na biblioteca da nossa escola.

Dia da Árvore Festejámos, nas aulas de Ciências Naturais e Ciências Fisico-Químicas, o Dia Mundial da Floresta. Plantámos uma amoreira no jardim da nossa escola. Escolhemos esta árvore porque a Escola e, mais especificamente, a professora Ana Maria Fonseca tem, há vários anos, um projecto que consiste na criação de bichos-da-seda. Ficámos contentes porque ocupámos o espaço de outra árvore que já tinha morrido, contribuímos para purificar a atmosfera e, ao mesmo tempo, já podemos sonhar com a criação de um maior número destes laboriosos animais. Carolina de Jesus, 7ºC

Workshop Páscoa CEF Nos dias 5 e 6 de Abril, a turma do 2º CEF realizou mais um workshop, desta vez alusivo à Páscoa. Não faltaram amêndoas, ovos de chocolate e rebuçados cuidadosamente embalados. No átrio principal da nossa Escola, foi possível presenciar técnicas de Merchandising e Atendimento aprendidas ao longo do curso pelos nossos formandos do c u rs o E m p r e ga d o /A s s i s t e n t e C o m e r c i a l q u e demonstraram e ensinaram técnicas de embalar e expor os produtos de forma a seduzir o cliente. Tendo em conta que o stock de produtos se esgotou, concluímos que não se saíram nada mal. Luísa Cameira, professora

Mais uma visita da Liga Portuguesa contra o Cancro No dia 6 de Abril estiveram, na nossa escola, a convite do Gabinete de Saúde, três elementos da Liga Portuguesa contra o Cancro. Foram realizadas três sessões, com informações actuais e muito interessantes, sobre o cancro da pele e dos pulmões, dirigidas às turmas dos 7.º e 8.º anos de escolaridade. O Gabinete de Saúde

Dia Mundial da Floresta Professores e alunos do projecto Comenius comemoram o “Dia Mundial da Floresta” com um concurso de poemas escritos em língua inglesa sobre o tema Let the forest brethe, com a decoração do átrio da escola, painéis realizados pelos alunos do oitavo ano, exposição de ilustrações, uma sessão de sensibilização sobre “A importância da floresta: causas da desflorestação, consequências e soluções”, que contou com a colaboração da Câmara Municipal de Lamego. A equipa do Projecto Comenius Básico

No Jogo do 24 "Campeonato Escola", inserido na Semana de Matemática, os vencedores do 2º ciclo foram João Marcelo e Lara Teixeira do 6º B e do 3º ciclo Francisco Brás e Luís Ferreira do 8º A. Rúben José, professor

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Divulgação

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“Hoje pelos outros, amanhã por ti!” No dia 17 de Junho, irá realizar-se na Escola Básica e Secundária da Sé, uma grande festa de beneficência para toda a comunidade, cujos fundos reverterão a favor da Liga Portuguesa Contra O Cancro. A actividade iniciar-se-á por volta das 17h30m com um convívio aberto a toda a comunidade. Seguir-se-á um lanche “ajantarado”, a actuação de diversos artistas locais e a festa culminará com a actuação ao vivo da banda MALTA, constituída por alunos da mesma escola. Adriana Martins, Daniela Melo, Joel Carneiro e Catarina Ribeiro - 12ºA Ilustração feita por Miguel Rebelo, professor

No dia 9 de Junho, comemoram-se na nossa escola os Santos Populares. O convívio entre a comunidade educativa será um dos pontos atractivos deste ponto de encontro. Aparece e participa!

Nos Jardins de Infância e nas Escolas do 1.º Ciclo: Visita ao Parque Biológico da Serra das Meadas, no âmbito do clube «Abraçar a Natureza»; Quermesses para angariar dinheiro a favor da Liga Portuguesa contra o Cancro; Dia Cultural-oficina da Ciência-Ambiente, promovida pelo Museu do Douro; Festa de encerramento das actividades lectivas do Centro Escolar de Lamego-Sudeste, no dia 21, no Teatro Ribeiro Conceição; Festa de encerramento das actividades lectivas da escola Lamego n.º2.

Título: Publique-SE Tiragem: 500 exemplares Publicação: Junho de 2011 Propriedade: Agrupamento Vertical de Escolas da Sé Av. D. Egas Moniz - Quinta da Cerca 5100 - 104 Lamego Telefone: 254 600 280 Fax: 254 615 079 E-mail: aves.jornal@gmail.com

Coordenação: Helena Maria Sebastiana e Maria Filomena Teixeira Design Gráfico: Áurea Vaz Rodrigues Colaboradores Permanentes: Cristina Teixeira, Cristina Zagalo, Helena Gama, José Francisco, Simão Carvalho e Alunos do Clube de Leitura e Escrita Colaboradores: Professores e Alunos do Agrupamento

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O Publique-Se deseja boas férias a toda a comunidade educativa e aconselha a seguir o espírito do Festival Internacional de Humor. Vá para onde for, ria-se, que faz bem à saúde e ajuda a enfrentar a crise. Ria-se só, acompanhado, na praia, no campo, na rua, em casa, com amigos, com a família, com livros, com filmes, com certas criaturas e muitas caricaturas. Mas... rime sempre Riso com Siso!

Caricaturas feitas nas turmas do 7º ano, na disciplina de Educação Visual


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